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ETU-110.2 Versão 1.0 Agosto / 2020
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Cabo de alumínio coberto com material polimérico – Camada dupla
ENERGISA/C-GTCD-NRM/Nº026/2020
Especificação Técnica Unificada ETU – 110.2 Versão 1.0 – Agosto / 2020
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ETU-110.2 Versão 1.0 Agosto / 2020
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Apresentação
Esta Especificação Técnica apresenta as diretrizes necessárias para padronização das
características técnicas e requisitos mínimos, elétricos e mecânicos, exigidos para
fornecimento de cabos de alumínio coberto com material polimérico, camada dupla
(XLPE/HDPE), resistentes ao trilhamento elétrico e às intempéries, fixados em
espaçadores, para redes de distribuição aérea, em média tensão, nas empresas do
Grupo Energisa S.A.
Para tanto foram consideradas as especificações e os padrões do material em
referência, definidos nas Normas Brasileiras Registradas - NBR da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, ou outras normas internacionais reconhecidas,
acrescidos das modificações baseadas nos resultados de desempenho destes
materiais nas empresas do grupo Energisa.
As cópias e/ou impressões parciais ou em sua íntegra deste documento não são
controladas.
A presente revisão desta Especificação Técnica é a versão 1.0, datada de agosto de
2020.
Cataguases - MG, agosto de 2020.
GTD – Gerência Técnica de Distribuição
Esta Especificação Técnica, bem como as alterações, poderá ser acessada através do
código abaixo:
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Equipe técnica de redação de ETU 110.2 (Versão 1.0)
Augustin Gonzalo Abreu Lopez Orcino Batista de Melo Junior
Grupo Energisa Grupo Energisa
Danilo Maranhão de Farias Santana Paulo Victo Nascimento de Souza
Grupo Energisa Grupo Energisa
Hitalo Sarmento de Sousa Lemos Ricardo Campos Rios
Grupo Energisa Grupo Energisa
Natanael Rodrigues Pereira Ricardo Machado de Moraes
Grupo Energisa Grupo Energisa
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Aprovação Técnica
Ademálio de Assis Cordeiro Juliano Ferraz de Paula
Grupo Energisa Energisa Sergipe
Alessandro Brum Marcelo Cordeiro Ferraz
Energisa Tocantins Dir. Suprimentos Logística
Amaury Antônio Damiance Paulo Roberto dos Santos
Energisa Mato Grosso Energisa Mato Grosso do Sul
Fabrício Sampaio Medeiros Ricardo Alexandre Xavier Gomes
Energisa Rondônia Energisa Acre
Fernando Lima Costalonga Rodrigo Brandão Fraiha
Energisa Minas Gerais / Energisa Nova Friburgo Energisa Sul-Sudeste
Jairo Kennedy Soares Perez
Energisa Borborema / Energisa Paraíba
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Sumário
1 OBJETIVO ................................................................................... 8
2 CAMPO DE APLICAÇÃO .................................................................... 8
3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS .......................................................... 8
4 REFERÊNCIAS NORMATIVAS .............................................................. 8
4.1 LEGISLAÇÃO E REGULAMENTOS FEDERAIS .................................................. 8
4.2 NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS ........................................................... 9
4.3 NORMAS TÉCNICAS INTERNACIONAIS ...................................................... 12
5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES .......................................................... 14
5.1 CABO ................................................................................... 14
5.2 FIO ..................................................................................... 14
5.3 CABO COBERTO OU CABO PROTEGIDO .................................................... 14
5.4 COMPRIMENTO NOMINAL ................................................................. 14
5.5 COMPOSTO HDPE ...................................................................... 14
5.6 COMPOSTO XLPE ....................................................................... 14
5.7 CONDUTOR BLOQUEADO ................................................................. 14
5.8 DEFORMAÇÃO A QUENTE ................................................................. 15
5.9 LANCE .................................................................................. 15
5.10 QUANTIDADE EFETIVA ................................................................... 15
5.11 QUANTIDADE NOMINAL .................................................................. 15
5.12 REDE PROTEGIDA ........................................................................ 15
5.13 RELAÇÃO DE ENCORDOAMENTO .......................................................... 15
5.14 SENTIDO DE ENCORDOAMENTO ........................................................... 15
5.15 TRILHAMENTO ELÉTRICO (TRACKING) .................................................... 16
5.16 UNIDADE DE EXPEDIÇÃO ................................................................. 16
5.17 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ............................................................... 16
5.18 ENSAIOS DE ROTINA ..................................................................... 16
5.19 ENSAIOS DE TIPO ........................................................................ 17
5.20 ENSAIOS ESPECIAIS ...................................................................... 17
6 CONDIÇÕES GERAIS ...................................................................... 17
6.1 CONDIÇÕES DE SERVIÇO ................................................................. 17
6.2 LINGUAGENS E UNIDADES DE MEDIDA ..................................................... 18
6.3 COMPRIMENTO DOS LANCES .............................................................. 18
6.4 ACONDICIONAMENTO .................................................................... 18
6.5 MEIO AMBIENTE ......................................................................... 21
6.6 VIDA ÚTIL ............................................................................... 22
6.7 GARANTIA .............................................................................. 22
6.8 INCORPORAÇÃO AO PATRIMÔNIO ......................................................... 23
7 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ................................................................ 23
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7.1 MATERIAL ............................................................................... 23
7.1.1 Fios componentes ................................................................ 23
7.1.2 Bloqueio do condutor ............................................................ 24
7.1.3 Blindagem Semicondutora ....................................................... 24
7.1.4 Cobertura .......................................................................... 25
7.2 EMENDA ................................................................................ 25
7.3 ACABAMENTO ........................................................................... 25
7.3.1 Fios componentes ................................................................ 25
7.3.2 Cobertura .......................................................................... 26
7.4 ENCORDOAMENTO ....................................................................... 26
7.5 DESIGNAÇÃO DO CABO ................................................................... 26
7.6 SEÇÃO TRANSVERSAL .................................................................... 26
7.7 ENGRAXAMENTO ........................................................................ 26
7.8 MASSA NOMINAL ......................................................................... 27
7.9 MARCAÇÕES DO CABO ................................................................... 27
7.10 RESISTÊNCIA MECÂNICA .................................................................. 27
7.11 REQUISITOS ELÉTRICOS .................................................................. 28
7.12 CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO ............................................................... 28
7.12.1 Regime permanente ........................................................... 28
7.12.2 Regime de sobrecarga ......................................................... 28
7.12.3 Regime de curto-circuito ..................................................... 28
8 INSPEÇÃO E ENSAIOS ..................................................................... 28
8.1 GENERALIDADES ......................................................................... 28
8.2 RELAÇÃO DE ENSAIOS .................................................................... 33
8.2.1 Ensaios de tipo (T) ............................................................... 33
8.2.2 Ensaios de recebimento (RE) ................................................... 34
8.2.3 Ensaio especiais (E) .............................................................. 35
8.3 DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS ................................................................. 35
8.3.1 Inspeção geral ..................................................................... 35
8.3.2 Verificação dimensional ......................................................... 36
8.3.3 Medição da resistência elétrica do condutor ................................. 36
8.3.4 Tensão elétrica aplicada ao cabo .............................................. 36
8.3.5 Resistência de isolamento à temperatura ambiente ........................ 36
8.3.6 Tensão elétrica aplicada na superfície da cobertura ....................... 36
8.3.7 Resistência ao trilhamento elétrico ........................................... 37
8.3.8 Resistência à abrasão ............................................................ 37
8.3.9 Tração à ruptura do condutor .................................................. 37
8.3.10 Resistência à penetração longitudinal de água ............................ 37
8.3.11 Temperatura de fusão e de oxidação do material ou materiais da
cobertura 37
8.3.12 Aderência da cobertura ....................................................... 38
8.3.13 Ensaios mecânicos antes e depois do envelhecimento artificial em
câmara de UV.................................................................................. 38
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8.3.14 Verificação dos requisitos físicos do material ou materiais da cobertura
e da blindagem semicondutora ............................................................. 38
8.3.15 Permissividade relativa ....................................................... 39
8.3.16 Verificação da compatibilidade do material de bloqueio com conexões
elétricas 40
8.3.17 Verificação do diâmetro dos fios componentes ........................... 40
8.3.18 Ensaio de resistência à tração dos fios componentes de alumínio...... 40
8.3.19 Ensaio de alongamento dos fios componentes de alumínio .............. 40
8.3.20 Ensaio de enrolamento nos fios componentes de alumínio .............. 41
8.3.21 Características de encordoamento do cabo ................................ 41
8.3.22 Seção transversal .............................................................. 41
8.4 RELATÓRIOS DE ENSAIOS ................................................................. 41
9 PLANOS DE AMOSTRAGEM ............................................................... 42
9.1 ENSAIOS DE TIPO ........................................................................ 42
9.2 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ............................................................... 42
9.3 ENSAIOS ESPECIAIS ...................................................................... 42
10 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO ................................................................. 43
10.1 ENSAIOS DE TIPO ........................................................................ 43
10.2 INSPEÇÃO GERAL E DIMENSIONAL ......................................................... 43
10.3 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ............................................................... 43
11 NOTAS COMPLEMENTARES .............................................................. 44
12 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO ......................................... 44
13 VIGÊNCIA .................................................................................. 44
14 TABELAS ................................................................................... 45
TABELA 1 - Características físicas do cabo de alumínio ................................. 45
TABELA 2 - Características físicas do cabo completo .................................... 46
TABELA 3 - Plano de amostragem para os ensaios de recebimento ................... 47
TABELA 4 - Relação dos ensaios ............................................................ 49
15 DESENHOS ................................................................................. 51
DESENHO 1 - Formação dos cabos .......................................................... 51
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1 OBJETIVO
Esta Especificação Técnica estabelece os requisitos técnicos mínimos exigíveis,
mecânicos e elétricos, para fabricação e recebimento de Cabos de Alumínio Coberto
com Material Polimérico, Camada Dupla (XLPE/HDPE), resistentes ao trilhamento
elétrico e às intempéries, fixados em espaçadores, a serem usados no sistema de
distribuição de energia da Energisa.
