Post on 20-Oct-2021
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Os estoques estão intimamente ligados às principaisáreas de operação das companhias;
A gestão de estoques envolvem os problemas deadministração, controle, contabilização e,principalmente, avaliação.
CCL: nas companhias industriais e comerciais, osestoques representam um dos ativos mais importantesdo capital circulante e da posição financeira, de formaque sua correta determinação no início e no fim doperíodo contábil é essencial para uma apuraçãoadequada do lucro líquido do exercício.
GESTÃO DOS ESTOQUES
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O objetivo:
A questão fundamental na contabilização dos estoques é quantoao valor do custo a ser reconhecido como ativo e mantido nosregistros até que as respectivas receitas sejam reconhecidas.
Normatização:
As normas brasileiras de contabilidade –CP16 e as internacionaisIAS 2 são semelhantes .
Orientação CP 16 AS 02:
orientação sobre a determinação do valor de custo dosestoques e sobre o seu subsequente reconhecimento comodespesa em resultado, incluindo qualquer redução ao valorrealizável líquido.
orientação sobre o método e os critérios usados para atribuircustos aos estoques.
CPC 16 IAS 2 ESTOQUES
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Pronunciamento: exige que os estoques devem ser
mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizávellíquido, dos dois o menor.
Incluem: todos os custos de aquisição, de transformação eoutros incorridos para trazer os estoques à sua condição elocalização atuais.
Abarca:o preço de compra, os impostos de importação e
outros tributos (que não sejam aqueles posteriormenterecuperáveis pela empresa), custos de transporte, seguro,manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição deprodutos acabados, materiais e serviços.
Descontos comerciais, abatimentos e outros itenssemelhantes devem ser deduzidos do preço nadeterminação do custo de aquisição.
ASPECTOS CONCEITUAIS
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Este Pronunciamento aplica-se a todos os estoques,
com exceção dos seguintes:
a) produção em andamento proveniente de contratosde construção, CPC 17 IAS 11;
b) instrumentos financeiros (ver os PronunciamentosTécnicos CPC 38 e CPC 39 sobre InstrumentosFinanceiros); e
c) ativos biológicos relacionados com a atividadeagrícola e o produto agrícola no ponto da colheitaCPC 29 – IAS 41
EXCEÇÃO NA APLICAÇÃO DA NORMA
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a) “itens que fisicamente estão sob a guarda da empresa,
excluindo-se os o de propriedade de terceiros.
b) itens adquiridos pela empresa, mas que estão em trânsito, acaminho da sociedade, na data do balanço, quando sobcondições de compra FOB, ponto de embarque (fábrica oudepósito do vendedor).
c) itens da empresa que foram remetidos para terceiros emconsignação, normalmente em poder de prováveis freguesesou outros consignatários, para aprovação e possível vendaposterior, mas cujos direitos de propriedade permanecem coma sociedade.
d) itens de propriedade da empresa que estão em poder deterceiros para armazenagem, beneficiamento, embarque etc.
Representação dos Estoques
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PRODUTOS ACABADOS: representar aqueles já terminados eoriundos da produção da empresa e disponíveis para venda;
MERCADORIAS PARA REVENDA: Engloba os produtos adquiridosde terceiros para revenda, que não sofrerão qualquer processo de
transformação na empresa.
PRODUTOS EM ELABORAÇÃO: Representa as matérias-primas járequisitadas que estão em processo de transformação e todos e custos diretos eindiretos relativos à produção não concluída na data do Balanço.
MATÉRIAS-PRIMAS: Abriga s as matérias-primas, que sofremtransformações no processo produtivo.
MATERIAIS DE ACONDICIONAMENTO refere-se a todos os itens deestoque que se destinam à embalagem do produto ou a seu acondicionamentopara remessa.
PRINCIPAIS CONTAS DE ESTOQUES
Fluxos dos produtos nas demonstrações financeiras
Fluxos dos produtos7
Os custos dos produtos aparecem no balanço patrimonial em três contas de ativo relacionadas a estoques:
1. Estoque de Matérias-primas2. Produtos em Processo e3. Produtos Acabados.
Balanço Patrimonial
Ativo
Caixa $20.000 Contas a Pagar $10.000
Clientes $40.000 Títulos a pagar $60.000
Estoques Dívidas a LP $100.000
Matérias- primas $50.000 $170.000
Produtos em processos $100.000 Patrimônio Líquido
Produtos acabados $60.000 $210.000 Capital Social $400.000
Equipamentos (líquidos) $400.000 Reserva de lucros $100.000
$500.000
Total do ativo $670.000 Total do Passivo $670.000
Cia Tamborzé de Barcos a Motor
Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2008
Passivo e Patrimônio Líquido
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Quando os produtos acabados são vendidos deve sertransferidos do estoque de produtos acabados elançados em Custos dos produtos vendidos.
