Post on 08-Apr-2016
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AV. FRANCISCO MOTA, 572BAIRRO COSTA E SILVA
MOSSORÓ-RN | CEP: 59.625-900
FOLHA DA UFERSAInFRAESTRUTURA
NOVE/DEZ DE 2014ED. Nº10 - MOSSORÓ/RN
INFORMATIVO INTERNO DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
PRODUZIDO PELA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UFERSA
www.ufersa.edu.br
LLaabboorraattóórriiooss ppaarraa aasseennggeennhhaarriiaass
Com quatro pavimentos, a Ufersa constrói noCâmpus Oeste, um moderno complexo delaboratórios. As obras estão avançadas e devem serconcuídas até o mês de julho de 2015. Pag.5
FRUTICULTURAPomar da Ufersa é campode pesquisa para estudodas frutas. Pág.04
TRADIÇÃOCapoeira preserva na Ufersa acultura afrodescendente.Pág.08
QUEM FAZ A UFERSA: PRÓREITOR DE EXTENSÃO E CULTURA, PROF. FELIPE RIBEIRO; PÁG. 02 HOSPITAL VETERINÁRIO AMPLIA VAGAS PARA RESIDÊNCIA UNIVERSITÁRIA; PAG. 07 PROJETO DE EXTENSÃO BUSCA MELHORIAS PARA MOBILIDADE EMMOSSORÓ; PAG.6 PESQUISA DA UFERSA SOBRE RACIONAMENTO DE ÁGUA VENCE PRÊMIO DO BANCO SANTANDER.PÁG.3
E Mais:
IRRIGAÇÃO EDRENAGAMTrês linhas de pesquisasvoltadas para o manejo de soloe água do semiárido. Pág. 07
O tempo tem sido curto, daí, alguns atrasos na nossa tiragem do Folhada Ufersa. Enfim, o bom mesmo é que estamos mais uma vez chegando acomunidade acadêmica, dessa vez, com a décima edição do Folha da Ufersa,com o mesmo próposito de mostrar um recorte do que acontece e tambémumpouco do trabalho desenvolvido na nossaUniversidade.Por sinal, uma instituição que continua com rítmo acelerado de crescimento.
Trazemos na capa mais uma importante obra realizada na UfersaMossoró que é o Complexo de Laboratório para os cursos de engenharias.Na área da pesquisa, o Programa de PósGraduação em Irrigação eDrenagem, o pomar da Ufersa e o prémio nacional conquistado peladoutoranda da Ufersa, Jucirema Ferreira da Silva, sob a orientação doprofessorNildoDias.
Damos destaque ainda ao projeto de extensão voltado para melhoriada mobilidade urbana, realizado em parceria com a Prefeitura deMossoró e,também para a parte cultural com a capoeira e o coral da Ufersa. É isso, boaleitura e aguardamos as sugestões. Boas Festas!
Passos Júniorassecom@ufersa.edu.br | Editor
EXPEDIENTE
Felipe Ribeiro
Os dois tipos de servidorespúblicos do Século XXI:WindowseLinux.
Profissionais "Windows"
Cerca de 70% das organizações sãocompostas por profissionais "Windows". Temmaior compatibilidade com as organizaçõestradicionais, pois estão de acordo com osparadigmas do século passado. Por outro lado,esses profissionais têm um custo relativamente elevado de aquisição e aprimoramento, são mais vulneráveis a contrairos vírus institucionais da mesmice e apatia,adoram a estabilidade, mas quando umprocedimento que requer maior potencial ésolicitado, aí eles travam.
Profissionais "Linux"
Esses são baseado no paradigma (software) livre, as empresas que os contratamnão estão preocupadas com a locação da “mãode obra”, mas estão interessadas no “cérebro”que gera oportunidades de produção sináptica(aprendizado). São estáveis na instabilidadecompartilhada e auto aprendente. Praticamente não travam. Trabalham como verdadeiros profissionaismultitarefas.
