Post on 20-Nov-2020
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A Psicomotricidade e a Aprendizagem
Por: Merides Machado de Araujo
Orientador
Profa. Me. Solange Monteiro
Niterói
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A Psicomotricidade e a Aprendizagem
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Psicopedagogia.
Por: Merides Machado de Araujo.
AGRADECIMENTOS
À Deus que me concede a vida a cada
dia para que assim eu possa servir de
instrumento de sua obra.
Aos meus amados pacientes que
trouxeram mais brilho para meus dias.
Aos meus amigos de longa data que
hoje fazem parte de uma grande
família, amigos-irmãos a quem eu amo
muito, Leilane Nolasco, Val Alves,
Mirian Carla, Mariana Albuquerque,
Leonardo Almeida e Márcio Jeronymo.
A minha irmã Isabelle e meu cunhado
Renan que muito me apoiaram e
apoiam, em meus estudos acerca da
psicomotricidade.
A minha amiga Hélia Maria Brum, que
acredita e confia no meu trabalho.
DEDICATÓRIA
Dedico aos meus pais, que são minha
referência e inspiração para a vida e para
os estudos.
RESUMO
A educação infantil é muito importante para o desenvolvimento
global da criança e, os aspectos que envolvem a psicomotricidade favorecem o
processo ensino-aprendizagem já que compreendem a educação como algo
mais amplo do que a simples transmissão de conhecimento. Sendo assim,
através deste trabalho de pesquisa pretende-se demonstrar a importância da
psicomotricidade para a educação infantil como uma prática não apenas
preparatória da aprendizagem, mas como instrumento do fortalecimento da
criança enquanto sujeito, atuando no sentido de facilitar-lhe a construção de
sua unidade corporal, a afirmação de sua identidade e a conquista de sua
autonomia intelectual e efetiva.
METODOLOGIA
Para responder às demandas deste estudo a metodologia escolhida, da
pesquisa indireta de cunho bibliográfico, foi dividida em etapas. A primeira
partiu de um levantamento bibliográfico seguido da localização e compilação
dos materiais úteis. Após, os materiais foram selecionados e fichados. Para em
seguida realizar a classificação, análise, interpretação e crítica das informações
coletadas.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - 10
CONCEITO DE PSICOMOTRICIDADE
CAPÍTULO II – 17
APRENDIZAGEM
CAPÍTULO III – 24
TRANSPSICOMOTRICIDADE
CONCLUSÃO 27
BIBLIOGRAFIA 29
INDÍCE 31
8
INTRODUÇÃO
Convive-se nos dias atuais, com uma intensa estimulação do consumo
por parte da sociedade, transferindo nossas necessidades de ser (afeto, limites
desejo, carinho) pela ilusão de que ter nos salvará a falta original, a partir do
qual se articula todas as potencialidades do desejo.
Diante da realidade social, buscam-se proporcionar nos espaços de
Educação Infantil, relação e contato, permitindo uma percepção mais próxima
dos desejos de cada um do grupo e das diferenças. Para isso temos o corpo
em movimento uma trama de sensações sinestésicas, sensoriais, emocionais,
neurológicas, organizadas por vias receptivas e expressivas onde a criança
integra estes estímulos produzindo marcas que a façam perceber a si e ao
outro, na relação.
Isso porque, na Educação Infantil a criança busca experiências em seu
próprio corpo, formando conceitos e organizando o esquema corporal.
A abordagem da Psicomotricidade irá permitir a compreensão da forma
como a criança toma consciência de seu corpo e das possibilidades de se
expressar por meio deste corpo, localizando-se no tempo e no espaço.
O movimento humano é constituído em função de um objetivo.
Portanto, a partir de uma intenção como expressividade íntima, o movimento
transforma-se em comportamento significante: Por isso, é necessário que
toda criança passe por todas as etapas em seu desenvolvimento.
Assim, o trabalho da educação psicomotora com as crianças deve
prever a formação de base indispensável em seu desenvolvimento motor,
afetivo e psicológico, dando oportunidade para que por meio de jogos e
atividades lúdicas, se conscientize sobre seu corpo.
Além disso, o professor deve através da recreação, auxiliar a criança
no desenvolvimento de suas aptidões perceptivas como meio de ajustamento
do comportamento psicomotor. E, para que a criança desenvolva o controle
mental e no equilíbrio sócio-afetivo.
9
Pode-se afirmar, então, que a recreação, através de atividades afetivas
e psicomotoras, constitui-se num fator de equilíbrio na vida das pessoas,
expresso na interação entre o espírito e o corpo, a afetividade e a energia, o
indivíduo e o grupo promovendo a totalidade do ser humano.
