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GESTÃO DE INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR EM ITABORAÍ/RJ: OS DESAFIOS NA CAPTAÇÃO E RETENÇÃO DE
ALUNOS
PANDEFF, Pando Angeloff, CASTELO BRANCO, Natália, MORAIS, João Marcos Divino de
Foz do Iguaçu PR: UNIOESTE, 8 a 11 de
dezembro de 2015, ISSN 2316-266X, n.4
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GESTÃO DE INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR EM
ITABORAÍ/RJ: OS DESAFIOS NA CAPTAÇÃO E RETENÇÃO DE
ALUNOS
PANDEFF, Pando Angeloff
Professor Titular IV da Faculdade Itaboraí - CNEC
Coordenador do Curso de Administração de Empresas
Doutor emGeografia pela Universidade Federal Fluminense - UFFPOSGEO 2014.
pando_angeloff@yahoo.com.br
CASTELO BRANCO, Natália
Professor Titular IV da Faculdade Itaboraí – CNEC
Doutorando do Programa de Pós Graduação em Sociologia e Direito da Universidade Federal
Fluminense
netybranco@gmail.com
MORAIS, João MarcosDivino de
Graduado em Administração de Empresas pela Faculdade Itaboraí - CNEC
joaomarcosdivino@hotmail.com
RESUMO O presente estudo busca analisar a Gestão de instituições de Ensino Superior em Itaboraí/RJ, a partir dos
desafios na captação e retenção de alunos. Toma como base os referenciais teóricos norteadores sobre
Educação e Ensino Superior no Brasil, resgatando ainda a história e a evolução do sistema educacional.
Considera ainda, além das publicações de diversos autores, a Lei de Diretrizes e Base da Educação
Nacional (LDB) e o relatório da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (INEP), buscando assim o entendimento sobre o perfil da educação
superior com recorte para o Município de Itaboraí/RJ. Busca assim o entendimento sobre as forças que
interferem no mercado de educação superior e como as estratégias de negócio estão sendo empreendidas
pelas instituições no município para captar e reter “clientes”. Os resultados obtidos permitiram
estabelecer o perfil dessa competição e ainda formular sugestões para adequação das estratégias em
curso.
Palavras-chave: Ensino Superior. GestãoEstratégica. Itaboraí/RJ
ABSTRACT
The present study aims to analyze the Management of Higher Education institutions in Itaboraí/RJ, from
the challenges in attracting and retaining students. Takes as its basis the theoretical frameworks guiding
on Education and Higher Education in Brazil, still recovering the history and evolution of the
educational system. Considers, in addition to the publications of several authors, the Law of Guidelines
and Base for National Education (LDB) and the report of the Higher Education of National Institute of
Educational Studies and Research (INEP), looking for the understanding of the profile of higher
education with cutout for the Municipality of Itaboraí/RJ. Search thus the understanding of the forces
that affect the market of higher education and how the business strategies are being undertaken by the
institutions in the city to attract and retain "customers". The results obtained allowed us to establish the
profile of competition and even make suggestions for appropriateness of strategies in course.
Key-words: Higher Education. Strategic Management. Itaboraí/RJ
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INTRODUÇÃO
O presente estudo busca analisar a Gestão de Instituições de Ensino Superior (IES), a
partir dos desafios na captação e retenção de alunos. Toma como base os referenciais teóricos
norteadores sobre Educação e Ensino Superior no Brasil, resgatando ainda a história e a
evolução do sistema educacional. Além disso, realizou-se uma pesquisa quantitativa realizada
com potenciais ingressantes no ensino superior buscando o entendimento sobre o perfil da
educação superior com recorte para o Município de Itaboraí/RJ.
Apresenta o entendimento sobre as forças que interferem no mercado de educação
superior e como as estratégias de negócio estão sendo empreendidas pelas instituições no
município para captar e reter “clientes”, que se justifica em função das mudanças no quadro
econômico e social em curso e os desafios impostos no processo de formação de profissionais
qualificados para o mercado de trabalho.
