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Dor lombar Sessões Clínicas em Rede nº 02 | 20/06/20
1. Aspectos epidemiológicos e características clínicas2. Diagnóstico diferencial da dor lombar3. Considerações finais 4. Bibliografia
1-ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
A lombalgia ou dor na coluna lombarprincipal queixa musculoesqueléticapelo menos, 84% dos adultoincidência do primeiro episódio de dor lombar varia entre 6,3% a 15,4% e de qualquer episódio entre 1,5% a 36% nos estudos epidemiológicos
1.1-Dor lombar aguda
Na maioria dos casos, a dor é semanas. Apenas em alguns graves, como neoplasias malignas, infecçpara o início da dor lombar incluem tabagismo, obesidade, idade avançada, sexo feminino, trabalho físico pesado, trabalho sedentário, trabalho extenuante do ponto de vista psicológico, baixo nível educacional, compensação com o trabalho e fatores psicológicos
1.2-Dor lombar crônica
Em alguns pacientes, a lombalgiaé aquela que dura 12 semanaspsicossociais predizem fortemente a incapacidade as alterações estruturais na coluna espinhal dos pacientes.
Uma revisão sistemática de 20 estudos prospectivos de pacientes com lombalgia aguda mostrou que os preditores de incapacidade e dor lombar crônicaforam o comportamento de mácomorbidades psiquiátricas ou sinais não orgânicos.caracterizam-se por serem presentes em pacientes com dor lombar crônica e estresse psicológico.
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línicas em Rede nº 02 | 20/06/2012
Aspectos epidemiológicos e características clínicas da dor lombar
SPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
ou dor na coluna lombar é a segunda causa mais comum de procura médica e a musculoesquelética que leva à incapacidade para o trabalho.
84% dos adultos sofrerão de dor lombar em algum momento dincidência do primeiro episódio de dor lombar varia entre 6,3% a 15,4% e de qualquer episódio entre 1,5% a 36% nos estudos epidemiológicos.1
Na maioria dos casos, a dor é autolimitada e se resolve sem terapia específicas casos raros, a dor aguda na coluna lombar
como neoplasias malignas, infecções ou outras doenças sistêmicas. Os fatores de risco lombar incluem tabagismo, obesidade, idade avançada, sexo feminino,
trabalho físico pesado, trabalho sedentário, trabalho extenuante do ponto de vista psicológico, nal, compensação por meio de seguro de acidente de trabalho, insatisfação
com o trabalho e fatores psicológicos, como somatização, ansiedade e depressão.
a lombalgia pode tornar-se dor crônica ou recorrente. A lombalgia crônica é aquela que dura 12 semanas ou mais.1 Estudos prospectivos demonstrapsicossociais predizem fortemente a incapacidade causada pela dor em longo e curto prazoas alterações estruturais na coluna espinhal mostram-se pobremente associada
de 20 estudos prospectivos de pacientes com lombalgia aguda mostrou que os preditores de incapacidade e dor lombar crônica, em um ano de seguimento
má adaptação à dor, incapacidade funcional, comorbidades psiquiátricas ou sinais não orgânicos.2 Esses sinais não orgânicos
serem sinais físicos anatomicamente inapropriadospresentes em pacientes com dor lombar crônica e estresse psicológico.
SPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
é a segunda causa mais comum de procura médica e a incapacidade para o trabalho. Estima-se que,
de dor lombar em algum momento de suas vidas. A incidência do primeiro episódio de dor lombar varia entre 6,3% a 15,4% e de qualquer episódio
resolve sem terapia específica em quatro dor aguda na coluna lombar associa-se a condições
ou outras doenças sistêmicas. Os fatores de risco lombar incluem tabagismo, obesidade, idade avançada, sexo feminino,
trabalho físico pesado, trabalho sedentário, trabalho extenuante do ponto de vista psicológico, de seguro de acidente de trabalho, insatisfação
depressão.1
recorrente. A lombalgia crônica Estudos prospectivos demonstram que fatores
longo e curto prazos. Já pobremente associadas ao prognóstico
de 20 estudos prospectivos de pacientes com lombalgia aguda em um ano de seguimento,
funcional, estado de saúde ruim, Esses sinais não orgânicos ou de Waddell
sinais físicos anatomicamente inapropriados, que podem estar
Desses sinais, os mais reproduzíveis sãoentre os testes de elevação dos MMII quando o paciente está sentado e dereação exagerada ao exame físico. Outros sinais sãocorrespondendo a um dermátomoexame físico, inconsistência entre a capacidade de realizar atividades espontâneasse ou subir na maca, e a capacidade de realizar os testes motores. A presença de múltiplos desses sinais pode sugerir um componente comportamental na gênese da dor.