Os profissionais "Windows" têm umacerta incompatibilidade operacional com osprofissionais "Linux", principalmente nasquestões de relacionamento e comunicação.
Você pode se perguntar: e agora, José?Oque fazer?
Quanto às organizações, devem providenciar uma plataforma multitarefa em queambos os profissionais possam se desenvolverjá que versões novas sempre aparecem emqualquer dos tipos. Quanto aos profissionais,devemos reconhecer nossos paradigmas elimites operacionais e investir em constantes“Up grades” uma vez que omar turbulento emque estamos não dá a mínima para osproblemas existenciais murmurados pelobarco. Enfrente ou afunde.Você pode estar pensando: Puxa vida, esse Século XXI é estressante econfuso. Já estou ficando comdor de cabeça.Eu te digo: Calma, ainda existe o "Ctrl+Alt+Del".
pRÊMIO
RRaaddaammééssDDaannttaass
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UFERSA - EDIÇÃO: PASSOS JÚNIOR. TEXTOS: PASSOS JÚNIOR, HIGO LIMA E LUANA LAISE. PROJETO GRÁFICO: AMANDA FREITAS.DIAGRAMAÇÃO: LUANA LAISE. FOTOS: EDUARDO MENDONÇA E CARLOS ADAMS. REVISÃO: DIEGO FARIAS. ESTAGIÁRIA : LUANA LAISE
ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA UFERSA - REITOR: JOSÉ DE ARIMATEA DE MATOS. VICE-REITOR: FRANCISCO ODOLBERTO DE ARAÚJO. CHEFE DE GABINETE: MÁRCIA DE JESUSXAVIER. PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO: PROF. AUGUSTO CARLOS PAVÃO. PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO: GEORGE BEZERRA RIBEIRO. PRÓ-REITORA DE ADMINISTRAÇÃO: ANAKLÉA MÉLO
SILVEIRA DA CRUZ COSTA. PRÓ-REITORA DE GESTÃO DE PESSOAS: KELIANE DE OLIVEIRA CAVALCANTE. PRÓ-REITOR DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO: PROF. RUI SALES JÚNIOR. PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO E CULTURA: PROF. FELIPE DE AZEVEDO SILVA RIBEIRO. PRÓ-REITOR DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS: PROF. RODRIGO SÉRGIO FERREIRA DE MOURA.
EDITORIAL
Pró-reitor de Extensão e Cultura
QUEM FAZ A UFERSA
2 FOLHA DA UFERSA | NOV/DEZ DE 2014
Sou zootecnistas com mestrado edoutorado em Aquicultura, pelaUnesp. Durante minha formação tiveoportunidades que foram decisivas parao sucesso em minha atuação profissional, como ser bolsista do PET Zootecnia, coordenar a Semana de Ciência eTecnologia Agropecuária, estruturar oLaboratório de Piscicultura Ornamentale ser representante discente do colegiadode curso depós.
Entrei em janeiro de 2009 naUfersa e minha primeira preocupaçãofoi com o preparo das disciplinas da Engenharia de Pesca. Aprendi muito nosanos iniciais para estabelecer o conteúdo e a forma das aulas, que hoje acredito estaremconsolidadas.
Quando assumi o Setor de Aquicultura, ainda em 2009, meu desafio foitransformar essa unidade em um localideal para a condução de pesquisas, especialmente através de recursos de projetos em rede que conseguimosdesenvolver até 2014. Felizmente tivemos uma equipe comprometida e alcançamos esse objetivo.
Meu mergulho na extensão se deuem 2011, quando iniciamos o "CiênciaPara Todos no Semiárido Potiguar", hoje um programa institucional de extensão que já levou alunos da rede públicado Estado para São Paulo, Pernambuco,Ceará, Rio Grande do Sul e para paísescomo Equador, Peru e Reino Unido e
que atua em todos os câmpus da Ufersa.Tive o prazer de ser coordenador geraldoprogramapor três anos seguidos.