A importância de uma educação mais abrangente faz com que
procuremos novas saídas para suprir as carências encontradas nas
instituições de ensino. Propor atividades criativas como uma das saídas
viáveis para uma maior integração entre as áreas a fins e para desenvolver
valências esquecidas na aprendizagem.
Portanto, torna-se necessário que haja uma integração no trabalho realizado
pelo professor e pelo psicomotricista.
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CAPÍTULO I
CONCEITO DE PSICOMOTRICIDADE
Historicamente, o termo Psicomotricidade, aparece no discurso médico,
mais precisamente neurológico, quando no final do século XIX houve a
necessidade de nomear as zonas do córtex cerebral situadas mais além das
regiões motoras. No entanto, a história da Psicomotricidade, na realidade
começa desde que o homem é humano, quer dizer desde que o homem fala.
Apesar da Psicomotricidade se desenvolver como prática independente
no século XIX, seu nascimento ocorre no momento em que o corpo deixa de
ser pura carne para transformar-se num corpo falado.
De acordo com Alves, a psicomotricidade envolve toda a ação realizada
pelo indivíduo, que represente suas necessidades e permitem a relação com os
demais. É a integração psiquismo-motricidade. (2003)
Assim, podemos descrever a psicomotricidade como a integração
psiquismo-motricidade, visto que a motricidade pode ser definida como o
conjunto de sensações, percepções, imagem, pensamentos, afetos, etc.
A Psicomotricidade é uma ciência que cuida da criança a partir do seu
corpo e de seus movimentos, seu trabalho inicial é levar a criança a sentir o
seu corpo como um todo.
A Psicomotricidade é muito importante para a Educação infantil. Por isso,
os conhecimentos sobre essa área tem sido cada vez mais ampliados fazendo
com que se possa dar importância aos trabalhos que são realizados com os
alunos, contribuindo de forma efetiva na aprendizagem.
No início a psicomotricidade foi introduzida nas escolas especializadas
como um recurso psicopedagógico que visava corrigir distúrbios no
desenvolvimento das crianças especiais.
Nesta abordagem, surgiram os exercícios conhecidos da maioria dos
professores: coordenação viso-motora, ritmo, orientação espacial, esquema
corporal, lateralidade, etc.
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Já na década de 70 se percebia a necessidade de dar um lugar ao corpo
e ao movimento n escola. A Pré-escola começava a se orientar pela idéia de
partir da ação para o pensamento.
A nova abordagem teórico-prática de Lapierre (1986) ampliou o aspecto
preventivo da educação nas escolas regulares, melhorando o trabalho
realizado pelos professores, ampliando o conhecimento com o auxílio de
psicomotricistas para essa prevenção e diagnóstico preciso e tão necessário.
1.1- Corpo e Movimento
Uma das características básicas do ser humano é a capacidade de
estabelecer relações consigo mesmo, com os outros e com o mundo. A partir
desta função de relação, pode-se perceber a unidade do ser enquanto
inteligência, vontade, afetividade, motricidade e fundamentalmente, a
psicomotricidade enquanto função integrada através da qual o indivíduo atinge
o controle corporal, base para a sua integração social.
Tomando o corpo como referencial, o ponto de partida para toda atividade
humana, é possível compreender que o mundo seja percebido através dele
como se através de um filtro, que acabe por regular suas interações. O homem
ao dominar-se, fala de seu corpo em contrapartida, seu corpo fala por ele em
qualquer situação.
Nesse sentido, em razão de seu próprio objeto de estudo o indivíduo, seu
corpo em movimento e suas relações consigo e com o mundo, a
psicomotricidade se distingue como uma ciência, onde se encontra vários
pontos de vista e um amplo número de contribuições de várias ciências
constituídas: biologia, psicologia, psicanálise, sociologia, etc.
À nível prático, a psicomotricidade objetiva desenvolver e compreender a
linguagem do corpo e o controle corporal, além da capacidade de coordenar e
dissociar os diversos segmentos corporais, com precisão, economia de gestos
e eficácia, resultante da interação de condutas motoras, efetivas e intelectuais
em interação com pessoas e objetos do meio ambiente.
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Todas as experiências da criança (prazer, a dor, o sucesso ou
fracasso). .são..sempre..vividos..corporalmente...
Se acrescentarmos valores sociais que o meio dá ao corpo e a
cerção de suas partes, este corpo termina por ser investido de
significações, de sentimentos e valores muito particulares e
absolutamente pessoais. (VAYER, 1984, P.76)
O primeiro objeto que a criança percebe é o próprio corpo. Este
conhecimento se estrutura através de sensações, mobilizações e
deslocamento. A construção do esquema corporal se dá a partir da maturação
neurológica da evolução sensório-motora e da relação com o corpo do outro.
