Post on 29-Mar-2021
DEPARTAMENTO DE PORTUGUÊS E LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
COLÉGIO PEDRO II
COLÉGIO PEDRO II
Reitor
OSCAR HALAC
Pró-reitora de Ensino
ELIANA MYRA DE MORAES SOARES
Pró-reitora de Pós-graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura
MARCIA MARTINS DE OLIVEIRA
Diretores-Gerais
Campus Centro
ANDRÉA BANDEIRA RIBEIRO
Campus Duque de Caxias
ARTUR NOGUEIRA GOMES
Campus Engenho Novo II
CAROLINA MEDEIROS
Campus Humaitá II
SORAYA SABAH DA COSTA
Campus Niterói
MÔNICA DE SOUZA COIMBRA QUEIROZ
Campus Realengo II
MARCUS VINICIUS PINHEIRO COSTA
Campus São Cristóvão II
BERNARDINO PAIVA MATOS
Campus São Cristóvão III
DAISE DIAS GOMES
Campus Tijuca II
JESEN BAPTISTA DOS SANTOS JUNIOR
DEPARTAMENTO DE PORTUGUÊS E LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO COLÉGIO PEDRO II – ANUÁRIO 2018
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DEPARTAMENTO DE PORTUGUÊS E LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
Coordenador-Geral
MÁRCIO VINÍCIUS DO ROSÁRIO HILÁRIO
Coordenadora-Geral Adjunta
RENATA CALHEIROS ALVES
Coordenadores-pedagógicos
ANDRE LUIZ ALVES CALDAS AMORA (HII)
ELAINE BRITO SOUZA (TII)
HELIO DE SANT'ANNA DOS SANTOS (SCIII)
LUCIANA KUHN VIEGAS DE MEDEIROS (SCII)
MARGARETE BATISTA DIAS (C)
MÁXIMA DE OLIVEIRA GONÇALVES (ENII)
RENATA CALHEIROS ALVES (RII)
RENATA LOPES MARAFONI (N)
VIVIANE MARA VIEIRA CARDOSO (DC)
Docentes Efetivos
Campus Centro
DENIR CAMACHO FERREIRA
ELAINE CORREA BARBOSA RAMOS
FREDERICO CHEVRAND PAGNUZZI DOS SANTOS
IRENE MIRANDA DE MAGALHÃES FRANCO
ISABEL CRISTINA VEGA MARTINEZ
KATIA MARIA RIBEIRO MOTTA
MARGARETE BATISTA DIAS
TATIANA BATISTA ALVES
TIAGO CAVALCANTE DA SILVA
Campus Duque de Caxias
ALINE FERNANDES MENEZES
CAROLINE DA SILVA PAQUIELI
GLAUCIA MOREIRA SECCO
RAIFF MAGNO BARBOSA PEREIRA
VIVIANE MARA VIEIRA CARDOSO
Campus Engenho Novo II
ADRIANA MARIA ALMEIDA DE FREITAS
ALINE GONÇALVES DE BRITO
ANA CLAUDIA ABRANTES MOREIRA
BRAULIO SEBASTIÃO ALVES FERNANDES
FLAVIA VIEIRA DA SILVA DO AMPARO
JORGE LUIZ MARQUES DE MORAES
JULIANA NASCIMENTO BERLIM AMORIM
LUCIANO CARVALHO DO NASCIMENTO
LUIZ GUILHERME RIBEIRO BARBOSA
MÁXIMA DE OLIVEIRA GONÇALVES
PAULA DA SILVA ALVES
VICTOR FIGUEIREDO SOUZA VASCONCELLOS
YANDARA VIRGINIA RIBEIRO COSTA MOREIRA
Campus Humaitá II
ADRIANA ARMONY
AIRA SUZANA RIBEIRO MARTINS
ANA MARIA BERNARDES DE ANDRADE
ANDRE LUIZ ALVES CALDAS AMORA
GILDA MOREIRA DOS SANTOS
LYZA BRASIL HERRANZ
MAGDA MEDEIROS FURTADO
MARTA RODRIGUES GOMES
NATHALIA CARDOSO SEABRA ROCHA
OSMAR SOARES DA SILVA FILHO
WAGNER DA CONCEIÇÃO TRINDADE
THELMA CHRISTINA RIBEIRO CORTES
JULIANA JORDÃO CANELLA VALENTIM
Campus Niterói
BEATRIZ SERRÃO PETRI HENRIQUE
EVERARDO BORGES CANTARINO
KARINA CHRYSÓSTOMO DE SOUZA NASCIMENTO
MARCIO BONIN RIBEIRO
MARCOS VINICIUS FIUZA COUTINHO
MARIANA QUADROS PINHEIRO
RENATA LOPES MARAFONI
Campus Realengo II
ALESSANDRA GARRIDO SOTERO DA SILVA
ANA PAULA FERREIRA
