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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM IRRIGAÇÃO E DRENAGEM
CRESCIMENTO DA FIGUEIRA EM TRÊS AMBIENTES DE
CULTIVO, SOB A APLICAÇÃO DE BIOFERTILIZANTE
BOVINO VIA FERTIRRIGAÇÃO
CRISTIANE AIRES CELEDONIO
Mossoró/RN
Dezembro de 2011
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM IRRIGAÇÃO E DRENAGEM
CRESCIMENTO DA FIGUEIRA EM TRÊS AMBIENTES DE
CULTIVO, SOB A APLICAÇÃO DE FERTIRRIGAÇÃO COM
BIOFERTILIZANTE BOVINO
CRISTIANE AIRES CELEDONIO
Dissertação apresentada à Universidade Federal
Rural do Semi-Árido – UFERSA, Campus de
Mossoró, como parte das exigências para a
obtenção do título de Mestre em Irrigação e
Drenagem.
Orientador: Prof. Dr. José Francismar de Medeiros
Mossoró/RN
Dezembro de 2011
Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e
catalogação da Biblioteca “Orlando Teixeira” da UFERSA
Bibliotecária: Vanessa de Oliveira Pessoa
CRB15/453
C392c Celedonio, Cristiane Aires.
Crescimento da figueira em três ambientes de cultivo, sob
a aplicação de fertirrigação com Biofertilizante bovino. /
Cristiane Aires Celedonio. -- Mossoró, 2011.
62 f.: il.
Dissertação (Mestrado em Irrigação e Drenagem) –
Universidade Federal Rural do Semi-Árido.
Orientador: Profº. Dr. José Francismar de Medeiros.
1. Biofertilizante. 2. Fertirrigação. 3. Ficus Carica L. 4.
Produção de Figueira. 5. Produção orgânica. I.Título.
CDD: 631.8
CRISTIANE AIRES CELEDONIO
CRESCIMENTO DA FIGUEIRA EM TRÊS AMBIENTES DE CULTIVO, SOB
A APLICAÇÃO DE BIOFERTILIZANTE BOVINO EM FERTIRRIGAÇÃO
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Irrigação e Drenagem da
Universidade Federal Rural do Semi-Árido,
como parte dos requisitos para obtenção do
título de “Mestre em Irrigação e Drenagem”.
APROVADA EM: ____/____/____.
Prof. D. Sc. José Francismar de Medeiros – UFERSA
Orientador
Prof. D. Sc. Indalécio Dutra – UFERSA
Conselheiro
Prof. D. Sc. Thales Vinicius de Araújo Viana – UFC
Conselheiro
M.Sc. Francisco Limeira da Silva – IFCE
Conselheiro Convidado
DEDICATÓRIA
À Deus por toda força que mim passou no decorrer de toda essa trajetória.
A minha mãe
Rita Aires de Carvalho
Ao meu querido namorado Francisco Luciano de Moura
Ao meu irmão Clêstenis Aires Celedonio
A todos os amigos encontrados na UFERSA.
Dedico com muito amor e carinho.
À todos aqueles que de alguma forma
ajudaram e torceram por mim.
Ofereço
AGRADECIMENTOS
À Deus por guiar e iluminar, dando força e capacidade para suportar todos os obstáculos do
meu caminho.
A Universidade Federal Rural do Semi-Árido e ao Programa de Irrigação e Drenagem da
UFERSA.
A CAPES, pela concessão de bolsa de estudo.
Ao Instituto Federal do Estado do Ceará, pelo apoio para o desenvolvimento do projeto em
sua área de Pesquisa.
Ao CNPQ pelo apoio financeiro para realização do projeto.
A Universidade Federal do Ceará, pela parceria no projeto de pesquisa.
Ao professor e orientador José Francismar de Medeiros, pela orientação, amizade,
companheirismo, paciência e confiança no trabalho desenvolvido.
Ao professor e companheiro de pesquisa Francisco Limeira, que no campo e no
desenvolvimento da Dissertação sempre me orientou e ajudou.
A todos os professores da graduação e do programa de pós graduação a nível de mestrado em
Irrigação e Drenagem da UFERSA.
Ao meu namorado Francisco Luciano de Moura, que sempre teve compreensão por muitas
vezes não podermos estar juntos em momentos especiais, e sempre me dando força para
continuar.
A minha querida mãe, por compreender quando eu não podia estar em casa com ela, e torce
por mim no dia a dia.
A minha amiga Vilauba Sobreira Palácio, pela ajuda e pelo companheirismo de morarmos
juntas.
Aos meus amigos Murillo Anderson, Edmilson Júnior e Bruno Marçal, pelas noites juntos
estudando.
Ao meu companheiro e amigo Diogenes Henrique, pelo companheirismo nas viagens para
Mossoró.
Ao meu amigo Gregório Hermes, por desempenhar com competência o experimento.
A minha amiga Rozana Maria, por sempre me impulsionar para o sucesso.
A todas as pessoas que de me deram força e companheirismo para realizar essa batalha com
sucesso.
Meus sinceros agradecimentos!!!
6
RESUMO
CELEDONIO, Cristiane Aires. Crescimento da figueira em três ambientes de cultivo,
sob a aplicação de biofertilizante bovino em fertirrigação, 2011. 62f. Dissertação
(Mestrado em Irrigação e Drenagem) – Universidade Federal Rural do Semi-Árido
(UFERSA), Mossoró, RN, 2011.
A figueira é capaz de se adaptar as mais diversas condições climáticas. No Brasil,
exemplo de adaptabilidade é o sucesso obtido em cultivos tanto no Estado do Rio Grande do
Sul, em região de clima frio, como na região semiárida dos Estados de Pernambuco e do
Ceará, no nordeste quente do país. O uso de proteção de plantas, como estufas agrícolas ou
latada, tem grande potencial para aumentar a produtividade, sob tudo para pequenas áreas,
possibilitando uma produção com boa qualidade mesmo no período chuvoso. A produção
orgânica é uma alternativa para a produção de frutas, sobretudo para pequenos produtores que
trabalham em cultivo protegido. E o uso de biofertilizante pode substituir os fertilizantes
minerais, entretanto, necessita-se de doses apropriadas desse insumo. Este trabalho foi
desenvolvido na área experimental do Instituto Federal do Ceará, na Chapada do Apodi, no
município de Limoeiro do Norte, e teve como objetivo avaliar o comportamento vegetativo da
figueira cv. Roxo de Valinhos, em três ambientes de cultivo: campo, estufa e latada e sob
quatro doses de biofertilizante bovino (3 litros de solução de biofertilizante a 0%, 20%, 40% e
60%), e uma dose de fertilizante mineral, aplicadas aos 15, 30, 45, 60, 75 e 90 dias após poda
de formação (DAP). O delineamento adotado foi o de blocos completos ao acaso, usando-se
quatro repetições e duas plantas por parcela. A análise dos resultados obtidos demonstrou que:
o cultivo da figueira nos ambientes estufa e latada é tecnicamente viável na região da Chapada
do Apodi, estado do Ceará. Já o ambiente campo, não demonstrou um bom desenvolvimento
vegetativo. A figueira não respondeu as doses de biofertilizante bovino aplicada no tempo
analisado.
Palavras-chave: Ficus carica L.; biofertilizante; ambiente protegido.
7
ABSTRACT
Celedonio, Cristiane Aires. Growth of the fig tree in three environmental conditions,
under the application of biofertilizer bovine fertigation, 2011. 62f. Dissertation (MSc in
Irrigation and Drainage) - Federal Rural University of semi-arid (UFERSA), Mossoró, RN,
2011.
The fig tree is able to adapt to different conditions of existence. In Brazil, an example of
adaptability is the success of crops both in the State of Rio Grande do Sul, in cold climate, as
in the semiarid region of Pernambuco and Ceará, northeast of the hot country. The use of
plant protection, such as greenhouses or trellis, has great potential to increase productivity, all
in small areas, allowing a production with good quality even in the rainy season. Organic
production is an alternative for the production of fruits, especially for small producers who
work in protected cultivation. And the use of bio-fertilizers can replace mineral fertilizers,
however, is need of appropriate doses of this input. This work was carried out by the Federal
Rural University of Semiarid - UFERSA, developed in the experimental area of the Federal
Institute of Ceará, in the Apodi Plateau in the city of North Limoeiro and aimed to evaluate
the vegetative behavior of fig cv. Purple Valinhos in three environmental conditions: field,
greenhouse and pergola at four doses of biofertilizers veal (three liters of bio-fertilizer
solution every two weeks 0, 20, 40 and 60%), and a dose of mineral fertilizer, at ages 15, 30,
45, 60, 75 and 90 days after training pruning (DAP). The study design was a randomized
complete block design, using four replicates and two plants per plot. The results obtained
showed that: the fig tree growing in greenhouse environments and trellis is technically
feasible in the Chapada do Apodi, state of Ceará. Have the environmental field, has not shown
a good vegetative growth. The doses of bovine biofertilizer showed no significant difference
in time of analysis, may be due to the high content of K and Ca existing in the soil. The study
design was a randomized complete block design, using four replicates and two plants per plot.
The Obtained results Showed that: the fig tree growing in greenhouse environments and trellis
is Technically feasible in the Apodi Plateau, state of Ceará. Have the environmental field, has
not shown a good vegetative growth. The fig tree did not respond to doses of bovine
biofertilizer applied in time of analysis.
Keywords: Ficus carica L.; biofertilizer; protected environment.
