Post on 20-Nov-2020
UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxillium
Curso de Engenharia Agronômica
EDMAR BELZUNCES PEREIRA
EDER GAMA
JULIO CEZAR SIMÃO MENARDI
EFEITO DO REGULADOR DE CRESCIMENTO CLORETO DE
MEPIQUAT SOBRE O DESENVOLVIMENTO E PRODUTIVIDADE
DA CULTURA DO QUIABO (Abelmoschus esculentus)
LINS – SP
2018
EDMAR BELZUNCES PEREIRA
EDER GAMA
JULIO CEZAR SIMÃO MENARDI
EFEITO DO REGULADOR DE CRESCIMENTO CLORETO DE MEPIQUAT
SOBRE O DESENVOLVIMENTO E PRODUTIVIDADE DA CULTURA DO
QUIABO (Abelmoschus esculentus)
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Engenharia Agronômica sob a orientação do Prof. Dr Carlos Suguitani .
LINS – SP
2018
EDMAR BELZUNCES PEREIRA
EDER GAMA
JULIO CEZAR SIMÃO MENARDI
EFEITO DO REGULADOR DE CRESCIMENTO CLORETO DE MEPIQUAT
SOBRE O DESENVOLVIMENTO E PRODUTIVIDADE DA CULTURA DO
QUIABO (Abelmoschus esculentus)
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Agronômica.
Aprovado em: ___/___/____
Banca Examinadora:
Professor Orientador: Dr. Carlos Suguitani
Titulação: Doutor em fitotecnia, pela Universidade de São Paulo (ESALQ/USP)
Assinatura: _____________________________
1° Prof.°: Harumi Hamamura
Titulação: Metodologia de Ensino e Educação de Nível Superior, pela
Universidade Federal do Paraná.
Assinatura: _____________________________
2° Prof.ª: Dr.ª Clélia Maria Mardegan
Tutulação: Metodologia de Ensino e Educação de Nível Superior, pela
Universidade de Agronomia UNESP Campus de Jaboticabal.
Assinatura: _____________________________
DEDICATÓRIA
Aos meus pais e irmãos que me incentivaram a realizar este curso,
desde o início acompanhando as dificuldades passada nesse período, me
apoiando e incentivando para que eu pudesse concluir com sucesso minha
graduação, dedico também a todos os professores que contribuíram para
minha formação, compartilhando seus conhecimentos de forma clara e precisa
no decorrer desde período. In memorian Gilcimar Rodrigues Caparro.
AGRADECIMENTOS
A Deus primeiramente por ter nos fornecido saúde, sabedoria, ânimo
para que eu chegasse até aqui, pois sem Deus não somos nada.
Aos professores que nos ajudaram perante as dificuldades nesse
período compartilhando conosco seus conhecimentos, e aos nossos familiares
e amigos.
DAE
ha
ml
CM
T2
T3
T4
mm
CEAGESP
DAS
IEA
TRAT
Dias após emergência
Hectare
Mililitros
Cloreto de Mepiquat
Tratamento 2
Tratamento 3
Tratamento 4
Milímetros
Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São
Paulo
Dias após semeadura
Instituto de Economia Agrícola
Tratamento
LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Regime de chuvas no período do experimento ............................. 25
Figura 2 – Sementes sendo preparadas para receber o tratamento, com
inseticida .......................................................................................................... 26
Figura 3 – Divisão e identificação das parcelas do experimento .................... 27
Figura 4 – Identificação de entrenó .................................................................. 27
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Preços do quiabo praticados nos CEAGESP de São Paulo/SP entre
os anos de 2016 a 2018 (CONAB, 2018). ........................................................ 15
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Comparativo de altura de plantas entre os tratamentos aos 76, 91 e
106 (DAE) do quiabeiro .................................................................................... 28
Tabela 2 – Comparativo de entrenós das plantas entre os tratamentos aos 76,
91 e 106 (DAE) do quiabeiro ............................................................................ 29
Tabela 3 – Comparativo de taxa de crescimento das plantas entre os
tratamentos aos 76, 91, 106 (DAE) do quiabeiro ............................................. 30
Tabela 4 – Comparativo de produção das plantas entre os tratamentos aos 76,
91, 106 (DAE) do quiabeiro ............................................................................... 31
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 10
2. REVISÃO DE LITERATURA......................................................................... 11
2.1 O mercado da cultura do quiabeiro ...................................................................................... 11
2.2 A cultura do quiabeiro.................................................................................................................. 12
3. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................ 23
3.1 Local do experimento .................................................................................................................. 23
3.2 Delineamento experimental e tratamentos ....................................................................... 23
3.3 Regulador de crescimento Cloreto de Mepiquat ........................................................... 24
3.4 Condição Climática ....................................................................................................................... 24
3.5 Plantio do experimento e avaliações ................................................................................... 25
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................... 28
4.1 Altura de plantas ............................................................................................................................ 28
4.2 Comprimento de entrenós ......................................................................................................... 29
4.3 Taxa de crescimento .................................................................................................................... 30
4.4 Produção ............................................................................................................................................ 31
5. CONCLUSÃO ............................................................................................... 33
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 34
RESUMO
O quiabeiro (Abelmoschus esculentus) é uma planta muito vigorosa, o
verão favorece seu crescimento prejudicando sua produtividade. Em função
dessa característica, no verão, a planta favorece o seu crescimento em
detrimento da produtividade. No algodoeiro que é da mesma família do quiabo
são utilizados reguladores de crescimento, de forma comercial, para equilibrar
a fase vegetativa e reprodutiva, melhorando a produção. Essa técnica não é
utilizada na plantação de quiabo. Em função disso, esse trabalho buscou
avaliar o efeito de diferentes dosagens do regulador de crescimento Cloreto de
Mepiquat (CM) sobre o quiabeiro. O experimento foi realizado em Promissão
(SP), no verão da safra 17/18 com a cultivar Santa cruz 47, sendo utilizando o
delineamento em blocos casualizados com quatro tratamentos: testemunha, e
três dosagens de CM (0,1, 0,2 e 1L/ha), sendo aplicados aos 76 DAE, 91 DAE
e 106 DAE. Cada parcela experimental constituiu-se de nove linhas com sete
metros de comprimento e espaçamento entrelinhas de 0,85 m, considerando
úteis as quatro linhas centrais. Foram determinadas cinco plantas de cada
parcela, para mensuração, a altura das plantas, tamanho de entrenós após
cada aplicação e produtividade. Nas avaliações de altura, que foram realizadas
aos 39, 53, 67 e 76 DAE, o cloreto de mepiquat não demonstrou influência
significativa entre o tratamento testemunha, a os 76 DAE. Já as avaliações
realizadas os 91 e 106 diferenciam significativamente entre os tratamentos,
somente a dosagem de 1 L/ha apresentou diferença de menor altura. E não
houve diferença significativa na produção e tamanho de entrenó nos
tratamentos.
