Post on 25-Oct-2021
FACULDADE MARIA MILZA
CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA
MANUELE SANTOS OLIVEIRA
A INTERFERÊNCIA DA PROPAGANDA NA AUTOMEDICAÇÃO: UMA
REVISÃO DE LITERATURA
GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2020
MANUELE SANTOS OLIVEIRA
A INTERFERÊNCIA DA PROPAGANDA NA AUTOMEDICAÇÃO: UMA
REVISÃO DE LITERATURA
Projeto de conclusão de curso
apresentado na Faculdade Maria
Milza, no curso de Bacharelado em
Farmácia, na disciplina de TCC II,
como requisito de avaliação do
semestre 2020.2.
ORIENTADORA: PROFª. REBECA PIMENTEL ARRUDA
GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2020
Ficha catalográfica elaborada pela Faculdade Maria Milza, com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
Bibliotecárias responsáveis pela estrutura de catalogação na publicação:
Marise Nascimento Flores Moreira - CRB-5/1289 / Priscila dos Santos Dias - CRB-5/1824
Oliveira, Manuele Santos O48i
A interferência da propaganda na automedicação: uma revisão de literatura / Manuele Santos Oliveira. - Governador Mangabeira - BA , 2020.
39 f.
Orientadora: Rebeca Pimentel Arruda.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia) - Faculdade Maria Milza, 2020 .
1. Automedicação. 2. Uso Indiscriminado de Medicamentos. 3. Automedicação Propagandas. 4. Propaganda de Medicamentos - Leis. I. Arruda, Rebeca Pimentel, II. Título.
CDD 615.6
MANUELE SANTOS OLIVEIRA
A INTERFERÊNCIA DA PROPAGANDA NA AUTOMEDICAÇÃO: UMA
REVISÃO DE LITERATURA
Aprovado em ____/____/____
BANCA DE APRESENTAÇÃO
________________________________________
Profª. Rebeca Pimentel Arruda Faculdade Maria Milza
________________________________________ Prof. Altamiro José dos Santos
________________________________________ Prof. Roque Cardozo Pereira
GOVERNADOR MANGABEIRA-BA 2020
Dedico este trabalho a minha filha Fernanda, cuja sua presença
foi fundamental em minha vida, pois ela me passava forças nos
momentos em que sentir não ter mais, por ela e pra ela sempre.
Minha eterna gratidão.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente quero agradecer a Deus por todas as bençãos em minha
vida, e por ter me dado a oportunidade de realizar esse sonho.
Sou grata a minha mãe Valdenir Santos por ser esta mulher guerreira e
exemplo em minha vida de determinação, força e fé. Em especial agradeço a
minha maior riqueza, minha filha Fernanda, muito obrigado por todo amor, carinho
e principalmente por não me deixar desistir. Meu eterno carinho e gratidão a meus
irmãos Manoel e Daiane pelo carinho e paciência e Humberto por ter sido meu
braço direito nessa jornada.
A meu esposo Laelson por cuidar tão bem de nossa filha durante a minha
ausência, na realização desse grande sonho, por todo apoio, muito obrigado.
Minha eterna gratidão a Maria das Graças Borges de Jesus por mim acolher
quando eu mais precisei, sem você a realização desse sonho não seria possível,
obrigada por cuidar e educar minha filha todos esses anos.
À Profª. Rebeca Pimentel Arruda, minha orientadora, por aceitar o desafio de
orientar este trabalho, Muito obrigada por tudo!
Com muito carinho gostaria de agradecer a todos os meus colegas de
trabalho, da faculdade e aos professores do curso de Farmácia da FAMAM por
toda paciência comigo, e aos meus amigos que ao longo dessa jornada fizeram
parte deste sonho contribuindo direta ou indiretamente, em especial aqueles que
estavam comigo em todos os momentos Reigiane Machado, Sonia, Dani, Érica,
Juliane Vitena, Emanuelle Pimentel, muito obrigada por tudo.
A todos minha eterna gratidão!
RESUMO
Automedicação é entendida como uso de medicamentos por conta própria ou por indicação de pessoas que não estejam aptas. Apesar de existir medicamentos que são classificados como Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), conhecidos como medicação responsável, que são utilizados para tratar sintomas e males menores, no estudo foi identificado que existem medicamentos utilizados na automedicação que não se enquadram nesta classe, pois é necessário o acompanhamento de um profissional. Compreendendo que o sistema apresente Leis que regulamentam as propagandas de medicamentos, a mesma vem interferindo na automedicação de forma que contribui ao uso exacerbado de medicamentos sem prescrição e sem orientação correta quanto ao uso. Neste contexto pôde ser observado as dificuldades que o profissional farmacêutico vem tendo para contribuir com este serviço, visto que as pessoas já saem de casa com o nome do medicamento, por indicação de vizinho, algum familiar ou até mesmo uma receita antiga. Nesta perspectiva, este estudo tem como objetivo revisar na literatura e discutir a automedicação, as leis que regulamentam a propaganda, o papel do profissional farmacêutico, averiguando assim a importância do seu serviço na vida dos pacientes. Refere-se a uma revisão de literatura, no qual utilizou como fonte de investigação artigos publicados em base de dados como: Scielo (Scientific Electronic Library Online), Pubmed, Google Acadêmico e Sites Oficiais, e utilizando as palavras chave: automedicação, classes farmacológicas, propagandas, uso indiscriminado de medicamento, papel do farmacêutico e leis que regulamentam a propaganda. Conclui-se que o estudo mostrou que a população sofre forte influência das propagandas de medicamentos contribuindo para o uso indiscriminado dos mesmos, compreendendo assim, o profissional farmacêutico no seu dia-a-dia tem que exercer o seu papel de orientação quanto ao uso racional de medicamentos, lembrando que a prática da automedicação vem sendo utilizada há muito tempo, principalmente pelas dificuldades de acesso da população ao sistema de saúde.
Palavras-chave: Automedicação. Uso indiscriminado de medicamento. Leis que regulamentam a propaganda.
