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Manejo Integrado de Pragas do Feijoeiro
Com a expanso da rea cultivada do feijoeiro sob irrigao, o
cultivo sucessivo (por ex. soja, feijoeiro) e intensivo das reas (por
ex. milho safrinha), bem como o uso intensivo de inseticidas
qumicos, favoreceram o aumento de pragas nas culturas. Com o
aumento das pragas, o uso de inseticidas tem sido constante e
muitas vezes indiscriminado, aumentando o custo de controle e
tornando o controle de pragas mais difcil e complexo. Em muitos
casos, esse controle realizado com base em calendrio
(normalmente em pulverizaes semanais) ou pela presena do
inseto, mesmo que a populao esteja abaixo do nvel de controle.
Existe, tambm, uma tendncia em superestimar o dano do inseto.
O uso constante e muitas vezes indiscriminado de inseticidas,
ocasiona invariavelmente redues da populao de organismos
benficos, fazendo com que o agricultor fique cada vez mais
dependente dos produtos qumicos. Alm disso, a praga desenvolve
resistncia aos inseticidas, ficando muito difcil de ser controlada,
obrigando o agricultor a mudar de produto, aumentar a dose ou at
mesmo misturar ou usar produtos mais txicos.
Para auxiliar os produtores e tcnicos na tomada de deciso em
relao ao controle de pragas do feijoeiro, a Embrapa Arroz e Feijo
est implementando o manejo integrado de pragas do feijoeiro (MIP-
Feijo), para que o controle das pragas seja feito de forma racional
e econmica. O MIP-Feijo leva em considerao o reconhecimento
das pragas que realmente causam danos cultura, a capacidade de
recuperao das plantas aos danos causados pelas pragas, o
nmero mximo de indivduos dessas pragas que podem ser
tolerados antes que ocorra dano econmico (nvel de controle), e o
uso de inseticidas seletivos de forma criteriosa. Desta forma,
espera-se produzir feijo mais eficientemente, minimizando os
custos, diminuindo o impacto ambiental dos produtos qumicos e
garantindo a sobrevivncia dos inimigos naturais das pragas
(insetos benficos).
A tecnologia do MIP-Feijo foi validada em vrias regies
produtoras de feijo. Na regio de Santa Helena de Gois-GO, com
a utilizao desta tecnologia, reduziu-se em 64% a aplicao de
inseticidas, com uma economia de 78% no custo de controle e
produtividade mdia de 3030,7 kg/ha (Tabela 1). Na regio de
Cristalina-GO e Gameleira de Gois-GO, em algumas das reas
amostradas, o feijo foi colhido sem nenhuma pulverizao e, em
outras, com somente uma pulverizao, reduzindo o custo de
controle em cerca de 89,2% (Tabelas 2 e 3).
Informaes sobre metodologia de monitoramento das pragas e
seus inimigos naturais na lavoura, e os nveis de controle para cada
praga so apresentadas neste documento, para facilitar a utilizao
da tecnologia do MIP-Feijo pelos usurios.
Santo Antonio de
Gois, GO
dezembro, 2001
46
ISSN 1678-9636
Autora
Eliane D. Quintela
Engenheira Agrnoma,
Ph.D., Embrapa Arroz e
Feijo, Caixa Postal
179, 75375-000
Santo Antnio de
Gois, GO.
2 Manejo Integrado de Pragas do Feijoeiro
Tabela 1. rea plantada, nmero de pulverizaes e custo de controle em reas conduzidas de acordo com omanejo integrado de pragas e de acordo com o produtor no plantio de maio, em Santa Helena de Gois, GO, em2000.
Cultivar rea (ha) Nmero de pulverizaes Produtividade (Kg/ha) Custo de controle (R$) (Produto + aplicao)
MIP- FeijoProla 58 3 3.649,8 76,92Prola 18 2 2.822,9* 46,04Prola 20 2 3.230,8 46,04Prola 20 2 2.419,3* 46,04Mdia - 2,2 - 54,0
rea do ProdutorProla 90 7,3 2.989,4 350,4
Reduo mdia - 5,1 - 296,4
* reas com plantio no final de maio, com o feijoeiro sendo atingido por geada durante a florao.
Tabela 2. Cultivar, rea plantada, produtividade, nmero de pulverizas e custos de controle em reas conduzidasde acordo com o manejo integrado de pragas e, de acordo com o produtor, no plantio de julho/agosto em Cristalina,GO, em 2001.
Cultivar rea (ha) Nmero de pulverizaes Produtividade (Kg/ha) Custo de controle (R$) (Produto + aplicao)
MIP- FeijoProla 75 1 2.905,2 46,5Carioca Precocinho* 55 0 2.053,1 0,0
Mdia - 0,5 - 23,3rea do Produtor
Prola 75 5,0 2.850,3 215,7
Reduo mdia - 4,5 - 169,2
* Cultivar do produtor
Tabela 3. Cultivar, rea plantada, nmero de pulverizaes, produtividade e custos de controle em reasconduzidas de acordo com o manejo integrado de pragas e, de acordo com o produtor, no plantio de outubro emGameleira de Gois, GO em 2001.
Cultivar rea (ha) Nmero de pulverizaes Produtividade (Kg/ha) Custo de controle (R$) (Produto + aplicao)
MIP- FeijoProla 35 0 2.367,8 0,0Prola 11 0 1.298,4* 0,0 Mdia - 0 - 0,0
rea do Produtor39 2,0 2.104,5 76,55
Reduo mdia - 2,0 - 76,55
* rea com solo de cascalho.
3Manejo Integrado de Pragas do Feijoeiro
Fenologia do Feijoeiro e Incidnciadas Principais Pragas e Vrus
Os caracteres morfolgicos, utilizados na
identificao de cultivares de feijoeiro (P.
vulgaris), envolvendo as fases vegetativa e
reprodutiva, so observados na Tabela 4.
O ciclo da cultura completado em 70 a
110 dias, dependendo da cultivar e das
condies climticas.
Ao cultivo do feijoeiro podem estar associ-
adas uma srie de espcies de artrpodes
e moluscos, que ocorrem na cultura de
acordo com a fenologia da planta (Figura 1)
e devem ser levadas em considerao
quando for realizado o monitoramento. Es-
tas espcies so agrupadas em quatro ca-
tegorias: pragas do solo, pragas das folhas,
pragas das vagens e pragas de gros arma-
zenados (Tabela 5). A poca de ocorrncia
vai depender da fase de desenvolvimento
da cultura, como mostrado na Figura 1.