O conceito de corpo envolve um conhecimento intelectual e consciente do
corpo e também da função de seus órgãos. A nominação das partes do corpo
como diz Ajuriaguerra (1980), confirma o que é percebido, reafirma o que é
percebido e permite verbalizar aquilo que é vivenciado.
Para uma criança agir através de seus aspectos psicológicos,
psicomotores, emocionais, cognitivos e sociais, precisa ter um corpo
“organizado”.
Dessa forma, o educador precisa auxiliar seus alunos no sentido de fazê-
los centrarem sua atenção sobre si mesmos para uma maior interiorização do
corpo. A interiorização é um fator muito importante para que a criança possa
tomar consciência de seu esquema corporal. A criança que não consegue
interiorizar seu corpo pode ter problemas tanto no plano do desenvolvimento
motor quanto no desenvolvimento intelectual.
Le Boulch (1984), afirma que esta interiorização torna possível uma
dissociação de movimentos que permite um maior controle das práxis. A
interiorização garante uma representação mental do seu corpo, dos objetos e
do mundo em que vive.
Um esquema corporal organizado, portanto, permite a uma criança se
sentir bem, na medida em que seu corpo lhe obedece, em que tem domínio
sobre ele, em que o conhece bem podendo utilizá-lo para alcançar um maior
poder cognitivo. Ela deve ter o domínio do gesto e do instrumento que implica
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em equilíbrio entre as forças musculares, domínio de coordenação global, boa
coordenação óculo-manual.
Com a interiorização das sensações a criança aprende a conhecer e a
diferenciar seu corpo como um todo e também a sentir suas possibilidades de
ação. Ela precisa, também, adquirir um equilíbrio postural, uma lateralidade
bem definida, uma independência dos diferentes seguimentos corporais e um
domínio das pulsões e das inibições.
Segundo Le Boulch (1984), o esquema corporal possui três etapas
fundamentais:
• Etapa Corpo Vivido – até 3 anos de idade – corresponde à fase da
inteligência sensório-motora de Jean Piaget. Um bebê sente o meio ambiente
como fazendo parte dele mesmo. À medida que cresce, com o
amadurecimento do seu sistema nervoso, amplia suas experiências e passa a
se diferenciar de seu meio ambiente.
De início, portanto, a criança corre brinca, trabalha seu corpo, passa pelo
que De Meur (1984), chama d atividade espontânea (dos brinquedos), para
uma atividade integrada. É dominada pela experiência vivida pela criança, pela
exploração do meio, por sua atividade investigadora incessante. Acontece
nesta fase, a memória do corpo, podendo-se falar em imagem do corpo, pois o
“eu” se torna unificado e individualizado.
• Etapa Corpo Percebido ou Descoberto - 3 a 7 anos – corresponde à
organização do esquema corporal devido à maturação da “função de
interiorização”, permite também a passagem do ajustamento espontâneo,
citado na primeira fase, a um ajustamento controlado que, por sua vez, propicia
um maior domínio do corpo, culminando em uma maior dissociação dos
movimentos voluntários. Com isso, a criança passa a aperfeiçoar e refinar seus
movimentos adquirindo uma maior coordenação dentro de um espaço e tempo
determinado.
Nesse momento, a criança tem acesso a um espaço e tempo orientado a
partir de seu próprio corpo, assimila conceitos como embaixo, acima, direita,
esquerda. Adquire também noções temporais como a duração dos intervalos
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de tempo, de ordem e sucessão, isto é, o que vem antes, depois, primeiro,
último.
No final desta fase, Le Boulch (1984) citando Ajuriaguerra afirma:
O nível do comportamento motor bem como o nível intelectual
pode ser caracterizado como pré-operatório porque será
submetido à percepção num espaço em parte representando,
mas ainda centralizado sobre o próprio corpo. (LE
BOULCH,1984, p.34 )
• Etapa Corpo Representado – 7 a 12 anos – observa-se a estruturação
do esquema corporal, ela amplia e organiza seu esquema corporal.
No início dessa fase a representação mental da imagem do corpo consiste
numa simples imagem reprodutora. É uma imagem de corpo estática e feita da
associação estreita entre os dados visuais e sinestésicos. A criança só dispõe
de uma imagem mental do corpo em movimento a partir de 10/12 anos. Sua
imagem de corpo passa a der antecipatória e não mais somente reprodutora.