2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Aplicam-se às montagens das estruturas para redes de distribuição, em média tensão,
em áreas urbanas e rurais, previstas nas normas técnicas em vigência nas Empresas
do Grupo Energisa.
3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS
Compete a áreas de planejamento, engenharia, patrimônio, suprimentos, elaboração
de projetos, construção, ligação, combate a perdas, manutenção, linha viva e
operação do sistema elétrico cumprir e fazer cumprir este instrumento normativo.
4 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Esta Especificação Técnica foi baseada no seguinte documento:
• ABNT NBR 11873, Cabos de alumínio cobertos com material polimérico para
redes de distribuição aéreas de energia elétrica fixados em espaçadores, em
tensões de 13,8 kV a 34,5 kV
Como forma de atender aos processos de fabricação, inspeção e ensaios, os cabos de
alumínio coberto devem satisfazer às exigências desta Especificação Técnica, bem
como de todas as normas técnicas mencionadas abaixo.
4.1 Legislação e regulamentos federais
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• Constituição da República Federativa do Brasil - Título VIII: Da Ordem Social -
Capítulo VI: Do Meio Ambiente
• Lei nº 8.347, de 24/07/1985, Disciplina a ação civil pública de
responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e
dá outras providências;
• Lei nº 9.605, de 12/02/1998, Dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências
• Decreto nº 6.514, de 22/07/2008, Dispõe sobre as infrações e sanções
administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo
federal para apuração destas infrações, e dá outras providências
• Resolução CONAMA nº 1, de 23/01/1986, Dispõe sobre os critérios básicos e
diretrizes gerais para o Relatório de Impacto Ambiental - RIMA
• Resolução CONAMA nº 237, de 19/12/1997, Regulamenta os aspectos de
licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional do Meio Ambiente
4.2 Normas técnicas brasileiras
• ABNT NBR 5118, Fios de alumínio 1350 nus, de seção circular, para fins
elétricos
• ABNT NBR 5456, Eletricidade geral – Terminologia
• ABNT NBR 5471, Cabos elétricos – Terminologia
• ABNT NBR 6243, Choque térmico para fios e cabos elétricos
• ABNT NBR 6239, Fios e cabos elétricos - Deformação a quente
• ABNT NBR 6564, Graxa lubrificante - determinação do ponto de gota
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• ABNT NBR 6810, Fios e cabos elétricos - Tração à ruptura em componentes
metálicos
• ABNT NBR 6813, Fios e cabos elétricos - Ensaio de resistência de isolamento
• ABNT NBR 6814, Fios e cabos elétricos - Ensaio de resistência elétrica
• ABNT NBR 6881, Fios e cabos elétricos de potência ou controle - Ensaio de
tensão elétrica
• ABNT NBR 7272, Cabos elétricos de alumínio - Ruptura e característica
dimensional
• ABNT NBR 7273, Cabo elétrico de alumínio - Retirada e preparo de corpo de
prova para ensaio de tipo
• ABNT NBR 7292, Fios e cabos elétricos – Ensaio de determinação de grau de
reticulação
• ABNT NBR 7295, Fios e cabos elétricos - Ensaio de capacitância e fator de
dissipação
• ABNT NBR 7300, Fios e cabos elétricos - Ensaio de resistividade volumétrica
• ABNT NBR 7307, Fios e cabos elétricos - Ensaio de fragilização
• ABNT NBR 7309, Armazenamento, transporte e movimentação dos elementos
componentes dos carretéis de madeira para fios, cabos ou cordoalhas de aço
• ABNT NBR 7310, Transporte, armazenamento e utilização de bobinas com fios,
cabos ou cordoalhas de aço
• ABNT NBR 9512, Fios e cabos elétricos - Intemperismo artificial sob
condensação de água, temperatura e radiação ultravioleta B proveniente de
lâmpadas fluorescentes - Método de ensaio
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• ABNT NBR 10296, Material isolante elétrico - Avaliação da resistência ao
trilhamento e erosão sob condições ambientais severas
• ABNT NBR 11137, Carretel de madeira para o acondicionamento de fios e cabos
elétricos - Dimensões e estruturas
• ABNT NBR 11301, Cálculo da capacidade de condução de corrente de cabos
isolados em regime permanente (fator de carga 100%) - Procedimento
• ABNT NBR 15126, Carretel para acondicionamento de fios e cabos elétricos -
Requisitos de desempenho
• ABNT NBR IEC 60060-1, Técnicas de ensaios Elétricos de alta tensão - Parte 1:
Definições gerais e requisites de ensaio
• ABNT NBR NM 280, Condutores de cabos isolados
• ABNT NBR NM IEC 60811-1-1, Métodos de ensaios comuns para os materiais de
isolação e de cobertura de cabos elétricos - Parte 1: métodos para aplicação
geral - Capítulo 1: medição de espessuras e dimensões externas - Ensaios para
determinação das propriedades mecânicas
• ABNT NBR NM IEC 60811-1-2, Métodos de ensaios comuns para os materiais de
isolação e de cobertura de cabos elétricos - Parte 1: Métodos para aplicação
geral - Capítulo 2: Métodos de envelhecimento térmico
• ABNT NBR NM IEC 60811-1-3, Métodos de ensaios comuns para os materiais de
isolação e de cobertura de cabos elétricos - Parte 1: Métodos para aplicação
geral - Capítulo 3: Métodos para determinação da densidade de massa - Ensaio
de absorção de água - Ensaio de retração
• ABNT NBR NM IEC 60811-1-4, Métodos de ensaios comuns para os materiais de
isolação e de cobertura de cabos elétricos e ópticos - Parte 1: Métodos para
aplicação geral - Capítulo 4: Ensaios a baixas temperaturas
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• ABNT NBR NM IEC 60811-2-1, Métodos de ensaios comuns para materiais de
isolação e de cobertura de cabos elétricos e ópticos - Parte 2: Métodos
específicos para materiais elastoméricos - Capítulo 1: Ensaios de resistência
ao ozônio, de alongamento a quente e de imersão em óleo mineral
• ABNT NBR NM IEC 60811-4-1, Métodos de ensaios comuns para materiais de
isolação e de cobertura de cabos elétricos - Parte 4: Métodos específicos para
os compostos de polietileno e polipropileno - Capítulo 1: Resistência à
fissuração por ação de tensões ambientais - Ensaio de enrolamento após
envelhecimento térmico no ar - Medição do índice de fluidez - Determinação
do teor de negro de fumo e/ou de carga mineral em polietileno
4.3 Normas técnicas internacionais
• ASTM D 150, Standard test methods for AC loss characteristics and permittivity
(dielectric constant) of solid electrical insulation
• ASTM D 2240, Standard test method for rubber property - durometer hardness
• ASTM D 2565, Standard practice for xenon arc exposure of plastics intended
for outdoor applications
• ASTM D 3418, Standard test method for transition temperatures and enthalpies
of fusion and crystallization of polymers by differential scanning calorimetry
• ASTM E 2009, Standard test method for oxidation onset temperature of
hydrocarbons by differential scanning calorimetry
• ASTM G 155, Standard practice for operating xenon arc light apparatus for
exposure of non-metallic materials
• BS 2782 Part 8, Methods for the assesment of carbon black dispersion in
polyethylene using a microscope
• IEC 60270, High-voltage test techniques - Partial discharges measurements
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• IEC 60437, Radio interference test on high voltage insulators
• IEC 60815, Guide for the selection of insulators in respect of polluted
conditions
• IEC 61109, Insulators for overhead lines - Composite suspension and tension
insulators for ac systems with a nominal voltage greater than 1000 V
Definitions, test methods and acceptance criteria
• IEC 61302, Electrical insulating materials - Method to evaluate the resistance
to tracking and erosion - Rotating wheel dip test
• IEC 61597, Overhead electrical conductors - Calculation methods for stranded
bare conductors
NOTAS:
I. Nos pontos não cobertos por esta Especificação Técnica, devem ser atendidas
as exigências da ABNT, aplicáveis ao conjunto e a cada parte. Nos pontos em
que a ABNT for omissa, prevalecem as exigências da IEC.