8
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Necessidade nutricional da cultura da figueira. ........................................................ 24
Tabela 2. Valores dos principais parâmetros meteorológicos obtidos na área experimental do
transplantio ao final da primeira fase de produção do figo Roxo de Valinhos – período de
outubro 2010 a julho de 2011, Limoeiro do Norte, CE. ........................................................... 27
Tabela 3. Análise química e física do solo ............................................................................... 28
Tabela 4. Valores mensais das lâminas aplicadas por ambiente de cultivo: (CA), (EST) e (LT)
a partir do transplantio ao final do 1º ciclo – período de outubro 2010 a julho de 2011. ....... 33
Tabela 5. Análise Química do biofertilizante nas proporções de 20, 40 e 60%. ...................... 35
Tabela 6. Resumo da análise de variância para as características da figueira: altura da planta
(cm), diâmetro do caule (cm), comprimento médio dos ramos (cm), número de folhas e área
foliar (cm²), quando cultivada sobre diferentes ambientes (AMB) e doses de biofertilizante e
uma dose de adubação mineral (DOSES), ao longo de 90 dias após poda de formação
(IDADE). .................................................................................................................................. 39
Tabela 7. Valores médios de altura de planta (AP), diâmetro do caule (DC), comprimento
médio dos ramos (CR), número de folhas (NF), e área foliar (AF) em plantas de figueira aos
15, 30, 45, 60, 75 e 90 DAP submetidas a diferentes ambientes: Campo (1), Estufa (2), Latada
(3). ............................................................................................................................................ 40
Tabela 8. Resumo das médias para as característica: área foliar (cm²) da figueira, quando
cultivada sob diferentes ambientes (AMB) e doses de biofertilizante e uma adubação mineral
(DOSES), ao longo de 90 dias após poda de formação (IDADE). ........................................... 45
Tabela 9. Valores médios de altura de planta (AP), diâmetro do caule (DC), comprimento dos
ramos (CR), número de folhas (NF), e área foliar (AF) em plantas de figueira aos 15, 30, 45,
60, 75 e 90 DAP quando submetidas a diferentes dosagens de biofertilizante bovino (0 a 60%)
e uma adubação mineral ( MINERAL). ................................................................................... 48
9
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Esquma da poda de formação da figueira, conforme Abrahão et al. (1989). ............ 17
Figura 2. Croqui da área experimental .................................................................................... 29
Figura 3. Ambiente Estufa utilizada ......................................................................................... 30
Figura 4. Ambiente Latada utilizada ........................................................................................ 30
Figura 5. Ambiente a Campo utilizado ..................................................................................... 31
Figura 6. Planta da figueira com três ramos produtivos. .......................................................... 34
Figura 7. Preparação do Biofertilizante bovino em bombonas de 200 litros. .......................... 35
Figura 8. Foto da folha pronta para passar pelo programa. ...................................................... 36
Figura 9. Foto do programa utilizado para leitura da área foliar. ............................................. 37
Figura 10. Crescimento da planta da figueira, em altura durante o período de 90 DAP para os
diferentes ambientes estudados (AMB 1 – Campo; AMB 2 – Estufa; AMB 3 – Latada)........ 41
Figura 11. Crescimento médio do Diâmetro caulinar, da figueira no período sob o efeito do
biofertilizante bovino nas doses de 0%, 20%, 40% e 60%. ..................................................... 42
Figura 12. Crescimento médio dos ramos no período de 90 DAP para os diferentes ambientes
estudados (Campo, Estufa; Latada). ......................................................................................... 43
Figura 13. Número de folhas por planta para os diferentes ambientes ao longo do período
estudado. ................................................................................................................................... 44
Figura 14. Crescimento da Área foliar, ao longo do período estudado. ................................... 46
Figura 15. Crescimento de área foliar total por planta para os ambientes Campo (A), Estufa
(B) e Latada (C), para as diferentes doses de biofertilizante e adubação mineral. ................... 50
10
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO 11
2.0 REVISÃO DE LITERATURA 13
2.1 ORIGEM E DESCRIÇÃO DA PLANTA DA FIGUEIRA 13
2.2 MANEJO DA FIGUEIRA 16
3.0 MATERIAIS E METÓDOS 27
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EXPERIMENTAL. 27
3.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS. 28
3.3 PLANTIO, ADUBAÇÃO E CONDUÇÃO DA CULTURA. 31
3.5 VARIÁVEIS AVALIADAS 36
3.5.1. Área da folha índice 36
3.5.2 Área foliar total 37
3.5.3 Altura da planta, comprimento médio dos ramos, diâmetro caulinar e
número de folhas por planta. 38
3.6 ANÁLISES ESTATÍSTICAS 38
4.0 RESULTADO E DISCUSSÃO 39
4.1 CRESCIMENTO VEGETATIVO 39
5.0 CONCLUSÕES 51
6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 52
11
1.0 INTRODUÇÃO
A fruticultura é uma das atividades econômicas em ascensão no Brasil. Hoje, muitos já
apontam o Brasil como o maior produtor de frutas tropicais do mundo devido ao incentivo do
governo e a excelente localização geográfica, o que proporciona boas condições climáticas,
além de favoráveis características de solo e de disponibilidade hídrica (FONSECA et al.,
2006).
A fruticultura brasileira é um dos segmentos da economia mais destacado com
contínua evolução, atendendo o mercado interno e a cada dia ganhando espaço no mercado
externo com frutas tropicais, subtropicais e hortaliças. Isso é devido à extensão e geografia
brasileira, em consequência, existem centenas de espécies de plantas frutíferas no Brasil
(FOLHA DE AGENDA, 2011).
Além das fruteiras tradicionais, novas espécies são importantes como forma de
diversificação de produção como as culturas de clima temperado. O figo, pelas suas
habilidades de adaptação, pode ser umas dessas alternativas, como tem mostrado algumas
experiências na região do nordeste brasileiro.
A figueira é capaz de se adaptar as mais diversas condições de existência e até as mais
opostas. No Brasil, exemplo de adaptabilidade é o sucesso obtido em cultivos tanto no Estado
do Rio Grande do Sul, em região de clima frio, como na região semiárida dos Estados de
Pernambuco e do Ceará, no nordeste quente do país (BIBLIOTECA VIRTUAL, 2009).
O uso de proteção de plantas, como o uso de estufas agrícolas ou latada, tem grande
potencial para aumentar a produtividade, sobretudo para pequenas áreas, possibilitando uma
produção com boa qualidade mesmo no período chuvoso.
A cultura da figueira produzida em ambiente protegido torna o custo de produção
elevado, pois o período que não há retorno do custo da produção é de aproximadamente 6
meses (NIENOW et al., 2006). Devido aos elevados custos, precisam-se de estudos com
sistemas alternativos de cobertas.
Na forma de estacas ou de rebentões, a figueira sempre acompanhou os roteiros dos
primeiros colonizadores americanos. No Brasil foi introduzida na época da primeira
expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza, em 1532, sendo cultivada a par com o
marmeleiro (MEDEIROS, 2002).
A produção orgânica seria alternativa para a produção de frutas, sobretudo para
pequenos produtores que trabalham em cultivo protegido e o uso de biofertilizante pode
substituir os fertilizantes minerais, entretanto, necessita-se de doses apropriadas deste insumo.
12
Dentre os insumos orgânicos possíveis de utilização, o biofertilizante comum,
constituído na forma líquida sob condições anaeróbicas, além de fornecer nitrogênio, fósforo,
potássio, cálcio, magnésio, enxofre e micronutrientes, pode também exercer as funções de
fungicida, bactericida, nematicida e não é prejudicial aos inimigos naturais.
A utilização do biofertilizante é ambientalmente muito mais correta do que o uso dos
adubos químicos, pois permite a utilização dos dejetos bovinos da própria propriedade com
redução dos custos agrícolas, proporcionando aumento de renda. Em consequência, a técnica
constitui-se em uma alternativa para a elevação da renda dos produtores sendo, portanto,
propícia para utilização pelos agricultores familiares.
Das fontes de matéria orgânica, o esterco bovino ou de curral, é considerado um dos
produtos com maior potencial de uso como fertilizante orgânico. Contudo, ainda se tem uma
deficiência na obtenção de dados no que se diz respeito às quantidades que devem ser
utilizadas para se obter rendimentos satisfatórios, seja através de seu uso de forma isolada, ou
associada à adubos minerais (NORONHA, 2000).
Existe a necessidade de se desenvolverem estudos locais, visando caracterizar física e
quimicamente o esterco de bovinos nas diversas formas de armazenamento e tratamento
adotados, evitando-se assim a recomendação de dosagens excessivas ou mesmo subdosagens
que implicariam na perda de elementos fertilizantes ou baixas produtividades das culturas,
respectivamente (BARCELOS, 1991).
Uma das limitações à expansão do cultivo para o mercado in natura é a alta
perecibilidade da fruta no campo, devido às chuvas, e na pós-colheita, por podridões e
desidratação, exigindo mercado garantido e de comercialização rápida. A produção em
ambiente protegido correspondendo a 41 e 43 t ha-1
, em plantas no segundo e terceiro anos de
cultivo, respectivamente, conduzidas com 8 a 12 ramos no espaçamento de 1,50 x 1,90 m,
representando um acréscimo médio de 40% em relação aos máximos rendimentos obtidos em
cultivo a campo, no Brasil, além de evitar as podridões e rachaduras nos frutos (NIENOW et
al., 2006). Portanto, a introdução desta cultura em regiões do nordeste, pode ser uma
alternativa a um período produtivo prolongado e frutos com melhor qualidade, sem a
necessidade de estruturas complexas.
Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivos determinar o tipo de
ambiente e a dose de biofertilizante bovino aplicado via fertirrigação que proporcione o
melhor crescimento da figueira em condições climáticas do semiárido.
13
2.0 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 ORIGEM E DESCRIÇÃO DA PLANTA DA FIGUEIRA
Os primeiros povos a cultivarem e selecionarem a figueira foram os árabes e os judeus,
numa região semiárida, situada ao sudoeste da Ásia. Posteriormente, pelo menos nove séculos
antes de Cristo, foi introduzida no Egito, na Grécia e na Itália. Durante a invasão da Península
Ibérica pelos árabes, a figueira se estabeleceu na Espanha e em Portugal. Dessas regiões, foi
gradativamente sendo disseminado para outros países europeus, asiática os norte africanos e,
por fim, pelos demais continentes. Nas Américas, a introdução se fez através da América
Central, pouco depois do descobrimento. Na forma de estacas ou de rebentões, a figueira
sempre acompanhou os roteiros dos primeiros colonizadores americanos (MEDEIROS, 2002).
O figo é o fruto da figueira (Ficus carica L.), árvore da família moraceae, originária da
região do mediterrâneo. Seus ramos frágeis possuem folhas recortadas entre cinco e sete
lobos, suas flores de pequeno tamanho desenvolvem-se no interior de suas infrutescências. Os
seus frutos são homônimos, de estruturação carnuda e suculenta, têm a coloração branco-
amarelada até roxa, são comestíveis e altamente energéticos, pois são ricos em açúcar
(WIKIPEDIA, 2009).
O Brasil é o nono fornecedor de figo do mundo, e concentra a maior parte da produção
da fruta nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais. A fruta é a terceira em
volume de exportações, mercado abastecido principalmente pelos ficicultores de Campinas. A
exportação do figo na safra 2008-2009 gerou US$ 7,2 milhões, obtidos com a venda de 1,6
milhão de quilos a US$ 4,5 a caixa (PUC, 2010).
Segundo Pereira (1981), Antunes et al. (1997) e Chalfun et al. (1997), a figueira exige
clima quente e alta luminosidade no período vegetativo para se obter altos rendimentos.
Nienow et al. (2006) constataram que a fase de maior crescimento vegetativo e emissão de
frutos ocorre em dias mais longos e quentes, favorecendo a atividade fotossintética e a
frutificação. De acordo com o clima e o sistema de cultivo, a planta produz, anualmente de
uma a duas safras (CAETANO et al., 2006).
A figueira comum, Ficus carica L., é uma frutífera pertencente à família Moraceae e
apresenta um número diplóide (2n) de cromossomos igual a 26. A família Moraceae inclui 60
gêneros e mais de 2.000 espécies de árvores, arbustos, trepadeiras e pequenas ervas. O gênero
Ficus compreende cerca de 1.000 espécies, algumas das quais produtoras de frutos
14
comestíveis, e é dividido em 48 subgêneros com base em características que diferenciam os
grupamentos de espécies (PEREIRA 1981; NACHTIGAL, 1999).
O sistema radicular das plantas é superficial, com cerca de 50% das raízes sendo
distribuídas nos primeiros 0,15 m de profundidade do solo (VENEGA & CORRÊA, 1998) e o
mesmo percentual de raízes encontra-se até 0,15 m de distância do caule. O sistema radicular,
fibroso, tem grande desenvolvimento onde o solo o permite, mas é superficial, podendo variar
de acordo com as condições edafoclimáticas. As folhas são alternadas, pecioladas, rugosas,
com 5 a 7 lobos. O fruto, que surge na interseção das folhas, é um sincarpo em forma de urna,
constituída pelo receptáculo de um capitulo carnoso, em cujo interior encontram-se os frutos
propriamente ditos, na forma de pequenos aquênios (GOMES, 1989).
Segundo Dominguez (1998), por ser uma espécie muito difundida e estar cultivada em
distintas situações, pode existir uma ampla gama de variedades, com morfologia e aspectos de
árvores diferentes quanto ao comportamento natural, podendo em zonas favoráveis alcançar
de 8 a 10 metros de altura. Contrariamente não passa de formas arbustivas em zonas
consideradas desfavoráveis com invernos e secas prolongadas que condicionam o mau
crescimento.
Seus ramos normalmente possuem um grande diâmetro nos países europeus, contudo no
Brasil são considerados finos, estão cobertos por uma casca fina e sem rugosidades, que em
principio são verdes, tornando-se de coloração cinza pálida. Toda a parte verde da planta
contém um látex leitoso de coloração esbranquiçada, que se espessa quando em contato com o
ar. Nesse látex existe uma enzima proteolítica denominada de ficina, que causa irritação na
pele, quando em contato com a mesma, principalmente durante a desbrota, a colheita e
embalagem dos frutos.