A imagem do corpo representado permite a criança de 12 anos dispor de
uma imagem de corpo operatório que é o suporte que a permite efetuar e
programar mentalmente suas ações de pensamento. Torna-se capaz de
organizar, de combinar as diversas orientações. Isto quer dizer que os pontos
de referencias não estão mais centrados no corpo próprio, mas são exteriores
ao sujeito, podendo ele mesmo criar os pontos de referencias que irão orientá-
lo.
1.2- Áreas de Atuação
Antes de se falar das áreas de atuação, se faz necessário esclarecer
Quem é Psicomotricista.
Por ser uma ciência ainda em busca de bases mais sólidas, o
psicomotricista ainda não tem todos os seus papéis definidos. Sabemos que
pode atuar em conjunto com outras especificidades, mas também percebe-se
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sua atuação clínica e institucional. Já é possível compreender que
psicomotricista é um profissional da área de saúde e educação que pesquisa,
ajuda, previne e cuida do homem na aquisição, desenvolvimento e nos
distúrbios da integração somapsíquica.
Sua área de atuação se dará na Educação, na Clínica (Reeducação,
Terapia), Consultoria e Supervisão.
Crianças em fase de desenvolvimento; bebês de alto risco; crianças com
dificuldades, atrasos no desenvolvimento global; pessoas portadoras de
necessidades especiais; deficiências sensoriais; motoras, mentais e psíquicas;
pessoas que apresentam distúrbios sensoriais; perceptivos; motores e
relacionais em conseqüência de lesões neurológicas; família e pessoas de
terceira idade.
Le Boulch (1982) defende que a educação psicomotora deve ser
considerada como educação de base da escola primária. Ela condiciona todos
os aprendizados pré-escolares; leva a criança a tomar consciência de seu
corpo, lateralidade, a situar-se no espaço, dominar o tempo, adquirir
habilmente a coordenação de seus gestos e movimentos. A educação
psicomotora deve ser praticada desde a mais tenra idade; conduzida com
perseverança, permite prevenir inadaptações, difíceis de corrigir quando
estruturadas.
Logo, através de jogos lúdicos, a psicomotricidade ajuda no
desenvolvimento da Coordenação motora global, Coordenação motora fina,
Coordenação Viso-Motora, Lateralidade, Desenvolvimento da Percepção
Olfativa, Gustativa, Percepção Espacial, Temporal, Corporal, Seriação e
Classificação.
Exemplos de atividades que contribuem para o desenvolvimento das
habilidades:
• Os jogos Afetivos
• Os jogos cognitivos
• Os jogos corporais
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Segundo Lopes (2001), os jogos podem contribuir para :
• Trabalhar a Ansiedade
• Rever os Limites
• Reduzir a Descrença na Autocapacidade
• Diminuir a Dependência e Possibilitar a Autonomia
• Aprimorar as Coordenações Motoras
• Melhorar o Controle segmentar
• Desenvolver Percepção de Ritmo
• Aumentar a Atenção e a Concentração
• Desenvolver Antecipação e Estratégia
• Ampliar o Raciocínio lógico
• Desenvolver a Criatividade...
É importante, ressaltar que, brincadeiras e jogos infantis precisam ganhar
objetivo. Para isto, deverá apresentar uma estrutura a fim de auxiliar o
professor na percepção do que uma brincadeira pode trazer aos seus alunos.
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CAPÍTULO II
APRENDIZAGEM
Segundo a definição do dicionário Aurélio, aprendizagem seria o ato de
tomar conhecimento. Nesse processo, muitos fatores estão envolvidos, e esses
vários aspectos se relacionam mutuamente e influenciam, ora mais
diretamente, ora mais indiretamente, o ato de aprender.
Em uma visão neurobiológica da aprendizagem, pode-se dizer que,
quando ocorre a ativação de uma área cortical, determinada por um estímulo,
provoca alterações também em outras áreas, pois o cérebro não funciona
como regiões isoladas. Isto ocorre em virtude da existência de um grande
número de vias de associações, precisamente organizadas, atuando nas duas
direções.
As associações recíprocas entre as diversas áreas corticais asseguram a
coordenação entre a chegada de impulsos sensitivos, sua decodificação e
associação, até a atividade motora de resposta. Que são chamadas de funções
nervosas superiores, desempenhadas pelo córtex cerebral.
Segundo Piaget (1998), os processos mentais decorrem de uma interação
adaptativa do indivíduo ao meio do conhecimento por organizações
progressivas.