ABSTRACT
Self-medication is understood as the use of medicines by oneself or by indication of people who are not fit. Although there are medicines that are classified as Exempt from Prescription Drugs (OTC), known as responsible medication that are used to treat symptoms and minor illnesses, in the study it was identified that there is medication used in self-medication that does not fit this class, because it is necessary the accompaniment of a professional. Understanding that the system presents Laws that regulate the advertising of medicines, it has been interfering in self-medication in a way that contributes to the exacerbated use of medicines without prescription, without correct orientation as to their use. In this context, it was possible to observe the difficulties that the pharmaceutical professional has been having to contribute with this service, since people already leave home with the name of the medicine, by indication of a neighbor, some relative or even an old prescription. In this perspective, this study aims to review the literature and discuss self-medication, the laws that regulate advertising, the role of the pharmaceutical professional thus ascertaining the importance of the service in the lives of patients. It refers to a literature review in which it used as a source of investigation articles published in databases such as: Scielo (Scientific Electronic Library Online), Pubmed, Google Academic and Official Sites, and using the key words: self-medication, pharmacological classes, advertisements, indiscriminate use of medication, role of the pharmacist and laws that regulate advertising. It is concluded that the study showed that the population suffers strong influence from drug advertisements contributing to the indiscriminate use of drugs, thus understanding that the pharmaceutical professional in his daily life has to exercise his role of guidance on the rational use of drugs remembering that the practice of self-medication has been used for a long time, mainly because of the difficulties of access of the population to the health system.
Keywords: Self-medication. Indiscriminate use of medication. Laws that regulate advertising.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 01 – Estrutura do AAS................................................................................19
Figura 02 –Estrutura da Loratadina.......................................................................21
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Classificação dos AINEs....................................................................18
Tabela 02 – Vantagens e Desvantagens Terapêuticas de alguns Bloqueadores
dos Receptores H1 de Histamina...........................................................................21
Tabela 03 - Principais Características da Interferência da Propaganda na
Automedicação...................................................................................................... 29
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
RDC – RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA
MIPs – MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO
OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE
AINEs – ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
COX – CICLO-OXIGENASE
AAS – ÁCIDO ACETILSALICÍLICO
PGs – PROSTAGLANDINAS
HCl – ÁCIDO CLORÍDRICO
pH – POTENCIAL HIDROGENIÔNICO
IBPs – INIBIDORES DE BOMBA DE PRÓTONS
NIA – NEFRITE INTERSTICIAL AGUDA
LRA – LESÃO RENAL AGUDA
DRC – DOENÇA RENAL CRÔNICA
CNS – CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE
CFF – CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA
SM – SINTOMAS MENORES
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................... ....13
2. METODOLOGIA.................................................................................................15
2.1 TIPO DE ESTUDO...................................................................................15
2.2 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS TÍTULOS.............................................15
3. REVISÃO DE LITERATURA..............................................................................16
3.1 AUTOMEDICAÇÃO.................................................................................16
3.2 CLASSES FARMACOLÓGICAS MAIS UTILIZADAS NA
AUTOMEDICAÇÃO........................................................................................17
3.2.1 Anti-Inflamatórios Não Esteroidais...............................................17
3.2.1.1 Ácido Acetilsalicílico.......................................................................18
3.2.2 Antiácidos........................................................................................19
3.2.2.1 Hidróxido de Magnésio..................................................................20
3.2.3 Antigripais.......................................................................................20
3.2.3.1 Anti-Histamínico............................................................................20
3.2.3.2 Loratadina......................................................................................21
3.3. O USO INDISCRIMINADO DE MEDICAMENTOS..........................................22
3.4. INTERFRÊNCIAS DA PROPAGANDA NA AUTOMEDICAÇÃO.....................23
3.5. LEIS QUE REGULAMENTAM A PROPAGANDA DE MEDICAMENTOS.......25
3.6. ATUAÇÃO DO (A) PROFISSIONAL (A) FARMACÊUTICO (A) X
AUTOMEDICAÇÃO................................................................................................27
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................29
5. CONCLUSÃO....................................................................................................33
REFERÊNCIAS......................................................................................................34
13
1 INTRODUÇÃO
Compreende-se que a automedicação é o uso de medicamentos sem
prescrição médica e sem acompanhamento do farmacêutico ou profissional
habilitado. As pessoas utilizam fármacos com base em propagandas, informações
populares ou antigas prescrições médicas, o que pode ser muito perigosa à
saúde, pois pode, por exemplo, mascarar os sintomas de uma doença, ou até
mesmo provocar a piora do quadro clínico, pode provocar interações com outros
medicamentos ou intoxicações medicamentosas (MUNDO-CRIVELLI e SODRÉ,
2013).
De acordo com Honorato (2014), a propaganda é um dos fatores que
contribui para o uso abusivo de medicamentos sem a prescrição médica, como
alternativa para diminuir sintomas e promover uma melhoria imediata da saúde.
De acordo com Nascimento (2000), o marketing tem o propósito básico de
satisfazer as necessidades e os desejos de um público alvo. Com os
medicamentos, esse propósito não se modifica e ainda define padrões tanto para
o mercado farmacêutico, quanto para o comportamento e a conduta terapêutica de
uma população.
De acordo com a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) nº 102, de 30 de novembro de 2000, a
propaganda é definida como o conjunto de técnicas utilizadas com objetivo de
divulgar conhecimentos e/ou promover adesão a princípios, ideias ou teorias,
visando exercer influência sobre o público através de ações que objetivem
promover determinado medicamento com fins comerciais.
Seguindo estes pressupostos, Kotles e Keller (2006) compreendem que em
relação aos fatores que contribuem na decisão de compra o comportamento do
consumidor é favorecido por fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos, e a
propaganda está relacionada a esses fatores.
Diante deste contexto, o presente trabalho tem como objetivo verificar a
frequência do uso indiscriminado de medicamentos por interferência da
propaganda. Como objetivos específicos descrever as leis que regulamentam a
propaganda, o papel do profissional farmacêutico no uso racional de
medicamentos e conhecer quais as principais classes de medicamentos que
apresentam maior interferência da propaganda.