Palavras chave: Quiabo (Abelmoschus esculentus), Regulador de crescimento,
Cloreto de mepiquat.
ABSTRACT
The okra (Abelmoshcus Esculentus) is a very vigorous plant and its
growth is mostly stimulated in the summer period. The summer favors the
okra’s growth, harming its productivity. For production improvement, on the
cotton plant cultivation which belongs to the okra’s family, growth regulators are
commercially utilized to balance the vegetative and reproductive phase. Due to
that technique, is not utilized in the okra cultivation, an experiment was
conducted and this paper reports positive results applied in the okra plantation
by using different dosages of growth regulator Mepiquat Cloreto. The
experiment was realized in the summer 2017-2018, utilizing the Santa Cruz 47
species, in Promissao, SP, Brazil. A randomized block design was used,
divided in four treatments: opposing proof. Three Mepiquat Cloreto dosages
(0.1, 0.2, and 1L/ha) where applied 76, 91 and 106 days after germination.
Each experimental parcel consisted of nine lines of seven meters in length and
0.85 meters between the lines, considering only the four central lines. Five
plants were used in each parcel for measurements: plant height and internodes
space after each application and harvest. On the measurement of height, the
main analysis did not demonstrate a significant influence of MC on day 39, 53,
67 and 76 after germination. On the other hand, significant results appeared on
the analysis realized after 91 and 106 days after germination, the plants where
shorter than the opposing proof, with 1L/ha dosage applied, and did not have
significative difference on the productivity and space between internodes on the
opposing proof.
Key words: Oat (Abelmoschus esculentus), Growth regulator, Mepiquat
chloride.
10
1. INTRODUÇÃO
O quiabo (Abelmoschus esculentus) é uma olerícola arbustiva, anual,
folhosa, pertencente à família botânica Malvaceae, mesma família do hibisco,
cupuaçu e do algodoeiro, no total são mais de 4.000 espécies pertencentes a
essa família. O quiabeiro desenvolve-se bem em solos areno argilosos, sendo
uma cultura muito sensível ao frio, com cultivo mais concentrado nas regiões
tropicais e subtropicais do país.
É um alimento altamente consumido pela população, participando da
dieta do dia-a-dia de muitas pessoas. É produzido por pequenos e médios
agricultores, pelo fato de não necessitar de altos investimentos financeiros e
nem de grandes oneração com máquinas agrícolas para seu cultivo e colheita.
O quiabeiro é uma planta que tem crescimento muito vigoroso e isso
interfere na sua produtividade na época do verão, pois em condições de alta
temperatura e chuva a parte vegetativa é favorecida e interfere na reprodutiva,
ocasionando perda na sua produção. Tendo em vista esses fatores, muitos
produtores estão buscando opções para esse problema, optando até por
restringirem a adubação de plantio para que não estimule o crescimento da
planta, dessa foram a mesma não ficaria muito alta no início da colheita,
porém, elas ficam raquíticas o que também é prejudicial, pois resulta em baixa
produtividade e em desequilíbrio nutricional à planta, tornando a suscetível a
pragas e doenças.
Na cultura de algodão, espécie que pertence à mesma família botânica
do quiabo, também ocorre esse mesmo problema de favorecimento do
desenvolvimento vegetativo em detrimento do reprodutivo, que resulta em
perdas na produtividade. Para que ocorra o equilíbrio vegetativo e reprodutivo,
faz-se de forma corriqueira o uso de reguladores de crescimento. No quiabeiro
essa tecnologia não é utilizada e pouco se sabe sobre sua eficiência na cultura.
Dessa forma, o presente trabalho avaliou os efeitos do regulador de
crescimento CM, no desenvolvimento e produtividade do quiabeiro.
11
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 O mercado da cultura do quiabeiro
O quiabo é uma cultura originária do continente Africano, que é
consumido e cultivado em diferentes regiões do mundo. Trata-se de uma
cultura tipicamente tropical exigente em temperaturas elevadas, não tolerando
temperatura muito baixa, pois retardam e dificultam sua germinação,
desenvolvimento vegetativo e frutificação (FILGUEIRA et al., 1981). Em 2016, o
continente asiático continuava a ser o que representava maior produção, sendo
responsável por mais da metade da produção mundial, em seguida vinha o
continente africano. Em relação aos países, os cinco maiores produtores são:
Índia, Nigéria, Sudão, Mali e Paquistão (FAOSTAT, 2018).
Em função do clima favorável para o cultivo, a produção brasileira se
destaca mundialmente. Os estados de Minas Gerais e São Paulo são os
maiores produtores (SERGIO, 2006), destaque para região de Araçatuba S/P
que é responsável por boa parte da produção nacional. Nessa região, o
município de Piacatu tem relevância em área de produção da hortaliça pois é a
maior produtora do país. Em 2008 a produção do município representava 56%
da produção do estado numa área de 200 ha (GALCINO 2000).
A cidade de Bauru (SP) aumentou sua produção nos últimos anos,
saindo de 19 ha em 2015, com uma produção anual de 14.875 caixas para 74
ha e produção anual de 513.375 caixas em 2016, evidenciando a expansão e o
potencial da cultura nessa região (IEA, 2018).
No município de Lins S/P, segundo o IEA nos últimos três anos a
produção de quiabo cresceu significativamente passando de 3.140 caixas em
uma área de 10,4 ha em 2015; para 5.360 caixas em uma área de 12,2 ha em
2016, passando para 9.862 caixas produzidas em 16 ha em 2017. A mesma
situação ocorre no município de Promissão que tem aumentado sua área de
quiabo de forma expressiva, principalmente nas áreas dos assentamentos
rurais (IEA, 2018).
O município de Promissão S/P, se destaca no cultivo dessa cultura,
trata-se do maior assentamento do estado de SP onde possui um grande
número de famílias que cultivam hortaliças de uma forma geral, dentre elas o
12
quiabo que gera uma produção de 17 mil caixas por ano, o que contribui como
fonte de renda para os mesmos. A colheita é feita de maneira manual, sua
produtividade, quando em condições ótimas de clima e fertilidade ideais, é alta
chegando a produzir 40 caixas/há(semanais), sendo necessário realizar
colheitas semanais.