Tabela 4. Etapas do desenvolvimento da planta do feijoeiro comum.
Etapas1 Descrio2
V0 Germinao: absoro de gua pela semente; emergncia da radcula e sua transformao em raiz primria.
V1 Emergncia: os cotildones aparecem ao nvel do solo e comeam a separar-se. O epictilo comea o seu desenvolvimento.
V2 Folhas primrias: folhas primrias completamente abertas. V3 Primeira folha trifoliolada: abertura da primeira folha trifoliolada e o aparecimento da segunda folha
trifoliada. V4 Terceira folha trifoliolada: abertura da terceira folha trifoliolada , as gemas e os ns inferiores
produzem ramas. R5 Pr-florao: aparece o primeiro boto floral e o primeiro rcimo. R6 Florao: abre-se a primeira flor. R7 Formao das vagens: aparece a primeira vagem. R8 Enchimento das vagens: comea o enchimento da primeira vagem (crescimento das sementes). Ao
final desta etapa, as sementes perdem a cor verde e comeam a mostrar as caractersticas da cultivar. Inicia-se o desfolhamento.
R9 Maturao fisiolgica: As vagens perdem a pigmentao e comeam a secar. As sementes adquirem a colorao tpica da cultivar.
1 V= Vegetativa; R= Reprodutiva2 Cada etapa inicia-se quando 50% das plantas mostram as condies que correspondem descrio da etapa.
Fig. 1 Fenologia genrica do feijoeiro (Phaseolus vulgaris) e o
perodo de maior probabilidade de ocorrncia de pragas e do
vrus do mosaico dourado.
4 Manejo Integrado de Pragas do Feijoeiro
Tabela 5 Principais invertebrados encontrados na cultura do feijoeiro no Brasil.
Local de ataque e nome comum Nome cientfico
Pragas do solo
Larva das sementes Delia pratura
Lagarta rosca Agrotis ipsilon
Lagarta cortadeira Spodoptera frugiperda
Lagarta elasmo Elasmopalpus lignosellus
Gorgulho do solo Teratopactus nodicollis
Larvas de vaquinhas Diabrotica speciosa
Cerotoma arcuata
Cerotoma tingomarianus
Lesmas Sarasinula linguaeformis
Derocerus spp,
Limax spp
Phyllocaulis spp
Pragas das folhas
Vaquinhas Diabrotica speciosa
Cerotoma arcuata
Cerotoma tingomarianus
Minadora Liriomyza sp.
Cigarrinha verde Empoasca kraemeri
Lesmas Sarasinula linguaeformis
Derocerus spp,
Limax spp
Phyllocaulis spp
caro rajado Tetranychus urticae
caro branco Polyphagotarsonemus latus
Lagarta das folhas Omiodes indicata
Lagarta cabea de fsforo Urbanus proteus
Mosca branca Bemisia tabaci bitipo A e B
Tripes Thrips palmi
Caliothrips sp.
Pragas das hastes Frankliniella sp.
Broca das axilas Epinotia aporema
Tamandu-da-soja Sternechus subsignatas
Pragas das vagens
Lagartas das vagens Thecla jebus
Maruca testulalis
Etiella zinckenella
Heliothis spp.
Percevejos Nezara viridula
Neomegalotomus parvus
Piezodorus guildini
Acrosternum sp
Euchistus heros
Pragas dos gros armazenados
Carunchos Acanthoscelides obtectus
Zabrotes subsfaciatus
5Manejo Integrado de Pragas do Feijoeiro
Passos para a Realizao do ManejoIntegrado de Pragas do Feijoeiro
Identificar os danos, as pragas e seusinimigos naturais
Para que o manejo integrado das pragas
possa ser efetuado com eficincia
imprescindvel o conhecimento das pragas
do feijoeiro, seus danos e os inimigos
naturais que podem ocorrer na lavoura. A
amostragem dos inimigos naturais auxiliar
o produtor na tomada de deciso quanto ao
controle das pragas. Estas informaes
podem ser obtidas no manual de
identificao das pragas do feijoeiro e seus
inimigos naturais que pode ser adquirido no
setor de venda de publicaes da Embrapa
Arroz e Feijo (endereo no final desta
publicao). Os materiais necessrios para
amostragem de pragas do feijoeiro e os
inimigos naturais so apresentados na
Figura 2.
Amostrar as pragas e os inimigosnaturais
As amostragens das pragas do feijoeiro e
seus inimigos naturais devem ser
realizadas semanalmente em diversos
pontos da lavoura. Em lavouras de at 5 ha
devem ser realizadas quatro amostragens.
Em lavouras de at 10 ha, efetuam-se
cinco amostragens. Em lavouras de at
30 ha deve-se amostrar seis pontos, em
lavouras de at 50 ha so amostrados oito
pontos e, nas de at 100 ha, recomenda-se
amostrar dez pontos. O caminhamento na
lavoura para amostragem das pragas deve
ser feito de forma que represente o melhor
possvel a rea total, normalmente em zig-
zag. Em reas maiores que 100 ha,
recomenda-se dividir as reas em talhes
menores. Se a diversidade e a populao
de inimigos naturais for elevada e a
populao da praga estiver prxima ao
nvel de controle, aconselhvel aguardar
3-4 dias e amostrar novamente o campo.
Nesse caso, possvel que os inimigos
naturais sozinhos mantenham a populao
da praga abaixo do nvel de controle.
Forma de amostragem da emergnciaat o estgio de 3-4 folhas trifolioladas
Devem-se amostrar as plantas em 2 m de
linha at o estgio de 3-4 folhas
trifolioladas (Figura 3). Para isso, marcam-
se 2 m na linha de plantio, amostrando da
seguinte forma para cada praga ou dano:
a) pragas de solo: anotar o nmero de
plantas mortas (Figura 4);
b) vaquinhas, mosca branca, cigarrinha-
verde e inimigos naturais: amostrar as
folhas na parte superior e inferior para
estes insetos;
c) caro branco: verificar a presena de
sintomas de ataque nas folhas da parte
superior da planta (Figura 5).
