Post on 21-Jul-2015
ESS JEAN PIAGET Vila Nova de Gaia @ 3º Ano de Enfermagem
UC: Enfermagem Médico-Cirúrgica e Especialidades II
Prof: Carlos Ferreira
Imunidade humoral: mediada por células B;
Imunidade celular: mediada por células T;
Fagocitose;
Complemento;
Atuam em conjunto e de
modo independente para
proteger o hospedeiro,
contra infeções e doenças.
ETIOLOGIA
Imunodeficiências primárias: são um grupo de doenças que
ocorrem devido a defeitos congénitos genéticos, que bloqueiam
ou impedem a maturação ou função das células imunitárias. →
congénitas.
Imunodeficiências secundárias: desencadeadas por fatores
secundários ou ocorrências que afetam o sistema imunitário,
causando disfunções. → adquiridas.
EPIDEMIOLOGIA
Ocorrem, frequentemente, em pessoas com menos de 20 anos;
O sexo masculino é o mais afetado: 70% dos casos;
Estimativas efetuadas colocam a hipótese que uma em cada
cinco pessoas nos EUA e na Europa possuem imunodeficiência
primária;
A maioria das imunodeficiências primárias é autossómica ou
relacionada com o cromossoma X, e tem os padrões de herança
dominantes e recessivos;
FISIOPATOLOGIA /PRIMÁRIAS
As doenças imunodeficientes primárias são caracterizadas por defeitos
no desenvolvimento ou função das células imunológicas, que resultam da deficiência dos linfócitos B, das células T, do complemento ou dos
fagócitos.
Infeções recorrentes ou tratamentos repetidos para infeções, sem êxito,
são a maior causa de suspeita da doença.
Não possui tratamento.
Doença Deficiência
Deficiências das células B
Agamaglobulinémia
relacionada com o
cromossoma X
Depressão relacionada com o sexo de todas as classes de imunoglobulinas,
incapacidade dos pré-linfócitos amadurecerem para linfócitos B, todas as
imunoglobulinas séricas estão diminuídas.
Imunodeficiência
comum variável
Grau variável de capacidade de síntese primária de IgA ou IgM em adultos,
elevadas concentrações de Auto anticorpos e de imunoglobulinas anómalas.
Deficiência seletiva de
IgA
Ausência total ou deficiência grave de IgA, incapacidade de os linfócitos B,
que normalmente produzem IgA, converterem a produção de células
plasmáticas produtoras de IgA.
Deficiências das células T
Síndrome de DiGeorge Falha não genética no desenvolvimento do timo relacionada com o
desenvolvimento embrionário anómalo dos tecidos e células da cabeça e
pescoço, imunoglobulinas normais e aumentadas, diminuição das células T.
Deficiências mistas das células B e T
Imunodeficiência
combinada grave
Defeito na diferenciação e maturação das células estaminais das células T e
B, inexistência ou diminuição de células T e B.
Síndrome de Wiskott-
Aldrich
IgM relacionada com o cromossoma X e deficiência de células T nos homens,
tendência para hemorragia devido ao baixo numero de plaquetas.
Deficiências mistas das células T e B (cont.)
Ataxia-telangiectasia Défice autossómico recessivo de IgA e IgE, diminuição normal de células T.
Síndrome de nezlof Falha congénita no desenvolvimento embrionário do timo, imunoglobulinas
séricas normais ou aumentadas, linfopenia.
Deficiências dos fagócitos
Doença
granulomatosa
crónica
Doença genética relacionada com o cromossoma X, em homens, que resulta
na falha em destruir microrganismos e partículas fagocitados.
Síndrome de Chédiak-
Higashi
Doença autossómica recessiva com formação granulocítica normal, resposta
quimiotática, e morte intracelular dos microrganismos
Deficiências de complemento
C1, C3 E C4 Desenvolvimento de infeções bacterianas, tendência para doenças
autoimunes (lúpus eritematoso sistémico, glomerulonefrite, síndrome de
Sjogren)
Angioedema
hereditário
Doença autossómica recessiva, associada a deficiência do inibidor com C1,
resulta em grandes quantidades de péptidos vasoativos, e no aumento da
permeabilidade vascular.
FISIOPATOLOGIA /SECUNDÁRIAS
As imunodeficiências secundárias resultam de inúmeros fatores:
Condição/Doença Efeito no sistema imunitário
Má nutrição (proteica, calórica) Inibição da maturação e função dos linfócitos.
Tratamentos oncológicos (radioterapia,
quimioterapia)
Diminuição dos percursores da medula óssea
de todos os leucócitos.
Metástases de neoplasia na medula óssea Diminuição no desenvolvimento de leucócitos
devido à redução do local (medula óssea)
Remoção do baço Diminuição da fagocitose microbiana
Vírus da imunodeficiência humana Depleção de células CD4+ auxiliares
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Doenças do sangue;
Diarreia;
Febre;
Cansaço;
Diminuição da força muscular;
Gânglios linfáticos ou baço aumentados;
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS (CONT.)