14
Assim, pretende-se discorrer sobre o tema interferência da propaganda na
automedicação, realizando uma pesquisa bibliográfica, visando a relevância deste
tema para a sociedade, pois o uso de medicamentos de maneira irracional pode
trazer sérias consequências como reações alérgicas, dependência e até mesmo a
morte.
15
2. METODOLOGIA
2.1 TIPO DE ESTUDO
Essa pesquisa foi estruturada através de uma revisão da literatura do
tipo exploratório de caráter bibliográfico, foram inclusos artigos entre os anos de
2000 a 2020.
Realizou-se coleta de dados em artigos publicados nas seguintes bases
de dados: Scielo (Scientific Electronic Library Online), Pubmed, Google Acadêmico
e Sites Oficiais, e utilizando as palavras chave: automedicação, classes
farmacológicas, propagandas, uso indiscriminado de medicamento, papel do
farmacêutico e leis que regulamentam a propaganda. Ressaltando ainda que
foram utilizados também livros e legislações de acordo com a importância perante
o tema.
Dando continuidade para identificação e seleção do material, foi feita leitura
do resumo dos mesmos, de modo a conhecer o conjunto das informações que
continham. Por consequência foi realizada uma leitura exploratória do texto
completo analisando se as publicações condizem com os objetivos do estudo.
2.2 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS TÍTULOS
Na escolha dos artigos que compõem esse estudo, os critérios de inclusão
adotados foram: apenas artigos completos disponíveis nas bases de dados, no
idioma português e inglês.
Já os critérios de exclusão foram os seguintes: os textos que, ao final da
leitura, não possuíam relação ao tema indagado e duplicados nas bases de dados
consultadas.
16
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1. AUTOMEDICAÇÃO
A automedicação inicia desde uma atitude aparentemente inocente, como o
uso de uma aspirina para dor de cabeça ou um antiespasmódico para cólicas
menstruais, até à falta de compreensão em indicar para si próprio ou para outras
pessoas certos tratamentos à base de antibióticos ou antidepressivos (FONSECA;
FRADE, 2005).
Silva; et.al., (2019) diz que o processo de automedicação é muito complexo e
difícil de controlar, porém o trabalho em conjunto com profissionais e serviços de
saúde na mobilização e sensibilização da sociedade pode
surtir efeitos positivos, na medida em que a orientação do cuidado terapêutico,
não venha a ser negligenciado ou terceirizado, prejudicando o assim o serviço.
De acordo com Ferreira e Júnior (2018), a automedicação é uma forma de
acesso rápido tanto para um profissional da saúde, como especialmente para a
população menos favorecida e com mais dificuldade de acesso à saúde pública, e
que se realizada de forma correta, não causa danos aos pacientes, podendo até
ser benéfica ao diminuir as filas do sistema público e contribuir com a qualidade de
vida do paciente.
Segundo Abdalla e Castilho (2017) são necessárias ações de educação e
conscientização direcionadas aos clientes/consumidores, que devem ser
informados sobre os riscos da automedicação. Ressaltando que essas ações
também devem ser direcionadas aos prescritores, visando à prescrição racional
para que a conduta profissional seja em prol da população, e não direcionada a
interesses financeiros da indústria farmacêutica.
No que diz respeito à automedicação, Oliveira (2018) fala que o uso de
medicamentos de venda livre e/ou potencialmente inapropriados aumenta o risco
de interações medicamentosas que podem acarretar eventos adversos, trazendo
preocupação para o serviço de saúde.
Segundo Trebien (2011), a automedicação é compreendida pela falta de
orientação adequada, onde na maioria das vezes a população é influenciada por
propagandas e aconselhamento de pessoas não habilitadas (parentes, vizinhos,
amigos). Se alguns medicamentos classificados como MIPs, podem ser adquiridos
17
livremente nas farmácias, não quer dizer que o consumo destes medicamentos
pode ser feito de qualquer maneira, pois a automedicação tem seus riscos e deve
ser realizada de modo consciente e restrito, evitando assim efeitos indesejados.
3.2. CLASSES FARMACOLÓGICAS MAIS UTILIZADAS NA AUTOMEDICAÇÃO
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), existe a automedicação
responsável, que está relacionada ao Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs).
Estes medicamentos são aprovados pelas autoridades sanitárias para tratar
sintomas e males menores, são encontrados em farmácias e drogarias disponíveis
para aquisição sem prescrição médica, desde que os mesmos sejam utilizados
conforme as orientações nas bulas e rotulagens. Vale lembrar que seguindo as
orientações de uso seguro, os MIPs podem oferecer benefícios aos usuários.
Umas das vantagens do uso desse tipo de medicamento, é a comodidade, visto
que o paciente não precisa ir ao serviço de saúde para tratar de sintoma já
conhecido, aliviando assim os custos do sistema público de saúde (CFF, 2016).
Dentre as classes de medicamentos mais utilizadas na automedicação
encontram-se: relaxantes musculares, analgésicos, anti-inflamatórios, antiácidos,
antigripais, laxantes e antieméticos, sendo que, o público que mais utiliza
medicamento de forma indiscriminada são idosos e adultos, principalmente
quando se tem menor grau de escolaridade e pouco conhecimento para buscar
informações (OLIVEIRA; 2018).
3.2.1. Anti-Inflamatórios Não Esteroidais
Os Anti-Inflamatórios não esteroidais (AINEs), apresentam três ações
principais: ação anti-inflamatória, ação analgésica e ação antipirética. Esta classe
de fármacos é utilizada para tratar os efeitos indesejáveis causados pela resposta
inflamatória, agindo na diminuição do edema, da hiperemia, da febre e da dor,
contribuindo com a melhora da condição de qualidade de vida do paciente. Apesar
de apresentar uma segurança significativa, eles podem provocar efeitos adversos,
como uma dispepsia até a morte causada por uma úlcera perfurada ou
hemorragia, com isso, seu uso, deve ser feito de forma segura, para que possa
oferecer mais benefícios do que risco ao paciente, desta forma, deve ter um
18
acompanhamento com um profissional de saúde (SANDOVAL, 2017), abaixo, na
tabela 1, segue a classificação dos AINEs.
Tabela 1 – Classificação dos AINEs.
