Post on 24-Mar-2016
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APRESENTAÇÃO
No empenho de intensificar nosso processo de discipulado, a
exemplo de Maria, primeira discípula de Jesus, iniciamos com muita
esperança mais um ano de formação mariana, através do subsídio Espaço
Mariano, em sintonia com alguns eventos específicos e a caminhada da
Igreja.
Neste primeiro número, irmã Monica, com seu estilo próprio, nos
ajuda retomar a reflexão sobre Maria com a tônica da Campanha da
Fraternidade (CF) deste ano, que nos convoca como comunidade de fé, a
efetivar a comunhão com a Igreja do Brasil, colaborando para “que a
saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38,8). Foi exatamente isto que Jesus
anunciou ao mundo: “Que todos tenham vida e a tenham em abundância”
(Jo 10,10). Como percebemos, nossa formação mariana caminha à luz do
Filho, Jesus, que assume as nossas dores no seu caminho até a cruz, a fim
de gerar cada homem e cada mulher a uma nova vida!
No segundo artigo, Pe. Marcus Aurélio nos apresenta com
profundidade e leveza, o sentido da nossa existência, a necessidade de
fazermos experiência de Jesus Cristo que nos revela o amor de Deus por
nós. É através desta experiência que ele se torna a meta para a qual tende
todas as nossas ações e o princípio no qual baseamos a nossa vida. Trata-
se do processo do discipulado, isto é, encontrar-se com Cristo e segui-Lo.
Com muita clareza o evangelista Marcos nos apresenta o seguimento de
Jesus como um “caminho”, um “caminhar” com ele: Jesus inicia sua
missão percorrendo a Galileia, chama os primeiros discípulos e ensina-
lhes por meio de palavras e ações. Os discípulos são constituídos para
estar com o mestre e sair para pregar o amor de Deus a todos. Eles são
continuadores do que viram e ouviram de Jesus. Nós somos chamados a
ser estes continuadores e continuadoras, hoje.
Por sua vez, a comunidade das irmãs do Centro de espiritualidade
Maria Mãe da Vida, em sintonia com a vida da Igreja local, participou de
alguns eventos marianos de uma comunidade eclesial vizinha, partilha
sua experiência e a proposta de uma celebração mariana à luz da CF
deste ano sobre a Saúde Pública.
Como podemos perceber, o conteúdo deste subsídio incentiva
cada leitor e leitora a aprofundar seu conhecimento e sua experiência de
Jesus Cristo, a exemplo de sua Mãe e primeira discípula, e aprender deles
a lógica do cuidado do “espaço mariano” pessoal, gerador de vida em
abundância para todos!
A Redação
I
QUEM É MINHA MÃE?
(Mc 3,33)
Formação Mariana
à luz da Campanha da Fraternidade/2012
REMEDIAR
Recomeçar a formação mariana com a tônica da CF deste
ano, é nos sentir convocados/as como comunidade de fé, a efetivar
“Que a saúde se difunda sobre a terra! (Eclo 38,8)”. Ou seja,
difundir não uma ação orgânica equilibrada, mas Aquele que dá
sentido à harmonia/qualidade do existir tão desejada por todo ser
humano, estou sinalizando Ele, gerado em Maria de Nazaré, Jesus,
o Cristo.
Desde quando se narrou a respeito da vida sobre a terra,
homem e mulher, anseiam vida plena de felicidade, realização, não
obstante os males inerentes ao ser criaturas.
O judaísmo no qual Maria nasceu, se desenvolveu e educou
seu filho amado, foi a base da condição de possibilidade de práticas
em favor da vida. E os amigos/as, discípulos/as viram quando o
povo, ora se aproximava e tocando na franja de sua veste ficava
curado (cf Mc 6,56), ora os que sofriam de alguma enfermidade
lançavam-se sobre ele para tocá-lo (cf Mc 3,10), e também
testemunhavam o que os judeus comentavam sobre a “fala” de
Jesus: “Que vem a ser essa palavra, eis um ensinamento novo...” (cf
Mc 1,27).
A partir de gestos, propostas e jeito do Filho que jogam luzes
ao longo da Tradição cristã em relação a Maria, ela recebe vários
títulos entre tantos o de Nossa Senhora Saúde dos Enfermos, Nossa
Senhora da Saúde, Nossa Senhora dos Remédios, e as variadas
derivações da realidade: doença x saúde.