FABIANA DOS ANJOS PINTO
HELOISA VALERIA MANGIA TORRES
JORGE JOSE VERISSIMO DA COSTA
JULIANA PEREIRA LANNES
LUIZ FELIPE ANDRADE SILVA
MARCOS ROGERIO RIBEIRO PONCIANO
MARIA CECILIA DE LIMA SOUSA DE MORAES
MARIANA THIENGO
MARINA ALVES LOUREIRO
MONIQUE DEBORA ALVES DE OLIVEIRA LIMA
PRISCILA BEZERRA DE MENEZES
RAFAEL MARTINS DE SOUZA ALMEIDA
RAQUEL CRISTINA DE SOUZA E SOUZA
RENATA CALHEIROS ALVES
VENICIO DA CUNHA FERNANDES
Campus São Cristóvão II
ALINE DE AZEVEDO GAIGNOUX
ALITA TORTELLO CAIUBY
FABIANA DA COSTA GONÇALO
IDRISSA RIBEIRO NOVO
LUCIANA KUHN VIEGAS DE MEDEIROS
MARCELO DE SOUZA PEREIRA
MARIANA MORAIS DE OLIVEIRA
PAULO ESTACIO JUNIOR
SIMONE DA SILVA SOARES
SONIA MARIA GOMES
Campus São Cristóvão III
DENISE GRIMM DA SILVA
ELISA MARIA SOARES FERNANDES
GLAYCI KELLI REIS DA SILVA XAVIER
HELIO DE SANT'ANNA DOS SANTOS
HERCULES ALBERTO DE OLIVEIRA
JEFERSON CORREIA DANTAS
JOSE JORGE GOMES DE SÁ
LAÍS NAUFEL FAYER VAZ
LILIANE MACHADO
MARCIO VINICIUS DO ROSÁRIO HILÁRIO
SIRLEY RIBEIRO SIQUEIRA
TERESA ANDREA FLORÊNCIO DA CRUZ
VIVIAN BORGES PAIXÃO
Campus Tijuca II
CAROLINE DA MATTA CUNHA PEREZ
DANIEL MOUTINHO SOUZA
DILMA MESQUITA DE LACERDA LOUREIRO
ELAINE BRITO SOUZA
ELIANE MELLO LIMA
FELIPE FORAIN MARQUES
INGRID DE OLIVEIRA MATOS
LAURA CANDIDA DOMINGUES DE LIMA
LUCIA DEBORAH ARAUJO DE SALLES CUNHA
MARCELO GOMES BEAUCLAIR
SILVIA BARROS DA SILVA FREIRE
SILVIA OLIVEIRA DA ROSA FERNANDES
Docentes Substitutos
ADILSON SEVERO DE SOUZA
ANA DE LOURDES DO NASCIMENTO PESSOA
CARLOS ROBERTO MORENO DE AGUIAR
CAROLINE LOURENÇO MONTEIRO
CAROLINE SOARES DA SILVA
CRISTIANE VARGAS GUIMARÃES
DANIELA DA SILVA DE SOUZA
DANIELE DOS SANTOS E SANTOS
ISABELLA PEREIRA FERREIRA
JOSIAS PEREIRA MIRANDA
JULIANA JORDÃO CANELLA VALENTIM
MICHELLE DE OLIVEIRA
PEDRO AUGUSTO DO VALLE BARBOSA
PRISCILA COSTA LEMOS BARBOSA
RAMON RAMOS
TAINÃ APARECIDA RODRIGUES AMARO
THELMA CHRISTINA RIBEIRO CORTES
Este pequeno portifólio, a que carinhosamente denominamos de
Anuário, é apenas um ensaio, mas nasce com a pretensão audaciosa de
que se perpetue como ideia e que se afirme enquanto ferramenta
contínua de trocas pedagógicas e de preservação da memória do
trabalho realizado pelos docentes do Departamento de Português e
Literaturas do Colégio Pedro II. Ainda que breve, tem a qualidade de ser o
início, quem sabe, de uma nova cultura: a de sempre registrarmos tudo o
que fazemos para dar visibilidade às atividades pedagógicas,
reconhecendo o real valor da difícil – ainda que prazerosa – tarefa de
educar em nosso país. Ter a oportunidade, então, de olhar para 2018 e
perceber que, apesar de todos os problemas que enfrentamos, tivemos a
força necessária para resistir e ainda conseguimos produzir tamanha beleza
com nossos alunos, é, sem dúvida, ver a flor drummondiana e junto com ela
furar “o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio”. Parabéns à equipe docente do
DPLLP por todo o seu trabalho e dedicação. Paz e Bem!
