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ESCOLA BRASILEIRA
OU
INSTRUCÇÃO ÚTIL
A'
TODAS AS CLASSES
E X T R A H I D A
DA SAGRADA ESCRIPTURA
PARA USO DA MO CIDADE.,
P O R
JOSÉ'
D A S IL V A L I S B O A , V IS C O N D E D E C A Y R U ' ,
SENADO R DO IM PÉR IO, MEMBRO DA SOCIEDADE
P H IL O S O PH I CA D E P H I L A D E L P H I A . B » C .
« V , M , M A U * A * * M * M l V ^ V * * M , W A M , , v , W * A < V V M M * A i \
Os
que accendem hutna luzerna
,
não a
mettem de baixo do alqueire, mas a põe sobre
o candieiro , a fim de que luza a todos que
estão na Casa.
— S. Math. V. 5.
* \ w w w w * v « * w \ w w , u , v u v n v v * m \ v w w * M , w i i
VOL. I.
RIO DE JANEIRO,
NA TYPOGRAPHIA DE P: PLANCHER-SEIGNOT.
1 8 2 7 .
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AO MU ALTO E PODEROSO SENHOR
D.
PEDRO I.
I M P E R A D O R
C O N S T I T U C I O N A L
E
D E F E N S O R P E R P E T U O
D O B R A S I L .
SENHOR
Sendo constante em hum e outro Hemispherio a
por fia dos infiéis em sobvertertm o Altar e o Throno,
pela introducção de máos livros, em que se desluz a
Sagrada Escriptura parece conveniente d firmeza
e estabilidade do Edifício P olítico, de que VOSSA
MAG ESTAD E IMPERIAL foi o glorioso FUNDA
DO R na Terra da Santa Cruz , que, para se ex
terminar delia o contagio do século , se instrua e
fortifique o espirito dos men inos lego no Ensino das
Primeiras Letras cem a lição de originaes dictemes
dos Livros Santos , que dão a evidencia interna da
Divina Revelação. Cem este desígnio fiz apresente
Collecção de varias doutrinas relativas, que entendi
não excederem a ccmprehensão dos entendimentos pue
ris , e que podem aperfeiçoar a boa índole da gera-
çi.0 nascente, que he a esperança ela ftenc
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Í N D I C E
DA
PARTE
I.
J M J M . P A U .
Dedicatória á S. M. o Imperador
Prefacio
i.
Satisfação aós Educadores . . . . i .
Recommendação de Pai
. . . . 7 .
Parenètico aos Cidadãos
. . i 5 .
Exhortação aos Educadores ..
25.
4
Honra dos Meninos
3o.
Admoestação á Mocidadc
02.
Regras dos Mestres
58.
I.
Vinda de Christo
1.
II.
Escola de Christo
5
•
I I I .
Men inos Innocentes
. . . . . . . 7 .
IV .
Cântico dos Meninos
. . . . . . . . 8 .
V .
Bom Ensino
9*
V I. Constituição do Mundo
12.
VII . Constituição do Hom em :
i 3 .
VII I .
Ser e Nom e de Deos
15*
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ÍNDICE.
IX . Degcneração da Hum anidade &•
X .
Culto Divino
. . .
1
° '
X I. Dedicação do Templo de Salomão
20.
XII. Império do Creador 22.
X I I I .
Sabedoria Divina
í*
5
*
XIV. Om nipresença de Deos 28.
' XV.
Om nipotencia de Deos
. . . . . . . . 28.
XVI . Providencia Divina 2g.
X V I I .
Bondade Divina ..
. . 3o .
XVIII. Amor e Temor de Deos -3i«
X I X ; Confiança em Deos 32.
X X ;
Juizo de Deos
. . .
. . . . ,
34.
X X I .
Protecção Divina
. . • 35 .
X X I I .
Gratidão á Deos
# 36 ,
X X I I I .
Dedicação á Deos:
38.
X X I V .
Resignação á Deos
, . 5g .
X X V .
Louvores d Deos
. . . . . , . . . . 4
o
'
XXVI .
Hum ilhação á Deos
v
43^
X X V I I .
Propiciação á Deos
- - . , . . . . , . 4 4 ,
XXVIII , O ração de Salom ão . . . . . . . 45.
X X I X .
Irmandade e Linhagem dos IIo-
™ens , . , . , . . .... 4
7
.
X X X . H om em B em aven tu rado . . . . . . . 48 .
X X X I . D eosts dos Idolatras . . , . . : . . . . . 5 a,
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INDICÈ.
X X X I I .
Origem
da
Idolatria . . . . .
•.
55.
X X X I I I . Condemnação da Impiedade . . 58.
X X X I V .
Vocação Gefal . . . 5g.
X X X V .
Causa ela Perdição
6 o.
X X X V L
Destruição
dos
Multados . . . . 61.
X X X V I I .
Pessoas que
se
salvão
. . . . ,.. 62.
X X X V I I I .
Salvação dos Justos . . . . , . . . 63<
X X X I X .
Diseursq^
dos
ímpios *. 65.
X L .
Sacrifícios ímpios
. , . 67.
X L I .
Queda dos ímpios . . , , . . . . . 67.
X L I I .
Livre Arbítrio . . . . . . . . .
r
... . 70,
XLIII-.
Homem
Pio
, . . , . 7j,
X L IV .
Apóstata
e
Intrigante
. .
, , . , , .
72.
X L V .
Justiça
de
Deos
, 73,
X L V I .
Justos
e
Injustos
. . . .
. . . . . .
A
.
76.
X L V II .
Immortalidade et'Alma . 77.
XLVII I . Morte do Justo, do Sabia e do
ímpio..... . , 79
XLIX. Vida Eterna
,.
84.
L» Ressurre ição Final . . . . . .
t
. . . . 85.
L I.
Reelempção da Humanidade . -.. 86-r
LII .
Missão ele Christo . . . . . . . . . 87.
LII I .
Revelações
de
Christo
. . . . 88.
LIV.
Doutrinas de Christo . . , , . , . 89*
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ÍNDICE.
9
3 .
9
5 .
98.
1 0 1 .
1 0 2
LV .
Esmola e Oração
LVI . Hypocrisia e Avareza
LVI.I.
Regreis Moraes
LV1II.
Amor do Próximo
L I X .
Misericórdia aos Penitentes
L X .
Pcccador Arrependido
io3 .
L X I .
Filho Pródigo
104.
L X I I .
Fariséo e Publicano
106.
L X I I I .
Ovelha Perdida
.
.*
107.
L X I V .
Juiz Iníquo
108.
LXV. O
Cruel Condejnnado
. . . . . . . í o y .
LXVI . /
Lição de Civilidade
110.
L X V II .
Reino dos Ceos
112.
L X V II I .
Parábola do Semeador
. . . . 1 16.
L X I X .
Parábo la dos Talentos ..
119.
L X X ,
Rebeldes
'
Destruídos
121 *
L X X I .
R ico A varento . . . . . .
122.
L X X I I .
Sermão das Bemaventuranças
124*
L X X I I I .
Exposição da Lei . '.' 1
26.
L X X I V .
Pergunta de Joven
. . . . . . . 1 2 9 .
L X X V .
Discípulos de Fariséos
. . . * . 129.
L X X V I .
Dou tor da Lei %
i 3 o .
L X X V I I .
Mancha do Homem
i32 .
LXXV1II . Dever do Perdão 133.
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ÍNDICE.
L X X I X .
Dou toures Hypocritas
. . . . 1 33 .
L X X X .
Dever da Renificencia
. . . i 3 5 ,
L X X X L
Dia do Juizo
i 3 8 .
L X X X I I .
Tolerância de Christo
i 3 8 .
L X X X I I I .
Divindade de Christo . . . .
14
1
—
L X X X I V . Ma gistério de Christo . . . . . 142.
L X X X V .
Patriotismo de Christo
i 4 3 -
LXXXVI. .
Política de Christo
. . . . . . . . i44*-
L X X X V I I . Divino Poder de Christo. . . i44«
L X X X V I I I .
Milagres de Christo
. . . , . . i45 . .
LXXXIX.. .
Inquirição Farisaica
i5o . .
X C .
Censurados Judeos . . . . . . 153.
X C I .
Instrucção dos Apóstolos . . . .
i54>
X C I I .
Sacramento da Eucharistia
. . 155..
X C I I I .
Orações ele Christo
i56 .
X C I V .
Profecia Cumprida
160.
X C V .
Novo Testamento
160.
X C V I .
Paixão de Christo
164-
X C V II .
Ressurreição de Christo . .
170.
X C V I I I .
Testemunhas da Ressurreição .
171.
X C I V .
Ascensão de Christo . . . .
174.
C.
Vinda do Espirito Santo
17o.
C l . Concelho Judaico 176.
CII . Effeitos da Oração e Esmo la
. . . 180 .
Protestação de Fé ..
182 .
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w^m^—t^^^haÊ^m^^ém
ftfWw.
O c e l e b r a d o J u r i s c o n s u l t o I n g l e z J E R E
M I A S B E N T H A M n o an uo d e 1 8 1 6 d eo á
l u z e m L o n d r e s l i u m a i n si g u e O b r a , q u e
a p p e l l i d o u C H R E S T O M A T H I A , o u I N S T R U C -
ÇAÕ ÚTIL , q u e c o n té m h u m sysfcerna d e
E n s i n o do s E s t u d o s M a i o r e s , d e s t i n a d o
ás c l a s se s m éd i a s
7
e a l t a s . A h i . a p r e s e n
t a D u a s T a b e l l a s e m q u e d e l in e o u e m
m e l h o r o r d e m , e m a i o r a m p l i t u d e
?
o s
R a m o s d a S u p e r i o r L i t e r a t u r a , q u e s e
v ê e m n o M a p p a E n c y c l o p e d i c o d è P a r í s
f
.
e n o P l a n o d e E d u c a ç ã o , q u e o f a m o s a
T A L L E Y R A N D p ropo z ao Corpo Le g i s l a t ivo
d a F r a n ç a ( *). E l l e i n t i t u l o u a s u a N o v a
I n s t i t u i ç ã o =
ESCOLA CHRE STOM ATH ICA
= .
(*) Veja-se a Colleceâo — Choix de Rapports. —
Vol. V.