II. O fornecedor deve disponibilizar, para o inspetor da Energisa, no local da
inspeção, todas as normas acima mencionadas, em suas últimas revisões.
III. Todos os materiais que não são especificamente mencionados nesta
Especificação Técnica, mas que são usuais ou necessários para a operação
eficiente do equipamento, considerar-se-ão como aqui incluídos e devem ser
fornecidos pelo fabricante sem ônus adicional.
IV. As siglas acima referem-se a:
• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
• NBR - Norma Brasileira Registrada
• ASTM - American Society for Testing and Materials
• BSI - British Standards Institution
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• IEC - International Electrotechnical Commission
5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES
Para esta Especificação Técnica aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR
5456, ABNT NBR 5471 e os seguintes.
5.1 Cabo
Conjunto de fios encordoados, isolados ou não entre si, podendo o conjunto ser
isolado ou não.
5.2 Fio
Produto metálico maciço e flexível, de seção transversal invariável e de
comprimento muito maior do que a maior dimensão transversal.
5.3 Cabo coberto ou cabo protegido
Cabo com cobertura protetora extrudada de material polimérico, que visa à redução
da corrente de fuga em caso de contato acidental do cabo com objetos aterrados e
diminuição do espaçamento entre condutores.
5.4 Comprimento nominal
Quantidade padrão de fabricação e/ou quantidade que conste na ordem de compra,
para cada unidade de expedição.
5.5 Composto HDPE
Composto termoplástico extrudado de polietileno de alta densidade
5.6 Composto XLPE
Composto termofixo extrudado de polietileno reticulado.
5.7 Condutor bloqueado
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Condutor cujos interstícios são preenchidos ao longo de todo o seu comprimento,
com a finalidade de conter o ingresso longitudinal de água no seu interior.
5.8 Deformação a quente
Profundidade da penetração verificada após o ensaio descrito nesta Especificação
Técnica, em amostra de fio ou cabo elétrico, expressa como porcentagem do valor
de espessura do corpo-de-prova.
5.9 Lance
Uma unidade de expedição de comprimento contínuo.
5.10 Quantidade efetiva
Quantidade contida em uma unidade de expedição, determinada por meio de
equipamento adequado que garanta a incerteza máxima especificada.
5.11 Quantidade nominal
Quantidade padrão de fabricação e/ou quantidade que conste na ordem de compra,
para cada unidade de expedição.
5.12 Rede protegida
Redes aéreas, monofásicas e/ou trifásicas, que utilizam cabos cobertos fixados em
espaçadores, sustentados por um cabo mensageiro, apresentando uma configuração
compacta, este tipo de rede tem a finalidade de evitar o contato entre as fases.
5.13 Relação de encordoamento
Razão entre o comprimento axial de uma hélice completa de fio encordoado e o
diâmetro externo da hélice.
5.14 Sentido de encordoamento
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Sentido, para a direita (horário) ou para a esquerda (anti-horário), segundo o qual os
fios, ao passarem pela parte superior da coroa externa do cabo, se afastam de um
observador que olhe na direção do eixo do condutor.
5.15 Trilhamento elétrico (tracking)
Fenômeno produzido na superfície externa da cobertura do cabo, devido à circulação
de corrente elétrica de fuga, originada pelo surgimento de uma diferença de
potencial entre dois pontos dessa superfície.
A região da cobertura do cabo, percorrida por essa corrente, tem sua resistência
superficial aumentada em decorrência do aquecimento e do ressecamento
produzidos no local.
A etapa seguinte do processo é a carbonização do composto, em função dos micros
arcos localizados que se formam na região afetada.
Progressivamente, a superfície carbonizada do material torna o campo elétrico cada
vez mais irregular, resultando em elevações sucessivas da resistência superficial e,
consequentemente, levando o composto polimérico à degradação e à deterioração.
5.16 Unidade de expedição
Unidade constituída por um rolo, uma bobina ou outra forma de acondicionamento
acordada entre fabricante e comprador.
5.17 Ensaios de recebimento
O objetivo dos ensaios de recebimento é verificar as características de um material
que podem variar com o processo de fabricação e com a qualidade do material
componente. Estes ensaios devem ser executados sobre uma amostragem de
materiais escolhidos aleatoriamente de um lote que foi submetido aos ensaios de
rotina.
5.18 Ensaios de rotina
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O objetivo dos ensaios de rotina é eliminar materiais defeituosos, devendo ser
executados durante o processo de fabricação, sendo executados em todos os
materiais.
5.19 Ensaios de tipo
O objetivo dos ensaios de tipo é verificar as principais características de um amostra
que dependem de seu projeto. Os ensaios de tipo devem ser executados somente
uma vez para cada projeto e repetidos quando o material, o projeto ou o processo
de fabricação do amostra for alterado ou quando solicitado pelo comprador.
5.20 Ensaios especiais
O objetivo dos ensaios especiais é avaliar materiais com suspeita de defeitos,
devendo ser executados quando da abertura de não-conformidade, sendo executados
em 5 (cinco) unidades, recolhidas em cada unidade de negócio.
6 CONDIÇÕES GERAIS
6.1 Condições de serviço
Os cabos de alumínio coberto tratados nesta Especificação Técnica devem ser
adequados para operar nas seguintes condições:
a) Altitude não superior a 1.500 metros acima do nível do mar;
b) Temperatura:
• Máxima do ar ambiente: 45 ºC
• Média, em um período de 24 horas: 35 ºC;
• Mínima do ar ambiente: -5 ºC;
c) Pressão máxima do vento: 700 Pa (70 daN/m²), valor correspondente a uma
velocidade do vento de 122,4 km/h;
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d) Umidade relativa do ar até 100%;
e) Nível de radiação solar: 1,1 kW/m², com alta incidência de raios ultravioleta;
f) Precipitação pluviométrica: média anual de 1.500 a 3.000 milímetros;
6.2 Linguagens e unidades de medida
O sistema métrico de unidades deve ser usado como referência nas descrições
técnicas, especificações, desenhos e quaisquer outros documentos. Qualquer valor,
que por conveniência, for mostrado em outras unidades de medida também deve ser
expresso no sistema métrico.
Todas as instruções, desenhos, legendas, manuais técnicos, relatórios de ensaios
etc., a serem enviados pelo fabricante, bem como as placas de identificação e de
cadastro, e o painel de controle devem ser escritos em português.
NOTA:
I. Os relatórios de ensaios técnicos, excepcionalmente, poderão ser aceitos em
inglês ou espanhol.
6.3 Comprimento dos lances
Admite-se em cada unidade de expedição a incerteza máxima de ± 1% no
comprimento indicado pelo fornecedor.
Quando não especificado na Ordem de Compra de Material (OCM) admite-se que:
• Em cada unidade de expedição o comprimento efetivo divirja do nominal em,
no máximo, ± 5%;
• Até 5% do total do contrato, em massa, pode ser entregue em lances não
inferiores a 50% do lance nominal;
• A quantidade total contratada pode sofrer uma variação de até 5% em massa.