Márcio Hilário
Coordenador-Geral do Departamento de Português e Literaturas de
Língua Portuguesa do Colégio Pedro II.
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“MEMÓRIAS DA MINHA PELE”: LÁZARO RAMOS NO COLÉGIO PEDRO II
Departamento de Português e Literaturas de Língua Portuguesa (DPLLP)
Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas do Colégio Pedro II (NEABI)
Pró-reitoria de Pós-graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura (PROPGPEC)
Ensino Fundamental II / Ensino Médio / Pós-graduação / Extensão
Campi Engenho Novo II / Humaitá II / Niterói / Realengo II / São Cristóvão II / São
Cristóvão III / Tijuca II
Curso de Especialização em Educação das Relações Étnico-Raciais no Ensino Básico
(EREREBÁ)
Projeto da Terceira Idade.
Apresentação:
A iniciativa de contatar o ator e escritor Lázaro Ramos para uma conversa com alunos do Colégio
Pedro II partiu inicialmente de Luciana Pacheco do Nascimento (NAPNE-ENII). Ciente de que muitas de
nossas turmas estavam trabalhando a leitura de Na minha pele, a educadora procurou o Coordenador-
Geral do DPLLP, Professor Márcio Hilário. Por tratar-se da aplicação a Lei 10.639/03 (atual 11.645/08) em
nosso currículo, somou-se a essa empreitada o Coordenador do NEABI-CPII, Professor Osmar Soares. Todo o
apoio de logística e planejamento foi dado por Eloisa Saboia e sua equipe da Diretoria de Cultura da
PROPGPEC. Aos docentes de Português, coube o papel fundamental de motivar, selecionar e trazer os
alunos dos mais diversos locais para esse belíssimo encontro, que ocorreu no Complexo Esportivo de São
Cristóvão.
Objetivo Geral:
Colocar, a partir da atividade da leitura, a problemática étnico-racial no centro das discussões;
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Objetivos Específicos:
Estabelecer contato direto entre leitores e escritor, ampliando, assim, o gosto pela leitura;
Contribuir para uma educação antirracista e para a valorização da identidade negra em nossa
sociedade;
Promover a integração de alunos e professores de diversos campi em um evento de reflexão e
afetividade;
Recursos utilizados:
Complexo Esportivo de São Cristóvão, gentilmente cedido pelo Departamento de Educação Física;
Equipamento de som, contratado pela PROPGPEC;
Exposição das telas do artista plástico Oséias Casanova (Diretoria de Cultura);
Palco: emprestado pela Direção do Campus São Cristóvão I;
Mobiliário, com poltronas, mesinhas, tapetes e cadeiras para a Terceira Idade (PROPGPEC);
Pulseiras para a identificação dos alunos credenciados;
Transporte para o deslocamento de alunos e professores de outros campi (ENII, HII, N, RII, TII).
O mais importante de todos: o trabalho e a dedicação dos professores que levaram seus alunos.
Passo a passo:
Contato com o artista para verificar seu interesse na vinda à escola;
Formação da equipe organizadora;
Levantamento de interesse junto aos docentes nos campi;
Definição do espaço, da estrutura necessária e da quantidade de vagas;
Divulgação, credenciamento e distribuição das vagas por campus;
Preparação do local do evento e sincronização com a chegada e a saída dos alunos;
Transporte para buscar e levar o convidado de volta para casa;
Tempo de duração:
O encontro ocorreu na manhã do dia 09 de maio de 2018, das 10h às 13h.
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1º ENCONTRO ABAYOMI
Caroline da Matta, Ingrid Matos e Sílvia Barros
Ensino Fundamental e Ensino Médio
Campus Tijuca II
Apresentação:
Este evento foi a culminância do projeto Oficina Mulher Negras e Literatura e a abertura das
comemorações da Consciência Negra no campus Tijuca II.
Objetivo Geral:
Celebrar o mês da consciência negra
Objetivos Específicos:
Ler textos de autoras negras;
Conhecer a criação áudio visual produzida por mulheres negras com o filma Kbela;
Refletir sobre o racismo;
Discutir sobre as relações raciais presentes na escola e presentes na sociedade como um todo.