* ii
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TV.
Per tencendo á Assembléa Legis la t iva
do Im pé rio do Bras i l o ju izo e aprov ei
t am en to de t a l O bra pa ra o r egu lam en
to dos E sta do s , considerei qu e seria con
veniente dar
k
luz para uso das Escolas
par t ic ulare s esta
CARTILHA,
que offereço por
conter Ins t rucção
*
útil á todas as classes,
e pod er servir de S up plem en to ás l ições
dos meninos 5 fac i l i tando- lhes o aprende
rem Yerdades Cap itães e m 'P u r a Fon te j
a fim de se form ar nelles espirito re c to ,
e solido ca rac ter , qu e os co nsti tua bo ns
cidadãos. Para esse effeito , qüe melhor
lição se pôde ind ica r qu e a das próp rias
palavras dos Escr iptores agiographos, que
forão Mes t res nas Leis Div inas , e que
del inearão o or iginal qu ad ro da Socieda
de , ind icando o pr imordia l es tado , a pos
ter ior decad ência da Const i tu ição do G ê
ne ro H u m a n o , e os saudáveis conselhos
para o melhoramento de sua conduc ta?
Depois da Doutr ina Chris tãa , que nos
ens ina a Santa M ad re Igre ja C athol ica ,
Ap os tó l ica , R om an a , e em qu e pela
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v»
Legislação e xistente os Me stres das p ri
meiras Letras são obr igados a ins truir
os discipulos de sua s E scolas , -ne nh u n s
conhecimentos se podem considerar mais
dignos de fazer parte da Geral*-Educa
ção , e dos E xe rc id os diários das m es
m as Esc olas , do qu e hu m a Collecção de
Doutr inas Rel ig iosas , Econômicas , e Mo
raes , que se achão na E sc r iptu ra Sagra
d a , e qu e são as Colum nas da Civi lisa-
ção , e veneraveis D ocu m entos da O r
de m Social , estabelecida pelo R eg ed or
do Universo .
O es tudo da Sagrada Escr iptura só pô
de ser profun do nos Ec clesiasticos j p o
rém todas as Classes de pessoas interes-
são em saber algumas das suas doutr i
nas sobre a or igem da Sociedade , Rel i
g ião , In d u s t r i a , e que be m se podem
considerar como REGRAS DA VIDA. E s t a n
do p orém alli d ispersas , só po de m fazer
co nsta nte imp ressão n os espiri tos , a p re
sentando-se unidas .
El ias na tu ralm en te devem produzir ef-
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V I .
feitos os mais saudáveis , e permanentes
nos entendimentos dos meninos , ' f ixan-
do-se n a .m em ória ^,no estado da in n o -
cen cia j a f im de qu e , em certas idéa s
cardeaes , os Brasileiros se mostrem sem
pr e como os prim itivos Christãos , se
gundo se refere nos Actos dos Aposto-
l p S ,
HO MESMO CORAÇÃO, e DA MESMA AL M A.
As pr incipaes passagens des ta Col lec-
ção são das obras do Legislador do Po
vo Elei to , e dos dous ins ignes Reis de Is
rae l , D av id , e Salomão. Os M estres das
pr im eira s le tras ( qu e devem ser ins tru í
dos na H is tor ia Sagrada ) terão su m m o
cu idado em insp irar á seus discípulos a
m aior reve renc ia aos Liv ros Santo s , co
mo depósitos da Revelação de Deos ao
Gênero H um an o , pa ra a Red em pção da
CULPA ORIGIKAL , a soberba dos primeiros
pais , qu e t iverão a ph an tas ia de • p r e s u
m ir , que poder ião ser iguae s ao seu Crea -
dor , e im pu ne m ente v io larem a O rde m
qu e lhes de u pa ra se prov ar a sua f ide
l idade . El les con t inuam ente lhes m os t ra-
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VITÍ
r á õ ^ a p e r s e v e r a n ç a d a m a l í c i a d o s h o
mens em. ç incO FACTOS e M A L E S r : E S C R A V I
DÃO
, CRUELDADE , GUERRA , SALVAJARIA ,
L I B E R T I N A G E M , = q u e a i n d a s e v êe m t ão
e x t e n s a s n a T e r r a , p o r q u e n ã o t e m q u e
r i d o s u b m e t t e r - s e á L e i d o T R A B A L H O ,
PAZ , e BENEVOLÊNCIA , o r d e n a d a p e l o C r e a -
d o r e S a l v a d o r d o M u n d o .
O c e l e b r a d o R e i t o r d a U n i v e r s i d a d e
d e P a r i s , M r . R O L L I N , que se hav ia a fa -
m a d o n a R e p u b l i c a d a s L e t r a s p e lo s e u
T R A T A D O D O S E S T U D O S , q u a n d o a F r a n ç a :
se g lo r i ava de t e r R e i G hr i s t i a n i ss im o ,
e s t a b e l e c e o o u s o d e p r i n c i p i a r e m a s L i
çõ es n as Au l a s d o s
E S T U D O S P R E P A R A T Ó
RI OS p e l a ex p o s ição d e a l g um a p as sa g em
d a E s c r i p t u r a S a g r a d a : e p a r a is so fe z
h u m a COLLECÇAÕ D E MÁ XIMA S , q u e po z
á f re n t e d e h u m a O r d e m A c a d ê m i c a ,
s e g u n d o r e f e re o s e u b i o g r a p h o n a e d i
ç ã o q u e d e o d o d i to T r a t a d o e m i 8 o 5 . '
N o T o m . I I . A r t . 2 . a q u e ll e i ns ig n e M e s
t r e d e R h e t o r i c a , q u e o i n t i t u l a d o B E L -
LO
E S P I R I T O do. s écu l o p as sad o i n a u g u r o u
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a*
c o m p e n s a s m a i s d i g n a s d e s u â m a g n i f i
cên c i a , e m a i s p r o p o r c i o n ad as á v i r
t u d e . »
« E s t a P I E D A D E , cu jo ca rac te r cons i s t i a
na firme. CONFIANÇA EM DEO$ , e r a a q u e
regu lava o des t ino do povo , e íp i e de
c i d i a a b s o l u t a m e n t e d a f e li c id a d e p u b l i
c a , e d a s or te d o E s t a d o . T u d o e ra m e
d i do po r e l la j as es taç ões favoráveis
j
a
fe cu nd id ad e j a v i c toy iá sob re òs~ in im i
gos 5 a sa lva ção nos m aio re s per ig os ; a
l ibe r t a çã o do jugo es t ra nge i ro j o gozo
d e t o d as a s v a n t ag en s ^ q u e se p o d e m '
d i s f ru c ta r no se io dâ paz '. A o c on t ra r io ,
a im p i ed ad e a t t r a h i a o s f lagel lo s do Ce o ,
a fome , a pe s te , as d er ro ta s , a esc rá- ,
v i d ã o , a r u i n a i n t e i r a
1
d a s m a i s p o d e r o
sas casas ; e o c r im e sem pr e co ndu z ia
á h u m fim d e sg r a çad o . »
« E s t a s o b s e r v a ç õ e s p o d e m m u i t o s e r -
v i r a i n s p i r a r s e n t i m e n t o s d e
P I E D A D E , .
i n s eh s i v e l m en t e , ág r ad av e l i ri e r it e , s em
t r a b a l h o , s em a f fec t áção , se iri ' p a r ec e r p r e
g a r , n em f aze r L O N G A S M O R Á L I D A D É S : O -
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xnittil las , seria privar os jovens dos maio
res f ruc tos , qu e os Livros Santos encer-
rão , e fazer-lhes ig no rar a
ALMA DA ES
CRIPTURA. , ,
,., D iz mais no T o m . IV Pa r t . I . A r t . 2 :
«Para se conseguir o f im da educação
d a M oc id ad e, o pr imeiro passo que se
•deve d a r h e ; an tev er o destino á qu e se
propõe j in qu irir porqu e derrota se pôde
chegar ao alvo j e escolher GUIA hábi l e
exper imentada , que a conduza com se
g u ra n ça . A in da que seja regra judiciosa
e prudente ev i tar SINGULARIDADE , e se
g u ir os usos estabelecidos , com tud o e s
ta máxima admit te excepção. Devem-se
temer os perigos e os inconvenientes de
liu m a espécie de servidão, que nos in -
d u z a seguir cegam ente as pegadas dos
qu e nos tem precedido , CONSULTANDO M E
NOS A RAZAÕ QUE
o
COSTUME
, regulando-se
A m a is pelo q u e se faz , do qu e pelo qu e se
deve fazer . Dahi f reqüentemente resul ta ,
q u e , intr od uz ido alg um erro , elle se com-*
munica, d e msio á m ã o , e de século á
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3UÍ
s é c u l o , e v e m a c o n s t i t u i r - s e l e i p e l a
q u a l s e j u l g a q u e c a d a h u m d e v e r e g e r *
se co m o os o u t ro s , e seg u i r o
G R A N D E N U »
M E R O . E s t á p o r v e n t u r a o G ê n e r o H u m a
n o t a õ b e m c o n s t i t u í d o , q u e a p p r o v e s e m
p r e o q u e h e m e l h o r ? O co n t r a r i o n ão h e
o q u e ac on tec e ás m ai s d as vezes ? »
Q u e m a i s s e g u r a e m e l h o r G U I A s e p ô
d e c o n s i d e r a r p a r a a e c o n o m i a p a r t i c u l a r
e p u b l i c a q u e a S a g r a d a E s c r i p t u r a , e m
q u e es t á a P A L A V R A D A V I D A ?
A D A M S M I T H n a sua o b r a d a r = - R I
QUEZA DAS NAÇÕES = , t r a t a n d o d a I N S -
T R U C ÇA Õ P U B L I C A n o L i v . V C a p ,
(
I I I .
m e n c i o n a o s PROVÉRBIOS DE SALOMAÕ , cos
m o R E G R A S D A V I D A , ap p r o v ad as p o r
c o n s e n s o ç o m m u m .
L L
......
E D M U N D B U R K E
, n a s s u a s a d m i r a d a s
^REFLEX ÕES SOBRE A REVOLUJÇAÕ d a F r a n ç a
a r g u e a A s s e m b l é a í í a c i o n a l , p o r n ã o t e r
s eg u i d o o s d o c u m en t e s d o E co n o m i s l ia
S a g r a d o , o A u t h o r d o =
ECCLESIASTICO
—
T
- c ita nd o o C a p . X X X V I I I , v . 3,5 e se g.