Através da extensão acredito queconseguimos perceber de uma maneiramais real nossa contribuição para a sociedade. Esse é o sentimento que memove para desenvolver um bom trabalho à frente da equipe da PROEC, responsabilidade me confiada há seismeses pelo Prof. Arimatea. Já temosuma política interna de fomento a projetos de extensão que pretendemos estender aos eventos. Além dissopretendemos institucionalizar um número significativo de programas de extensão já desenvolvidos na Ufersa efomentar atividades culturais em todosos câmpus da Universidade. Muito já foifeito, mas ainda há mais o que fazer. Isso é o quemaismemotiva!
Pesquisa da Ufersa encontra alternativasde convívio com a água no Semiárido
pRÊMIO
FOLHA DA UFERSA | NOV/DEZ DE 2014 3
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UFERSA - EDIÇÃO: PASSOS JÚNIOR. TEXTOS: PASSOS JÚNIOR, HIGO LIMA E LUANA LAISE. PROJETO GRÁFICO: AMANDA FREITAS.DIAGRAMAÇÃO: LUANA LAISE. FOTOS: EDUARDO MENDONÇA E CARLOS ADAMS. REVISÃO: DIEGO FARIAS. ESTAGIÁRIA : LUANA LAISE
ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA UFERSA - REITOR: JOSÉ DE ARIMATEA DE MATOS. VICE-REITOR: FRANCISCO ODOLBERTO DE ARAÚJO. CHEFE DE GABINETE: MÁRCIA DE JESUSXAVIER. PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO: PROF. AUGUSTO CARLOS PAVÃO. PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO: GEORGE BEZERRA RIBEIRO. PRÓ-REITORA DE ADMINISTRAÇÃO: ANAKLÉA MÉLO
SILVEIRA DA CRUZ COSTA. PRÓ-REITORA DE GESTÃO DE PESSOAS: KELIANE DE OLIVEIRA CAVALCANTE. PRÓ-REITOR DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO: PROF. RUI SALES JÚNIOR. PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO E CULTURA: PROF. FELIPE DE AZEVEDO SILVA RIBEIRO. PRÓ-REITOR DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS: PROF. RODRIGO SÉRGIO FERREIRA DE MOURA.
Na região castigada pela estiagem, Assentamento do Semiárido recebe daUniversidade alternativas que asseguram o convívio sustentável com osrecursos hídricos.
Um destino sustentável aos resíduos
Na Acrevi, o projeto éencabeçado pelo servidorJúnior Souto, que visa transformar os resíduos orgânicoscoletados pela Acrevi em adubo para hortas. “Por enquanto, as hortaliças produzidas com esse adubo são comercializadas com os próprios associados, mas a nossaintenção é ampliar”, antecipa Souto. A entidade estásediada em Mossoró e éreferência no trabalho decoleta seletiva. Boa parte dasações da Acrevi conta com aparceria de projetos e açõesdaUfersa.
Nos Estados Unidos, oprofessor Nildo Dias, queorienta as duas propostas,comemorou a premiação eressalta a importância daspesquisas para o desenvol
vimento sustentável na região do Semiárido. “Nossosprojetos foram bastante elogiados pelas Universidadespresentes na cerimônia depremiação. Quero agradecero empenho de todos navotação, pois tivemos ajudade todo o Brasil, inclusive debrasileiros morando no exterior”, transmite ele.
Hoje, a região massacrada pelo histórico de estiagem conta com a parceria daUniversidade por meio depesquisas e ações que ajudam o homem do campo aconviver sem tanto sofrimento com as característicasclimáticas da nossa região,sobretudo, assegurando apermanência e fortalecendoaeconomiadoSemiárido.