Valorizar a cultura de matriz africana
Recursos utilizados:
Projetor
Livros
Tecidos
Material para produção de cartazes
Passo a passo:
Exibição do filme Kbela
Oficina Mulher Negras e Literatura
Oficina de Turbantes
Oficina de Abayomi
Apresentação do grupo Dance in Rio
Tempo de duração:
- 1 dia (09/11/2018)
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III SEMINÁRIO DO LITESCOLA:
LETRAMENTO LITERÁRIO: DIÁLOGOS E RESISTÊNCIAS
Professores do Departamento de Português e Literaturas de Língua Portuguesa (CPII)
Professores do Departamento de Espanhol (CPII)
Professores de Português e Literaturas (CAP-UFRJ)
Professores de Português e Literaturas (CEFET-RJ)
Professores de Português e Literaturas (FAETEC)
Professores de Português e Literaturas (IFRJ)
Apresentação:
Nos dias 25 e 27 de setembro, O Colégio Pedro II sediou o III Seminário do LITESCOLA, em São
Cristóvão. Com o tema “Letramento Literário: diálogos e resistências”, o seminário contou com mais de 600
participantes e ofereceu ao público conferências com exponentes da literatura e do letramento literário,
como Volnei Canônica, Conceição Evaristo e Rildo Cosson. A programação também incluiu mesas
redondas, minicursos, instalações artísticas e apresentações de comunicações orais.
O LITESCOLA é um grupo de pesquisa que reúne professores voltados para o ensino de Literatura na
Educação Básica e congrega pesquisadores do CPII, CEFET, CAP-UFRJ, FAETEC e IFRJ. O grupo está
continuamente aberto à adesão de novos colegas que queiram se juntar na investigação da docência
de Literaturas na Educação Básica.
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O III Seminário buscou trazer reflexões que possam se materializar dentro e fora da sala de aula. Os
temas das edições anteriores foram “Letramento Literário: desafios e perspectivas” e “A formação
docente e o letramento literário”.
Objetivo Geral:
Criar um espaço de reflexões, debates e trocas entre docentes, mediadores de leitura e professores
em formação, de maneira a investigar o ensino de Literatura na Educação Básica.
Objetivos Específicos:
Refletir as formas de aprimoramento do letramento literário;
Trazer para o campo da Educação Básica questões prementes para a formação dos leitores;
Divulgar práticas docentes bem-sucedidas de formação do leitor;
Contribuir para a pesquisa e formação docente na área do ensino de leitura e literatura.
Recursos utilizados:
O Seminário foi realizado com recursos dos próprios organizadores.
Passo a passo:
A abertura da terceira edição do seminário foi realizada pela poeta Yassu Noguchi, que recitou
poemas de sua autoria e de outros poetas. Durante sua apresentação, ela ressaltou a importância
que seus professores tiveram ao longo de sua formação profissional.
Após a cerimônia de abertura, o diretor do Clube de Leitura Quindim e colunista da Publishnews,
Volnei Canônica, iniciou uma conferência com o tema “A narrativa visual e o leitor
contemporâneo”. Ele falou a importância da linguagem visual para todas as idades e questionou a
maneira como a educação atual mantém esta linguagem apenas para a educação infantil.
“Você já sabe ler, isso aqui é só desenho”, disse, referindo-se a maneira como muitos pais e
professores tratam a linguagem visual.
A programação da tarde do dia 25 foi marcada pela conferência com a escritora Conceição
Evaristo. A autora de ‘Ponciá Vivêncio’ foi recebida no Ginásio do Complexo de São Cristóvão por
um grupo de cerca de 300 estudantes dos campi São Cristóvão, Realengo II, Tijuca II e Engenho
Novo II, ávidos por escutar suas palavras, além de professores do CPII e de outras instituições.
A conferência, conduzida pelo coordenador geral do Departamento de Português, Marcio Hilário,
se tornou um bate-papo onde os estudantes e professores puderam fazer perguntas para a
convidada. Conceição também comentou sobre falta de representatividade negra em espaços
como Academia Brasileira de Letras (ABL), para a qual ela foi candidata a cadeira de número 7.
“Se a ABL é o espaço que guarda a literatura brasileira e nossa literatura é plural e diversificada,
está faltando isso lá dentro. Nós temos o direito de estar lá, assim como a escrita indígena também
tem”, defendeu.