6.4 Acondicionamento
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Os cabos de alumínio coberto deveram ser acondicionados em carretéis de madeira,
conforme ABNT NBR 11137, não retornáveis, com massa bruta não superior a 2.000
kg, obedecendo às seguintes condições:
a) Os carreteis devem ser de madeira de boa qualidade, conforme ABNT NBR
6236, reforçadas, contendo suporte para apoio e marcação dos pontos e
sentidos de içamento;
NOTA:
I. A madeira utilizada para a confecção dos carretéis não deve conter
substâncias ou produtos passíveis de agredir o meio ambiente quando do
descarte ou reaproveitamento desses carretéis;
b) Ser isentos de trincas, rachaduras ou qualquer outro tipo de defeito e não
apresentar pontas ou cabeças de pregos ou parafusos que possam danificar o
cabo;
c) Apropriadas para Armazenamento ao tempo e operações de carga e descarga
e ao manuseio, de acordo com as normas da ABNT NBR 7310 e ABNT NBR 7311;
d) Serem adequadamente embalados de modo a garantir o transporte
(ferroviário, rodoviário, hidroviário, marítimo ou aéreo) seguro até o local do
armazenamento ou instalação em qualquer condição que possa ser encontrada
(intempéries, umidade, choques etc.) e ao manuseio;
e) O material em contato com o cabo não deverá:
• Reter umidade;
• Aderir a ele;
• Causar contaminação;
• Provocar corrosão quando armazenado.
______________________________________________________________________________________
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f) Deverá ser previsto proteção plástica, com espessura mínima 0,2 mm, apenas
sobre o núcleo e os discos laterais do carretel, não devendo ser utilizada entre
qualquer camada ou sobre a última camada do cabo;
g) Ter as tábuas de fechamento com afastamento de 30 milímetros entre si e
apresentar um espaçamento mínimo de 50 milímetros entre a camada externa
(última camada) do cabo e as tábuas de cobertura do carretel.
h) O cabo deve ser bobinado sob tensão mecânica e ter as pontas presas na parte
interna ou externa do carretel através de grampos de fixação instalados de
forma a não danificar o cabo.
Cada carretel deve ser identificado, de forma legível e indelével, com placas de
alumínio ou etiquetas de material polimérico com resistente às intempéries e UV,
marcadas em alto relevo ou em sulco, fixadas no lado externo, em ambos os discos
laterais, com pregos do tipo helicoidal e contendo as seguintes informações:
a) Nome ou logotipo da Energisa;
b) Nome ou marca comercial do fabricante;
c) Pais de origem;
d) Mês e ano de fabricação (MM/AAAA);
e) Tipo, dimensões e número de série do carretel;
f) Identificação completa do cabo (categoria, código internacional se aplicável,
diâmetro, área da seção transversal em mm², número de fios etc.);
g) Número e comprimento de lances na bobina, em metros;
h) Massa liquida, em quilogramas (kg);
i) Massa bruta, em quilogramas (kg);
j) ABNT NBR 11873;
______________________________________________________________________________________
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21
k) Número e quaisquer outras informações especificadas no Ordem de Compra
de Material (OCM).
l) Seta para indicar o sentido de desenrolamento do cabo, marcada de forma
indelével nos discos laterais, podendo essa marcação ser feita em relevo, em
sulco ou à tinta
NOTAS:
I. O fornecedor brasileiro deve numerar os diversos carretéis e anexar, à nota
fiscal, uma relação descritiva do conteúdo individual de cada um (romaneio);
II. O fornecedor estrangeiro deverá encaminhar simultaneamente ao
despachante indicado e à Energisa, cópias da relação mencionada na nota I.
6.5 Meio ambiente
O fornecedor nacional deve cumprir, rigorosamente, em todas as etapas da
fabricação, do transporte e do recebimento dos cabos de alumínio coberto, a
legislação ambiental brasileira e as demais legislações federais, estaduais e
municipais aplicáveis.
No caso de fornecimento internacional, os fabricantes/fornecedores estrangeiros
devem cumprir a legislação ambiental vigente nos seus países de origem e as normas
internacionais relacionadas à produção, ao manuseio e ao transporte dos cabos de
alumínio coberto, até a entrega no local indicado pela Energisa. Ocorrendo
transporte em território brasileiro, os fabricantes e fornecedores estrangeiros devem
cumprir a legislação ambiental brasileira e as demais legislações federais, estaduais
e municipais aplicáveis.
O fornecedor é responsável pelo pagamento de multas e pelas ações que possam
incidir sobre a Energisa, decorrentes de práticas lesivas ao meio ambiente, quando
derivadas de condutas praticadas por ele ou por seus subfornecedores.
______________________________________________________________________________________
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A Energisa poderá verificar, junto aos órgãos oficiais de controle ambiental, a
validade das licenças de operação das unidades industriais e de transporte dos
fornecedores e dos subfornecedores.
Para orientar as ações da Energisa, quanto ao descarte apropriado dos carretéis
vazios, o proponente deve apresentar, juntamente com a sua proposta, as seguintes
informações:
• Tipo de madeira utilizada nos carretéis e respectivo tratamento preservativo
empregado;
• Orientação quanto à forma mais adequada de disposição final dos cabos e dos
carretéis vazios.
6.6 Vida útil
Os cabos de alumínio coberto devem ter vida média, mínima, de 45 anos a partir da
data de fabricação, contra qualquer falha das unidades do lote fornecidas, baseada
nos seguintes termos e condições:
• Não se admitem falhas, no decorrer dos primeiros 25 (vinte e cinco) anos de
vida útil, provenientes de processo fabril;
• A partir do 25º ano, admite-se 0,5% de falhas para cada período de 5 (cinco)
anos, acumulando-se, no máximo, 2,0% de falhas no fim do período de vida
útil.
6.7 Garantia
O período de garantia dos cabos cobertos, deverá obedecer aos termos dispostos na
ordem de compra de materiais (OCM), contra qualquer defeito de fabricação,
material e acondicionamento.
NOTA:
I. Quando não houver disposição na ordem de compra de materiais (OCM), o
prazo de garantia deverá ser de 24 (vinte e quatro) meses.
______________________________________________________________________________________
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6.8 Incorporação ao patrimônio
Somente serão aceitos cabos de alumínio nu, em obras particulares, para
incorporação ao patrimônio da Energisa que atendam as seguintes condições:
a) Somente serão aceitos cabos de alumínio nu provenientes de fabricantes
cadastrados/homologados pela Energisa;
b) Os cabos de alumínio nu deverão ser novos (período máximo de 12 meses da
data de fabricação), não se admitindo, em hipótese nenhuma, cabos usados
e/ou recuperadas;
c) Deverá acompanhar os cabos de alumínio nu, a (s) nota (s) fiscal (is) de origem
do fabricante, bem como, os relatórios de ensaios em fábrica, comprovando
sua aprovação nos ensaios de rotina e/ou recebimento, previstos nesta
especificação técnica.
NOTA:
I. A critério da Energisa, os cabos de alumínio nu poderão ser ensaiados em
laboratório próprio ou em laboratório credenciado, para comprovação dos
resultados dos ensaios de acordo com os valores exigidos nesta Especificação
Técnica.
7 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
7.1 Material
7.1.1 Fios componentes
Devem ser constituídos de alumínio 1350, de seção compactado, têmpera H19,
conforme ABNT NBR NM 280;
Os fios devem apresentar:
______________________________________________________________________________________
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a) Limite de resistência à tração de, no mínimo, 95% do valor individual exigido
antes do encordoamento e devem conservar as características de ductilidade;
b) Condutividade mínima de 61% IACS a 20 ºC;
c) Resistência elétrica não superior a 0,028264 Ω.mm²/m;
d) Massa específica de 2,703 g/cm³ a 20 ºC.
7.1.2 Bloqueio do condutor
O bloqueio do condutor deve preencher os interstícios entre os fios componentes
com material compatível química e termicamente com os componentes do cabo.
O material empregado como bloqueio deve ter cor diferenciada para distingui-lo do
condutor e deve ser de classe térmica superior às condições de serviço do cabo.
Não são aceitos compostos pegajosos de difícil remoção da superfície do condutor.
O material de bloqueio também não pode causar prejuízo elétrico, térmico ou
mecânico às conexões de compressão ou de aperto, normalmente utilizadas em redes
aéreas com cabos de alumínio.
7.1.3 Blindagem Semicondutora
A blindagem semicondutora do condutor é obrigatória para todos os cabos de
alumínio coberto.
A blindagem semicondutora do condutor deve ser constituída de camada
semicondutora extrudada de material polimérico compatível com o material da
cobertura, sendo termofixo para temperatura de operação de 70 ºC.