Acompanhados doReitor, JoséArimateia, pesquisadores recebemprêmioSantanderO projeto de estu
dantes do Programa de Pósgraduação em Manejo de Soloe Água da Universidade Federal Rural do SemiÁridochega à fase final do PrêmioSatander Universidades sendo o segundo mais votado entre as mais de 20 mil propostas submetidas ao comitêtécnico.
O maior prêmio veiopara o Projeto de Assentamento Santa Agostinha, sediado em Caraúbas/RN,desenvolvida pela pósgraduanda Jucirema Ferreira daSilva e o orientador Nildo daSilva Dias desenvolveram ainiciativa com intuito depossibilitar que os agricultores não sofram tanto com osdanos da estiagem.
A proposta pilototem ações que envolvem aimplantação e a comprovaçãode práticas integradas de convivência com a seca. E mais:saneamento rural; alterna
tivas à piscicultura, infraestrutura; vegetação, manejoda água; produção de energia;resíduos sólidos; capacitaçãoprofissional; assistência técnica e sensibilização da comunidade.
As perspectivas também passam por melhoriassociais, de infraestrutura e econômica mais autonomia esustentabilidade aos moradores. Os pesquisadores defendem que “a oportunidade denegócio que o produto orgânico traz é o atributo devalor e é reconhecido e valorizado pelo consumidor, podendo ser inserido em váriosmercados, trazendo diferenciação no negócio e fidelização de clientes”, diz o textoda proposta.
A execução do projeto, juntamente com o período para avaliação, prevê duração de 24 meses, com prazode retorno variando entre 6 a12 meses. Jucirema Ferreiravai além e defende o impactona vida dos agricultores. “Oque nos inspirou foi a questãode minimizar os efeitos daseca na produção agrícola noSemiárido. A ideia é possibilitar que os agricultores tenham água para produção enão sofram tanto com os danos da estiagem”, explica Jucirema.
A proposta foi submetida à 10ª edição do Prêmio Santander Universidadesque, além do segundo lugar,também trouxe para casa oprêmio principal na categoriaUniversidade Solidária, com oreconhecimento em primeirolugar do projeto “Avaliação deum modelo de gestão sustentável dos resíduos orgânicos para a AssociaçãoComunitária Reciclando paraVida”, na Acrevi Mossoró.
Commais de trinta culturas, a Universidade FederalRural do SemiÁrido mantémno Câmpus Leste da UfersaMossoró, um Pomar Didático.Cultivado numa área de doishectares, o local serve para aulas práticas dos cursos de graduação em Agronomia e,Engenharia Agrícola e Florestal, principalmente, as disciplinas relacionadas a produçãofrutífera. O Pomar Didáticotambém abriga diversas pesquisas dos alunos de iniciaçãocientífica, mestrado e doutorado.
Segundo o professorVander Mendonça, coordenador da pósgraduação em Fitotecnia, o Pomar foi criado hácinco anos, mas ainda está sendo estruturado. “É que as plantas frutíferas demoram mais aproduzir”, afirmou. No pomarda Ufersa encontramos plantações de goiaba, banana, manga,caju, mamão, acerola, romã,
abacaxi, limão, entre outrasfruteiras.
A plantação dos canteirose a manutenção do espaço sãode responsabilidade dos próprios estudantes que integramo Grupo de Pesquisa em Fruticultura – GPE –, que contacom a participação de 15 alunosde graduação e da pósgraduação. A maior parte das mudasforam doadas por produtoresou vindas daEmbrapa.
Além das aulas de fruticultura, no espaço são ministradas aulas práticas deirrigação e drenagem, agricultura geral e tratos culturais, queenvolve adubação e podas. “Opomar é aberto a toda comunidade acadêmica que queira desenvolver trabalho de pesquisa”, esclarece o professorVander Mendonça. Atualmente, estão em andamento 16 projetos de pesquisas no PomarDidático daUfersa.
