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Índice Introdução ..................................................................................................................................... 3
1 – O concelho ............................................................................................................................... 5
Enquadramento Regional .......................................................................................................... 5
Potencialidades ......................................................................................................................... 5
Habitantes ................................................................................................................................. 6
Evolução do desemprego ........................................................................................................ 10
Poder de Compra .................................................................................................................... 13
2 - Tecido empresarial Vizelense ................................................................................................. 14
Contextualização do concelho ................................................................................................ 14
Estabelecimentos empregadores no concelho de Vizela ........................................................ 15
Empregados a trabalhar em Vizela ......................................................................................... 19
3 – Síntese e linhas orientadoras ................................................................................................ 23
Síntese ..................................................................................................................................... 23
Linhas orientadoras ................................................................................................................. 25
Bibliografia .................................................................................................................................. 28
Anexos ......................................................................................................................................... 29
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Introdução
No âmbito do Eixo 1 – Emprego, Formação e Qualificação; Acção 2 – Informação e
Sensibilização dos Agentes Económicos Locais, o Projeto Vizela.COM – Criar Oportunidades de Mudança,
que surgiu no âmbito dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social e executado pela Cruz Vermelha
Portuguesa – Delegação de Vizela, elaborou o presente relatório que visa aprofundar o conhecimento
sobre o tecido empresarial do concelho de Vizela.
O conhecimento atualizado da economia local é muito importante para a definição e
planeamento de estratégias de atuação no concelho. Primeiro porque se tratam das empresas, pólos
geradores de emprego, que permitem a fixação da população e o desenvolvimento concelhio, mas
também porque permite a deteção de problemas e potencialidades que poderão levar a uma atuação
mais eficiente.
A estrutura está idealizada em três partes distintas.
Começa-se pela caracterização do território do concelho e da sua população, com dados do
Censos 2011, recente estudo censitário executado pelo Instituto Nacional de Estatística. As variáveis
aqui analisadas respeitam ao género, habilitações literárias da população, estrutura etária. É feita uma
comparação entre as diferentes freguesias que compõem o concelho e também uma comparação entre
Vizela e os restantes concelhos do Ave, sub-região do país onde se integra.
A segunda parte incide sobre a análise do tecido empresarial, tendo por base dados fornecidos
pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério da Solidariedade e Segurança Social. Estes
dados consistem, numa primeira abordagem, aos estabelecimentos empregadores que atuam no
concelho de Vizela. Estes estabelecimentos são empresários em nome individual ou sociedades, que
têm por sua conta pelo menos um empregado, sendo que estão excluídos deste estudo
estabelecimentos em que os recursos humanos sejam apenas os próprios sócios do negócio. As variáveis
analisadas dos estabelecimentos são o setor de atividade, dimensão, volume de negócios e freguesia. É
também feita uma abordagem aos trabalhadores que laboram no concelho quanto à sua atividade,
estrutura etária, habilitações literárias, género e situação contratual, assim como à estrutura etária dos
empregadores do concelho.
A terceira parte faz uma síntese dos principais indicadores apresentados e apresenta algumas
linhas orientadoras para o futuro, no que respeita ao tecido empresarial de Vizela e com vista à
continuidade e melhoria do trabalho desenvolvido.
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O presente estudo tem algumas condicionantes, nomeadamente com a recolha de dados. Não
há um número exato de estabelecimentos a funcionar em Vizela, uma vez que faltam aqueles que não
têm trabalhadores por sua conta. É importante salientar que o presente estudo tem carácter preliminar
e é apenas uma primeira abordagem à caracterização do tecido empresarial. Servirá de base para
estudos posteriores, principalmente para atualizações futuras e análises comparativas, tanto a nível
empresarial como a nível populacional.
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1 – O concelho
Enquadramento Regional
Vizela tornou-se concelho e cidade em 1998 e localiza-se na região Norte, na convergência do
Minho e do Douro Litoral. Faz fronteira com os concelhos de Guimarães, Felgueiras, Lousada e Santo
Tirso. Administrativamente, integra o Distrito de Braga, formado por 14 municípios e constitui-se como
um dos oito concelhos que compõem a Sub-região do Ave (Fonte: PDS Vizela 2010-2015). A NUT III Ave é
constituída pelos concelhos de Cabeceiras de Basto, Fafe, Guimarães, Mondim de Basto, Póvoa de
Lanhoso, Vieira do Minho, Vila Nova de Famalicão e Vizela. A população do Ave é de 425.228 pessoas
(Censos 2011).
O acesso principal, com maior tráfego automóvel, é pela EN 106, que constitui uma importante
via de ligação com os concelhos de Guimarães e Santo Tirso por um lado, e Lousada, Paços de Ferreira e
Penafiel por outro. A via atravessa também o concelho, sendo a principal via de ligação entre as
freguesias. O concelho tem ainda ligação ao concelho vizinho de Felgueiras, onde se encontra um dos
acessos à A11. Outra via importante ligada ao concelho é a VIM (Via Intermunicipal), que liga aos
concelhos de Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão. Muito importante para a mobilidade dos habitantes
do concelho é também a linha ferroviária – Linha 11 – que liga as cidades do Porto e Guimarães e na
qual Vizela é uma das paragens. É, portanto, um concelho relativamente bem localizado, entre os
concelhos de Guimarães, Felgueiras, Santo Tirso e Lousada e relativamente perto de importantes vias.
Localiza-se também a cerca de 45 quilómetros da cidade do Porto, a mais importante do Norte do país,
com influência comercial e industrial consideráveis no país e com um porto e um aeroporto
internacional.
Potencialidades
Vizela é uma cidade com bastantes recursos, mas o destaque deve ser entregue às águas
termais. Há marcas da ocupação do povo romano do território vizelense e do usufruto das águas
sulfurosas por parte deste povo. Este tipo de água tem características terapêuticas, que permitiam o
tratamento específico de determinadas doenças. A influência romana está, ainda hoje, patente na
cidade, principalmente pela ponte romana que ainda acolhe trânsito na atualidade. Na mesma linha, as
águas termais assumem-se ainda hoje como um dos principais pontos fortes da cidade, que está munida
de um balneário termal, que foi inaugurado em 1892 (sítio eletrónico da Câmara Municipal de Vizela).
Na atualidade, o funcionamento do balneário está suspenso, aguardando-se a sua reabertura, que seria
muito vantajosa para a economia local, pois assume um importante papel no turismo de Vizela, dadas as
qualidades da água termal e a sua atratividade. O hotel Sul-Americano, que está ligado ao balneário
termal, encontra-se também encerrado, o que acentua ainda mais a importância da reabertura do
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balneário. É também importante para o comércio da cidade na sua globalidade, pois este setor de
atividade influencia muito o fator dinamização da cidade.
Além destas atratividades, Vizela tem também o rio que atravessa o seu território e o Parque
das Termas, um parque natural com mais de um século e que é um forte atrativo turístico e de lazer.
A nível industrial, o setor têxtil tem, desde meados do século passado, um peso muito grande
no desenvolvimento do concelho e na atualidade, continua a ser o setor predominante.
É, portanto, uma cidade com muita história, com vestígios e obras da ocupação romana e
tradição no termalismo e turismo e na indústria têxtil, muito influente nos concelhos do Ave.
Habitantes
O concelho de Vizela tem uma população de 23.736 pessoas (Censos 2011), uma área total de
24,7 Km2 e é composto por sete freguesias: Infias, Caldas de Vizela (São Miguel), Caldas de Vizela (São
João), Santa Eulália, Vizela (Santo Adrião), Tagilde e Vizela (São Paio). Em termos de área, Santa Eulália é
a maior freguesia do concelho (5,4 Km2). Em população, a maior freguesia é São Miguel. De salientar
que a densidade populacional do concelho é de 959,84 hab/Km2, bastante superior à média da NUT III
Ave, que se situa nos 421,1 hab/ Km2. (Fonte: PDS Vizela 2010-2015)
População de Vizela por freguesia
Homens Mulheres TOTAL
Santa Eulália 2.770 2.849 5.619
Caldas de Vizela (São João) 1.636 1.775 3.411
Caldas de Vizela (São Miguel) 3.497 3.725 7.222
Infias 912 928 1.840
Tagilde 936 925 1.861
Vizela (Santo Adrião) 1.142 1.138 2.280
Vizela (São Paio) 762 741 1.503
Concelho de VIZELA 11.655 12.081 23.736
Tabela 1.1 – População de Vizela por freguesias
A população de Vizela é então de 23.736 residentes, sendo que 30% (7.222) vive na freguesia
de São Miguel, a maior freguesia do concelho a nível populacional. Santa Eulália tem 24% da população
de Vizela, pelo que estas duas freguesias têm mais de metade da população do concelho. As restantes
cinco freguesias têm menores pesos na população concelhia. Predominam no concelho pessoas do
género feminino, o que é normal, sinal da maior longevidade das mulheres em relação aos homens.
De acordo com os dados dos Censos de 1991, 2001 e 2011, os últimos três realizados no país,
verifica-se que a população vizelense tem vindo a aumentar. Há um crescimento de cerca de cerca de
18% de 1991 para 2011 na população vizelense. Ao nível das freguesias a população residente também
tem aumentado, onde a única exceção é a freguesia de São João, que teve um decréscimo no número
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de residentes em 2001 e em 2011. Salienta-se ainda o crescimento das freguesias de Tagilde (35%),
Santa Eulália (31%) e São Miguel (30%). Este crescimento pode ser explicado pela evolução da
população do país em geral mas também na crescente urbanização no concelho, sobretudo causado
pela sua elevação a concelho e cidade em 1998.