A L E X A N D R E D E I*A B O R D E d e O Jaum
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á-spêjicte- religioso á"sua o b ra • = E S P I R I T O
D'È
AsáociAçAõ •=) f u n d a n d o a s s u a s d o u t r i
n a s eeoriomicâ*S' e m tex to s da E sc r i p tu ra . .
E s t e ' I M e m b r o d o « I N S T I T U T O ' N A C I O N A L
( h o j e U n i v e r s i d ad e ) d e « P a r i s ,* n o s eu
fcLANO DE -EDUCAÇÃO para 'O S MENINOS PO
BRES
1
i
:
d a d o s á l u z e m L o n d r e s e m 1 8 1 5 ,
a s s i m d i z
x
n ó * Ç ap . X : " A M o r a l h e a
L ín g u a U n iv er sa l dós povos , a l iga co in -
m u m d os h o m e n s , e a ESCRIPTURA SANTA
h e o L I V R O D A W O R A L . N ã o sé dev ia for
m a r E sc o l a y * - q ue* n ão se e s tab e l eces se
so b r e ' o s e t e r n o s p r ece i t o s d es t e L i v r o D i
v ino , e o s d i sc ípu los não '
T
b e b è s s é m n e l -
le o s ' seu s exe m plos , ás su as dout rinas* ,
a s s u a s l i ç õ e s . ' , ,
E s t a s A u t h o r i d a d e s d ã o - a po lo gia á
p r e s e n t e SELÉCTA.
A i n d a q u e á a l g u n s l e it o re s p a r e ç a q u e
t a e s ' d o u t r i n a s s ã o = L U G A R E S C O M M U N S ,
"COUSAS SABIDAS
•=.
E VAftAS GENERALIDA
DES
-=z
h e v e r o s i m i l q u e o u t r o s a s e s t i m e m
c o m o R E G R A S P R A T I C A S d e R e l i g i ã o , É c o n o -
• m i a , M o r a l i d a d e , e a té M Á X I M A S D S E S T A D O ,
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x m ;
q u e m u i t o c o n v é m t e r e m c o n s t a n t e rnem o-
r i a , p a r a D i r ec t o r i a r eg u l a r d o s Ne g ó c i o s
d a s N aç õ e s , a fim d e s eg u r a r - s e a sua I n
d u s t r i a , R i q u e z a , e P r o s p e r i d a d e . P o s t o -
que os an t igos povos não t ivesáem idéas
c l a r a s d a E c o n o m i a p o l í t i c a , t o d a v ia ,
c o n s t a n d o d a H i s t o r i a , q u e m u i t a s se
e n r i q u e c e r ã o e a p o t e n t a r ã o p o r s e u t r a
b a l h o e co m m er c i o , h e m an i f e s t o , q u e
n e l l e s , m a i s o u m e n o s , p o r n a t u r a e s
i n s t i n c t o s e s e n t i m e n t o s , p r e v a l e c e r ã o o s
P r i n c í p i o s F u n d a m e n t a e s d a q u e l l a S c i e r i -
c ia , e m v i r t u d e t a m b é m , e p r i n c i p a l
m e n t e , d a OR DEM SOCIAL , e s t ab e l ec i d a
p e lo S u p r e m o F u n d a d o r d a S o c ie d a d e ,
q u e só a ig no râ nc ia e m al íc ia dos Po-?
v o s , e d e s eus G o v e r n o s , t em p e r t u r
b a d o .
C í c e r o , c e l e b r a d o O r a d o r e E s t a d i s t a d o
I m p é r i o R o m a n o , i n s i n u a v a , q u e d e v ia
f a z e r p a r t e d o s E s t u d o s l i b e r a e s d a M o -
c i d a d e o l e r e m e a p r e n d e r e m d e c ór o s
m e n i n o s a LE I DAS DOZE TABOAS , á q u e
de o o t i t u lo d s = CANÇAÕ NEC ESSÁR IA :==
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( c ARMEM- NEC ESSA RIUM ) . P o r q u e o s j o v e n s
B r a s i le i ro s n ã o a p r e n d e r ã o t a m b é m , a i n
d a n a s E s c o l as d a s P r i m e i r a s L e t r a s , a
s e g u i n t e T A B E L L A d a s L e i s d o r e g i m e n
p a r t i a u l a r e p u b l i c o , q u e s ão co n f o r m es á
C o n s t i tu i ç ã o d o M u n d o , e d o G o v e r n o
T h e o c r a t i c o , e q u e s ã o r e a l m e n t e o s F U N
D A M E N T O S DA CIVILISAÇAÕ ?
H u m d o s h o r r i d o s e f f e i t o s d a R e v o l u
ç ã o d a ; F r a n ç a ( q u e a i n d a s ã o s e n t i d o s
e m h u m e o u t r o H e m i s p h é r i o ) h e o t e r -
s e c o n s t i t u í d o , q u a s i g e r a l , M O D A o p r e s
c i n d i r - s e d a E s c r i p t u r a e m t o d a a L i t e - ,
r a t u r a . O M O T E d o s p r e s u m i d o s , q u e s e
i n t i t ü l ã o
F I L H O S D A L U Z ,
m a s q u e só b r i -
l h ão n a s t r ev as , h e = F O R A A N T I G U A -
I H A S r = . T o d a v i a o s s á b i o s p ro f u n d o s e
p i o s a l li a c h ã o c o n c e n t r a d a a s a b e d o r i a
q u e V E M D O A L T O .
A t é n a F r a n ç a , n ã o o b s t a n t e a c h a r - s e
a i n d a c o n v u l s a c o m a v e r t i g e m d o s é
cu l o findo, o s E sc r i p t o r e s d e n o m e a d a
n ã o d e s d e n h ã o r e c o r r e r a o V e l h o e N o
v o T e s t a m e n t o e m c o n t e s t a ç õ e s s o b r e a
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X V .
Eco nom ia do Es ta do , e m elho ram ento
do G ov ern o , r ecomm endando a LEI DO
AMOR D E DEOS , E DO PRÓXIMO , q u e SÓ
h e capaz de trazer a UNIÃO NACIONAL , e
produzir a fel icidade domestica. O Con
de de
MONTLOSIER
na sua rece nte e fa
mosa
MEMÓRIA
sobre o
SYSTEMA RELIGIOSO
e POLÍTICO na Pa r t . I I I . Cap , I V , a s sim
conc lue : « D iz o Esp iri to Sa nto : os teu s
u
filhos serão como os renovos das oli-
" veiras no circüsito da tua m esa . — E is
H
como será abençoado o que teme a
" D e o s
„
De ver ia eu tam bé m dizer a lgum a cou-
sa para ins t rucção dos Mes t res das Pr i
m eiras L et r as . N a verdade e lles devem
ser considerados com o os segundo s P a is i
e não menos dignos de honra que os que
derão a vida , pois delles depende a boa
edu caçã o dos f ilhos , qu e a ma ior pa rte
dos Progen itores não podem , ou não sa
be m dar . Reservo para o Append ice de s
ta Car t i lha fazer - lhes a lgumas recommen-
dações . Aqui porém desde já lembro- lhes
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X V I .
o Co n se l h o d o S ag r ad o E sc r i p t o r d o so -
b r e d i t o L i v r o i n t i t u l a d o = E c c l e s i a s ti c o
C a p . X X X I I I . v . 12 .
" P o s e r ã o - t e p o r D i r e c t o r d o s o u t r o s ?
, , N ã o te e leves po r i sso : sê e n t r e e l les
, , c o m o h u m d e l l e s m e s m o s . , ,
P r i n c i p i a r e i a C a r t i l h a p e l a L i ç ã o d o
D i v i n o M e s t r e d a L e i E v a n g é l i c a j e ll a
riio stra a im po r tâ nc ia do m in i s t é r io do
B o m E d u c a d o r .
P a r a ev i t a r pe r igo d e e r ro , e toda s as
c l a s se s s e r e m seg u r as d e q u e n e s t a C a r
t i l h a n ã o s e c o n t é m s e n ã o d o u t r i n a o r -
t h o d o x a , d i v i d i n d o - a e m t r ê s P a r t e s , n a
d a p u z d e m e u s e n ã o a l g u m a b r e v e
N O T A .
H e só a B i b l i a q u e i n s t r u e . V a l i - m e
d a t r a d u c ç ã o a p p r o v a d a e c o r r e n t e d o
i n s i g n e t h e o l o g o P . A n t ô n i o P e r e i r a d e
F i g u e i r e d o . S e h o u v e r e m C e n s o r e s d e
h u m t r a b a l h o , q u e h e d e s i m p l e s O R D E M
D E M A T É R I A S ,
d es d e j á ap e ll o p a r a á A u -
t h o r i d a d é d ò A p ó s t o l o d a s G e n t e s , e
d o P r í n c i p e d o s A p ó s t o l o s .
" N ã o vos co nform eis a es te séc ulo ,
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X V I I
;
n e m v o s d e s e n c a m i n h e i s c o m d o u t r i n a s
v a r i a s , e p e r e g r i n a s , , .
44
O s h o m en s m áo s , e i m p o s t o r e s i r ão
e m p e i o r , e r r a n d o , e m e t t e n d o a o u t r o s
e m e r r o s . M a s t u p e r s e v e r a n a s c o u s a s ,
q u e a p r e n d e s t e . D e s d e a i n f â n c i a f o s t e s
ed u ca d o n as S ag r ad as L e t r a s ,~ q u e t e
p o d e m i n s t r u i r p a r a a s a lv ação , p e l a f é ,
q u e h e e m J e s u s C h r i s t o , , .
u
T o d a a E s c r i p t u r a d i v i n a m e n t e i n s
p i r a d a h e ú t i l p a r a e n s i n a r , p a r a a r g u i r ,
p a r a co r r i g i r , p a r a i n s t r u i r n a j u s t i ça , a
f im d e q u e seja perfe i to o HOMEM DE DEOS^
e p r ep a r a d o p a r a t o d o o b e m , , .
ií
P r o c u r a i , c h a r i s s i m o s , o s e r d e s a c h a
d o s i m m a c u l a d o s e i n v io l ad o s e m p a z :
N a s E s c r i p t u r a s h a a l g u m a s c o u s a s d i f f i -
c i e i s d e s e e n t e n d e r e m , q u e o s n é s c i o s
e i n c o n s t a n t e s d e p r a v ã o p a r a a s n a p e r
d i çã o . N ã o de sc aia es d a vossa firmeza.