Fórmula: Custo da produtos acabados
Saldo inicial de produtos em
processo
Custo de produção do
período+ -
Saldo final de produtos em
processo=
Custo da produçãoacabada
Saldo inicial de produtos Acabados
Custo de produção Acabada
+ -Saldo final de
produtos acabados
=Custo da produtosVendidos
Fórmula: Custo dos produtos vendidos
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A ENTIDADE AVALIA ESTOQUES PELO MENOR VALOR ENTRE OCUSTO E O PREÇO DE VENDA ESTIMADO, DIMINUÍDO DOSCUSTOS PARA COMPLETAR A PRODUÇÃO E DESPESAS DEVENDA. CUSTOS x VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO, DOS DOIS OMENOR.
O valor realizável líquido:
entende-se o preço de venda estimado no curso normal dosnegócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão edos gastos estimados necessários para se concretizar avenda.
O valor realizável líquido refere-se ao montante líquido que aempresa espera realizar com a venda do estoque no cursonormal dos negócios.
Classificada como redutora do grupo de estoques.reconhecida em conta específica (Despesas com PerdaEstimada para Redução ao Valor Realizável Liquido
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CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
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Conforme determina CPC 16 -O valor de custoou valor realizável líquido, dos dois o menor.
Isto posto, conforme os dados do produtoabaixo, calcular o valor realizável líquido.
Preço de venda estimado = R$ 150
Custo de produção estimado = (R$ 70)
Despesa de venda estimada = (R$ 20)
Valor realizável líquido =
ATIVIDADE
Conforme determina CPC 16 -O valor de custo ouvalor realizável líquido, dos dois o menor.
Isto posto, conforme os dados do produto abaixo,calcular o valor realizável líquido e contabilizar oseventos.
Valor realizável Líquido
Estoques a valor de custo histórico 15.600
Estoques a valor de mercado 14.200
Diferença
Cálculo da perda por auste de valor demercado dos
estoques
D- Com perdas de estoques (resultado)
C- Perda por ajuste dos estoques a valor de mercado*
* redutora de estoques
Registros contábeis da perda por ajuste dos estoques a
valor de mercado
Atividade 2
Matéria
Prima Qde.
Custo
histórico
Unitário
Custo
Histórico
Total
Valor
realizável
líquido
(Mercado)
Diferença do
Valor da
provisão
Produto K1 1.000 $ 2,00 $ 2.000,00 $ 1.800,00
Produto K2 1.500 $ 4,00 $ 6.000,00 $ 7.500,00
Produto K3 2.000 $ 4,00 $ 8.000,00 $ 7.000,00
$ 16.000 $ 16.300
D- Com perdas de estoques (resultado)
C- Perda por ajuste dos estoques a valor de mercado
Ativo Circulante
Estoques de Matéria Primas
Provisão p/ Ajuste de perda estimada de estoques
Cálculo da perda com valor realizável líquido
Registros contábeis da perda por ajuste dos estoques a valor de mercado
Representação no Balanço Patrimonial em 31.12.2010
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Os estoques objeto destePronunciamento devem ser mensuradospelo valor de custo ou pelo valorrealizável líquido, dos dois o menor.
Custos do estoque
O valor de custo do estoque deve incluirtodos os custos de aquisição e detransformação, bem como outros custosincorridos para trazer os estoques à suacondição e localização atuais.
MENSURAÇÃO DE ESTOQUES
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O custo de aquisição dos estoques compreende:
o preço de compra, os impostos de importação eoutros tributos (exceto os recuperáveis junto aofisco);
bem como os custos de transporte, seguro,manuseio e outros diretamente atribuíveis àaquisição de produtos acabados, materiais eserviços.