A maior parte do quiabo produzido no estado de São Paulo é
comercializado na CEAGESP (São Paulo / SP), que é o maior polo de
comercialização do país, o restante da produção é destinado para projetos,
associações e feiras livres. A comercialização deve ser feita rapidamente após
a colheita, pois é um produto de alta perecibilidade. Na comercialização, os
comerciantes e consumidores valorizam à coloração e o tamanho de frutos,
sendo os mais aceitos os que apresentam cerca de 10 a 14 cm
(FILGUEIRA,2008).
No quiabeiro além dos frutos, suas folhas e botões florais também são
utilizados para o consumo e sua semente quando está totalmente madura é
fonte de óleo e proteínas.
2.2 A cultura do quiabeiro
A cultivar mais utilizada pelos produtores é a Santa Cruz 47. Ela é de
origem nacional, crescimento vigoroso, internódios curtos, possui altura em
torno de dois metros, adaptadas as mais diversas condições edafoclimáticas.
Os frutos são de coloração verde-clara, cilíndricos, tendo sua ponta recurvada,
possui teor de fibras menor em relação às outras cultivares. Essa cultivar é
resistente a Murcha de Verticillium e Podridão Úmida dos Frutos (FILGUEIRA,
2008). Além da grande adaptação climática a cultivar é a mais cultivada no
país por se destacar pela sua alta produtividade, vigor, precocidade e baixo
teor de fibras. Além dessa variedade, Santa Cruz 47 existem outras cultivares
como a IAC-4075 criada pelo IAC Campinas S/P que é caracterizado por ser
uma planta de grande estatura, folhas recortadas e não possui pelos no caule,
hastes, frutos e folhas que apresentam coloração verde-escura, esta cultivar é
tolerante a murcha. Já o Amarelinho apresenta frutos de coloração amarelado,
possui alta estatura, sendo que seus frutos se conservam por mais tempo após
a colheita. A variedade Alecrim possui ciclo de 80 a 90 dias, planta com
13
excelente vigor e produtividade média, seus frutos são de coloração verde-
clara e porte arredondado. A variedade Veludo Branco é de porte médio, seus
frutos são de coloração branca a verde claro, suas folhas são recortadas, é
uma variedade pouco utilizada pelos produtores devido a sua coloração não ter
grande aceitação comercial. A Veludo Verde é uma variedade oriunda dos
Estados Unidos e apresenta porte médio, folhas recortadas, frutos grossos e
curvos de cor verde-escura, sua produtividade é elevada, possui resistência ao
transporte para grandes distância e tolerância a murcha do quiabeiro
(OLIVEIRA, 2008).
Ela é uma planta diploide, que facilita a polinização cruzada por insetos,
porém, o que ocorre em maior frequência é a autofecundação (MARTIN, 1983).
A escolha do local de implantação de um futuro cultivo de quiabo e muito
importante, pois trata-se de uma cultura muito sensível e suscetível ao ataque
de nematoides que atacam o sistema radicular prejudicando fortemente seu
desenvolvimento e produção.
Solos com alta quantidade de matéria orgânica são mais favoráveis
assim, como áreas ocupadas por gramíneas (pastagens) por um longo período
são mais apropriadas para o seu cultivo e um possível sucesso em
produtividade e longevidade da lavoura, em alguns casos seu ciclo nesta área
pode durar até um ano.
O bom preparo do solo também e fator primordial antes da implantação,
pois é uma cultura que se adapta muito bem a solos profundos livres de
compactação que possa estar prejudicando o desenvolvimento do sistema
radicular e consequentemente redução da área de absorção de nutrientes, que
serão fatores que poderão dificultar seu desenvolvimento e ocasionar uma
baixa qualidade de frutos.
Como forma de implantação é mais utilizado a semeadura direta no solo,
antes feita a análise de solo para as possíveis correções de solo de forma a
proporcionar ao vegetal melhor absorção de nutrientes, além de elevar o pH do
solo pois o quiabo e uma planta muito sensível a acidez do solo, sendo
exigente em PH na faixa de 6 a 6,5 (FILGUEIRA, 2008).
O plantio dessa hortaliça pode ser realizado durante todo o ano, porém,
sua implantação nos meses de junho e julho são mais exigentes, pois as
baixas temperaturas e dormência das sementes dificultam muito a sua
14
germinação, ficando mais lenta ou não germinando, fazendo ser necessário
realizar o replantio, para se obter um bom estande de plantas. Esses fatores
acabam por onerar o custo de semeadura nessa época, devido ao gasto com
maior número de sementes e maior frequência de rega para que as mesmas
venham germinar.
O quiabeiro quando cultivado em espaçamentos mais largos produz
ramificações laterais, fato que é menos frequente quando se aumenta a
densidade de plantio. Suas folhas são grandes e lobadas com pecíolos longos,
seu sistema radicular é pivotante e, pode atingir até um metro e noventa
centímetros de profundidade, tendo por sua vez a maioria das raízes apostas
nos primeiros vinte centímetros de solo (FILGUEIRA, 2008).
No Brasil o quiabo é cultivado durante o ano todo, porém, os maiores
cultivos são realizados na época do verão. Nessa estação o quiabeiro inicia
sua produção entre 60 a 80 dias após a semeadura (DPS), já no inverno a
produção começa nos 90 a 110 DAS. Trata-se de uma cultura de ciclo
produtivo prolongado que pode estender sua produção por até um ano, caso se
faça uma poda de renovação no período de cinco a seis meses, essa prática é
realizada por poucos produtores em determinadas regiões produtoras, visando
maior tempo de colheita e rentabilidade. (FILGUEIRA, 2008).
Esse cultivo de verão apresenta alguns problemas gerados pelo intenso
crescimento da planta nessas condições climáticas. Por esse motivo as plantas
estão muito altas no momento da colheita, fator que dificulta essa operação
que é feita manualmente e os tratos culturais, como controle de doenças
fúngicas, gerando perdas e aumento nos custos de produção. Esse problema
do crescimento da planta também é enfrentado pelos produtores de algodão.
Para corrigir esse desequilíbrio eles utilizam reguladores de crescimento
comercialmente, sendo que as novas cultivares de algodão já saem das
pesquisas com a recomendação de aplicação de reguladores, de acordo com a
resposta de cada um.