4 FOLHA DA UFERSA | NOV/DEZ DE 2014
INFRAESTRUTURA
Pesquisa com sabor de frutasNo Pomar da Ufersa são realizadas atualmente 16 pesquisas com plantasfrutíferas. Mais de 30 espécies são cultivadas para fins didáticos.
O figo roxodevalinhos, predominante no interior de São Paulo –Valinhos,é um dos frutos que vemsendo pesquisado no PomarDidático da Ufersa. A pesquisa é para saber a viabilidade da expansão dessacultura na região do semiárido norteriograndense. O experimento inicialconta com 16 plantas, mas apartir do próximo ano, seráampliado para 200 mudas.“Temos todas as condiçõesfavoráveis como temperatura alta, baixa umidaderelativa e baixa incidência depragas”, adianta o professorVanderMendonça.
Os pesquisadores jáfizeram a primeira colheitade figo, realizaram a podas
das plantas e, agora,prosseguem com a estarquiapara aumentar o experimento para 200 plantas.“Queremos saber a vibilidade econômica dessacultura na nossa região, bemcomo a qualidade dos frutosproduzidos”, comenta o professor.
Figo no semiárido potiguar
FigonoSemiÁridoPotiguar
ProfessorVanderMendonça, coordena oGrupodePesquisa emFruticultura daUfersa quedesenvolve pesquisas commais de dezesseis espécies de plantas
FOLHA DA UFERSA | NOV/DEZ DE 2014 5
INFRAESTRUTURA
Engenharia voltada para engenhariasModerno prédio de três andares, todo em concreto pré-moldado, está sendocontruídos no Câmpus da Ufersa Mossoró para abrigar os laboratórios dequatro cursos de engenharias.
A partirdo segundo semestre do próximo ano (2015), osestudantes das engenharias Civil,Petróleo, Químicae Mecânica da Universidade Federal Rural do SemiÁrido,Câmpus Mossoró, vão usufruirde um moderno complexo delaboratórios. A obra, que seencontra em ritmo acelerado,deve ser entregue até o mês dejunho. O prédio conta comquatro pavimentos e três an
dares, será o mais alto daUniversidade, ocupando 7 milm² de área construída.
Para o reitor da Ufersa, professor José de Arimateade Matos, a construção representa a consolidação dos cursos de engenharias da Ufersa.
“Tratase de uma obra degrande importância uma vezque representa melhores condições para o aprendizadodos alunos e, consequentemente, irá impulsionar pesquisas com resultados positivos para a Universidade”,afirmou.
O reitor adianta quetambém estão sendo licitados mais de R$ 5 milhõesem novos equipamentos para os laboratórios. O complexo vai dispor ainda deum grande laboratório deinformática para as disciplinasExpressão Gráfica e ProgramaAuxiliado por Computador(PAC), do curso Bachareladoem Ciência e Tecnologia. Oprédio comportará ainda a
parte administrativa e a coordenação dos cursos. O quartopavimento será destinado para salas de professores.
A estrutura é toda emconcreto prémoldado comvedações em alvenaria e também em concreto (parte externa) e, parede em drywall,na parte interna. Ao todo sãomais de 1.800 m³ de concretoarmado. Totalmente acessível,o prédio terá dois elevadores.Um guindaste com capacidadepara erguer até 70 toneladasestá sendo utilizado na colocação das vigas de concretopara a montagem da estruturae cerca de 50 operários trabalham na obra.
Aobra do complexode laboratórios é realizada comestrutura emconcreto prémoldado
Concluída, a obra consolida os cursos de engenharias
1 Quais são os maioresproblemas de Mossoróem relação à Mobilidade?RUm dos maiores desafiospara Mossoró é estruturaro transporte coletivo demodo a oferecer um serviçode qualidade, com cobertura espacial satisfatória,inclusive social e ambientalmente justo.