Foi demonstrado que pacientes que têm alta expectativa de melhora apresentam melhor prognóstico. Uma análise secundária de estudos randomizadosquiropraxia e massagem em adultos com dor lombar agudaexpectativa de melhora tiveram recuperação funcional maior seguimento.3
2-DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA DOR LOMBAR
O diagnóstico diferencial da lombalgia é extenso. Entretanto, lombar “mecânica”, “simples“neoplásica, infecciosa ou inflamatóriadiagnóstico específico, a concordância desses diagnósticos, por exemplo, espasmo muscular ou dor sacroilíaca, entre vários examinadores é baixa.cuidados, menos de 5% têm doença sistêmica grave.
A lombalgia é frequentementesíndrome facetária). Entretanto, a importância das imagens dessa degeneração na gênese da lombalgia não é clara. A dor pode ter origem nos músculos e ligamentoscorrelação clínica radiológica.osteoartrose, à tomografia computadorizadaapresentam dor lombar. Ao contrário, alterações radiográficas mínimas.
A dor lombar também é frequentemente associada à herniação discal, que ocorre núcleo pulposo de um disco artrosado lateralmente. Da mesma maneira que a osteoartrose da coluna, não há uma correlação clínicradiológica; muitos indivíduos assintomáticos podem ter herniação discal verificada RNM.
Ocasionalmente, entretanto, essa herniação pode resultar na compressão de raiz nervosa. Isso ocorre em menos de 1% dos pacienté denominado de ciática e caracterizapara a região posterolateral do membro inclínico é compatível com o diagnóstico deausência do mesmo, torna-se
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Desses sinais, os mais reproduzíveis são o aumento da sensibilidade superficial, entre os testes de elevação dos MMII quando o paciente está sentado e dereação exagerada ao exame físico. Outros sinais são: distribuição da perda sensorialcorrespondendo a um dermátomo específico, movimentos abruptos ou irregulares durante o exame físico, inconsistência entre a capacidade de realizar atividades espontâneas
e a capacidade de realizar os testes motores. A presença de múltiplos is pode sugerir um componente comportamental na gênese da dor.
oi demonstrado que pacientes que têm alta expectativa de melhora apresentam melhor prognóstico. Uma análise secundária de estudos randomizados, comparando acupuntura,
e massagem em adultos com dor lombar aguda, mostrou que pacientes com alta expectativa de melhora tiveram recuperação funcional maior no período de
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA DOR LOMBAR
O diagnóstico diferencial da lombalgia é extenso. Entretanto, a maioria dos pacientes tem ou “não específica”, o que significa que a dor não tem
neoplásica, infecciosa ou inflamatória. Apesar de os pacientes serem diagnóstico específico, a concordância desses diagnósticos, por exemplo, espasmo muscular ou dor sacroilíaca, entre vários examinadores é baixa. Naqueles atendidos na rede primária de
m doença sistêmica grave.1
A lombalgia é frequentemente atribuída à degeneração da coluna vertebral (eEntretanto, a importância das imagens dessa degeneração na gênese da
A dor pode ter origem nos músculos e ligamentosradiológica. Muitos indivíduos com alterações degenerativas
tomografia computadorizada (TC) ou à ressonância nuclear magnéticao contrário, nos pacientes com dor lombar intensa
alterações radiográficas mínimas.1
A dor lombar também é frequentemente associada à herniação discal, que ocorre núcleo pulposo de um disco artrosado projeta-se através do ânulo fibroso, usualmente pósterolateralmente. Da mesma maneira que a osteoartrose da coluna, não há uma correlação clínicradiológica; muitos indivíduos assintomáticos podem ter herniação discal verificada
retanto, essa herniação pode resultar na compressão de raiz nervosa. Isso ocorre em menos de 1% dos pacientes e acomete usualmente L4-L5 ou L5
caracteriza-se por dor em pontada ou em queimaçãosterolateral do membro inferior, usualmente até o pé ou
o diagnóstico de hérnia discal em 95% das situaçõesse improvável a possibilidade do paciente apresent
aumento da sensibilidade superficial, a discrepância entre os testes de elevação dos MMII quando o paciente está sentado e deitado, além de
distribuição da perda sensorial, não específico, movimentos abruptos ou irregulares durante o
exame físico, inconsistência entre a capacidade de realizar atividades espontâneas, como vestir-e a capacidade de realizar os testes motores. A presença de múltiplos
is pode sugerir um componente comportamental na gênese da dor.