No dia 28, a conferência com professor Rildo Cosson, pesquisador do Centro de Alfabetização,
Leitura e Escrita (Ceale) da Faculdade de Educação da UFMG, marcou o encerramento do III
Seminário do Litescola. A atividade ocorreu no Auditório da Propgpec, com mediação do professor
de português do Campus Engenho Novo II, Jorge Marques. O público, de cerca de 100 pessoas, foi
formado por alunos de graduação e pós-graduação, além de professores.
Rildo começou a conferência com uma brincadeira sobre o tema da palestra. “O nome dessa
conferência é ‘Tudo o que é preciso fazer para NÃO ensinar literatura na escola’, porque tudo que
devemos fazer todo mundo já sabe”. A partir desse tema, Cossan pontuou erros comuns que
acontecem no ambiente escolar e que prejudicam o ensino da literatura, como promover a
discussão de livros que não foram lidos pelos alunos; solicitar resumo de uma obra, fragmentando-a
e promover a leitura de textos literários com um viés estritamente pedagógico. Como
contrapartida, Rildo deu exemplos de formas como o ensino da Literatura pode ser estimulado na
escola. Entre as iniciativas possíveis, ele destacou atividades que estimulem nos alunos a
interpretação de textos literários.
Dentro da programação do evento, ocorreram também 4 minicursos, uma instalação artística e
mais de 50 comunicações.
Tempo de duração:
A preparação do Seminário durou cerca de seis meses. O evento em si ocorreu em 25 e 27 de
setembro de 2018.
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FESTIVAL DE POESIA CAMPUS SÃO CRISTÓVÃO III
Jeferson Correia Dantas e Sirley Ribeiro Siqueira
Ensino Médio
Campus São Cristóvão III
Apresentação:
O Projeto tem o intuito de prestigiar a poesia, apreciar o talento de nossos alunos e dar a
oportunidade para que eles se sintam autores, como, de fato, o são. O projeto, que conta com o apoio
da equipe de Língua Portuguesa do Campus de São Cristóvão III, pode ser estendido para todas as turmas
do Ensino Médio (da primeira à terceira série).
Objetivo Geral:
Aproximar o aluno com a linguagem poética, no sentido de familiarizá-lo com a poesia para que
tenha o prazer em ler e ouvir poemas e, sobretudo, sentir-se motivado a expor suas emoções, a ter
liberdade de criar, brincar com as palavras e deixar fluir sua imaginação.
Objetivos Específicos:
Apreciar a leitura de textos poéticos;
Produzir textos poéticos a partir de sua vivência pessoal e acadêmica;
Ampliar o letramento literário por meio da leitura de poesias contemporâneas;
Recursos utilizados:
Caixa de som, microfone, laranjão
Passo a passo:
Divulgação do evento pelos coordenadores, nas turmas com apresentação da chamada;
orientação aos alunos quanto à elaboração dos textos;
recebimento e leitura preliminar dos textos;
organização do roteiro de apresentações.
o No dia do evento:
Abertura com os alunos do Espaço Musical;
declamação de poesias inéditas, de autoria dos próprios alunos;
declamação de poesias de outros autores;
apresentações de poesias musicadas.
Tempo de duração:
Das 9h às 16h
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III SEMINÁRIO DO NUPELL – PRIMAVERA DA LEITURA:
“NÃO SOU ESCRAVO DE NENHUM SENHOR: 130 ANOS DE ABOLIÇÃO?”
Adriana Armony, Ana Bernardes e Marta Rodrigues (organização)
Campus Humaitá II
Apresentação:
Realização do III Seminário do grupo de pesquisa Nupell – Primavera da leitura, ocorrido no dia 5 de
outubro de 2018, compreendendo mesa-redonda, debate, apresentações artísticas, comunicações de
professores e lançamento de livros.
Objetivo Geral:
Criar um espaço de reflexões, debates e trocas entre docentes e estudantes, com foco especial
nas questões relativas a representatividade feminina e negra na literatura e na cultura.
Objetivos Específicos:
Abrir fóruns de debate sobre literatura e cultura;
Promover a reflexão e sensibilização de estudantes e docentes para questões relativas a
discriminação racial e de gênero;
Divulgar práticas docentes bem-sucedidas de formação do leitor;
Contribuir para a pesquisa e formação docente na área do ensino de leitura e literatura.
Recursos utilizados:
O Seminário foi realizado com recursos dos próprios organizadores e do seu espaço de trabalho.