Infeções bacterianas e virais frequentes;
Infeção com microrganismos invulgares ou oportunistas;
Doença autoimune associada;
Dor e edema nas articulações: punho, cotovelo, tornozelo ou joelho;
Problemas digestivos;
Náuseas e/ou vómitos;
Infeções cronicas da pele ou mucosas;
DIAGNÓSTICO
Baseia-se na história do doente, na observação física e
nos resultados laboratoriais.
Testes de diagnóstico:
• Hemograma completo
o Estudos da quantidade e função dos linfócitos ou células mononucleares
• Função dos fagócitos
• Testes para a imunidade humoral
DIAGNÓSTICO (CONT.)
• Estudos da imunoglobulinas proteicas
• Estudos de anticorpos específicos
• Testes genéticos:
o DNA
o RNA
o Cromossomas
o Proteínas e metabolitos
TRATAMENTO
A existência de frequentes infecções bacterianas, virais e fúngicas agudas e crónicas,
e de tratamentos repetidos de infecções, sem sucesso, são as complicações das
imunodeficiências primárias e secúndarias.
Sem tratamento adequado, estas complicações podem levar á perda de peso,
cansaço, má qualidade de vida, choque, morte.
A transplantação da medula óssea pode ser usada em doentes com deficiências
das células T.
Utiliza-se com sucesso também, células da medula óssea de familiares com
antigénios humanos leucocitários idênticos, no tratamento de doentes com
imunodeficiências combinadas.
TRATAMENTO (CONT.)
MEDICAÇÃO
Os agentes antimicrobianos para tratar infecções existentes e prevenir novas infecções são
fundamentais para o controlo, bem sucedido, de imunodeficiências primarias e secundarias.
A terapêutica de reposição de imunoglobulinas, que contém imunoglobulinas intravenosas, é o
tratamento aceite para doentes com deficiências de anticorpos.
A dose óptima de imunoglobulinas no sangue é de 400/500 mg/dl, mantida por monotorização .
Outros tratamentos de quimioterapia para imunodeficiências são:
Injeções de interferão;
Citoquina que ativa os fagócitos;
Injeções de fatores de crescimento , que aumentam a produção de neutrófilos;
Fator de estimulação da colónia de granulócitos que estimulam a produção de
granulócitos (G.B)
MEDICAÇÃO (CONT.)
ALIMENTAÇÃO
• Os doentes com imunodeficiências não tem restrições alimentares especificas.
• Recomenda-se um dieta nutritiva, bem equilibrada, que inclua vários grupos de
alimentos e tenha calorias e proteínas em quantidade adequada para suportar a
cicatrização e o crescimento dos tecidos, uma vez que ajuda a proteger a imunidade.
• Deve efectuar-se a lavagem rigorosa das mãos e uma boa cozedura dos alimentos
para evitar a transferência de microorganismos que possam ser potências fontes de
infecção.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Identificar as pessoas de risco para a Doença.
Prevenir a infecção ou tratar eficazmente as infecções existentes.
Substituir os factores que faltam na imunidade humoral ou celular.
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Risco de Infecção
• Ensinar sobre auto-controlo: infecção
• Executar tratamento ao local de inserção do cateter
• Executar tratamento ao local de inserção do dreno
• Iniciar medidas de prevenção da contaminação
• Manter medidas de prevenção de contaminação
• Vigiar sinais de infecção
• Vigiar sinais inflamatórios no local de inserção do cateter
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Integridade Cutânea
• Verificar integridade cutânea
• Aplicar creme para promover a hidratação cutânea
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Malnutrição
• Incentivar dieta pobre em resíduos, lipídos e em alimentos não tolerados, rica em
proteínas e calorias
• Suplemento de ferro, suplementos vitamínicos
• Monitorização de peso diário
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Stress Presente
• Gerir ambiente
• Executar escuta activa
• Encorajar a expressão de emoções
• Promover conforto
• Facilitar suporte familiar
• Instruir técnica de relaxamento
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Imagem Corporal Alterada
• Encorajar a pessoa a verbalizar sentimentos
• Escutar a pessoa
• Oferecer aconselhamento
• Promover envolvimento da família
• Disponibilizar apoio
• Vigiar isolamento
• Promover socialização
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Adesão ao Regime Terapêutico
• Assistir a pessoa a identificar a razão para não aderir ao regime terapêutico
• Incentivar adesão ao regime terapêutico
• Ensinar sobre serviços de saúde
• Orientar para serviços de saúde
Trabalho elaborado por:
Cláudia Sofia nº 48308
Joana Nunes nº 49140
Flávio Horácio nº 48411
Andrea Maral nº