oi demonstrado que pacientes que têm alta expectativa de melhora apresentam melhor comparando acupuntura,
mostrou que pacientes com alta no período de 12 semanas de
a maioria dos pacientes tem dor a dor não tem etiologia informados sobre um
diagnóstico específico, a concordância desses diagnósticos, por exemplo, espasmo muscular ou atendidos na rede primária de
atribuída à degeneração da coluna vertebral (espondilose, Entretanto, a importância das imagens dessa degeneração na gênese da
A dor pode ter origem nos músculos e ligamentos, não havendo sempre Muitos indivíduos com alterações degenerativas, como
ar magnética (RNM) não pacientes com dor lombar intensa são demonstradas
A dor lombar também é frequentemente associada à herniação discal, que ocorre quando o através do ânulo fibroso, usualmente póstero-
lateralmente. Da mesma maneira que a osteoartrose da coluna, não há uma correlação clínica radiológica; muitos indivíduos assintomáticos podem ter herniação discal verificada com a TC ou
retanto, essa herniação pode resultar na compressão de raiz nervosa. Isso L5 ou L5-S1. O quadro clínico
ou em queimação que se irradia ferior, usualmente até o pé ou tornozelo. Esse quadro
em 95% das situações. Assim, na te apresentar herniação
discal. Raramente, uma herniação massiva do disco intervertebral na linha média pode oa síndrome da cauda equina. bilateral, déficit motor, perda sensorial em sela e retenção urináriaextravasamento.1
A espondilolistese é o deslocamento anterior de uma vértebra em relação à vértebra inferior, o que usualmente resulta de alterações deginterfacetárias (espondilolistese degenerativa). Também há a espondilolistese ístmica, secundária a um defeito na pars interarticularisem alguns casos pode haver compressão das raízes nervosas resultando em ciática5, ou estenose espinhal. Raramente pode ocorrer a síndrome da cauda eq
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uma herniação massiva do disco intervertebral na linha média pode o. Nesta situação específica, os pacientes apresentam
bilateral, déficit motor, perda sensorial em sela e retenção urinária
A espondilolistese é o deslocamento anterior de uma vértebra em relação à vértebra inferior, o que usualmente resulta de alterações degenerativas no disco intervertebral e nas articulações interfacetárias (espondilolistese degenerativa). Também há a espondilolistese ístmica, secundária
pars interarticularis do arco vertebral. A maioria dos pacientes é assintomática; guns casos pode haver compressão das raízes nervosas resultando em ciática
ou estenose espinhal. Raramente pode ocorrer a síndrome da cauda eq
uma herniação massiva do disco intervertebral na linha média pode ocasionar os pacientes apresentam-se com ciática
com incontinência de
A espondilolistese é o deslocamento anterior de uma vértebra em relação à vértebra inferior, o enerativas no disco intervertebral e nas articulações
interfacetárias (espondilolistese degenerativa). Também há a espondilolistese ístmica, secundária do arco vertebral. A maioria dos pacientes é assintomática;
guns casos pode haver compressão das raízes nervosas resultando em ciática, em geral L-ou estenose espinhal. Raramente pode ocorrer a síndrome da cauda equina.1
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Espondilolistese ístmica
Espondilolistese
A estenose espinhal lombar é recessos laterais e do seu forame neurallombossacrais, o que usualmente é causado por degeneração.assintomática em muitos casos; cerca de 20% dos adultos com mais de 60 anos podeevidências de estenose ao exame de imagem sem sintomas. claudicação neurogênica é desconforto e fraqueza ou pae/ou ao caminhar.1
Outras causas menos freqüentes de dor lombar são Nesses casos é comum a concomitância de sintomas sistêmicos, como febre e perda de A fratura osteoporótica e a doença de Pagetespondiloartrite, que usualmente acomete homens jovens e tem melhora durante a atividade física