PAUL.
ROM . X I I . 2 . = :
HEBR. X I I I .
9 .
Z=Z
T I M O T H
I I I . i 5 , 16 . 1 7. •= , I I . P E T R .
C . I I I .
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fr++-H.**fr¥*
:
*i*W
SATISFAÇÃO
A O S E D U C A D O R E S .
Fiz esta Cartilha supplementaria para as Esco
las Pa r t ic ul a re s , inc i tado pe lo exemplo da qu e
o i l lustre
João de Barros,
Pa i da Historia d o
Brasil , intitulou
Cartinha
de Grammatica da Lin-
gua Po rtugu eza, em qu e (seg un do disse ) poz
os
elementos das leteras
em modo de
arte me~
morativa,
os precei tos da L e i , e os M an da
mentos da Igreja , accrescentando hum Dialogo
da
Viciosa Vergonha ,
impresso em Lisboa em
i54o,
em qu e expoz varias do utr ina s m oraes ,
confirmando com textos da Escriptura . A obra ,
sen do rarissima , foi reiropressa naq ue lla C orte
em 1785 pelos M onges da Re al Cartucha de N . '
S. da Espada do Ceo. O Editor diz no Pr ól og o:
cc F o i h u m a das gloriosas emp rezas deste Sá
bio , e h on ra d o Portu gu ez a edu cação -da mo-»
cid ad e. Escreveo hu m a Cartilha , na qu al
* ii
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a
com exactidão e c lareza com preh end eo os p ri n
cípios do Chsisl ianismo , que os M enino s Ca lho -
licos d evem be be r j pois n ão se pôd e ver sem
p e n a , qu e na criação dos filhos sejão os Pais
tão cuidadosos da nutr ição do corpo, e que da
d o es pi r i t o, ou de todo se esqueção , ou tar
de e escaçamente se lem br em . »
« Foi M es tr e , fo i luz , e ornam ento de toda
a Naçã o Portugueza , q ua nd o escreveo o D ia lo
go da
Viciosa Vergonha ,
a qua l com mais pr o
pr iedade podemos chamar —
Ethica a
mais
pu
ra , e mais Christâa,
com qu e sempre devera
ser educada a Mocidade Por tugueza . Livro in-
com parave l , po r ser o seu objecto o mais im -
po r tante á Rel ig ião , e ao E s t ad o
;
pois se en-
sinão nel le as Máximas da honra
,
pe los pr inc í
pios da P ied ad e , sem a qua l nem h a hon ra
,
qu e seja d igna des te n o m e
,
nem Fel ic idade
v e r d a d e i r a . »
*
Re con hec end o eu o gran de esp ir i to , e zelo da
pá tr ia do ins igne His tor iador dos Descobr imen
tos d 'A fr ica , Ásia e A m er ic a , penso que o
seu Dialogo nã o se pôde hoje conside rar d e
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3
inslru cção sufficiente , n em de lingu agem co r
re nt e . Is to se manifestará da seguinte passa
gem da pag. -23i , em que censura os Educa
dores do seu tem po , e a libe rda de do ensino :
cc N em todolos qu e ensinam ler e escrev er,
n õ sã pera o ofíic io q ue t e m , quSto mais en-
tend ella , por crala que seia. E aind a qu e is
to n ã seia pera ty , dillóey pera q ue m m e ou
vir , com o
hòme zeloso do bem cômü
->•>.
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4
feito em os estud os de Coimb ra ; a qu al o bra
será posta no Cathalogo das m ercês qu e estes
reinos del ie tem recebidas, muy celebrada dos
pr es en te s , e louvada dos qu e vierem depois de
nos ».
Na pag. 331 mui sentenciosameute diz:
« Ordem desordenada he ante do merec im en
to de m and ar o prêmio , e ante do trabalho to
m ar o m anja r. Sabe que a m oeda n ã lê valia
pe la imagê de A le x an d re , de César , de Po m -
p e o , ou da lgü dos Monarchas
;
opiniã he de
p o v o , o peso e qui la tes do ouro lhe dá a u a-
lia ».
« A nd a raste iando por terra a vir tud e em di
tos , is t or ias , l ivros mo raes , e ou tras sc rip lu -
ras profanas de palavras mortaes : toma o
jugo
do Evangelho
, qu e é carga leve e su av e, a
qu al te pôd e livrar de tod olo s pirigos da sobeia
e m ingu ada v ergonha J>.
«Cõ l icèsa daquella Div/na Magcstade que
faz a to dolo s lic enc iado s em zelar a salvação d o
próximo (porque tenho es ta auçã , e outra de
p a y ) apresen tar- tey a lguãs arm as t iradas da
ar
maria da Santa Escriptura ».
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5
He mui notável a noticia qué este Escriptor
dá na
Dedicatória
da sua Obra , dizen do , qu e
no seu tempo havião
Bispos
e
theologos Ethiopes,
que aprendião a Língua Por tugu eza em Lisboa
na casa de Santo Eloy
,
a fim da propagação
da Lei de Deos n'
África
, on de já havia co m e
çad o , com o estava prophetizado no
Psalmo.
d e
David.
L X X I . v . 9 «
Os Ethiopes
se prostra-
ráò diante del le ».
Infel izmente a cúbica dos homens em grande
parte imp edio o progresso d o cu m prim ento des
ta proph ecia , pela intróçruçção no Brasil de Es
cravatura Africana. A Divina Providencia tem
gran dem ente obstado á este
horrido mal,
pelo
Grande e Christão Projecto
do Governo Inglea
d e
civilisar ei África',
pela Declaração do Congres
so dos Príncipes da Ch ris tandade da Abolição
desse enorme Traf ico; pe lo Tra tado conc luido re
centem ente entre S . M . o Imp erador do Brasi l
e E l «Rei da G ram -Bre tanh a.
A conseqüência será a rápida m ult ipl icação
de o riun do s dos Africanos; pelo evidente interesse
dos Senhores no melhor t ra tamento, no ze lo
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6
fle casamento de seus escravos ̂na religiosa edu
cação dos crioulos, no ensino das primeiras le«
trás do maior possível num ero dos libertos. As
sim não faltarão ao Império trabalhadores su"
ho rdinados , dóceis , de bons cos tumes, e habi***
tos de honesta e activa industria. Tal he ajus
ta esperança da Nação Brasileira
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R E C O M M E N D A Ç Ã O D E P A I .
Sa lomão como era m ui sá b io , en s inou o
Po vo. Buscou palavras ú t e i s , e escreveo di s
cursos ajustadissimos, e cheios de verdade.
As palavras dos Sábios são com o h u ns est í
mu los , e como hu ns c ravos profun dam ente
pregados , que por meio dos
conselhos dos Mes
tres
nos forão com m un icado s pelo uu ico Pasto r .
Não busques pois filho meu mais cousa al
guma fora destas.
Não se põe termo em multipl icar l ivros. (*)
•—
Eccles. XII.
9 . seg.
O uv i , filhos , as instru cçõ es -de h u m pai ,
i - . c
(* )
Te m- se mul t ip li cado também
livros de devo
çã o
; porém ainda os mais in te res san tes , não podem
te r a util id ade de liuma Collecção de passagens da
Es crip tur a Sagrada dignas de serem sabidas por pes-
.«oas de todas as C las se s, e idad es. C omo he obrigação
dos Fais o ins tru ir a seus filhos na pró pr ia casa , ao
menos dando-lhes as pr imei ras dout r inas sobre a
Lei
de Deos ,
p e r isso á elles , a ntes de toda a
Instruc-
fâo aos Meninos
, offerto esta
Preliminar Lição.
3 *
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8
e estai a t tentos para conh ecerdes a pru dê nc ia .
Contr ibuir -vos-he i com hum
bom dom ;
NAO
D E I X E I S A L E I D E D E O S .
E u fui tam bém filho de m eu pai , ten rin ho ,
e unigeni io d iante de m inha m ãi .
Elle me ensinava
,
e dizia ; o teu coração re
ceba as m inh as palavras : gu arda os meus pre
ceitos, e vivirás.
Peg a-te be m á do utr in a : nã o a largues j
gu arda-a po rqu e el la he a tu a vida.
N ão te deleites nas veredas dos ím pios , nem
te ag rade o cam inh o dos niáo s.
Fo ge delle , e nã o passes p or elle : desv ia-te,
e deixa-o.
Porque el les não dormem sem terem feito
m a l
;'
e se defraudão do som no , se nã o tem
arm ado a lguma sanc adi lh a .
El les comem o
pão da impiedade,
e beb em
o
vinho da iniqüidade.
M as a vereda dos ju s t o s , com o luz qu e res
plan dec e , vai dia nte , e
cresce até o dia per-
feito.
O caminho dos ímpios he tenebroso : e l les
não sabem onde vão cahir .
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9
O s t e u s o l h o s o l h e m d i r e i t o s .
N ã o t e d e c l i n e s , n e m p a ra a d i r e i t a , n e m p a ra
a e s q u e rd a : r e t ir a o t e u p é d o m a l . Po rq u e o
S e n h o r ' c o n h e c e o s c a m i n h o s , q u e es tã o á d i
r e it a ; c o s q u e e s t ã o á e s q u e r d a ,
são
h u n s
caminhos de perdição. M a s e ll e m e s m o e n d i r e i
t a rá as tu as ca r re i ra s , e gu ia nd o , p r o lo ng ará
e m p a z o s t e u s c a m i n h o s . —
Prov. IV
O q u e l em e a D eo s fará boas obras , e o
q u e e s tá b e m firmad o n a j u s t i ç a , l a n ç a rá m ã o
d a s a b e d o r i a .
E l l a l h e s a h ir á a o e n c o n t r o c o m o h u m a
mãi
cheia de honra , e o r e c e b e r á c o m o h u m a e s
p o s a v i rg e m r e c e b e a h u m e s p o s o .