2 Qual a importânciada Universidade paraauxiliar na resoluçãodessa problemática?RDiscutimos e propomos.Por exemplo, o sistemaviário das calçadas é outrogrande desafio para a cidade na medida em que omaior número de viagens éa pé, ficará ainda mais necessária na medida em quea sociedade vai envelhe
cendo e as dificuldades delocomoção da populaçãoidosa vãose acentuando.
3 O nosso problemaainda tem solução? Como?Há sim solução para oproblema da mobilidadeurbana. O fortalecimento ecapacitação dos órgãos públicos é peça fundamentalpara que uma nova abordagem sobre as questões damobilidade seja desenvolvida localmente pensandoglobalmente.
Há exatos 9 anoscirculavam pelo RN poucomais de 400 mil veículos. Oito anos depois esse númerosaltou para 965.824 veículoscirculando nas cidades potiguares. Os números do De
partamento Estadual deTransito do RN (Detran) além de alimentarem a planilha do Registro Nacional deVeículos Automotores (RENAVAM) também revelamum sério problema de mo
bilidade urbana quecomeça a não ser maisexclusividade apenasdas grandes cidades.Somente nos pri
meiros seis meses de2014 foram para as ruasquase 33 mil novoscarros zero quilômetros.Deveremos fechar o anopela primeira vez nacasa de um milhão deautomóveis.Conforme a
Projeção da Populaçãoapontada pelo IBGEpara 2014 no RN, temos
algo em torno de 1 carro paracada três pessoas. Aproporção já se aproxima damédia nacional, de 1 carropara cada 4 brasileiros.
Como solucionar essa equação? Esse é o desafiodo projeto de extensão “Plataforma para o gerenciamento da acidentalidade eeducação para o trânsito nacidade de Mossoró”, desenvolvido pela Ufersa emparceria com a Secretaria deMobilidade Urbana daPrefeitura de Mossoró, quefecha em dezembro umamaratona de atividades comos servidores do Município.
Discutir mobilidadeurbana é indissociavelmentenecessário pensar a ocupação do espaço público. O
professor Eric Amaral Ferreira, coordenador do Projeto,alerta que “os carros, mais doque máquinas de transporte,são verdadeiras máquinas deconsumo do espaço público”.Por isso a necessidade decasar as ações de melhores damobilidade com o planejamento das políticas de urbanismo. De modo que paraplanejar o espaço públicocom vistas ao convívioharmônico é necessário açõesque perpassem também pelasegurança pública, construção adequada das calçadas,solução para os estacionamentos, infraestrutura dasvias. “Não pode haver açõesisoladas”, corrobora Charlejandro Rustayne MarcelinoPontes, titular da pasta deMobilidade Urbana.
O professor daUfersa alerta que Mossoróterá, inevitavelmente, queplanejar ações para o transporte público. Segundo ele, asituação ainda não aparentaser preocupante porque nãotemos níveis caóticos de congestionamentos. Esse é omaior desafio da cidade e amissão dos gestores será o deestruturar o transporte coletivo “com cobertura espacialsatisfatória, inclusive social eambientalmente justo”, alertaEric Amaral.
CIDADES ENSINO
6 FOLHA DA UFERSA | NOV/DEZ DE 2014
Desafios da mobilidade passam pelamelhor ocupação do espaço público
ENTREVISTA: pROFESSOR eRIC aMARAL
Projeto de extensão da Ufersa aproxima discussão da mobilidade com agestão municipal, através de capacitação e busca de resolutividade
O segredo éplanejar
Agentes de trânsito recebemcapacitaçãonaUniversidade, da prefeitura deMossoró.
Parceria em númerosA Mobilidade Urbana
é um dos cinco projetos deExtensão que existem naUfersa em parceria com agestão municipal. São investidos mais de 850 milreais nessas propostas queatendem várias áreas doconhecimento e atingem diretamente mais de 6 milpessoas e outras 150pessoas da Universidade,entrealunose servidores.