A dor, ainda, pode ser secundária ao acometimento de órgãcom a coluna lombar, definida como
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A estenose espinhal lombar é definida como um estreitamento do canal espinhal, dos seus recessos laterais e do seu forame neural, podendo levar à compressão das raízes nervosas
, o que usualmente é causado por degeneração. Essa situação pode ser casos; cerca de 20% dos adultos com mais de 60 anos pode
evidências de estenose ao exame de imagem sem sintomas. A pseudoclaudicaçãoé típica de estenose lombar e se manifesta por
desconforto e fraqueza ou parestesias nas nádegas, coxas e pernas, quando em posição em pé
freqüentes de dor lombar são as de etiologia neoplásica ou Nesses casos é comum a concomitância de sintomas sistêmicos, como febre e perda de
e a doença de Paget também podem levar à dor lombar aque usualmente acomete homens jovens e tem característica inflamatória
física e piora com o repouso.1
pode ser secundária ao acometimento de órgãos que compartilham a inervação definida como dor referida.1
definida como um estreitamento do canal espinhal, dos seus podendo levar à compressão das raízes nervosas
Essa situação pode ser casos; cerca de 20% dos adultos com mais de 60 anos podem ter
A pseudoclaudicação ou e se manifesta por queixa de dor,
quando em posição em pé
as de etiologia neoplásica ou infecciosa. Nesses casos é comum a concomitância de sintomas sistêmicos, como febre e perda de peso.
levar à dor lombar assim como a característica inflamatória com
os que compartilham a inervação
TABELA 1- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA DOR LOMBAR
Dor lombar mecânica Dor lombar não
1-Degeneração- osteoartose
(Baixa correlação clínica radiológica; pode ser musculoligamentar)
Hérnia discal, espondilolistese, estenose espinhal, espondilose, síndrome facetária
2-Fratura osteoporótica
Fonte: Deyo RA. Early diagnostic evaluation of low back pain.
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DIFERENCIAL DA DOR LOMBAR
or lombar não-mecânica Doença visceral
1- Neoplasia
Mieloma múltiplo, carcinoma metastático, linfoma e leucemia, tumores da medula espinhal, tumores retroperitoneais
2- Infecção
Osteomielite, discite séptica, abscesso paraespinhoso, abscesso peridural, endocardites bacterianas
3- Espondiloartrites Espondilite anquilosante, artrite psoriática, artrite reativa, doença inflamatória intestinal 4- Doença de Paget
5- Doença de Sheuernann
(osteocondrose)
1- Órgãos pélvicos
2- Doença renal
3- Aneurisma de aorta
4- Doença Gastrointestinal
Deyo RA. Early diagnostic evaluation of low back pain. J Gen Intern Med 1986
oença visceral
Órgãos pélvicos Prostatite, endometriose, doença inflamatória pélvica crônica
Doença renal Nefrolitíase, pielonefrite, abscesso perinefrético.
Aneurisma de aorta Doença Gastrointestinal Pancreatite, colecistite, úlcera penetrante
J Gen Intern Med 1986
2.1-Propedêutica da dor lombar
Cerca de 90% dos pacientes com lombalgia isolada, sintomas sistêmicos, melhoraimagem são desnecessários. associação clínica radiológica entre a dor lombar e os achados nos exames de imagem.
O Colégio Americano de Radiologia doença mais grave e gerar a necessidade de estudo
TABELA 3- SINAIS DE ALERTA PARA CAUSAS GRAVES DE LOMBALGIA
Sinais de alerta para necessidade de propedêutica
Trauma recente intenso ou moderado
Perda de peso inexplicávelFebre de etiologia desconhecida
Imunossupressão História de câncer Usuários de drogas endovenosas
Uso prolongado de corticóide Idade >70 anos Deficit neurológico focal progressivo
Duração maior que seis semanas
A TC e a RNM são mais sensíveis que a radiografia simples para detecneoplasias malignas, infecçõesmostrar achados incidentais, não relacionadiagnóstico.
A realização precoce e freqüente dpacientes, exceto na presença deou infecção. Deve ser considerada também naqueles duração maior que 12 semanas. de partes moles e não expõe o paciente à radiação.