1. A EDUCAÇÃO E O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL: ORIGEM E EVOLUÇÃO
A história da educação no Brasil, segundo Bello (2001), tem um início, meio e fim, que
fica bem delimitada devido a rupturas marcantes e de fácil compreensão na análise histórica,
podendo-se dizer que a educação no Brasil evolui em “passos” desordenados, seguindo
diversas direções que devem ser entendidas.
No período inicial, que corresponde de 1808-1898, o padrão de desenvolvimento da
educação era orientado para formação profissional e o Estado possuía controle total sobre o
sistema educacional.
Com a chegada dos portugueses ao novo território, em 1808, tem início a constituição
do sistema de ensino superior no Brasil onde se incorporam traços próprios da educação
Européia. Neste mesmo ano são criadas as escolas de Cirurgia e Anatomia, em Salvador
(atualmente Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia) e de Anatomia e
Cirurgia no Rio de Janeiro (hoje, a atual Faculdade de Medicina da Universidade Federal do
Rio de Janeiro) e a Academia de Guarda Marinha, também no Rio de Janeiro.
Já em 1810, é fundada a Academia Real Militar, que se transformou em Escola Central,
depois Escola Politécnica, hoje Escola Nacional de Engenharia da Universidade Federal do Rio
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de Janeiro e em 1814, é criado o curso de Agricultura e, em 1816, a Real Academia de Pintura e
Escultura.
Para atender as necessidades da Coroa Portuguesa no Brasil, D. João VI criou e
implementou as Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, além
do Jardim Botânico e, sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a Imprensa Régia
(BELLO, 2001)
Após o período colonial, entre 1889 e 1918, 56 (cinquenta e seis) novas escolas de
ensino superior, na sua maioria privadas, são criadas no país. Neste novo momento, inicia-se a
descentralização do ensino superior, promovendo uma ampliação e diversificação do sistema.
A Universidade do Pará surge apenas em 1912 com a iniciativa de forças locais,
estabelecendo-se apenas por 03 (três) anos. Com o Decreto nº 14.343, de 07 de setembro de
1920, oficialmente a Universidade Rio de Janeiro, a atual Universidade Federal do Rio de
Janeiro é criada. Contudo a primeira Universidade Brasileira é criada efetivamente, somente em
1934 em São Paulo.
Entre as décadas de 50 e 70, mais precisamente em 1961 com a criação da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - Lei nº 9394/96, se consolida o processo de
descentralização do ensino superior, e quando se identifica a criação de diversas Universidades
Federais em todo Brasil.
Nos anos 90, com as grandes mudanças em curso em todo mundo, a partir do processo
conhecido como “globalização”, o Brasil abriu o mercado para a indústria internacional,
buscando se adequar às novas realidades econômicas e das relações comerciais entre as nações
e às oportunidades para o crescimento no país, sendo fruto da livre concorrência que melhorou
processos e a qualidade de produtos e serviços até então produzidos.
Com a LDB se promoveu a ampliação do acesso ao ensino superior, aumentando a
concorrência em um mercado até então estagnado e carente de oportunidades. Com o grande
número de novas instituições de ensino como: universidades, centros universitários, institutos e
faculdades integradas ou isoladas, estas tornaram o ensino superior mais acessível em diversos
aspectos, especialmente no que se diz respeito ao preço das mensalidades. Essas novas
instituições, desobrigadas inicialmente das práticas de ensino-pesquisa-extensão e da
disposição de professores em tempo integral, puderam oferecer o ensino superior a preços mais
viáveis para grande parte da população (QUEIROZ, 2003)
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A partir da 1990 pode-se verificar que as barreiras anteriormente existentes são
superadas com a adequação das instituições às novas regras da educação superior, ampliando a
disputa de mercado e onde o ensino passa a ser considerado também mais um negócio para as
organizações.
Segundo o relatório da educação superior (2014) do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), em 1996 no Brasil havia 922 Instituições de
Ensino Superior com a oferta de 6.644 cursos em todo território, das quais 711 eram de caráter
privado, o equivalente a 77,11% das instituições de ensino superior.