CLASSIFICÇÃO DOS AINEs
Inibidores Seletivos COX-1
Inibidores Não Seletivos COX-1
Inibidores Não Seletivos COX-1
COX-2
Inibidores Altamente Seletivos COX-2
AAS (>100mg)
Meloxicam
Rofecoxibe (Vioxx)
AAS (<100mg)
Indometacina
Nimesulida
Valdecoxibe (Bextra)
Piroxicam
Etodolaco
Celecoxibe (Celebra)
Diclofenaco
Lumiracoxibe (Prexige)
Ibuprofeno
Etoricoxibe (Arcoxia)
Parecoxibe
Fonte: Adaptado BATLOUNI, M.,2010.
3.2.1.1 Ácido Acetilsalicílico (AAS)
De acordo com Silva e Partata (2014), o ácido acetilsalicílico (AAS),
pertencente ao grupo dos fármacos anti-inflamatórios não esteroidais, possui
propriedades analgésicas, antipiréticas, anti-inflamatórias e anti-agregante
plaquetária, atua como inibidores da enzima ciclo-oxigenase (COX), que resulta na
inibição da produção das prostaglandinas (PGs) e tromboxanos. Sandoval (2017),
também traz que o uso do AAS faz com que ocorra a inibição da síntese da
prostaglandina que estão associadas com o desenvolvimento da dor que
acompanha a lesão e inflamação, contribuindo também para baixar, a febre por
dilatação dos vasos sanguíneos, segue abaixo a estrutura química do AAS.
19
Estrutura Química do Ácido Acetilsalicílico
As prostaglandinas são substâncias produzidas pelo nosso próprio
organismo e que estão relacionadas aos processos inflamatórios e dor, elas atuam
nos tecidos, onde são sintetizadas, sendo rapidamente metabolizados em
produtos inativos em seu local de ação, pois, elas não circulam em quantidade no
sangue, vale lembrar que os tromboxanos e leucotrienos são lipídeos relacionados
sintetizados a partir dos mesmos precursores que as prostaglandinas (WHALEN,
FINKEL, PANAVELIL; 2016).
Dentre os efeitos adversos estão: irritação gástrica, broncoespasmo, rinite,
urticária e outras manifestações cutâneas, necrose papilar renal. O ácido
acetilsalicílico reduz a agregação plaquetária e desta maneira prolonga o tempo
de sangramento (MONTEIRO, et.al. 2008).
3.2.2 Antiácidos
Quando ocorrem alterações no sistema gastrointestinal, como acidez
causada pela liberação exacerbada do HCl (ácido clorídrico) pelas células
parietais e consequente diminuição do pH (aumento do nível de acidez), encontra-
se os inibidores de bomba de prótons (IBPs), que atuam na função de inibir a
produção de ácido pelas células parietais do estômago, reduzindo a agressão do
esôfago representada pelo ácido, estes medicamentos também são considerados
MIPs (HENRY, 2014).
20
3.2.2.1 Hidróxido de Magnésio
O Hidróxido de Magnésio também conhecido como leite de magnésio é um
antiácido indicado como laxante, utilizado para o tratamento da constipação
ocasional, e também como antiácido, para alívio de azia, má digestão, hiperacidez
gástrica e flatulência, o mesmo possui ação de neutralizar a acidez gástrica, um
dos seus efeitos é provocar uma diarreia, neste caso o paciente deve suspender o
uso. Porem existem medicamentos que se associado a este fármaco ajudam na
normalização da função intestinal (Whalen, Finkel & Panavelil, 2016).
3.2.3. Antigripais
Segundo a Anvisa (2003) a síndrome gripal pode ser induzida por um grande
número de agentes virais, como exemplo, adenovirus (33 sorotipos), influenza (3
sorotipos), coronavirus (4 sorotipos), rinovirus (mais de 100 sorotipos), echovirus
(31 sorotipos), o vírus sincicial respiratório (1 sorotipo), os vírus coxsackie A (23
sorotipos), os vírus coxsackie B ( 6 sorotipos), entre outros.
A gripe e o resfriado são doenças comuns entre a população, e é fácil o
acesso de medicamentos para o tratamento dos sintomas dessa doença, pois os
antigripais são considerados medicamentos de venda livre, vale lembrar que estes
medicamentos apresentam diversas propriedades que atuam combatendo os
sintomas, tendo como exemplos os analgésicos, anti-inflamatórios,
descongestionante nasais, anti-histamínicos e os antitussígenos (DIAS, et.al.
2013).
3.2.3.1 Anti-Histamínico
Os anti-histamínicos (antialérgicos) são os medicamentos mais utilizados no
tratamento das urticárias, o seu mecanismo de ação se baseia no bloqueio da
ação da histamina, substância que provoca dilatação dos vasos sanguíneos da
pele e formação das lesões que são as empolações, da coceira, bem como da
sensação de calor e rubor que caracterizam a doença. Atuam bloqueando os
receptores H1 clássicos, nas terminações nervosas e nos vasos sanguíneos,
21
diminuindo as placas, o calor e a coceira e eles podem ser divididos em primeira
geração também chamados de sedantes e segunda geração não sedantes
(Whalen, Finkel & Panavelil, 2016), na tabela 2 estão apresentadas com as
vantagens e desvantagens dos anti-histamínico.
Tabela 2: Vantagens E Desvantagens Terapêuticas De Alguns Bloqueadores Dos Receptores H1 De Histamina.
Acentuado potencial sedativo
Utilizado no tratamento da doença do movimento
Baixo potencial sedativo
Não sedativo
Primeira geração (H1)
Bronfeniramina, Clorfeniramina,
Clemastina, Ciproeptadina, Difenidramina,
Doxilamina, Hidroxizina, Prometazina
Ciclizina, Difenidramina, Dimenidrato, Hidroxizina,
Miclizina, Prometazina
Segunda geração (H2)
Acrivastina, Cetirizina,
Levocetirizina
Desloratadina, Fexonadina, Loratadina
Fonte: (Whalen, Finkel & Panavelil, 2016).
3.2.3.2 Loratadina
A Loratadina é um anti-histamínico da 2º geração, por isso é classificado por
não sedante, com ação eficaz este medicamento atua combatendo os sintomas da
rinite alérgica e urticária, apresentando dentre as reações adversas fadiga,
cefaleia, sonolência, boca seca, transtornos gastrintestinais como náuseas e
gastrite (RAMOS, 2011).
