Post on 22-Jan-2019
Projeto Carcinogênicos: estudo da
exposição a agentes químicos
carcinogênicos e irritantes na
produção de carvão vegetal na Bahia
Coordenação: Albertinho Barreto de Carvalho
FUNDACENTRO – CRBA
Laboratório Químico de Higiene Ocupacional
02 de Setembro de 2013
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Solicitação da atual SRTE/Camaçari-Ba, em razão
(2000):
das precárias condições de trabalho encontradas durante as
fiscalizações na época (1999-2000);
da escassez de informações (no mundo) sobre exposição de
trabalhadores carvoeiros (a produtos químicos emitidos na
fumaça da queima da madeira e a poeira de carvão) e os
efeitos sobre a saúde;
da falta de informações que subsidiassem a proposição de
medidas de controle coletivo e individual, bem como, de
monitoramentos biológicos da exposição e/ou efeito.
MOTIVAÇÃO PARA OS ESTUDOS
REALIZADOS PELA FUNDACENTRO/BA
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Realidade Inicial nas Carvoarias no
Litoral Norte e Recôncavo Baiano (2002)
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Realidade Inicial nas Carvoarias no
Litoral Norte e Recôncavo Baiano (2002)
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Realidade Inicial nas Carvoarias no
Litoral Norte e Recôncavo Baiano (2002)
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Realidade Inicial nas Carvoarias no
Litoral Norte e Recôncavo Baiano (2002)
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
HISTÓRICO SOBRE O USO DO CARVÃO VEGETAL
Para a produção do ferro/aço é necessário o carvão, seja ele mineral ou vegetal;
Na década de 1920 foi implantado um conjunto de usinas a carvão vegetal, em Minas Gerais – produção = ~4 mil ton. de aço/ano;
A estrutura viária não permitia o emprego do carvão mineral;
Em 1946 a Usina Belgo Mineira atingia 342 mil Ton./ano de aço = 70% da demanda interna;
Na década de 1950, a instalação da Usina de
Volta Redonda, usando carvão mineral, deu
início a competição com o carvão vegetal.
Fonte: Ferreira (2000)6
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Por que se utiliza o carvão vegetal?
Tem baixíssimo custo de produção (processo e
mão-de-obra).
É uma alternativa econômica à elevação dos preços
do coque (de petróleo e do carvão mineral) e do
próprio petróleo e à incerteza da disponibilidade de
combustíveis fósseis.
Não se avalia e nem se leva em conta os impactos
causados pela perda das florestas nativas e sua
biodiversidade.
A extração e uso do carvão mineral tem impacto
reconhecido sobre a saúde dos trabalhadores e o
meio ambiente.
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Produção mundial de carvão vegetal em 2003 = 43
milhões ton/ano.
Principais produtores: África, América Latina e Ásia.
Brasil: maior produtor mundial = 12,7 milhões de
ton/ano:
82% da produção da América Latina
~ 30% da produção mundial
De acordo com a FAO (Food and
Agriculture Organization) (FAO, 2005):
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Produção mundial de carvão vegetal em 2012 = 50
milhões ton/ano.
Principais produtores: (1º) África (30 milhões ton/ano),
(2º) América Latina, e (3º) Ásia.
Brasil: maior produtor mundial = 6,8 milhões de
ton/ano:
68% da produção das Américas
~ 14% da produção mundial
SITUAÇÃO ATUAL (FAO, 2013):
FAOSTAT, 2013 - http://faostat.fao.org/DesktopDefault.aspx?PageID=626&lang=en#ancor, Acesso em 22/08/2013
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
PRODUÇÃO DE CARVÃO NO BRASIL
PRODUTORES: MG, BA, PA, TO, MS, GO
– Maior produtor e consumidor:
• Estado de Minas Gerais – 62,5% do consumo;
– Consumo do Estado da Bahia = 2,6%;
DESTINO :
– Indústrias siderúrgicas de ferro-gusa, ferro ligas e de aço (MG,
PA, BA).
• 88,2% do consumo no país;
Destino principal da produção no recôncavo baiano, na época
(início anos 2000):
– duas indústrias siderúrgicas.
Fonte: Medeiros, 1999; Abracave, 2002; Zuchi, 2002
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Pro
du
ção
Flo
res
tal (?
?)
(árv
ore
s p
ara
ab
ate
!!)