Mas, nossa formação mariana caminha à luz do Filho,
padecente de dores pelas pancadas no seu caminho até a cruz e
morto indignamente na tortura mais “moderna” da época – a morte
de cruz.
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Todavia, a vida foi sempre a opção aprendida no colo de
Maria, judia, que rezava sua história nos salmos que cantavam a
ternura divina, como: “... Ele conforta os corações despedaçados,
enfaixa suas feridas e as cura...” (cf Sl 146/147); “... O Senhor lhes dá
ajuda...” (Sl 36/37). Remediada por essas pílulas salutares, de
geração em geração, os fiéis realizam suas homenagens, e a Igreja
no Brasil, nesse ano, oferece reflexões sobre a ternura, o cuidado, a
possibilidade de mantermos uma relação filial com o Autor da
Vida, uma relação de irmão, irmã, entre nós e cada ser criado,
também fonte de vida.
Portanto, convido a observar os gestos presentes no cartaz da
CF/2012, que nos levam a pensar como Maria foi sensível à vida e,
por isso, ao longo da história do cristianismo recebeu, entre tantos
títulos, esses acima citados.
Medite sobre o toque das mãos (cf Cartaz):
- relação de confiança que se caracteriza pelo falar/ouvir =
diálogo ...
- sorriso acolhedor ...
- sorriso mútuo ...
Podemos afirmar, são gestos refletidos nas atitudes do Filho
desdobrados nos “atos” dos discípulos e discípulas, aprendizado
repassado, de Mãe para filho, filho para irmãos e irmãs. Chegam
até nós que reinterpretamos de vários modos, como todos os anos
dentro da dinâmica das Campanhas da Fraternidade.
Todavia, é confiável afirmar esse desdobramento, porque a
vida saudável proposta por Jesus o Cristo foi registrada/transmitida
pelas comunidades (Mc, Mt, Lc, Jo). As ações curativas de Jesus de
Nazaré, ele “remediava” a pessoa e, através dela, a comunidade e a
tradição judaica.
O foco da formação mariana é descobrir o quanto a
comunidade judaica-cristã alcançou a profundidade da prática
interpretativa de Jesus, que experimentou Deus como Pai amoroso
e propôs essa experiência, mesmo dentro de uma realidade
“doente”.
É sugestivo perceber que tanto Marcos como Lucas
conseguiram mostrar o caminho pelo qual Jesus soube lidar com a
ausência da saúde e encaminhá-la de volta para o indivíduo e,
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consequentemente, para toda a comunidade de maneira inclusiva,
convocando, envolvendo (cf Mc 1,21-28; Lc 4,31-37).
Para refletir pessoalmente ou em grupo:
Que tal, encontrar a mãe Maria, nas entrelinhas:
♥ do Cartaz da CF;
♥ na prática de Jesus de Nazaré, o Cristo, nos textos indicados;
♥ na sua própria vida “remediada” pelo irmão, irmã,
vocacionado/a, discípulo, discípula, como você.
Partilhe sua arte de distribuir “pílulas para remediar”.
Irmã Monica Gomes Coutinho, smr
Rio de Janeiro
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II
TU ÉS O CRISTO, O FILHO DE DEUS
O CAMINHO DO DISCIPULADO NO EVANGELHO DE MARCOS
Nossa existência é caminhada e movimento rumo a algo. Se
em algum dia experimentamos verdadeiramente a Jesus Cristo,
então Ele se torna a meta para a qual tende todas as nossas ações e
o princípio no qual baseamos a nossa vida. Esse é o processo do
discipulado: encontrar-se com Cristo e segui-lo.
Nas narrativas bíblicas, Deus toma a iniciativa de encontrar e
se relacionar com o ser humano. Criado à imagem e semelhança de
Deus (Gn 1,27), o homem tem seu habitat na comunhão com Deus
(Gn 2,4-25), mas, por vezes, o drama do pecado distancia a criatura
do criador, assim, descumpre-se a finalidade para a qual foi feita.
Deus não desiste da obra prima de suas mãos e elege líderes (Noé,
Abraão, Moisés etc.), por meio dos quais faz alianças com o povo e
a humanidade (Gn 9; 17; Ex 19), para que o ser humano viva sua
vocação primária. Mesmo o Senhor, sendo um “Deus de amor e
fidelidade” (Ex 34,6), Israel insiste na infidelidade e na busca de
outros deuses, traindo a aliança e afastando-se da vontade de Deus.