Além disso, no verão os preços praticados são menores em função da
alta oferta de produto, dessa forma toda técnica que possa diminuir os custos,
facilitar o trabalho e não prejudicar a produção é importante nesse período. Já
no inverno os preços praticados são maiores (Gráfico 1), estendendo até os
meses de outubro e novembro, devido a diminuição da oferta do produto, pois
15
as plantas tem a produção reduzida por serem sensíveis a temperaturas mais
baixas, além disso, ainda tem problemas com o déficit hídrico e o oídio
(Erysiphe cichoraceaum), sendo o último uma doença que causa desfolha
precoce das plantas, e contribui para oneração dos custos de produção.
(STANDNIK; RIVEIRA, 2001). O fato da colheita do quiabo ser contínua
também dificulta os tratos fitossanitários (BROER et al.,2003).
Gráfico 1 – Preços do quiabo praticados nos CEAGESP de São Paulo/SP entre
os anos de 2016 a 2018 (CONAB, 2018).
2.3 Uso de reguladores de crescimento
São quase nulas as informações em relação ao uso de reguladores de
crescimento, como o Cloreto de Mepiquat (CM) e Cloreto de Clormiquat (CC)
na cultura do quiabeiro. Esses produtos inibem a biossíntese das giberelinas e
são muito utilizados na cultura do algodoeiro, que pertence a mesma família do
quiabeiro (RADEMACHER, 2000; SILVA et al; 1981). As atuações dos
reguladores de crescimento nas plantas agem de forma a influenciar os órgãos
e tecidos do vegetal, reduzindo assim, o tamanho das plantas, ou seja, atua de
maneira antagônica aos hormônios giberelinas (RODRIGUES et al., 2003). As
giberelinas são hormônios que foram descobertos por fisiologistas através de
pesquisas sobre uma doença fúngica ocasionada na cultura do arroz, pelo
fungo Gibberella fujikuroi, esta causava no vegetal um crescimento exagerado
verticalmente (ZEIGER.; TAIZ, 2013). O uso desse hormônio em plantas a
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R$)
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campo visa de certa maneira interferir nos processos fisiológicos dos vegetais
evitando distúrbios como alto crescimento, gerando uniformidade de floração e
frutificação e quebra a dormência de determinadas sementes, com isso sua
utilização contribui muito para o setor agrícola pois contribui para uma maior
produtividade e qualidade do produto final (WACHOWICZ; CARVALHO, 2002).
Junior et al (2009) ao testarem o efeito de CM via tratamento de sementes,
visando assegurar o crescimento da planta desde a emergência, através de
três avaliações, 12, 25, 44 DAE, constataram que as de 3, 6, e 9 g i.a/ kg de
sementes foi suficiente para assegurar um adequado porte e que a altura
diminui proporcionalmente a dose.
Os reguladores de crescimento são utilizados de forma comercial nas
plantações, sua importância é tão grande que variedades lançadas atualmente
já saem com a recomendação de aplicação de reguladores de crescimento de
acordo com os resultados das pesquisas dos programas de melhoramento
genético da cultura. As aplicações de reguladores de crescimento geram
aumento na produção, pois atuam no vegetal de forma a concentrar sua
translocação de carboidratos para a parte reprodutiva contribuindo para uma
maior precocidade de frutificação, porém, para que se alcance esses
resultados é muito importante saber a melhor época de aplicação para se ter
boa absorção do produto, respondendo positivamente sobre o vegetal
(BARBOSA; CASTRO, 1983). Com a sua utilização busca se obter uma planta
de melhor arquitetura, menor estatura, mais compactas reduzindo a taxa de
crescimento e brotações, sem que ocorra perdas na produtividade, sendo uma
estratégia agronômica importante para a cultura do algodoeiro (HODES et
al.,1991). Em condições climáticas favoráveis, com boa disponibilidade de
nutrientes e de água, as plantas têm seu crescimento estimulado e
comprometem a produção final, nessas condições o uso do regulador de
crescimento torna-se indispensável para uma melhor produtividade
(KERBY,1982, REDDY et al.,1992).
No final do ciclo do algodoeiro, em época de colheita é importante que
as plantas não ultrapassem 1,30 m de altura, as plantas com maior altura
tendem a tombar, causando contaminação da fibra por causa de fungos e
bactérias que se hospedam no caule do algodoeiro. Os efeitos positivos do uso
de reguladores em plantas dependem do cultivar, época de semeadura,
17
temperatura, forma de aplicação época de aplicação e dose. Cultivares de
portes mais altos as aplicações dos reguladores deve se iniciar antes de uma
cultivar de porte baixo. Temperaturas mais elevadas, por favorecerem o
crescimento, tendem a reduzir o efeito dos reguladores. Em relação a forma de
aplicação, o parcelamento produz resultados melhores. A época de aplicação é
muito importante, pois pode definir o sucesso ou o fracasso da operação,
aplicações feitas com plantas estressadas ou em condições adversas, podem
agravar os problemas fisiológicos da planta e prejudicar a produtividade da
mesma (LAMAS, 2001). E quando as doses são diferentes das ideais as
respostas variam, em doses altas podem interferir negativamente na produção
da cultura e qualidade da fibra e doses baixas podem não ter efeito algum
sobre o índice de produção da cultura.
Os efeitos são notados quando se tem altas populações, em cultivares
de ciclo mais longos, além disso, quando a temperatura diurna se mantem por
volta dos 30°C e a noturna 20°C se obtém um melhor efeito do regulador
quando as doses aplicadas são parceladas semeaduras tardias reduzem o
crescimento e aumentam a produção. O regulador precisa de no mínimo 8
horas de intervalo entre a aplicação e a ocorrência de chuvas, de modo que o
efeito da pulverização seja satisfatório (MENDES; CUNHA, 2006). Carvalho et
al. (1994) e Wells (1997) observaram que doses excessivas causaram
problemas na produtividade, gerando redução extrema das plantas e
ocasionado queda das estruturas frutíferas (botões florais) e esse efeito pode
variar de acordo com cultivar e época de plantio.