Estrutura Química da Loratadina
22
3.3. O USO INDISCRIMINADO DE MEDICAMENTO
De acordo com ANVISA (2007), a falta de diagnóstico preciso pode induzir o
paciente a utilizar um medicamento que não seja o adequado, tendo como
exemplo: utilizar um medicamento para dor de cabeça, sendo que na verdade o
que pode está provocando esta dor é a pressão arterial que está descontrolada.
Vale lembrar que a utilização de um medicamento conforme orientação de uma
pessoa pode causar diversas reações, pois cada patologia e cada pessoa
requerem uma dose e uma frequência específica, por exemplo: um idoso e um
adulto podem ter o mesmo peso e mesma altura, mas devido às características
próprias de cada idade, a dose necessária para esses usuários pode ser diferente.
Compreende-se que o consumo de medicamentos em relação à
automedicação, feita de forma adequada, com orientação do profissional
farmacêutico, é diferente do uso irracional, quando a medicação é utilizada sem o
devido cuidado, onde não se observa a possibilidade de reações adversas ou de
interação medicamentosas, sem que haja prescrição ou orientação para seu uso
adequado, venha a ser uma prática perigosa (FERREIRA; JUNIOR, 2018).
De acordo com (CNS) Conselho Nacional de Saúde (2005), os
medicamentos de maior uso pela população brasileira são: anticoncepcionais,
analgésicos, descongestionantes nasais, anti-inflamatórios e alguns antibióticos,
adquiridos no balcão da farmácia sem nenhuma objeção. Para os especialistas, é
de fundamental importância que a população se atente para ao uso desses
medicamentos, pois a utilização inadequada de anti-inflamatórios, como exemplo,
pode levar à falência renal e, os antibióticos, pode causar resistência do
organismo a bactérias.
De acordo com Trebien (2011), um dos riscos do uso indiscriminado de
medicamento pode ser provocado pelo uso prologando do medicamento, onde o
paciente venha apresentar dependência a droga, desencadear uma síndrome de
abstinência, hemorragias provocadas por anticoagulantes orais, hipoglicemia por
conta dos antidiabéticos, sonolência por causa dos ansiolíticos e hipotensão com
anti-hipertensivos.
Conforme Lima; Lima e Silva (2020) o fácil acesso aos MIPs podem
favorecer ao consumo irracional do medicamento, em consequência, provocando
danos à saúde e gastos extras para as esferas do governo. É aconselhável que
23
políticas de promoção ao autocuidado sejam estimuladas pelas esferas de
atenção à saúde, promovendo palestras educativas para a população, afim de
contribuir com a promoção e prevenção de saúde.
3.4. INTERFERÊNCIAS DA PROPAGANDA NA AUTOMEDICAÇÃO
De acordo com Azevedo e Pereira (2010), as indústrias farmacêuticas
deveriam seguir à risca as formalidades legais de maneira a evidenciar o caráter
promocional da propaganda, utilizando a televisão ou qualquer outro meio de
comunicação para promoção da publicidade dos medicamentos, contendo
informações racionais e corretas visando à diminuição dos riscos causados pela
automedicação e não utilizar de apelos emocionais para promover a venda,
tornando a publicidade como um meio de prescrição de medicamentos.
É percebido que as propagandas de medicamentos, geralmente têm o intuito
de serem incumbidas de não levar em consideração os critérios científicos,
divulgando somente seus benefícios. De acordo com Kotler & Armstrong (2005),
as propagandas são conjuntos estratégicos do marketing, largamente
aproveitadas nos vários meios de comunicação, ou seja, as propagandas de
remédios e/ou suplementos buscam desempenhar influência sobre o público e
provocam diretamente no cotidiano das pessoas interferência na aquisição de
medicamentos.
Segundo Torres (2016), o Brasil se destaca como um dos primeiros da lista,
dos países que mais consomem medicamentos sem prescrição do mundo, em
razão disso, tem-se um grande investimento voltado à propaganda vindo das
indústrias. É cada vez maior o número de pessoas que se automedicam, consome
medicamentos sem necessidade e sem apresentação de sintomas. Em boa parte,
isso se deve à influência da mídia, com suas propagandas apelativas sobre
medicamentos que aliviam qualquer tipo de dor.
É importante ressaltar a importância dos medicamentos, todavia um dos
problemas consiste na forma como esses medicamentos são utilizados, já que o
seu uso de forma indiscriminada pode ocasionar a dependência, o que pode gerar
graves danos à saúde de seus usuários (DUARTE, 2012).
Conforme Favaro (2017) cabe a publicidade um trabalho consciente tanto em
relação ao mercado de medicamentos quanto a sua propaganda, é preciso que
24
nas campanhas fique explicada a importância da prescrição médica, e o quanto
pode ser maligno o uso do medicamento sem a orientação necessária.
Compreendendo que as propagandas de medicamentos, na maioria das vezes
são criadas divulgando somente seus benefícios. Vale lembrar que as
consequências disto são a influência negativa na automedicação, e o consumo
indiscriminado.
Para Souza (2008), a prática da automedicação é vista como um vilão no
tratamento de sintomas, pois cada dia cresce o número de pessoas que procuram
a “cura dos sintomas” em medicamentos indicados por familiares, amigos ou por
profissionais não comprometidos com a saúde da população. O que a maioria da
população não sabe, é que medicamentos podem resultar em reações adversas
graves não sendo corretamente utilizados, mascarando assim os sintomas na hora
do diagnóstico.
Portanto, divulgar medicamentos como se fossem simples produtos para
consumo é igual a incentivar a automedicação irresponsável que, agrava doenças
e sintomas. Compreende-se assim, que promover a aquisição de medicamentos
pode ser ineficaz ou inadequada para aquela afecção, podendo causar aumento
dos custos ao sistema público de saúde, no que diz respeito ao tratamento,
internação e acompanhamento de intoxicados por medicamentos (HONORATO,
2014).