Descontos comerciais, abatimentos e outros itenssemelhantes devem ser deduzidos na determinação docusto de aquisição. (NR) (Nova Redação dada pelaRevisão CPC n.º 1, de 8/01/2010)
CUSTO DE AQUISIÇÃO
CUSTO DE AQUISIÇÃO CONTABILIZAÇÃO- Fonte CRC
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INCIDÊNCIA CUMULATIVA Alíquota INCIDÊNCIA NÃO CUMULATIVA Alíquota
PIS = Alíquota de 0,65% PIS = Alíquota de 1,65%
COFINS = Alíquota de 3% COFINS = Alíquota de 7,60%
Não poderá utilizar créditos Permitida a utilização de créditos
Aplica-se a pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido ou arbitrado. Não se aplica a pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real, exceto nos casos específicos previsto em lei.
Só se aplica à pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real. Porém, nem todas as empresas tributadas pelo lucro real estão sujeitas ao regime não-cumulativo.
MATÉRIA-PRIMA R$ 25.000,0
IPI R$ 1.250,0 D: AC IPI a Recuperar
Valor total da NF R$ 26.250,0 C: PC Fornecedores
ICMS R$ 4.500,0 D: AC ICMS a Recuperar
PIS R$ 412,5 D: AC PIS a Recuperar
Cofins R$ 1.900,0 D: AC Cofins a Recuperar
Estoques = Custo de Aquisição R$ 19.437,5 D: AC Estoques de MP
17/02/2020
Atividades: Questão do concurso para Auditor Fiscal da RF
A Companhia Alpha adquiriu matérias-primas para
serem utilizadas na produção.
A nota fiscal do fornecedor continha os seguintes
dados:
1. Valor das matérias-primas $ 1.000
2. IPI $ 200
3. Valor da Nota fiscal $ 1.200
4. ICMS destacado na NF $ 170
Sabendo que o IPI e o ICMS são impostos
recuperáveis para a empresa, o valor o valor que
poderá ser computado no custo das matérias-primas:
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Uma empresa industrial adquire matéria-prima pelo valor de $ 300.000,00 comalíquota do IPI de 30%.
Considerando que a alíquota do ICMS é de17%, do PIS 1,65% e da COFINS 7,6%,procederemos à contabilização destacompra. Nota Fiscal de Aquisição deMercadoriasCalcular o valor do estoque de matéria-prima e contabilizar os eventos.
ATIVIDADE
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Valo da compra R$ 300.000
IPI S/COMPRA 30%
Valor da Nota Fiscal
ICMS S/COMPRA (incluso no preço da mercadoria) 17%
PIS s/ COMPRA (incluso no preços da mercadoria) 1,65%
COFINS s/COMPRA (incluso no preço da mercadoria) 7,60%
IPI s/COMPRA RECUPERÁVEL 30%
Valor líquido da mercadoria
MEMÓRIA DE CÁLCULO
FORNECEDORES Impostos a recuperarar
Estoques de mercadorias
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A sistemática fiscal de recolhimento permite que o imposto sobre ascompras de um período seja recuperado em função das vendas nomesmo período, mesmo e as mercadorias vendidas não sejam asmesmas que ram compradas nesse período.
CPC 30 Para fins de divulgação na demonstração do resultado, a receita inclui somenteos ingressos brutos de benefícios econômicos recebidos e a receber pela entidade quandooriginários de suas próprias atividades. As quantias cobradas por conta de terceiros - taiscomo tributos sobre vendas, tributos sobre bens e serviços e tributos sobre valoradicionado não são benefícios econômicos que fluam para a entidade e não resultam emaumento do patrimônio líquido. Portanto, são excluídos da receita.
Como os tributos não são benefícios econômicos adicionados à entidadee sim a terceiros, deveriam ser excluídos da Receita. Dessa forma, oideal seria que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços(ICMS) fosse incluído no estoque, no momento de sua contabilização.No entanto, isso pode gerar uma certa confusão em relação às práticascontábeis atuais, uma vez que, para efeitos fiscais, a inclusão dostributos sobre venda na receita bruta permanecerá.
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ICMS NOS ESTOQUES. FIPECAFI
Por entende que a prática atual de contabilização dostributos recuperáveis não está completamente deacordo com a regra internacional,a seguir, um exemplonumérico, de contabilização de acordo com as práticasatuais e de acordo com as regras internacionais CPC 30
Atividade 4
Considere uma empresa comercial que realize,em um determinado período, compra demercadorias no valor de $ 90.000, com ICMSembutido de 18% ($ 16.200). No mesmo período,a empresa vende as mesmas mercadorias pelovalor de $ 120.000, com ICMS também embutidode 18% ($ 21.600).