O tronco possui formação muito variada e madeira pouco densa. Os ramos primários,
secundários e ramos produtivos são grossos, com tendência a formar arcos, contudo são pouco
visíveis no sistema de produção que exige podas drásticas.
As folhas da figueira são grandes, palmadas, alternas e com grandes estípulas. Inserem-
se em um pecíolo largo e grosso. Seu contorno está marcado por um número de lóbulos
interiores entre três e sete, profundamente marcados, que, segundo Dominguez (1998),
servem de base para definir varietalmente um individuo. Apresentam coloração verde intenso
e brilhante, são ásperas ao tato por sua pilosidade rígida. Existem variedades praticamente
isentas de aspereza, recordando as outras espécies de figueiras, dando por esse motivo bases
para sua classificação varietal. As nervuras principais são em forma palmeadas, muito
15
marcadas, assim como, as nervuras secundárias, a coloração é menos intensa do que a
coloração da folha, porém contém a mesma aspereza.
As gemas frutíferas e vegetativas são grandes e muito pontiagudas, aparecem nos
ramos, junto ás axilas das folhas, durante a fase vegetativa (crescimento). Em geral, as
figueiras apresentam duas séries de gemas frutíferas em cada nó, o que pode resultar em duas
colheitas distintas (principal e bredas).
As flores da figueira apresentam características particulares, sendo unissexuadas. As
flores femininas se encontram repartidas dentro de um receptáculo carnoso e lobular, cuja
única saída para o exterior é o ostíolo onde se inserem as flores masculinas segundo os
estudos das árvores frutíferas chamadas de sicônio, que nada mais é do que o próprio figo,
havendo duas distintas formas de plantas, o caprifigo, que é monóico, e o figo, que é pistilado.
As flores do figo são pequenas, pediceladas, hipóginas e com perianto simples penta partido.
Existem três tipos de flores: as pistiladas (femininas) com estilo curto, as pistiladas femininas
com estilo longo e as estaminadas (masculinas).
O figo pode ser definido como sendo uma infrutescência na qual as flores ou os frutos
individuais crescem justapostos, enchendo o interior de um receptáculo suculento cuja única
comunicação com o exterior é feita através de um pequeno orifício apical, o ostíolo. A base
alongada do receptáculo é, em analogia aos frutos verdadeiros, chamada de pedúnculo. O figo
pode aparentar ser um fruto, porém o fruto verdadeiro é denominado "sicônio". Existem cerca
de 25 cultivares de figueira no Brasil, sendo que a cultivar Roxo de Valinhos possui grande
expressão comercial, devido sua rusticidade, vigor e produtividade, em relação as demais
cultivares (RIGITANO, 1964, MAIORANO et al., 1997, RAMALHO SOBRINHO e
GERALDO, 1997; PENTEADO, 1986).
No Brasil são cultivadas somente as figueiras femininas que são plantas da espécie
Ficus carica, por isso, a reprodução destas figueiras é feita por meio de estacas, já que os
figos cultivados não possuem sementes. Os figos crescem neste caso por um processo
biológico designado por partenocarpia. Na Europa e do Oriente Médio vários figueirais da
espécie Ficus carica são cultivados sob a presença da vespa polinizadora e os figos
comestíveis cultivados podem conter sementes viáveis. Para que os figos sejam polinizados,
levam-se figos masculinos, de onde saem as vespas polinizadoras, aos figueirais. Este
processo de cultivo é designado de caprificação. Os figos secos importados da Turquia são
cultivados desta forma (WIKIPÉDIA, 2011).
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas frescas. O figo está entre as vinte
principais frutas exportadas pelo país e vem mantendo a terceira posição no ranking de
16
volume comercializado, entre as frutas de clima temperado. Os maiores importadores do figo
brasileiro são Holanda, França, Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Suíça e Espanha (AMARO
& HARDER, 1999; FRANCISCO et al., 2005; IBRAF, 2007).
No Brasil em 2006, 2007, 2008 e 2009, a área plantada com figueiras foi de 3.020,
2.863, 2.865 e 3.072 ha, respectivamente, a área colhida foi de 3.007, 2.850, 2.859 e 2.886 ha,
respectivamente, com uma produção de figo estimada de 26.476, 23.225, 22.565 e 24.146 t,
respectivamente. O Rio Grande do Sul, que ocupa a terceira posição na produção de figo
(2.260 t), Minas Gerais ocupa a primeira (6.922 t), São Paulo a segunda (5.744 t) (IBGE,
2011).
2.2 MANEJO DA FIGUEIRA
2.2.1 Propagação
A figueira é uma frutífera que, em geral, é propagada por via assexuada. A propagação
sexuada é utilizada sob condições especiais, quando se trabalha com melhoramento genético
CHALFUN 2002, HOFFMANN et al., 1996, sendo a estaquia o principal processo de
propagação dessa frutífera, devido à facilidade de obtenção de estacas e por sua viabilidade
econômica (CHALFUN et al., 2002).
Os rebentões ou perfilhos, que crescem junto ao tronco das figueiras adultas, constituem
material de propagação, porém, devido ao grande risco de ocorrência de nematóides, deve-se
evitar a utilização destes perfilhos. Devem-se adquirir mudas sadias, vigorosas, com o sistema
radicular bem formado, provenientes de viveiros idôneos, com tradição em produzir mudas de
alta qualidade (MEDEIROS,1987).
A figueira é uma frutífera que pode ser multiplicada por via sexuada, através de
sementes, ou via assexuada, utilizando-se da estaquia, rebentões e enxertia (SILVA, 2000).
No entanto, é propagada basicamente por processos vegetativos, sendo a estaquia o método
mais empregado comercialmente (YOKOTA et al., 2002).
Para acelerar e promover o enraizamento de estacas, são empregados reguladores de
crescimento do grupo das auxinas, os quais levam à maior porcentagem de formação de
raízes, melhor qualidade das mesmas e uniformidade no enraizamento. O ácido indolbutírico
é o regulador de crescimento mais comumente utilizado na indução do enraizamento
adventício, por se tratar de uma substância foto estável, de ação localizada e menos sensível à
degradação biológica, em comparação às demais auxinas sintéticas (NOGUEIRA, 1995;
FACHINELLO et al., 1995; HOFFMANN et al., 1996).
17
2.2.2 Poda de formação e condução
Medeiros (1987) descreve a poda de formação da figueira a partir do desponte da muda
de haste única recém plantada, feito a 50 cm do solo, deixando crescer três ramos. Na próxima
poda seca, cada ramo é cortado a 20 cm do ponto de inserção no tronco, logo após uma gema
convenientemente posicionada. Estes ramos cortados constituem-se nas pernadas. Iniciada a
brotação, é feita a desbrota, deixando-se dois brotos vigorosos e bem posicionados em cada
pernada para formar uma copa aberta, com 6 brotos (Figura 1). Na poda seguinte, no próximo
inverno, cada ramo crescido no último ciclo vegetativo é cortado a 10 cm de sua inserção.
Após a brotação, são deixados dois brotos por ramo, num total de 12 brotos por planta. Desta
forma, os ramos produtivos são duplicados em relação ao ano anterior. Os brotos a serem
deixados devem ser os localizados na extremidade do ramo podado, isto é, nos dois últimos
nós.
Figura 1. Esquema da poda de formação da figueira, conforme Abrahão et al. (1989).
Os efeitos da poda sobre a qualidade e quantidade da produção e as implicações
decorrentes do número final de ramos em uma planta foram temas de diversas pesquisas,
encontrando-se conclusões contraditórias em diferentes trabalhos (ABRAHÃO et al., 1989) .
O trabalho dos ficicultores pioneiros, no sentido de estabelecer em bases econômicas a
cultura em São Paulo, desenvolveu o sistema de podas drásticas, removendo-se por completo
os ramos que cresceram e produziram no último ciclo da cultura, no período invernal
(RIGITANO, 1957). Tal medida é necessária até os dias atuais no Brasil, devido ao fato das
plantas serem muito atacadas por coleobrocas (PIO & CHAGAS, 2006; PIO et al, 2008).
18
Rigitano (1957) comparou figueiras da cv. Roxo de Valinhos conduzidas com 10, 20, 30
e 40 ramos. Concluiu que, para a produção de figos maduros, o melhor número se situa entre
15 e 25 ramos por planta. Para a produção de figos verdes, destinados à indústria, devem
permanecer entre 25 e 35 ramos. Copas com maior número de ramos provocaram diminuição
do tamanho dos frutos, antecipação da colheita e maiores gastos com pulverizações.
Conduzindo figueiras cv. Roxo de Valinhos com 18, 24 e 30 ramos, Pinheiro (1979)
verificou que com o aumento do número de ramos, reduziu o crescimento (comprimento e
diâmetro médio) dos mesmos, com tendência para a diminuição do número de folhas em cada
ramo e do peso médio dos frutos. Por sua vez, esta condição propiciou aumento do número de
frutos por planta.
O efeito da intensidade da poda (curta, média, longa e ausência de poda) na produção da
figueira cv. Roxo de Valinhos foi avaliado por Abrahão et al. (1989). A poda média
(rebaixamento dos ramos pela metade) apresentou maior produção por hectare, não diferindo
da poda longa (desponte da parte apical) e da ausência de poda. A poda curta resultou em
menor diâmetro da copa, número de frutos, produção por planta e por hectare. Por outro lado,
nas plantas que receberam poda longa ou não podadas foi verificada maior incidência de
ferrugem e broca da figueira.
2.3 AMBIENTE PROTEGIDO
O cultivo em ambiente protegido tem se apresentado como uma alternativa altamente
rentável para alguns setores agrícolas, como a olericultura e a floricultura, principalmente em
regiões onde o clima é o fator mais limitante, protegendo as culturas de adversidades como
geadas, ventos, chuvas e granizo, permitindo às plantas melhores condições de
desenvolvimento e produção fora dos períodos normais, inclusive de frutíferas.
Na agricultura, busca-se constantemente novas tecnologias, não só para garantir a
colheita, mas também para aumentar a produtividade e a qualidade final dos produtos,
correspondendo as novas tendências do mercado e garantindo rentabilidade ao agricultor. Nas
últimas décadas o cultivo em ambientes protegidos, com o objetivo de obter produtos
agrícolas de melhor qualidade e sem apresentar variação sazonal na produção, tem aumentado
consideravelmente, não só em nível de países desenvolvidos, mas também naqueles em
desenvolvimento (CASTOLDI, 2009).
O sistema de plantio em ambientes protegidos no Brasil iniciou de uma forma bastante
empírica, uma vez que na sua concepção inicial e uso se restringia ao armazenamento de
19
energia no interior desses ambientes e na proteção das plantas contra as adversidades
climáticas, principalmente atuando como efeito “guarda-chuva” (GOTO & HORA, 2007).
Segundo GOTO (1997), as estruturas mais utilizadas no Brasil têm sido as mais baratas,
não climatizadas, sem sistema artificial de aquecimento e com controle parcial de temperatura
e umidade, pelo manejo de abertura e fechamento das cortinas laterais. A utilização de
estruturas para ambiente protegido representa uma excelente alternativa, no outono-inverno,
para o plantio de culturas de alto valor agregado. Todavia, o emprego de estruturas de
proteção às plantas envolve custos consideráveis e, deste modo, nasceu à necessidade de
estudos em que as áreas cobertas fossem intensivamente utilizadas e a relação custo benefício
otimizadas pelo uso de técnicas adequadas.