Passo a passo:
Planejamento do Seminário: reuniões para definição do tema e da programação
Envio de convite aos participantes da mesa-redonda
Definição das apresentações artísticas e convite à professora de Música e ao Coletivo de mulheres
negras
Elaboração dos formulários de inscrição
Divulgação do evento
Inscrições e organização das comunicações
Preparação do espaço do evento (auditório e salas)
Realização do seminário (programação em anexo)
Entrega dos certificados
Tempo de duração:
A preparação do Seminário teve início em maio de 2018.
O evento em si ocorreu de 8h às 17:00, no dia 5 de outubro de 2018.
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II MOSTRA PÉROLA NEGRA
Helio de Sant’Anna dos Santos, Sirley Ribeiro Siqueira e Márcio Hilário (org.)
Ensino Médio
Campus São Cristóvão III
Apresentação: A II Mostra Pérola Negra 2018 é promovida pelo projeto Resgate da autoria negra na literatura
brasileira. Integrado pelos professores Helio de Sant'Anna dos Santos, Márcio Vinícius do Rosário Hilário e
Sirley Ribeiro Siqueira, o Projeto atende à aplicação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008 e procura contribuir
para a valorização da diversidade cultural inerente à formação da sociedade brasileira. O Resgate da
autoria negra na literatura brasileira é uma das ações do Grupo de Pesquisa LEPELL (Laboratório de Estudo
de Práticas Educativas em Língua Portuguesa e Literatura).
Objetivo Geral: Estimular a produção criativa por estudantes autodeclarados negros do Campus São Cristóvão III e
contribuir para a maior visibilidade de sua participação no âmbito escolar, atendendo à aplicação das
Leis 10.639/2003 e 11.645/2008.
Objetivos Específicos:
oportunizar a participação da juventude negra em atividades do Campus São Cristóvão; promover a produção literária; divulgar textos estudantis; contribuir efetivamente para ações pedagógicas antirracistas.
Recursos utilizados: Apoiados pelo Campus, uso do Anfiteatro, das caixas de som e dos microfones. Eventual custeio da
equipe para deslocamento de escritores convidados.
Passo a passo: Definição das regras pelos organizadores, divulgação e dinamização da Mostra, normalmente
agendada para o mês de novembro.
Tempo de duração: Aproximadamente três meses.
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FÓRUM PERMANENTE DE DISCUSSÃO ÉTNICO RACIAL
Máxima de Oliveira Gonçalves
Ensino Fundamental e Ensino Médio
Campus Engenho Novo II
Apresentação:
Este projeto propõe a discussão das relações étnico-raciais no ambiente escolar, através de
abordagem político-pedagógica multidisciplinar. Visa à análise crítica das tensões raciais, permeada por
debate e diálogo, no contexto da sociedade brasileira e da diáspora africana, refletidas nas práticas
culturais, sociais, político-econômicas, jurídicas, linguísticas e literárias que perpetuam o sistema de
exclusão racial, balizador de relações desiguais entre brancos e não brancos. Busca afirmar positivamente
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a identidade étnico-racial afrodescendente e índiodescendente, requerendo protagonismo aos
conhecimentos e à ancestralidade africana e indígena em face da abordagem curricular eurocentrada,
típica na educação formal brasileira.
Cabe ressaltar que esta proposta foi elaborada inicialmente pelos professores Fabiana de Lima
Peixoto e Osmar Soares Filho como pré-requisito para a Dedicação Exclusiva e que desde o desligamento
da professora Fabiana dessa instituição tenho dado continuidade a este projeto.
Objetivo Geral:
Educar para as relações étnico-raciais.
Objetivos Específicos:
abrir um canal de diálogo sobre questões raciais, que englobem desde a denúncia da opressão e
sua superação à afirmação dos valores sociais negros e indígenas refletidos na história e na cultura
africana e afro-brasileira e indígena.
repensar o lugar da identidade negra e indígena na formação do educando petrossecundense,
através da audiência a vozes de diferentes origens, em diálogo com foco nas relações étnico-
raciais;
permitir a construção consciente da alteridade e da nostridade como práticas político-
pedagógicas, tendo como foco a dinâmica das relações étnico-raciais;
refletir sobre os valores éticos, estéticos, étnicos, religiosos, morais, psicológicos que corroboram
para a manutenção da opressão racial na sociedade brasileira, no contexto da diáspora africana
e do racismo ambiental, que exterminou e extermina as populações indígenas no contexto da
colonização e seus desdobramentos.
possibilitar a criação de práticas político-pedagógicas que apontem caminhos contra o
preconceito e opressão racial, através da participação dos membros da comunidade escolar,
estudantes, professores e funcionários.