Evolução da população no concelho, em termos absolutos
Freguesia 1991 2001 2011
Homens Mulheres TOTAL Homens Mulheres TOTAL Homens Mulheres TOTAL
Santa Eulália 2.133 2.156 4.289 2.580 2.620 5.200 2.770 2.849 5.619
Caldas de Vizela (São João)
1.877 1.922 3.799 1.814 1.905 3.719 1.636 1.775 3.411
Caldas de Vizela (São Miguel)
2.714 2.838 5.552 3.058 3.222 6.280 3.497 3.725 7.222
Infias 845 830 1.675 898 867 1.765 912 928 1.840
Tagilde 705 668 1.373 906 871 1.777 936 925 1.861
Vizela (Santo Adrião)
1.037 1.075 2.112 1.232 1.228 2.460 1.142 1.138 2.280
Vizela (São Paio)
608 598 1.206 709 685 1.394 762 741 1.503
Concelho de VIZELA
9.919 10.087 20.006 11.197 11.398 22.595 11.655 12.081 23.736
Tabela 1.2 – Evolução da população das freguesias do concelho, em termos absolutos
Evolução da população no concelho, em termos relativos
Freguesia Evoluções 1991 - 2001 Evoluções 2001 - 2011 Evoluções 1991 - 2011
H M TOTAL H M TOTAL H M TOTAL
Santa Eulália 21,0% 21,5% 21,2% 7,4% 8,7% 8,1% 29,9% 32,1% 31,0%
Caldas de Vizela (São João) -3,4% -0,9% -2,1% -9,8% -6,8% -8,3% -12,8% -7,6% -10,2%
Caldas de Vizela (São Miguel) 12,7% 13,5% 13,1% 14,4% 15,6% 15,0% 28,9% 31,3% 30,1%
Infias 6,3% 4,5% 5,4% 1,6% 7,0% 4,2% 7,9% 11,8% 9,9%
Tagilde 28,5% 30,4% 29,4% 3,3% 6,2% 4,7% 32,8% 38,5% 35,5%
Vizela (Santo Adrião) 18,8% 14,2% 16,5% -7,3% -7,3% -7,3% 10,1% 5,9% 8,0%
Vizela (São Paio) 16,6% 14,5% 15,6% 7,5% 8,2% 7,8% 25,3% 23,9% 24,6%
Concelho de VIZELA 12,9% 13,0% 12,9% 4,1% 6,0% 5,0% 17,5% 19,8% 18,6%
Tabela 1.3 – Evolução da população das freguesias do concelho, em termos relativos
A estrutura etária da população de Vizela é constituída maioritariamente por indivíduos dos 25
aos 64 anos de idade, o que é normal, dada a larga amplitude do intervalo de idades. É conveniente
referir nesta análise que o concelho de Vizela é o que tem maior proporção de crianças / adolescentes e
jovens entre os oito concelhos que compõem a sub-região do Ave. Vizela tem 16,8% de crianças e
adolescentes até aos 14 anos na sua população e 13,7% de jovens com idades compreendidas entre os
15 e os 24 anos de idade. É também o concelho do Ave com menor percentagem de idosos na sua
população, com 11,5%. Num estudo mais alargado a concelhos das sub-regiões do Cávado, Minho-Lima
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e Tâmega (Tabela I, em anexo), verifica-se que Vizela tem maior proporção de jovens do que a cidade de
Braga, Capital Europeia da Juventude em 2012. Nesta estrutura, apenas os concelhos de Felgueiras,
Lousada, Paços de Ferreira e Paredes ultrapassam o concelho de Vizela.
Populações dos concelhos do Ave por idade
Zona Geográfica 0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos
65 ou mais anos
Total
Nº % Nº % Nº % Nº % HM
Fafe 7.818 15,4 6.138 12,1 28.226 55,7 8.451 16,7 50.633
Guimarães 24.716 15,6 19.950 12,6 91.811 58,1 21.647 13,7 158.124
Póvoa de Lanhoso 3.570 16,3 2.679 12,2 11.803 53,9 3.834 17,5 21.886
Vieira do Minho 1.778 13,7 1.546 11,9 6.695 51,5 2.978 22,9 12.997
Vila Nova de Famalicão
21.618 16,2 16.002 12,0 77.693 58,1 18.519 13,8 133.832
Santo Tirso 9.883 13,8 8.117 11,3 41.118 57,5 12.412 17,4 71.530
Trofa 6.077 15,6 4.987 12,8 22.683 58,2 5.252 13,5 38.999
Vizela 3.979 16,8 3.256 13,7 13.763 58,0 2.738 11,5 23.736
Tabela 1.4 – Estrutura etária dos concelhos da sub-região do Ave
Relativamente à análise da estrutura etária das freguesias do concelho, verifica-se, na tabela
1.3, que Tagilde e São Paio são as freguesias com maior percentagem de crianças e adolescentes a
compor a sua população. Estas duas freguesias e Santo Adrião têm também a maior percentagem de
adolescentes e jovens de todas no concelho. As duas freguesias são também as que têm menor
percentagem de idosos na sua população. No sentido inverso está a freguesia de São João, que é a que
tem menor taxa de crianças / adolescentes e a que tem maior taxa de população idosa.
Populações das freguesias de Vizela idade
Zona Geográfica 0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos
65 ou mais anos
Total
Nº % Nº % Nº % Nº % HM
Santa Eulália 1.018 18,1 782 13,9 3.303 58,8 516 9,2 5.619
Caldas de Vizela (São João)
475 13,9 478 14,0 1.952 57,2 506 14,8 3.411
Caldas de Vizela (São Miguel)
1.126 15,6 883 12,2 4.273 59,2 940 13,0 7.222
Infias 293 15,9 244 13,3 1.068 58,0 235 12,8 1.840
Tagilde 371 19,9 283 15,2 1.039 55,8 168 9,0 1.861
Vizela (Santo Adrião) 397 17,4 351 15,4 1.285 56,4 247 10,8 2.280
Vizela (São Paio) 299 19,9 235 15,6 843 56,1 126 8,4 1.503
Tabela 1.5 – Populações das freguesias do concelho por escalão etário
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De acordo com as habilitações literárias, verifica-se que, a nível nacional, aproximadamente 19,2% da
população não tem qualquer nível de habilitações literárias. O concelho de Vizela tem 18,8% de
população sem nenhum nível de habilitações, pelo que se encontra dentro da realidade nacional e
regional. A referência nesta análise vai para a baixa proporção de habitantes com habilitações literárias
acima ou ao nível do ensino superior, apenas 5,2%, abaixo de todos os concelhos do Ave, assim como
abaixo da proporção do Norte e nacional.
Tabela 1.6 – População dos concelhos do Ave por habilitações literárias
Tabela 1.7 – População das freguesias do concelho por nível de habilitações literárias
Populações dos concelhos do Ave por habilitações literárias
Concelho Total Nenhum 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário
Pós-Secundário
Superior
Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %
Fafe 50.633 10.070 19,9 15.276 30,2 9.365 18,5 7.190 14,2 4.687 9,3 319 0,6 3.726 7,4
Guimarães 158.124 27.856 17,6 45.978 29,1 26.202 16,6 26.803 17,0 17.225 10,9 1.359 0,9 12.701 8,0
Póvoa de Lanhoso
21.886 5.019 22,9 6.488 29,6 3.766 17,2 3.170 14,5 2.054 9,4 145 0,7 1.244 5,7
Vieira do Minho
12.997 2.980 22,9 3.995 30,7 2.184 16,8 1.723 13,3 1.297 10,0 87 0,7 731 5,6
V.N. Famalicão
133.832 23.803 17,8 35.626 26,6 24.119 18,0 21.801 16,3 15.734 11,8 1.341 1,0 11.408 8,5
Santo Tirso
71.530 12.290 17,2 22.958 32,1 11.670 16,3 10.952 15,3 7.405 10,4 692 1,0 5.563 7,8
Trofa 38.999 6.710 17,2 11.156 28,6 6.515 16,7 6.564 16,8 4.580 11,7 501 1,3 2.973 7,6
Vizela 23.736 4.455 18,8 7.486 31,5 4.213 17,7 3.888 16,4 2.307 9,7 159 0,7 1.228 5,2
Ave 511.737 93.183 18,2 148.963 29,1 88.034 17,2 82.091 16,0 55.289 10,8 4.603 0,9 39.574 7,7
Norte 3.689.609 693.407 18,8 1.017.423 27,6 561.614 15,2 571.328 15,5 425.577 11,5 39.451 1,1 380.809 10,3
Portugal 10.561.614 2.023.094 19,2 2.680.333 25,4 1.403.249 13,3 1.687.085 16,0 1.362.660 12,9 142.744 1,4 1.262.449 12,0
Populações das freguesias do concelho por habilitações literárias
Zona Geográfica
Total Nenhum 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Pós-
Secundário Superior
Nº Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %
Vizela 23.736 4.455 18,8% 7.486 31,5% 4.213 17,7% 3.888 16,4% 2.307 9,7% 159 0,7% 1.228 5,2%
Santa Eulália
5.619 1.084 19,3% 1.841 32,8% 1.109 19,7% 913 16,2% 459 8,2% 28 0,5% 185 3,3%
São João 3.411 544 15,9% 1.126 33,0% 566 16,6% 541 15,9% 358 10,5% 24 0,7% 252 7,4%
São Miguel
7.222 1.292 17,9% 2.103 29,1% 1.141 15,8% 1.197 16,6% 908 12,6% 59 0,8% 522 7,2%
Infias 1.840 324 17,6% 613 33,3% 341 18,5% 270 14,7% 174 9,5% 19 1,0% 99 5,4%
Tagilde 1.861 408 21,9% 559 30,0% 346 18,6% 350 18,8% 129 6,9% 7 0,4% 62 3,3%
Santo Adrião
2.280 473 20,7% 773 33,9% 394 17,3% 371 16,3% 195 8,6% 14 0,6% 60 2,6%
São Paio 1.503 330 22,0% 471 31,3% 316 21,0% 246 16,4% 84 5,6% 8 0,5% 48 3,2%
10
Numa análise intramunicipal, verifica-se que S. João é a freguesia com menos população sem
nível de instrução, com 15,9%. Algumas freguesias têm percentagens acima dos 19% nacionais, o que
significa que têm proporções de população sem escolaridade acima da média nacional. Em relação ao 1º
ciclo de escolaridade, todas as freguesias se encontram acima dos 25% nacionais de proporção, dos 27%
do Norte e dos 29% da sub-região do Ave. Este é talvez um dos dados mais importantes ao nível das
habilitações. É importante também referir a baixa proporção de população licenciada no concelho e até
do nível secundário, em que os valores se encontram abaixo das referências Ave, Norte e Portugal.