O material plástico mais empregado em ambiente protegido para fins agrícolas é o
PEBD (polietileno de baixa densidade), que apresenta boa transparência à radiação solar,
deixando passar cerca de 70 a 90 % da radiação de onda curta. No Brasil predomina o uso de
PEBD, com 150 μm de espessura, com filtro anti UV (TAPIA, 1981).
No entanto, para maior eficiência desse ambiente, é necessário compreender a inter
relação da planta e dos fatores microclimáticos dentro do ambiente protegido. Os fatores para
o desenvolvimento e crescimento da planta dizem respeito aos fisiológicos (transpiração,
respiração e fotossíntese) e aos físicos (luz, temperatura, umidade e CO2) (TAIZ, 2004).
O ambiente protegido tem os elementos micrometeorológicos modificados no seu
interior, principalmente no que diz respeito à radiação solar e a velocidade do vento reduzindo
e a evapotranspiração (CALVETE et al., 2005). Estas modificações ambientais causadas pelo
ambiente protegido devem-se ao filme transparente que altera o balanço de radiação do
sistema composto pela planta, solo e atmosfera. As temperaturas dependem das condições
externas do ambiente protegido, influenciando as temperaturas máximas e mínimas as quais,
são importantes quanto maior for a restrição de renovação do ar interno e quanto maior for à
disponibilidade de radiação durante o dia (CALVETE et al., 2005).
Goto (1997) cita que os resultados econômicos obtidos em ambiente protegido
dependem de fatores tecnológicos, ambientais, sociais e de manejo, e variam de uma região
para outra, mas a possibilidade de aumento no rendimento, em conjunto com a produção fora
da época normal, pode propiciar a obtenção de preços mais elevados, viabilizando a
exploração.
O cultivo protegido tem por finalidade produzir em épocas ou locais onde as condições
climáticas, principalmente baixas temperaturas e chuvas, são desfavoráveis às plantas.
Entretanto, o ambiente protegido pode ser inviável economicamente. Problema este que pode
20
ser resolvido com o uso de latadas, construídas em parte com material disponível na
propriedade.
O sistema Áster, com base em levantamento da fruticultura comercial no Rio Grande do
Sul, reporta sobre a necessidade de se realizar trabalhos de pesquisa com a cultura da figueira
em ambiente protegido devido à importância econômica e algumas características da planta,
como possibilidade de manter um porte arbustivo (baixo e compacto) com a poda; a baixa
necessidade de horas de frio durante o inverno para brotar, possibilitando iniciar o retorno de
capital já no primeiro ciclo; o apodrecimento de frutos ocasionados por chuvas no período da
colheita; além da oportunidade de reduzir a lacuna de oferta de frutos para consumo in natura,
antecipando a entrada no mercado e retardando o final da colheita (REIS;
MAMAKISISHIMA, 2002).
De acordo com estudos de Nienow et all. (2006), o cultivo do figo em ambiente
protegido permitiu ampliar o período de safra, evitou perdas por podridão e rachadura de
frutos, causadas pelas freqüentes chuvas no período de colheita. Os mesmos autores
concluíram que a produção em ambiente protegido de 41 t.ha-1
e 43 t.ha-1
, em plantas no
segundo e terceiro anos de cultivo, respectivamente, representa o acréscimo médio de 40% em
relação aos máximos rendimentos alcançados a campo no Brasil, e 280% em relação às
menores produtividades, ressaltando, entretanto, que a tecnologia prevê o cultivo em alta
densidade e com manejos de irrigação e de fertirrigação.
2.4 ANÁLISE DE CRESCIMENTO
Para o sucesso da atividade agrícola, é necessário o conhecimento dos fatores do meio
físico que afetam os processos fisiológicos e fenológicos das plantas.
Segundo Taiz e Zeiger (2004), o crescimento de plantas é definido como o aumento
irreversível de volume, sendo a expansão celular o maior componente do crescimento vegetal,
governada pela pressão de turgor, ou seja, durante este processo as células das plantas
aumentam várias vezes em volume e tornam-se altamente vacuoladas.
Para Benincasa e Leite (2004), o crescimento de uma planta resulta da interação de
mecanismos físicos e bioquímicos bastante complexos, a maioria dos quais pouco
esclarecidos ou mesmo desconhecidos. O crescimento envolve sempre desenvolvimento, e
este, por sua vez significa mudança, nas relações internas de células, tecidos, órgãos da planta
inteira, em consequência, as relações com o meio externo também se modificam.
21
O crescimento (desenvolvimento) é um dos estádios do ciclo vital da planta e depende
da absorção e do processamento do material absorvido como: água, energia, CO2 e nutrientes
do solo. A forma e a direção do crescimento dependem das interações entre o potencial
genético da planta e o ambiente. O metabolismo de cada parte de uma planta depende das
relações internas interagindo com o meio, com o qual troca matéria e ou/energia.
(BENINCASA; LEITE, 2004).
A análise de crescimento é um método de grande utilidade para a avaliação das
diferenças no comportamento de cultivares influenciada por práticas agronômicas, efeitos de
competição ou climáticos e por fatores intrínsecos associados à fisiologia da planta
(ANDRADE et al., 2005; GUIMARÃES et al., 2008).
Os princípios e as práticas da análise de crescimento têm como objetivo descrever e
interpretar o desempenho de determinada espécie em ambiente natural ou controlado
(LIEDGENS, 1993; BENINCASA, 2004).
A disponibilidade de radiação solar é um dos fatores que mais limitam o crescimento e
desenvolvimento das plantas. Toda energia necessária para a realização da fotossíntese,
processo que transforma o CO2 atmosférico em energia metabólica, é proveniente da radiação
solar (TAIZ; ZIEGER, 2004). Larcher (2000) afirma que para a planta, a radiação é fonte de
energia e estímulo regulador do desenvolvimento e, segundo Mota (1987), não só a qualidade
espectral da energia solar, referente aos diferentes comprimentos de onda, mas também a sua
intensidade desempenham papel fundamental no desenvolvimento morfológico das plantas.
Quando as plantas recebem adequado suprimento de água e nutrientes, a produção de
fitomassa seca é controlada pela radiação solar disponível (MONTEITH, 1965). Entretanto,
apenas uma parte dessa radiação incidente é aproveitada pelas plantas, sendo dependente de
parâmetros físicos, biológicos e geométricos.
Um dos elementos fundamentais para a avaliação das condições fisiológicas de plantas
ou culturas é a área foliar, que depende do número e do tamanho das folhas, bem como, do
seu tempo de permanência na planta. A área foliar de uma cultura é amplamente utilizada
como parâmetro indicativo de produtividade, pois o processo fotossintético depende da
interceptação da energia luminosa e da sua conversão em energia química (FAVARIN et al.,
2002).
De acordo com Gower et al. (1999), a estimativa da área foliar pode ser realizada por
métodos diretos e indiretos. Os diretos, com coleta periódica de amostras da planta para a
medição planimétrica ou gravimétrica, são métodos destrutivos e têm como limitações a
aplicação em amostras com disponibilidade limitada e a impossibilidade de avaliação, na
22
mesma amostra, de outras características além da área foliar ao longo do tempo (ARAÚJO et
al., 2005). Os métodos indiretos, não destrutivos, usam como base medidas da transmitância
da luz através das copas ou do dossel contínuo, onde normalmente se considera que as folhas
têm uma distribuição aleatória nas copas. São métodos que poupam amostras e, com a
utilização de equipamentos modernos, fornecem resultados rápidos e com razoável precisão.
A caracterização do crescimento vegetal pode ser satisfatória quando feita por método não
destrutivo, como a determinação da altura, da área foliar, da largura ou do comprimento da
folha (MAGALHÃES, 1985).
A análise de crescimento não destrutiva visa estudar o aumento dos fitossistemas
eucarióticos, sem destruir as plantas e, assim, os mesmos indivíduos podem ser mensurados
durante o ciclo biológico, tendo como valores primários a altura de plantas, o diâmetro
caulinar e a área foliar. Esse método tem sido bastante utilizado para investigação do efeito de
fenômenos ecológicos sobre o crescimento na adaptabilidade de espécies em ecossistemas
diversos, efeito de competição de cultivares e influência de práticas agronômicas sobre o
crescimento (SILVA et al., 2000; MAGALHÃES, 1979).
A utilidade do conhecimento da superfície foliar para a avaliação de técnicas culturais
como poda, adubação, densidade de plantio e aplicação de defensivos ocorre porque a folha é
o principal órgão no processo transpiratório, sendo responsável pelas trocas gasosas entre a
planta e o ambiente (PEREIRA et al., 1987).
Diversas são as formas de se medir a área foliar de um cultivo, porém muitas são
inadequadas por serem destrutivas e por dependerem de aparelhos que só estão disponíveis
em laboratórios, ou ainda, por demandarem excessiva mão-de-obra para execução (SOARES
et al; 2005).
Métodos clássicos de determinação da área foliar em culturas agrícolas consistem na
medida da área foliar usando-se planímetro (integradores de área), ou relações específicas
entre determinada medida da folha (i.e., largura, comprimento etc.) e sua área (SBRISSIA;
SILVA, 2008). O uso da planimetria torna-se difícil em folhas com bordas irregulares
(GONÇALVES et al., 2002), além de ser bastante trabalhoso e demorado. Os integradores
ópticos de área foliar (ex.: LI-COR 3100, area meter) são aparelhos bastante precisos, mas
não são fabricados no Brasil e, por isso, são caros e de difícil manutenção. Além disso, o
equipamento tem dimensões que limitam a leitura em folhas muito largas (GODOY et al;
2007).
O uso de imagens digitalizadas para medida da área foliar é uma alternativa aos
métodos citados. Entretanto, segundo GODOY et al. (2007), a necessidade de um programa
23
computacional (software) capaz de processar a imagem e calcular a área desejada é uma das
dificuldades deste método, uma vez que estes geralmente são de custo elevado.
Atualmente, a obtenção de imagens digitais com boa resolução pode ser realizada
através de câmeras digitais de modo rápido e simples. Richardson et al. (2001) obtiveram alta
correlação (r2 = 0,99) entre a taxa de cobertura do solo pela grama pela análise da imagem de
câmera digital de 1.280 x 960 pixels (pixel é a menor unidade que compõe uma imagem
digital, e que contém os atributos de cor de cada ponto) e a taxa de cobertura calculada.
Entre os métodos para determinar a área foliar, os não destrutivos permitem a repetição
das medidas durante o período de crescimento, reduzindo alguns erros experimentais
associados a procedimentos amostrais destrutivos (NESMITH, 1992). Os destrutivos, muitas
vezes, limitam a quantidade de efeitos de tratamentos a serem estudados em um experimento,
quando o número de plantas é limitado. O uso de equações de regressão para estimar a área
foliar é um método não destrutivo, simples, rápido, preciso e confiável. O procedimento usual
deste método envolve medidas do comprimento, largura e das áreas de amostras de folhas e,
em seguida, a obtenção dos coeficientes de regressão que relacionam as medidas lineares com
a área da folha (WIERSMA; BAILEY, 1975). Preciso e simples, este método matemático
elimina a necessidade do uso de medidores e reconstruções geométricas e reduz o tempo para
medições (GAMIELY et al., 1991).
2.5 ADUBAÇÃO COM BIOFERTILIZANTE E MINERAL
As exigências nutricionais para a cultura da figueira são pouco conhecidas, sendo que os
relatos disponíveis versam sobre o uso da adubação orgânica como prática favorável, tanto no
desenvolvimento como na produção das figueiras. De acordo com Penteado (1986), fatores de
nutrição mineral equilibrado e satisfatórios durante a fase de formação de plantas garantem
boas safras na fase produtiva das mesmas. Segundo Almeida e Silveira (1997), em
observações práticas, foi demonstrado que solos areno-argilosos, bem drenados e com bom
teor de matéria orgânica são os que apresentam melhores características agronômicas para o
bom desenvolvimento da figueira.