Recursos utilizados:
Sala de aula para os encontros semanais;
Auditórios, bibliotecas, sala de informática ou qualquer outro espaço do campus apropriado para
o desenvolvimento da atividade pedagógica, evento escolar, acadêmico ou artístico-cultural.
Passo a passo:
A metodologia utilizada é de perspectiva multidisciplinar e intercultural. Nesse sentido, as práticas
educativas serão construídas no diálogo constante e aberto com os participantes do Fórum, no intuito de
produzir e divulgar práticas educacionais comprometidas com a emancipação de grupos sociais e raciais
subalternizados na sociedade brasileira.
Seguindo tal perspectiva teórico-metodológica, os encontros semanais serão em formato de
oficinas que não separem a conscientização corporal do desenvolvimento cognitivo. Na medida em que
a corporeidade dos grupos étnico-raciais subalternizados tem sido historicamente inferiorizada por
estereótipos, esse corpo estará sempre presente de maneira positiva, no intuito de levar os nossos alunos
ao protagonismo social e discursivo. A partir das demandas cognitivas e intelectuais deles, novas
metodologias e estratégias pedagógicas serão desenvolvidas. A tônica, portanto, será a abertura e o
contato criativo e produtivo com o conhecimento, evitando dualismos maniqueístas que preconizam, por
exemplo, a separação da oralidade e da escrita; do conhecimento corporal e do conhecimento mental;
do ensino e do aprendizado; da razão e da emoção; da gramática e literatura da política; do branco e
do negro enfim.
Essa abertura também fará parte da concepção e produção de eventos sobre a temática do
Fórum para toda a comunidade escolar e de toda e qualquer atividade pedagógica realizada por esse
grupo.
Tempo de duração:
O projeto é desenvolvido ao longo do ano letivo.
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SEMANA ACADÊMICA – CAMPUS DUQUE DE CAXIAS
A MEMÓRIA E A TECNOLOGIA CONSTRUINDO QUEM SOMOS: UMA
HOMENAGEM AO MUSEU NACIONAL EM REVISTA
Viviane Mara Vieira Cardoso (Língua Portuguesa), Gabriel Giesta (História), Leonardo
Castro (Geografia), Marcos Guedes (Química)
2ª série do Ensino Médio
Campus Duque de Caxias
Apresentação:
O projeto integrou a II Semana acadêmica do Campus Duque de Caxias, que tem como proposta
o trabalho interdisciplinar, a partir de um eixo temático. Desenvolvemos, na turma 1205, uma Revista, que
teve como motivação o registro da memória do acontecimento trágico no Museu Nacional, neste ano. A
revista, que se chamou “Amnésia histórica”, trouxe: um artigo histórico do museu, explicando toda a sua
trajetória de implementação até os dias atuais, ressaltando também a campanha “Museu vive”, criada
para fortalecer a perpetuação do museu, apesar do incêndio do prédio; uma cartografia do museu,
localizando no espaço e no tempo a maior parte do acervo; um artigo explicando o processo de
datação de fósseis e a importância do trabalho do Museu nesse processo; um artigo crítico sobre a
tragédia anunciada, que se tornou o acontecimento do dia 02 de setembro, provocando reflexões sobre
identidade, passado, futuro e preservação do patrimônio; entrevista com uma aluna do Campus que era
bolsista no Museu, atuando no SAE; texto crítico-poético autoral de aluna do Campus sobre o ocorrido no
Museu. Na apresentação do trabalho durante o evento da semana acadêmica, construímos a “revista
viva”, em que a ideia dos artigos foi levada em painéis, jogos interativos, performances, reflexões
distópicas.
Objetivo Geral:
Homenagear e preservar a memória do Museu Nacional no espaço escolar, destacando sua
importância para a construção da identidade, da ciência e do patrimônio cultural brasileiro.
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Objetivos Específicos:
Mostrar a importância de se preservar a memória e a história do Museu Nacional;
Investigar e apresentar a georeferenciação dos principais elementos do acervo;
Apresentar a importância da datação arqueológica de fósseis para o museu;
Motivar reflexões acerca da identidade histórico-cultural e a preservação da memória patrimonial.
Recursos utilizados:
Revista impressa, Revista eletrônica, Grupos de trabalho de edição e designer, pesquisa de
informações sobre o Museu Nacional, datação histórica, georeferenciação, datação química, pesquisa
crítico-literária.