E l l a o s u s t e n t a r á d o
pão da vida e de intelli-
gencia
, e l h e da rá a be b e r a agoa da s c ie nc ia ,
q u e d á sa ú d e , e se f irmará ne l le , e e l le ser á
i n c o n t r a s t a v e l , e t e - l o - h a d e s u a m ã o , e n ã o
s er á c o n f u n d i d o , e e l l a o e x a l t a r á e n t r e o s
s e u s p r ó x i m o s ; e l h e a b r i r á a b o c a n o me i o
d a Igre ja , e lh e
dará por herança hum nome
eterno.
O s h o m e n s i n s e n s a t o s a n ã o a l c a n ç a r ã o , e o s
* ii
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1 1
ue .L/eos ; e qu em se lem bra rá d e m im lá dos
altos Ceos
?
Eu não serei conhec ido entre h u m
grand e Povo : pois que he a m inh a alma en tre
o numero sem numero de todas as creaturas?
Todo o coração he entendido por Deos .
H u m avultadissimo nu m ero das suas obras
são escon didos : m as qu em pôde exprimir as
obras da sua justiça ? Po r qu an to os seus D e
cretos estão lon ge d 'alg u ns , e o
exame de to
das as cousas he na consumação.
O uv e-m e filho , e
aprende a disciplina dos
bons sentimentos.
Não sejas incrédulo á palavra do Senhor.—
Eccles. XVI.
Conserva filho os prec eitos de teu pa i, e n ão
largues os preceitos de tua m ã i. Traze-os inc es
san tem ente atados ao ' teu coraçã o , e postos á
roda de tua garganta . Quando andares , e l les
t e a c o m pa n he m ; qua ndo do r m i r e s , e ll es t e
g u ar d em ; e , em acord ando , fa lia com e l les .
O Mandamento he huma Cande ia , e a Le i
hu m a l u z , e a reprehensão da disc iplina o ca
m inh o da vida . —
Prov. VL
2 0 . seg.
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1 2
Filho quando entrares no serviço de Deos ,
te m -te firme na justiça , e prepara a tua alma
para a tentação.
Humilha o teu coração , e soffre : inclina o
teu ouvido e recebe as palavras de en te nd i
m en to , e nã o te apresses no tem po da escu -
r ida de . *
Soffre as tarda nças d e D e o s ; conserv a-te
u ni do á D eos : lem sotfrimento na tu a do r, e
ao tem po da hn m il ia çã o, tem pac iênc ia :
Po rq ue no fogo se prova o o ur o e a prata;
e aos homens que Deos quer receber, na
forna
lha da humiliação.
Cré a Deos , e elle te tirará de tod os estes
m ales ; endirei ta o teu c am in h o , e espera
nelle . Guarda o seu temor , e
envelhece nelle.
O lh a i, f ilhos , para quantos hom ens tem ha
vido n as N aç õ e s; e sabei que ne nh um esperou
no Senhor que fosse confundido.
Que homem permaneceo até agora em seus
m an dam ent os e foi desamp arado ? ou quem O
invoc ou , e foi de lle d esprezado ?
Po rqu e Deos he pio e misericordioso , e e l le
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i 3
perdoará os peccados no dia da t r ibulação;
pois he o
protector de todos, que o buscão em
verdade.
Ai do coração dob re , e dos lábios c or rom
pidos ? e das mãos que obrão m a l , e o pec ca-
do r qu e and a sobre a terra por
dous caminhos
Ai dos dissolutos de co raç ão , qu e ,n ão se
fiao de Deos, e que por isso não serão delle
protegidos
Ai do que perd erão o soff r im ento , e qu e
d c ix á rã o o s caminhos rec tos , e se extraviarão
pelas veredas corrompidas
Os que temem ao Sen hor , inqu ir i rão o qu e
lhes he agradável ; e
os que o a mão
,
serão
cheios da sua Lei.
—
Eccles. II.
Filho leya ao cabo as tuas obras com man
s id ão , e c on c i l ia r - t e - ha s , não só a es tima f
senão também o amor dos homens. '
Não procures saber cousas mais difficultosas
do que as que cabem na tua capacidade
;
e não
especules
as que são sobre as tuas
forças intel-
lectuaes
; mas cu ida sempre naque l las em qu e
D eos te m an do u cu idar ; e em, mu itas das suas
obras não sejas curioso.
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Porque
nao he necessário ver com os teus olhos
o que está escondido.
Não te appliques a esquadrinhar com muita
attenção
cousas escusadas
: e nã o examines com
curiosidade as diversas obras de Deos.
• P or qu e m uitas cousas em grande num ero te
tem s ido pa tenteadas , que
excedem
o entendimen
to do hom e m . O
coração duro
será opprimido
de males no f im da v id a ; e o q ue ama o pe
rigo perecerá nelle.
O coração que anda por
dous caminhos,
não
será
bem succe dido ; e o deprav ado de cora
ção nelles achará o seu tropeço.
A Assem blea dos soberbos nã o terá cura ;
porque o tronco do peccado se arra igara nel
l es , e não se co nh ec e r á .—
E c c le s . III. íg.
$eg.
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PARENÉTICO
A O S
C I D A D Ã O S O P U L E N T O S .
H u m d os maiores Polí t icos dos antigos tem
pos , o im m ortal Cônsul de Ro m a ,
, Cicere ,
tendo obt ido o nome de
Salvador da Pátria,
pela sabedoria e dexteridade com que sup plan -
tou a conspiração dos Per turbadores do Impé
rio ; ve nd o-o com tu d o dilacerado por facções
e discórdias , se em pregou em com por
obras
de Instrucção do Povo ,
dizendo : «
Que maior
ou m elhor presente se pôde fazer ao Estado , do
que o bem educar e instruir a Mocidade
;
es
pecialmente em tempos infelizes, em que os bons
costumes se tem alterado? Em corrigir estes ma
les por via da instrucção, he que todos os Ci
dadãos se devem esmerar com seus esforços.,,
T al he h ü m dos deveres d o Cabeça do Corpo
P o lí t i c o ; mas para ser de sem pen had o , precisa
da cooperação, não só dos estudiosos .da Li
te ra tura , mas também dos Opulentos do Pa iz ;
3 **
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visto que as rendas do Thesouro Nacional dif-
ficilmenle podem satisfazer todos os Votos dos
precisos Estabelecimentos Literários.
Muilas obras se tem escripto sobre a
Edu
cação
; porem h u m perfeito M odelo da
Ins
trucção Primaria
he desejado , mas ainda não
•oíFerecido, na T er ra da Santa Cru z.
Pr oc ur ei aprese ntar o dese nh o do Edifício
do Bem Corrimum em
Miniatura da Bíblia,
Aos que me são superiores em faculdades de
esp ir i to , e pa tr im ôn io , com pete proseguir ô
com pletar o Plan o d e Estudo s úteis , e prom o
ver as necessárias Dotações patrióticas. Póde-se
com razão dizer com o Salvador do M u nd o —•
a
messe he mu ita , e os operários são poucos.
—•
H e notório , q ue Sua M agestade Imp eria l ,
logo qu e ent rou na Regên cia do B ras il , fez
h u m a
Proclamação,
em que Deo ao M un do o
Manifesto
de Seus Magestosos S en t im en to s ,
Pa ten teand o , que hu m dos princ ipaes cu ida
dos do seu Governo era a INSTRUCÇÃO
P U
BLICA.
Por isso imm ediatamente R estaurou o Se m i-
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IO*
nosso P ai z , como a Inglaterra , onde ha m ui
tas
Escolas de Parochia,
m antidas por subs-
cripções volun tárias , em qu e tanto brilha a
be
neficência na riqueza, e a sabedoria na b ene
ficência,
segundo elegantemente diz o Conde
Ale
xandre de Laborde
no seu
Plano de Educação
dos Meninos Pobres.
H e d e notar , qu e m uitos dos Subscriptores
não dec la rão o seu nom e enviando grandes qua n
t ias ao Direc tor do Es tab e lec im ento, no genuí
no espirito da regra de beneficência do nosso
Divino Mestre
= a tua mão esquerda não sai
ba o que faz a tua direita
= : .
Este pio Escriptor declara ter s ido testemu
nh a de vis ta em hu m a Escola de Ens ino M u
tuo de
Winchester,
em qu e noio u prodígios de
adiantamento dos disc ípulos . O menino Dccu-
rião, tend o na m ão h u m
Com pêndio da B íblia,
fazia perguntas com rapidez sobre as doutrinas
do Velho e Novo Testamento , e as respostas
dos outros m enino s erão nã o men os rápidas e
acer tadas . Admirou-se sobre todos de hum meni
no , qu e recito u pela ord em das datas todas as
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ao
ma
do que he
axioma
t
farei as seguiu tes po n
der açõ es con tra os espíritos de contra dicção.
A J m ais especiosas objecções sã o : i.° que
assim com o por tal ensin o os indiv íduo s das
classes inferiores se habililão a ler
bons livros,
também podem le r
mãos livros ,
de que já ha
dilúvio em todas as l ínguas, e que
só
servem
para corruptela e perdição do s leitores :
2..°
qu e as pessoas necessárias aos traba lho s m e -
ohanicos, adquir indo conhecimentos superí ic iaes ,
se desgo sião da sua laboriosa co nd ição ; e as
pirando á m u da nç a de estado , são facilmen
te seduzid as para Rev oluçõ es po r iusidiosos de
magogos.
M as co ntra isto se oppoem os seguintes factos
decisivos , qu e tem sido notados por Escripto res
Inglezes.
O sobredilo
Laborde
co m razão affirma nu e
a Revo lução da Fra nça foi tão extensa e m or
tífera, pela ig n or ân ci a, e im m or alid ad e das iu**
fimas classes ferozes , es tim u lad as pelo
espirito
péssimo
dos ambiciosos , im po sto res , cha rlatães ,
e semi-dou tos do paiz : os ho m ens de gran de e
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2 1
solida instrucção forão as victímas dos furores da
populaca b r u t a l , e dos ardis do s mach iaveliis tas ,
Sem
dúvida as classes Ínfimas , sendo instruídas
nas P rim eiras Letra s , p od em ler máo s livros"}
m as já os lerá õ depois de terem nas Escolas lido os
bo ns livros ( cuja do utr ina lh es tenh a fortalecido o
espirito com princ ípios sãos ) e haverem adqu ir ido
o habito do bem , e a vergonha do mal.