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ropedêutica da dor lombar
pacientes com lombalgia isolada, isto é, na ausência de cimelhoram rapidamente. Assim, devido ao bom prognóstico, estudos de
imagem são desnecessários. Além disso, como citado anteriormente, frequentemente não há associação clínica radiológica entre a dor lombar e os achados nos exames de imagem.
olégio Americano de Radiologia relaciona dez sinais de alerta que podem indicar uma doença mais grave e gerar a necessidade de estudo por imagem, conforme
SINAIS DE ALERTA PARA CAUSAS GRAVES DE LOMBALGIA
Sinais de alerta para necessidade de propedêutica
recente intenso ou moderado em pacientes >50 anos
inexplicável desconhecida
endovenosas ilícitas
corticóide
neurológico focal progressivo
Duração maior que seis semanas
são mais sensíveis que a radiografia simples para detectarões, herniação discal ou estenose espinhal. Entretanto podem
mostrar achados incidentais, não relacionados à etiologia da dor lombar
A realização precoce e freqüente de exames de imagem não é recomendada na maioria dos exceto na presença de déficits neurológicos progressivos ou forte. Deve ser considerada também naqueles pacientes com dor lombar crônica
maior que 12 semanas. A RNM é mais indicada que a TC, pois propicia melhor partes moles e não expõe o paciente à radiação.
isto é, na ausência de ciática ou de rapidamente. Assim, devido ao bom prognóstico, estudos de
frequentemente não há associação clínica radiológica entre a dor lombar e os achados nos exames de imagem.
dez sinais de alerta que podem indicar uma , conforme a Tabela 3.4
SINAIS DE ALERTA PARA CAUSAS GRAVES DE LOMBALGIA
tar lesões sugestivas de estenose espinhal. Entretanto podem
à etiologia da dor lombar, confundindo o
recomendada na maioria dos forte suspeita de câncer
com dor lombar crônica, com propicia melhor avaliação
Dor lombar, por tipo de acometimento
Algoritmo diagnóstico da dor lombar
5%
LOMBALGIA
Simples
Sem necessidade de propedêutica de imagem ou laboratorial
Síndrome da cauda equina
RNM; encaminhar para cirurgião com urgência
Anamnese + exame físico
3% Radiculopatias
1% Síndrome da cauda
equina – urgência
1% Causas sistêmicas
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Dor lombar, por tipo de acometimento
iagnóstico da dor lombar
95%
Lombalgia simples
Outras lombalgias
LOMBALGIA
CIÁTICA
Outra
propedêutica de imagem
Radiculopatia
RX e VHS ou PCR
Síndrome da cauda equina
RNM; encaminhar para cirurgião com urgência
Sintomas sistêmicos
Anamnese + exame físico
Lombalgia simples
Outras lombalgias
2.3- Tratamentos da dor lombar O tratamento da dor lombar é conservanecessitará cirurgia. Apesar disto, temforam avaliadas em ensaios clínicos randomizados podem favorecer essas terapias maioria das vezes, independente de intervenção cirúrgica
O médico generalista pode cuidar do paciente com lombalgia, não havendo necessidade de avaliação especializada em todos os casos.
O encaminhamento a um especialista em indicado nas seguintes situações
• Síndrome da cauda eqüina (emergência cirúrgica);
• Suspeita de compressão da medula espinhal especialmente em pacientes com câncer e risco de metástases
• Déficit neurológico progressivo ou grave
• Déficit neuromotor que persiste após quat
• Ciática persistente, déficit sensório ou perda de reflexos após quatro a seis semanas em paciente com teste de psicossociais favoráveisde substâncias ou de somatização excessiva
O tratamento conservador baseiaanalgésicos, em instruí-lo A pesquisa de fatores que tendem a tornar a dor crônica, como depressão e concomitância de fibromialgia, é fundamental
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ratamentos da dor lombar
O tratamento da dor lombar é conservador na maioria das vezes e menos de 1% dos pacientes Apesar disto, tem havido proliferação de abordagens
avaliadas em ensaios clínicos randomizados controlados. Os estudos não controlados podem favorecer essas terapias equivocadamente devido à evolução favorável da lombmaioria das vezes, independente de intervenção cirúrgica.1
O médico generalista pode cuidar do paciente com lombalgia, não havendo necessidade de avaliação especializada em todos os casos.1
O encaminhamento a um especialista em cirurgia de coluna, neurocirurgião ou ortopedistanas seguintes situações:
Síndrome da cauda eqüina (emergência cirúrgica);
Suspeita de compressão da medula espinhal com déficits neurológicos agudosem pacientes com câncer e risco de metástases espinhal
Déficit neurológico progressivo ou grave;
Déficit neuromotor que persiste após quatro a seis semanas de tratamento conservador
Ciática persistente, déficit sensório ou perda de reflexos após quatro a seis semanas em paciente com teste de Lassegue positivo, sinais clínicos consistentes e circunstâncias
favoráveis tais como expectativas realistas, ausência de depressão,somatização excessiva.