Existe a necessidade de um novo modelo fiscalizador e regulador mais,
priorizando acima de tudo os interesses particulares. A sociedade estará protegida
da propaganda enganosa e abusiva, estando conscientizada sobre o uso racional
do medicamento. Salientando que a ideia de que saúde, bem-estar e felicidade
dependem de diversos fatores, não somente a medicamentos (ABDALLA;
CASTILHO, 2017).
Segundo Torres, et.al. (2018), as propagandas de medicamentos influenciam
no consumo destes produtos, destacando que o papel da propaganda é um
elemento motivador da compra, associando à indicação de balconistas e as
mulheres são as maiores consumidoras de automedicação. Mesmo com a
implantação de uma RDC (96/08), é perceptível que não houve mudanças na
cultura do consumo de medicamentos, visto que, as motivações quanto ao uso se
dão em grande parte por estes elementos supracitados influenciando ainda mais a
prática da automedicação.
25
O uso da propaganda tem como finalidade apresentar um produto em
consequência aumentar as vendas, onde muitas vezes são deixadas de lado
informações importantes sobre a segurança do medicamento enfatizando apenas
os benefícios e indicações (GIMENES, 2019).
3.5 LEIS QUE REGULAMENTAM A PROPAGANDA DE MEDICAMENTOS
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2007)
dentre as causas da automedicação estão: a propaganda massiva de
medicamentos, desespero causado por sintomas ou pela possibilidade de adquirir
uma doença, falta de conhecimento sobre os efeitos adversos, tentativa de
solucionar problemas de saúde sozinhos e a ausência de orientação de um
profissional farmacêutico.
No entanto, a preocupação com o uso de medicamentos por interferência da
propaganda fez com que as autoridades se preocupassem em criar leis com
intuito de regular tais propagandas a fim de diminuir a influência delas. Desta
forma, a regulação da propaganda de medicamentos no Brasil teve suas primeiras
normas publicadas no âmbito da Lei 6.360 de 1976, regulamentada pelo Decreto
79.094 de 1977.
No ano de 2000, a ANVISA (Brasil, 2007) publicou a Resolução de Diretoria
Colegiada de número 102, que atualiza e reafirma várias determinações legais já
existentes. Na RDC 102/2000, destaca-se a exigência de constar, em português,
de forma clara e precisa a contraindicação principal do medicamento. Esta norma
veda a realização de propagandas que contenham comparações que não estejam
baseadas em informações comprovadas por estudos clínicos veiculados em
publicações indexadas e a prática de provocar temor, angústia ou sugerir que a
saúde de uma pessoa será ou poderá ser afetada por não usar o medicamento.
Proíbe a atribuição de propriedades curativas ao medicamento quando este é
destinado apenas ao tratamento sintomático e ao controle de doenças crônicas e
afirma que a publicidade não pode sugerir ausência de efeitos colaterais ou
adversos, ou utilizar expressões como: "'inócuo"', "seguro" ou "'produto natural"'
(Brasil, 2000).
De acordo coma ANVISA, Brasil (2000), o Art. 3º da RDC 102/2000 diz que
na propaganda, mensagens publicitárias e/ou outras práticas cujo objeto seja a
26
promoção de medicamentos, devem ser cumpridos os requisitos gerais, sem
prejuízo dos que particularmente se estabeleçam para determinados tipos de
medicamentos, sendo exigido constar, em português, de forma clara e precisa a
contraindicação principal, se for o caso, tal como foi registrado na Agência
Nacional de Vigilância Sanitária.
Pode-se dizer que, segundo Soares (2008), automedicação tendenciosa e a
má qualidade das informações fornecidas pelas propagandas e publicidade de
medicamentos e produtos para a saúde geram impactos populacionais que vão
desde o risco sanitário até a economia. Desta forma, mesmo com a atuação da
ANVISA nas propagandas, o excesso de marketing industrial continua de forma
alarmante, esse fato leva à exposição dos pacientes brasileiros aos interesses de
uma indústria que busca lucros (NASCIMENTO, 2009).
Conforme ANVISA, Brasil (2000), do Art. 5º da RDC 102/2000, tendo em
vista a especificidade do meio de comunicação, denominado "Internet", a
promoção de medicamentos pelo referido meio deverá observar os seguintes
requisitos, além dos demais previstos neste regulamento: é vedada a veiculação
de propaganda, publicidade e promoção de medicamentos de venda sob
prescrição, exceto quando acessíveis exclusivamente a profissionais habilitados a
prescrever ou dispensar medicamentos e na veiculação de propaganda e
publicidade de medicamentos de venda sem exigência de prescrição devem
constar da mensagem publicitária a identidade do fornecedor e seu "endereço
geográfico".
Na RDC 102/2000 o Art. 10 descreve que na propaganda, publicidade e
promoção de medicamentos de venda sem exigência de prescrição é vedado:
estimular e/ou induzir o uso indiscriminado de medicamentos e/ou emprego de
dosagens e indicações que não constem no registro do medicamento junto a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, BRASIL, 2000).
Segundo o Art. 12 da RDC 102/2000 a propaganda, publicidade e promoção
de medicamento de venda sem exigência de prescrição deverão incluir, além das
informações constantes no inciso I do artigo 3º desta regulamentação: a) o nome
comercial do medicamento; o número de registro na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária e o nome dos princípios ativos segundo a DCB e na sua falta a
DCI; b) as advertências: “AO PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO
DEVERÁ SER CONSULTADO" (ANVISA, BRASIL, 2000).
27
De acordo com Gimenes (2019), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) que é um órgão de farmacovigilância brasileiro, tem a necessidade de
atuar com campanhas de conscientização da população sobre o uso inadequado
de medicamentos e seus riscos, ao mesmo tempo realizar uma maior fiscalização
sobre os anúncios que estão disponíveis em farmácias, drogarias e até mesmo em
redes sociais.