Somente no projeto de
Mobilidade Urbana, a Universidade investe a fatia deR$ 138.247,50, por meiodo Edital do Ministério daEducação. De pois da açãode capacitação dosservidores, esse conteúdoserá disseminado nasescolas da rede municipal,quando cerca de 2 milalunos do Ensino Fundamental deverão seratendidos.
O Hospital Veterinário da Universidade FederalRural do SemiÁrido foi contemplado com 20 bolsas de
Residência em Saúde pelo Processo deSeleção em ÁreaProfissional da Saúde do Ministério daEducação. As vagasestão distribuídasem oito diferentesprogramas voltadospara capacitaçãoprofissional emtreinamento e serviço de MedicinaVeterinária.
É a primeiravez que a Ufersa écontemplada comeste edital para atuar com Residênciano Hospital Veterinário e já começacom destaque. Ainstituição angariou
em torno de 60% do total debolsas disponibilizadas para asinstituições do Nordeste. Asvagas serão ocupadas por
meio de seleção pública abertaaos profissionais graduadosem medicina veterinária.
O primeiro editalserá publicado já no início de2015, de modo que os selecionados entrem na ativa nomês de março. Cada residentereceberá uma bolsa no valorde R$ 2.976,26 durante operíodo de capacitação, comduração prevista para 2 anos.João Marcelo Azevedo émédico veterinário do HosVetda Ufersa e detalha que agrade de formação da residência está dividida em 80%de atividades práticas e outras20% para conhecimento teórico.
Com essa conquista,o Hospital Veterinário da Ufersa também deverá ampliara oferta de atendimento à comunidade, uma vez que passará a funcionar durante 24horas com a implantação de
serviços de urgência e emergência.
Para o professorEraldo Barbosa Calado, diretor do HosVet, a conquista daUfersa representa um avançona consolidação do hospital dauniversidade. “A chegada daResidência Médica Veterináriarepresenta uma melhora naqualidade do atendimento, doensino e irá proporcionar, sobretudo, uma qualidade de vida e bemestar do animal atendido”, ressalta o diretor.
ENSINO
FOLHA DA UFERSA | NOV/DEZ DE 2014 7
Pesquisa
Pós em solo e águaCriado em 2011 de
pois da junção do Programa dePósGraduação em Irrigaçãocom o de Drenagem e Ciênciado Solo, ambos em nível deMestrado, o atual Programa dePósGraduação em Manejo deSolo e Água é o terceiro cursode doutorado da UniversidadeFederal Rural do SemiÁrido.
Atualmente contacom Nível 4 de recomendaçãopela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NívelSuperior (CAPES). Os doiscursos foram unificados com oobjetivo de fortalecer o conceito da CAPES e ainda viabilizar a abertura do terceirocurso de doutorado da Universidade. Por isso, é indissociável falar sobre o atual programa sem o reconhecimento do
legado dos dois anteriores.O Programa de Pós
Graduação em Ciência doSolo, em nível de MestradoAcadêmico, criado a partir dainiciativa de professores doDepartamento de CiênciasAmbientais, no ano de 2007.Neste mesmo ano, a CAPES,aprovou o projeto autorizandoo seu funcionamento, a partirde 2008, com conceito 3. Ocorpo docente do Programa écomposto por professores dosDepartamentos de CiênciasAmbientais e Ciências Vegetais da Ufersa e de pesquisadores da Embrapa, noSemiárido. Possui uma área deconcentração: Ciência dosolo, e três linhas de pesquisa:Manejo e conservação do solo;Química e fertilidade do solo e
Impactos ambientais pelo uso dossolos.
Já o Programa de PósGraduação em Irrigação e Drenagem(Mestrado Acadêmico) foi criadoem setembro de2003, com o nomede Engenharia Agrícola, o qual foialterado em 2005 paraatender as recomendações daCAPES, passando paraPrograma de Pósgraduaçãoem Irrigação e Drenagem. Ocurso iniciou suas atividadesem março de 2006, sendo omesmo recomendado pelaCAPES em setembro de 2005,com o conceito 3. A área de
concentração é Irrigação eDrenagem, e as linhas depesquisas são: Engenharia deIrrigação e Drenagem;Necessidade Hídrica dasCulturas e Manejo da lrrigação; e Impactos daIrrigação e da Fertirrigação noSolo e na Planta.