Piaget afirma também, que aprender implica necessariamente
uma representação do meio em que se vive. Para ele,
conhecer quer dizer organizar, estruturar e explicar as
experiências do sujeito com o mundo dos objetos. (OLIVEIRA
ET Al., 2001, p. 37)
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2.1- Os Estágios Cognitivos Segundo Piaget
Piaget 2001, quando fala sobre aprendizagem, distingue no processo
cognitivo inteligente dois momentos: aprendizagem e desenvolvimento. A
aprendizagem estaria relacionada à aquisição de uma resposta particular,
aprendida em função da experiência, obtida de forma sistemática ou não.
Desenvolvimento seria uma aprendizagem de fato, sendo este o responsável
pela formação dos conhecimentos.
Esse biólogo caracterizou a formação da inteligência por estágios, que
refletem as diferentes formas de organização mental traduzida nas estruturas
do conhecimento. Cada estágio implica um nível de preparação e de
acabamento. Ele identificou os seguintes estágios: inteligência sensório-
motora, lógico-concreta e inteligência lógico-formal.
Vygotsky (1988) também se referindo ao processo cognitivo, enfatiza que
o caráter transformador da atividade humana refere-se à relação entre
indivíduo e sociedade e não inatas. Ele chama a atenção para a ação recíproca
existente entre o organismo e o meio. Argumenta, também, que o homem ao
mesmo tempo em que atua na natureza transformando-a, sofre os efeitos
dessas mudanças que ele mesmo promove. Portanto, segundo suas
afirmações, não se pode conceber o desenvolvimento do sujeito como algo
previsível, linear, gradual ou universal.
Segundo Vygotsky (1988) ainda, as funções psicológicas especificamente
humanas têm origem nas relações entre homem e mundo. Isto implica aceitar
que o desenvolvimento, mental não é dado a priori, mas é construído ao longo
da vida e está intimamente relacionado com o desenvolvimento histórico e as
formas sociais da vida humana. Conforme disse Leotiev, “cada indivíduo
aprende a ser um homem. O que a natureza lhe dá quando nasce não lhe
basta para viver em sociedade. É ainda preciso adquirir o que foi alcançado no
decurso do desenvolvimento histórico da sociedade humana”. Leotinev apud
Rego. (1995, p.49)
Vygotsky afirma ainda, que os processos psicológicos complexos não
podem ser reduzidos à mera “cadeia de reflexos”. Ao abordar que “aquilo que é
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zona de desenvolvimento proximal hoje será o desenvolvimento real amanhã,
ou seja, aquilo que uma criança pode fazer assistência hoje, ela é capaz de
fazer sozinha amanhã”. Vygotsky apud Rego ( 1995, p.74).
Desta forma pode-se observar que, não há como dissociar
Psicomotricidade de Aprendizagem. Pois, seus conceitos estarão sempre
entrelaçados, suas práticas transversalizadas por outros saberes.
2.2- Afeto nas Dificuldades de Aprendizagem
A escola vem discutindo incessantemente as dificuldades de
aprendizagem. Algumas vezes, torna-se tão ressoante tal discussão que
supera a percepção de que existem nas dificuldades de aprender as
possibilidades de aprendizagem...
O aluno que chega à escola com o estigma das dificuldades de
aprendizagem parece, a princípio, um solo inoportuno para o aprendizado.
Todas as tentativas anteriores fracassaram. O rótulo que e o acompanha o
torna e lhe dá sobrenome. As iniciativas parecem tímidas demais diante da
grandeza dos problemas. A confiança que deveria ser passada para o
educando, esvai-se pelo olhar ora incrédulo, ora critico. Contudo, ninguém
nasce com a gênese do insucesso. Esse aluno, ou qualquer ser, quando
estiver em uma sala de aula ou em qualquer outro lugar, estará impelindo os
processos químicos do corpo, a interação biológica entre os órgãos, as
ininterruptas correntes elétricas que produzem as sinapses no cérebro, que
descerram aprendizados.
No entanto, o que vai dar qualidade ou modificar a qualidade do
aprendizado será o afeto. São as emoções que ajudarão a interpretar os
processos químicos, elétricos, biológicos e sociais que experimentar, e a
vivência destas experiências de afeto é que determinará a qualidade de vida.
Por esta razão, todos estão aptos a aprender ao se sentirem desejosos para
tal, amados e seguros.
Porém veremos mais adiante que, promover o desenvolvimento de
inteligências em alunos naturalmente criativos não é a mesma coisa que
promovê-la em um universo de dificuldades de aprendizagem.
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2.3- Distúrbios de Aprendizagem
Antes de falar sobre problemas e distúrbios, é preciso explicar sobre os
três estágios por que passa a aprendizagem:
A- Subaprendizagem: A criança entrou em contato com o assunto, mas não
prestou atenção, portanto não assimilou.