Fonte: Anuário Estatístico ABRAF, 2012
http://www.abraflor.org.br/estatisticas/ABRAF12/ABRAF12-BR.pdf, Acesso 22/08/2013.
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Fonte: Anuário Estatístico ABRAF, 2012
http://www.abraflor.org.br/estatisticas/ABRAF12/ABRAF12-BR.pdf, Acesso 22/08/2013.
Localização atual dos principais centros industriais consumidores de
madeira de florestas plantadas. Brasil, 2011
Dados
estatísticos não
reproduzem a
realidade!
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Fonte: Anuário Estatístico ABRAF, 2012
http://www.abraflor.org.br/estatisticas/ABRAF12/ABRAF12-BR.pdf, Acesso 22/08/2013.
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Carvão Vegetal na Siderurgia
Fonte: Ferreira (2000)6
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
MADEIRAS UTILIZADAS
Madeira preferida atualmente : eucalipto.
Em 2000, 28,3 % do carvão produzido eram
originários de florestas nativas. (ABRACAVE)
Espécies utilizadas: eucalipto e pinho de
reflorestamento, e árvores de florestas nativas.
- No centro-oeste e sul da Bahia o uso de
madeiras de mata nativa ainda é muito
comum.
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
MÃO DE OBRA
Mão de obra no Brasil (Abracave, 2002):
– 56.900 trabalhadores (produção de carvão e
transporte da madeira e do carvão).
ABRACAVE: Associação Bras. de Florestas Renováveis
Na Região Nordeste de Salvador (Projeto da DRT/Camaçari-2002):
– 760 trabalhadores na produção de carvão - linha verde e recôncavo.
– 11 empresas sub-contratadas que operavam
as carvoarias – linha verde e recôncavo.
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
PROCESSO DE PRODUÇÃO
DE CARVÃO VEGETAL
Corte da Madeira Transporte para a porta dos fornos
Abastecimento dos fornos Carbonização
Retirada do carvão dos fornos
Transporte para as siderúrgicas
resfriamento
Exposição a fumaça
e Mat. Particulado
Exposição a pó
de carvão
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Transporte da Madeira até os Fornos
Vigente na Época (2002)
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Os Fornos Orifício superior; onde
se coloca o fogo inicial.
Orifícios (tatús
ou baianas). Porta
Forno semi-circular- diâmetro = 4m
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Os Fornos Orifício superior; onde
se coloca o fogo inicial.
Orifícios (tatús
ou baianas). Porta
Forno cilíndrico - diâmetro = 5m
Até 25
m3/mês
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Fases da Carbonização
Fase
interm.
Fumaça Azul
Fumaça Parda Fumaça Branca
Tempo de carbonização =
5 a 9 dias
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Retirada e transporte do carvão
na época (fase inicial do estudo)
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Produtos de Combustão da Madeira Anidra
Produto
(% massa)
Carvão com 86% de carbono fixo
33,0 – 35,0
Líquido Pirolenhoso
(ou Ácido Pirolenhoso)
33 - 35,5
Alcatrão Insolúvel
6,5 - 7
Gases Não Condensáveis 25,0
Fonte: Ferreira (2000) e Rezende et al (1994)
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Constituintes do Ácido Pirolenhoso
Produto
(% massa)
Água
80
Ácido Acético
9,3
Ácido Fórmico
0,3
Ácidos Superiores
0,4
Metanol
3,3
Acetona
0,8
Acetato de Metila
0,5
Alcatrão Dissolvido
5,0
Outros
0,5
Fonte: Rezende et al (1994)
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Constituintes do Alcatrão Vegetal
Produto
(% massa)
Água 20
Piche 50
Ácido Acético
2,0
Fenóis
0,6
Guaiacóis 5,5
Cresóis
1,5
Siringóis 14,5
Outros 5,9
Fonte: Rezende et al (1994)
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Produto (g/kg de madeira)
Formaldeído 0,1 - 0,7
Acroleína 0,02 - 0,1
Propionaldeído 0,1 - 0,3
Butiraldeído 0,01 - 1,7
Acetaldeído 0,03 - 0,6
Furfural 0,2 - 1,6
LARSON & KOENIG, 1994 - Wood Smoke: emissions and non-cancer respiratory effects.
Annu. Rev. Public Health, n. 15, p. 133 - 156, 1994.