Já em 2004, passados apenas oito anos, os números saltam para 2.013 instituições com
18.644 cursos oferecidos em todo Brasil, das quais 1.401 eram privadas, o equivalente a
69,60% das instituições de ensino superior, indicando para uma maior participação das
instituições públicas.
Mais especificamente no estado do Rio de Janeiro em 1996 eram oferecidos 693 cursos
e 1.485 em 2004, indicando para uma ampliação na oferta de cursos da ordem de 114,00% no
mesmo período.
1.1. A educação superior atualmente
Na Constituição Federal de 1988 (CF-88), em seu art. 5º, fica estabelecido que, a
educação é um direito de todos e dever do Estado e da família, sendo promovida e incentivada,
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, ao seu preparo
para o exercício da cidadania e à sua qualificação para o trabalho.
O ensino, por sua vez, deverá ser ministrado com base nos princípios de igualdade de
condições para o acesso e permanência na escola, com coexistência de instituições públicas e
privadas; garantindo a gratuidade e gestão democrática do ensino público (CF-88, art. 206,
inciso I a VII).
Ainda com base na CF-88, os sistemas de ensino, no Brasil, são organizados em regime
de colaboração entre a União, os Estados e o Distrito Federal (art. 211, § 1 a 4): à União, cabe a
organização do sistema de ensino federal e dos Territórios, financiando as instituições públicas
federais e exercendo, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a
garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade mediante
assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; aos
Municípios cabe a responsabilidade de atuarem, prioritariamente, no ensino fundamental e na
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educação infantil; os Estados e o Distrito Federal atuam principalmente no ensino fundamental
e médio definindo formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino
obrigatório. Nos últimos anos, Estados e Municípios passaram a atuar, também, no nível
superior.
A educação superior no Brasil possui, hoje, um sistema complexo e diversificado, com
instituições públicas e privadas que oferecem diferentes tipos de cursos e programas, incluindo
vários níveis de ensino, desde os cursos de graduação até cursos de pós-graduação de nível lato
e stricto sensu.
1.2. Classificação das IES
Segundo o portal do Ministério da Educação (MEC), o ensino superior atualmente no
Brasil é ofertado por universidades, centros universitários, faculdades, institutos superiores e
centros de educação tecnológica. Existem três tipos de formação em que o cidadão pode
escolher: o bacharelado, a licenciatura ou formação tecnológica.
Figura 1 – Classificação Acadêmica
Fonte: Adaptado de portal do MEC (2015)
Segundo o MEC, os alunos podem escolher de que forma desejam estudar, presencial ou
ensino a distância (EAD). Presencialmente o aluno deve ter, no mínimo, 75% frequência nas
aulas e avaliações. Na modalidade de EAD, os alunos estudam através de livros, internet, dentre
outros materiais. A presença em sala de aula não é necessária. Ainda, existem cursos
semipresenciais, que é a junção das duas modalidades supracitadas, com aulas em sala e
também à distância.
Quanto à organização administrativa, segundo o MEC, as IES podem ser públicas
(vinculadas aos governos federal, estadual ou municipal) ou privadas. Sendo as IES particulares
CENTRO
UNIVERSITÁRIO
FACULDADE
Ensino, Pesquisa e Extensão
Ensino, Extensão e Pesquisa
Institucionalizada Optativa
Ensino
UNIVERSIDADE
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podendo ser classificadas como instituições privadas com fins lucrativos (particulares em
sentido estrito) ou privadas sem fins lucrativos. As instituições sem fins lucrativos podem ser
Comunitárias, Confessionais ou Filantrópicas.
1.3. Avaliação das IES
A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (SERES), órgão do
MEC, é a unidade responsável por garantir que a legislação educacional seja cumprida para
garantir a qualidade dos cursos superiores no Brasil.
A qualidade dos cursos de graduação no país é medida pelo INEP e o MEC utilizando
o Índice Geral de Cursos (IGC), publicado uma vez por ano após a divulgação dos resultados
do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). O IGC utiliza como base uma
média dos conceitos de curso de graduação da instituição, ponderada a partir do número de
matrículas, mais notas de pós-graduação de cada instituição de ensino superior.