Evolução do desemprego
O desemprego é talvez o principal problema social do concelho, que ao longo dos últimos anos
tem vindo a aumentar. Segundo dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em
dezembro de 2011 estavam inscritos no Centro de Emprego de Guimarães 1.909 desempregados
residentes no concelho de Vizela. Trata-se do máximo do ano de 2011, que teve mínimos por altura do
mês de junho (1.598). O máximo registado desde Janeiro de 2004 corresponde a 2.071 desempregados
inscritos do mês de Abril de 2010. Atualmente, estão inscritos 1.946 desempregados residentes em
Vizela (dados correspondentes ao mês de janeiro de 2012, último disponível). Ou seja, o momento atual
está muito próximo do pior registo histórico dos últimos 8 anos. Estes dados podem sofrer alguns
enviesamentos em relação à realidade, uma vez que nem todos os trabalhadores no ativo efetivamente
desempregados poderão estar inscritos no Centro de Emprego. Os dados que melhor poderão descrever
a situação do concelho, são os dados relativos ao Censos 2011, dos quais se poderá aferir em relação a
indicadores como população ativa do concelho e pessoas em situação de desemprego no momento
censitário, ou seja, apenas num determinado momento do ano. De referir que estes dados ainda não
foram disponibilizados.
Através dos registos quanto ao desempregados inscritos no Centro de Emprego, verifica-se que,
se em 2004 havia um equilíbrio quanto ao género dos trabalhadores (masculino e feminino), com o
decorrer do tempo foi criado um fosso entre os géneros, com mais desempregados do género feminino
do que no género masculino. Em Dezembro último, registaram-se 849 desempregados masculinos e
1.060 femininos. O gráfico 1.1 demonstra a evolução no número de trabalhadores no ativo
desempregados inscritos no Centro de Emprego. Os valores visíveis no quadro correspondem aos
máximos e mínimos neste período dos últimos oito anos.
Analisando o número de desempregados inscritos no Centro de Emprego e a respetiva idade,
verifica-se que a grande maioria dos desempregados tem mais de 35 anos. A partir desta idade, a tarefa
de conseguir novo emprego é mais difícil. Há uma relação direta entre a idade e o desemprego, ou seja,
à medida que a idade aumenta, o número de desempregados nesse escalão etário também aumenta.
Quanto à escolaridade, é clara a supremacia do número de desempregados inscritos no Centro
de Emprego com escolaridade ao nível do 1º ciclo. Este dado pode ser explicado por algumas razões,
11
900
630
658
11921310
2071
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
2200
Jan-
04
Jul-0
4
Jan-
05
Jul-0
5
Jan-
06
Jul-0
6
Jan-
07
Jul-0
7
Jan-
08
Jul-0
8
Jan-
09
Jul-0
9
Jan-
10
Jul-1
0
Jan-
11
Jul-1
1
Jan-
12
Evolução do desemprego em Vizela (desde 2004)
Homens
Mulheres
Total
desde logo, pelo elevado número de desempregados com idade acima dos 35 anos, que não tiveram
oportunidades de prosseguir os estudos. A baixa escolaridade pode também estar associada à redução
da probabilidade de conseguir novo emprego. Depois, todos os níveis de escolaridade estão próximos
uns dos outros. O 2º ciclo é o segundo nível de habilitações literárias com maior número de
desempregados, seguido do 3º ciclo. Depois é o secundário e de seguida é o escalão inferior ao 1º ciclo,
demonstrando que a iliteracia, ainda está presente na atualidade, sendo que a diminuição do número
de desempregados inscritos sem escolaridade se deva principalmente à sua reforma. Quanto ao ensino
superior, destaque para o aumento no ano de 2011 do número de desempregados inscritos, com os
valores a atingirem os máximos históricos de 125 em agosto de 2011. Em janeiro, estavam inscritos 118
desempregados inscritos com o ensino superior. Se por uma lado se pode constatar que o número de
pessoas licenciadas tem vindo a aumentar, por outro não deixa de ser um facto que o desemprego
também está a afetar bastante trabalhadores com ensino superior. Tendo em conta os 1.228 habitantes
vizelenses com nível de ensino superior, pode-se aferir que cerca de 9,6% deles estão inscritos como
desempregados no Centro de Emprego.
Gráfico 1.1 – Evolução do número de desempregados de Vizela inscritos no Centro de Emprego (desde
2004)
12
0
200
400
600
800
1000
1200Ja
n-04
Jun-
04
Nov
-04
Abr
-05
Set-
05
Fev-
06
Jul-0
6
Dez
-06
Mai
-07
Out
-07
Mar
-08
Ago
-08
Jan-
09
Jun-
09
Nov
-09
Abr
-10
Set-
10
Fev-
11
Jul-1
1
Dez
-11
Evolução do desemprego em Vizela (Idade)
< 25 anos
25-34 anos
35-54 anos
>= 55 anos
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
1100
Jan-
04
Jun-
04
Nov
-04
Abr
-05
Set-
05
Fev-
06
Jul-0
6
Dez
-06
Mai
-07
Out
-07
Mar
-08
Ago
-08
Jan-
09
Jun-
09
Nov
-09
Abr
-10
Set-
10
Fev-
11
Jul-1
1
Dez
-11
Evolução do desemprego (Escolaridade)
< 1º ciclo
1º ciclo
2º ciclo
3º ciclo
Secundário
Superior
Gráfico 1.2 – Evolução do nº de desempregados por idade
Gráfico 1.3 – Evolução do nº de desempregados por escolaridade
A Tabela 1.8 contém as taxas de desempregados inscritos no Cento de Emprego em janeiro de
2012 por nível de habilitações literárias, em relação aos dados populacionais do Censos 2011. Pode-se
verificar que Vizela tem das mais altas taxas entre os concelhos do Ave de desempregados com ensino
superior. A tabela que se apresenta não deve ser vista como tendo as taxas de desemprego efetivas dos
concelhos do Ave, uma vez que os desempregados considerados são os que se encontram inscritos no
13
Centro de Emprego em Janeiro de 2012 com a população de Março de 2011 (embora os valores da
população sejam uma boa aproximação, uma vez que são provenientes de um estudo censitário com
apenas um ano).
Taxa de desempregados inscritos - Concelhos do Ave por habilitações literárias (janeiro 2012)
Concelho Total Nenhum (inferior 1º ciclo)
1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Superior
Fafe 7,7% 1,5% 9,4% 8,2% 9,2% 10,7% 9,7%
Guimarães 8,8% 1,9% 12,5% 8,6% 8,7% 10,5% 8,1%
Póvoa de Lanhoso 5,4% 1,0% 6,7% 5,2% 6,2% 9,2% 7,7%
Vieira do Minho 6,9% 1,1% 7,7% 9,3% 9,8% 8,9% 8,9%
V.N. Famalicão 7,4% 1,6% 9,3% 8,4% 8,0% 9,7% 7,1%
Santo Tirso 9,3% 1,8% 11,2% 11,9% 9,5% 12,1% 8,4%
Trofa 9,5% 2,1% 10,7% 12,2% 10,7% 12,3% 9,0%
Vizela 8,2% 2,8% 11,3% 7,8% 7,6% 9,4% 9,6%
Tabela 1.8 – Taxa de desempregados de Vizela inscritos no Centro de Emprego, relativamente à
população do Censos 2011
Poder de Compra
Segundo a publicação “Estudo sobre o Poder de Compra concelhio” (INE, 2009), verifica-se que
o município de Vizela tem um indicador de compra per capita de 65,58, bastante abaixo da referência
do país que é de 100. Na análise comparativa com os concelhos que compõem o Vale do Ave, o
concelho de Vizela é o quinto concelho com maior índice per capita de poder de compra, à frente dos
concelhos de Fafe (64,79), Póvoa de Lanhoso (58,40) e Vieira do Minho (55,42). Vila Nova de Famalicão
(82,37) é o concelho com maior índice de poder de compra, seguido de Santo Tirso (80,41) e Guimarães
(79,78) e Trofa (79,46). Como se verifica, há uma diferença substancial entre os quatro concelhos do
vale do Ave com maior índice de poder de compra e os restantes quatro concelhos. Para uma
comparação mais completa, incluíram-se os restantes concelhos que compõem o distrito de Braga e
ainda os concelhos de Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira e Penafiel, que estão próximos do concelho
de Vizela. A tabela 1.9 apresenta a classificação dos vinte concelhos que compõem o estudo de
comparação, onde se verifica que Vizela tem o 11º índice de poder de compra maior e apenas Braga
ultrapassa a referência nacional de 100. Verifica-se também que há um grande fosso entre Braga e o
segundo concelho com maior índice de poder de compra, Vila Nova de Famalicão. Comparando todos os
concelhos em estudo com o Norte, região do país onde se inserem, apenas Braga ultrapassa o índice de
poder de compra da região, estando todos os outros concelhos abaixo da média do Norte.