Aldeídos Presentes na Fumaça da Queima
de Madeira em Residências.
SCHAUER et al., 2001 - Measurement of Emissions from Air Pollution Sources.3. C1-C29 Organic
Compounds from Fireplace Combustion of Wood. Environ. Sci. Technol., v. 35, n. 9, p. 1716-1728, Mar. 2001.
Principais CC Presentes na Fumaça de Três Tipos de Madeira Queimadas em Lareiras Residenciais - Coleta nas Chaminés
CC Pinho Eucalipto Carvalho
Acetaldeído 1704 1021 823
Formaldeído 1165 599 759
Acetona 749 79 462
Heptanal 419 626 77
Hexanal 418 189 90
Propanal 255 155 153
2-Butanona 215 77 115
Furfural 111 161 200
Butanal (n+Iso) 96 31 62
Acroleína 63 56 44
Benzaldeído 49 21 16
(mg/kg de madeira)
Outros CC Identificados por Schauer et al.
CC Pinho Eucalipto Carvalho
Metilglioxal 943 520 321
Glioxal 670 616 439
Crotonaldeído 276 198 177
2-Oxobutanal 241 337 194
Guaiacil acetona 88,6 143 123
Biacetil 89 73 73
Pentanal 32 28 88
Metacroleína 23 44 9,1
Hidroxibenzaldeídos 12,1 11,4 14,1
m- e p- Tolualdeído 12 27 -
2,5-Dimetilbenzaldeído 12 50 20
2-Metilfurfural 10 1,9 5,3
(mg/kg de madeira)
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
CC Carcinogênicos (pelo menos em animais,
Segundo Algumas Agências Internacionais
EPA = Environmental Protection Agency; ACGIH = American Conference of
Governmental Industrial Hygienists; NTP = National Toxicological Program; DFG =
Deutsche Forschungsgemeinschaft – Fundação Alemã de Pesquisa; IARC =
International Agency for Research on Cancer; NIOSH = National Institute for
Occupational Safety and Health
CC Agências
Acetaldeído IARC; NTP; EPA; DFG; ACGIH; NIOSH
Formaldeído IARC; NTP; EPA; DFG; ACGIH; NIOSH
Crotonaldeído DFG; EPA; ACGIH
Furfural DFG; ACGIH
Ciclohexanona DFG; ACGIH
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
HPAs
Fluoreno Benzo[a]Pireno
Fenantreno Perileno
Antraceno Indeno[1,2,3-cd]Pireno
Metilantracenos Benzo[g,h,i]Perileno
Benzo[a]Antraceno Coroneno
Fluoranteno Dibenzo[a,h]Antraceno
Pireno Dibenzo[a,h]Pireno
Benzofluorantenos Reteno
Benzo[e]Pireno
HPAs Presentes na Fumaça da Queima de
Madeira em Residências.
LARSON & KOENIG, 1994 - Wood Smoke: emissions and non-cancer respiratory effects.
Annu. Rev. Public Health, n. 15, p. 133 - 156, 1994.
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Ré-Poppi & Santiago-Silva, [2002] identificaram mais de 130 compostos, incluindo vários HPAs, na fumaça emitida na queima de eucalipto em um forno experimental montado no campus da UFMS.
os autores destacaram a presença de altas concentrações de HPAs, além de alquil-HPAs, oxi-HPAs, cresóis, catecóis, fenóis e metoxifenóis.
MEDIDAS NA ATMOSFERA
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Barbosa, [2002] quantificou 16 HPAs no ar, emitidos na fumaça da queima de eucalipto no mesmo forno experimental montado no campus da UFMS, durante períodos consecutivos de 8 horas.
MEDIDAS NA ATMOSFERA
Os quatro HPAs mais abundantes foram:
naftaleno
fenantreno
fluoreno
acenaftileno
Representaram 80 % de
16 HPAs analisados
Conc. de 16 HPAs = 30,7 µg/m3
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
HPAs Carcinogênicos segundo IARC e NTP
IARC50 NTP47
(B) 2A 2B
Benz[a]Antraceno Naftaleno Benz[a]Antraceno
Benzo[a]Pireno Ind[123cd]Pireno Benzo[a]Pireno
Dib[ah]Antraceno Benzo[b]Fluor. Dib[ah]Antraceno
Benzo[k]Fluor. Benzo[b]Fluor.