A blindagem deve estar justaposta e aderente sobre o condutor, porém removível a
frio.
A espessura nominal da camada de blindagem semicondutora do condutor (se houver)
deverá ser igual ou superior a 0,40 milímetros, com espessura mínima, em qualquer
ponto da seção transversal do condutor, igual ou superior a 0,32 milímetros.
______________________________________________________________________________________
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7.1.4 Cobertura
A cobertura deve ser constituída duas camadas de material polimérico XLPE/HDPE
(70 °C), na cor cinza.
A espessura deve garantir o nível de suportabilidade dielétrica do cabo, e a superfície
externa da cobertura deve prover o cabo de resistência a intempéries, trilhamento
elétrico, radiação ultravioleta e abrasão mecânica.
Caso permaneçam resíduos após a remoção da camada semicondutora ou cobertura
sobre o condutor, os mesmos devem ser facilmente removíveis a frio.
A espessura mínima da cobertura, em um ponto qualquer de uma seção transversal,
não pode diferir do valor nominal indicado na Tabela 2.
7.2 Emenda
São permitidas emendas nos fios de alumínio feitas durante o encordoamento, desde
que fiquem separadas em mais de 15 (quinze) metros de qualquer outra emenda, em
qualquer coroa.
As emendas devem ser feitas por pressão a frio ou solda elétrica de topo. Não são
estabelecidos requisitos especiais mecânicos nos fios com emendas, porém, as
mesmas devem atender às ABNT NBR 5111, ABNT NBR 5118, ABNT NBR 6524 e ABNT
NBR 7271.
Nos fios com emendas feitas por solda elétrica de topo, deve ser efetuado
tratamento térmico de recozimento até uma distância mínima de 200 (duzentos)
milímetros de cada lado da emenda.
7.3 Acabamento
7.3.1 Fios componentes
A superfície dos fios componentes do condutor encordoado não devem apresentar
fissuras, rebarbas, asperezas, estrias, inclusões, escamas, falhas de encordoamento
______________________________________________________________________________________
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ou outros defeitos que comprometam o desempenho do produto sobre o fio central
e ou camadas internas, quando estas existirem.
7.3.2 Cobertura
A camada de material da cobertura aplicada sobre o condutor fase deve ser contínua,
uniforme e homogênea ao longo de todo o comprimento do condutor, ser de fácil
remoção e não aderente ao condutor.
7.4 Encordoamento
A relação de encordoamento para a coroa externa e para a coroa interna (se existir)
deve estar compreendida entre 10 e 23 vezes o diâmetro externo da respectiva
coroa. Os sentidos de encordoamento das coroas sucessivas devem ser alternados
sendo a externa sempre com sentido à direita (sentido horário). A relação de
encordoamento da coroa externa deve ser menor ou igual ao da interna (se está
existir).
O condutor pronto não pode apresentar falhas de encordoamento.
7.5 Designação do cabo
A seção nominal, a formação e demais características dos cabos devem estar de
acordo com as Tabelas 1 e 2.
Os cabos de alumínio devem ser designados pelo código internacional. Quando não
houver o código internacional, deve ser designado pela seção do cabo de alumínio e
número de fios de alumínio.
7.6 Seção transversal
A seção transversal efetiva do alumínio não deve apresentar variação superior a ± 2%
em relação à seção nominal, conforme Tabela 1.
7.7 Engraxamento
Os cabos de alumínio não devem conter engraxamento anticorrosiva.
______________________________________________________________________________________
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7.8 Massa nominal
As massas totais dos cabos cobertos estão indicadas em valores aproximados na
Tabela 2.
O fabricante deve fornecer em sua proposta a massa total real dos cabos com erro
máximo de 2%.
7.9 Marcações do cabo
A superfície externa da cobertura do cabo deve ser marcada de forma legível e
indelével, em preto, a intervalos regulares de até 500 milímetros, que não favoreçam
o trilhamento elétrico na cobertura, de dimensões e legibilidade adequadas,
contendo no mínimo as seguintes informações:
a) Marca de origem (nome, marca ou logotipo do fabricante);
b) Material do condutor, seção nominal do condutor, expressa em milímetros
quadrados (mm²);
c) Classe de tensão (15,0 kV, 24,2 kV e 36,2 kV), expressa em quilovolts (kV);
d) "Cabo Não Isolado - Não Tocar";
e) Material da cobertura (XLPE/HDPE);
f) Ano de fabricação;
g) "bloqueado".
h) ABNT NBR 11873.
7.10 Resistência mecânica
A resistência mecânica calculada (RMC) do cabo completo deve ser tomada como a
soma das contribuições de cada fio de alumínio e ser calculada em conformidade
com o disposto na ABNT NBR 7271 e está apresentada na Tabela 2.
______________________________________________________________________________________
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28
A força necessária para a retirada da cobertura do condutor deve ser determinada,
não podendo ser inferior a:
• 20 daN, para os cabos de seção até 50 mm²;
• 30 daN, para os cabos de seção de 70 mm² até 120 mm²;
• 50 daN, para os cabos de seção maior ou igual a 150 mm².
7.11 Requisitos elétricos
Os valores máximos de resistência elétrica do condutor estão indicados na Tabela 1.
7.12 Condições de operação
7.12.1 Regime permanente
A temperatura no condutor em regime permanente não pode ultrapassar 70 ºC, para
cobertura de material polimérico termofixo XLPE.
7.12.2 Regime de sobrecarga
A temperatura no condutor em regime de sobrecarga não pode ultrapassar 100 ºC,
para cobertura de material polimérico termofixo XLPE.
7.12.3 Regime de curto-circuito
A duração em regime de curto-circuito não pode ser superior a 5 segundos. A
temperatura não pode ultrapassar 250 ºC, para cobertura de material polimérico
termofixo XLPE.
8 INSPEÇÃO E ENSAIOS
8.1 Generalidades
a) Os cabos de alumínio coberto devem ser submetidos a inspeção e ensaios na
fábrica, de acordo com esta Especificação Técnica e com as normas da ABNT
______________________________________________________________________________________
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aplicáveis, na presença de inspetores credenciados pela Energisa, devendo a
Energisa ser comunicada pelo fornecedor com pelo menos 15 (quinze) dias de
antecedência se fornecedor nacional e 30 (trinta) dias se fornecedor
estrangeiro, das datas em que os lotes estiverem prontos para inspeção final,
completos com todos os acessórios.
b) A Energisa reserva-se ao direito de inspecionar e testar os cabos de alumínio
coberto e o material utilizado durante o período de fabricação, antes do
embarque ou a qualquer tempo em que julgar necessário. O fabricante deverá
proporcionar livre acesso do inspetor aos laboratórios e às instalações onde os
cabos de alumínio coberto em questão estiverem sendo fabricados,
fornecendo-lhe as informações solicitadas e realizando os ensaios necessários.
O inspetor poderá exigir certificados de procedências de matérias-primas e
componentes, além de fichas e relatórios internos de controle.
c) O fornecedor deve apresentar, para aprovação da Energisa, o seu Plano de
Inspeção e Testes, que deverá conter as datas de início da realização de todos
os ensaios, os locais e a duração de cada um deles, sendo que o período para
inspeção deve ser dimensionado pelo proponente de tal forma que esteja
contido nos prazos de entrega estabelecidos na proposta de fornecimento.
d) O plano de inspeção e testes deve indicar os requisitos de controle de
qualidade para utilização de matérias primas, componentes e acessórios de
fornecimento de terceiros, assim como as normas técnicas empregadas na
fabricação e inspeção dos cabos de alumínio coberto.
e) Certificados de ensaio de tipo previstos no item 8.2 para cabos de alumínio
coberto de características similares ao especificado, porém aplicáveis, podem
ser aceitos desde que a Energisa considere que tais dados comprovem que os
cabos de alumínio coberto propostos atendem ao especificado.
Os dados de ensaios devem ser completos, com todas as informações necessárias,
tais como métodos, instrumentos e constantes usadas e indicar claramente as datas
nas quais os mesmos foram executados. A decisão final, quanto à aceitação dos dados
______________________________________________________________________________________
ETU-110.2 Versão 1.0 Agosto / 2020
30
de ensaios de tipos existentes, será tomada posteriormente pela Energisa, em função
da análise dos respectivos relatórios. A eventual dispensa destes ensaios somente
terá validade por escrito.
f) Os ensaios para aprovação do protótipo podem ser dispensados parcial ou
totalmente, a critério da Energisa, caso já exista um protótipo idêntico
aprovado. Se os ensaios de tipo forem dispensados, o fabricante deve emitir
um relatório completo destes ensaios, com todas as informações necessárias,
tais como, métodos, instrumentos e constantes usadas. A eventual dispensa
destes ensaios pela Energisa somente terá validade por escrito.