14
Indicador per capita - 2009
1º Braga 105,59
2º Vila Nova de Famalicão 82,37
3º Santo Tirso 80,41
4º Guimarães 79,78
5º Trofa 79,46
6º Esposende 77,24
7º Paços de Ferreira 70,56
8º Penafiel 68,96
9º Barcelos 67,49
10º Felgueiras 66,96
11º Vizela 65,58
12º Fafe 64,79
13º Lousada 64,04
14º Amares 62,04
15º Póvoa de Lanhoso 58,40
16º Vila Verde 57,83
17º Vieira do Minho 55,42
18º Cabeceiras de Basto 53,12
19º Terras de Bouro 52,34
20º Celorico de Basto 47,73
Tabela 1.9 – Indicadores per capita de vários concelhos do Norte
2 - Tecido empresarial Vizelense
Contextualização do concelho
Vizela é, desde há alguns anos, uma cidade industrial com predominância do setor têxtil e do
calçado, que atingiram o seu auge no século XX. A indústria têxtil é comum em todo o Vale do Ave, com
grande presença em todos os concelhos. No entanto, esta indústria tem diminuído a sua presença no
Ave. Trata-se de uma indústria intensiva, utilizadora de mão-de-obra barata e desqualificada. Continua
fortemente implementada no concelho através da indústria de produção têxtil e confeções de vestuário.
A indústria do calçado é outra indústria com forte presença no concelho, mas também esta teve um
declínio.
No passado século, Vizela era muito forte nestas duas indústrias, aos quais se juntavam a
indústria do pão-de-ló (bolinhol de Vizela) e o turismo com a Companhia de banhos das águas termais
de Vizela e dois casinos.
15
No presente, mantêm-se as influências das indústrias têxtil e do calçado e a tradição do
bolinhol de Vizela perdura. O ponto crítico localiza-se nas águas termais, cuja exploração se encontra
parada, em consequência do fecho da Companhia de Banhos de Vizela. O hotel Sul-Americano encontra-
se também fechado em consequência da situação das águas termais, sendo que se vê desde logo a
importância desta atividade para o concelho, especialmente nesta altura em que a crise financeira
assombra o país e o concelho.
Estabelecimentos empregadores no concelho de Vizela
Para este estudo, foram utilizados dados fornecidos pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento
do Ministério da Solidariedade e Segurança Social. Estes dados têm as seguintes variáveis:
• Número de estabelecimentos por actividade económica segundo a dimensão do
estabelecimento;
• Número de empresas por actividade económica segundo os escalões de volume de negócios;
• Número de pessoas por actividade económica;
• Trabalhadores por conta de Outrem (TCO) por actividade económica segundo as habilitações;
• TCO por actividade económica segundo os grupos etários e o sexo;
• TCO por actividade económica segundo o tipo de contrato;
• Empregadores por actividade económica segundo as habilitações;
• Empregadores por actividade económica segundo os grupos etários e o sexo.
Os estabelecimentos considerados para o estudo são aqueles que têm pelo menos um
trabalhador por sua conta, ou seja, onde não estejam apenas os responsáveis ou sócios do negócio. Os
estabelecimentos que funcionem sob a forma de empresário em nome individual ou as sociedades que
não tenham qualquer trabalhador, não constam neste estudo. Os dados recolhidos correspondem a
estabelecimentos empregadores localizados no concelho de Vizela, com morada e atividade económica
(desagregada a cinco dígitos). A distribuição por freguesia também foi feita mas apenas no número de
estabelecimentos, sendo que não existem dados relativamente à dimensão ou qualquer outra variável
das empresas pelas sete freguesias do concelho. A Tabela 2.1 contém a distribuição do número de
estabelecimentos por freguesia.
16
Nº de estabelecimentos por freguesia
Freguesia Nº %
Infias 60 7,3%
Santa Eulália 126 15,2%
Santo Adrião 80 9,7%
São João 203 24,5%
São Miguel 265 32,0%
São Paio 39 4,7%
Tagilde 54 6,5%
TOTAL 827 Tabela 2.1 – Nº de estabelecimentos empregadores por freguesia (2009)
Através da tabela 2.1, cujos dados são relativos ao número de estabelecimentos empresariais
distribuídos por freguesia no ano de 2009, pode-se verificar que a freguesia de S. Miguel era a que tinha
um maior número de estabelecimentos empregadores no concelho e S. João era a seguinte. Estas duas
freguesias têm mais de metade dos pólos empregadores do concelho, o que acaba por ser normal pois
tratam-se das duas mais urbanizadas e centralizadas do concelho, pelo que se espera que estes
resultados proporcionais se mantenham no futuro. As restantes cinco freguesias têm cerca de 43% dos
estabelecimentos empregadores do concelho.
Quanto à distribuição dos estabelecimentos por setor de atividade e relativamente apenas aos
dados de 2009, a indústria transformadora predomina no concelho, com 249 estabelecimentos. Esta
predominância é explicada, em grande parte, pela forte presença do ramo têxtil no concelho. O
comércio (que inclui também oficinas de reparação de automóveis e motociclos) assume também um
papel muito importante na economia local com 243 estabelecimentos. Estes dois setores em conjunto
têm mais de metade dos estabelecimentos do concelho, o que pode sugerir alguma dinâmica no
concelho, tratando-se, portanto, de um bom indicador para o concelho. A restauração e a construção
são os seguintes setores com maior importância na economia do concelho, onde em conjunto assumem
cerca de 18% do total de estabelecimentos empregadores de Vizela (ver tabela 2.2).
Quanto a dados comparativos com o ano de 2007, salienta-se desde logo um aumento no
número de estabelecimentos empresariais no concelho de cerca de 11%. Este aumento é explicado
maioritariamente pelo aumento do número de estabelecimentos comerciais e oficinas de reparação de
automóveis, que foi de 10% (22 estabelecimentos, em termos absolutos). A indústria transformadora,
que como vimos é a mais influente no concelho, aumentou ligeiramente o número de estabelecimentos.
Todavia, este setor tem o seu peso no concelho diminuído em 2009, relativamente a 2007. Tinha um
peso de 33%, que diminui para 30%. De salientar também que há também um aumento significativo nas
17
atividades financeiras e de seguros, com 12 novos estabelecimentos e que a maioria dos setores teve
um aumento ligeiro no número de estabelecimentos entre os dois anos em análise.
Nº de estabelecimentos por setor de atividade (comparação entre 2007 e 2009)
Setor de atividade 2007 2009 Variação
2007 - 2009 Nº Proporção Nº Proporção
Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 7 0,9% 7 0,8% 0,0%
Indústrias transformadoras 247 33,2% 249 30,1% 0,8%
Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição
2 0,3% 2 0,2% 0,0%
Construção 76 10,2% 73 8,8% -3,9%
Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos
221 29,7% 243 29,4% 10,0%
Transportes e armazenagem 6 0,8% 8 1,0% 33,3%
Alojamento, restauração e similares 63 8,5% 78 9,4% 23,8%
Atividades de informação e de comunicação 9 1,2% 6 0,7% -33,3%
Atividades financeiras e de seguros 5 0,7% 17 2,1% 240,0%
Atividades imobiliárias 6 0,8% 7 0,8% 16,7%
Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 23 3,1% 35 4,2% 52,2%
Atividades administrativas e dos serviços de apoio 14 1,9% 21 2,5% 50,0%
Administração pública e defesa; segurança social obrigatória 3 0,4% 2 0,2% -33,3%
Educação 7 0,9% 6 0,7% -14,3%
Atividades de saúde humana e apoio social 21 2,8% 27 3,3% 28,6%
Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas 4 0,5% 7 0,8% 75,0%
Outras atividades de serviços 31 4,2% 39 4,7% 25,8%
TOTAL 745 827 11,0%
Tabela 2.2 – Nº de estabelecimentos por setor de atividade (2007 e 2009)
Quanto à dimensão das empresas do concelho, verifica-se na tabela 2.3 que consoante o
intervalo de pessoas empregadas aumenta, diminui o número de estabelecimentos para cada intervalo,
ou seja, quanto maior a dimensão considerada, menor o número de empresas. Os estabelecimentos
com um máximo de 4 funcionários correspondem a 65% do total do concelho. Existem apenas três
estabelecimentos que empregam 150 pessoas ou mais, que correspondem todas ao setor das indústrias
transformadoras (conforme se pode ver na tabela IV - Nº de estabelecimentos por setor de atividade e
por dimensão), que se encontra em anexo.