Benzo[k]Fluor.
Ind[123cd]Pireno
Grupo 2A: Provavelmente carcinogênico humano.
Grupo 2B. Possivelmente carcinogênico humano.
B. Razoavelmente antecipado ser um
carcinogênico humano.
IARC – International Agency for Research on
Cancer - França.
NTP – National Toxicological Program - USA
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
OBJETIVOS DO ESTUDO
Avaliar os riscos para a saúde e propor
biomarcadores de exposição à fumaça da
queima da madeira (coordenação: Mina)
(concluído).
Determinar as concentrações de alguns
agentes químicos carcinogênicos e irritantes
no ar inalado pelos trabalhadores das
carvoarias (coordenação: Albertinho)
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
PESQUISAS REALIZADAS
TESE DE DOUTORADO
1. MINA KATO
Doutorado em Epidemiologia. University of North Carolina-USA Título: CHARCOAL WORKERS IN BAHIA, BRAZIL: OCCUPATIONAL HAZARDS AND URINARY BIOMARKERS OF EXPOSURE TO WOOD SMOKE, Ano de obtenção: 2003. Orientador: PhD. Dana Loomis. Bolsista do(a): Fogarty International. Grande Área: Ciências da Saúde / Área: Saúde Coletiva / Subárea: Epidemiologia. Grande Área: Ciências da Saúde / Área: Saúde Coletiva / Subárea: Saúde do Trabalhador.
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
ESTUDOS REALIZADOS POR MINA KATO
(2001 a 2003)
Sintomas respiratórios (questionário, espirometria e exame
médico – não encontrou correlação – efeito traba. sadio?);
Danos ao DNA (sangue e células da mucosa nasal);
IBE para HPAs: 2-naftol em urina;
Avaliação ambiental de HPAs (análises EPA/EUA);
Atividade mutagênica do material particulado e poeira de
Eucalipto (teste de Ames – Cetesb/SP.
8 das 11 carvoarias da região.
169 trabalhadores do corte e das carvoarias.
Submissão a Comitê de Ética: problemas com prazo.
Assinatura do Termo de Consentimento Informado.
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
PESQUISAS REALIZADAS
TESE DE DOUTORADO 2. ALBERTINHO B. DE CARVALHO
Doutorado em Química. Universidade Federal da Bahia, UFBA, Brasil.
Título: COMPOSTOS CARBONÍLICOS NO AR EM AMBIENTES DE TRABALHO DE CARVOARIAS NA BAHIA, Ano de obtenção: 2005. Orientador: Prof. Dr. Jaílson Bittencourt de Andrade.
Grande Área: Ciências Exatas e da Terra / Área: Química / Subárea: Química Analítica.
Grande Área: Ciências da Saúde / Área: Saúde Coletiva / Subárea: Saúde do Trabalhador.
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
ESTUDOS REALIZADOS POR
ALBERTINHO (5 carvoarias)
Formaldeído, acetaldeído, acroleína, furfural e isômeros C4 (n-butanal, isobutanal e 2-butanona) no ar, na fase vapor, na zona respiratória e em zonas de circulação de trabalhadores carvoeiros: uso de dois métodos cromatográficos (por HPLC) (IQ-UFBA) (concluído);
HPAs no ar, na fase vapor e no material particulado na zona respiratória e em zonas de circulação de trabalhadores carvoeiros (CG/MS – Lab. do CRBA) (tabulando dados);
Poeira de carvão (total e respirável) em trabalhadores que retiram o carvão dos fornos (forneiros) (tabulando os dados);
Benzeno no ar, em amostras coletadas na altura média da zona respiratória, em zonas de circulação entre os fornos em carbonização (em fase final de coleta de amostras e análises);
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Concentrações de CC no Ar, em µg m-3
(faixa e média; n = 8)
*Tempo total de coleta = 384 min ** Tempo total de coleta = 326 min
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
CONCLUSÕES
Os resultados das amostras pessoais e estacionárias revelaram que os trabalhadores de carvoarias se expõem a concentrações de formaldeído acima dos limites sugeridos pelo National Institute for Occupational Safety and Health - NIOSH/EUA (REL = 20 µg m-3), representando um risco para a saúde dos mesmos, referente ao efeito cancerígeno dessa substância.