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ICMS NOS ESTOQUES. FIPECAFI
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D- Mercadoria em estoque
D- Impostos a Recuperar-ICMS
C- Fornecedores
D- Clientes
C- Receirtas de Vendas
D- Imposto sobre venda
C- Imposto a recolher
D- Imposto a recolher -ICMS
C- Impostos a Recuperar-ICMS
D- Custo das mercadorias vendidas
C- Mercadoria (estoques)
Receitas de Vendas (Rreceita Bruta)
(-) Imposto sobre vendas- ICMS
Vendas Líquidas
(-) Custo das mercadorias Vendidas (CMV)
Lucro Bruto
PELA COMPRA
PELA VENDA
BAIXA DE ESTOQUES
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Práticas Contábeis atuais
D- Mercadoria em estoque
C- Fornecedores
D- Imposto a recuperar -ICMS
C-ICMS-Diferido a Compensar
D- Clientes
C- Receirtas de Vendas
D- Imposto sobre venda
C- Imposto a recolher
D-ICMS-Diferido a Compensar
C- Impostos sobre venda
D- Custo das mercadorias vendidas
C- Mercadoria (estoques)
Receitas de Vendas (Rreceita Bruta)
(-) Imposto sobre o valor adicionado
Vendas Líquidas
(-) Custo das mercadorias Vendidas (CMV)
Lucro Bruto
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
PELA COMPRA
PELA VENDA
BAIXA DE ESTOQUES
Regras Internacionais- CPC 30
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De acordo com IAS 2-CPC 16, OO custos detransformação de estoques incluem os custosdiretamente relacionados com as unidades produzidas oucom as linhas de produção.Inclui os custos diretosindiretos de produção, (fixos e variáveis) , que sejamincorridos para transformar os materiais em produtosacabados.
Ainda, o IAS 2 -CPC 16, em seu parágrafo 15,mencionam que poderá ser apropriado alocar ao estoquegastos gerais que não sejam de produção ou custos dedesenho de produtos para clientes específicos.
Na norma brasileira anterior não existia previsão paraalocação aos estoques de gastos gerais que não sejamde produção.
CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO
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• A norma internacional e o CPC 16 determinam que a alocaçãodos gastos gerais de fabricação fixos deve ser efetuada deacordo com a capacidade normal de produção.
• Os gastos gerais alocados a cada unidade de produção nãopodem aumentar em função dos efeitos da ociosidade dafábrica.
• O IAS 2 e o CPC 16 definem capacidade nomal como “ aprodução que espera atigingir, em média, a o longo de váriosperíodos sazonais em circunstâncias nomais.
• O IAS 2 e o CPC 16, especifica que a parcela da capacidadetotal não utilizada (manutenção preventiva, férias coletivas eoutros eventos normais) os custos fixos deverão serregistrados como despesas do período “ rúbrica específica”NPC2- ”
• Tanto a norma internacional como as internacionais buscamevitar os efeitos de ociosidade da fábrica sejam alocados aocusto unitário dos produtos fabricados.
OCIOSIDADE
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Exemplos de itens não incluídos no custo dos estoques e reconhecidoscomo despesa do período em que são incorridos:
a. valor anormal de desperdício de materiais, mão-de-obra ou outrosinsumos de produção;
b.gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários aoprocesso produtivo entre uma e outra fase de produção;
c.despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoqueao seu local e condição atuais;
d.despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bense serviços aos clientes;
e. compra estoques com condição para pagamento a prazo,e contendoum elemento de financiamento, como, por exemplo, uma diferençaentre o preço de aquisição em condição normal de pagamento e ovalor pago; essa diferença deve ser reconhecida como despesa dejuros durante o período do financiamento. exceção, parafinanciamentos obtidos para produção de estoques de longamaturação, registrados em conta destacada e classificados no mesmogrupo do ativo que lhe deu origem (CPC 20 (R1) – Custos deEmpréstimos, ativos qualificáveis,
EXCEÇÃO
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A IAS 2 e o CPC 16 mencionam que os custos dearmazenagem, a menos que sejam necessário ao processode produção, não são alocados aos estoques.