Entretanto, é reservado à Energisa o direito de rejeitar esses relatórios,
parcialmente ou totalmente, se os mesmos não estiverem conforme prescritos nas
normas ou não corresponderem aos cabos de alumínio coberto especificados.
g) O fabricante deve dispor de pessoal e aparelhagem próprios ou contratados,
necessários à execução dos ensaios. Em caso de contratação, deve haver
aprovação prévia por parte da Energisa.
h) O fabricante deve assegurar ao inspetor da Energisa o direito de familiarizar-
se, em detalhes, com as instalações e equipamentos a serem utilizados,
estudar todas as instruções e desenhos, verificar calibrações, presenciar
ensaios, conferir resultados e, em caso de dúvida, efetuar novas inspeções e
exigir a repetição de qualquer ensaio.
i) Todos os instrumentos e aparelhos de medição, máquinas de ensaios etc.,
devem ter certificado de aferição emitido por instituições acreditadas pelo
INMETRO ou órgão internacional compatível, válidos por um período de 2
(dois) anos. Por ocasião da inspeção, devem estar ainda dentro deste período,
podendo acarretar desqualificação do laboratório o não cumprimento dessa
exigência.
j) A aceitação dos cabos de alumínio coberto e/ou a dispensa de execução de
qualquer ensaio:
______________________________________________________________________________________
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31
• Não exime o fabricante da responsabilidade de fornecê-lo de acordo com
os requisitos desta Especificação Técnica;
• Não invalida qualquer reclamação posterior da Energisa a respeito da
qualidade do material e/ou da fabricação.
Em tais casos, mesmo após haver saído da fábrica, os cabos de alumínio coberto
podem ser inspecionados e submetidos a ensaios, com prévia notificação ao
fabricante e, eventualmente, em sua presença. Em caso de qualquer discrepância
em relação às exigências desta Especificação Técnica, eles podem ser rejeitados e
sua reposição será por conta do fabricante.
k) Após a inspeção dos cabos de alumínio coberto, o fabricante deverá
encaminhar à Energisa, por lote ensaiado, um relatório completo dos ensaios
efetuados, em uma via, devidamente assinada por ele e pelo inspetor
credenciado pela Energisa.
l) Esse relatório deverá conter todas as informações necessárias para o seu
completo entendimento, tais como, métodos, instrumentos, constantes e
valores utilizados nos ensaios, além dos resultados obtidos.
m) Todas as unidades de produto rejeitadas, pertencentes a um lote aceito,
devem ser substituídas por unidades novas e perfeitas, por conta do
fabricante, sem ônus para a Energisa, sendo o fabricante responsável pela
recomposição de unidades ensaiadas, quando isto for necessário, antes da
entrega à Energisa.
n) Nenhuma modificação nos cabos de alumínio coberto deve ser feita "a
posteriori" pelo fabricante sem a aprovação da Energisa. No caso de alguma
alteração, o fabricante deve realizar todos os ensaios de tipo, na presença do
inspetor da Energisa, sem qualquer custo adicional.
o) A Energisa poderá, a seu critério, em qualquer ocasião, solicitar a execução
dos ensaios de tipo para verificar se os cabos de alumínio coberto estão
______________________________________________________________________________________
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mantendo as características de projeto preestabelecidas por ocasião da
aprovação dos protótipos.
p) Para efeito de inspeção, os cabos de alumínio coberto deverão ser divididos
em lotes, por tipo. A rejeição do lote, em virtude de falhas constatadas nos
ensaios, não dispensa o fabricante de cumprir as datas de entrega prometidas.
Se, na conclusão da Energisa, a rejeição tornar impraticável a entrega dos
cabos de alumínio coberto nas datas previstas, ou tornar evidente que o
fabricante não será capaz de satisfazer às exigências estabelecidas nesta
especificação, a mesma reserva-se ao direito de rescindir todas as obrigações
e obter o material de outro fornecedor. Em tais casos, o fabricante será
considerado infrator do contrato e estará sujeito às penalidades aplicáveis.
q) O custo dos ensaios deve ser por conta do fabricante.
r) A Energisa reserva-se ao direito de exigir a repetição de ensaios em lotes já
aprovados. Nesse aspecto, as despesas serão de responsabilidade da mesma,
caso as unidades ensaiadas forem aprovadas na segunda inspeção, caso
contrário, incidirão sobre o fabricante.
s) Os custos da visita do inspetor da Energisa, tais como, locomoção,
hospedagem, alimentação, homem-hora e administrativos, correrão por conta
do fabricante se:
• Na data indicada na solicitação de inspeção os cabos de alumínio coberto
não estiverem prontos;
• O laboratório de ensaio não atender às exigências citadas nas alíneas 8.1.f
até 8.1.h;
• O material fornecido necessitar de acompanhamento de fabricação ou
inspeção final em subfornecedor, contratado pelo fornecedor, em
localidade diferente da sua sede;
• O material necessitar de reinspeção por motivo de recusa;
______________________________________________________________________________________
ETU-110.2 Versão 1.0 Agosto / 2020
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• Os ensaios de recebimento e/ou tipo forem efetuados fora do território
brasileiro.
8.2 Relação de ensaios
Todos os ensaios relacionados estão constando na Tabela 4.
8.2.1 Ensaios de tipo (T)
Os ensaios de tipo (T) são constituídos dos ensaios relacionados abaixo:
a) Ensaios elétricos
• Resistência elétrica do condutor, conforme 8.3.3;
• Tensão elétrica aplicada ao cabo, conforme 8.3.4;
• Resistência de isolamento à temperatura ambiente, conforme 8.3.5;
• Tensão elétrica aplicada na superfície da cobertura, conforme 8.3.6;
• Resistência ao trilhamento elétrico, conforme 8.3.7.
b) Ensaios não-elétricos
• Resistência à abrasão, conforme 8.3.8;
• Tração à ruptura do condutor, conforme 8.3.9;
• Resistência à penetração longitudinal de água, conforme 8.3.10;
• Temperatura de fusão e de oxidação do material ou materiais da
cobertura, conforme 8.3.11;
• Aderência da cobertura, conforme 8.3.12;
• Ensaios mecânicos antes e depois do envelhecimento artificial em câmara
de UV, conforme 8.3.13;
______________________________________________________________________________________
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• Verificação dos requisitos físicos do material ou materiais da cobertura e
da blindagem semicondutora, conforme 8.3.14;
• Permissividade relativa, conforme 8.3.15;
• Verificação da compatibilidade do material de bloqueio com conexões
elétricas, conforme 8.3.16.
8.2.2 Ensaios de recebimento (RE)
São ensaios de recebimento (RE) são constituídos dos ensaios relacionados abaixo:
a) Inspeção geral, conforme item 8.3.1.
b) Verificação dimensional, conforme item 8.3.2;
c) Resistência elétrica do condutor, conforme 8.3.3;
d) Tensão elétrica aplicada ao cabo, conforme 8.3.4;
e) Resistência de isolamento à temperatura ambiente, conforme 8.3.5;
f) Tensão elétrica aplicada na superfície da cobertura, conforme 8.3.6;
g) Resistência ao trilhamento elétrico, conforme 8.3.7.
h) Temperatura de fusão e de oxidação do material ou materiais da cobertura,
conforme 8.3.11;
i) Verificação do diâmetro nos fios componentes, conforme item 8.3.17;
j) Resistência à tração nos fios componentes de alumínio, conforme item 8.3.18;
k) Alongamento dos fios componentes de alumínio, conforme item 8.3.19;
l) Enrolamento nos fios componentes de alumínio, conforme item 8.3.20;
m) Características de encordoamento no cabo, conforme item 8.3.21;
n) Seção transversal, conforme item 8.3.22.
______________________________________________________________________________________
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8.2.3 Ensaio especiais (E)
São ensaios especiais (E) são constituídos dos ensaios relacionados abaixo:
a) Verificação dimensional, conforme item 8.3.2;
b) Resistência elétrica do condutor, conforme 8.3.3;
c) Tensão elétrica aplicada ao cabo, conforme 8.3.4;
d) Resistência de isolamento à temperatura ambiente, conforme 8.3.5;
e) Tensão elétrica aplicada na superfície da cobertura, conforme 8.3.6;
f) Resistência ao trilhamento elétrico, conforme 8.3.7.
g) Tração à ruptura do condutor, conforme 8.3.9;
h) Resistência à penetração longitudinal de água, conforme 8.3.10;
i) Aderência da cobertura, conforme 8.3.12;
j) Seção transversal, conforme item 8.3.22.
