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UNIVERSIDADE DO FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA
Educação Alimentar e Nutricional em comunidades quilombolas com
insegurança alimentar: resgate da cultura alimentar, promoção da
alimentação saudável e da exigibilidade do Direito Humano a Alimentação.
Fernanda BairrosMarilda Neutzling (Proponente)
Abril, 2014
Equipe de coordenação
• Dra. Marilda Neutzling- Nutricionista, Doutora em Nutrição.
• Dra. Fernanda Bairros – Nutricionista, Doutora em Epidemiologia
• Dra. Daniela Knauth – Antropóloga, Doutora em etnologia e
antropologia social
• Dra. Michele Drehmer – Nutricionista, Doutora em Epidemiologia
Contextualização
Em 2011 realizou-se com financiamento do edital 36/2010 do CNPQ/MDS, um estudo transversal de base populacional,
incluindo amostras representativas de famílias quilombolas do estado de RS.
ContextualizaçãoA população de estudo foi composta por famílias localizadas em 22comunidades quilombolas rurais e urbanas no estado. A amostracalculada foi de 634 famílias.
Os resultados revelaram que 39% das famíliasestavam em situação de insegurança alimentarmoderada e grave, 41% e 62% eram beneficiadaspelos programas Bolsa Família e Cestas de Alimentosrespectivamente.
O excesso de peso (sobrepeso e obesidade) foiavaliado em 59% da amostra (responsável pelafamília).
.
Contextualização
Dsenvolver estratégias de educação nutricional através da construção conjunta de processos que promovam a exigibilidade do direito humano a alimentação, a
valorização de hábitos e tradições culturais, o acesso e o consumo de alimentos saudáveis, por comunidades
quilombolas do Rio Grande do Sul
Objetivo
� Identificar as principais demandas das comunidades quilombolas em relação a situações que geram fome e impedem o direito humano a alimentação;
� Promover o fortalecimento institucional das organizações e associações quilombolas para o exercício da cidadania e acesso a políticas públicas;
� Capacitar servidores públicos municipais envolvidos nos equipamentos públicos de abastecimento, alimentação e nutrição e assistência social sobre implementação de ações em populações de quilombolas;
� Trabalhar junto com o poder público local a divulgação das políticas nacionais de Segurança Alimentar e Nutricional, de forma a leva-las ao conhecimento das comunidades quilombolas como parte de seus direitos fundamentais;
Objetivos Específicos
� Compreender a cultura e as práticas alimentares das comunidades quilombolas;
� Conhecer como ocorre a transmissão de práticas culturais intergeracionais sobre alimentação e formas de preparo dos alimentos, 10 bem como identificar na comunidade as pessoas que são referência na área;
� Avaliar o consumo alimentar, o estado nutricional, a insegurança alimentar e o acesso aos programas de combate a fome das famílias quilombolas antes e depois da intervenção.
� Estimular o empoderamento das mulheres quilombolas promovendo valorização das práticas culturais alimentares saudáveis.
Objetivos Específicos
Será um estudo tipo intervenção, com avaliação antes e depois, combinando metodologias qualitativas e
quantitativas. A população a ser estudada será
composta por duas comunidades quilombolas do estado, localizadas nas cidades de Canguçu e Pelotas do Rio
Grande do Sul.
Metodologia
Delineamento do estudo
Critérios de inclusão
• Maiores prevalências de Insegurança Alimentar
moderada e grave
• Maiores prevalências de excesso de peso
(sobrepeso +obesidade)
Cidade Comunidade Prevalência deinsegurança
alimentar moderada ou
grave
Prevalência de excesso de
peso
Número de famílias
Canguçu Passo do Lourenço
62,5% 65,2% 36
Pelotas Algodão 73,2% 59,5% 70
População do Estudo
� Diagnóstico (quantitativo) alimentar, nutricional, de acesso a programas de combate a fome e insegurança alimentar nas duas comunidades quilombolas.
� Estudo qualitativo para a identificação da cultura e práticas alimentares em duas comunidades quilombolas (uma em Canguçu e uma em Pelotas);
� Fomento e fortalecimento da exigibilidade ao direito humano à alimentação;
Fase IDiagnóstico pré-intervenção
•Intervenção em educação alimentar e nutricional (valorizandopráticas alimentares tradicionais, respeitando a culturaalimentar e estimulando à promoção da alimentação saudável)
- Oficinas de culinárias
• Formação de sujeitos multiplicadores dessa intervenção.
• Reuniões com equipes da Estratégia da Saúde da Família
• Reuniões com Secretarias da Saúde, Assistência Social,Desenvolvimento Rural
•Fomento e fortalecimento da exigibilidade ao direito humano àalimentação;
Fase IIIntervenção
Avaliação da intervenção, através da análise de alterações:
� consumo e nas práticas alimentares,
� Exigibilidade do direito humano a alimentação,
� Acesso das populações aos Programas de Combate a Fome
na insegurança alimentar.
Fase IIIDiagnóstico pós-intervenção
Análises qualitativas:� Grupos focais (mulheres) � Entrevista semi-estruturada (lideranças quilombolas)� Observação participante
Análises quantitativas � Aplicação de questionário padronizado (responsável da
família)
� Prevalências bruta e ajustada dos desfechos, segundo variáveis de exposição serão realizadas antes e depois da intervenção no programa SPSS 18.0.
Análise de dados
CRONOGRAMA
Contatos: FERNANDA BAIRROS
fernandabairros@gmail.com
(51) 84399773