Outras pragas e danos devem-se amostrar
da seguinte forma:
a) desfolha: amostragem visual do nvel de
desfolha em rea de raio igual a 5 m,
centrada no ponto de amostragem (Figura
6);
b) larva minadora: amostrar o nmero de
larvas com lupa de aumento em dez folhas
trifolioladas/ponto de amostragem, no
considerando o ataque nas folhas primrias
(Figura 7);
c) tripes: bater vigorosamente as plantas
Fig. 2 Kit para amostragem de pragas do feijoeiro: panode batida, metro, placa branca para amostragem de tripes,lupa de bolso de 20 X, prancheta, ficha de amostragempara pragas, inimigos naturais e tripes nas flores.
6 Manejo Integrado de Pragas do Feijoeiro
Fig. 4 Sintoma de planta morta na linha de plantio. Fig. 5 Bordas dos fololos superiores da planta enroladaspara cima devido ao ataque do caro-branco.
Fig. 3 Forma de amostragem de pragas do feijoeiro em 2 m de linha at o estgio de 3 folhas trifoliadas. (A e B) marcaoda rea a ser amostrada em 2 m de linha; (C e D) amostragem das pragas na face inferior e superior das folhas.
B
D
A
C
7Manejo Integrado de Pragas do Feijoeiro
presentes em 1 m de linha em placa
branca/ponto de amostragem (Figura 8);
d) lesmas: em locais de ataques de lesmas,
contar as lesmas em 1 m2/ponto de
amostragem.
Forma de amostragem aps o estgio de3-4 folhas trifolioladas
Aps o estgio de 3-4 folhas trifolioladas,
as amostragens devem ser realizadas com
o pano branco de batida, com 1 m de
comprimento por 0,5 m de largura, com um
suporte de cada lado (Figura 9). O pano
deve ser inserido cuidadosamente entre
duas filas de feijo, para no perturbar os
insetos e os inimigos naturais presentes nas
plantas. As plantas devem ser batidas
vigorosamente sobre o pano para deslocar
os insetos e inimigos naturais. Anota-se na
ficha de levantamento de campo os insetos
cados no pano. Nesta etapa, tambm
devem ser anotados os nveis de desfolha,
os nmeros de tripes, lesmas, larvas
minadoras e a presena de sintoma de
ataque do caro-branco, como descrito
anteriormente.
Forma de amostragem no estgio deflorescimento e de formao de vagens
Fig. 8 Utilizao da placa de plstico branco (50 x 40 cm)para amostragem de tripes em folhas do feijoeiro. Soefetuadas duas batidas com a placa por ponto deamostragem.
Fig. 6 Diferentes nveis de desfolha no feijoeiro (Foto:J.A.F. Barrigossi).
Fig. 7 Amostragem da larva minadora com lupa e aspectodas larvas vivas no fololo.
8 Manejo Integrado de Pragas do Feijoeiro
Nestes estgios, as amostragens devem
ser direcionadas para tripes, caro-branco,
percevejos e lagartas-das-vagens. Deve-se
inserir cuidadosamente o pano entre as
plantas e amostrar nesta ordem:
1) verificar a presena de sintomas de
ataque do caro-branco nas folhas na parte
superior da planta na rea da batida de
pano (Figura 5);
2) contar os percevejos que esto na parte
superior da planta e mover
cuidadosamente as plantas para observar
os percevejos que esto nas partes
mediana e inferior das plantas;
3) aps amostragem dos percevejos,
bater vigorosamente as plantas sobre o
pano de batida e contar os insetos e os
inimigos naturais cados no pano;
4) amostrar visualmente as vagens quanto
presena de lagartas (Figura 10);
5) prximo rea amostrada, amostrar
visualmente os tripes nas flores, coletando
25 flores/ponto de amostragem (Figura 11).
Os resultados das amostragens devem ser
anotados nas fichas de amostragem para
as pragas (Anexo 1), tripes nas flores
(Anexo 2) e inimigos naturais (Anexo 3).
Estas fichas de amostragem podem ser
obtidas no setor de venda de publicaes
da Embrapa Arroz e Feijo.
E
A B C
D E
Fig. 9 Forma de amostragem com o pano branco aps o estgio de 3-4 folhas trifoliadas. (A, B e C) Colocando o panoentre as filas do feijoeiro; D) batendo vigorosamente as folhas do feijoeiro sobre o pano branco; E) contagem dos insetoscados no pano.
9Manejo Integrado de Pragas do Feijoeiro
Tomada de deciso
Para saber qual o momento adequado para
efetuar o controle com inseticidas
necessrio consultar a Tabela 6, que
mostra os nveis de controle para as
principais pragas do feijoeiro. Para facilitar
a consulta a campo, estes nveis esto
inseridos na ltima coluna da ficha de
amostragem para as pragas (Anexo 1).
Esses nveis esto amparados por uma boa
margem de segurana, de forma que a sua
utilizao cuidadosa permitir a aplicao
de inseticidas somente quando houver
necessidade, sem que ocorra perda na
produo.
Escolha dos inseticidas
Se o nvel para o controle da praga foi
atingido, deve-se efetuar a pulverizao
escolhendo os inseticidas mais seletivos,
conforme a classe toxicolgica e os nveis
de toxicidade estabelecidos para
mamferos e aves, peixes, abelhas e
predadores (Tabela 7).
Manejo Integrado de Pragas doFeijoeiro em reas de Incidncia daMosca-branca
Devido importncia da mosca-branca
como transmissora do vrus-do-mosaico-
dourado do feijoeiro (VMDF), o seu manejo
deve ser realizado de acordo com a poca
de plantio. Em reas com histrico de alta
incidncia do mosaico-dourado e no plantio
do feijo da seca (janeiro a abril), desde
que a mosca-branca esteja presente na
rea amostrada, seu controle deve ser
feito do plantio at o estgio de
florescimento, com tratamento de
sementes e complementado com
pulverizaes semanais. Normalmente, 4-5
pulverizaes so suficientes. O perodo
que vai da germinao at o florescimento
a fase em que a planta mais suscetvel
ao VMDF e, conseqentemente, quando
so observadas as maiores perdas na
produo. Aps o florescimento do
feijoeiro, no h necessidade de se fazer o
controle da mosca-branca, pois os danos
causados pelo VMDF so pouco
significativos, no justificando o controle
do vetor.
No plantio das guas (agosto a
dezembro) e de inverno (maio a agosto),
recomenda-se somente o tratamento de
sementes, no havendo necessidade de
pulverizaes, pois a incidncia da mosca-
branca e do VMDF menos intensa.
Nestas pocas de plantio, geralmente, as
populaes da mosca-branca so menores,
pois no ocorrem culturas de soja e
algodo, que multiplicam esta praga, ou
essas lavouras no esto em final de ciclo.