18
Nº de estabelecimentos por dimensão
Dimensão 2007 2009
De 1 a 4 pessoas 462 62,0% 533 64,4%
De 5 a 9 pessoas 142 19,1% 157 19,0%
De 10 a 19 pessoas 54 7,2% 58 7,0%
De 20 a 49 pessoas 59 7,9% 54 6,5%
De 50 a 99 pessoas 19 2,6% 17 2,1%
De 100 a 149 pessoas 5 0,7% 5 0,6%
De 150 a 199 pessoas 2 0,3% 1 0,1%
De 200 a 249 pessoas 0 0,0% 1 0,1%
De 250 a 499 pessoas 1 0,1% 0 0,0%
De 500 a 999 pessoas 1 0,1% 1 0,1%
TOTAL 745
827 Tabela 2.3 – Nº de estabelecimentos por dimensão
No nível do volume de negócios dos estabelecimentos (Tabela 2.4) vizelenses, 23% das
empresas não supera os 50.000€ de faturação e 25% encontra-se no intervalo de faturação de 50.000€
até 149.999€, o que significa que aproximadamente metade dos estabelecimentos que cujas
informações sobre o volume de negócios estão disponíveis no estudo não chegam aos 150.000€. O
número de empresas vai reduzindo consoante aumenta a faturação do intervalo. Destaque para as 10
empresas que ultrapassam os cinco milhões de euros de faturação e para 131 empresas cujo volume de
negócios não é conhecido.
Nº de estabelecimentos por volume de negócios
Volume 2007 2009
Menos de 50.000€ 186 25,0% 177 23,1%
De 50.000€ a 149.999€ 179 24,0% 189 24,7%
De 150.000€ a 249.999€ 80 10,7% 83 10,8%
De 250.000€ a 499.999€ 79 10,6% 84 11,0%
De 500.000€ a 999.999€ 37 5,0% 41 5,4%
De 1.000.000€ a 1.999.999€ 33 4,4% 35 4,6%
De 2.000.000€ a 4.999.999€ 18 2,4% 16 2,1%
De 5.000.000€ a 9.999.999€ 5 0,7% 7 0,9%
De 10.000.000€ a 49.999.999€ 5 0,7% 3 0,4%
Ignorado 123 16,5% 131 17,1%
TOTAL 745
766 Tabela 2.4 – Nº de estabelecimentos por volume de negócios
19
Quanto à idade dos empregadores (Tabela 2.5), 4% têm idade compreendida entre os 18 e os
24 anos e aproximadamente 7,7% tinham em 2009 idade compreendida entre os 25 e os 29 anos. Ou
seja, em 2009 cerca de 12% dos empregadores de Vizela tinham menos que 29 anos de idade. O
intervalo de idade com maior número de empregadores é entre os 40 e os 44 anos de idade. Cerca de
38% doa empregadores do concelho em 2009 tinham menos que 39 anos de idade. O destaque nesta
análise vai para a diferença entre géneros. Cerca de 66% dos empregadores são do género masculino,
ao passo que apenas 34% são do género feminino. Com o decorrer dos anos, a tendência do homem
como sócio gerente de uma empresa tem vindo a perder significado. No entanto, é esperado que, no
futuro, o número de mulheres à frente de uma empresa aumente e tenda a ser igual ao dos homens,
sinal dos tempos modernos e à tendência de igualdade de géneros na sociedade.
Idade e género dos empregadores
Idade H % de H M % de M Total Proporção
18 até 24 anos 11 57,9% 8 42,1% 19 4,0%
25 até 29 anos 22 59,5% 15 40,5% 37 7,7%
30 até 34 anos 31 62,0% 19 38,0% 50 10,4%
35 até 39 anos 43 57,3% 32 42,7% 75 15,7%
40 até 44 anos 68 68,0% 32 32,0% 100 20,9%
45 até 49 anos 55 73,3% 20 26,7% 75 15,7%
50 até 54 anos 34 65,4% 18 34,6% 52 10,9%
55 até 59 anos 29 70,7% 12 29,3% 41 8,6%
60 até 64 anos 16 69,6% 7 30,4% 23 4,8%
65 e mais 5 71,4% 2 28,6% 7 1,5%
TOTAL 314 65,6% 165 34,4% 479 Tabela 2.5 – Idade e género dos empregadores de Vizela
Empregados a trabalhar em Vizela
Em relação aos dados recolhidos, que até agora contemplam informações dos
estabelecimentos e dos empregadores, estes podem ser complementados com informações relativas
aos empregados que trabalham no concelho de Vizela.
O número de pessoas ao serviço por setor de atividade está disponível na tabela 2.6. A indústria
transformadora absorvia, em 2009, a maioria da mão-de-obra, com quase 67% dos trabalhadores que
trabalham no concelho de Vizela. O comércio e as oficinas de automóveis e motociclos absorviam 13%
das pessoas, cerca de 971 pessoas. De seguida é a construção com 409 pessoas, quem tinha mais
trabalhadores em 2009. O facto de as indústrias transformadoras ter a maior parte dos trabalhadores no
concelho acaba por ser normal, dada a sua utilização intensiva de mão-de-obra e o seu peso no
concelho. O comércio assume também um papel importante na economia local. Outros setores
20
importantes no concelho são a restauração e alojamento e o setor de saúde humana e apoio social,
embora os seus valores tendam a ser próximos dos restantes setores. A agricultura tem vindo a perder
importância no concelho e prova disso são os 15 trabalhadores apenas que estão registados como
trabalhando neste setor de atividade.
Dos dados contidos para estudo, verifica-se ainda que estavam, em 2009, 5.326 trabalhadores
com contrato de trabalho sem termo, ou seja, cerca de 77% dos trabalhadores. 21% tinham contrato a
termo e cerca de 2% não se enquadraram nesta análise.
Nº de pessoas ao serviço por setor de atividade
Setor de atividade 2007 2009
Nº Proporção Nº Proporção
Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca
17 0,2% 15 0,2%
Indústrias transformadoras 5.583 70,3% 4.997 66,8%
Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição
5 0,1% 6 0,1%
Construção 403 5,1% 409 5,5%
Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos
948 11,9% 971 13,0%
Transportes e armazenagem 46 0,6% 41 0,5%
Alojamento, restauração e similares 176 2,2% 199 2,7%
Atividades de informação e de comunicação 16 0,2% 14 0,2%
Atividades financeiras e de seguros 87 1,1% 90 1,2%
Atividades imobiliárias 12 0,2% 18 0,2%
Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares
56 0,7% 85 1,1%
Atividades administrativas e dos serviços de apoio 71 0,9% 115 1,5%
Administração pública e defesa; segurança social obrigatória
80 1,0% 123 1,6%
Educação 90 1,1% 17 0,2%
Atividades de saúde humana e apoio social 246 3,1% 249 3,3%
Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas
15 0,2% 26 0,3%
Outras atividades de serviços 89 1,1% 100 1,3%
TOTAL 7.940
7.475 Tabela 2.6 – Número de pessoas ao serviço por setor de atividade
Outra variável importante para análise relativamente aos trabalhadores é o seu nível de
habilitações literárias. Conforme se pode verificar na tabela 2.7, uma pequena percentagem de
trabalhadores (1,2%) não tem habilitações literárias. Uma realidade que tem vindo a diminuir mas que
se mantém em trabalhadores mais antigos, a quem a sua infância não permitiu a aprendizagem escolar.
Larga maioria dos trabalhadores (84%) tem o nível de habilitações do ensino básico, ou seja, entre o 1º e
21
o 9º ano de escolaridade. Este intervalo abrange as escolaridades obrigatórias dos últimos anos (6º e 9º
ano), o que acaba por justificar os resultados. Há ainda 11% de trabalhadores com o nível secundário,
nível que se prevê que terá maior número de trabalhadores em estudos futuros, tanto pela escolaridade
obrigatória passar a ser o 12º ano, como pelos programas de validação de competências e de novas
oportunidades de formação académica para adultos. Ao nível da licenciatura ou graus superiores,
trabalhavam em 2009 em Vizela 214 pessoas., das quais 194 com o nível de licenciatura.
Comparando os dados de 2009 com os de 2007, verifica-se a diminuição do número de
trabalhadores com escolaridade máxima ao nível do 9º ano (inclui os intervalos “Inferior ao Ensino
Básico” e “Ensino Básico”). Em contrapartida, aumentou o número de trabalhadores com habilitações
ao nível do ensino secundário. Quanto às restantes alterações, destaque-se a diminuição do número de
trabalhadores com licenciatura e um aumento dos trabalhadores com mestrado e doutoramento, que
possivelmente se deve à constante qualificação a que os trabalhadores se submetem, realidade cada vez
mais patente.
Tabela 2.7 – Número de trabalhadores por habilitações literárias
Em síntese, no geral os dados confirmam as tendências esperadas: diminuição dos
trabalhadores com baixa escolaridade, que se deve à reforma de muitos deles, ao reconhecimento e
validação de competências e ao aumento do desemprego dos trabalhadores desta faixa etária. Há
também uma diminuição dos licenciados, embora que tenha sido ligeiro e há uma diminuição do
número de trabalhadores do concelho, reflexo da crise que o país e a própria cidade atravessam.
Os empregados dos estabelecimentos vizelenses estão, na sua maioria, com contrato sem
termo definido com o seu estabelecimento empregador. Com contrato a termo estão cerca de 21% dos
empregados (Tabela 2.8).
A tabela 2.9 contém os dados dos trabalhadores dos estabelecimentos a funcionar no concelho
de Vizela, distribuídos por idade.