O tratamento conservador baseia-se na educação do paciente, lo a manter-se ativo e na reabilitação, para evitar recorrência da dor.
A pesquisa de fatores que tendem a tornar a dor crônica, como depressão e concomitância fundamental.1
enos de 1% dos pacientes abordagens cirúrgicas que não
Os estudos não controlados favorável da lombalgia na
O médico generalista pode cuidar do paciente com lombalgia, não havendo necessidade de
neurocirurgião ou ortopedista, está
déficits neurológicos agudos, espinhal;
tratamento conservador;
Ciática persistente, déficit sensório ou perda de reflexos após quatro a seis semanas em assegue positivo, sinais clínicos consistentes e circunstâncias
ausência de depressão, de abuso
e, quanto ao uso de se ativo e na reabilitação, para evitar recorrência da dor.
A pesquisa de fatores que tendem a tornar a dor crônica, como depressão e concomitância
TABELA 4- TRATAMENTO CONSERVADOR DA LOMBALGIA
Recomendações
Aguda – duração inferior a
1- Educação: Os pacientes devem ser informados sobre o prognóstico, em geral, favorável da lombalgia e não necessidade deimagem, que não identificam causa precisa da doralteram o prognóstico.
Obs. Oferecer materiais educativos.
2- Atividade: Continuar com diárias, evitandoabsoluto; retornar habituais tão logo
3- Autocuidado: Não é recomendável o uso de suportes lombares
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TRATAMENTO CONSERVADOR DA LOMBALGIA
inferior a 4 semanas Subaguda - duração entre 4 semanas e 3 meses Crônica- duração superior a
Os pacientes devem ser informados sobre o prognóstico, em geral, favorável da lombalgia e da
necessidade de exames de não identificam a
causa precisa da dor e não prognóstico.
materiais educativos.
1-Educação:
Informação sobre lombalgia e seu tratamento
as atividades ndo o repouso
etornar às atividades tão logo seja possível.
2-Atividade
Manter-se ativo e evitar longos períodos de repouso.
Não é recomendável o uso de suportes lombares.
3-Autocuidado: Procurar retornar às atividades usuaisiniciar uma atividade física regularperder peso, se indicado.
TRATAMENTO CONSERVADOR DA LOMBALGIA
entre 4 semanas e 3
superior a 3 meses
Informação sobre lombalgia e seu
evitar longos períodos
rocurar retornar às atividades usuais e iniciar uma atividade física regular;
se indicado.
4- Medicações com efeito analgésico, considerandoriscos individuaispaciente. Primeira escolha são paracetamol ouantiinflamatórios(AINE) na menor dose efetivapor curtos períodos de tempo. Na ausência dede grande intensidade e incapacitante, podeao uso judicioso de analgésicos opiáceos ou tramadol. a medicação no curto prazo.
5- Exercícios não são recomendados na fase aguda. Posteriormente poderão realizados exercícios de alongamento e fortalecimento muscular, condicionamento aeróbico e perda de peso (seem excesso) para evitar recaídas.
11
Medicações com efeito analgésico, considerando-se os riscos individuais de cada
imeira escolha são paracetamol ou antiinflamatórios não esteróides
menor dose efetiva e por curtos períodos de tempo. Na ausência de resposta e dor
intensidade e pode-se recorrer
ao uso judicioso de analgésicos opiáceos ou tramadol. Reavaliar
no curto prazo.
5- Medicações Analgésicas: paracetamol ou AINE para as exacerbações. Em casos de dor intensa na exacerbação podeprescrever opióides por curtos períodos. Os antidepressivos tricíclicos podem ser uma opção. Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina não se mostraram efetivos.
Exercícios não são recomendados na fase aguda. Posteriormente poderão ser
exercícios de ongamento e fortalecimento
muscular, condicionamento aeróbico e perda de peso (se
excesso) para evitar
6- Exercícios de alongamento efortalecimento da musculatura lombar.