A manipulação da estrutura das plantas resulta no aumento da
produtividade, pois com a utilização de reguladores de crescimento evita-se o
crescimento exagerado do vegetal, otimizando o uso de nutrientes pela planta,
além disso, ao diminuir o tamanho da planta e dos ramos facilita as operações
de colheita seja ela manual ou mecanizada (SOUZA, 2004). No estudo feito por
LAMAS (2000) com o uso de CM em algodão ele observou que o produto
contribui para melhor eficiência no controle de insetos pragas que venham
assolar a lavoura, pois melhora distribuição e o contato da calda aplicada sobre
a cultura. Além disso, o uso dos reguladores reduz as impurezas na fibra do
algodoeiro, melhorando sua qualidade, pela redução de alguns ramos e folhas,
aumentando a rentabilidade do produtor (FERREIRA 2015).
18
Porém, para que se atinja esses resultados na cultura e de extrema
importância saber o momento correto de aplicação, isso irá depender da
cultivar, região, temperatura e clima do local a qual a mesma está inserida
(ECHER, 2014).
Ao aplicar CM no algodoeiro ocorre equilíbrio da parte vegetativa e
reprodutiva, pois uma planta que cresce muito ocasiona auto sombreamento
que por sua vez gera redução da área fotossintética, devido à baixa penetração
de raios solares no vegetal principalmente na parte do baixeiro (BAYLES,
1988). A aplicação de CM proporciona plantas mais uniformes e compactas o
que proporciona plantios mais adensados, com maior número de plantas por
área, consequentemente maior produtividade (AZEVEDO et al., 2008).
Zhang et al. (1990) realizaram os primeiros experimentos com
algodoeiro, utilizando apenas aplicações em tratamento de sementes. Os
pesquisadores utilizaram as doses de 0, 0,2; 1,0 e 2 g por kg de sementes. Os
primeiros resultados já mostravam o grande potencial desses produtos, sendo
que aos 28 DAE o uso do CM via sementes reduziu a área foliar, e altura do
vegetal além de proporcionar maior alocação dos nutrientes na planta e
contribuir para maior produtividade. Nagashima et al. (2009) observaram que a
utilização de CM no tratamento de sementes influenciou significativamente o
crescimento das plantas de algodão, ficando evidente a sua real influência no
crescimento do vegetal independente dos modos de aplicação. Na cultura da
mamona Oliveira et al. (2008) observaram que o uso de regulador interferiu no
crescimento desta oleaginosa.
Da emergência até a emissão do primeiro botão floral as plantas
apresentam taxa de crescimento menor, em torno de um centímetro ao dia. A
partir deste estádio, passa a ter uma taxa de crescimento de quatro
centímetros ao dia, sendo então o melhor momento de aplicação do regulador
de crescimento para garantir o ideal porte das plantas (IMAMT, 2010).
Ferrari (2007) avaliou a influência de diferentes espaçamentos de cultivo
e aplicação de regulador de crescimento, parcelado ou em dose única, no
crescimento da planta, nutrientes acumulados e produtividade de algodoeiro
em região de cerrado. O uso de regulador de crescimento limitou a altura e
reduziu o número de nós no caule. A maior produção e maior massa de
capulhos na aplicação de forma parcelada e o maior número de capulhos,
19
ramos reprodutivos e teores de potássio foram encontrados nos maiores
espaçamentos. O parcelamento da aplicação de regulador de crescimento
promoveu maior absorção de magnésio.
Na região de Primavera do Leste MT, um dos locais de grande produção
de algodão, o CM contribuiu de forma significativa para a redução da altura das
plantas quando aplicado de forma parcelada após os 45 DAE, sendo
evidenciado melhores resposta de forma parcelada do que em dosagem única
(LAMAS, 1998).
Nagashima et al. (2010) utilizaram CM em aplicação via foliar e
tratamento de sementes de algodoeiro e notaram que houve redução da altura,
nas flores e ramificações laterais.
Nagashima et al. (2005) avaliaram os efeitos da aplicação de diferentes
doses de CM e tempo de embebição em sementes de algodão da cultivar IPR-
120. Observou que o uso de CM reduziu a altura da planta desde a emergência
das plântulas, bem como o número de botões florais, ramos, área foliar,
matéria seca da parte aérea e a altura da inserção de nó cotiledonar.
As pesquisas e estudos têm avaliado a influência dos reguladores de
crescimento nas culturas, assim como, (KAPPES et al. 2011) evidenciaram
redução no desenvolvimento vegetativo e diminuição no alongamento celular
da crotalária segundo diferentes doses de CM.
Essa prática de manipulação da estrutura das plantas e muito importante
para o aumento da produtividade, pois com a utilização de reguladores de
crescimento evita-se o crescimento exagerado do vegetal quando se faz uma
boa adubação, além disso, diminui o tamanho da planta e dos ramos facilitando
as operações de colheita seja ela manual ou mecanizada (SOUZA, 2004).
Carvalho et al. (2011) implantou um experimento utilizando as cultivares (IAC
19; IAC 20; e CNPA Precoce) aplicando dose de 0,6 l/ha aos 60-65 DAE.
Obteve-se resultados significativos em relação ao uso de regulador de
crescimento quanto a redução de altura das plantas, facilitando a colheita e
aumentando a produtividade da cultura.
Para a mecanização da colheita e também para o crescimento da planta,
é importante que o espaçamento entre linhas seja de 2/3 da altura média do
algodoeiro, em função da fertilidade do solo (RIGHI et al.,1965).
Em experimentos conduzidos nos Estados Unidos verificaram que no
20
plantio convencional, plantas precoces tendem a se adaptarem ao modelo de
plantio convencional e que quando manejadas de forma adequada estas
cultivares não se ramificam de forma exuberante, resultando numa colheita
melhor e com menos perdas (NAGASHIMA et al.,2007).
As aplicações de reguladores de crescimento geram aumento na
produção, pois atua no vegetal de forma a concentrar sua translocação de
carboidratos para a parte reprodutiva contribuindo assim para a maior
precocidade de frutificação, porém, para que se alcance esses resultados é
muito importante saber a melhor época de aplicação para se ter boa absorção
do produto, respondendo assim positivamente sobre o vegetal (BARBOSA;
CASTRO, 1983).
Conforme a avaliação de Souza et al. (2001) a aplicação de CM sobre a
cultura do quiabo não influenciou no número de ramos por planta, internódios e
no número de frutos por planta, porém, houve diferença significativa na altura
das plantas em cerca de 15 cm quando comparados com a testemunha. As
dosagens aplicadas foram de 1, 2 e 3 litros por ha.
Segundo Yamaki (2003), estudando a influência do CM em quiabo,
observaram que nas primeiras aplicações do produto não houve influência no
crescimento da planta, porém aumentando-se a dosagem o crescimento do
quiabo diminuiu significativamente, sem afetar na produtividade da cultura.