Quando é necessário armazenar matérias-primas antes de um estágio deprocesso de produção,os custos deve ser incluídos os como custos indiretosde produção.
A norma estabelece que os custos de distribuição devem-ser recochecidos como despesas.
As circunstâncias da entidade também podem admitirinclusão de outros valores, tais como custos dedistribuição, se eles adicionarem valor aos produtos (CPC16 parágrafo 38).por exemplo, uma mercadoria tem valor de venda maior na prateleira dosupermercado do que no depósito de distribuição dessa entidade; assim, ocusto do transporte do centro de distribuição à loja de venda deve serconsiderado como parte integrante do custo de colocar o estoque emcondições de venda; consequentemente, deve afetar o custo da mercadoria.
CUSTO DE ARMAZENAGEM E DISTRIBUIÇÃO
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A norma internacional e o CPC 16 orientam oprocesso de custeio de determinados tipos deprodutos onde ocorre a denominada produçãoconjunta processo de produção conjunta.O processo de produção conjunta e quando os mesmos recursos,diferentes produtos (produtos principais, subprodutos e sucatas) são
produzidos simultaneamente.
Quando os custos de transformação de cada produtonão são separadamente inidentificáveis, eles sãoalocados aos produtos por rateios.
Na norma brasileira anterior não havia menção aprodução conjunta.
PRODUÇÃO CONJUNTA
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A norma internacional e o CPC 16 tratam especificamentedos estoques das entidades prestadoras de serviços,mais propriamente de seu serviço em andamento.
Para esse tipo de negócio, o IAS 2 permite que o custodo trabalho e outros custos do pessoal envolvidosdiretamente na prestação do serviço, assim como opessoal de supervisão e custos e gastos geraisatribuíveis, possam ser incluídos no custo de estoques.
Custos que se relacionam às vendas e ao pessoaladministrativo geral devem ser contabilizados comodespesas na medida em que ocorrerem.
Na norma brasileira anterior não havia menção específicaa estoques de prestadores de serviços
CUSTOS DE ESTOQUES DE PRESTADORES DE SERVIÇOS
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De acordo com como IAS 2 CPC 16, os estoques sãomensurados utilizando como fórmulas de custeio, o customédio ou o "primeiro a entrar, primeiro a sair" - PEPS (first-in,first-out - FIFO).
Os métodos do custo padrão ou varejo, podem ser usado seos resultados se aproximarem do custo. O custo padrão, deveser revisado em bases periódicas.
A partir de sua revisão em 2003, a IAS 2 passou a não maispermitir a utilização da fórmula do "último a entrar, primeiro asair" - UEPS (last-in, last-out-UFO).
O CPC 16 e as normas internacionais não possuemdivergências em relação às regras de mensuração, ou seja,custo de aquisição ou de fabricação e o valor realizávellíquido/valor justo, dos dois o menor.
MÉTODOS DE VALORAÇÃO DE ESTOQUES
DÉBITO
Mercadorias (ativo)
$ Aumentos
CRÉDITO
Fornecedores (passivo)
$ AumentosProf. Ms. José R. de Castro -Contabilidade Introdutória-Equipe de Prof. FEA/USP -FIPECAFI/USP. Manual de contabilidade das sociedades por ações ed. Atlas
Contabilização na Compra
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DÉBITO
Clientes (ativo)
$ Aumentos
Prof. Ms. José R. de Castro -Contabilidade Introdutória-Equipe de Prof. FEA/USP -FIPECAFI/USP. Manual de contabilidade das sociedades por ações ed. Atlas
CRÉDITO
Vendas (receita)
$ Aumentos
RESULTADO
DÉBITO
CMV ou CPV
$ Diminuição
RESULTADO
CRÉDITO
Estoques
$ Diminuição
Contabilização das vendas
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Devoluções para o vendedor
D – Devoluções de vendas
C – Caixa ou clientes
D- Mercadorias
C- CMV (pelo retorno das mercadorias)
• Devoluções para o comprador
D- Fornecedores (ou Caixa)
C- Devolução de Compras
• Abatimentos sobre vendas
D- Abatimento sobre vendas
C- Caixa (ou Clientes)
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Contabilização- Devoluções e Abatimentos
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Exercício –Custo Médio Ponderado, PEPS e UEPS
• Durante o mês de janeiro/X1 o Supermercado Tamborzé S/A Ltda. Teve a seguinte movimentação de estoques de cervejas.