Em Ingla te r ra , quando, se revol tou a Esquadra
Ingleza no fim do século passado , observ ou-se ,
qu e todos cs m arin he iros qu e sabião ler , se pa
ra rão-sc dos sediciosos, logo qu e lerã o a Proc lanaa-
çâo do Rei para reentrarem no seu dever. Tem-se
também al l i observado, que a maior parte dos cr i
minosos não sabem le r; e qu e a causa dos m aiores
delictos he a incúria que se tem tido na educação
do povo, c em o conservar em iguorancia das
esscnciaes doutrinas religiosas.
Em fim , comparando-se a Escócia com Ingla
terra e Ir landa , tem-se manifestado , que o cui
dad o da educação qu e se tem t i d o , ha mais de
sé c u lo , naqu elle paiz ( cujo povo antes era tão
gnorante e perverso como os destes outros paizes)
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m a ne i r a s , e aborrecedoras de tum ul to c des ord em ;
Como se pôde esperar que ellas perseverem em
s
eu s deveres , não tend o adqu ir ido hábitos de ob
servação e reflexão ; n ão se lhes ten do ens inad o
a da r valor ao b om caracter , e bo m no m e ; ne m
hab il i tado a descobrir qu e a condu cta recta he
não menos eonducente ao seu próprio interesse ,
que ao iuleresse dos outros. Para fazer os indiví
duos úteis nas suas diversas re lações, como
h o m e m , e como C id ad ão , p reci^a-çe de que
•çstejão em condição de formarem justo conceito
dos ob jectos qu e prom ovem a verdadeira felici
da de , e de reconh ecerem as fa lsasapparencias , qu e
m uit as vezes os pod em des enc am inh ar , p ara se
precauc ionarem con tra os erros em religião , m o
ral , governo, que homens mal intencionados por-
fiem pr op ag ar, J»
« A doutrina .sustentada por alguns Estadistas,
qu e h e . de vantagem á N ação a ignorância d o
poyo t raba lhador , porque
lhe segura a paciência,
e submissão ao jugo que se lhe tem imposto,
h e
não menos ab su rd a , que revol tante aos sent imen
tos da H um an ida de . A segurança derivada de tão
3***
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?s
EXHORTAÇÃO AOS EDUCADORES
Exh or to aos Ed uc ad ore s , qu e tenhão semprç
para a própria instrucção a Biblia inteira da
tiradu cção Po rtyg ue za do P
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2 6
a Elles rep arti rão en tre si os meus vestidos,'
e lançarão sortes sobre a minha túnica . »
« M as T u , S e n h o r , nã o affastes de m im a
tua assistência : applica-te a me defenderes. »
c< E u darei a co nh ece r o teu Nom e aos m eu s
Irm ãos : eu p ublicarei os teus louvores no meio
da Assembléa .»
cc A T i dir igire i , ó D e o s , os meu s louvores
n'huma grande Assembléa : cumprire i os votos
qu e f iz á Deo s em presença dos qu e o tem em . »
c< A T erra , em toda a sua exte nsã o , le m -
bra r-se-h a desta s eousas , e
ella se converterá ao
Senhor } e
todos os differentes povos das Na
ções renderáõ adorações em sua presença.
*>
cc Po rqu e o Re ino e a Soberania h e d o S e
nhor ; e porque e l le re inará sobre as gentes .»
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« Foi of íe reoide , porque e l le mesmo quiz ; ,
e nã o abrk) a sua boca ; elle será levado co
m o hum a ovelha ao ma tad ou ro , e , como hu m
Corde iro diante do que o tosquia , emmudece-
rá , e não abrirá a sua boca. » *—
Isaias LU I.
Re co m m en do aos M estres a le i tura da já c i ta
da Obra de Mr.
Laborde em
qu e mo stra os ex
pedien tes bon s , e honoríficos , com qu e se c o r
rigem as crianças sem castigos corpo raes. Elles
ahi verão na pag. 112 o monumento de hor
ror e terror , causado pela Revo lução da F ra n
ça , em qu e ím p io s , infiéis , e imm oraes , se
conspirarão a destru ir o Chris l ianismo , ch e
ga nd o o furor diabólico a
destruir as Igrejas.
A Divina Providenc ia nã o h ade perm il t ir ta l
desgraça n o Brasil . Deve ser o eom m um V oto
dos Brasileiros, que nesta Região se verifiquem
os seguintes pen sam entos daqu ellc pio Esc rip-
tor : pag 102 e 123.
r
•G*I
cc Os
velhos
em ou tro temp o forão os que le
varã o a palavra do D eo s aos povos salvagens ,
e aos Palácios dos Im pe rad ore s : hoje os
me
ninos
serão os m issionários d a m o r a l , e da ver-
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roáo 0 lan ço u po r terra , e o agitou com
vio».
lentas convulsões .
•»
cc Mas Jesu s ameaçou ao espir ito im m u nd o,
e
sarou o menino ,
«
o restituio ã seu pai.
»
ceE pasmavào todos do grande poder de
D e o s . »
ce Jesu s vend o o q u e os Discípulos cuidavão
em seus corações, tendo-lhes vindo ao pensa
mento qual delles era o maior
, tomou hum me-,
nino e o pôs junto á si:
e lh es disse :»»
cc T o d o o qu e receber este m enin o em meu
N om e , á mim m e recebe ; e todo o que re
ceber a mim , recebe aquelle qu e m e envio u.
Porque quem d'entre vós todos he o menor ,
esse he o m ai o r . » —
S. Luc. IX, Zj.
seg..
ADMOESTAÇÃO Á MOCIDADE,
Não farei injuria á Mocidade Brasileira com
o juízo temerário de qu e a corruptela do *e-
c«lo
já
tem en t rado
em todas
a s
classe».
E»-
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tou certo , que , no g er a l , os Pais e M estres
se prezãox de viver no Grêmio da Igreja Ca-
thol ica . Mas não he meno s ce r to , que , por
fatal desgraça , tam bé m ha
infiéis
no Brasil ,
depois que Livros corruptores de Nações es
trangeiras se tem espalhado no vu lgo , am ea
çando produz i r huma
geração incrédula
e
per
versa
, qu al o nosso Divino M estre da L ei
Evangélica caracterisou no seu Ev angelh o o n de
Elle diz :
Até quando heide estar com vosco ?
Até quando vos heide soffrer
? —
S. Math,
XVII. 16.
Ao s obstinados na sua incred ulid ade só d i
rijo a segu inte
Fraterna :
—
AO
MENOS
,
NAÕ
rAÇAÍS MAL
, desacreditando o uso de se lerem
nas Escolas e Casas partic ulare s a segu inte C ol -
lecção de D ou trinas das Divinas Letras , q u e
são opp ortun as a a l lum iar os entend im ento s , e
con fortar os corações das crian ças. Dep ois d e
se lhes ensinar o
Cathecismo
( que devem saber
de c ó r ) , pe lo exercício das Le i turas d iá rias
desta
Collecçâo,
em breve tem po os m en i
nos e menina s terão destreza em ler qu alq ue r
* ü
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u
i m p r e s s o , a p r e n d e n d o l a m b e m l o go c om p u r e
z a a L i n g u a g e m P a i r i a .
S e u d o a c l u a l m e n t e m u i e x t e n s o o c o n h e c i
m e n t o d a L i n g u a F ra n c e z a , e , p a r a d e s h o n ra
d o Pa i z q u e p ro d u z i o
Bossuet
,
Fenelon
, e ou
t r o s V a r õ e s i n s ig n e s c m t o d a a L i t e r a t u r a ,
n e s l e s é c u l o a p p a r e c e o h u m M e m b r o d o I n s t i
t u t o N a c i o n a l d e P a r i s M r .
Dupuis
, q u e , s e m
r ev e re n c ia á D i v i n d a d e , e á H u m a n i d a d e , a té
c o m p o z
volumosa obra
( q u e r e d u z i o d e p o i s a
Compêndio
p a r a m a i s f a c i l me n t e p ro p a g a r a m e n
t i ra ) onde affec ta provar , que não exis t io Chris to
n o s s o R e d e m p l o r , e q u e a R e l i g i ã o C h r i s tã a
h e
Idolatria do Culto do Sol
d o s O r i e n l a c s ;
a d m o e s t o á M o c i d a d e i n c a u t a , q u e n ã o d ê c r e
d i t o a o s i m p o s t o r e s q u e l h e s i n c u l c ã o a l i ç ã o
d e t ã o e n d e m o n i n h a d o l i v r o , q u e a l é já l ie
r i d i c u l a r i s a d o p o r E s c r i p l o r e s d e c r e d i t o d a
F r a n ç a , e s p e c i a l m e n t e p o r M r .
Benjamim Cons-
tant
na sua rec en te Obra sobre a —
Religião
—
e M r .
Frayssionous
—
Defeza do Christianismo
—•.
D e v e mo s t o d o s d i z e r c o rn e s t e E s c r i p t o r n o To m.
11. p a g . 1 3 9 .
Q.JJ.
e se g :
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recenies c idades do Im pé rio Ro m an o , pregava
tã o energicamente a
Christo Crucificado pela
salvação do Mundo
, n ão pertendia p re g ar ,
senão a Religião do Sol? O' vergouha O 'd e
l ír io da razão hu m ana Lam entem os estes enor
mes er ro s; e nos con gratulem os , de qu e os
inimigos do Christianismo se tenhão reduzido a
attaca-lo por tão estranhas pu erilidad es. »
Jesus Chris to declarou , que
Deos he Espirit o,
e q u e os verdadeiros adoradores o devem ad o
rar em espirito e ve rda de . —
Ev. de S. João
Cap.
IV
2 5 . H e pois a fementida calumnia
dizer-se , que o
Christianismo he o C ulto do Sol.
Elle un icam ente m encio nou a prálica dos
h o m e n s em olhar para o Ceo para conjeclura-
rem sobre os serenos ou nub lados dias . Assim
se
lê tio
Evangelho de
S. Math. Cap. XVI.
a . e seg. , on de Christo c on clu e = Sabeis c o
nh ec er qu e cousas prognostica
ts
aspecto d o Ceo,
e não podeis conhecer os
signaes dos tempos
?