Com o objetivo de avaliar o comportamento do algodoeiro através de
doses parceladas de CM Lamas et al., (1994), em experimento na região de
Ponta Porã (MS), constataram que o uso do CM contribui para elevar a
produção, aumentar o peso do capulho e produção de caroço.
Devido as baixas produtividades alcançadas na cultura de algodão na
região de Alagoas Brito et al., (2003) conduziram um experimento com quatro
cultivares com o objetivo analisar a respostas do vegetal em relação à
produtividade e foi constatado que não houve efeito do regulador de
crescimento na produtividade.
Bolonhezi et al., (2002) com objetivo de avaliar o efeito de CM em três
variedades (IAC 24, Coodetec 405 e Deltapine) em diferentes espaçamentos
(0,45 e 0,90m). Os autores concluíram que o uso de CM contribuiu para maior
produção do algodoeiro, além de proporcionar redução na altura das plantas.
21
Zanqueta et al, (2002), concluíram que a cultura do algodão respondeu
de maneira positiva em relação a redução do crescimento vegetativo a
aplicação de CM, dando ênfase a importância fundamental de aplicações
parceladas. As doses parceladas de CM proporcionaram uniformidade na
altura das plantas ficando com altura média de 83,72cm altura inferior à
dosagem única (109,86).
Lopes et al., (2005) também evidenciaram redução da altura de plantas
de algodão (Malvaceae) quando utilizado Cloreto de Mepiquat nas dosagens
de 1,6 a 2,4l/ha quantidade que favoreceu a redução do crescimento
demasiado do algodoeiro.
Lamas et al., (1994) também evidenciou que o CM assegurou de forma
decrescente a altura das plantas conforme o aumento da dose. A aplicação de
25,0 g/ha foi suficiente para assegurar o porte do vegetal na altura de 1,2 e 1,3
metros altura ideal para assegurar bom rendimento na colheita do algodoeiro.
Sabino & Toledo (1992) testando CM em Algodoeiro herbáceo constataram
redução na altura das plantas com o uso de 25, 50 ,75 e 150g/ha de CM sendo
que as plantas responderam positivamente na redução de porte após os 30
dias da aplicação quando comparada com a testemunha.
Justi (2005) Comparando diferentes cultivares de algodão a dosagens
de 50 e 100g i.a/ha aos 45, 60, 75, 90, 105 e 130 DAE obtiveram diferenças
significativas com o aumento da dose aplicada, sendo que a cultivar Coodetec
401 foi a que mais respondeu ao CM.
Zanon (2002) através de seu experimento com quatro cultivares de
algodão e duas doses de CM verificaram que o produto diminui a altura das
plantas e que a intensidade essa resposta varia conforme cultivar.
Segundo Bogiani, (2008) testando CM em algodão na região de
Botucatu SP em seis cultivares diferentes, nas dosagens de 0; 7,5; 15 e 22,5 g
de ingrediente ativo/ha verificaram que quanto maior a dose maior é a redução
do crescimento da planta.
Américo et al., (2013) ao testar sub doses de CM em algodão no
município de Silvéria / MS, com quatro avaliações em intervalos de 20 dias
entre as mesmas (45, 65, 85 e 105 DAE) nas doses de 50 g de i.a/ha concluiu
que o CM contribuiu para reduzir o porte das plantas. Os efeitos verificados aos
22
85 e 105 DAE, não foram evidenciados redução na altura das plantas a essas
respectivas dosagens.
Conchal et al. (2003) testando doses de CM na cultivar de algodão IAC
23 em Silvéira/MS com quatro tratamentos e três repetições nas dosagens de
50 e 100g/ ha i.a concluiu-se que ambas as doses contribuíram para a redução
da altura das plantas, sendo que as plantas em que foi aplicado maior
quantidade apresentaram maior redução.
Souza et al. (2002) utilizando algodão herbáceo em casa de vegetação
ao testarem a dosagem de 50g/ha de CM aos 10, 20, 30, 40 e 50 DAE das
plântulas não foram evidenciados aumento da produção das plantas, nem
alterações na qualidade da fibra, porém seu uso em plantas hiperprecoces
reduziu a produção quando comparado com a testemunha.
23
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Local do experimento
O experimento foi instalado no município de Promissão-SP, no
assentamento Dandara, Sitio das Flores. A cultivar utilizada foi a Santa Cruz 47
plantada, em sistema convencional, no espaçamento de 85 cm entrelinhas,
com 6 plantas por metro linear. O plantio foi realizado no dia 02/12/2017, sendo
feito o tratamento das sementes com produto inseticida nematicida para
controle de pragas iniciais da cultura e de nematoides. Na adubação de plantio
foi utilizado 400 kg/ha de 4-14-8 e 20 t/ha de esterco bovino e incorporados ao
solo.
3.2 Delineamento experimental e tratamentos
O delineamento utilizado foi de blocos casualizados com quatro
tratamentos e quatro repetições, totalizando 16 parcelas. Os tratamentos
utilizados foram:
T1 - testemunha (sem aplicação do regulador)
T2 - 100 ml CM/ha
T3 - 200 ml CM/ha
T4 - 1000 ml CM/ha, todos diluídos em 10 litros de água.
A aplicação do regulador de crescimento foi realizada 61 dias após a
emergência (DAE) da cultura, quando as plantas já atingiam cerca de 40
centímetros de altura. A aplicação do produto foi realizada nas condições
climáticas: de umidade relativa do ar em 51%, temperatura do ar 31ºC e
condições de velocidade do vento de 12 Km/h. A aplicação foi feita com uso de
um pulverizador costal com bico tipo leque.
Para a realização da primeira aplicação do regulador foi aferido à
estatura de cinco plantas e tamanho de entrenós por cada tratamento, para
evidenciar as possíveis resposta do vegetal. O regulador de crescimento foi
reaplicado com 15 dias após a primeira aplicação com condições climáticas: de
24
umidade relativa do ar 56%, temperatura do ar 28°C e condições de velocidade
do vento de 9 Km/h. A terceira aplicação foi realizada 15 dias após a segunda,
em condições climáticas: de umidade relativa do ar 45%, temperatura do ar
32ºC e velocidade do vento de 6 Km/h.