Fig. 10 Amostragem visual das vagens para verificaodo ataque da lagarta das vagens.
Fig. 11 Amostragem de tripes em flores de feijoeiro.
10 Manejo Integrado de Pragas do Feijoeiro
Pesquisadores da Embrapa Arroz e Feijo
verificaram que 20 cultivares de feijo
plantadas em novembro no apresentaram
o VMDF. Em dezembro, houve incidncia
da virose aos 45 dias (fase da planta em
que a virose causa danos pouco
significativos), enquanto em janeiro e
fevereiro, constataram 100% de infeco.
No plantio de inverno, observou-se, em
trs safras, que o rendimento do feijoeiro
nas reas tratadas com inseticidas foi
semelhante s reas das testemunhas
(sem inseticidas) e foi mnima a ocorrncia
de plantas com a doena.
A semeadura em pocas menos propcias
disseminao do vrus, isto , quando a
populao do vetor mais baixa,
importantssima prtica cultural para o
controle do VMDF. A definio de pocas
de plantio e/ou regionalizao da poca de
semeadura do feijoeiro tem reduzido
significativamente as perdas devidas
transmisso do vrus-do-mosaico-dourado
pela mosca branca. Por exemplo, no
Paran, perdas de 100% observadas na
produo do feijo durante a safra da seca
foram reduzidas para valores pouco
significativos, principalmente pela
regionalizao da poca de semeadura da
cultura. Na Repblica Dominicana,
observou-se que o vrus-do-mosaico-
dourado no foi detectado em vrias
espcies de plantas daninhas e concluiu-se
que o feijoeiro a fonte primria de inculo
do vrus. Desta forma, um perodo de sete
semanas sem plantio de feijo foi
determinado pelo governo desse pas e as
perdas devidas ao vrus-do-mosaico-
dourado foram reduzidas
significativamente. Portanto, o problema
com a transmisso do vrus pela mosca
branca poderia ser diminudo
significativamente se fosse realizada a
regionalizao do plantio do feijoeiro,
evitando-se o plantio da seca (janeiro a
maro).
Tabela 6. Nveis de controle para as principais pragas do feijoeiro.
Pragas ou Dano Estgio de Desenvolvimento do Feijoeiro Nvel de Controle
Plantas mortas Na fase vegetativa Duas plantas cortadas ou comsintomas de murcha em 2m delinha.
Vaquinhas At formao de vagens 20 insetos/pano ou em 2m delinha.
Desfolha Folhas primrias 50% de desfolha.Antes da florao 30% de desfolha.
Aps florao 15% de desfolha.Minadora Fase vegetativa Uma a duas larvas vivas
por folha. No considerar asfolhas primrias .
Cigarrinha verde At florao 40 ninfas/pano ou em 2m delinha.
Tripes At florao 100 tripes em 1 metro; 3tripes/flor.
caros At formao de vagens Seis plantas com sintomas epresena dos caros.
Lesmas At a maturao fisiolgica Uma lesma/m2 ou 1 lesmaarmadilha/noite.
Percevejos Formao das vagens at a Dois percevejos grandes/ panomaturao fisiolgica de batida.
Lagartas da vagem Formao das vagens at a 20 vagens atacadas em 2mmaturao fisiolgica de linha.
11
Manejo
In
tegra
do de Pra
gas do Feijo
eiro
Tabela 7. Inseticidas e acaricidas registrados para a cultura do feijoeiro.
Praga Produto Marca Grupo Dose Modo de Classe Perid. de MIP b
Tcnico Comercial Qumico Ao Toxicol. Carn. (dias)* M A P Ab Pr*
Cigarrinha Thiamethoxam Cruiser 700 WS Neocotinide 0,1-0,15 kg/ Sistmico Indeterm.verde 100 kg sementes(Empoasca Actara 250 WG Neocotinide 0,1-0,2 kg/ha Sistmico III 14kraemeri) Cyfluthrin Baytroid CE Piretride 0,2 L/ha Contato I 14 1 1 2 5 3(S)
Betacyflutrin Turbo Piretride 0,1 L/ha Contato II 14 2 1 3 5 2Bulldock 125 SC Piretride 0,05 L/ha Contato II 14
Triclorfon Dipterex 500 Organofosforado 1,6 L/ha Contato/ II 7 2 2 1 1Ingesto
Paration metlico Folisuper 600 BR Organofosforado 0,45-0,67 L/ha Contato/ I 15 4 5 1 5 3Ingesto
Folidol 600 Organofosforado 0,45-0,67 L/ha Contato/ I 15Ingesto
Imidacloprid Gaucho Cloronicotinil 0,2 kg/100kg Sistmico IV Indeterm.sementes
Gaucho FS Cloronicotinil 0,25 L/100 kg Sistmico IV Indeterm.sementes
Provado Cloronicotinil 0,15 kg/ha Sistmico IV 21Confidor 700 GrDA Cloronicotinil 0,15 kg/ha Sistmico IV 21
Metamidofs Stron Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21 4 4 1 3 3Hamidop 600 Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21
Metafs Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21Metamidofs Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21
Metasip Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21Faro Organofosforado 0,5 L/ha Sistmico II 21
Tamaron BR Organofosforado 0,5 L/ha Sistmico/ II 21Contato/Ingesto
Thiacloprid Calypso Cloronicotinil 0,2 L/ha Sistmico III 31Monocrotophos Agrophos 400 Organofosforado 0,75-1,25 L/ha Sistmico/ I 21 4 1 5 5 3
ContatoAzodrin 400 Organofosforado 0,75-1,25 L/ha Sistmico I 9
Contato/Ingesto
Bifenthrin Brigade 25 CE Piretride 0,2-0,25 L/ha Sistmico IICarbaryl Sevin 480 SC Carbamato 1,9-2,25 L/ha Contato/ II 3 2 1 1 4 1
ingestoSevin 850 PM Carbamato 1,2-1,5 kg/ha Contato/ II 20
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Manejo
In
tegra
do de Pra
gas do Feijo
eiro
Praga Produto Marca Grupo Dose Modo de Classe Perid. de MIP b
Tcnico Comercial Qumico Ao Toxicol. Carn. (dias)* M A P Ab Pr*
Cigarrinha Carbaryl Carbamato 2,0-2,3 L/ha Contato/ II 3verde Fersol 480 SC ingesto(Empoasca Carbaryl Fersol P 75 Carbamato 15-20 kg/ha Contato/ III 3kraemen) ingesto
Clorpirifs Vexter Organofosforado 0,8 L/ha Contato II 25 3 1 1 2 2Lorsban 480 BR Organofosforado 0,8 L/ha Contato II 25
Clorpirifs Fersol 480 CE Organofosforado 0,8 L/ha Contato II 25Terbufs Counter 50 G Organofosforado 40 kg/ha Sistmico I Indeterm.