Entretanto, “Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu
Filho único, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna” (Jo 3,16). A resposta de Deus à infidelidade humana é o
envio de Jesus, o Filho, para manifestar à humanidade quem é
Deus, qual o seu rosto e a sua vontade, consequentemente,
manifestar quem é o ser humano. A nova relação com Deus
acontece por meio de Jesus Cristo, que conhecemos nos relatos
evangélicos.
Marcos é o mais antigo dos quatro evangelhos e serviu de
fonte para Mateus, Lucas e João elaborarem o seu próprio escrito.
Como o evangelho de Mateus é o mais longo, Lucas o mais bem-
narrado e João com os mais belos discursos, Marcos foi, no
decorrer do tempo, menos privilegiado em detrimento dos outros.
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No século XX, houve uma redescoberta de Marcos, percebendo sua
estrutura teológica e literária bem consistente que convida o leitor-
ouvinte à descoberta e ao seguimento de Jesus, o Cristo e Filho de
Deus.
No evangelho de Marcos, Jesus caminhou junto com João
Batista na região do rio Jordão (Mc 1,1-13). Depois, Jesus percorreu a
Galileia e os arredores pagãos (Mc 1,14-10,52), pregando a conversão
à Boa-Nova e a proximidade do Reinado de Deus. Finalmente,
Jesus passou pela Judeia, onde morreu (Mc 11,1-16,8), deixando para
os discípulos a incumbência de se reencontrarem com ele na
Galileia (Mc 16,7), onde, ressuscitado, os haveria de preceder.
Este “caminhar” é o percurso do discipulado. Como vimos,
Jesus inicia sua missão preparando-se com João Batista e
percorrendo a Galileia, onde ele chama os primeiros discípulos
(André, Pedro, Tiago e João) e ensina-lhes por meio de palavras e
ações. Os discípulos são constituídos para estar com o mestre e sair
para pregar com autoridade sobre os espíritos impuros (Mc 3,14).
Eles são continuadores do que viram e ouviram de Jesus, sentindo-
se na missão daquele que aos poucos eles conheciam.
Da Galileia, Jesus se estende também aos arredores do lago
de Genesaré e atinge os pagãos (Mc 7,24-10-46). Jesus é enviado para
os judeus, mas estes não o reconheceram. Os pagãos aceitam e
manifestam uma fé maior do que o povo escolhido por Deus (Mc
7,29). A salvação trazida por Jesus, e anunciada posteriormente
pelos discípulos, não se restringe a um povo apenas, mas atinge a
toda humanidade. Os discípulos, assim como o mestre, não podem
se limitar a alguns, devem, antes, pretender chegar a todos com
largos horizontes ecoando os gestos de amor e acolhida do mestre.
Enfim, o ministério de Jesus em Jerusalém é o cume da sua
vida e o efeito da sua pregação. A morte e ressurreição de Jesus
não podem ser compreendidas como um apêndice à sua vida, mas
como consequência de sua doação e obediência ao plano do Pai. A
cruz é a recompensa da fidelidade de Jesus, que o Pai responde
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ressuscitando-o dentre os mortos. Para os discípulos, a paixão e a
morte de cruz eram incompreensíveis (Mc 8, 31-33; 9,30-32; 10,32-34), no
entanto, esse escândalo e essa loucura (cf. 1Cor 1,23) tornam-se o
anúncio ousado da comunidade cristã após sua ressurreição. Jesus
manifesta quem ele é e como ele é na cruz, revelando que Deus é
um Pai que não abandona o Filho e nos dá o Espírito Santo para
que o reconheçamos.
Caminhar significa proceder, agir, conduzir a vida como
Jesus. Ele nos mostra o caminho e Ele mesmo se diz como
“caminho” (Jo 14,6). Então, mais do que percorrer um trajeto
geográfico, entrar na dinâmica do discipulado significa conhecer
profundamente quem é este tal Jesus e como ele é de fato o Cristo.