Nº de trabalhadores por habilitações literárias
Escolaridade 2007 2009
Nº Proporção Nº Proporção
Inferior ao Ensino Básico 84 1,1% 80 1,2%
Ensino Básico 6.369 85,7% 5.857 84,2%
Ensino Secundário 726 9,8% 770 11,1%
Ensino pós-Secundário não Superior 4 0,1% 9 0,1%
Bacharelato 30 0,4% 23 0,3%
Licenciatura 215 2,9% 194 2,8%
Mestrado 6 0,08% 9 0,13%
Doutoramento 2 0,03% 5 0,07%
Ignorado 0 0,0% 6 0,09%
TOTAL 7.436
6.953
22
Situação contratual dos empregados
Tipo de contrato Nº %
Contrato a termo 1.467 21,1%
Contrato sem termo 5.326 76,6%
Não enquadrável 160 2,3%
TOTAL 6.953 Tabela 2.8 – Situação contratual dos trabalhadores
Idade e género dos trabalhadores
Idade H % de H M % de M Total Proporção
Menos de 16 anos 1 100% 0 0% 1 0,0%
16 a 17 anos 17 52% 16 48% 33 0,5%
18 a 24 anos 429 48% 457 52% 886 12,7%
25 a 29 anos 389 44% 496 56% 885 12,7%
30 a 34 anos 422 44% 541 56% 963 13,9%
35 a 39 anos 499 43% 650 57% 1.149 16,5%
40 a 44 anos 485 45% 604 55% 1.089 15,7%
45 a 49 anos 391 42% 536 58% 927 13,3%
50 a 54 anos 297 47% 337 53% 634 9,1%
55 a 59 anos 144 5% 148 51% 292 4,2%
60 a 64 anos 46 59% 32 41% 78 1,1%
65 e mais anos 6 86% 1 14% 7 0,1%
Ignorado 3 33% 6 67% 9 0,1%
TOTAL 3.129 45% 3.824 55% 6.953 Tabela 2.9 – Idade e género dos trabalhadores por contra de outrem no concelho de Vizela
Os trabalhadores no concelho de Vizela têm sobretudo idade compreendida entre os 18 e os 49
anos de idade. Os restantes intervalos de idade têm pequenas proporções de trabalhadores. É uma
situação difícil para os trabalhadores com idade acima dos 49 anos de idade, pois a idade já não permite
o acesso a muitos empregos e limita também o acesso à reforma. Destaca-se também o facto de
trabalharem no concelho mais mulheres que homens, com 55% contra 45%, respetivamente.
23
3 – Síntese e linhas orientadoras
Síntese
O estudo iniciou-se com a recolha de dados estatísticos sobre a população vizelense,
provenientes do estudo do INE Censos 2011, cuja referência temporal é de Março de 2011, pelo que se
trata de um estudo recente e preciso. A base é o concelho de Vizela e a comparação com as referências
geográficas Ave, Norte e Portugal, assim como outros concelhos vizinhos. Os dados recolhidos e
analisados permitem tirar algumas ilações sobre a realidade concelhia. Na caracterização do concelho,
referiu-se a importância das termas de Vizela, um recurso natural muito valioso que neste momento
não está a gerar riqueza para o concelho. Espera-se pela reabertura dos balneários termais e hotel
associado ao balneário, para que o concelho potencie o turismo e receba novos visitantes e se crie uma
nova dinâmica comercial impulsionada pelo termalismo, que desde sempre esteve ligado ao concelho.
Na análise à população, o primeiro dado estatístico relevante é a grande proporção de crianças
/ adolescentes e de jovens residentes em Vizela. Trata-se de uma das maiores do país e do Norte, onde
é suplantado apenas pelos concelhos de Lousada, Paços de Ferreira e Felgueiras. É, de facto, uma
população jovem, aspeto reforçado pela relativamente baixa proporção de população idosa no
concelho.
A população de Vizela tem crescido a um bom ritmo nos últimos 20 anos, com um aumento de
cerca de 19%, onde apenas a população da freguesia de S. João tem vindo a decrescer. As freguesias
com maior proporção de habitantes com idade até aos 24 anos são Tagilde e São Paio, curiosamente
entre as menores do concelho, pelo que se espera um crescimento futuro na população destas
freguesias. S. João é a freguesia com a população mais envelhecida: tem a menor percentagem de
crianças / adolescentes e a maior percentagem de população idosa.
Em relação ao nível de habilitações literárias, o concelho de Vizela apresenta baixa proporção
de população residente licenciada e valores relativos de população sem escolaridade e com o 3º ciclo
próximas da média nacional. Ao mesmo tempo, apresenta também baixas proporções de população
com o ensino secundário, o que leva a proporções de pessoas com ensino ao nível do 1º ciclo e 2º ciclo
bastante altas e acima das referências Ave, Norte e Portugal. Ao nível das freguesias, S. João e S. Miguel
apresentam as maiores percentagens de população com ensino secundário e ensino superior. São João
apresenta também a menor proporção de população de residentes sem qualquer tipo de escolaridade.
Os restantes resultados vão de encontro à realidade vizelense em relação às referências geográficas,
com altas proporções de população com ensino ao nível dos 1º e 2º ciclos, sendo que no 3º ciclo Tagilde
24
apresenta uma taxa elevada, enquanto as outras freguesias se encontram com valores próximos do
concelho.
Quanto ao desemprego a nível concelhio, encontram-se valores do número de desempregados
inscritos no Centro de Emprego próximos dos máximos registados durante os últimos oito anos. A crise
financeira é uma realidade que também pode ter influência nestes valores. Em Janeiro, estavam
inscritos no Centro de Emprego de Guimarães 1.946 pessoas residentes em Vizela. Nestes últimos oito
anos, as principais tendências verificadas estão relacionadas com o aumento do número de
desempregados com escolaridade ao nível do 1º ciclo. Verifica-se que as variações do número de
desempregados são semelhantes com as variações do número de desempregados com o 1º ciclo e que
os desempregados com ensino superior têm vindo a aumentar, ao passo que os que têm escolaridade
inferior ao 1º ciclo têm vindo a diminuir. Espera-se que o valor dos desempregados sem escolaridade
tenda para zero no futuro. Quanto à idade, a partir dos 35 anos o fenómeno do desemprego é mais
comum e o intervalo de idades entre os 35 e os 54 anos de idade é o ponto crítico, sendo que acima
dessa idade muitos dos desempregados vão para a reforma.
Passando para a análise empresarial do concelho, São Miguel é a freguesia com maior número
de estabelecimentos empregadores, seguida de São João. Tratam-se das duas freguesias mais
urbanizadas e centralizadas do concelho. A indústria transformadora e o comércio por grosso e a
retalho e estabelecimentos de reparação de automóveis e motociclos representam cerca de 60% do
tecido empresarial de Vizela. De 2007 para 2009 esta característica manteve-se e o número de
estabelecimentos empregadores no concelho aumentou 11%. São indicadores positivos, que espelham
alguma dinâmica no concelho. Quase todos os outros setores aumentaram, incluindo o do alojamento,
restauração e similares. Saliente-se que, em 2009, a Companhia dos Banhos de Vizela, sociedade gestora
do balneário termal e hotel, ainda funcionavam no concelho, desconhecendo-se, neste estudo, qual o
impacto do fecho da sociedade neste setor de atividade.
Quanto à dimensão dos estabelecimentos, verifica-se uma relação direta entre número de
trabalhadores e número de estabelecimentos existentes. A maioria tem um máximo de quatro
trabalhadores. Depois cerca de 19% tem cinco a nove trabalhadores e os outros intervalos são cada vez
menores. Um estudo da Eurostat refere que a produtividade média relaciona-se diretamente com a
dimensão da empresa, ou seja, quanto maior a dimensão, maior a produtividade associada. Seguindo o
estudo, conclui-se que o concelho de Vizela poderia ter mais empresas de grande dimensão, para que a
produtividade aumentasse. Mas os tempos de crise levaram à falência de indústrias de grande dimensão
e pessoas que sempre fizeram aquele trabalho na sua vida profissional, muitas vezes já em idade
complicada para conseguirem novo emprego, viram-se em situação de desemprego. A solução seria um
novo emprego na área em que atuava anteriormente mas tal é muito difícil acontecer para a maioria
dos casos. Isto leva a que muitos destes desempregados criem o seu próprio negócio e emprego, que de
25
outra forma seria muito difícil conseguir. É nesta ótica que funciona o mercado atual, onde o
empreendedorismo e as pequenas iniciativas são vistas como caminhos de saída da crise, o que explica
em parte o aumento do número de estabelecimentos que empregam um a quatro trabalhadores, de
2007 para 2009.
Na variável do número de estabelecimentos por volume de negócios, também se pode falar
numa relação direta entre volume de negócios e número de estabelecimentos, ou seja, quanto maior o
volume de negócios considerado, menor o número de estabelecimentos afetos a cada volume. Nesta
variável, há um grande número de resultados ignorados e de estabelecimentos que não responderam.
Quanto aos empregadores, 65,6% são homens e 34,4% são mulheres. Há ainda uma diferença
grande quanto ao género dos responsáveis das empresas, mas a tendência será de aproximação entre
os valores, sinal dos tempos atuais e da promoção da igualdade entre géneros. É mais frequente os
responsáveis dos estabelecimentos terem uma idade entre os 40 e os 44 anos, mas é também muito
frequente terem 35 até 39 ano ou 45 até 49 anos de idade. Os jovens têm alguma frequência enquanto
responsáveis das empresas, facto que se espera aumentar, dado o elevado peso desta faixa etária no
concelho e, como referido anteriormente, a tendência para a criação de pequenos negócios com os
jovens a assumirem um papel importante, dada a dificuldade atual de encontrarem emprego e também
a criatividade associada a esta faixa etária.