Estes são os primeiros resultados de concentrações atmosféricas de CC em amostras pessoais e estacionárias, coletadas em ambientes de trabalho de carvoarias, que se tem conhecimento até o momento.
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
PUBLICAÇÕES EM PERIÓDICOS
ALBERTINHO B. DE CARVALHO, MINA KATO, MARIÂNGELA M. REZENDE, PEDRO AFONSO DE P. PEREIRA, JAÍLSON B. DE ANDRADE. Exposure to carbonyl compounds in charcoal production plants in Bahia, Brazil. Environ Sci. Pollut. Res., Volume 20, Issue 3, pp 1565-1573, 2013. DOI 10.1007/s11356-012-1243-z
ANUNCIAÇÃO, DANIELA S. ; SOUSA, ELIANE T.; CARVALHO, ALBERTINHO B. DE; PEREIRA, PEDRO A. P. . Emission profiles of carbonyl compounds at a Brazilian charcoal plant. Journal of the Brazilian Chemical Society (Impresso), v. 23, p. 1606-1613, 2012. Print version ISSN 0103-5053. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-50532012005000025
CARVALHO, A. B. de ; Kato, Mina ; Rezende, Maryangela M. ; de P. Pereira, Pedro A. ; de Andrade, Jailson B. . Determination of carbonyl compounds in the atmosphere of charcoal plants by HPLC and UV detection. Journal of Separation Science, v. 31, p. 1686-1693, 2008.
KATO, M. ; DEMARINI, D. M. ; CARVALHO, A. B. ; REGO, M. A. V. ; ANDRADE, A. V. ; BOMFIM, A. S. V. ; LOOMIS, D. . Charcoal producing industries in northeastern Brazil. Occupational and Environmental Medicine, v. 62, p. 128-132, 2005.
KATO, M. ; LOOMIS, D. ; BROOKS, L. ; GATTAS, G. F. ; GOMES, L. ; CARVALHO, A. B. ; REGO, M. A. V. ; DEMARINI, D. M. . Urinary biomarkers in charcoal workers exposed to wood smoke in Bahia State, Brazil. Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, v. 13, n.6, p. 1005-1012, 2004.
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
PUBLICAÇÕES EM ANAIS
CARVALHO, A. B. ; MASCARENHAS, M. R. ; KATO, M. ; ANDRADE, J. B. ; PEREIRA, P. A. P. . Concentrações de Compostos Carbonílicos no Ar na Produção de Carvão Vegetal na Bahia.. In: 28a. Reuniaõ Anual da Sociedade Brasileira de Química, 2005, Poços de Caldas. Anais da 28ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, 2005. Poços de Caldas, 2005.
CARVALHO, A. B. ; MASCARENHAS, M. R. ; KATO, M. ; PEREIRA, P. A. P. ; ANDRADE, J. B. . Determinação de Compostos Carbonílicos no Ar em Carvoarias Utilizando CLAE e Eluição por Gradiente de Solventes. In: 28a. Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, 2005, Poços de Caldas. Anais da 28a. Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química. Poços de Caldas, 2005.
KATO, M. ; CARVALHO, A. B. ; LOOMIS, D. ; REGO, M. A. V. ; GATTAS, G. F. ; DEMARINI, D. M. . Urinary mutagenicity and biomarkers of exposure to wood smoke among charcoal workers in Brazil. In: 9th International COnference on Environmental Mutagens & 36th Annual Meeting of the Environmental Mutagen Society, 2005, San Francisco, EUA. Mutation Research - Fundamental and Molecular Mechanisms of Mutagenesis, 2005. v. 577s. p. e1-e256.
KATO, M. ; CARVALHO, A. B. ; BOMFIM, A. S. V. ; ANDRADE, A. V. ; REGO, M. A. V. . CONDIÇÕES DE TRABALHO E MORADIA DOS TRABALHADORES DE CARVOARIAS NO NORDESTE BAIANO. In: VI Congresso Brasileiro de Epidemiologia, 2004, Recife. Rev. Bras. de Epidemiologia, Livro de Resumos VI Congresso Brasileiro de Epidemiologia, 2004.