• As cervejas foram vendidas à $ 17,00 a caixa.
• Qual o custo da venda e o lucro obtido, considerando os três diferentes critérios de avaliação de estoques (PEPS, UEPS e CMPM
Custo
Unitário
3/jan 10,00
8/jan 12,00
12/jan
25/jan 13,00
30/jan 2.000
1.500
1.000 13.000
1.500 15.000
2.500 30.000
Demonstrativo da Movimentação de estoques Cervejas no mês de Janeiro/x1
DIA
Compra Venda
Qde de
Caixas
Custo
$
Qde de
Caixas
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Qde. Custo Valor Custo Qde. Valor Qde. Valor
caixa unitário total médio caixa total caixa total
3/jan 1.500 10,00 15.000 10,00 1.500 15.000
DIAS
Entrada Saída Saldo
Custo Médio Ponderado Móvel
8/jan 2.500 12,00 30.000 11,25 4.000 45.000
12/jan 11,25 1.500 16.875 2.500 28.125
25/jan 1.000 13,00 13.000 11,75 3.500 41.125
30/jan 11,75 2.000 23.500 1.500 17.625
Totais 5.000 58.000 3.500 40.375 1.500 17.625
Custo
Unitário
3/jan 10,00
8/jan 12,00
12/jan
25/jan 13,00
30/jan 2.000
1.500
1.000 13.000
1.500 15.000
2.500 30.000
Demonstrativo da Movimentação de estoques Cervejas no mês de Janeiro/x1
DIA
Compra Venda
Qde de
Caixas
Custo
$
Qde de
Caixas
Receitas 3.500 x $ 17,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas
(=) Lucro Bruto
(-) IR 25%
(=) Lucro Líquido
R$ 59.500
Demonstrativo do Resultado do Exercício
R$ 40.375
R$ 19.125
R$ 4.781
R$ 14.344
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Custo
Unitário
3/jan 10,00
8/jan 12,00
12/jan
25/jan 13,00
30/jan 2.000
1.500
1.000 13.000
1.500 15.000
2.500 30.000
Demonstrativo da Movimentação de estoques Cervejas no mês de Janeiro/x1
DIA
Compra Venda
Qde de
Caixas
Custo
$
Qde de
Caixas
Qde. Custo Valor Custo Qde. Valor Qde. Valor
caixa unitário total unitário caixa total caixa total
3/jan 1.500 10,00 15.000 10,00 1.500 15.000
8/jan 2.500 12,00 30.000 12,00 4.000 45.000
PEPS -Primeiro a entrar, primeiro a sair
DIAS
Entrada Saída Saldo
12/jan 10,00 1.500 15.000 2.500 30.000
25/jan 1.000 13,00 13.000 13,00 3.500 43.000
30/jan 12,00 2.000 24.000 1.500 19.000
5.000 58.000 3.500 39.000 1.500 19.000
Receitas 3.500 x $ 17,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas
(=) Lucro Bruto
(-) IR 25%
(=) Lucro Líquido
R$ 39.000
R$ 20.500
R$ 5.125
R$ 15.375
Demonstrativo do Resultado do Exercício
R$ 59.500
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Qde. Custo Valor Custo Qde. Valor Qde. Valor
caixa unitário total unitário caixa total caixa total
3/jan 1.500 10,00 15.000 10 1.500 15.000
8/jan 2.500 12,00 30.000 12 4.000 45.000
Entrada Saída Saldo
UEPS - Último a entrar e o primeiro a sair
DIA
12/jan 12 1.500 18.000 2.500 27.000
25/jan 1.000 13,00 13.000 13 3.500 40.000
30/jan 13 1.000 13.000 2.500 27.000
12 1.000 12.000 1.500 15.000
5.000 58.000 3.500 43.000 1.500 15.000
Custo
Unitário
3/jan 10,00
8/jan 12,00
12/jan
25/jan 13,00
30/jan 2.000
1.500
1.000 13.000
1.500 15.000
2.500 30.000
Demonstrativo da Movimentação de estoques Cervejas no mês de Janeiro/x1
DIAS
Compra Venda
Qde de
Caixas
Custo
$
Qde de
Caixas
Receitas 3.500 x $ 17,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas
(=) Lucro Bruto
(-) IR 25%
(=) Lucro Líquido
Demonstrativo do Resultado do Exercício
R$ 12.375
R$ 59.500
R$ 43.000
R$ 16.500
R$ 4.125
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Receitas 3.500 x $ 17,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas
(=) Lucro Bruto
(-) IR 25%
(=) Lucro Líquido
R$ 5.125
R$ 15.375
UEPS
R$ 59.500
R$ 43.000
R$ 16.500
R$ 4.125
R$ 12.375
PEPS
R$ 59.500
R$ 39.000
R$ 20.500R$ 19.125
R$ 4.781
R$ 14.344
CMPM
R$ 59.500
R$ 40.375
Demonstrativo do Resultado do Exercício
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A Empresa Varejista TamborzéL , fez a seguinte movimentação de estoque em março: .