8.3 Descrição dos ensaios
8.3.1 Inspeção geral
Antes de serem efetuados os ensaios, deve ser comprovado se o material contém
todos os componentes e características, verificando:
a) Acabamento, conforme item 7.3;
b) Comprimento dos lances em cada carretel, conforme item 6.3;
c) Acondicionamento, conforme item 6.4;
d) Identificação dos carretéis, conforme item 6.5;
e) Marcação dos cabos, conforme item 7.9;
______________________________________________________________________________________
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36
A não conformidade dos requisitos acima determinará a sua rejeição.
8.3.2 Verificação dimensional
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 11873.
A não conformidade dos requisitos determinará a sua rejeição.
8.3.3 Medição da resistência elétrica do condutor
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 11873.
Constitui falha se os valores medidos forem superiores ao valor máximo especificado
na Tabela 1.
8.3.4 Tensão elétrica aplicada ao cabo
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 11873.
Constitui falha a ocorrência de perfurações.
8.3.5 Resistência de isolamento à temperatura ambiente
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 11873.
Constitui falha a ocorrência de perfurações, arco elétrico, queima do material da
cobertura ou emissão de fumaça.
8.3.6 Tensão elétrica aplicada na superfície da cobertura
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 11873.
Constitui falha no ensaio a ocorrência de qualquer das seguintes situações, com
tensão de trilhamento de até 6,0 kV (inclusive), para cabo novo, ou de até 3,50 kV,
para cabo envelhecido:
a) interrupção do circuito de ensaio de algum dos corpos de prova, por atuação
automática de seu disjuntor;
______________________________________________________________________________________
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37
b) erosão do material de algum dos corpos de prova que descaracterize o circuito
de ensaio;
c) acendimento de chama no material de algum dos corpos de prova.
8.3.7 Resistência ao trilhamento elétrico
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 11873.
Constitui falha se os valores medidos forem inferiores à resistência de isolamento
calculada, considerando-se a constante de isolamento ki = 3 700 MΩ.km, para a
temperatura de 20 ºC.
8.3.8 Resistência à abrasão
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 11873.
Constitui falha se o desbastamento da cobertura for superior a 0,25 milímetros.
8.3.9 Tração à ruptura do condutor
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 11873.
Constitui falha se os valores medidos forem inferiores ao valor máximo especificado
na Tabela 1.
8.3.10 Resistência à penetração longitudinal de água
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 11873.
Constitui falha se ocorrer vazamento de água pelas extremidades do corpo de prova,
através dos interstícios do condutor.
8.3.11 Temperatura de fusão e de oxidação do material ou materiais
da cobertura
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 11873.
______________________________________________________________________________________
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38
Constitui falha ocorrência de qualquer das seguintes condições:
a) Média dos valores obtidos para a temperatura de fusão dos corpos de prova
fora da faixa compreendida pela média dos respectivos valores obtidos no
ensaio de tipo ± 2 ºC;
b) Variação superior a 2 ºC entre os valores extremos obtidos para a temperatura
de fusão dos corpos de prova;
c) Ocorrência de picos de transição abaixo da temperatura de fusão, na faixa de
temperaturas do ensaio, com qualquer dos corpos de prova, inferiores a 105
ºC;
d) Ocorrência de oxidação ou degradação do material em temperatura inferior a
245 ºC.
8.3.12 Aderência da cobertura
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 11873.
Constitui falha se a média aritmética dos cinco resultados obtidos ser inferior aos
valores descritos no item 7.10.
8.3.13 Ensaios mecânicos antes e depois do envelhecimento artificial
em câmara de UV
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 11873.
Constitui falha os corpos de prova apresentarem variação de alongamento à ruptura
e de tração à ruptura superior a 25%, em relação aos seus respectivos valores
originais.
8.3.14 Verificação dos requisitos físicos do material ou materiais da
cobertura e da blindagem semicondutora
Devem ser verificados todos os requisitos físicos na cobertura:
______________________________________________________________________________________
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a) Ensaios mecânicos antes e após o envelhecimento artificial em estufa a ar:
• Tração à ruptura, conforme ABNT NBR NM IEC 60811-1-1 (antes) e ABNT
NBR NM IEC 60811-1-2 (depois);
• Alongamento à ruptura, conforme ABNT NBR NM IEC 60811-1-1 (antes) e
ABNT NBR NM IEC 60811-1-2 (depois).
b) Ensaios físicos:
• Deformação por calor, conforme ABNT NBR 6239;
• Alongamento a quente, conforme ABNT NBR 7292;
• Retração ao calor, conforme ABNT NBR NM IEC 60811-1-3;
• Dobramento a frio, conforme ABNT NBR IEC 60811-1-4;
• Absorção de água, conforme ABNT NBR NM IEC 60811-1-3.
Devem ser verificados todos os requisitos físicos na blindagem semicondutora
(quando existir):
a) Alongamento à ruptura após o envelhecimento artificial em estufa a ar,
conforme ABNT NBR NM IEC 60811-1-2;
b) Ensaios físicos e elétricos:
• Temperatura de fragilização, conforme ABNT NBR 7307;
• Resistividade volumétrica, conforme ABNT NBR 7300.
A não conformidade dos requisitos acima determinará a sua rejeição.
8.3.15 Permissividade relativa
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 11873.
______________________________________________________________________________________
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8.3.16 Verificação da compatibilidade do material de bloqueio com
conexões elétricas
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 11873.
Constitui falha a ocorrência de qualquer uma das seguintes condições:
a) Não atendimento ao estabelecido em ABNT NBR 11788 quanto ao ensaio de
resistência elétrica;
b) Não atendimento ao estabelecido em ABNT NBR 11788, quanto ao ensaio de
ciclos térmicos;
c) Acendimento de chama no material de bloqueio;
d) Gotejamento ou vazamento de material de bloqueio pelas bordas das
conexões ou por entre os fios formadores do condutor.
8.3.17 Verificação do diâmetro dos fios componentes
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 15443.
Constitui falha se os valores medidos foram divergentes dos valores constantes na
Tabela 1 da ABNT NBR 5118.
8.3.18 Ensaio de resistência à tração dos fios componentes de alumínio
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 6810.
Constitui falha se os valores medidos foram divergentes dos valores da Tabela 2 da
ABNT NBR 5118.
8.3.19 Ensaio de alongamento dos fios componentes de alumínio
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 6810.
Constitui falha se os valores medidos foram divergentes dos valores da Tabela 2 da
ABNT NBR 5118.
______________________________________________________________________________________
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41
8.3.20 Ensaio de enrolamento nos fios componentes de alumínio
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 5118.
Constitui falha o fio de alumínio apresentar fratura ou trinca, quando observado a
olho nu.
NOTA:
I. Leves marcas superficiais não devem constituir causa de rejeição.
8.3.21 Características de encordoamento do cabo
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 15443.
Constitui falha se o encordoamento do cabo completo estiver desconformidade com
item 7.4.
8.3.22 Seção transversal
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 15443.
Constitui falha se a seção transversal efetiva apresentar variação superior a ± 2 % em
relação à seção nominal, conforme Tabela 1.
8.4 Relatórios de ensaios
Os relatórios dos ensaios devem ser em formulários com as indicações necessárias à
sua perfeita compreensão e interpretação conforme indicado a seguir:
a) Nome do ensaio;
b) Nome e/ou marca comercial do fabricante;
c) Identificação do laboratório de ensaio;
d) Certificados de aferições dos aparelhos utilizados nos ensaios, com validade
máxima de 24 meses;
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e) Tipo e quantidade de material do lote e tipo e quantidade ensaiada;
f) Identificação completa do material ensaiado;
g) Relação, descrição e resultado dos ensaios executados e respectivas normas
utilizadas;
h) Nome do inspetor e do responsável pelos ensaios;
i) Número da Ordem de Compra de Material (OCM);
j) Data de início e de término de cada ensaio;
k) Nomes legíveis e assinaturas dos respectivos representantes do fabricante e
do inspetor da Energisa e data de emissão do relatório.
9 PLANOS DE AMOSTRAGEM
9.1 Ensaios de tipo
Para os ensaios de tipo, devem ser seguidos as orientações da ABNT NBR 11873.