Cada parcela foi composta por nove linhas de sete metros, com
espaçamento entre linhas de 0,85 m. E a densidade de semeadura foi de 6
plantas por metro linear. Dessa forma, a área experimental com 16 parcelas
tinha um total de 49 metros quadrados.
3.3 Regulador de crescimento Cloreto de Mepiquat
Para realização deste trabalho utilizamos Cloreto de Mepiquat (CM) em
quatro aplicações sequenciais com intervalos de 15 dias.
Regulador de crescimento, do grupo químico amônio quaternário,
Concentrado solúvel. PIX HC, pertence ao grupo dos biorreguladores
(inibidores da síntese do ácido giberélico), é absorvido pelas folhas atuando
sistematicamente em toda planta, têm como função interferir nos processos
fisiológicos da planta, (comprovado no algodão), visando um maior
aproveitamento do seu potencial genético. PIX HC atua na redução do
crescimento vegetativo, tanto na altura quanto no comprimento dos ramos
produtivos, propiciando a planta uma arquitetura planejada que permita uma
melhor aeração e penetração dos inseticidas, acaricidas e fungicidas,
resultando num melhor controle das pragas e doenças. PIX HC promove um
direcionamento da energia da planta para o processo reprodutivo, e como
consequência, a planta apresentará uma melhor retenção dos botões florais e
maçãs, resultando em uma diminuição do seu ciclo, antecipando a maturação e
consequentemente a colheita.
3.4 Condição Climática
Durante o experimento observou-se um regime de chuvas acima da
média, períodos com altos pico de pluviosidade no mês de janeiro (229 mm)
considerado bem chuvoso na região. A temperatura máxima foi observada em
dezembro (32,1ºC), decrescendo no decorrer dos meses e a temperatura
25
mínima foi de 20,4ºC encontrado em março.
Para uma boa resposta da cultura à aplicação de reguladores de
crescimento é muito importante as condições ambientais de clima e solo, boa
disponibilidade de nutrientes e boa disponibilidade hídrica, sem que ocorra
muita variação de temperatura (ECHER et al., 2013)
Figura 2: Regime de chuvas no período do experimento
Fonte: Autores
3.5 Plantio do experimento e avaliações
As sementes colocadas em um saco plástico para serem tratadas com o
inseticida para promover proteção a semente contra o ataque de pragas de
solo que possam vir comprometer sua germinação e possíveis reduções no
estande de plantas (Figura 3).
A implantação do quiabeiro foi realizada no dia 02/12/2017 utilizando-se
a cultivar Santa Cruz 47, que apresenta melhor adaptabilidade para essa
região e é a mais utilizada pelos produtores por ter boa resistência e boa
aceitação pelos mercados consumidores como a CEAGESP entre outras redes
de consumo.
Anteriormente a área foi cultivada com feijão sendo os restos culturais
incorporados após a colheita do mesmo, juntamente com o esterco bovino.
26
Figura 3: Sementes sendo preparadas para receber o tratamento, com
inseticida
Fonte: Elaborado pelos autores.
Foram realizadas avaliações de número de entrenós (Figura 4), altura,
taxa de crescimento e produtividade. As alturas foram avaliadas aos 76, 91 e
106 DAE medindo a altura do solo até a última folha aberta. Para a
produtividade pesou-se 4 linhas centrais sendo descartadas as extremidades
das mesmas.
27
Figura 4: Divisão e identificação das parcelas do experimento
Fonte: Elaborado pelos autores.
Figura 5: Identificação de entrenó
Fonte: Elaborado pelos autores.
28
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Altura de plantas
Na tabela 1 estão apresentados os dados de altura dos diferentes
tratamentos avaliados. Na avaliação de 76 DAE não foram observadas
diferenças significativas pelo teste Scott Knott à 10% de significância entre as
alturas dos diferentes tratamentos. Aos 91 DAE houve redução das alturas das
doses de 200 e 1000 ml/ha, sendo diferente significativamente dos demais com
redução de aproximadamente 7 cm em relação a menor dose de CM e a
testemunha. Na última avaliação (106 DAE) somente a dose mais alta
apresentou diferença significativa em relação aos demais, evidenciando
redução de mais de 20 cm em relação à testemunha. Considerando que para a
realização de colheita manual a altura ideal das plantas é de 1,00 a 1,45m, a
dose de 1 l/ha foi suficiente para que neste tratamento a altura ideal de plantas,
quando realizada colheita as plantas tinham em média a altura de
aproximadamente 97 cm. O efeito do regulador de crescimento do cloreto de
mepiquat nas alturas de plantas em específico na família das malváceas foi
observado também por York (1983), Stuart et al. (1984), Reddy et al. (1990) e
Carvalho et al. (1994).
Tabela 1 – Comparativo de altura de plantas entre os tratamentos aos 76,
91 e 106 DAE do quiabeiro.
DOSES 76 DAE 91 DAE 106 DAE
Testemunha 40,90 A 67,30 A 104,95 A
100 ml CM/ha 40,45 A 67,32 A 108,20 A
200 ml CM/ha 38,15 A 60,45 B 96,45 A
1000 ml CM/ha 38,45 A 58,35 B 81,20 B
CM: Cloreto de mepiquate; DAE: Dias Após Emergência Letras diferentes na coluna demonstra diferença significativa entre os tratamentos.
Souza et al. (2001) ao analisar respostas do quiabeiro a aplicação de
CM em diferentes dosagens e em três épocas de aplicação também
encontraram resultados semelhantes. Observaram que dentre as aplicações
não houve diferenças entre as épocas de aplicação. E que as doses de 1, 2 e 3
29
l/ha reduziram semelhantemente a altura, em média 15 cm em relação a
testemunha, ou seja, 5 cm a menos do que o obtido na dose de 1 l/ha nesse
experimento.
Sobrinho et al. (2003) ao estudar o crescimento do algodoeiro BRS
marrom utilizou dosagens de CM a 1,0; 1,5 e 2,0 l/ha realizando 4 repetições
para cada dose empregada, também obteve melhores resultados na dose de 1
l/ha com redução de 12% na altura de plantas comparado com as demais
doses de 1,5 e 2l/ha, esses resultados se contrapõe aos de Luques et al.,
(2011) que ao avaliar doses crescentes de CM, sendo 0,5; 1,0; e 2 l/ha
reaplicado em 4 vezes sobre a cultura obteve as reduções mais significativas,
mostrando que quanto maior a dose do CM aplicado menor foi a estatura das
plantas.