Segundo o manual do ENADE (2014, p. 7):
O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) é um dos
pilares da avaliação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
(SINAES), criado pela Lei nº. 10.861, de 14 de abril de 2004. O SINAES é
composto ainda pelos processos de Avaliação de Cursos de Graduação e de
Avaliação Institucional que, junto com o ENADE, formam um „tripé‟
avaliativo que permite conhecer em profundidade o modo de funcionamento e
a qualidade dos cursos e instituições de educação superior (IES) de todo o
Brasil.
O objetivo do ENADE é conferir o desempenho dos estudantes em relação aos
conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares do respectivo curso de graduação,
e as habilidades e competências em sua formação.
Ainda, segundo o portal do INEP (2015):
A avaliação Institucional é um dos componentes do Sinaes e está relacionada
à melhoria da qualidade da educação superior; à orientação da expansão de
sua oferta; ao aumento permanente da sua eficácia institucional e efetividade
acadêmica e social; e ao aprofundamento dos compromissos e
responsabilidades sociais das instituições de educação superior, por meio da
valorização de sua missão pública, da promoção dos valores democráticos, do
respeito à diferença e à diversidade, da afirmação da autonomia e da
identidade institucional.
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Esta avaliação institucional se divide em Autoavaliação Institucional e Avaliação
externa. A Autoavaliação é coordenada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) de cada
instituição e orientada pelas diretrizes e pelo roteiro da Autoavaliação institucional da
Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES). Já a Avaliação externa é
realizada por comissões designadas pelo Inep e tem por referência os padrões de qualidade para
a educação superior divulgado nos instrumentos de avaliação e os relatórios das autoavaliações.
Este processo orienta-se por uma visão multidimensional que busca integrar suas naturezas
formativa e de regulação numa perspectiva de globalidade.
Em seu conjunto, os processos avaliativos devem constituir um sistema que permita a
integração das diversas dimensões da realidade avaliada, assegurando as coerências conceitual,
epistemológica e prática, bem como o alcance dos objetivos dos diversos instrumentos e
modalidades.
2. FUNDAMENTAÇÂO TEÓRICA
O estudo toma como base os principais conceitos e características sobre a educação
superior no Brasil e que foram levantados a partir de uma revisão bibliográfica levando em
conta os principais autores que versam sobre o tema em livros e artigos diversos.
De forma complementar são utilizados dados estatísticos do Relatório da Educação
Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elementos coletados no Estudo
Socioeconômico 2014 do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), dentre
outros. Também utilizasse de informações gerais sobre a educação a partir de sites
governamentais e de fontes oficiais consultados durante o desenvolvimento do estudo.
Para ampliar a fundamentação necessária, o estudo leva em conta ainda o
desenvolvimento de pesquisa quantitativa realizada junto aos alunos concluintes do ensino
médio, potenciais ingressantes no ensino superior e que moram no município obtendo uma
amostra destes estudantes das redes públicas e privadas. Foram aplicados 466 questionários
individuais dentro das escolas e nas proximidades em horário escolar. Foram realizadas visitas
as escolas em horário de aula para a aplicação dos questionários e nas proximidades das escolas.
A partir desta, apresentando ações de gestão estratégicas para as IES.
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Os dados gerados na pesquisa são analisados e seus resultados sustentaram as
conclusões do estudo com base na proposta inicialmente apresentada e permitiram sugerir
alternativas estratégicas que podem ser utilizadas pelas instituições locais.
3. RESULTADOS ALCANÇADOS
A pesquisa foi coordenada pela Prof. Ms. Natália Castelo Branco, professora da FAI e
FACNEC e a equipe de campo foi composta por alunos do 2º período do Curso de
Administração e 3º período do Curso de Ciências Contábeis da FAI, tendo sido realizada no
primeiro e segundo semestre do ano de 2014.