9.2 Ensaios de recebimento
Todas as unidades de expedição, sem exceção, devem ser submetidas aos ensaios de
recebimento. Cada lote sujeito à amostragem deve ser formado por cabos de mesmo
tipo construtivo e mesma seção nominal, conforme Tabela 3.
Todos os condutores (fase e neutro) devem ser submetidos aos ensaios de rotina.
A amostra deve ser constituída de um comprimento suficiente de cabo, retirada da
extremidade de quaisquer unidades de expedição, após ter sido eliminada, se
necessário, qualquer porção do cabo que tenha sofrido danos.
O ensaio de resistência de isolamento à temperatura ambiente pode ser feito na
unidade de expedição.
9.3 Ensaios especiais
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Para os ensaios especiais, deve ser retirada de cada lote, 5 (cinco) amostras em cada
Unidade de Negócio do grupo Energisa.
Se a amostras falhar em qualquer um dos ensaios especiais, deverá ser aberta de
não-conformidade.
10 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO
10.1 Ensaios de tipo
Os ensaios de tipo serão aceitos se todos os resultados forem satisfatórios.
Se ocorrer uma falha em um dos ensaios o fabricante pode apresentar nova amostra
para ser ensaiada. Se esta amostra apresentar algum resultado insatisfatório o cabo
de alumínio de multiplexado autossustentado não será aceito.
10.2 Inspeção geral e dimensional
Somente as unidades que atendam aos requisitos desta Especificação Técnica devem
ser aceitas, podendo ser rejeitadas de forma individual e, a critério da Energisa, as
unidades de expedição que não cumpram as condições aqui estabelecidas.
10.3 Ensaios de Recebimento
Os critérios para a aceitação ou a rejeição nos ensaios complementares de
recebimento são:
a) Se nenhuma unidade falhar no ensaio, o lote será aprovado;
b) Se apenas uma unidade falhar no ensaio, o fornecedor deverá apresentar
relatório apontando as causas da falha e as medidas tomadas para corrigi-las,
submetendo-se o lote a novo ensaio, no mesmo número de amostras conforme
Tabela 3;
c) Se duas ou mais unidades falharem no ensaio, o lote será recusado.
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As unidades defeituosas constantes de amostras aprovadas nos ensaios devem ser
substituídas por novas, o mesmo ocorrendo com o total das amostras aprovadas em
ensaios destrutivos.
11 NOTAS COMPLEMENTARES
Em qualquer tempo e sem necessidade de aviso prévio, esta Especificação Técnica
poderá sofrer alterações, no seu todo ou em parte, por motivo de ordem técnica
e/ou devido às modificações na legislação vigente, de forma a que os interessados
deverão, periodicamente, consultar a Energisa.
12 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO
Data Versão Descrição das Alterações Realizadas
01/08/2020 1.0
• Desmembramento da ETU em:
o ETU-110.1 - Cabo de alumínio protegido
com material polimérico - Camada
simples;
o ETU-110.2 - Cabo de alumínio protegido
com material polimérico - Camada dupla.
• Correção da espessura da cobertura externa.
13 VIGÊNCIA
Esta Especificação Técnica entra em vigor na data de 01/08/2020 e revoga as versões
anteriores.
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14 TABELAS
TABELA 1 - Características físicas do cabo de alumínio
Seção Nº de fios
Diâmetro externo Carga de ruptura
Resistência elétrica
máxima em CC a 20 ºC
Mínimo Máximo
(mm) (kN) (Ω/km)
50 6 8,00 8,50 6,50 0,6410
70 12 9,50 10,00 9,10 0,4430
120 15 12,80 13,30 15,60 0,2530
185 30 15,80 16,30 24,05 0,1640
NOTA:
I. Valores obtidos a partir de valor de resistência de 130 MPa.
II. Temperaturas: ambiente 40 ºC, no condutor 70 ºC.
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TABELA 2 - Características físicas do cabo completo
Código Energisa
Tensão nominal
Seção nominal
Espessura nominal
da cobertura (XLPE + HDPE)
Diâmetro externo
Massa total aprox.
Capacidade de
corrente Mín. Máx.
(kV) (mm²) (mm) (mm) (kg/km) (A)
90624
15
50
1,5 + 1,5
14,0 16,5 235 174
90625 120 18,8 21,3 500 309
90626 185 21,8 24,3 695 403
90627
25
50
2,0 + 2,0
16,0 18,6 385 173
90628 120 20,8 23,4 560 305
90629 185 23,8 26,4 770 398
90630
35
70
3,8 + 3,8
25,3 28,6 660 207
90631 120 28,6 31,9 895 291
90632 185 31,6 34,9 1.150 379
NOTA:
I. O valor de espessura nominal deve ser entendido como mínimo
II. Caso a Energisa especifique blindagem semicondutora do condutor, os
diâmetros externos mínimos e máximos deverão ser acrescidos de duas vezes
o valor da espessura média da blindagem semicondutora.
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TABELA 3 - Plano de amostragem para os ensaios de recebimento
Tamanho do lote
• Inspeção geral
• Verificação dimensional
• Tensão elétrica aplicada à superfície da cobertura
Amostragem dupla Nível de Inspeção II
NQA 2,5%
Amostra Ac Re
Sequência Tamanho
até 30 - 3 0 1
31 a 50 - 5 0 1
51 a 150 1ª
13 0 2
2ª 1 2
151 a 200 1ª
20 0 3
2ª 3 4
201 a 500 1ª
32 1 4
2ª 4 5
501 a 1.200 1ª
50 2 5
2ª 6 7
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Tamanho do lote
• Trilhamento elétrico;
• Temperatura de fusão e
oxidação do material da
cobertura.
• Medição da resistência
elétrica do condutor ensaio
de tensão elétrica aplicada
no cabo;
• resistência de isolamento
Quantidade de conjuntos de corpos de prova
Amostra
até 30 -
100% das bobinas do lote
31 a 50 1
51 a 150 2
151 a 200 3
201 a 500 4
501 a 1.200 5
Legenda:
Ac - número de aceitação;
Re - número de rejeição.
NOTA:
I. Conjuntos formados por cinco ou três corpos de prova, conforme requerido
pelos respectivos ensaios.
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TABELA 4 - Relação dos ensaios
Item Descrição dos ensaios Tipo de ensaio
8.3.1 Inspeção geral RE
8.3.2 Verificação dimensional RE
8.3.3 Medição da resistência elétrica do condutor T / RE
8.3.4 Tensão elétrica aplicada ao cabo T / RE
8.3.5 Resistência de isolamento à temperatura ambiente T / RE
8.3.6 Tensão elétrica à superfície da cobertura T / RE
8.3.7 Resistência ao trilhamento elétrico T
8.3.8 Resistência à abrasão T
8.3.9 Tração de ruptura do condutor T
8.3.10 Resistência à penetração longitudinal de água T
8.3.11 Temperatura de fusão e de oxidação do material da cobertura
T
8.3.12 Aderência da cobertura T
8.3.13 Ensaios mecânicos do material da cobertura antes e após envelhecimento artificial em câmara UV
T
8.3.14 Requisitos físicos do material da cobertura e da blindagem semicondutora
T
8.3.15 Permissividade relativa T
8.3.16 Compatibilidade do material de bloqueio com conexões elétricas
T
8.3.17 Verificação do diâmetro nos fios componentes RE
8.3.18 Resistência à tração nos fios componentes de alumínio RE
8.3.19 Alongamento dos fios componentes de alumínio RE
8.3.20 Enrolamento nos fios componentes de alumínio RE
8.3.21 Características de encordoamento no cabo completo RE
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Item Descrição dos ensaios Tipo de ensaio
8.3.22 Seção transversal do alumínio no cabo completo RE / E
Legenda:
T - Ensaio de tipo;
RE - Ensaio de recebimento;
E – Ensaio especial.
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15 DESENHOS
DESENHO 1 - Formação dos cabos
Condutor: Alumínio nu, 1350, encordoado com seção circular compacta classe 2 bloqueado contra penetração de água.
Blindagem do Condutor: Composto termofixo semicondutor – 90 ºC.
Camada interna: Composto termofixo de polietileno reticulado XLPE 90 °C natural, com excelentes propriedades elétricas.
Camada externa: Composto de polietileno de alta densidade (HDPE) resistente às intempéries, trilhamento elétrico, radiação ultravioleta e abrasão mecânica, conferindo total compatibilidade dielétrica entre o cabo, espaçadores e demais acessórios da rede.
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