Post on 30-Dec-2015
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DO QUE ESTAMOS FALANDO QUANDO FALAMOS EM SEGURANÇA NAS FRONTEIRAS?
Letícia Núñez AlmeidaFFLCH, NEV – USPlnalmeida@usp.br
NEV
Mesa Temática: Segurança Pública na Faixa de Fronteira: diagnóstico, cooperação na América do Sul e políticas de recursos humanos”.
VII Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Cuiabá/MT – 17, 18, 19,
julho, 2013.
Apresentação
Pesquisa de Doutorado: A Criminalidade na Fronteira: um estudo de caso sobre os municípios do Rio Grande do Sul.
Apresentação está baseada na pesquisa no âmbito do Projeto Violência e Fronteiras e integra o CEPID/FAPESP.
Principais Objetivos: identificação e análise das formas de violência
(homicídios) e de criminalidade na faixa de fronteira; identificação e análise de discursos e formas de
intervenção pública na faixa de fronteira; identificação e análise dos novos significados da
fronteira no mundo contemporâneo.
O lugar da Fronteira
do que estamos falando quando falamos em fronteiras? É local e também global.
limite ou fronteira? fronteiras brasileiras, do Iapoque ao Chuí. especificidades fronteiriças. ausência do Estado? “terras sem lei”. América Latina –Cooperação Nacional de
Municípios, Brasil e AME,- Equador e Colômbia.
Arcos de Fronteira
s
Criminalidade/Violência Regional
rompendo uma visão centralista: a maioria dos estudos está focada nas capitais e suas regiões metropolitanas.
a criminalidade e a violência nas fronteiras. cidades-gêmeas, economias assimétricas. três estruturas normativas, dois Estados. O que está por trás da “criminalidade
fronteiriça”?
Diretrizes teóricas
A necessidade de uma abordagem mais ampla da fronteira enquanto espaço de afirmação da soberania do estado, da prevalência da lei – a concepção de margem na atuação do estado (Veena Das);
Contribuição de Foucault – soberania, disciplina e governamentalidade – para analisar os novos contextos do estado na contemporaneidade;
Diretrizes teóricas
As diferenciadas formas de gestão dos espaços fronteiriços no mundo contemporâneo.
A gestão dos ilegalismos (Telles).
Fronteiras como redes complexas de trocas e mobilidades (Bigo).
Alguns desafios:
repensar o foco nos crimes transnacionais e na defesa do território;
buscar a especificidade da fronteira como espaço de exercício do poder e de conflitos sociais.
analisar fluxos e economia que sustentam a população fronteiriça: romantismo x análise das fronteiras-rede.
pensar as políticas para fronteiras a partir da integração e cooperação entre países.
Fronteiras – rede
As fronteiras-rede possibilitam a compreensão de fenômenos que não necessariamente se projetam no lócus da fronteira investigada e sim, tais espaços são utilizados como nós na rede, para integrar pontos mais importantes, facilitando o fluxo de mercadorias em geral. (Gutemberg e Ruckert)
Pensando novos paradigmas de políticas públicas para as fronteiras?• Não virtualizar as fronteiras desde os
centros;• Dinâmicas vivas locais;• Diagnósticos focado em novas configurações
entre centro e periferia, entre o público e o privado, entre o legal e o ilegal;
• Elaboração de uma política pública para além do policiamento e do controle do território, este compreendido apenas como local de passagem de mercadorias ilegais.