O estudo analisa os resultados da pesquisa que focou no conhecimento dos alunos sobre
as instituições existentes no Município e nas suas perspectivas a partir do ensino médio da rede
de educação em relação a dar continuidade aos seus estudos após término deste ciclo. As
escolas de ensino médio, onde os questionários foram aplicados, pode ser observada na tabela a
seguir.
Tabela 1 – População da aplicação dos questionários
Fonte: Adaptado de CNEC - Faculdade Itaboraí (2014)
A partir dos resultados apurados são apresentadas as avaliações das tendências do
alunado e recomendações para as IES no que diz respeito à sua gestão, em particular sobre os
aspectos de captação e retenção de alunos.
ESCOLAS N° DE QUESTIONÁRIOS APLICADOS
C. E. Hilka de Araujo Peçanha 30
C.E. Visconde de Itaboraí 30
CIEP453 Dr. Milton Rodrigues Rocha 30
C. E. Salvador de Mendonça 75
C. E. Francesca Carey 30
CIEP 130 Dr. Elias de Miranda Saraiva 106
CIEP 308 Pascoal Carlos Magno 45
CIEP 424 Pedro Amorim 45
CIEP 050 PABLO NERUDA 15
Colégio Juliana Cardoso 15
Jovens de 16 a 18 anos 45
Total 466
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A pesquisa foi realizada com o uso de metodologia quantitativa através da técnica de
survey com a população de alunos entre 16 a 59 anos que estavam cursando o último ano do
ensino médio.
Foram aplicados 466 questionários individuais nas dependências de 10 (dez) escolas
das vinte e nove existentes nas proximidades das mesmas, em horário em que as aulas
ocorriam, representando 34% do número total de unidades escolares de ensino médio,
estando às mesmas localizadas nos distritos de: Itaboraí, Itambí, Visconde de Itaboraí,
Cabuçú e Manilha de forma a garantir maior abrangência e representatividade da amostra.
Em umas das questões do questionário verificava a pretensão de continuidade dos
estudos.
Tabela 2 – Pretensão de continuidade dos estudos dos Entrevistados
Fonte: Adaptado de CNEC - Faculdade Itaboraí (2014)
Gráfico 1 – Pretensão de continuidade dos estudos dos Entrevistados
Fonte: Adaptado de CNEC - Faculdade Itaboraí (2014)
PRETENSÃO DE CONTINUIDADE DOS ESTUDOS APÓS CONCLUSÃO
DO ENSINO MÉDIO Nº %
Sim, pretendo fazer um curso técnico 117 25,1
Sim, pretendo cursar o ensino superior numa instituição publica 188 40,3
Sim, pretendo cursar o ensino superior em uma instituição particular 98 21,0
Sim, pretendo fazer um curso profissionalizante 49 10,5
Não 8 1,7
Outros 6 1,3
Total 466 100,0
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Dos entrevistados, 40,3% pretendem cursar o ensino superior em uma instituição
publica, enquanto 25,1% pretendem fazer um curso técnico, já 21,0% preferem cursar um
ensino superior em uma instituição particular e os restantes pretendem fazer um curso
profissionalizante ou outras atividades totalizando estes 11,8% dos entrevistados e 1,7% não
pretendem dar continuidade nos estudos.
Ainda, em outra questão referente o local de continuidade dos estudos.
Tabela 3 – Local de continuidade dos estudos dos Entrevistados
Fonte: Adaptado de CNEC - Faculdade Itaboraí (2014)
Gráfico 2 – Local de continuidade dos estudos dos Entrevistados
Fonte: Adaptado de CNEC - Faculdade Itaboraí (2014)
Dos entrevistados, 57,1% pretendem estudar em outra cidade e 39,5% pretendem
continuar seus estudos em sua própria cidade, outros e não responderam somaram 3,4%.
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
A própria cidade
Outra cidade Outros NS/NR Total
Nº
%
LOCAL DE CONTINUIDADE DOS ESTUDOS Nº %
A própria cidade 184 39,5
Outra cidade 266 57,1
Outros 10 2,1
NS/NR 6 1,3
Total 466 100,0
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Também, outra questão referente a facilidade de acesso do bairro de moradia à uma IES.