7- Investigar depressão, que pode tornar a dor crônicatratamento se necessário
8- Encaminhar para o tratamento de dor crônica onde se ofereça tratamento multidisciplinar com terapia farmacológica, comportamental, física e educação para o paciente.
tamol ou AINE para as exacerbações. Em casos de dor intensa na exacerbação pode-se
por curtos
Os antidepressivos tricíclicos podem Os inibidores
seletivos da recaptação da serotonina não se mostraram
Exercícios de alongamento e fortalecimento da musculatura
epressão, que pode tornar a dor crônica, e indicar seu
se necessário. o centro de
tratamento de dor crônica onde se ofereça tratamento multidisciplinar com terapia farmacológica, comportamental, física e educação para o paciente.
O tratamento cirúrgico está indicadode síndrome da cauda equina, a cirurgia não está formalmente indicada.leve ou de outros pequenos radiculopatia, não se constituem emrecuperam-se apenas com o tratamento conservador. A os pacientes que têm dor lombar inespecíficaincapacidade por pelo menos um anoinstituídos e diante da falta de resposta
A fusão espinhal ou artrodeseA instrumentação cirúrgica, com grau de fusão, mas não se sabe se melhora os desfechos
Nos casos em que há prolapsodiscectomia, com o objetivo de aliviar essa compressão retirando uma parte do disco. A discectomia tradicional é realizada através de uma incisão cirúrgica e frequentemlaminectomia, ou seja, a remoção de uma através de uma incisão menor no dorsoda lâmina vertebral e de parte do disco herniado que está comprimindo os nervos. ditas minimamente invasivas são realizadas com incisões mínimas e Não há estudos suficientes para recomendar essas técnicas em detrimento das de discectomia e microdiscectomia.
A espondilolistese degenerativa usualmente causa alterações nas articulações facetdiscos intervertebrais, sendo uma causa comum de estenose espinhal. O local mais comum da espondilolistese degenerativa é L4. A cirurgia pode ser quando comparado à terapia conservadora não cirúrgica, laminectomia descompressiva, com ou sem a fusão espinhal
A espondilólise é um defeito da conexão óssea darticulação facetaria com outraocasional. Na maioria dos casos ocorre em L5. Não há indicação
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O tratamento cirúrgico está indicado raramente. Na ausência de fraqueza progressiva ou sinais de síndrome da cauda equina, a cirurgia não está formalmente indicada. A
pequenos déficits motores secundários a um se constituem em indicação absoluta para cirurgia, porque muitos pacientes
apenas com o tratamento conservador. A intervenção cirúrgilombar inespecífica, com sintomatologia persis
pelo menos um ano, a despeito do tratamento clínicofalta de resposta à terapia cognitiva comportamental.
artrodese é a cirurgia mais comum para a dor lombar crônica não específica. com uso de parafusos ou outros dispositivos de fixação
grau de fusão, mas não se sabe se melhora os desfechos clínicos.5
Nos casos em que há prolapso do disco lombar com compressão de raízes nervosasdiscectomia, com o objetivo de aliviar essa compressão retirando uma parte do disco. A discectomia tradicional é realizada através de uma incisão cirúrgica e frequentem
remoção de uma parte da vértebra. A microdisceatravés de uma incisão menor no dorso, com utilização de microscópio, para
e de parte do disco herniado que está comprimindo os nervos. ditas minimamente invasivas são realizadas com incisões mínimas e sob
há estudos suficientes para recomendar essas técnicas em detrimento das de discectomia e microdiscectomia.
degenerativa usualmente causa alterações nas articulações facetdiscos intervertebrais, sendo uma causa comum de estenose espinhal. O local mais comum da espondilolistese degenerativa é L4. A cirurgia pode ser indicada, entretanto
terapia conservadora não cirúrgica, não se mantémlaminectomia descompressiva, com ou sem a fusão espinhal é a técnica cirúrgica mais utilizada.