De acordo com a (Tabela 1), a figueira, como todas as espécies vegetais, demanda certa
quantidade de nutrientes para fazer crescer seus ramos, folhas, raízes, tronco e para sustentar a
produção de frutas. Embora as demandas nutricionais sejam variáveis em função do estado
fisiológico da planta e das retiradas de ramos e frutos, a falta de qualquer um dos elementos
essenciais pode ser limitante para a cultura. No tocante a este tema, os dados disponíveis na
24
literatura são bastante escassos, no entanto, demonstram que a fruteira responde bem a
adubações orgânicas, nitrogenadas e fosfatadas. Hiroce et al. (1979) informaram que os
nutrientes presentes em maior quantidade nos frutos de figueira são o nitrogênio e o potássio.
Tabela 1. Necessidade nutricional da cultura da figueira.
Meses de aplicação
Época de aplicação Nutriente Agosto Outubro Dezembro Abril
g/planta
Pós – plantio
N 10 10 10 -
P2O5 - - - -
K2O - 10 10 -
1º ano
N 10 20 10 -
P2O5 - - - 40
K2O - 15 15 20
2º ano
N 20 40 20 -
P2O5 - - - 80
K2O - 30 30 40
3º ano
N 30 60 30 -
P2O5 - - - 120
K2O - 45 45 60
4º ano em diante
N 40 80 40 -
P2O5 - - - 160
K2O - 60 60 80
Fonte:Universidade Federal de Góias.
Uma das possibilidades para se reduzir o emprego de insumos sintéticos aos solos, às
plantas e ao ambiente é a utilização, nos cultivos, de produtos orgânicos no estado sólido ou
líquido. Dentre os insumos orgânicos possíveis de utilização, o biofertilizante comum,
constituído na forma líquida sob condições anaeróbicas, além de fornecer nitrogênio, fósforo,
potássio, cálcio, magnésio, enxofre e micronutrientes, pode também exercer as funções de
fungicida, bactericida, nematicida e não é prejudicial aos inimigos naturais.
A utilização do biofertilizante é ambientalmente muito mais correta do que o uso dos
adubos químicos, pois permite a utilização dos dejetos da própria propriedade com redução
dos custos agrícolas, proporcionando aumento de renda. Em consequência, a técnica constitui-
25
se em uma alternativa para a elevação da renda dos produtores sendo, portanto propícia para
utilização pelos agricultores familiares.
O biofertilizante é um adubo orgânico líquido produzido em meio aeróbico ou
anaeróbico a partir de uma mistura de materiais orgânicos (esterco, frutas, leite), minerais
(macro e micronutrientes) e água. De acordo com Oliveira et al. (1986) e Collard et al (2001),
a aplicação do biofertilizante bovino via solo promove melhoria das propriedades físicas
tornando os solos mais soltos, com menor densidade aparente e estimula as atividades
biológicas. Geralmente reduz a acidez do solo com a utilização continuada ao longo do tempo
e o enriquece quimicamente. Essa ação se deve à capacidade do biofertilizante reter bases,
pela formação de complexos orgânicos e pelo desenvolvimento de cargas negativas
(GALBIATTI et al., 1996; COLLARD et al., 2001). Aumentos nos teores de P, Ca, Mg, N e
K no solo foram observados por Rodolfo Júnior et al. (2009) e Rodriguês et al. (2009).
Os biofertilizantes são efluentes pastosos resultantes da fermentação metanogênica e
anaeróbica da matéria orgânica por um tempo determinado podendo ainda ser definidos como
sendo compostos biologicamente ativos, produzidos com biodigestores por meio de
compostagem aeróbica e anaeróbica da matéria orgânica. Dentre as vantagens do seu uso
destacam-se o baixo custo, baixo risco de contaminação e aumento na produtividade agrícola
(SANTOS, 1992; BETTIOL et al., 1998).
A função dos biofertilizantes na nutrição das plantas e sua ação como fitoprotetor vem
sendo observada, e todas as informações convergem com a teoria de Chaboussou (1985)
quanto aos efeitos desequilibradores dos adubos minerais solúveis no metabolismo das
plantas. É certo que o referido insumo orgânico em contato com a planta, apesar de fornecer
nutrientes e compostos químicos em pequenas quantidades, suprem as demandas fisiológicas
e nutricionais da planta, além de estimular as reações metabólicas. Uma hipótese é que o
biofertilizante atue como agente que atrai as defesas naturais da planta, induzindo à
resistência sistêmica (DEFFUNE, 2001). Para Medeiros (2002) é possível que o
biofertilizante funcione como antibiótico, agindo diretamente sobre a praga ou
microorganismo fitopatogênico através de seus compostos tóxicos e imunossupressores.
BLANK (2007), trabalhando com densidade de plantio e doses de biofertilizante na
produção de campim limão, com 60 toneladas há-¹ de biofertilizante, demonstrou que houve
uma maior proporção em todas as variáveis avaliadas, havendo diferença significativa entre os
tratamentos. Oliveira et al.(2002), avaliando o efeito da adubação mineral e orgânica sobre a
produção de massa e óleo essencial de capim-limão, concluíram que somente com a
26
fertilização orgânica é possível fazer vários cortes e obter alta produtividade, o que confirma
os resultados obtidos.
Araújo (2007) constatou que doses de biofertilizante bovino, aplicados ao solo, não
exerceram influência significativa no crescimento em altura e em diâmetro caulinar do
mamoeiro Baixinho de Santa Amália, quer isoladamente ou pelas interações biofertilizante x
adubação mineral, biofertilizante x idade e biofertilizante x adubação mineral x idade das
plantas.
27
3.0 MATERIAIS E METÓDO
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EXPERIMENTAL.
O trabalho foi conduzido em área experimental originária da parceria da UFC com o
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - IFCE no Campus em Limoeiro do
Norte-Ceará (05o06’38” S; 37
o52’21” W; Altitude de 145,95 m).
As condições climáticas da área são: umidade relativa do ar, precipitação pluvial e
temperatura do ar de 73,3%, 906,1mm e 26,5°C, respectivamente (1976-2005). Na tabela 2,
demonstra-se os dados climáticos do período estudado.
Tabela 2. Valores dos principais parâmetros meteorológicos obtidos na área experimental do
transplantio ao final da primeira fase de produção do figo Roxo de Valinhos – período de
outubro 2010 a julho de 2011, Limoeiro do Norte, CE.
Período Ambiente de Cultivo
2010
-----------------------CA------------------
- ----------EST----------
-----------LT-------
---
T (oC) UR (%) P (mm) T (
oC) UR (%) T (
oC)
UR
(%)
Out 27,65 65,07 46,6 31,2 49,8 30,6 60,2
Nov 27,97 63,19 0,8 32,5 51,9 29,2 68
Dez 28,7 63,62 169,7 33,4 54,5 29,9 65,2
2011
Jan 27,21 67,99 198,2 33,4 47,8 31,4 51,5
Fev 27,7 78,02 190,7 33,4 44,4 31 54,5
Mar 26,62 79,57 134,3 33,1 56,5 29,3 58,8
Abr 26,43 90,06 108,1 33,3 51 29 70,7
Mai 26,07 80,79 150,2 32,6 53,7 29,4 70,5
Jun 25,33 76,96 15 32,9 54,5 28,8 68,6
Jul 25,45 72,2 175,2 31,7 52,7 27,7 63,5
Fonte: Estação meteorológica automática e convencional do IFCE – campos Limoeiro do Norte e
Termohigrômetro sistema Data Logger. Médias mensais de temperatura do ar (T), umidade relativa do
ar (UR), nos ambientes de cultivo (CA), (EST) e (LT) e precipitação (PPT).
As condições ambientais no experimento foram monitoradas por duas estações
meteorológicas, uma convencional e outra automática, instaladas a 50 m. No interior dos
28
ambientes protegidos (latada e estufa), o monitoramento foi realizado por meio de medidores
de temperatura e umidade relativa.
Os solos da região são caracterizados como jovens e de boa fertilidade, apresentando pH
natural de neutro a alcalino. Sua classificação é tida como Cambissolo Vermelho Amarelo
Eutrófico, textura franco-argiloso-arenoso, com argila de atividade alta a fraca.
Tabela 3. Análise química e física do solo
Análise Química
ID K Ca Mg Na Al H+Al SB CTC
--------------------------mmolc dm-3
---------------------
PROF.: 0-20 cm 9,3 122 29 3 N.D. 31,4 160,8 192,2
PROF.: 20-40 cm 8,8 135 49,5 0,6 N.D. 21,5 193,3 214,8
ID C M.O. pH P V PST M CE
---(g kg-1
)---- mg dm-3
-----%---- dS m-1
PROF.: 0-20 cm 13,8 23,8 6 57 84 2 0 1
PROF.: 20-40 cm 5,9 10,1 6,3 N.D. 90 0 0 0,2
Análise Física
ID
Composição granulométrica Densidade
(g kg-1
) (kg dm-3
)
AREIA
GROSSA
AREIA
FINA SILTE ARGILA SOLO PART.
PROF.: 0-20 cm 362 195 256 185 1,39 2,78
PROF.: 20-40 cm 218 159 314 309 1,3 2,85
3.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS.
O delineamento experimental utilizado foi em blocos completos ao acaso, com quatro
repetições. Os tratamentos consistiram da combinação de três tipos de ambientes (latada,
estufa e campo) e cinco níveis de adubação: quatro doses de biofertilizante e uma adubação
mineral; as doses do biofertilizante foi obtida pela aplicação de três litros da solução por
planta a cada 15 dias. A solução para cada dose foi obtida pela diluição do biofertilizante em
água nas seguintes proporções: D0 = zero parte de biofertilizante e 5 partes de água, D1 = 4
partes de água e 1 de biofertilizante (20%), D2 = 3 partes de água e 2 de biofertilizante (40%)
e D3 = 2 partes de água e 3 de biofertilizante (60%). Durante o período estudado, a adubação
de fundação foi feita com 20 g de MAP por cova para a adubação mineral, e a adubação
29
orgânica foi aplicado 20 litros de esterco bovino por cova. A adubação química foi de acordo
com a recomendação do produtor da região, sendo 20g de MAP, com a composição de 11%
de N, 52% de P2O5, 0 K2O.
Cada parcela experimental correspondeu a uma fileira de 4 plantas, sendo que a área
onde foram feitas as determinações (área útil) compreendeu a área ocupada pelas 2 plantas do
centro da fileira.
Figura 2. Croqui da área experimental
Fonte: Autor
O ambiente tipo latada (Figura 4) tem as laterais abertas, cuja estrutura sustentada por
coluna de madeira, coberta de polietileno de baixa densidade. O ambiente constituído de uma
estufa agrícola (Figura 3) possuía as seguintes características: altura na parte central de 4,20 m
e 3,0 m de pé direito, a estrutura construída em madeira, com teto em forma de arco de elipse
de ferro galvanizado e cobertura com polietileno de baixa densidade e tela de sombreamento.
As laterais foram fechadas com tela, com espaços de 3,0 mm. O terceiro ambiente foi a campo
aberto (ao ar livre) e todos eles tiveram as mesmas dimensões de superfície, ou seja, 32 m de
comprimento e 6,4 m de largura.
30
Figura 3. Ambiente Estufa utilizada
Figura 4. Ambiente Latada utilizada
31
Figura 5. Ambiente a Campo utilizado.