Enquanto se caminha, reconhecemos quem é Jesus. A
primeira parte do evangelho de Marcos (1,16-8,30) caracteriza-se
pelas tentativas de respostas à pergunta: “quem é ele?” (1,27; 4,41;
6,14-16; 8,27). Quem é este que ensina como quem tem autoridade,
cura as enfermidades, expulsa os demônios, domina a natureza e
enfrenta o grupo religioso daquele tempo? Pedro responde: “tu és o
Cristo” (Mc 8,29). Aquele nazareno, taumaturgo e pregador
andarilho é o Messias aguardado de Israel.
No entanto, a reposta de Pedro ainda não é suficiente, não
bastava reconhecer Jesus como o Cristo, mas necessitava-se
entender de que maneira ele é o Cristo, o modo como ele realiza
sua missão. A segunda parte do evangelho de Marcos (8,30-16,8)
demonstra que ele é um messias diferente, ele é à maneira do
misterioso “Filho do Homem” (Dn 7), que assume, por fidelidade ao
Pai e aos seus irmãos, o sofrimento e a morte como o “Servo
Sofredor” (Is 42). Na cruz, ele é reconhecido pelo pagão:
“Verdadeiramente este homem era Filho de Deus” (Mc 15,39). Então,
“Filho de Deus” é a confissão de fé concluída que define quem é
Jesus, antes professada apenas pelos demônios e proclamada pelo
Pai na transfiguração (Mc 9,7), agora apresentada e proclamada por
toda humanidade pela boca de um pagão.
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Nós que lemos esses trechos hoje e entramos nessa dinâmica,
assumimos em nossas vidas um “caminhar” com Jesus, que é
também reconhecimento gradual da sua pessoa e da sua ação. Ser
discípulo significa relacionar-se constantemente com o mestre,
aderir aos seus ensinamentos e transmitir essa vivência.
Coloquemo-nos no caminho e descubramos quem é este
Jesus que nos chama.
Assim como os discípulos reconhecem Jesus na medida em
que vivem, escutam e experimentam o mestre, nós cotidianamente,
com nossa relação com Deus, crescemos no conhecimento de
Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, que se revela a nós e nos faz
reelaborarmos nossas concepções para compreendê-lo como uma
perene novidade que nos atrai para o seguimento.
Para refletir pessoalmente ou em grupo:
♥ O que significa para você o processo de discipulado no dia a
dia?
♥ Como Maria, a primeira discípula, inspira seu seguimento a
Jesus?
Partilhe em grupo.
Pe. Marcus Aurélio Mariano, NJ
Fortaleza - Ceará
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III
MARIA, SAÚDE DOS ENFERMOS
A AÇÃO DA IGREJA NA SAÚDE
Convidadas pela coordenação da Capela Nossa Senhora de
Lourdes – Campo Grande, a participar do Tríduo em honra da
Madroeira, através de uma reflexão sobre: Maria Saúde dos
enfermos; iluminamos a reflexão com a realidade do povo de Deus
que Jesus encontra em sua grande maioria: pobre, doente, confuso.
O Testamento que Jesus nos deixou é a prática amorosa por Deus
ser amor que se fez humano e conviveu com Maria, José e o povo.
Seremos julgados pelo serviço amoroso aos necessitados.
Considerando que a ação da Igreja requer a circularidade nas
relações que geram saúde = salvação. Concluímos com a seguinte
celebração que partilhamos com os leitores e leitoras de Espaço
Mariano:
INTRODUÇÃO
G. Maria, primeira e perfeita discípula de seu amado Filho Jesus,
Mãe e modelo da Igreja, é evocada e venerada como “Saúde dos
enfermos”.
T. Maria demonstrou sempre uma solicitude especial para com as
pessoas sofredoras. Jesus conviveu com Maria e José, esse cuidado
com a vida.
G. E desde a fundação da Igreja nascente é esta sua principal
missão: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em
abundância” (Jo 10,10), é assumida pela Igreja a proposta de Jesus
Cristo.
T. Canto: Eu vim para que todos tenham vida./ Que todos tenham
vida plenamente!
ESCUTA DA PALAVRA DE DEUS
L. Leitura do Evangelho segundo Mateus (Mt 25,34-40)
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“Então o rei dirá aos que estiverem à sua direita: „Vinde, benditos
do meu Pai, recebei em herança o Reino que foi preparado para vós
desde a fundação do mundo. Porque eu tive fome e me destes de
comer; tive sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me
acolhestes; estava nu, e me vestistes; doente, e me visitastes; na
prisão, e viestes a mim”.