B- Aprendizagem Simples: A criança entrou em contato com o assunto, prestou
atenção, mas não memorizou.
C- Superaprendizagem ou aprendizagem ideal: A criança entrou em contato
com o assunto, prestou atenção, assimilou.
Os dois primeiros casos necessitam de acompanhamento psicológico e
análise (exame e testes) para detectar onde há e qual é a falha existente.
Neste ponto, vêm as dificuldades, os problemas e os distúrbios, que
também podem ocorrer basicamente de três formas:
•Causas psicológicas: Traumas, problemas familiares, problemas
financeiros etc.
•Causas orgânicas: desnutrição, anemia ou distúrbios, como dislexia,
disgrafia etc.
•Causas do sistema: inadequação dos métodos aplicados em
aprendizagem, despreparo dos professores etc.
Dentre os distúrbios apresentados, pela visão da Neuropsicologia a
dislexia é vista como alteração dos processamentos periféricos e centrais. As
dislexias Periféricas são causadas por um comprometimento no sistema de
análise visual-perceptiva, enquanto que as centrais são causadas por
comprometimento do processamento lingüístico dos estímulos.
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Dentro das Dislexias Centrais, encontram-se subdivisões que são:
• Dislexia Simples – Caracteriza-se basicamente pela falha de leitura de
palavras irregulares, em um comprometimento da via lexical.
• Dislexia Fonológica – Caracteriza-se pela incapacidade para leitura
de “não palavras” e habilidade para leitura de palavras reais, sugerindo danos
ou lesões na via de conversão de grafemas para fonema.
• Dislexia Profunda – Assemelha-se à dislexia fonológica com a
diferença que nesta, há a presença de paralexias semânticas e maior facilidade
em leitura de palavras concretas e freqüentes.
Nas dislexias Periféricas encontram-se também três subdivisões:
• Dislexia Atencional - O indivíduo lê palavras isoladas, mas encontram
dificuldades ou barreiras para ler várias palavras simultaneamente.
• Dislexia por negligência – É atribuída à lesão na região da artéria
cerebral média do hemisfério direito (lobos frontal e temporal) e caracteriza-se
por ausência ou dificuldade de leitura no campo visual contralateral à lesão
cerebral.
• Dislexia Literal ou Pura – O indivíduo consegue ler letras individuais,
mas apresenta dificuldade em ler palavras (subentendido). Esta dislexia está
relacionada a lesão occipitais inferiores externas à esquerda.
Em resumo, pela visão da neuropsicologia todas as dislexias, assim como
outros distúrbios de aprendizagem, partem de uma lesão, sendo cada tipo em
um ponto do cérebro e, a partir daí, o tratamento deverá ser voltado ao controle
desta lesão.
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Há distúrbios com sintomas parecidos com a dislexia, por isto, a
necessidade de um “olhar” bastante apurado a fim de não confundir e buscar a
melhor forma de atendimento deste aluno ou paciente. Os mais comuns são:
1- A Disgrafia: desordem de integração visual-motora (não há
coordenação entre os dois). É a dificuldade ou a ausência na aquisição
da escrita. O indivíduo fala de forma normal, em muitos casos consegue
ler, mas não consegue transmitir informações visuais ao sistema motor.
E, possivelmente, tem graves problemas motores e de equilíbrio. Ao
contrário do que muitos afirmam, não é apenas letra feia ou de médico.
2- A Disortografia: dificuldade na expressão da linguagem escrita,
revelada por fraseologia incorretamente construída geralmente a atrasos
na compreensão e/ ou na expressão da linguagem escrita. A
disortografia mais complexa necessita de exames e testes específicos
para detectar a causa e os melhores tratamentos.
3- A Limitrofia: o que pode-se erroneamente ser chamada de
tendência autística. Atualmente, entende-se por “limitação de Autonomia
Psicossocioambiental”. Que é até hoje, condição permanente.
4- A Dislalia: má pronúncia das palavras, omitindo ou acrescentando
fonemas, trocando um fonema por outro ou distorcendo-os, ou ainda
trocando sílabas. Assim sendo, os sintomas da dislalia consistemem
omissões, substituição, acréscimo ou deformação dos fonemas.
Exemplo prático é o Cebolinha, do escritor Maurício de Souza, que é
uma típica criança com dislalia, trocando o som da letra R pelo da letra
L.
5- Distúrbio de formação e sintaxe: disposição incorreta das
palavras na fase e das frases no discurso. O indivíduo não tem
organização do pensamento, não o controla. Está tudo “gravado” na
mente, mas o “filme” corre fora de ordem. Ou então só grava o visual e
não grava a palavra correspondente à imagem visual, portanto, não
forma frases complexas. Exemplo: “O carro veio e zum, aí eu fui e uom,
ou então todo mundo uau”.