3.3 PLANTIO, ADUBAÇÃO E CONDUÇÃO DA CULTURA.
A variedade utilizada foi a Roxo de Valinhos com espaçamento 2,0 x 1,5 m (2,0 m entre
fileira de plantas e 1,50 m entre plantas na fileira). Foi realizada uma adubação de fundação
com 20 litros de esterco de curral curtido por cova e adição de 300 gramas de MAP e
micronutrientes. As adubações complementares serão feitas de acordo com a análise química
do solo e as recomendações para o cultivo do figo.
Após a constituição dos ambientes, latada e estufa confeccionada, fez-se a marcação das
linhas de plantio (a cada 2,0 m), e a abertura de covas a cada 1,5 m na linha de plantio (com
40 cm de profundidade). As mudas foram fornecidas pela empresa FIGOOD, originadas de
estacas com enraizamento de plantas matrizes da propriedade citada, tendo sido cultivadas em
saquinhos. O primeiro transplantio ocorreu em 21 de outubro de 2010, onde o replantio
ocorreu em 18 de novembro de 2010.
Quinzenalmente realizou-se roçagem manual próximo das plantas e das linhas de
irrigação.
Ao longo da condução dos trabalhos experimentais, os demais tratos culturais que
foram realizados como roçagem, podas, desbrotas, irrigação, colheita e pós-colheita
ocorreram de acordo com a tecnologia recomenda para a cultura do figo, segundo acessória da
empresa FIGOOD.
A irrigação foi realizada por meio de tubos de polietileno com gotejadores integrados
na linha (on line), com uma vazão de 2 L/h, 4 gotejadores por planta totalizando uma vazão de
8,0 L/h/planta. A quantidade de água aplicada (Tabela 4) foi de acordo com as necessidades
32
hídricas da cultura, foram quantificadas a partir da evaporação medida no tanque classe “A”
instalado em cada ambiente, sendo realizado o monitoramento dos dados climáticos pela
estação meteorológica, e através do teor de umidade do solo que foi monitorado através de
bateria de tensiômetros instalados em cada ambiente.
33
Tabela 4. Valores mensais das lâminas aplicadas por ambiente de cultivo: (CA), (EST) e (LT)
a partir do transplantio ao final do 1º ciclo – período de outubro 2010 a julho de 2011.
Período Lâmina aplicada (mm)
2010 ----------------CA--------------- EST LT
Sem Pe* Com Pe - -
Out 18,18 12,73 13,72 15,8
Nov 52,43 52,43 39,48 45,55
Dez 51,51 32,87 38,64 44,73
Subtotal 122,12 98,03 91,84 106,8
2011
Jan 76,56 38,01 56,4 66,36
Fev 74,52 20,78 53,89 64,47
Mar 85,87 33,7 61,95 74,28
Abr 78,96 44,64 61,95 68,25
Masi 49,69 25,09 34,86 42,86
Jun 95,79 91,17 69,54 82,91
Jul 91,16 87,42 68,66 81,57
Subtotal 552,55 340,81 407,26 480,7
Total 674,67 438,84 499,09 586,78
Fonte: Autor.
*Precipitação efetiva.
Quando as plantas atingiram uma altura média de 25 a 30 cm, aproximadamente 60 dias
após o plantio (DAP), procedeu-se a poda do ramo principal, classificado como a 1ª poda,
para a condução e formação da estrutura da planta, onde ficou com três ramos em forma de
taça, como pode ser visto na figura 6.
34
Figura 6. Planta da figueira com três ramos produtivos.
Quanto aos tratamentos fitossanitários, não foram adotadas nenhuma forma de controle
químico, pois não se observaram danos consideráveis às plantas causados por pragas ou
doenças, realizando-se um controle preventivo mensal com FLORANEEM (extrato de nim),
na quantidade de 1 litro de FLORANCEM para cada 150 litros de água.
3.4 PREPARAÇÃO DO BIOFERTILIZANTE
O processo de fabricação do biofertilizante líquido, na ausência de ar (anaeróbio ou
metanogênico), foi obtido a partir da fermentação em sistema fechado com esterco fresco de
gado durante aproximadamente 30 dias; tempo necessário para ocorrer o metabolismo de
alterações nos componentes do esterco, mediante ação de microorganismo, liberando os
macros e micros nutrientes e formando proteínas, vitaminas e hormônios, aumentando a sua
disponibilidade para promover o crescimento das plantas (SANTOS, 1992; BURG; MAYER,
1999).
O biofertilizante foi preparado por meio da fermentação em sistema anaeróbio, onde
nas bombonas plásticas de 200 litros conteve esterco bovino fresco e água na proporção de
50% (volume/volume = v/v), por um período de trinta dias, na ausência de ar, com a
proporção de 50% de água e 50% de esterco bovino, deixando-se um espaço vazio de 15 a 20
cm de altura no seu interior, depois fechadas hermeticamente. Na tampa foi adaptada uma
35
mangueira com a outra extremidade mergulhada num recipiente com água na altura de 20 cm,
para a saída de gases (SANTOS, 1992).
Figura 7. Preparação do Biofertilizante bovino em bombonas de 200 litros.
O biofertilizante foi analisado quimicamente para se ver as quantidades dos nutrientes
existentes em cada proporção aplicada, ou seja, ao nível de 20%, 40% e 60%.
Tabela 5. Análise Química do biofertilizante nas proporções de 20, 40 e 60%.
IDENTIFICAÇÃO MACRONUTRIENTES (g L
-1) MICRONUTRIENTES (mg L
-1)
N P K Ca Mg S Fe Zn Cu Mn B Na
20% BIO 0,14 0,22 0,25 0,11 0,06 0,05 15,5 0,02 0,02 1,86 0,94 45
40% BIO 0,23 0,23 0,49 0,24 0,11 0,08 30,1 0,8 0,02 3,4 1,09 52
60% BIO 0,4 0,32 0,68 0,38 0,17 0,12 44,38 2,38 1,06 5,28 1,38 60
IDENTIFICAÇÃO C E ( dS/m) C ( %) M. O. C/N pH
20% BIO 1,79 0,13 0,24 10 8,05
40% BIO 3,18 0,48 0,87 21 8,29
60% BIO 4,52 0,47 0,85 12 8,14
36
3.5 VARIÁVEIS AVALIADAS
Durante a condução do experimento aos (15, 30, 45, 60, 75, 90 dias após a poda de
condução) foram avaliados por método não destrutivo, a área foliar da folha índice e a área
total da planta, realizando-se a contagem do número de folhas, o diâmetro caulinar, altura da
planta e comprimento médio dos ramos.
3.5.1. Área da folha índice
A área foliar unitária foi obtida por meio da fotografia da folha mais representativa da
planta nomeada como (folha índice), retirada em uma base de cartolina branca utilizando-se
como referência cartesiana duas réguas milimétricas (Figura 8); As fotos obtidas em campo
foram avaliadas pelo programa computacional Sigma Scan® Pró v. 5.0 (figura 9) para que
fosse determinada a área foliar da folha índice. Em cada parcela, a medição foi feita em duas
plantas e foram tomadas duas fotos da mesma folha para se obter uma maior precisão na
leitura do programa, para depois se fazer a média entre as duas fotos.
Figura 8. Foto da folha pronta para passar pelo programa.
37
Figura 9. Foto do programa utilizado para leitura da área foliar.
3.5.2 Área foliar total
Para estimar a área foliar total da planta (AFT), utilizou-se a equação (1).
AFT = NF.AFu.F (1)
Em que,
NF – número de folhas por planta;
AFu –área da folha índice, cm2
F – fator de forma que corresponde a razão entre a área média das folhas e a área da folha
índice.
Para determinar o fator F, tomou-se aos 65 dias após a poda, 30 plantas; que
representavam os diferentes ambientes, doses de adubação e plantas com diferentes
tamanhos, mediu-se as seguintes dimensões (largura máxima da folha (L) e o comprimento da
nervura principal (C), inclusive da folha índice e contou-se o número de folhas.
Para se calcular a área de cada folha a partir das suas dimensões, utilizou-se o banco de
dados das fotos das folhas representativas das plantas retiradas em todas as épocas. Em cada
foto, mediram-se a largura e o comprimento das folhas e tomou-se a área foliar medida pelo
programa de computador (AFu), obtendo-se a Equação (2) com o auxilio do programa
computacional Excel.
38
AFu=2,9239 (C.L)0,7211
(r2 = 0,79) (2)
AFu- Área Foliar Unitária
C- Comprimento da nervura principal
L- Largura da folha
Com a estimativa da área foliar de todas as folhas, utilizando-se a Equação (2),
determinou-se a área media das folhas, que dividido pela área da folha índice obteve-se o
fator de forma média (F = 0,88 ± 0,05), sendo ± 0,05 o intervalo de confiança para 5% de
probabilidade pelo teste “T”.
3.5.3 Altura da planta, comprimento médio dos ramos, diâmetro caulinar e número de
folhas por planta.
A altura da planta foi obtida com a retirada das medidas com o auxilio de uma fita
métrica do solo ao final do ramo, enquanto que o tamanho dos ramos foi medido da inserção
da planta ao final do ramo, com o auxílio de uma fita métrica, e o diâmetro caulinar foi
medido com o auxilio um paquímetro digital a 20 cm do colo da planta. Foi contado o número
de folhas da planta, para auxiliar no estudo do desenvolvimento da área foliar.
Foi contado o número de folhas da planta, que também foi utilizado no cálculo da área
foliar.
3.6 ANÁLISES ESTATÍSTICAS
Os dados foram submetidos à análise de variância (ANAVA) segundo modelo
apresentado na tabela 6 e análise de regressão polinomial, considerando os fatores tipos de
ambiente (Campo, Estufa e Latada), níveis de adubação (doses de biofertilizante e adubação
mineral) e dias após a poda de formação (15, 30, 45, 60, 75, 90), conforme modelo
apresentado no resumo de quadro de variância (Tabela 6). Os valores médios foram
submetidos ao teste de Tukey a 0,05 de probabilidade e os efeitos das doses de biofertilizante
foram submetidos à análise de regressão polinomial (FERREIRA, 2000).
39
4.0 RESULTADO E DISCUSSÃO
4.1 CRESCIMENTO VEGETATIVO
A Tabela 6 da análise de variância demonstrou que houve interação tripla (IDADE x
DOSE x AMBIENTE) apenas para área foliar, para a variável altura, houve significância para
as interações duplas IDADE x DOSES e IDADE x AMBIENTE, e para o comprimento médio
dos ramos, número de folhas por planta e área foliar, foi significativa a interação dupla
IDADE x AMBIENTE. Para as variáveis diâmetro e área foliar houve, interação DOSE x
AMBIENTE.
Tabela 6. Resumo da análise de variância para as características da figueira: altura da planta
(cm), diâmetro do caule (cm), comprimento médio dos ramos (cm), número de folhas e área
foliar (cm²), quando cultivada sobre diferentes ambientes (AMB) e doses de biofertilizante e
uma dose de adubação mineral (DOSES), ao longo de 90 dias após poda de formação
(IDADE).
VARIÁVEIS
FV GL ALTURA
(cm)
DIAMETRO
(mm)
RAMO
(cm)
Nº DE
FOLHAS
(unid)
AREA
FOLIAR
(cm²)
AF
UNITÁRIA
(cm²)
Estatística F
BL(AMB) 8 0,9 ns
1,5225 ns
0,8 ns
0,9 ns
1,3 ns
1,6 ns
AMB 2 66,4** 1,8 ns
50,6** 62,8** 70,3** 27,7*
DOSE 4 0,3 ns
0,5 ns
0,3 ns
0,4 ns
0,4 ns
1,3 ns
DOSE*AMB 8 1,3 ns
2,3* 1,1 ns
0,9 ns
3,0** 3,3 ns
ERRO(A) 36 - - - - - -
DAP 5 1539,5** 831,6** 1918** 34,3** 123** 315,5 ns
DAP*DOSE 20 1,9* 1 ns
1,5 ns
1,5 ns
1,1 ns
1,2*
DAP*AMB 10 19,5** 0,8 ns
18,2** 5** 10,9** 5,8*
DAP*DOSE*AMB 40 1,4 ns
1,4 ns
1,4 ns
1,4 ns
1,6* 1,0 ns
Resíduo 225 - - - - - -
Média
96 19,7 72,9 48,4 9512,5 202,2
CV1 (%)
21,8 19 28,2 19 39,3 33,1
CV2 (%)
9,2 11,8 11 28,8 30,5 11,8
*, ** e ns
- significativo no nível de 5%, 1% de probabilidade pelo teste F e não significativo no nível de 5% de
probabilidade pelo teste F, respectivamente.