Quanto aos trabalhadores, estes trabalham maioritariamente em indústrias transformadoras
(cerca de 67%) e no comércio (cerca de 13%), que são também os principais setores de atividade do
concelho. os restantes setores têm valores pequenos de peso quanto ao número de trabalhadores que
empregam, mas aqui pode ter algum influência o facto de o estudo contemplar apenas
estabelecimentos que tenham trabalhadores por sua conta, não contando os estabelecimentos onde
apenas o responsável lá trabalhe. Os trabalhadores considerados no estudo têm na esmagadora maioria
(84,2%) um dos escalões do ensino básico. São pessoas já com alguns anos de experiência, que na sua
infância não tiveram a oportunidade de prolongar os estudos, mas também são pessoas que se ficaram
pela escolaridade obrigatória por opção própria. O aspeto positivo é que diminuiu o número de
trabalhadores com escolaridade igual ou inferior ao encsino básico e aumentaram as outras, à exceção
do bacharelato / licenciatura, cujo mercado de emprego tem-se complicado nos últimos anos. Para
finalizar, 76,6% dos trabalhadores que laboram em Vizela tem contrato sem termo definido.
Linhas orientadoras
O presente relatório consiste na análise estatística de indicadores sobre a população e
estabelecimentos empresariais do concelho de Vizela. Esta análise permitiu a construção de algumas
26
conclusões, através das quais se apresentarão agora as principais recomendações que se pretendem
que contribuam para o desenvolvimento municipal e empresarial de Vizela.
Em primeiro lugar, este trabalho define-se como um primeiro passo na análise estatística de
indicadores empresariais. Para que o seu impacto seja maior, seria benéfica a continuidade da
elaboração de estudos sobre o tecido empresarial, por uma questão de atualização de dados e
interpretações, mas também para que se possa aproveitar e melhorar o trabalho elaborado. A criação
de um observatório económico poderia constituir-se como ideal para este acompanhamento. A deteção
das principais necessidades e fatores decisivos de localização por parte dos empresários também é
importante e tem duplo papel: apoio à fixação e manutenção de empresas no concelho. É importante
que se mantenham as grandes empresas e que se captem novas grandes empresas, pois são vitais para
o bom desenvolvimento do concelho e porque a produtividade tenderá a ser maior. Por outro lado, as
pequenas e médias empresas têm vindo a assumir maior importância na economia portuguesa. Seria
também importante acompanhar os apoios existentes para estas empresas e promover a inovação e
qualificação nestas empresas.
A criação de micro empresas é cada vez mais comum nos tempos atuais e constituem-se como
uma oportunidade para quem perde o emprego. Muitas vezes, as despesas fixas travam estas iniciativas
que podem, no mínimo, criar o próprio posto de trabalho do promotor. A criação de um centro de
empresas com infra-estruturas e equipamentos essenciais seria importante para colmatar estas
necessidades e também para cativar jovens com ideias inovadoras mas sem capitais para investimento a
criarem a sua própria empresa. A redução das despesas na fase de implementação no mercado é
importante para o desenvolvimento de qualquer negócio e os jovens, como já foi referido, são o ponto
forte da estrutura etária do concelho. Nesta linha de atuação, pode ser vantajoso para o meio
empresarial a criação de áreas de reconversão empresarial, com o aproveitamento de infra-estruturas
existentes.
O comércio e restauração devem ser qualificados. São um importante indicador de dinamismo
territorial e são essenciais para o turismo, uma importante força do concelho.
O sistema de ensino e de formação também deve ser apoiado. É verdade que os estudos são
relativos ao ano de 2009 e que de lá para a atualidade algumas coisas ao nível das qualificações deve ter
modificado, atendendo aos programas de novas oportunidades e reconhecimento e validação de
competências. Mas os dados revelam uma baixa escolaridade da população e trabalhadores do concelho
de Vizela e poucos trabalhadores têm o nível de ensino superior. É importante o esforço junto dos
jovens, que são claramente o ponto forte da estrutura demográfica do concelho, para que se
qualifiquem e especializem. A alta proporção de jovens até aos 24 anos de idade leva também a
sublinhar o papel importante que estes terão no futuro do concelho e da cidade de Vizela, ele próprio
27
também jovem. De forma a promover um crescimento sustentado e integrado, torna-se necessária a
introdução dos jovens no mercado de trabalho e nos pólos decisores dos destinos do concelho. Seria
uma forma de manter os jovens a viverem em Vizela e seria também uma forma de entregar
responsabilidades no presente a quem lidará com os destinos do concelho no futuro. Os jovens devem
também ser sensibilizados para a prática da solidariedade social, especialmente no atual momento
social difícil.
Com a perspetiva no futuro, devem também ser identificados e estudados os setores
emergentes no mercado. Seria também importante a implementação de medidas que visem a
implementação de empresas destes setores no concelho.
28
Bibliografia
Conselho Local de Acção Social de Vizela (2010). Diagnóstico Social. Plano de Desenvolvimento Social
2010-2015. Vizela: Câmara Municipal de Vizela.
www.cm-vizela.pt. Site institucional da Câmara Municipal de Vizela, acedido no período de janeiro a
março de 2012.
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definitivos. Lisboa - Portugal.
http://www.ine.pt/. Instituto Nacional de Estatística (2001). Censos 2001 : resultados definitivos: XIV
recenseamento geral da população: IV recenseamento geral da habitação /. Lisboa – Portugal.
http://www.ine.pt/. Instituto Nacional de Estatística, I. P., Censos 2011 – Resultados Provisórios (2011).
Lisboa – Portugal.
http://www.ine.pt/. Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio 2005. Lisboa: Instituto Nacional de
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http://www.ine.pt/. Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio 2007. Lisboa: Instituto Nacional de
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http://www.ine.pt/. Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio 2009. Lisboa: Instituto Nacional de
Estatística (2011), pp. 35-43.
Gabinete de Estratégia e Planeamento. Dados estatísticos sobre as empresas do concelho de Vizela,
2009. Dados requisitados em Dezembro de 2011.
http://www.economist.com/node/21548923. Average productivity by size of manufacturing firm, 2009.
Eurostat (2012). Acedido a 5 de março de 2012.
29
Anexos Tabela I – Populações, por idade, das Sub-regiões do Ave, Minho-Lima, Cávado e Tâmega
Populações por idade das Sub-regiões do Ave, Minho-Lima, Cávado e Tâmega
Zona Geográfica 0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 ou mais anos Total
Nº % Nº % Nº % Nº % HM
Portugal 1.572.546 14,9% 1.145.770 10,8% 5.820.794 55,1% 2.022.504 19,1% 10.561.614
Norte 557.299 15,1% 425.465 11,5% 2.072.089 56,2% 634.756 17,2% 3.689.609
Ave 79.439 15,5% 62.675 12,2% 293.792 57,4% 75.831 14,8% 511.737
Fafe 7.818 15,4% 6.138 12,1% 28.226 55,7% 8.451 16,7% 50.633
Guimarães 24.716 15,6% 19.950 12,6% 91.811 58,1% 21.647 13,7% 158.124
Póvoa de Lanhoso 3.570 16,3% 2.679 12,2% 11.803 53,9% 3.834 17,5% 21.886
Vieira do Minho 1.778 13,7% 1.546 11,9% 6.695 51,5% 2.978 22,9% 12.997
Vila Nova de Famalicão 21.618 16,2% 16.002 12,0% 77.693 58,1% 18.519 13,8% 133.832
Santo Tirso 9.883 13,8% 8.117 11,3% 41.118 57,5% 12.412 17,4% 71.530
Trofa 6.077 15,6% 4.987 12,8% 22.683 58,2% 5.252 13,5% 38.999
Vizela 3.979 16,8% 3.256 13,7% 13.763 58,0% 2.738 11,5% 23.736
Minho-Lima 32.519 13,3% 25.672 10,5% 129.814 53,0% 56.831 23,2% 244.836
Arcos de Valdevez 2.580 11,3% 2.073 9,1% 11.119 48,7% 7.075 31,0% 22.847