KATO, M. ; BOMFIM, A. S. V. ; ANDRADE, A. V. ; REGO, M. A. V. ; MASCARENHAS, M. R. ; CARVALHO, A. B. ; DEMARINI, D. M. . USO DE BIOMARCADORES PARA AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO A PRODUTOS CARCINOGÊNICOS E MUTAGÊNICOS. O CASO DA EXPOSIÇÃO À FUMAÇA DA QUEIMA DE MADEIRA ENTRE OS CARVOEIROS NA BAHIA. In: VI Congresso Brasileiro de Epidemiologia, 2004, Recife. Livro de resumos do VI Congresso Brasileiro de Epidemiologia, Rev. Bras. de Epidemiologia, 2004.
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
PUBLICAÇÕES EM ANAIS
ANDRADE, A. V. ; KATO, M. ; BOMFIM, A. S. V. ; CARVALHO, A. B. ; REGO, M. A. V. . LESÕES RELATADAS POR TRABALHADORES DO CARVÃO VEGETAL NA BAHIA, BRASIL. In: 27º Congresso Internacional sobre Saúde Ocupacional, Foz do Iguaçu, 2003.
BOMFIM, A. S. V. ; KATO, M. ; CARVALHO, A. B. ; ANDRADE, A. V. ; REGO, M. A. V. . TRABALHADORES DO CARVOEJAMENTO NO NORDESTE DA BAHIA: CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS E CONDIÇÕES DE TRABALHO. In: 27º Congresso Internacional sobre Saúde Ocupacional, Foz do Iguaçu, 2003.
KATO, M. ; LOOMIS, D. ; BROOKS, L. ; CARVALHO, A. B. ; GOMES, L. ; GATTAS, G. F. ; DEMARINI, D. M. . Occupational risks of charcoal production in Bahia State, Brazil. In: 16th EPICOH Congress on Epidemiology in Occupational Health, 2002, Barcelona. Medicina del Lavoro. Milano: Medicina del Lavoro, 2002. v. 93.
KATO, M. ; DEMARINI, D. M. ; BROOKS, L. ; CARVALHO, A. B. ; REGO, M. A. V. ; LOOMIS, D. . urinary mutagenicity in charcoal workers: a cross-sectional study in Northeastern Brazil. In: ISEA 2002, 2002, Vancouver. Proccedings of ISEA/ISEE 2002. Vancouver: UBC, 2002.
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
O QUE MUDOU DE LÁ PARA CÁ?
O processo de produção do carvão não é mais terceirizado. O plantio, corte e transporte, ainda são;
Os trabalhadores não dormem mais no local. Vão para casa diariamente e a empresa fornece o transporte;
A empresa fornece alimentação diariamente;
Existem banheiros e local para refeições (às vezes precários em termos de higiene);
Os trabalhadores recebem fardamento e EPIs, mas a substituição ainda é problemática;
Já teve início o processo de mecanização dos fornos (enchimento com madeira e descarga de carvão, realizados por trator com cabine climatizada);
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
EQUIPE TÉCNICA
Dr. Albertinho B. de Carvalho (Químico) - FUNDACENTRO/BA –
IQ/UFBA
Dra. Mina Kato (Farm. Bioquímica e Toxicologista) –
FUNDACENTRO/BA; Escola de Saúde Pública-SP / Universidade
da Carolina do Norte (SPH/UNC) / Agência de Proteção Ambiental
(EPA)
Maryangela Rezende Mascarenhas (Farm. Bioquímica – Prest.
Serviços) – FUNDACENTRO/BA-FUNDUNESP.
Anaide Vilasboas de Andrade (Enga. Civil) - FUNDACENTRO/BA.
Ana Soraya V. Bomfim (Técnica) - FUNDACENTRO/BA.
Dr. Marco Rêgo (Médico, Dr. em Epidemiologista) / CESAT/SESAB.
Dra. Gisela Aragão (Bióloga, Dra em genética e Biolog. Molecular)/
CETESB-SP
Próximo Anterior albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
INSTITUIÇÕES PARCEIRAS
SRTE/MTE – Gerência de Camaçari/Ba.
Laboratório de Pesquisas Químicas/Depto. Química Geral e
Inorg./Instituto de Química/UFBA.
Dept. Medicina Preventiva, Fac. Medicina, UFBA.
Environmental Carcinogenesis Division, US Environmental
Protection Agency - EPA
Departments of Epidemiology and Environmental Sciences
and Engineering, School of Public Health, University of
North Carolina, Chapel Hill, NC, USA.
CESAT – Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador-
SESAB.
CETESB/SP