Tabela 4 – Facilidade de acesso do bairro de moradia dos Entrevistados
Fonte: Adaptado de CNEC - Faculdade Itaboraí (2014)
Gráfico 3– Facilidade de acesso do bairro de moradia dos Entrevistados
Fonte: Adaptado de CNEC - Faculdade Itaboraí (2014)
Dos entrevistados, 42,7% disseram que sua residência tem um pouco de facilidade de
acesso a uma IES, 35,4% disseram que não tem facilidade de acesso a uma IES e 20,6% tem
plena facilidade no acesso a uma IES e 1,3% não responderam.
3.1. Análise de resultados
Observando a pesquisa em um todo, destina-se a promover a análise e discussão dos
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
Sim, totalmente Sim, um pouco Não NS/NR Total
Nº
%
FACILIDADE DE ACESSO Nº %
Sim, totalmente 96 20,6
Sim, um pouco 199 42,7
Não 165 35,4
NS/NR 6 1,3
Total 466 100,0
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resultados da pesquisa desenvolvida e buscar identificar se as estratégias utilizadas pelas IES
estão adequadas ou se demandas ajustes, sendo objeto de indicação ao final do estudo.
Avalia ainda o perfil dos clientes e potenciais clientes e quais as condicionantes
determinam seu ingresso nas instituições em Itaboraí ou se irão se deslocar a outros municípios
em busca de outros cursos e instituições, determinando assim a capacidade de captação local e
influenciando em suas estratégias.
Através da análise de dados da amostra, é possível observar que existe equilíbrio em
termos de gênero dos entrevistados, sendo quase a totalidade composta por jovens na faixa
etária de 16 a 24 anos e em geral, solteiros, o que possibilita inferir que sua renda pode ser
revertida para estudos.
A população entrevistada tem, em sua maior parte, renda familiar de um a três salários
mínimos, a maioria pretende prosseguir os estudos no ensino superior e ao final do curso
pretendem estar ganhando de três a sete salários mínimos.
Analisando os resultados das questões 4, 5 e 6, o resultado demonstra que tais alunos
pretendem prosseguir seus estudos no ensino superior para assim melhorar a renda familiar e
por consequência, a qualidade de vida.
Considerando as questões 7 e 8, a maioria pretende estudar em outra cidade pela oferta
de cursos que no município não são disponibilizados, sendo que mais de 75% dos entrevistados
não tem facilidade no deslocamento a uma instituição pública ou privada de ensino superior
fora do município.
O resultado obtido mostra que há certo preconceito cultural por parte dos moradores de
Itaboraí em continuar seus estudos na própria cidade e também pela falta de conhecimento das
IES existentes no município. Porém, mais de 39% pretendem permanecer estudando em
Itaboraí.
A análise das questões 9 e 10 demonstra que tanto os alunos como seus amigos e
familiares consideram que cursar o ensino superior é muito importante.
Isso visto que nas questões seguintes, 11 e 12, como são, em sua maioria, jovens que
possuem uma dependência de seus pais e que os pais destes, cerca de mais de 80%, não tem
formação superior, indicando assim que, caso os entrevistados optassem em cursar o nível
superior em uma instituição particular teriam a ajuda dos pais, pois estes são mais sensíveis por
não terem tido a oportunidade que os filhos hoje têm de cursar o ensino superior, conforme
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verificada esta importância dada ao ensino superior pelos pais dos entrevistados. A partir desses
resultados parte-se para o planejamento estratégico para IES.
O planejamento estratégico tem como conceito geral a busca pela sobrevivência e o
sucesso das organizações e sendo dependente da sua harmonia com o ambiente. As IES do
município de Itaboraí, como qualquer outra organização, enfrentam mudanças que serão
determinadas como ameaças e oportunidades que o mercado impõe, levando em conta sempre
seus pontos fortes e fracos.