JBlle falia do Sol com o ob ra de D e o s , e tes
temu nha de sua b o n d a d e , pois que o faz na s
cer igualmente sobre os bons e os máos. —
S.
Math. V. 4
5
-
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7
O C ulto do Sol e das E slrellas j i l inh a sido
condemnado muito expressamente por Sa lomão
n o
Livro da Sabedoria Cap. XJIL
2 . : e J e
su s Chris to louva a Salom ão nos term os seguin
tes , qu e nos trasiuittio o Evangelista
S, Math.
n o
Cap. XII. 42.
cc A R ain ha d o m eio d ia se
levantará no dia do Juizo contra esta geração , e
a condemnará
:
porque
1
veio lá das extr em idad es
da terra a ouvir a sabedoria de S a lo m ã o , e
eis-aqui está neste lugar quem he mais que Sa
lomão »
N os
Actos dos Apóstolos Cap
XVII.
16.
e
seg. se refere o quanto se sentia commovido o
espírito de
S. Peudo ,
quando foi pregar o Evan
gelho na Cidade de Ath enas ( que tanto p re
sum ia de sua sciencia ) ; e tod a en treg ue á
idolatr ia , e que a lguns Philosop hos Epicu reos
e Estoicos dis pu tarão com elle , e hu ns ciizião:
Que quer dizer este paroleiro
, —
porque lhes
annuuc iava a Jesus , e a ressureiçãa.
Contra os malignos que persistem na imita
ção dos blasphem os , os quaes ( segu nd o a ex
pressão do Profeta Rei —
Psalm.
LXXIJ. 9 . )
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até
puzerâo a beca no C eo
, digo , qu e trem ão
da Sentença do Juiz E terno , qu e had e decidir
da sorte dos bons e máos :
Ra ça d e V íbo ras I Com o podeis faliar cousas
bo as , sen do máo s ? porqu e a boca falia do que
está cheio o coração.
O homem bom do bom thesouro tira boas
cousas ; mas o ho m em m áo do máo thesouro
tira más cousas.
Pe las tu as palavras serás jus tific ad o; pelas
tuas palavras serás condemnado. —
S. Math.
XIIL
3 4 .
seg.
R E G R A S D O S M E S T R E S .
. ->
Aprendei de mim que sou man so e hu m ilde
de coração.
Se soubesseis o qu e h e —
misericórdia quero , e
não sacrificio
— , já mais
condemnareis aos intio-
centes.
• N ão queirais ser cham ados
Mestres
; porque
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3
9
hum só he o vosso Mestre , e vós iodos sois
ir m ã o s ; porqu e h u m só he o. vosso M estre , o
Chris to. —
S. M ath. XI.
18 . —
XII.
7 . —-
XXIII.
8 .
Não são justos perante Deos os que ouvem
a L ei ; mas os qu e fazem o qu e m and a a L e i ,
serão justificados.
Se sabes a von tade d e Deos , qu e had e ju l
gar as cousas occultas dos homens por Jesus
Christo , e disting ues 0 qu e he m ais provei
toso , iuslru ido pela L e i , tu que presum es ser
a guia dos ce go s, o farol daqu elles qu e estão
em trevas ,
o Doutor dos ignorantes,
e
Mestre de
crianças
, que tens a regra da Seiencia, e verdade
na L e i , porqu e ensinas a ou tro , e m ão ensinas
a t i m e s m o , t e glo rias na L e i , e deshonras a
De os pela transgressão da L ei ? —
S, Paul.
Rom. II.
i 3 . s e g .
Esiai sobre aviso , para qu e nin gu ém vos en
gane com a philosophia ( dos Epicureos e Esr
lo ic os ) e co m os seus fallazes soph ism as , se
gun do a t radição dos h om ens , segun do os e le
m e n tos do M u n d o , c pã o s e gundo C h r i s to ;
o * * * * *
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4P
porque nel le habita a plenitude da Divindade
corpo ralmen te . N elle he que vós estais c h ã o s ,
e elle he a Cabeça de todos os Principados e
Potestados. —
S. Paul. ad Collos. II,
8 , seg.
Hav erá . en tre vós
falsos Doutores
, que in
troduzirão
Seitas de perdição
, e negáráõ aq ue l-
le Se nh or , q ue os resgaiou f
trazendo sobre si
mesmo apressada mina.—^S. Pedro II. Ep. II.
1.
As armas da nossa milícia não são carnacs,
ma9 são poderosas em Deos para destruição das
for ti fieações , de m ba nd o os con se lh os , e ioda
a altu ra , qu e se leva nta co ntr a a sciencia de
D e o s , e red-úzindo á cativeiro iod o o en ten
dim ento para que obedeça á Chris to. —
Ep.
II. S. Paulo ad Corinth. X.
4«
&'
Sede,
m eu filho, fortificado pela Graça que
está em Jesus Chris to; e guardando as pala
vras que tendes ouvido de minha boca diante
de m uitas teste m un ha s , entrega-as ás pessoas
í ie i s , q u e sejào capazes de ensinar aos ou tros.
—
S. Paulo II. ad Timot II.
l . 2 .
Ainda qu e a
mansidão e humildade
devão ser
os aitiibuios de todos os homens religiosos , vis-
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4 » .
Sobre este ponto tão melindroso só proporei
as seguintes reflexões de h u m do s Coryp hèos da
Liberdade e Independência dos Estados Unidos
da Am erica do N orte , o celebrado
Jefferson
,
natu ral da V irg inia , onde se inlroduzio o hor-
rid o System a da escravidão dos Africanos, e de
seus o ri u nd os. —- ,.' -.-,', ,-
cc H e ind ub itav él a infeliz influencia sobre as
, m ane iras do nossO povo , p roduzid a pela exis
tência do cativeiro entre nós. Toda a commu-
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te para esse effeito. M as , na re al id ad e, no ge
r a l
;
nã o he sufíiciente. Se o pai se enfurece
.contra o esc rav o, o f ilho ainda m eni no , olh a,
e tom a as feições da c ó le ra , e pratica as m es
mas violências no circulo dos escravos pequenos,
e dá soltu ra á peior de todas a s . pa ixõ es, a
c rue lda de . E l le assim c r i ad o , ed u ca d o , e d ia
r iamente exerc ido na ty ra n n ia , tem em si a
estampa das mais odiosas singularidades. Será
hum prodigio o filho que possa conservar a sãa
mora l onde predomina tão bárbaro cos tume. Des
tru íd a a m oral idade do povo , destro e-se ta m -
.bem a sua indus tr ia . Em c l imas ca l idos nenhum
hom em traba lhará para s i m e sm o , se poder
fazer a ou tros trabalh ar para e l le . Is to tant o h e
verdade , qu e m ui pequena proporção dos pro
prietários de escravos se tem visto fazer, traba
l h o . E por ventu ra se podem
;
çons iderar , segu
ras as Liberdad es de qu alqu er N açã o, qu and p se
rem ove á ú nica sua firme base , o
trabalho li-
vre,,
co m a convicção no s espíritos do pov o, qu e
estas liberdades são
dom de Deos, e
que não
se po dem violar sem inco rrer na sua, ira ? Na
verdade tremo pelo meu paiz , quando refl ic to,
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espontânea e prodigiosamente , a
Socieda
de da Bíblia,
protegid a pelas maiores Potên
cias da C hr is ta u d ad e, m as a té em Inglaterra
na Câmara dos Communs já no anno pretéri to
passou a Le i para a abolição dos Esta tuto s in
tole ran tes da Religião C atholica , Apostólica ,
R o m an a. A ind a que esta Lei nã o fosse confir
m ada na Gamara dos Lo rds
j
pela malina in
f luencia do D uq ue de Yo rk , i rm ão do actual
Soberano George IV. , comtudo o Mundo já v io ,
com terro r dos m áos , ser elle , po uc o dep ois,
com prem atura mo rie , cham ado ao Juizo do
E te rn o. H e de consolação aos orlhod oxos o ver-se ,
que tanio na Euro pa , com o na America do
N orte nos Estados Britannic os , Pai e F il h o , (*)
se dão á luz escriptos erudilissimos em defeza
da nossa Religião , qu e só tem os Carac teres de
ser fundada na
Rocha ,
contra a qual as
por'
tas do inferno não hão de jamais prevalecer.:
, i ' .
" i i
(*) Cl irist ianity — or T hp Eviden ces and Caracter»
of The CLrist ian Rel igion — By Bishop Poyinter. —
Lon don 1827 . — A Comple t Refu ta t ion o f t be Un í t a r i an
System — By the Rev . A nton y Ko hlman n , Superior of
th e ca th olk Seminary a t Y ashisn ton Ci ty . i Ç a i .
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E S C O L A B R A S I L E I R A
P A R T E I:
INSTRUCÇÃO RELIGIOSA.
I .
PlNDA DB CHRISTO,
S A H I O h n m Ed icio de Çesar Augu sto para
que fosse alistado lodo o povo do Império Ro
m an o : e hião todos a alistar-se ^ cada h u m á
sua cidade.
Subio tam bém José de G ali léa , da Cidade
de Nazareth á Ju dé a , á Cidade de D av id , qu e
se cham ava Belém , po rq ne era da casa e fa
m ília d e Dav id , para se alistar co m a sua Es
posa , qu e estava pej ada .
E estando alli aconteceo completarem-se os dias
que havia de parir ; e pario a seu Filho Pri
mo gênito , e o enfachou e recl inou em hu m a
m ange dou ra ; p orque não havia lugar para
(
eWj
les na estala «c m .
Ora naq uella Comarca havia hu ns p astores ,
que
vigiavão , e revezavão en tre si as .vigílias d e
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I N S T R U C Ç Ã O R E L I G I O S A ; 3
A g o r a h e , S e n h o r , q u e t u d e s p e d e s a t e u
s e rv o e m p a z , s e g u n d o a l u a p a l a v ra : '
P o rq u e j á o s í i ie u s o l h o s v i r ã o o Sa l v a d o r
qu e tu nos des te :
O qua l apa re lhas te an te a face d e iod os os po vo s :
C o m o
Lume para ser revelado
a o s G e n l i o s ,
e para g lor ia d o te u Po vo d e . Is rae l .