Counter 150 G Organofosforado 13 kg/ha Sistmico I Indeterm.Deltamethrin Deltaphos Piretride 0,35-0,50 L/ha Contato I 16Carbofuran Ralzer 50 GR Carbamato 20 kg/ha Sistmico I 30
Ralzer 350 SC Carbamato 2,0l/100 kg Sistmico I Indeterm.sementes
Furadan 50 G Carbamato 20 kg/ha Sistmico/ I 75Contato/Ingesto
Diafuran 50 Carbamato 20 kg/ha Sistmico I 30Thiodicarb Futur 300 Carbamato 2,0l/100kg Sistmico III Indeterm. 2 2 1 3 1
sementesPhorate Granutox Organofosforado 20-30 kg/ha Sistmico I Indeterm.
Granutox 150 G Organofosforado 7-10 kg/ha Sistmico II IndetermCarbosulfan Marzinc 250 TS Carbamato 1,5-2,0 kg/ Sistmico II Indeterm.
100 kg sementesFenpropathrin Danimen 300 CE Piretride 0,1-0,2 L/ha Contato I 14 3 ND 4 ND ND
Meothrin 300 Piretride 0,1-0,2 L/ha Contato I 14Monocrotophos Nuvacron 400 Organofosforado 0,75-1,25 L/ha Sistmico/ I 9
Contato/Ingesto
Pyridaphenthion Ofunack 400 CE Organofosforado 1,25 L/ha Contato III 15Acephate Orthene 750 BR Organofosforado 0,2-0,5 kg/ha Sistmico III 14 * MT PT T AT
Orthene 750 BR Organofosforado 1,0 kg / 100 kg Sistmico IV Indeterm.para sementes sementes
Disulfoton Solvirex GR 100 Organofosforado 15 kg/ha Sistmico III Indeterm.Esfenvalerate Sumidan 25 CE Piretride 0,4 L/ha Contato I 14 1 ND 5 ND NDFenitrothion Sumithion 500 CE Organofosforado 1,0-1,5 L/ha Sistmico II 14 2 3 2 5 3Dimetoato Tiomet 400 CE Organofosforado 0,32-0,64 L/ha Sistmico I 3 PT AT PT AT *Etofenprox Trebon 300 CE Aril Propilbenzileter 0,5 L/ha Contato III 3 3 2 4 2 3
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Manejo
In
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do de Pra
gas do Feijo
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Praga Produto Marca Grupo Dose Modo de Classe Perid. de MIP b
Tcnico Comercial Qumico Ao Toxicol. Carn. (dias)* M A P Ab Pr*
Lagarta rosca Carbaryl Sevin 480 SC Carbamato 1,9-2,25 L/ha Contato/ II 3 2 1 1 4 1(Agrotis sp.) Ingesto
Carbaryl Fersol 480 SC Carbamato 2,0-2,3 L/ha Contato/ II 3Ingesto
Acephate Orthene 750 BR Organofosforado 1,0kg/100kg Sistmico III 14para sementes sementes
Tripes Paration metlico Folisuper 600 BR Organofosforado 0,27-0,35 L/ha Contato/ I 15 4 5 1 5 3(Vrias Ingestoespcies) Folidol 600 Organofosforado 0,25-0,37 L/ha Contato/ I 15
IngestoImidacloprid Gaucho FS Cloronicotinil 0,25 L/100 kg Sistmico IV Indeterm.
sementesMetamidofs Metafs Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico/ I 21 4 4 1 3 3
Contato/Ingesto
Stron Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21Metasip Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21
Hamidop 600 Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21Tamaron BR Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico II 21
Pirimifs metil Actellic 500 CE Organofosforado 0,16 L/ha Contato/ II 3 1Fumigao
Carbaryl Sevin 480 SC Carbamato 1,9-2,25 l/ha Contato/ II 3 2 1 1 4 1Ingesto
Carbaryl Fersol 480 SC Carbamato 2,0-2,3 L/ha Contato/ II 3Ingesto
Carbaryl Fersol P 75 Carbamato 15-20 kg/ha Contato/ III 3Ingesto
Terbufs Counter 50 G Organofosforado 40 kg/ha Sistmico I Indeterm.Counter 150 G Organofosforado 13 kg/ha Sistmico I Indeterm.
Carbofuran Ralzer 50 GR Carbamato 20 kg/ha Sistmico I 30Ralzer 350 SC Carbamato 1,0-1,5 L / Sistmico I Indeterm.
100 kg sementesDiafuran 50 Carbamato 20 kg/ha Sistmico I 30
Furadan 50 G Carbamato 20 kg/ha Sistmico/ I 75Contato/Ingesto
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Praga Produto Marca Grupo Dose Modo de Classe Perid. de MIP b
Tcnico Comercial Qumico Ao Toxicol. Carn. (dias)* M A P Ab Pr*
Tripes Phorate Granutox Organofosforado 20-30 kg/ha Sistmico I Indeterm.(continua) Granutox 150 G Organofosforado 7-10 kg/ha Sistmico II Indeterm.
Carbosulfan Marzinc 250 TS Carbamato 1,5-2,0 kg / Sistmico II Indeterm.100 kg sementes
Acephate Orthene 750 BR Organofosforado 1,0 kg/ha Sistmico III 14 * MT PT T ATThiodicarbe Semevin 350 RA Carbamato 1,5 L/100 kg Sistmico II Indeterm. 2 2 1 3 1
sementesAldicarbe Temik 150 Carbamato 6,5 kg/ha Sistmico I 80
Dimethoate Tiomet 400 CE Organofosforado 0,32-0,64 L/ha Sistmico I 3 PT AT PT AT *Esfenvalerate Sumidan 25 CE Piretride 0,4 L/ha Contato I 14 1 ND 5 ND NDFenitrothion Sumithion 500 CE Organofosforado 1,0-1,5 L/ha Sistmico II 14 2 3 2 5 3
Mosca Betacyflutrin Turbo Piretride 0,1 L/ha Contato II 14 2 1 3 5 2branca Bulldock 125 SC Piretride 0,05 L/ha Contato II 14(Bemisia Imidacloprid Confidor 700 GrDA Cloronicotinil 0,25 kg/ha Sistmico/ IV 21tabaci) Contato/
IngestoGaucho Cloronicotinil 0,2 kg/ Sistmico IV Indeterm.