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As possibilidades apontadas em busca de uma solução para estes e
outros “problemas”, acima de tudo apontam para uma avaliação multidisciplinar
cuidadosa e o acompanhamento psicopedagógico. A psicomotricidade aparece
então como divisor de águas, auxiliando na busca do equilíbrio e organicidade
corporal como já visto.
Usar microespaços e macroespaços para a aprendizagem (entenda-
se macro como espaço físico qualquer e micro, sulfite, caderno etc.). O balé
desenvolve o equilíbrio e ajuda o desenvolvimento da letra cursiva (letra
pequena, traçada de modo rápido e corrente).
Na maioria dos casos, está ligado a distúrbios neurológicos e
necessita de tratamento e acompanhamento: neurológico e psicopedagógico,
em conjunto.
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CAPITULO III
TRANSPSICOMOTRICIDADE
A Transpsicomotricidade, ao se constituir como ordem epistemológica,
busca a interação entre conceitos, métodos e práticas, dentro de uma
axiomática geral, sem demarcação definida. Por essa via, a
Transpsicomotricidade procura se estabelecer em um lugar de equilíbrio entre
disciplinas no qual possa gerenciar os seus processos de sistematização do
conhecimento relacionados ao fenômeno transpsicomotor, enquanto dinâmica
vincular que integra sujeito, corpo, significado e expressão, tendo como
princípio regente a lógica da descoberta.
O objeto de estudo da transpsicomotricidade configura-se no âmbito de
relações disciplinares abertas, estabelecendo um diálogo primordial entre
corpo, linguagem e expressividade motora. Trata-se de um estudo onde o
corpo é visto como instancia transversal ao atualizar o patrimônio biossimbólico
nele existente. Neste sentido, o fenômeno psicomotor é entendido na relação
entre corpo e subjetividade, sendo abordado em diferentes campos teóricos,
metodológicos e das práticas. A configuração teórico-metodológica da
Transpsicomotricidade tem na elaboração de práticas vivenciais o seu eixo
central na construção de um saber que objetiva o exercício da composição da
integridade pessoal: sujeito, corpo, linguagem, significado/sentido,
percepção/sensação, atitude e atos de convivência.
O corpo, morada existencial da vida, acolhe em plenitude o ser, porém
este poderá ou não constituir-se em existência e plenitude. Assim, o corpo é
entendido como uma ponte entre sujeito e objeto.
Nessa perspectiva, o fenômeno transpsicomotor é apreendido em sua
gênese como dinâmica de significar e expressar, no âmbito de uma relação
primordial: sujeito, objeto e corpo. Esta trilogia integra o fenômeno
transpsicomotor, tendo na regência desse processo o sujeito enquanto unidade
psíquica, simbólica, da ação e dos desempenhos.
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Assim, a Transpsicomotricidade preocupa-se com a formação do ser e
do seu pertencimento, a capacidade de compreensão pessoal e do outro.
3.1- A Transpsicomotricidade Educacional e a dificuldade de
Aprendizagem
A Transpsicomotricidade educacional a serviço das dificuldades de
aprendizagem da leitura, da escrita, da ortografia e do cálculo em crianças
consideradas com potencial normal de inteligência desafia a Escola de hoje,
para a procura de um novo modelo ou direção que abarque as múltiplas
dimensões do educando.
Pretende-se aqui, enfocar a Transpsicomotricidade Educacional,
procurando conciliar uma postura científica diante do comportamento infantil,
as funções psicomotoras e as dificuldades de aprendizagem.
A adoção da teoria da complexidade representa um desafio no
magistério, ao substituir a fragmentação pela contextualização. O princípio da
fragmentação, permeando 400 anos de práticas pedagógicas, responsabilizou-
se pela divisão do currículo em disciplinas estanques, unidades complexas em
si mesmas, isoladas, e a não permeação das questões relativas ao corpo no
seio das práticas pedagógicas.
Segundo Morim (1991), a teoria da complexidade traz para a escola
mudanças conceituais a cerca dos objetivos da educação como princípios
norteadores da nova prática, mais adequados ao atual estágio do
desenvolvimento científico.
Não há uma única forma de aprender. A relação entre o todo e as partes
revelam o sentido múltiplo da aprendizagem: imagem, sensações auditivas,
visuais, olfativas, afetos e desafetos, tudo está contido na descoberta do
número, de uma letra ou equação matemática. Integração entre as realidades
26
objetivas e subjetivas, movimentos retroativos e recursivos na construção do
conhecimento.