E s e u p a i e m ã i e s t a v ã o a d m i ra d o s d a q u e l l a s
c o u s a s q u e d e l l e s e d i z i ã o .
E n t re ta n t o o M e n in o c resc ia ; e s e fo r ti f icava ,
e s t a n d o c h e i o d e s a b e d o r i a , e a g r a ç a d e D e o s
e ra c o m e l l e .
Se u s p a i s h i ã o t o d o s o s a n n o s á J e ru s a l é m
n o dia so lem ne d e Pa ,scoa : E q u a n d o teve . do . -
z e a n n o s , s u b i n d o e ll es á J e r u s a l é m s e g u n d o o
c o s t u m e d o d i a d a Fe s t a , a c a b a d o s o s d i a s q u e
e lJa d u r a v a , q u a n d o v o l t a r ão pa ra casa , ficou o
M e n i n o J e s u s e m J e r u s a l é m > sem que seus pa is
o adv er t i s sem : E c r en do qu e e l l e v i r ia co m os
d a c o m i t i v a , a n d a r ã o c a m i n h o d e h u m d i a ,
e o b u s c a v ã o e n t r e o s p a r e n t e s e c o n h e c i d o s :
e c o m o o n ã o a c h a s s e m , v o l t a r ã o á J e ru s a l é m ,
em bu sca de l le . .,JJ
E a c o n l e c e o q u e i r e s d i a s d e p o i s o a c h a rã o
n o T e m p l o a s se n ta d o n o m e i o d os D o u t o r e s ,
o u v i n d o -o s , e f a z e n d o - l h e s p e rg u n t a s .
E tod os os q u e o ouv ião , e s t avão pas m ado s
d a s u a i n t e l l i g e n ç i a , e d a s s u a s r e s p o s t a s .
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4 E SC O LA B R A S I L E I R A P A R T E I .
E q u a n d o o v i r ã o se a d m i r a r ã o . E s u a M ã i
lh e d is se : F i lh o po rqu e usas l e a s s im co m n o s -
c o ? Sa b e q u e l e u Pa i e e u t e a u d a v a m o s b u s c a n
d o che ios d e affl icão,
E e l l e l h e s r e s p o n d e o : Pa r a q u e m e b u s c a -
veis ? N ã o sab eis , qu e
importa occupar-me nas
cousas que são do serviço de meu Pai ?
E desc eo co m e l l e s , e ve io á N az a r e t h , o
estava d obediência delles,
E Jesu s c re sc ia em sa be do r ia , e em id ade „
e e m g ra ç a , d i a n t e d e D e o s , e d o s h o m e n s .
—
Evang. S. Luc
C a p . I I ,
Je su s ve io de Gal i léa te r co m Jo ã o Baptista
p a ra s er b a p i i z a d o p o r e l l e . Po ré m J o ã o o i m
pe d i a d ize ndo : E u sou o qu e devo ser bap t i -
z a d o p o r t i , e t u v e n s a m i m ?
E re s po nd en do Je su s lhe d i s se : De ixa por o ra 3
p o rq u e a s si m n o s c o n v é m c u m p r i r t o d a a j u s
t i ça . E depo i s q u e Jesu s
fo i
bap t i zado , s ah io
logo para fora da água : e eis-que se lhes a b r i
r ã o o s
Ceos,
e
vio ao
Esp i r i to de Deos que
d e sc ia c o m o h u m a p o m b a , e q u e v i nh a s o b r e
e l le ,
E eis hnma voz dos Ceos que dizia :
E S T E H E
o M E U F I L H O A M A D O , n o q u a l l e n h o p o s t o t o d a
a m i n h a ' c o m p l a c ê n c i a , '—-
Evang. S. Ma th.
I I I .
i 3 , e
seg.
Jo ão vendo a J e s us q u e v inh a pa ra e l lo d ia?
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T N S T RU C Ç A Õ R E L I G I O S A . 5
se — Eis -aqu i o
C O R D E I R O D E D E O S
: e is- aq u i o
q u e t i r a o p e c c a d o d o M u n d o .
E J o ã o d e o t e s t e m u n h o d e q u e e ll e h e o F i l h o
d e D e o s .
A Le i fo i dada por Moysés ; mas a g raça e ve r
da de fo i fe it a po r J e su s Ch r i s t o . — Evang. S.
João.
I. (a).
I I .
ESCOLA DE CHRISTO.
J e s u s e m v i r t u d e d o E s p i r it o S a n t o , v o l t o u
par a Ga l i l éa , e a fama de l l e se d iv u lg ou po r tod o
a qu el l e paiz : e e l l e en s ina va nas Syn ago gas , e
e r a a c l a ma d o
grande
p o r t o d o s .
E ve io á N aza re th , o nd e se hav ia c r i ad o ; e
(a) Não es t ranhem os Lei tores , qu e eu po nh a nesta,
Colleccão
em prim eiro lugar estas passagens da E sc rip
tura do Nove T estam ento . Sem dúvida , na ordem na tu
ral parecia que devia i r antes de tudo a Revelação do
Velho Te stam euto sobrfc a Creaçãg do M un do . P o
rém entend i , que seria bom , que logo preludiasse com
estas adm iráveis l ições que o nosso Div ino M es tre
( po r assim dizer ) na abe rtu ra de sua
Escola Catho-
lica
, deo sobre a sua M issão celeste : Re lev e-s e-m e pois
fazer esta Prelecção do que o
discípulo amado
S . Jo ão
int i tulou no sen Apocalipse C a p . X I V . 5 .
EVANGELHO
ETERNO , pelo qual seremos julgados no Dia do Juiz a,
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6 ESCO LA BRA SILEIRA PA R T E I .
en iro u na Synagoga , segun do o seu costu m e cn«
dia de Sabbado , e
levantou-se para ler:
E foi-lhe da do o Livro do Pro ph eta Isaias.
E quando desenrolou
(Jb)
o Livro , achou o logar
onde eslava escripto :
0 Espir i to do Senhor repousou sobre mim :
pelo que elle me consagrou a sua uncçâo , envi
ou-me a pregar o Evangelho aos pobres ; a sarar
os qu ebran tados de coração ; a ann un ciar aos
cativos r ed em p çã o ; e aos cegos vista ; a pôr em
liberd ade aos qu ebran tado s para o seu resgate ; a
pu blic ar o an no favorável do S enh or , e o dia da
re t r ibuição.
E havendo enrolado o L iv ro , o deo ao M i
nistro , e se assen tou. E quan tos havião na Syna
goga , tin hã o os olhos fíxos ne lle . E começou
.elle
_a
jdíz£r*-lhes :
Hoje se cumpvio esta Escripiura nos vossos
ouvidos.
E todos lhe davão tes tem u nh o, e se admiravao
da graça das palavras qu e sahião da sua boc a , e
dizião : Não he este o fil^o de José P —•
S. Luc.
Cap. IV. J 4 •> e seg.
O que d ér a beber á hu m destes pequeninos
h u m cop o d'agoa fria , só pela razão de ser
(i)
Antigen ente cLivro era rolo de pergaminho.
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ItfsTRucçAÔ R E L I G I O S A . y
m eu Discipuló , na verdade vos digo que nã o
perderá a sua recompensa.
Quando Jesus acabou de dar instrucções aos
seus doze disc ípu los , passou d'alli a ens inar
é pregar nas Cidades d'elles. —
S. Math.
X .
I I I .
MENINOS INNOCENTES.
Cheg arão á Jesus os seus discípu los dizen do :
Qu em julgas qné hè o m aior n o Reino dos
Ceos ? [E cha m and o Jesus a h u m m enin o , o
poz n o meio de lles , e disse :
Na verdade vos digo , qü è se vos n ão co n-
ve rie rd es , e vos não f ízerdes como m enin os $
não haveis de entrar no Reino dos Ceos.
T o d o aqu elle pois , qu e se fizer peq uen o com o
este menino, esse será o maior no Reino dos Ceos.
E o qu e recebe em seu N om e h u m m eni
no , ta l com o es te , a rhim he qtie recebe ;
o qu e porém escandalisar a h u m destes pe qu e
ninos , que crem em mim, melhor lhe fora que se
lhd p endu rasse tío pescoço h u m a m ó de alafo*
na , a qu e 0 lançasse t io fundo do m ar. Yé de nã o
despreseis alguns destes pequeninos' —
Ev a n g . S .
Math. C a p . X V I I I .
Algum as pessoas lh e trawão tam bém os seus
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TtfsTRtrcçAÕ R E L I G I O S A ; T I
D e o s ,
creia qüe ha Deos , o que he 'remuwè>-
úx&dr
dos qn è o bti-scão. —
S, Paul ad, Hebr.
XI. 5.
O errO
è às
trevas forão cfeíidõs cornos pec-
•bados ; e os qu e se 'regozijào do s''m al es qu e
co m m eu em , l io ni«l env elhec em . •—
Eocles.
XI. 16.
O principio do bom caminho he praticar a
jus tiça; e dian te de D eos he mais acceita qu e
immolar hóstias . -
0
-
Prov. XI.
O dom de D eos perm anec e firme nos justos ;
ê ' o prog resso "qtfê elle fáz , term ina r-se -lia em
h u m a eterna felicidade. —*
Eccles. XI.
1*7•
V irá h u m tem-pò -J
;
qua l não
:
houv e desde qu e
as gentes com eçarão a existir. E salvar-se-ha
nesse tempo aqúelle qúe for achado no
Livro.
E toda eSta mu lt idão do s que do rm em no pó
da terra , ac ordárá õ , hüUs para a vida ete rn a,
é 'outros phra hum opprobrio >, què elles
;
terão
Sempre diatate dos olhos : os dou tos res pl an de -
^ceráõ c bm o os lum inares do F ir m am en io ; e
os qu e t iverem ensinado a m uitos o cam inho
da just iça , luziráõ Como
:
as êst íe l las em pe r
pe tua e te rnidade . —
Ddhiél XII.
O qu e guart lár Os m and am entos de Deos , • e
•ensinar a g ua rda -los , ' Será ch am ad o
gtàndè
n o
••reino do s Ce os. —
Math. V
19.
•Bem-dito o Senhor que visitou
e fe¥a ré -
r u
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