Pós realiza pesquisas demestrado edoutorado
Com mais essa conquista, o HosVet, passará a funcionar 24 horas prestandomelhor atendimento à população que procura serviço médico animal
Mais 20 vagas para ResidênciaMédica no Hospital Veterinário
AtendimentonoHosvet é feito de segunda à sexta
sERVIÇO
Hospital VeterinárioDixHuit Rosado Maia Ufersa Mossoró / CâmpusOesteHorário de consultas: 7h às11h; e das 13 às 17h.Telefone: (84) 33171810
Uma mistura dedança, música ecorpos. A capoeira éuma porta de entrada para a culturaafrobrasileira. Recentemente, consideradapela Unesco – Organização das Nações Unidas para aEducação, a Ciência ea Cultura – a verdadeira expressividadeda resistência negrano Brasil durante aescravidão. Na Universidade FederalRural do SemiÁridoprofessores, alunosde graduação e mestrado sãoseduzidos pelo molejo, movimentos e canto da capoeira. OGrupo Quibungo existe naUfersa há quatro anos.
Segundo Denis Cavalheiro,estudante de Ecologia da Ufersa, o esporte mexe com oestado espiritual, traz energiapositiva, além de ensinar a seauto respeitar. “A capoeira é
um desafio diário” comenta ouniversitário. Já para o mestrede capoeira, JohnWeyne, é umesporte transformador. “Acapoeira me transformou. Eubebia, usava drogas, mas
depois de começar alutar, sou outro homem”, declara. Crianças e adolescentesdas escolas públicasde Mossoró tambémpodem participar daRoda de Capoeira daUfersa.
A equipe decapoeira reúne aotodo 22 alunos dasmais variadas etnias.O grupo conta com aparceria da PróReitoria de AssuntosComunitários quetodo ano organiza
um evento para o batizado detroca de corda, momento emque o mestre faz a troca degraduação de seus alunos eentrega o abadácapoeira.
Presente nos melhoresmomentos da vida, amúsica é comprovadamente responsável porinúmeros benefícios parao ser humano, tanto parao corpo, quanto para aalma. O canto diminuitensões e combate oestresse. Para estimular aarte do canto entre acomunicade acadêmica,a PróReitoria de Extensão e Cultura mantém oCorofersa como projetode extensão, coordenadopor Daniel Fernandes eFelipe Ribeiro. Na regência Cláudia Max. Umprojeto teve início em2013 e conta atualmentecom 26 integrantesalunosdaUniversidade.Começando a se a
presentar nos eventos in
ternos da universidade, ocoral já recebe convitespara apresentações externas. Sua primeira apresentação fora da universidade foi na Feira doLivro, em 2013, recémcriado. A partir daí oCoral da Ufersa vem sedestacando, tendo inclusive, se apresentado noTeatro Municipal DixHuit Rosado, o maior deMossoró.
O Projeto é umconjunto de ações voltado para a formação deum grupo de canto coletivo performático. Segundo Daniel Fernandes, o Coral busca “propiciar à comunidade ummomento lúdico e cultural”, comenta.
8 FOLHA DA UFERSA | NOV/DEZ DE 2014
Quem canta, os males espanta ...
pROGRAME-SE
Paranauê, Paranauê Paraná ...
GrupoQuibungo reúneuniversitários daUfersa e estudantes de escolas públicas deMossoró
ESPORTE
Além de prática esportiva, Roda de Capoeira preserva cultura afrodescendente
Convite para apresentações já acontecem fora daUfersa
CláudiaMax regeCoral daCorofersa