01/mar comprou 30 unidades por $ 40,00 cada
02/mar comprou 10 unidades por $ 42,00 cada
03/mar vendeu 3 unidades $ 60,00 cada
04/mar vendeu 28 unidades $ 60,00 cada
05/mar comprou 5 unidades por $ 45,00 cada
06/mar vendeu 12 unidades $ 60,00 cada
Pede-se:
a) Preencher a ficha de estoques pelo método MPM,
ATIVIDADE 3
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Qde MPM Qde. Qde.
Mercadorias Fornecedores Receitas
CMV Conta de Resultado Clientes
Ficha de controle de estoques
DIA
Compra Saída Saldo
Valor Valor Valor Valor
Unit. total total total
A Cia Tamborzé comercializa Radinho de pilhas, em junho efetuou asseguintes operações a prazo.
4- Compra de 1.000 unidades a $ 500, cada.
5- Compra de 500 unidades a $ 400, cada.
6- Venda de 750 unidade a $ 1.000 cada.
7- Devolução de 250 unidades da compra do dia 4.
8- Compra de 100 unidade s a $ 600, cada.
11- Abatimento de $ 500 obtido sobre o total da última compra.
12- Venda de 500 unidades a $ 1000, cada.
13- Descontos comercial de 4% sobre a venda do dia 12.
14- Recebimento, em devolução, de 50 unidades da venda do dia 12.
15- Abatimento de $ 25.000, concedido sobre as unidades restantes daúltima venda
Pede-se:
a) Preencher a ficha de estoques pelo método MPM
b) Apurar o resultado
c) Indicar o valor do estoque final, e
d) Indicar a quantidade do estoque final.
Atividade para casa
Qde Valor Valor MPM Qde. Valor Qde. Valor
de KG Unit. total total total
04/jan
05/jan
06/jan
07/jan
08/jan
11/jan
12/jan
14/jan
Soma
Ficha de controle de estoques MPM
DIA
Compra Saída Saldo
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• ADRIANO S. Contabilidade Geral 3D, SP, ed, Método.
• ALMEIDA C.M, Manual Prático de Interpretação da Lei Societária- SP Ed. Atlas
• ARVALHO, L. Nelson; LEMES, Sirlei; COSTA, Fábio Moraes da. Imobilizado – IAS 16. In:CARVALHO, L. Nelson; LEMES, Sirlei; COSTA, Fábio Moraes da. Contabilidade internacional.São Paulo: Atlas, 2009. Cap. 5, p. 130-147. CARVALHO, L. Nelson; LEMES, Sirlei; COSTA,Fábio Moraes da. Tópicos especiais. In: CARVALHO, L. Nelson; LEMES, Sirlei; COSTA, FábioMoraes da. Contabilidade internacional. São Paulo: Atlas, 2009. Cap. 10, p. 239-271.
• CFC- Conselho Federal de Contabilidade
• DÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo dos.Ativo imobilizado. In: IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens;SANTOS, Ariovaldo dos. Manual de contabilidade societária. São Paulo: Atlas, 2010
• MARIIA L.S. S. S. P. TESTE DE RECUPERABILIDADE DE ATIVOS: análise da conformidade comos requisitos de divulgação da IAS 36 e do CPC 01 (R1) Trabalho científico apresentado aoInstituto dos Auditores Independentes do Brasil – Ibracon para fins de participação doPrêmio Transparência Universitário.
• PADOVEZE l.c et al Manual de Contabilidade Internacional- SP.. Ed. Cengage Learning
• PAULA D.A. da S. et al Trabalho Técnico:Impairment de ativos de longa duração;comparação entre o SFA 144 e IAS 36. 2006
Referências Bibliográficas