T. „Senhor, quando é que nos sucedeu ver-te com fome e
alimentar-te, com sede e dar-te de beber? Quando é que nos
sucedeu ver-te doente ou na prisão e irmos a ti?‟.
L. E o rei lhes responderá: „Em verdade eu vos declaro, todas as
vezes que o fizestes a um destes mais pequeninos, que são meus
irmãos, foi a mim que o fizestes‟.
Refrão: Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão.
G. A exemplo de Maria, “a Igreja conserva dentro de si mesma os
dramas do ser humano e a consolação de Deus, mantendo-os
unidos ao longo da peregrinação da história” (CF/2012, Texto-base, p.
90-91).
LEITURAS ESPONTÂNEAS
1. O cuidado de Maria com Isabel em sua gravidez de risco,
prefigura a ação da Igreja em favor da vida.
2. Os Santuários marianos são repletos de solicitude materna de
Maria com os enfermos: no Santuário mariano, em Aparecida, o
povo brasileiro sente-se em casa... O Santuário de Nossa Senhora
de Lourdes, na França, é o lugar escolhido por Maria para
manifestar seu cuidado com a vida em todos os sentidos.
3. Na história da Igreja há homens e mulheres que dedicaram suas
vidas como Maria, no serviço aos irmãos e irmãs necessitados: os
santos: Camilo de Lellis, João de Deus, Damião de Molokay, Frei
Galvão e outros..., e tantas santas: Irmã Dulce (Bahia), Irmã
Paulina, Tereza de Calcutá, e outras...
4. Nestes vinte e um séculos de caminhada de história da Igreja,
muitos homens e mulheres, comprometeram suas vidas no cuidado
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com a vida, promovendo a dignidade humana. As Ordens e
Congregações religiosas dedicam-se de maneira prioritária à
porção mais marginalizada de todos os povos. Não foram
reconhecidas, mas viveram a santidade do cuidado com a vida...
Como tantas pessoas através das Pastorais da Saúde, da Criança, do
Idoso, e, em todo processo de evangelização, a Igreja se
compromete em prevenir, curar, servir, reparar e cuidar da vida
humana!
5. O juízo Final prefigura a ação da Igreja, pois “a grandeza da
humanidade determina-se essencialmente na relação com o
sofrimento e com quem sofre” (Bento XVI, na celebração do dia mundial
da Saúde/2011).
6. A obra redentora ilumina a doença e o sofrimento – atual
testemunho – numa sociedade com dificuldades em aceitar e viver
esta realidade. A cultura de morte tem várias faces... Em várias
línguas, a Salvação e Saúde tem o mesmo significado.
7. O Lema da CF/2012: Que a Saúde se difunda sobre a terra (Eclo
38,8).
8. O Tema da CF/2012: A Fraternidade e a Saúde Pública.
9. A Saúde Pública no Brasil requer ações transformadoras. A
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ressalta a
importância de se estabelecer parcerias com: Defensoria Pública,
Controladoria Geral da União, Advocacia Geral da União, Procons,
Ministério Público, Fóruns de Justiça, para denunciar situações de
irregularidades na condução dos serviços públicos.
10. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Saúde não
é simples ausência de doenças..., define a Saúde humana
basicamente como bem estar. O bem estar nos três níveis:
Psicofísico, psicossocial e racional-espiritual.
ORAÇÃO DA CF/2012
Senhor, Deus de amor, Pai de bondade,
nós vos louvamos e agradecemos pelo dom da vida,
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pelo amor com que cuidais de toda a criação.
Vosso Filho Jesus Cristo, em sua misericórdia
assumiu a cruz dos enfermos e de todos os sofredores,
sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.
Envia-nos, Senhor, o vosso Espírito. Guiai a vossa Igreja,
para que ela, pela conversão se faça sempre mais,
solidária às dores e enfermidades do povo,
e que a saúde se difunda sobre a terra.
Amém.
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Por tudo damos graças a Deus por estarmos iniciando este
novo ano de formação mariana, partilhando o pouco que temos
com irmãos e irmãs de caminhada no seguimento de Jesus, do jeito
de Maria, Mãe e Serva do Senhor.
Comunidade das irmãs
Centro de Espiritualidade, Maria Mãe da Vida
Campo Grande/RJ
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