As faculdades FAI e FACNEC têm por pontos fortes suas localizações, no centro da
cidade facilitando, assim, o acesso ao transporte público, pois além de captar alunos do próprio
município elas ficam a poucos minutos dos municípios vizinhos. Possuem também um preço
abaixo do mercado comparado com as Instituições de Ensino da região. A faculdade
Anhanguera, por exemplo, tem por ponto forte ser a única instituição que oferece o curso de
medicina veterinária no município.
Um dos principais pontos fracos de todas as IES do município é a falta de opções de
cursos e a indisponibilidade de horários, pois acabam oferecendo grade fechada de disciplinas
aos seus alunos.
Dessa forma, estas informações podem auxiliar nos planejamentos estratégicos das IES,
sendo identificadas ainda as oportunidades e ameaças com relação às Faculdades do município
de Itaboraí.
Dentre as diversas ameaça às IES, podem ser citadas:
A possível entrada de novas instituições oferecendo cursos que as IES atuantes
não oferecem;
O crescimento da oferta do transporte universitário pela Prefeitura Municipal de
Itaboraí, onde o ônibus deixa e busca os alunos em IES fora do município. Isto acaba sendo uma
ameaça para as IES de Itaboraí.
Como Oportunidade as IES do município, podem ser citadas:
O crescimento do EAD no município;
Novas empresas no município, com isso a possibilidade de parcerias e
convênios;
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E mesmo com a diminuição nas obras do COMPERJ, existe uma população
vinda de outras regiões na cidade e pessoas de outros municípios que atuam no mercado de
trabalho no município.
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O estudo teve como proposta apresentar os dados sobre gestão de Ensino Superior,
começando a nível Brasil para assim chegar à gestão de IES do município de Itaboraí. A análise
para captação e retenção dos alunos deu-se através da pesquisa com estudantes do ensino médio
de Itaboraí, potenciais alunos das IES do município, assim partindo para recomendações
estratégicas para IES.
Durante o estudo também, foi indicado como se encontra a Educação Superior, como
estas são classificadas e avaliadas.
O objetivo foi buscar identificar os fatores motivacionais que levam a retenção ou a
perda dos alunos concluintes do ensino médio para IES de outros municípios.
Através da pesquisa identifica-se que a maioria da população entrevistada prefere
estudar em alguma instituição fora do município que reside. Isso se apresenta como certo
preconceito às instituições do município, devido ao não conhecimento de fato dos cursos e das
próprias IES, e também a oportunidade que estes alunos têm com o ônibus universitário
oferecido pela prefeitura, já que parte destes, conforme demonstrados na pesquisa residem em
locais que não tem fácil acesso a uma IES.
A análise do cruzamento destas três primeiras questões mostra que o foco das IES é esta,
nos jovens solteiros de ambos os sexos, sendo esta população um pouco mais influenciável em
suas decisões. Então realizar um trabalho de apresentação da IES nas escolas do município é
uma alternativa de eficácia.
Políticas organizacionais, como parcerias com empresas de transporte devem ser
criadas já que grande parte não tem facilidade de acesso a transporte para se deslocar para uma
IES dentro ou fora do Município.
No que diz respeito ao mercado de educação superior, o município de Itaboraí
atualmente tem a Faculdade Itaboraí (FAI) oferecendo os cursos presenciais de Administração
de Empresas, Ciências Contábeis e Direto, em EAD os cursos de Gestão de Recursos Humanos,
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Pedagogia e Processos Gerenciais e Pós-Graduação em EAD de docência na educação básica,
especialização em psicopedagogia institucional, MBA em gestão ambiental, MBA em gestão
educacional, MBA em gestão empresarial, práticas pedagógicas e ambientes educacionais; a
Faculdade Cenecista de Itaboraí (FACNEC) oferecendo presencialmente os cursos de
Administração de Empresas, Letras e Pedagogia e no segundo semestre de 2015 o curso de
Engenharia de Produção, em EAD os cursos de Pedagogia, Processos Gerenciais e Recursos
Humanos e Pós-Graduação em EAD de docência na educação básica, especialização em
psicopedagogia institucional, MBA em gestão ambiental, MBA em gestão educacional, MBA
em gestão empresarial, práticas pedagógicas e ambientes educacionais; a Faculdade
Anhanguera oferecendo o curso de Medicina Veterinária; e a Universidade Candido Mendes
com um pólo oferecendo os cursos nas áreas de: Pós-Graduação, Aperfeiçoamento, Extensão,
Capacitação Profissional e Complementação Pedagógica na modalidade EAD.