100 kg sementesGaucho FS Cloronicotinil 0,25 kg/ Sistmico IV Indeterm.
100 kg sementesProvado Cloronicotinil 0,15 L/ha Sistmico IV 21
Metamidofos Faro Organofosforado 0,5-1 L/ha Sistmico II 21 4 4 1 3 3Stron Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21
Metafs Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico/ I 21Contato/Ingesto
Metamidafs Fersol 600 Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21Metasip Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21
Hamidop 600 Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21Tamaron BR Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico/ II 21
Contato/Ingesto
Thiacloprid Calypso Cloronicotinil 0,2 L/ha Sistmico III 31Monocrotophos Azodrin 400 Organofosforado 0,5-0,75 L/ha Sistmico/ I 9 4 1 5 5 3
Contato/Ingesto
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tegra
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gas do Feijo
eiro
Praga Produto Marca Grupo Dose Modo de Classe Perid. de MIP b
Tcnico Comercial Qumico Ao Toxicol. Carn. (dias)* M A P Ab Pr*
Mosca branca Agrophos 400 Organofosforado 0,5-0,75 L/ha Sistmico/ I 21 (continua) Contato
Buprofezin Applaud 250 Tiadiazin 0,1-0,2 L/ Contato/. IV 21100 L gua Reg. cresc.
Bifenthrin Brigade 25 CE Piretride 0,2-0,25 L/ha Sistmico II
Terbufs Counter 50 G Organofosforado 40 kg/ha Sistmico I Indeterm.Counter 150 G Organofosforado 13 kg/ha Sistmico I Indeterm.
Deltamethrin Deltaphos Piretride 0,35-0,50 L/ha Contato I 16Carbofuran Diafuran 50 Carbamato 30-40 kg/ha Sistmico I 30
Ralzer 50 GR Carbamato 30-40 kg/ha Sistmico I 30Ralzer 350 SC Carbamato 2,0 L / 100 kg Sistmico I Indeterm.
sementesFuradan 50 G Carbamato 30-40 kg/ha Sistmico/ I 75
Contato/Ingesto
Phorate Granutox Organofosforado 20-30 kg/ha Sistmico I Indeterm.Fenpropathrin Danimen 300 CE Piretride 0,1-0,2 L/ha Contato I 14 3 ND 4 ND ND
Meothrin 300 Piretride 0,1-0,2 L/ha Contato I 14Monocrotophos Nuvacron 400 Organofosforado 0,5-0,75 L/ha Sistmico/ I 9
Contato/Ingesto
Pyridaphenthion Ofunack 400 CE Organofosforado 1,0-1,5 L/ha Contato III 15Acephate Orthene 750 BR Organofosforado 0,2-0,5 kg/ha Sistmico III 14 * MT PT T AT
Orthene 750 BR Organofosforado 1,0 kg/100kg Sistmico IV Indeterm.sementes
Furathiocarb Promet 400 CS Tiocarbamato 0,8 L/100kg Sistmico III Indeterm.sementes
Aldicarb Temik 150 Carbamato 6,0-13,0 kg/ha Sistmico I 80Pyriproxyfen Tiger 100 CE Piridil ter 1,0 L/ha Contato/ I 14 1 ND 1 ND ND
Cordial 100 Fisi. Juvenide/Ovicida
Dimethoate Tiomet 400 CE Organofosforado 0,64-1,25 L/ha Sistmico I 3 PT AT PT AT *Clorpirifs Lorsban 480 BR Organofosforado 0,8 L/ha Contato II 25 3 1 1 2 2
Vexter Organofosforado 1,0 L/ha Contato II 25Acetamiprid Mospilan Neonicotinide 0,15-0,25 kg/ha Sistmico III 7 2 3 1 1 ND
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gas do Feijo
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Praga Produto Marca Grupo Dose Modo de Classe Perid. de MIP b
Tcnico Comercial Qumico Ao Toxicol. Carn. (dias)* M A P Ab Pr*
Thiamethoxan Cruiser 700 WS Neocotinide 0,15 kg / 100 kg Sistmico III Indeterm.sementes
Actara 250 WG Neocotinide 0,1 kg/ha Sistmico III 21
Vaquinha Betacyflutrin Bulldock 125 SC Piretride 0,05 L/ha Contato II 14 2 1 3 5 2(Diabrotica Turbo Piretride 0,1 L/ha Contato II 14speciosa; Imidacloprid Confidor 700 GrDA Cloronicotinil 0,15 kg/ha Sistmico IV 21Cerotoma Gaucho Cloronicotinil 0,2 kg/100kg Sistmico IV Indeterm.arcuata) sementes
Gaucho FS Cloronicotinil 0,25 L/100kg Sistmico IV Indeterm.sementes
Provado Cloronicotinil 0,15 kg/ha Sistmico IV 21Terbufs Counter 50 G Organofosforado 40 kg/ha Sistmico I Indeterm.