A espondilólise é um defeito da conexão óssea da pars interarticulares – articulação facetaria com outra. É frequentemente assintomática e um achado
maioria dos casos ocorre em L5. Não há indicação de intervenção
Na ausência de fraqueza progressiva ou sinais A presença de pé caído
um disco herniado com porque muitos pacientes
rgica é uma opção para sintomatologia persistente associada à
clínico e da reabilitação comportamental.5 s:
é a cirurgia mais comum para a dor lombar crônica não específica. uso de parafusos ou outros dispositivos de fixação, aumenta o
com compressão de raízes nervosas, realiza-se a discectomia, com o objetivo de aliviar essa compressão retirando uma parte do disco. A discectomia tradicional é realizada através de uma incisão cirúrgica e frequentemente envolve a
. A microdiscectomia é realizada , para remoção de parte
e de parte do disco herniado que está comprimindo os nervos. As técnicas sob visualização indireta.
há estudos suficientes para recomendar essas técnicas em detrimento das técnicas usuais
degenerativa usualmente causa alterações nas articulações facetárias e nos discos intervertebrais, sendo uma causa comum de estenose espinhal. O local mais comum da
ntretanto, seu benefício, mantém com o tempo. A
é a técnica cirúrgica mais utilizada.5
conexão óssea de uma . É frequentemente assintomática e um achado radiológico
de intervenção cirúrgica.5
A espondilolistese ístmica difere da pars interarticulares resulta em da espondilolistese ístimica é L5à tensão ou compressão dessareservada para pacientes que não respondem ao tratamento conservador e usualmente é realizada com a fusão transpedicular
A rizotomia é um procedimento que pode ser utilizado no tratamento da dor lombar crônica e herniação discal. Consiste em aplicar ondas de radiofreqüência na raiz nervosa comprometida entre a faceta e o corpo vertebral. Quando ocorre melhora da doresta é temporária, entre 5 a 8 meses, pois o nervo acometido se regenera, sendo necessárinova intervenção.
3-CONSIDERAÇÕES FINAIS
A maioria das lombalgias é autoliprincipalmente de etiologia imagem não está indicada em um primeiro momento, sobretudo50 anos, pois não altera o prognóstico da lombalgia.maioria das situações está bem documentadsendo indispensável apenas nos casos de síndrome da cauda eqcomprovadas de falência de outras abordagens terapêuticassejam alertados para a importância abordagem interdisciplinar dentro dos princípios da integralidade da atenção à saúde.
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A espondilolistese ístmica difere da espondilolistese degenerativa porque um defeito lítico na em luxação anterior do corpo vertebral afetadoé L5, o que pode causar dor lombar ou sintomas radiculares devido
essa raiz. O tratamento inicial é conservador. para pacientes que não respondem ao tratamento conservador e usualmente é
transpedicular com ou sem laminectomia descompressiva.
procedimento que pode ser utilizado no tratamento da dor lombar crônica e herniação discal. Consiste em aplicar ondas de radiofreqüência na raiz nervosa comprometida entre a faceta e o corpo vertebral. Quando ocorre melhora da dor, após esse
5 a 8 meses, pois o nervo acometido se regenera, sendo necessári
ONSIDERAÇÕES FINAIS
A maioria das lombalgias é autolimitada e não está relacionada a doenças graves, etiologia musculoesquelética. A propedêutica por meio de
indicada em um primeiro momento, sobretudo nos pacientes com menos de não altera o prognóstico da lombalgia. A falta de correlação
bem documentada na literatura. O tratamento cirúrgico sendo indispensável apenas nos casos de síndrome da cauda equ
de falência de outras abordagens terapêuticas. É fundamental que os médicos importância da lombalgia na prática clínica diária
dentro dos princípios da integralidade da atenção à saúde.
espondilolistese degenerativa porque um defeito lítico na luxação anterior do corpo vertebral afetado. O local mais comum
o que pode causar dor lombar ou sintomas radiculares devido A indicação cirúrgica é
para pacientes que não respondem ao tratamento conservador e usualmente é com ou sem laminectomia descompressiva.5
procedimento que pode ser utilizado no tratamento da dor lombar crônica e herniação discal. Consiste em aplicar ondas de radiofreqüência na raiz nervosa comprometida
após esse procedimento, 5 a 8 meses, pois o nervo acometido se regenera, sendo necessária
doenças graves, sendo por meio de exames de
nos pacientes com menos de A falta de correlação clínico radiológica na
O tratamento cirúrgico é exceção, uina ou em situações
É fundamental que os médicos na prática clínica diária e da necessidade da
dentro dos princípios da integralidade da atenção à saúde.
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