4.2 Comprimento de entrenós
Na Tabela 2 estão apresentados os dados de comprimento médio de
entrenós dos diferentes tratamentos. Verificou-se que nas medições em todos
os períodos avaliados não foram encontradas diferenças estatisticamente entre
os tratamentos para número de entrenós.
Tabela 2 – Comprimento médio de entrenós das plantas entre os tratamentos
aos 76, 91 e 106 DAE do quiabeiro
DOSES DE CM 0 a 76 DAE 77 a 91 DAE
92 a 106 DAE
TESTEMUNHA 2,75 A 3,78 A 4,23 A
100 ml CM/ha 2,60 A 3,48 A 3,83 A
200 ml CM/ha 2,78 A 3,45 A 3,75 A
1000 ml CM/ha 2,83 A 3,63 A 3,90 A
CM: Cloreto de mepiquate; DAE: Dias Após Emergência Letras diferentes na coluna demonstra diferença significativa entre os tratamentos.
Souza et al. (2001) também não encontraram diferenças significativas
entre as doses utilizadas em relação ao número de entrenós e Yamaki et al.
(2004) também não encontraram diferenças significativas nos ramos
secundários, independente da dose testada. Isso mostra que a redução de
30
altura se poderia vir da diminuição no comprimento dos entrenós. Mas no
presente estudo, apesar de encontrar valores menores de comprimento de
entrenó em todos os tratamentos com CM na avaliação última avaliação feita
aos 106 dias essa diferença não foi significativa quando comparado a
testemunha sem aplicação.
4.3 Taxa de crescimento
Em relação a taxa de crescimento foi observado diferenças significativas
nos últimos dois períodos avaliados (Tabela 3). As taxas de crescimento foram
aumentando no decorrer do experimento, sendo que, os tratamentos com
maiores dosagens apresentaram os menores valores. Somente no primeiro
período que foi de menor crescimento os tratamentos não se diferenciaram
entre si. No segundo período, as doses de 200 ml e 1000 ml se difeririam dos
demais e na última avaliação somente a dose de 1000 ml apresentou
resultados significativamente diferente dos outros tratamentos.
Tabela 3 – Comparativo de taxa de crescimento das plantas entre os
tratamentos nos diferentes períodos avaliados
DOSES DE CM 0 a 76 DAE 77 a 91 DAE 92 a 106 DAE
TESTEMUNHA 1,05 A 1,89 A 2,69 A
100 ml CM/ha 1,04 A 1,92 A 2,92 A
200 ml CM/ha 0,98 A 1,59 B 2,57 A
1000 ml CM/ha 0,99 A 1,42 B 1,63 B
CM: Cloreto de mepiquate; DAE: Dias Após Emergência Letras diferentes na coluna demonstra diferença significativa entre os tratamentos.
Em quiabeiro, em função da falta de resultados experimentais e registro
não se tem o valor a partir do qual se recomendaria a aplicação dos
reguladores. Para o algodoeiro, é considerado uma cultivar vigorosa aquela
que tem crescimento diário acima de 1,5 cm (ECHER, 2014), dessa forma,
podemos verificar que a cultivar Santa Cruz apresentou valores acima do
mencionado para cultivares vigorosas de algodão a partir de 76 DAE, atingindo
quase o dobro na última avaliação. Segundo esse artigo, pode-se calcular a
dose de CM de um cultivar vigoroso de algodão em clima favorável com a
31
seguinte equação: Dose (l/ha) = (0,0089 x altura) – 0,448. Assim, se utilizar
essa formula para o quiabo teríamos que a dose nos 91 e 106 DAE seriam de
151 e 486 ml/ha respectivamente. Esses valores, apesar de não serem da
cultura do quiabo, ajudam a explicar os valores encontrados no quiabeiro. Entre
os 77 e 91 DAE, a dose de 200 ml, acima dos 151 ml encontrados na equação,
foi suficiente para reduzir a altura da planta, a partir disso, a dose teria que ser
de 486 ml, ou seja, só o tratamento com 1000 ml atenderia e foi o que os
resultados mostraram. No último período somente essa dose mais alta
conseguiu reduzir a altura da planta de forma significativa.
4.4 Produção
Na Tabela 4 estão apresentadas a produtividade do quiabeiro nos
diferentes tratamentos e não foram verificadas diferenças significativas entre os
mesmos. Verificamos que os tratamentos não diferenciaram entre si em
relação as produtividades. Yamaki et al. (2003) avaliando cinco doses de CM
(0, 1, 2, 3, e 5 l/ha), assim como Souza et al. (2001) estudando três doses de
CM (1, 2, 3 l/ha) também não encontraram diferenças significativas entre as
dosagens e nem com a testemunha.
Tabela 4 – Produtividade (kg/ha) do quiabeiro nos diferentes tratamentos nos
três períodos avaliados.
DOSES DE CM PRODUTIVIDADE (kg/ha)
TESTEMUNHA 34.324 A
100 ml CM/ha 36.353 A
200 ml CM/ha 31.500 A
1000 ml CM/ha 28.559 A
CM: Cloreto de mepiquate DAE: Dias Após Emergência Letras diferentes na coluna demonstra diferença significativa entre os tratamentos.
Sabino & Toledo (1992) também não evidenciaram em seu experimento,
aumento significativo, na produtividade do algodão herbáceo quando
submetido a doses de CM, a cultura não apresentou diferenças de maior peso
de sementes e numero de capulho quando comparadas com a testemunha.
32
Segundo Echer (2014) nem sempre o uso de CM em culturas influencia na
produtividade, pois até então são diversos fatores relacionados com o CM que
contribuem para esse aumento.
Cordão Sobrinho et al. (2007) também não observaram diferenças
significativas entre as 3 dosagens de CM e a testemunha em relação a
produtividade do algodoeiro em experimento testando lâminas de irrigação
conduzido no Ceará.
Nas safras de 1979 a 1983, Kerby (1985) não conseguiu encontrar
diferenças na produção com uso do regulador de crescimento, na aplicação via
foliar comparando com as parcelas testemunhas, assim, comprovando que o
regulador não aumenta a produção, mas reduz o crescimento das plantas em
solos férteis (HODGES at al.,1991).
33
5. CONCLUSÃO
A aplicação de CM reduziu o crescimento das plantas e se mostrou
eficiente em diminuir a taxa de crescimento das plantas de quiabeiro.
Não houve diferença significativa dos tratamentos com aplicação de CM
e a testemunha no comprimento dos entrenós e produtividade.
34
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