O ambiente externo das IES deve ser monitorado e gerido continuamente de forma que
os gestores conheçam as potencialidades e cenários do mercado no qual estão inseridas a IES,
além do contexto de socioeconômico municipal.
Com base no que foi visto as IES devem atuar com programas de divulgação nas escolas
do município, apresentando a faculdade, os cursos oferecidos, realizando palestras. Já que
existe certo “preconceito” da população com instituições do município, é dever das IES mostrar
a real posição do município para esses alunos. Capacitando pessoal através de treinamentos
para que estes possam passar veracidade e conquistar futuros alunos. Através de suas palestras
demonstrarem depoimentos de alunos locais que conseguiram ascender na vida profissional.
São diversas as estratégias que podem e devem ser utilizadas para agregar valor ao
negócio, tais como: Melhorias no Ambiente Institucional, Melhorias no Sistema
Administrativo e de Atendimento da Faculdade, Melhoria Contínua na Qualificação dos
Professores, dentre outras.
As IES utilizando o modelo BSC devem observar as perspectivas a seguir:
PERSPECTIVA FINANCEIRA:
Aumento da Receita;
Redução dos custos;
Redução da inadimplência;
Investimento em propaganda e marketing.
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Nesta perspectiva, as medidas financeiras indicam aonde a instituição está obtendo êxito
com as estratégias definidas, implementadas e executadas. Esse êxito é medido pela sua
lucratividade e pelo seu crescimento. Se esses indicadores não mostram o esperado, pode haver
problemas na execução, na implementação ou até mesmo na definição das estratégias.
PERSPECTIVA DO CLIENTE
Atração de novos clientes;
Retenção de clientes;
Satisfação dos clientes;
Reputação da Faculdade;
Melhoria Continua do Atendimento.
PERSPECTIVA DOS PROCESSOS INTERNOS
Melhoria nos investimentos em Tecnologia da Informação;
Inovação do acesso de serviços em seus portais online;
Criação de Parcerias e Convênios;
Abertura de novas turmas de cursos que não são oferecidos no município.
Criação de banco de dados para estágios, assim capacitando, fidelizando e
retendo clientes.
Mudanças em processos que ajudem a reduzir custos dos clientes ou que permitam
atingir os objetivos mais rapidamente têm valor para os mesmos.
PERSPECTIVA APRENDIZADO E CRESCIMENTO
Investir no capital humano, gerindo estratégias de retenção de talentos e oferecer
programas de formações continuadas de todos os seus colaboradores;
Gerir estratégias de informações institucionais;
Obter um modelo de gestão para resultados, trabalhando a melhoria continua e
garantir infraestrutura física e tecnológica a todos envolvidos.
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A única real certeza no mercado de educação superior é que as mudanças acontecem, e
ocorrem de forma acelerada. A mudança em si é um processo de aprendizagem, onde a
organização deve estar continuamente reavaliando seus processos, detectando acertos e
desvios.
A tarefa das IES não é nada fácil, mas para se manter no mercado e serem reconhecidas
como instituições de referência, não só para o município, mas também no estado e no Brasil, as
IES devem antes de querer buscar clientes, no caso alunos, ter um planejamento estratégico
onde todos os envolvidos estejam de fato incorporados nos processos e perspectivas
organizacionais.
Contudo, o presente estudo buscou analisar e discutir os desafios das IES no município
de Itaboraí na captação e retenção de alunos, porém, não se pretende esgotar as discussões
acerca do tema, mas abri-lo a novos estudos, visto que o mercado está em constante mudança e
promove assim a necessidade das instituições de ensino se reinventarem a cada dia.
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