3.2- Complexidade
Contrapondo-se ao pensamento reducionista linear e simplificador, Morin
(1989) por meio do pensamento complexo sinaliza para a urgência de
ampliarmos o nosso olhar para as necessidades da humanidade e planetária.
Ele nos diz que tudo que é humano é ao mesmo tempo psíquico, sociológico,
econômico, histórico e demográfico. É um pensamento que não separa, mas
une e integra diferentes modos de pensar – complexus significa “o que é tecido
junto” construindo uma trama para uma visão “poliocular” de todo os aspectos
da vida humana.
Então, para compreender fenômenos complexos como o ser humano, é
preciso “olhar”, simultaneamente, aspectos afetivos, cognitivos, socioculturais,
biológicos e econômicos. Sem acreditar que seja suficiente uma leitura unívoca
e linear de causa e efeito.
É preciso contextualizar nossa percepção da realidade, sempre
sensíveis às mutações ao longo do tempo. Trata-se de buscar religar saberes
para ampliar o olhar sobre os fenômenos do desenvolvimento, compreendendo
melhor aspectos sistêmicos e históricos.
“A transdisciplinaridade, como o prefixo “trans” o indica, diz
respeito ao que está ao mesmo tempo entre as disciplinas,
através das diferentes disciplinas e além de toda disciplina.
Sua finalidade é a compreensão do mundo atual, e um dos
imperativos para isso é a unidade do conhecimento.”
(UNESCO, 1997)
27
CONCLUSÃO
Na educação infantil, a criança necessita de profissionais que propiciem
um clima de segurança no decorrer do trabalho. Por isso, a criança deve viver
esta experiência de forma positiva na área afetiva, com o objetivo de
proporcionar-lhe situações nas quais ela tenha confiança em seu corpo e em
seu desempenho motor.
O professor deve sempre ter em mente que seu principal material de
trabalho é o aluno e por isso, deverá sempre manter um ambiente propício e
facilitador da aprendizagem observando as necessidades individuais,
estabelecendo entre eles afinidade e respeito mútuo, pedra angular do
relacionamento sociocultural.
Por isso a psicomotricidade serve como uma ferramenta para todas as
áreas do estudo voltadas para a organização afetiva, motora, social e
intelectual do indivíduo acreditando que o homem é um ser ativo capaz de se
conhecer cada vez mais e de se adaptar às diferentes situações e ambientes.
Esse trabalho de pesquisa voltado à acadêmicos e estudiosos da área
psicopedagógica, não vem com o propósito de fechar nenhuma hipótese, ao
contrário, lançar luz às novas pesquisas, novos questionamentos acerca da
importância da psicomotricidade para o processo ensino-aprendizagem efetiva
do sujeito aprendente.
Observa-se então, que na educação infantil, o mais importante deve ser
estimular a criança, ajudá-la a desenvolver uma percepção adequada de si
mesma, compreendendo suas potencialidades e limitações reais e ao mesmo
tempo, auxiliá-la a se expressar através de suas competências motoras.
Para tal o professor lança mão de jogos lúdicos e atividades
direcionadas buscando a socialização, o desenvolvimento integral, despertando
a criatividade e o desejo de aprender no educando.
Dessa forma, será possível que a aprendizagem ocorra de maneira
satisfatória e prazerosa para a criança, favorecendo seu desenvolvimento
28
intelectual, cognitivo e afetivo, além de trazer ao professor a satisfação de que
o processo ensino-aprendizagem está se efetivando.
Além disso, vimos que a psicomotricidade, uma área tão importante
dentro da psicopedagogia, vem contribuir de forma ímpar mostrando o quanto o
sujeito é atravessado de múltiplos saberes e que, portanto, deve ser visto de
forma ampla, global e multidisciplinar assim como os profissionais que atuam
para o crescimento intelectual e afetivo do sujeito como um TODO.
29
BIBLIOGRAFIA
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WAR, 2003, 2012.
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VYGOTSKY, L.S., LURIA, A. R. e LEONTIEV, A. N. Linguagem
Desenvolvimento e Aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1988.
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INDÍCE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTOS 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I 10
1.1- Corpo e Movimento 11
1.2- Áreas de Atuação 14
CAPÍTULO II 17
2.1- Os Estágios Cognitivos Segundo Piaget 18
2.2- Afeto nas Dificuldades de Aprendizagem 19
2.3- Distúrbios de Aprendizagem 20
CAPÍTULO III 24
3.1- A Transpsicomotricidade Educacional e a
dificuldade de Aprendizagem 25
32
3.2- Complexidade 26
CONCLUSÃO 27
BIBLIOGRAFIA 29
ÍNDICE 31