3.6 ATUAÇÃO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO X AUTOMEDICAÇÃO
Klein (2009) pressupõe que o papel do farmacêutico é fundamental para
orientar o paciente a obter os medicamentos em locais apropriados, como
farmácias, drogarias, entre outros que tenham a autorização da Vigilância
Sanitária, pois assim o usuário estará utilizando um produto de qualidade e com
sua eficácia garantida. Seguindo estes pressupostos, Soterio (2016), informa que
o farmacêutico é o profissional capacitado e habilitado para garantir o bem-estar
dos consumidores, sendo de grande importância buscar efetivar um atendimento
qualificado à população, promovendo educação e consciência do serviço que o
cliente irá contratar.
De acordo com Carsoni e Junior (2018) é imprescindível aos profissionais de
saúde consciente da prescrição e dispensação dos medicamentos, que os
mesmos tenham informações das possíveis interferências que a propaganda
televisiva possa acarretar no tratamento farmacológico do paciente. Diante do
assunto, estes profissionais podem contribuir na implantação de ferramentas
favoráveis a tornar a regulação pública do setor de publicidade e propaganda de
medicamentos mais eficaz e aceitável, conforme com a atual Política Nacional de
Medicamentos.
Em consonância com Vernizi (2006), o farmacêutico desempenha o papel de
promotor de saúde, oferece ao consumidor informações importantes sobre o
medicamento, como por exemplo: formas de administração a fim de evitar
interações tanto com alimentos quanto com outros medicamentos, modo de
armazenamento, em muitos casos, com o intuito de evitar reações adversas,
interações medicamentosas, até prováveis negligências, que acercam o quadro de
saúde do paciente.
28
Segundo a Resolução 357/01 do (CFF) Conselho Federal de Farmácia, a
automedicação é definida como “O uso de medicamentos isentos de prescrição
sob a orientação e acompanhamento do farmacêutico” (ANVISA, 2001). Em que
será necessário que se faça uma anamnese cuidadosa do paciente, isto é, com o
intuito de obter informações que irão dá subsídios a conduta do farmacêutico.
Após uma anamnese detalhada, o profissional farmacêutico devidamente
capacitado, decidirá de que forma atuar, tomando medidas para melhorar a
qualidade de vida do paciente, procurando esclarecer todas as dúvidas
relacionadas à saúde e ao consumo de medicamentos (MACEDO et. al., 2016).
De acordo com Fonseca; Frade (2005), o farmacêutico é um importante
profissional de saúde, capacitado a informar ao consumidor sobre os riscos
potenciais relacionados ao uso de medicamento sem prescrição. Por sua vez é
papel do farmacêutico também é ajudar a identificar se os objetivos terapêuticos
esperados estão sendo alcançados de forma a contribuir para garantir a
efetividade do tratamento. Ele é o último profissional a entrar em contato com o
paciente antes do início do tratamento, entretanto, seu papel social é essencial.
Gimenes (2019) ressalta que com a nova atribuição para prescrição de MIPs,
a exemplos dos analgésicos e antitérmicos usados para tratar dor e febre, o
farmacêutico tem a função de intervir na automedicação orientando o paciente em
casos de doenças simples, evitando agravos e quando necessário encaminhando-
o ao serviço médico.
É de fundamental importância à presença do profissional farmacêutico dentro
das drogarias e farmácias realizando o trabalho de conscientização da população,
uma vez que o farmacêutico tem a responsabilidade no momento da dispensação
e promoção do uso racional de medicamentos garantindo assim aos usuários
qualidade terapêutica e contribuindo para redução dos riscos de automedicação
(NETO, 2017).
29
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram acessados e utilizados 42 publicações, dentre estas, 7 foram de sites
oficiais e livros, e as demais foram das plataformas: Scielo (ScientificElectronic
Library Online), Pubmed, Google Acadêmico. Diante disso, foi realizada uma
leitura dos artigos avaliando coerência ao tema discutido, e excluindo os que não
apresentaram relação ao tema, de acordo com a tabela 3 segue alguns artigos
trabalhados.
Tabela 3: Principais Características da Interferência da Propaganda na Automedicação
ARTIGO/ AUTORES
PERIÓDICO ANO TIPO DE PESQUISA
OBJETIVO RESUMO
Perfil de medicamentos utilizados por automedicação por idosos atendidos em centro de referência / Oliveira; et.al.
Revista Einstein
2018 Estudo Transversal
Determinar o perfil dos medicamentos utilizados por automedicação por idosos
Foi realizado uma pesquisa onde identificou um número elevado de idosos que usam a automedicação, em que destacou o amplo uso de medicamentos de venda livre e impróprios para idosos, aumentando assim o risco de interações medicamentosas e de efeitos adversos.
Resolução - RDC nº 102, de 30 de novembro de 2000/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Diário Oficial da União
2000 ANVISA Regulamento sobre propaganda e mensagens publicitárias
Esta resolução vem regulamentar propagandas, mensagens publicitárias e promocionais com o objeto de divulgação, promoção ou comercialização de medicamentos de produção nacional ou importados, nas formas e meios de sua veiculação, incluindo as
30
A maioria da população brasileira recorre à automedicação para buscar alívio
de um sintoma ou obter a cura de uma doença, sendo influenciadas por vizinhos,
amigos, parentes, uma receita velha que já tinha em casa podendo ser usada por
apresentar o mesmo sintoma, propagandas em TVs, rádios e até mesmo na
internet, que utilizam de pesquisa do sintoma para se informar de qual
medicamento deve ser usado. Vale lembrar que, existem fatores que contribuem
para esta busca como, a economia de tempo, passar na farmácia é bem mais
rápido que ir ao médico, a facilidade de acesso a esses medicamentos (TREBIEN,
2011).
A prática da automedicação quando utilizada corretamente, pode também
contribuir para aliviar sintomas e reduzir a demanda dos sistemas de saúde
transmitidas no decorrer da programação normal das emissoras de rádio e televisão, e internet, alertando também quanto a Automedicação.
Estudo Sobre a Automedicação, o Uso Irracional de medicamentos e o Papel do Farmacêutico na sua prevenção /FERREIRA, Rogério Lobo; JÚNIOR, André Tomaz Terra.
Revista Científica FAEMA
2018 Estudo Revisão Bibliográfica
Demonstrar o papel do farmacêutico na orientação e conscientização dos pacientes na prática da automedicação
Orientar o paciente quanto ao uso irracional de medicamento, ao mesmo tempo descreve o papel do farmacêutico na automedicação.