Caminha 2.035 12,2% 1.814 10,9% 8.868 53,2% 3.967 23,8% 16.684
Melgaço 821 8,9% 765 8,3% 4.239 46,0% 3.388 36,8% 9.213
Monção 2.081 10,8% 1.760 9,2% 9.958 51,8% 5.431 28,2% 19.230
Paredes de Coura 1.128 12,3% 885 9,6% 4.705 51,2% 2.480 27,0% 9.198
Ponte da Barca 1.539 12,8% 1.308 10,8% 6.172 51,2% 3.042 25,2% 12.061
Ponte de Lima 6.736 15,5% 5.126 11,8% 22.986 52,8% 8.650 19,9% 43.498
Valença 1.871 13,2% 1.442 10,2% 7.606 53,8% 3.208 22,7% 14.127
Viana do Castelo 12.497 14,1% 9.567 10,8% 49.256 55,5% 17.405 19,6% 88.725
Vila Nova de Cerveira 1.231 13,3% 932 10,1% 4.905 53,0% 2.185 23,6% 9.253
Cávado 67.408 16,4% 51.235 12,5% 232.570 56,7% 58.936 14,4% 410.149
Amares 3.139 16,6% 2.391 12,7% 10.247 54,2% 3.112 16,5% 18.889
Barcelos 20.002 16,6% 15.668 13,0% 68.100 56,6% 16.621 13,8% 120.391
Braga 29.667 16,3% 22.085 12,2% 105.702 58,2% 24.020 13,2% 181.474
Esposende 5.656 16,5% 4.263 12,4% 19.267 56,2% 5.068 14,8% 34.254
Vila Verde 7.999 16,7% 5.993 12,5% 25.572 53,4% 8.324 17,4% 47.888
Tâmega 94.958 17,3% 72.491 13,2% 305.257 55,5% 77.763 14,1% 550.469
Amarante 9.030 16,1% 7.067 12,6% 31.011 55,2% 9.109 16,2% 56.217
Baião 3.112 15,2% 2.655 12,9% 10.914 53,2% 3.841 18,7% 20.522
Cabeceiras de Basto 2.722 16,3% 2.161 12,9% 8.601 51,5% 3.226 19,3% 16.710
Castelo de Paiva 2.705 16,2% 2.097 12,5% 9.320 55,7% 2.611 15,6% 16.733
Celorico de Basto 3.061 15,2% 2.582 12,8% 10.620 52,8% 3.835 19,1% 20.098
Cinfães 3.022 14,8% 2.434 11,9% 10.731 52,5% 4.240 20,8% 20.427
Felgueiras 9.969 17,2% 8.211 14,1% 32.487 55,9% 7.398 12,7% 58.065
30
Lousada 8.815 18,6% 6.574 13,9% 26.729 56,4% 5.269 11,1% 47.387
Marco de Canaveses 9.656 18,1% 7.238 13,5% 29.549 55,3% 7.007 13,1% 53.450
Mondim de Basto 1.125 15,0% 948 12,7% 3.806 50,8% 1.614 21,5% 7.493
Paços de Ferreira 10.324 18,3% 7.550 13,4% 32.154 57,1% 6.312 11,2% 56.340
Paredes 16.139 18,6% 11.160 12,8% 49.723 57,2% 9.832 11,3% 86.854
Penafiel 12.756 17,7% 9.735 13,5% 40.509 56,1% 9.265 12,8% 72.265
Resende 1.703 15,0% 1.396 12,3% 5.818 51,2% 2.447 21,5% 11.364
Ribeira de Pena 819 12,5% 683 10,4% 3.285 50,2% 1.757 26,8% 6.544
Tabela II – Taxa de desempregados inscritos no Cento de Emprego em março de 2011 (momento
censitário, no qual está contabilizada a população portuguesa do Censos 2011)
Taxa de desempregados inscritos - Concelhos do Ave por habilitações literárias (março 2011)
Concelho Total Nenhum (inferior 1º ciclo)
1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Superior
Fafe 7,6% 1,8% 10,7% 7,9% 7,7% 9,8% 6,1%
Guimarães 7,5% 1,8% 11,6% 7,6% 7,2% 8,0% 5,0%
Póvoa de Lanhoso 5,2% 1,0% 6,4% 5,7% 6,0% 8,6% 6,8%
Vieira do Minho 7,3% 1,3% 8,2% 12,1% 9,8% 7,6% 5,7%
V.N. Famalicão 6,2% 1,6% 9,1% 6,5% 5,9% 6,8% 5,6%
Santo Tirso 9,4% 2,4% 13,0% 10,8% 9,2% 9,9% 6,4%
Trofa 9,2% 2,2% 12,4% 11,2% 9,8% 9,4% 6,9%
Vizela 7,1% 2,5% 10,9% 6,5% 6,4% 6,6% 6,9%
Tabela III – Taxa de desempregados inscritos no Cento de Emprego em janeiro de 2012 (em relação aos
dados da população do Censos 2011)
Taxa de desempregados inscritos - Concelhos do Ave por habilitações literárias (janeiro 2012)
Concelho Total Nenhum (inferior 1º ciclo)
1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Superior
Fafe 7,7% 1,5% 9,4% 8,2% 9,2% 10,7% 9,7%
Guimarães 8,8% 1,9% 12,5% 8,6% 8,7% 10,5% 8,1%
Póvoa de Lanhoso 5,4% 1,0% 6,7% 5,2% 6,2% 9,2% 7,7%
Vieira do Minho 6,9% 1,1% 7,7% 9,3% 9,8% 8,9% 8,9%
V.N. Famalicão 7,4% 1,6% 9,3% 8,4% 8,0% 9,7% 7,1%
Santo Tirso 9,3% 1,8% 11,2% 11,9% 9,5% 12,1% 8,4%
Trofa 9,5% 2,1% 10,7% 12,2% 10,7% 12,3% 9,0%
Vizela 8,2% 2,8% 11,3% 7,8% 7,6% 9,4% 9,6%
31
Tabela IV – Nº de estabelecimentos empregadores por setor de atividade
Número de Estabelecimentos por setor de atividade
Nº de empregados 1 a 4 5 a 9 10 a 19
20 a 49
50 a 99
100 a
149
150 a
199
200 a
249
500 a
999 TOTAL
Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 7 0 0 0 0 0 0 0 0 7
Indústrias transformadoras 96 55 33 43 15 4 1 1 1 249
Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição
2 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Construção 38 23 10 2 0 0 0 0 0 73
Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos
190 38 8 6 1 0 0 0 0 243
Transportes e armazenagem 5 2 1 0 0 0 0 0 0 8
Alojamento, restauração e similares 72 5 1 0 0 0 0 0 0 78
Atividades de informação e de comunicação 5 1 0 0 0 0 0 0 0 6
Atividades financeiras e de seguros 13 3 0 1 0 0 0 0 0 17
Atividades imobiliárias 6 1 0 0 0 0 0 0 0 7 Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares
31 4 0 0 0 0 0 0 0 35
Atividades administrativas e dos serviços de apoio 11 7 3 0 0 0 0 0 0 21 Administração pública e defesa; segurança social obrigatória
0 0 1 0 0 1 0 0 0 2
Educação 5 1 0 0 0 0 0 0 0 6
Atividades de saúde humana e apoio social 15 8 1 2 1 0 0 0 0 27 Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas
5 2 0 0 0 0 0 0 0 7
Outras atividades de serviços 32 7 0 0 0 0 0 0 0 39
TOTAL 533 157 58 54 17 5 1 1 1 827
32
Tabela V – Nº de trabalhadores por conta de outrem por atividade e habilitações literárias (ano 2009)
Número de Trabalhadores por Conta de Outrem
Inferior 1º Ciclo
Ensino
Básico
Ensino Secun
d.
Ensino
pós-Sec.
Bachar.
Licenc.
Mest.
Dout.
Ignorada
TOTAL
Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca
2 12 1 0 0 0 0 0 0 15
Indústrias transformadoras 55 4317 339 2 5 63 3 0 0 4.78
4 Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição
0 2 3 0 0 0 0 0 0 5
Construção 7 327 11 1 1 16 2 0 1 366
Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos
6 586 189 2 4 23 1 2 2 815
Transportes e armazenagem 0 33 6 0 0 0 0 0 0 39
Alojamento, restauração e similares 2 135 22 2 1 2 0 0 2 166
Atividades de informação e de comunicação 0 6 4 0 0 1 0 0 0 11
Atividades financeiras e de seguros 0 13 44 0 2 27 0 0 0 86
Atividades imobiliárias 1 11 1 0 0 1 0 0 0 14 Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares
0 21 36 1 6 3 0 1 0 68
Atividades administrativas e dos serviços de apoio
6 81 14 0 1 0 0 0 0 102
Administração pública e defesa; segurança social obrigatória
0 91 23 1 0 8 0 0 0 123
Educação 0 2 8 0 0 3 0 0 0 13
Atividades de saúde humana e apoio social 0 145 51 0 3 34 3 1 1 238 Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas
0 5 7 0 0 6 0 0 0 18
Outras atividades de serviços 1 70 11 0 0 7 0 1 0 90
TOTAL 80 5.85
7 770 9 23 194 9 5 6
6.953
33
Tabela VI – Volume de negócios por setor de atividade
Número de Empresas
Volume de Negócios (€)
Menos de
50.000
De 50.00
0 a 149.9
99
De 150.000 a
249.999
De 250.000 a
499.999
De 500.000 a
999.999
De 1.000.000 a 1.999.
999
De 2.000.000 a 4.999.
999
De 5.000.000 a 9.999.
999
De 10.000.000 a
49.999.999
Ignorado
TOTAL
Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca
2 1 1 0 0 0 0 0 0 3 7
Indústrias transformadoras 50 48 30 35 18 19 9 4 3 28 244 Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição
0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Construção 22 22 9 8 4 1 1 0 0 5 72 Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos
33 53 31 25 17 11 6 3 0 34 213
Transportes e armazenagem 2 1 1 0 0 0 0 0 0 1 5
Alojamento, restauração e similares 24 24 4 5 0 1 0 0 0 18 76 Atividades de informação e de comunicação
4 2 0 0 0 0 0 0 0 0 6
Atividades financeiras e de seguros 0 2 2 0 0 0 0 0 0 1 5
Atividades imobiliárias 2 1 1 1 0 0 0 0 0 2 7 Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares
18 8 1 1 0 0 0 0 0 5 33
Atividades administrativas e dos serviços de apoio
3 8 0 2 0 2 0 0 0 5 20
Administração pública e defesa; segurança social obrigatória
0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 2
Educação 1 3 1 0 0 0 0 0 0 0 5 Atividades de saúde humana e apoio social
3 10 1 3 2 1 0 0 0 4 24
Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas
1 0 0 2 0 0 0 0 0 3 6
Outras atividades de serviços 12 3 1 2 0 0 0 0 0 21 39
TOTAL 177 189 83 84 41 35 16 7 3 131 766