Com exceção do diâmetro, cuja interação IDADE x AMBIENTE não foi significativo, a
partir dos 30 ou 45 dias após a poda, os tipos de ambiente começaram a manifestar efeitos,
40
nas variáveis analisadas, onde de uma forma geral o ambiente estufa (2) tendeu a ser superior
aos demais, exceto para o número de folhas e área foliar aos 75 e 90 dias, que se equiparou a
latada como mostra a (Tabela 7).
Tabela 7. Valores médios de altura de planta (AP), diâmetro do caule (DC), comprimento
médio dos ramos (CR), número de folhas (NF), e área foliar (AF) em plantas de figueira aos
15, 30, 45, 60, 75 e 90 DAP submetidas a diferentes ambientes: Campo (1), Estufa (2), Latada
(3).
IDADE (DAP) AMBIENTE
ALTURA DIAMETRO RAMOS Nº DE FOLHAS AF
Unitária AF Total
(cm) (mm ) (cm) (unid.) (unid.) (cm²)
15
1 29,11 a 8,85 a 8,52 a 33 a 108,5 b 3539 a
2 33,78 a 8,56 a 10,13 a 32 a 144,3 a 4376 a
3 33,72 a 9,30 a 9,65 a 30 a 120,55 a 3451 a
30
1 49,85 b 11,61 a 28,98 b 43 a 142,3 b 5381 a
2 68,97 a 12,60 a 45,45 a 41 a 185,95 a 7024 a
3 66,11 a 13,31 a 41,77 a 41 a 158,35 b 5911 a
45
1 69,95 c 16,13 a 46,94 c 41 b 162,85 c 6232 b
2 101,59 a 16,44 a 77,31 a 59 a 222,1 a 11821 a
3 85,44 b 17,73 a 60,78 b 43 b 190,1 b 7439 b
60
1 93,11 c 21,00 a 69,95 c 40 c 174,15 b 6473 c
2 130,23 a 21,80 a 105,45 a 64 a 250,3 a 14501 a
3 109,37 b 22,19 a 84,04 b 55 b 227,7 a 11610 b
75
1 112,86 c 26,50 a 90,10 c 46 b 194,1 b 8132 b
2 155,49 a 27,49 a 130,03 a 67 a 278,9 a 16535 a
3 137,67 b 27,43 a 113,65 b 66 a 252,9 a 15349 a
90
1 121,55 c 31,68 a 110,50 c 44 b 225,95 b 8737 b
2 172,01 a 31,44 a 146,55 a 64 a 309,15 a 18051 a
3 156,92 b 31,26 a 132,96 b 63 a 290,85 a 16659 a
Ambiente 1- campo, ambiente 2 – Estufa, ambiente 3 – Latada.
Na figura 10, tem-se a demonstração que a planta obteve um crescimento de forma
constante, com a planta cultivada no ambiente estufa demonstrando uma maior intensidade.
O comportamento da cultura, entretanto, pode variar conforme a espécie e o manejo
utilizado. De acordo com Saúco (2002), o mamoeiro, em ambiente protegido, apresenta maior
distância entre os nós, aumentando a altura da planta. O cultivo em ambiente protegido
também diminui a evapotranspiração e aumenta a atividade fotossintética, além de pressupor a
adoção de medidas prévias contra as secas (ROBLEDO & MARTIN, 1988).
41
O cultivo da figueira cv. Roxo de Valinhos em ambiente protegido mostrou-se
tecnicamente viável na região de Passo Fundo, ampliando o período de colheita de figos
maduros de 3 meses para 5-6 meses, com produtividades acima de 40 t ha-1
, quando à campo,
foram obtidas médias de 15 t ha-1
(NIENOW et al., 2006).
As alterações provocadas pelo ambiente protegido sobre a temperatura, umidade do ar,
radiação fotossintética e composição atmosférica, entre outras alterações ambientais,
associadas aos tratamentos testados, influenciaram vários aspectos fenológicos, vegetativos e
produtivos da figueira (CHAVES, 2003).
Lajús (2004) considera que o início da brotação, o crescimento vegetativo e os estádios
fenológicos estão diretamente relacionados com as temperaturas; a elevação das mesmas no
interior da estufa estabelece condições que possibilitam a antecipação da poda e da brotação,
taxas de crescimento superiores às obtidas a campo, bem como, antecipação do início da
colheita de um lado, e manutenção de maturação dos frutos por mais tempo de outro,
ampliando o período de safra.
Legenda Equação R2
Y(Campo) = 1,28x + 11,9
0,988
Y(Estufa) = 1,87x + 12,4
0,987
Y(Latada) = 1,63x + 12,7
0,996
Figura 10. Crescimento da planta da figueira, em altura durante o período de 90 DAP para os
diferentes ambientes estudados (AMB 1 – Campo; AMB 2 – Estufa; AMB 3 – Latada).
A variável diâmetro caulinar teve interação entre IDADE x AMBIENTE, demostrando
um crescimento variado entre os ambientes no período estudado (Figura 11).
42
Legenda Equação R²
Y(Campo) = -14,178x2 + 8,4575x + 18,794 0,6412
Y(Estufa) = -3,7066x2 + 3,1569x + 19,254 0,507
Y(Latada) = 28,822x2 - 17,824x + 21,574 0,6116
Figura 11. Crescimento médio do Diâmetro caulinar, da figueira no período sob o efeito do
biofertilizante bovino nas doses de 0%, 20%, 40% e 60%.
A presença de água disponível e menores temperaturas as plantas de figueira ‘Roxo de
Valinhos’, propicia um rápido desenvolvimento de frutos, reflexo do maior crescimento em
comprimento do ramo da planta (CHAVES, 2003), demonstrado na figura 12.
Na variável, tamanho médio dos ramos, a diferença no quadro de médias entre os
ambientes, iniciou-se aos 30 DAP, onde no ambiente campo (1) houve desenvolvimento em
menor intensidade, enquanto que no ambiente Estufa (2) e ambiente Latada (3). Dos 60 DAP
aos 90 DAP, o desenvolvimento do ambiente estufa (2), continuou sendo superior aos demais
ambientes, Como mostra a Figura 12 e a tabela 7.
Segundo Norberto et al. (2003) e Gonçalves et al. (2006), o comprimento e diâmetro de
ramos em figueiras são fatores fundamentais para uma boa produtividade, sendo o seu
desenvolvimento influenciado por fatores como época de poda, sistema de condução e
umidade do solo. Podas realizadas no inverno (15 de julho) com desponte e umidade
satisfatória (irrigação) favorecem os promotores de crescimento, além de elevar a atividade
respiratória das plantas.
43
Legenda Equação R²
Y(Campo) = 1,3644x - 12,472
0,9993
Y(Estufa) = 1,8363x - 10,591
0,9863
Y(Latada) = 1,6294x - 11,738
0,9953
Figura 12. Crescimento médio dos ramos no período de 90 DAP para os diferentes ambientes
estudados (Campo, Estufa; Latada).
Aos 45 DAP, o ambiente Estufa teve o crescimento o ramo destacado, com 77,31 cm de
tamanho, o ambiente Latada com 60,78 e campo de 46,94 cm.
O número de folhas começou a apresentar a diferença aos 45 DAP. Aos 60 DAP houve
diferença nos três ambientes, onde no ambiente campo (1) apresentou um menor número de
folhas. Dos 75 aos 90 DAP, houve diferença apenas no ambiente campo (1), enquanto para os
ambientes estufa (2) e latada (3) não se diferenciaram, entretanto, foram superiores ao obtido
no cultivo a céu aberto. Nos ambientes 1 e 2 a partir de 60 DAP, não houve mais crescimento
no número de folhas por planta, apresentando apenas alongamento dos ramos. No final do
estudo, aos 90 DAP, houve um decréscimo no número de folhas por causa da desfolha natural
da planta, como mostra a Figura 13. Estufa (2) e Latada (3) se equipararam que por sua vez
foi bem superior ao número de folhas do Ambiente Campo (1).
44
Legenda Equação
R²
Y(Campo) = -0,0024x2 + 0,369x + 30,0
0,675
Y(Estufa) = -0,0091x2 + 1,415x + 10,95
0,972
Y(Latada) = -0,0032x2 + 0,821x + 17,5
0,936
Figura 13. Número de folhas por planta para os diferentes ambientes ao longo do período
estudado.
Na Figura 13, observa-se um comportamento polinomial nas épocas de análises, com
um R² no ambiente campo de 0,65 e nos demais ambientes, com um R² de 0,97 e 0,93.
Torna-se importante levar em consideração o parâmetro número de folhas,
considerando-se que a figueira produz na axila das folhas e um menor número pode reduzir a
produção (LAJUS, 2004).
Na Tabela 8 pode-se visualizar os resultados da ANAVA acerca da interação tripla
entre a idade da planta, o ambiente de cultivo e a dose de biofertilizante para a área foliar total
de plantas da figueira. Verificou-se que a partir dos 30 DAP e para a dose de 20% do
biofertilizante, o ambiente estufa (2) foi superior ao cultivo do ambiente campo (1), passando
a ser superior para todas as doses a partir dos 45 DAP. A dose de biofertilizante proporcionou
respostas diferenciadas das plantas em relação a sua área foliar a partir dos 60 DAP e
dependendo do tipo de ambiente, de modo que ora favoreceu ao aumento da área foliar, ora as
menores doses. O mesmo aconteceu para a adubação mineral, que ora equiparou-se a
adubação com biofertilizante, ora diminuiu-se a área foliar.
45
Tabela 8. Resumo das médias para as característica: área foliar (cm²) da figueira, quando
cultivada sob diferentes ambientes (AMB) e doses de biofertilizante e uma adubação mineral
(DOSES), ao longo de 90 dias após poda de formação (IDADE).
IDADE AMBIENTE DOSE DE ADUBAÇÃO
0 20% 40% 60% MINERAL
15
1 4285 aA 2870 aA 5085 aA 1137 Aa 4216 aA
2 3990 aA 4616 aA 6393 aA 2466 Aa 4333 aA
3 2447 aA 2958 aA 3942 aA 3146 aA 4485 aA
30
1 5912 aA 4316 bA 5303 aA 5560 Aa 5727 aA
2 8459 aA 9632 abA 6488 aA 6220 Aa 4204 aA
3 6564 aA 5495 abA 7622 aA 5222 aA 4277 aA
45
1 6432 bA 6399 abA 6133 aA 5182 Ba 6824 bA
2 13684 aA 10910 aA 9815 aA 11886 Aa 12386 aA
3 9053 abA 4980 bA 6417 aA 9640 abA 7095 bA
60
1 5091 bA 9155 bA 6416 bA 5049 Ba 5688 bA
2 15106 aA 15184 aA 15284 aA 11003 Aa 15457 aA
3 14807 aA 6809 bB 13204 aA 11748 aAB 10957 aAB
75
1 7938 bA 8454 bA 8851 bA 5764 Ba 9507 bAB
2 16459 aA 18838 aA 14813 aA 16429 Aa 15772 aA
3 13333 aA 14621 aA 15217 aA 18278 aA 14935 aA
90
1 5086 bB 12340 bA 10216 bAB 7900 Bab 7872 bAB
2 18092 aAB 19947 bA 13777 bB 16954 Aab 21180 aA
3 19831 aA 13159 bB 18085 aAB 19156 aA 12740 bB
**Letras minúsculas configuram médias entre ambientes dentro de cada época e de cada dose de adubação, e
letras maiúsculas configuram na horizontal as doses dentro de cada época e ambiente. Em cada fertirrigação
realizada quinzenalmente, foi aplicado 3,0 litros por planta de solução de biofertilizante.