A influência da propaganda, publicidade e promoção no consumo de medicamentos em uma drogaria no município de Paulo Ramos – MA / Neto; et.al.
Revista Saúde, Meio Ambiente e Sustentabilidade
2017 Estudo Descritivo, Transversal e Quantitativo.
Avaliar a influência da propaganda, publicidade e promoção no consumo de medicamentos em uma drogaria
Foi identificado na pesquisa que a parte dos entrevistados sofre influência da propaganda, publicidade e promoção no consumo de medicamentos, não consideração os riscos que os mesmos se expõem ao automedicar-se.
31
pública. Nesse sentido, a automedicação considerada responsável, é uma prática
aceita como parte integrante do sistema de saúde pela Organização Mundial de
Saúde (OMS), que compreende na orientação do paciente pelo profissional de
saúde no tratamento de sintomas menores com a utilização, exclusivamente dos
MIPs, voltados para o tratamento de sintomas menores (SM), sendo que estes
sintomas são definidos como enfermidades agudas, de baixo período de latência e
autolimitadas.
Foi observado durante as leituras de textos que os medicamentos que mais
aparecem como alvos principais da automedicação estão destinados a combater
dores de cabeça e estados febris moderados, tosses e resfriados, sintomas
gastrointestinais, fadigas passageiras, rinites alérgicas, dores musculares, aftas,
problemas cutâneos moderados, dentre outros, e foi possível identificar também
que as faixa etárias variam do jovem ao idoso.
Salienta-se sobre as classes de medicamentos utilizadas na automedicação,
que nem todas são consideradas como MIPs, existem medicamentos que são
exigidos prescrição médica, mas que foram identificados com o uso na
automedicação, visto que algumas pessoas podem ter reutilizado uma receita
velha, ou orientado por algum parente/amigo, ou até mesmo por uma propaganda.
O uso irracional dos medicamentos é caracterizado pela utilização de
remédios sem que haja nenhum tipo de controle ou informação prestada por
profissional da área de saúde. Esta prática é considerada um dos principais
fatores para o desenvolvimento de resistência a antibióticos causados pelo uso
indevido do medicamento, sem orientação de profissional de saúde e tempo de
tratamento interrompido.
Segundo Abdalla e Castilho (2017) por mais que exista as Leis que
Regulamentam a propaganda de medicamento, é importante a monitoração e
fiscalização da propaganda e publicidade de medicamentos, pois este meio de
comunicação, ao invés de fornecer informações para um consumo consciente e
racional, destacam as qualidades dos medicamentos e omitem seus aspectos
negativos, reforçando a ideia de que o medicamento anunciado é seguro, sem
interações, contraindicações e efeitos adversos, sinalizando no final da
propaganda “este medicamento é contraindicado em caso de suspeita de dengue,
se persistirem os sintomas o médico deverá ser consultado”.
32
Durante o estudo foi observado que a Indústria Farmacêutica além de utilizar
os meios de comunicação, usa estratégias de marketing para propagar os
medicamentos, no intuito de incentivar a venda do mesmo, disponibilizando de
material publicitário e brindes pelas indústrias em congressos; anúncios em
revistas; abordagem por parte de propagandistas; distribuição de amostras
grátis; dentre outros.
De acordo com a RDC nº 102/2000 o Art. 18 os representantes dos
laboratórios devem transmitir informações precisas e completas sobre os
medicamentos que representem no decorrer da ação de propaganda, promoção e
publicidade junto aos profissionais de saúde habilitados a prescrever e dispensar.
No Art. 19 é proibido outorgar, oferecer ou prometer, prêmios, vantagens
pecuniárias ou em espécie, aos profissionais de saúde habilitados a prescrever ou
dispensar medicamentos, bem como aqueles que exerçam atividade de venda
direta ao consumidor.
A ANVISA por sua vez, vem intensificando as fiscalizações nos setores de
saúde, em farmácias e drogarias, orientando o profissional quanto ao uso
indiscriminado de medicamento, afim de diminuir os riscos inesperados, vale
lembrar que a prática da automedicação pode ser considerada um problema de
saúde pública, sendo apontada como maior causa da morbimortalidade
relacionada a medicamentos, e que vem sendo utilizada a muito tempo.
Para Ferreira e Junior (2018) o farmacêutico possui o importante papel, na
contribuição de medida para evitar a utilização irracional dos medicamentos,
sendo ele um profissional que visa prestar a assistência farmacêutica, conforme a
legislação e o código de ética, assistência essa que garante à população, o
acesso a medicamentos, um atendimento especializado para orientações, e
conscientização dos riscos de reações adversas, interações medicamentosas e
intoxicações por medicamentos.
Neste sentido o farmacêutico é considerado um promotor da saúde e deve
prover informações ao usuário para que se escolha o melhor produto para
prevenção e tratamento de doenças, principalmente quando o mesmo opta pela
prática da automedicação. Cabe ao farmacêutico também a responsabilidade de
identificar sinais e sintomas de agravos à saúde e a tomada de decisão,
aconselhando o encaminhamento do paciente a um médico.
33
5. CONCLUSÃO
O presente estudo mostrou que a população sofre forte influência das
propagandas de medicamentos o que gera automedicação indiscriminada.
Conseguimos identificar nos estudos a dificuldade dos profissionais farmacêuticos
no seu dia-a-dia em exercer o papel de orientação do uso racional de
medicamentos. Ressalto ainda que a prática da automedicação vem sendo
utilizada há muito tempo, principalmente pelas dificuldades de acesso da
população ao sistema de saúde.
A propaganda tem o objetivo de evidenciar um produto e
consequentemente aumentar suas vendas, deixando de lado, na maioria das
vezes, informações sobre a segurança do medicamento, como efeitos colaterais,
reações adversas e interações medicamentosas, mostrando apenas seus
benefícios e indicações.
Baseado nesta revisão conclui-se que se faz necessário que a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) atue com campanhas de
conscientização da população sobre a automedicação e seus riscos, e com uma
maior fiscalização sobre os anúncios que estão disponíveis em farmácias,
drogarias e até mesmo em redes sociais.
34
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