Paration metlico Folidol 600 Organofosforado 0,45-0,67 L/ha Contato/ I 15 4 5 1 5 3Ingesto
Folisuper 600 BR Organofosforado 0,45-0,67 L/ha Contato/ I 15Ingesto
Thiodicarb Futur 300 Carbamato 2,0 L / 100kg Sistmico III Indeterm. 2 2 1 3 1sementes
Carbosulfan Marzinc 250 TS Carbamato 1,5-2,0 kg/ Sistmico II Indeterm.100 kg sementes
Metamidofs Hamidop 600 Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21 4 4 1 3 3Stron Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21
Tamaron BR Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico/ II 21Contato/Ingesto
Metafs Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21Metamidafs Fersol 600 Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21
Metasip Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21Acephate Orthene 750 BR Organofosforado 0,5-1,0kg/ha Sistmico III 14 * MT PT T AT
Orthene 750 BR Organofosforado 1,0 kg / 100kg Sistmico IV Indeterm.para sementes sementes
Carbaryl Carbaryl Fersol 480 SC Carbamato 2,0-2,3 L/ha Contato/ II 3 2 1 1 4 1Ingesto
Sevin 480 SC Carbamato 1,9-2,25 L/ha Contato/ II 3Ingesto
Esfenvalerate Sumidan 25 CE Piretride 0,4 L/ha Contato I 14 1 ND 5 ND NDFenitrothion Sumithion 500 CE Organofosforado 1,0-1,5 L/ha Sistmico II 14 2 3 2 5 3
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gas do Feijo
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Praga Produto Marca Grupo Dose Modo de Classe Perid. de MIP b
Tcnico Comercial Qumico Ao Toxicol. Carn. (dias)* M A P Ab Pr*
Lagarta Thiamethoxam Cruiser 700 WS Neocotinide 0,1-0,15 Kg/ Sistmico III Indeterm.das folhas 100 kg sementes(Omiodes Actara 250 WG Neocotinide 0,15-0,2 kg/ha Sistmico III 14indicata) Lambdacyalothrin Karate zeon 50 CS Piretride 0,15-0,2 L/ha Contato/ III 15
IngestoCarbaryl Sevin 480 SC Carbamato 1,9-2,25 L/ha Contato/ II 3 2 1 1 4 1
IngestoCarbaryl Fersol 480 SC Carbamato 2,0-2,3 L/ha Contato/ II 3
IngestoAcephate Orthene 750 BR Organofosforado 0,5-1,0 kg/ha Sistmico IV 14 * MT PT T AT
Lagarta Triclorfon Dipterex 500 Organofosforado 1,6 L/ha Contato/ II 7 2 2 1 1 1da soja Ingesto(Anticarsia Carbaryl Sevin 480 SC Carbamato 1,9-2,25 L/ha Contato/ II 3 2 1 1 4 1gemmatalis) Ingesto
Carbaryl Fersol 480 SC Carbamato 2,0-2,3 L/ha Contato/ II 3Ingesto
Carbaryl Fersol P 75 Carbamato 15-20 kg/ha Contato/ III 3Ingesto
Paration metlico Folidol 600 Organofosforado 0,45-0,67 L/ha Contato/ I 15 4 5 1 5 3Ingesto
Folisuper 600 BR Organofosforado 0,45-0,67 L/ha Contato/ I 15Ingesto
Dimethoate Tiomet 400 CE Organofosforado 0,32-0,64 L/ha Sistmico I 3 PT AT PT AT *
Pulgo Imidacloprid Gaucho FS Cloronicotinil 0,25 L/100kg Sistmico IV Indeterm.(Aphis sementescraccivora; Phorate Granutox Organofosforado 20-30 kg/ha Sistmico I Indeterm.Smynthurodes Metamidofs Hamidop 600 Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21 4 4 1 3 3betae; Metafs Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico/ I 21Aphis Contato/rumicis) Ingesto
Stron Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21Metasip Organofosforado 0,5-1,0 L/ha Sistmico I 21
Acephate Orthene 750 BR Organofosforado 1,0 kg / 100 kg Sistmico IV Indeterm. * MT PT T ATpara sementes sementes
Pirimicarb Pi-Rimor 500 PM Carbamato 0,1 kg / 100 L Contato/ II 7gua Fumigao
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Praga Produto Marca Grupo Dose Modo de Classe Perid. de MIP b
Tcnico Comercial Qumico Ao Toxicol. Carn. (dias)* M A P Ab Pr*
Carbofuran Ralzer 350 SC Carbamato 2,0 L / 100 kg Sistmico I Indeterm.sementes
Disulfoton Solvirex GR 100 Organofosforado 15 kg / ha Sistmico III Indeterm.Dimethoate Tiomet 400 CE Organofosforado 0,32-0,64 L/ha Sistmico I 3 PT AT PT AT *
Manhoso Monocrotophos Agrophos 400 Organofosforado 1,25 L/ha Sistmico/ I 21 4 1 5 5 3(Chalcodemus Contatobimaculatus) Carbaryl Sevin 480 SC Carbamato 1,9-2,25 L/ha III 3 2 1 1 4 1
Carbaryl Fersol P 75 Carbamato 15-20 kg/ha II 3Acephate Cefanol Organofosforado 0,1 kg / 100 L Sistmico III 14 * MT PT T AT
guaAcefato Fersol 750 PS Organofosforado 0,5-1,0 kg/ha Sistmico IV 14
Orthene 750 BR Organofosforado 0,5-1,0 kg/ha Sistmico III 14
Mosca Cartap Cartap BR 500 Tiocarbamato 0,17 kg / 100 L Contato/ III 14 2 ND 1 ND NDminadora Cloridrato de gua Ingesto(Liriomyza Carbofuran Diafuran 50 Carbamato 20 kg/ha Sistmico I 30huidobrensis) Triazophos Hostathion 400 BR Organofosforado 1,0 L/ha Contato/ I 14
IngestoPyridaphenthion Nuvacron 400 Organofosforado 1,5 L/ha Contato/ I 9
IngestoOfunack 400 CE Organofosforado 1,5 L/ha Contato III 15
Acephate Orthene 750 BR Organofosforado 1,0 kg /100 kg Sistmico IV Indeterm. * MT PT T ATpara semente sementes
Aldicarb Temik 150 Carbamato 6,5 kg/ha Sistmico I 80Cartap Thiobel 500 Tiocarbamato 0,17 kg/100 L Contato/ II 14
gua TranslaminarCyromazine Trigard 750 PM Triazinas 0,1 kg/ha Sistmico IV 21Abamectina Vertimec Abamectina 0,3-0,6 L/ha Contato/ III 14
IngestoLagarta Deltamethrin Decis 25 CE Piretride 0,12-0,16 L/ha Contato III 16 3 1 1 5 3falsa Decis 50 SC Piretride 0,06-0,08 L/ha Contato III 16medideira(Pseudoplusia includens)
Bicheira Acephate Orthene 750 BR Organofosforado 1,0 kg / 100 kg Sistmico IV Indeterm. * MT PT T ATdo feijoeiro sementes(Delia pratura)
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Praga Produto Marca Grupo Dose Modo de Classe Perid. de MIP b
Tcnico Comercial Qumico Ao Toxicol. Carn. (dias)* M A P Ab Pr*
caro branco Triazophos Hostathion 400 BR Organofosforado 0,8-1,0 L/ha Contato/ I 14(Polyphago- Ingestotasonemus Pyridaphenthion Nuvacron 400 Organofosforado 1,5 L/ha Contato/ I 9latus) Ingesto
Ofunack 400 CE Organofosforado 1,5 L/ha Contato/ III 15Ingesto
Tetradifon Tedion 80 Cloro diflenil sulfonas 1,2-2,5 L/ha Contato/ III 14Translaminar
Abamectina Vertimec Abamectina 0,3-0,6 L/ha Contato/ III 14Ingesto
Profenofs Curacron Organofosforado 0,6-0,8 L/ha Sistmico III 14
caro Paration metlico Folidol 600 Organofosforado 0,45-0,67 L/ha Contato/ I 15 4 5 1 5 3vermelho Ingesto(Tetranychus Metamidofs Hamidop 600 Organofosforado 1,0 L/ha Sistmico I 21 4 4 1 3 3ludeni)
caro Metamidofs Hamidop 600 Organofosforado 1,25 L/ha Sistmico I 21 4 4 1 3 3rajado Tamaron BR Organofosforado 1,25 L/ha Sistmico/ II 21(T. urticae) Contato/
IngestoPhorate Granutox Organofosforado 20-30 kg/ha Sistmico I indeterm.