A dose de 0% de biofertilizante os 45 DAP, na variável área foliar, demonstrou
diferença nas médias entre ambiente e idade, onde o ambiente campo se mostrou com valores
inferiores aos ambientes estufa e latada, durante o restante dos dias avaliados até a idade de 90
DAP.
Na dose de 20% aos 30 DAP, houve interação nos três ambientes; aos 45 e 60 DAP
houve interação nos ambientes campo e latada, não havendo diferença no ambiente estufa; aos
75 DAP houve diferença apenas para o ambiente campo (1), e aos 90 DAP houve diferença
para os três ambientes estudados.
46
Na dose de 40%, houve diferença aos 60 e 75 DAP para o ambiente campo e aos 90
DAP a diferença foi para o ambiente latada, demonstrando uma média maior que nos outros
ambientes.
Na dose de 60%, houve diferença aos 45 DAP, onde o ambiente estufa (2) obteve uma
maior média; aos 60, 75 e 90 DAP apenas o ambiente campo teve diferença significativa,
onde o ambiente latada obteve uma maior área foliar.
Na adubação mineral aos 45 DAP, houve diferença nos ambiente campo e latada, os
mesmos diferindo da estufa (2). Aos 60 e 75 DAP apenas para o ambiente campo (1) diferiu
dos outros ambientes demonstrando um menor valor. Aos 90 DAP, o ambiente estufa não
diferiu dos outros ambientes, com a estufa (2) apresentando um maior valor entre as médias.
Na interação doses de adubação x idade x ambiente, a diferença veio aparecer aos 60
DAP, e no ambiente latada (3) com a dose de 20%, 60% e adubação mineral. Aos 75 DAP a
dose mineral no ambiente céu aberto (1) diferiu das outras doses mostrando uma média maior
que as outras doses. Aos 90 DAP no ambiente (1) só não houve diferença para a dose de 20%,
onde a mesma demonstrou um valor mais representativo em relação as outras doses. No
ambiente (2) houve diferença para 0%, 40% e 60%, onde as doses de 20%, 40% e mineral,
onde a dose de 40% apresentou uma média maior.
Na figura 14, o crescimento da área foliar, durante a época das análises teve um
comportamento linear, assim como, o número de folhas.
Legenda EQUAÇÃO
R²
Y(Campo) = 64,996x + 2944,7
0,9488
Y(Estufa) = 188,97x + 2071,7
0,9695
Y(Latada) = 187,39x + 169,39
0,9798
Figura 14. Crescimento da Área foliar, ao longo do período estudado.
47
A área foliar teve diferença significativa, demonstrado pela ANAVA (Tabela 6), na
tabela do teste de médias essa diferença foi mais demonstrada, a partir dos 45 DAP, sendo
obtido no ambiente estufa (2), o melhor desenvolvimento, e o ambiente campo (1) é que se
mostrou menos significativo. A área foliar, neste caso, demonstrou-se diretamente ligado a
altura da planta, comprimento do ramo e número de folhas. Aos 75 e 90 DAP, o ambiente
Latada (3) se equiparou ao ambiente Estufa, pois a área foliar total da planta está diretamente
ligado ao número de folhas.
As variáveis diâmetro e área foliar foram significantes para tratamento x ambiente, onde
a área foliar aos 30 DAP começou a ter diferença no teste de média apenas para a dose de
20% de biofertilizante. Aos 45 DAP, houve diferença entre as médias para as doses de 0%,
20%, 60% e Mineral, não havendo diferença entre as médias para a dose de 40% de
biofertilizante. Nas idades de 60, 75 e 90 DAP, houve diferença entre as médias analisadas.
Verifica-se na Tabela 8, que apenas a altura diferiu entre as doses de biofertilizante e
adubação mineral, na idade de 90 dias após a poda (DAP), onde a dose de biofertilizante a
nível de 40% foi superior a maior dose e a adubação mineral. As demais variáveis, que não
houve interação entre idade x adubação, as doses de biofertilizante e adubação mineral não
influenciaram significativamente.
Como mostra a Tabela 3, (análise química e física do solo), o solo onde foi
desenvolvido o experimento tem um alto teor de potássio e cálcio, onde o biofertilizante não
apresentou efeito no desenvolvimento na cultura da figueira, no decorrer do estudo, podendo
sim apresentar em um maior tempo de estudo com a aplicação do biofertilizante.
O crescimento em altura das plantas de figo aumentou linearmente da idade de 15 aos
90, dias após poda de condução, como mostra a Figura 10.
Pela tabela de médias (Tabela 9), verificou-se que as doses de biofertilizante bovino,
aplicadas ao solo, exerceram influência significativa no crescimento da altura a partir dos 30
DAP.
Mesquita (2005), registrou que o crescimento em altura e o diâmetro das plantas da
mesma idade aumentaram com as doses de biofertilizante comum aplicado ao solo na forma
líquida. Entretanto, a avaliação estatística está em acordo com Souza (2000), Araújo (2005) e
Alves (2006) ao concluírem que a aplicação de biofertilizante puro não resultou em aumentos
estatisticamente significativos do crescimento das plantas em altura e diâmetro caulinar do
pimentão, como neste trabalho, o biofertilizante não foi aplicado puro e sim com uma dose de
60%.
48
Tabela 9. Valores médios de altura de planta (AP), diâmetro do caule (DC), comprimento dos
ramos (CR), número de folhas (NF), e área foliar (AF) em plantas de figueira aos 15, 30, 45,
60, 75 e 90 DAP quando submetidas a diferentes dosagens de biofertilizante bovino (0 a 60%)
e uma adubação mineral ( MINERAL).
IDADE
(DAP)
DOSES DE
BIOFERTILIZANTE E
MINERAL
ALTURA
( cm)
DIAMETRO
( mm )
RAMOS
(cm)
Nº DE
FOLHAS
(unid.)
AF
UNITARIA
(cm²)
AF
TOTAL
(cm²)
15
0% 34,38 a 9,12 a 11,62 a 31 a 130,25 ab 3632 a
20% 32,76 a 9,02 a 9,92 a 28 a 126,75 ab 3533 a
40% 32,53 a 9,12 a 8,27 a 37 a 141,25 a 5138 a
60% 31,09 a 8,78 a 9,89 a 25 a 94,33 b 2278 a
MINERAL 30,27 a 8,48 a 7,45 a 36 a 129,67 ab 4362 a
30
0% 63,57 a 13,38 a 40,75 a 47 a 162,33 a 7007 a
20% 62,10 a 12,52 a 39,51 a 42 a 165,67 a 6580 a
40% 59,87 a 12,52 a 37,92 a 40 a 174,33 a 6523 a
60% 62,21 a 12,54 a 38,113 a 44 a 150,42 a 5644 a
MINERAL 60,45 a 11,60 a 37,40 a 33 a 158,25 a 4773 a
45
0% 84,28 a 16,68 a 60,63 a 54 a 197,50 a 9790 a
20% 87,26 a 17,56 a 64,25 a 43 a 189,67 a 7491 a
40% 83,58 a 16,72 a 57,91 a 38 a 203,58 a 7475 a
60% 85,19 a 16,73 a 59,83 a 53 a 182,67 a 8899 a
MINERAL 88,00 a 16,15 a 65,74 a 50 a 185,00 a 8832 a
60
0% 114,68 a 22,52 a 91,37 a 54 a 226,17 a 11751 a
20% 111,92 a 21,28 a 85,07 a 53 a 208,75 a 10455 a
40% 104,53 a 21,25 a 81,37 a 56 a 226,42 a 11648 a
60% 112,61 a 22,21 a 88,11 a 49 a 208,00 a 9688 a
MINERAL 110,77 a 21,04 a 86,51 a 53 a 217,58 a 10766 a
75
0% 137,07 a 26,72 a 113,22 a 56 a 244,67 a 12629 a
20% 137,26 a 27,24 a 111,99 a 62 a 244,33 a 14041 a
40% 134,036 a 26,49 a 108,12 a 58 a 242,08 a 13002 a
60% 135,58 a 28,30 a 112,34 a 62 a 229,75 a 13569 a
MINERAL 132,78 a 26,96 a 110,62 a 60 a 249,00 a 13453 a
90
0% 149,62 ab 31,05 a 131,14 a 53 a 284,42 a 14389 a
20% 152,75 ab 29,78 a 129,02 a 59 a 282,25 a 15279 a
40% 160,37 a 32,38 a 136,02 a 58 a 269,17 a 14082 a
60% 143,53 b 32,41 a 128,71 a 62 a 255,17 a 14691 a
MINERAL 144,67 b 31,69 a 125,12 a 53 a 285,58 a 13971 a
Quantidade de biofertilizante aplicada por planta para uma dose de 100% até aos 15, 30, 45, 60, 75 e 90 DAP:
foram de 3, 6, 9, 12, 15 e 18 L por planta.
Observando os valores na tabela 9, verifica-se que o diâmetro das plantas aumentou ao
longo da idade do pomar, como era de se esperar. Os valores oscilaram de 9,12 a 31,05 para a
testemunha. Diferentemente dos resultados mostrados na Tabela 9, Santos (2009), trabalhando
com diferentes doses de biofertilizante no cultivo da erva-cidreira-verdadeira (Melissa
officinalis L.), demonstrou que maiores concentrações de esterco bovino em Vitassolo
proporcionaram um efeito crescente para altura das plantas.
Na Figura 15 verifica-se a interação entre Idade x Dose x área foliar.
49
Legenda EQUAÇÃO R²
Y(0%) = 16,643x + 4917,1 0,1316
Y(20%) = 119,08x + 1003,9 0,9384
Y(40%) = 69,676x + 3342,8 0,893
Y(60%) = 65,322x + 1669,2 0,6941
Y(MINERAL) = 54,255x + 3790,6 0,6665
Legenda EQUAÇÃO R²
Y(0%) = 182,73x + 3038,4 0,9144
Y(20%) = 206,75x + 2333,4 0,9735
Y(40%) = 128,32x + 4358,3 0,776
Y(60%) = 194,64x + 607,8 0,9253
Y(MINERAL) = 232,4x + 20,678 0,9252
50
Legenda EQUAÇÃO R²
Y(0%) = 215,2x - 292,16 0,9373
Y(20%) = 152,79x - 17,514 0,8156
Y(40%) = 191,01x + 719,93 0,9288
Y(60%) = 231,09x - 933,72 0,9703
Y(MINERAL) = 146,88x + 1370,4 0,8552
Figura 15. Crescimento de área foliar total por planta para os ambientes Campo (A), Estufa
(B) e Latada (C), para as diferentes doses de biofertilizante e adubação mineral.
51
5.0 CONCLUSÕES
Houve diferença significativa entre os ambientes estudados, sendo que o ambiente
estufa proporcionou maior desenvolvimento na cultura da figueira, seguido pelo
ambiente Latada e ambiente Campo, respectivamente.
As doses de adubação biofertilizante bovino e adubação mineral não obtiveram
resultados significativos, isso pode ter ocorrido pelo pouco tempo de análise e pelo
alto teor de Cálcio e Potássio já existente no solo onde foi cultivada a planta da
figueira.
52
6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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