Fenpropathrin Danimen 300 CE Piretride 0,2-0,3 L/ha Contato I 14 3 ND 4 ND NDMeothrin 300
Dimethoate Tiomet 400 CE Organofosforado 0,64-1,25 L/ha Sistmico I 3 PT AT PT AT *
Lagarta Clorpirifs Vexter Organofosforado 1,25 L/ha II 25 3 1 1 2 2das vagens Lorsban 480 BR Organofosforado 1,25 L/ha Contato II 25(Heliothis zea; Carbaryl Sevin 480 SC Carbamato 1,9-2,25 L/ha Contato/ II 3 2 1 1 4 1Thecla jebus) Ingesto
Lagarta Carbaryl Carbaryl Fersol 480 SC Carbamato 2,0-2,3 L/ha Contato/ II 3 2 1 1 4 1(Elasmopalpus Ingestolignosellus) Sevin 480 SC Carbamato 1,9-2,25 L/ha Contato/ II 3
IngestoCarbaryl Fersol P 75 Carbamato 15-20 kg/ha Contato/ III 3
IngestoThiocarbe Semevin 350 RA Carbamato 1,5 L / 100kg Sistmico II Indeterm. 2 2 1 3 1
20 Manejo Integrado de Pragas do Feijoeiro
Consideraes Finais
A tecnologia do MIP-Feijo se enquadra na
demanda da sociedade por uma agricultura
em que haja maior respeito ao meio
ambiente e que resulte na colheita de
produtos com menos resduos qumicos. O
controle de pragas nas culturas deve ser
abordado no seu todo, atravs do
entendimento do sistema de produo,
especialmente em relao ao
desenvolvimento da planta, ao
conhecimento biolgico das pragas e de
suas interaes com a cultura e o
ambiente, as relaes de custo e benefcio
e aos efeitos em relao sade pblica e
qualidade do ambiente. O monitoramento
(amostragem) dos elementos do
ecossistema, por ex., as pragas, os seus
inimigos naturais e outros fatores que
limitam a sua populao, fator
determinante para o sucesso do manejo
integrado de pragas.
Quando houver um maior entendimento do
ecossistema a ser manejado e dos
processos naturais que limitam a
populao da praga nas diversas culturas
que esto inseridas no ambiente de
produo, estar-se- dando um passo
fundamental em direo sustentabilidade
dos sistemas de produo agrcola. A
estratgia do MIP se resume no uso de
medidas de controle de reduo dos danos
da praga para nveis tolerveis atravs da
combinao de vrias tcnicas, incluindo o
controle biolgico natural (predadores,
parasitides e patgenos), plantas
resistentes, controle cultural e fsico e,
quando necessrio e apropriado, o uso de
produtos qumicos.
Agradecimentos
O desenvolvimento desta tecnologia no
teria sido possvel sem o incansvel
trabalho da equipe de entomologia, a quem
devemos sinceros agradecimentos: Jos
Francisco Arruda e Silva, Edmar Cardoso
de Moura, Dalva de Ftima B. Gonalves,
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21Manejo Integrado de Pragas do Feijoeiro
Edlamar E. de Souza, Waldonete da Silva
Rsio, Antnio Rodolfo Resende, Jos
Ribeiro Otoni e Vanderlino Moreira de
Santana. Ao Srgio Tomita agradecemos
pela valiosa ajuda na elaborao da tabela
7. Agradecemos tambm a confiana,
incentivo e amizade dos colegas de
trabalho durante a implementao desta
tecnologia a campo: Jos Alexandre F.
Barrigossi, Joo Kluthcouski, Snia M.
Teixeira, Jos Aristteles P. dos Santos,
Patricia Valle Pinheiro, Paulo Hideo N.
Rangel, David Camata. Aos proprietrios
das fazendas, Ricardo Merola, Sebastio
Conrado e Darcy Jos Coloca pelo apoio
nas etapas de conduo dos trabalhos em
suas lavouras. Ao Sebastio e Silvia
Conrado pela calorosa recepo semanal
em sua fazenda. Agradeo principalmente
a Deus a possibilidade de realizar este
trabalho. O suporte financeiro para esta
pesquisa foi obtido atravs da Embrapa
Arroz e Feijo e do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico
(CNPq) processo nmero 521061/99-7.
Referncias Bibliograficas
ALMEIDA, L.D.; PEREIRA, J.C.V.N.A.;
RONZELLI JNIOR, P.; COSTA, A.S.
Avaliao de perdas causadas pelo
mosaico dourado do feijoeiro (Phaseolus
vulgaris L.), em condies de campo.
Fitopatologia Brasileira, Braslia, v.9, p.
213-219, 1984.
BIANCHINI, A. Novas linhagens de feijoeiro
resistentes ao vrus do mosaico dourado e
cultivares recomendadas para o controle
da virose. Fitopatologia Brasileira, Braslia,
v.19, p.329, 1994. Suplemento, ref. 387.
Edio de Resumos do XXVII Congresso
Brasileiro de Fitopatologia, Itaja, SC, ago.
1994.
BIANCHINI, A. Controle do mosaico
dourado do feijoeiro no Paran. In:
REUNIO NACIONAL DE PESQUISA DE
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23Manejo Integrado de Pragas do Feijoeiro
Anexo 01
24 Manejo Integrado de Pragas do Feijoeiro
Anexo 02
25Manejo Integrado de Pragas do Feijoeiro
Anexo 03
26 Manejo Integrado de Pragas do Feijoeiro
27Manejo Integrado de Pragas do Feijoeiro
28 Manejo Integrado de Pragas do Feijoeiro
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