Passo a passo:
A confecção da revista se deu por meio da divisão de grupos de trabalho dentro de uma mesma
turma de 2ª série. Após a definição coletiva do tema e configuração editorial da revista, cada um desses
grupos de trabalho foi orientado por um professor, a fim de construir cada artigo da revista, por meio da
pesquisa correspondente ao conteúdo tratado. Dessa maneira, os grupos de datação histórica,
georeferenciação, datação química e ensaio crítico foram orientados, respectivamente, pelos professores
das disciplinas história, geografia, química e português. Paralelamente a esse trabalho, o grupo de edição
e designer fazia o trabalho de preparar o designer da revista e receber, analisar, sugerir e organizar os
materiais recebidos dos grupos de trabalho, a fim de constituir o conjunto da revista. Nesse processo, havia
reuniões quinzenais e/ou semanais, durante os dois meses de preparação, para que o diálogo entre grupo
de trabalho e edição se efetivasse no corpo da revista. Essa organização da dinâmica do trabalho
permitiu utilizar estratégias didático-pedagógicas diversas e interdisciplinares, como a perspectiva
comparativa, histórica e crítica de fatos, textos, discursos sociais e abordagens midiáticas. Na segunda
parte do trabalho, a “revista viva”, apresentado como produto final, juntamente com a revista, no evento
da Semana Acadêmica, em forma de “mostra/feira científico-cultural”, confeccionamos duas salas, numa
trajetória narrativa, numa “leitura” da revista. Produzimos, então, uma linha do tempo para apresentação
do artigo grupo de trabalho de história, em que os visitantes da mostra interagiam ao caminhar por essa
linha do tempo, enquanto os alunos/redatores explicavam a trajetória histórica do museu.
Confeccionamos também uma mostra fotográfica dos principais elementos do acervo, apresentando sua
georeferenciação: os alunos/pesquisadores apresentavam um mapa com cruzamentos feitos por linhas,
indicando a localização geográfica de alguns acervos; logo após apresentavam a confecção autoral da
planta do Museu Nacional. Convidavam os visitantes a participarem de um jogo, em que tinham que
adivinhar, dentre os elementos apresentados do acervo, aquele que completava determinados espaços
em branco no mapa, indicando a localização geográfica de tal elemento. Para a apresentação da
datação química, o grupo de trabalho apresentou um jogo virtual sobre “carbono 14”, em que os
participantes entendiam a dinâmica de datação por meio da quantidade aproximada de carbono 14 em
determinados elementos. Para a apresentação do ensaio crítico, o grupo de trabalho criou uma narração
reflexiva entre passado, presente e futuro, tendo como fio condutor a memória. Apresentaram a memória
e identidade do mundo por meio de fotos variadas da construção do patrimônio cultural brasileiro e
mundial. O mural de fotos ficava de frente para um mosaico de pequenos espelhos, refletindo o visitante
por entre as fotos, como participante da memória coletiva. Após, o visitante presenciava cenas e notícias
sobre o apagamento da memória, com foco na tragédia do Museu Nacional. Terminado o vídeo com os
impactos do apagemnto, o visitante era conduzido a uma experiência de “cabine sonora”, onde se
reproduzia o áudio de um texto poético produzido por uma aluna da turma sobre a percepção
sentimental e crítica do incêndio, seguida do convite aos participantes a se manifestarem também por
meio de falas ou frases escritas, que iam sendo coladas na cabine. Por fim, os alunos apresentavam o
“futuro” em forma de obras distópicas para que os participantes conhecessem as obras e as realidades ali
apresentadas, as quais dialogavam com a reflexão acerca do indivíduo em sensação de deslocamento
por conta de fatores como os do apagamento da memória.
Tempo de duração:
Dois meses de preparação e 1 dia de apresentação.
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3ª FESTA LITERÁRIA DA TIJUCA
Eliane Mello (coordenação do evento), Adilson Severo, Caroline da Matta,
Daniel Moutinho, Dilma Mesquita, Elaine Brito, Felipe Forain, Ingrid Matos, Laura Lima,
Marcelo Beauclair, Lúcia Deborah, Sílvia Barros e Silvia Rosa
6º a 9º ano do Ensino Fundamental, Ensino Médio e PROEJA
Campus Tijuca II
Apresentação:
A Festa Literária da Tijuca, em sua 3ª edição, teve como tema: “A cidade em movimento:
construindo identidades” e aconteceu no dia 21 de setembro, das 7h às 22h. Durante o evento, houve a
premiação do 6º Concurso Literário.
Objetivo Geral:
Pensar os múltiplos espaços da cidade e a afirmação de identidades em nosso cotidiano;
Discutir como a Literatura e as demais artes se constituem vozes de resistência.
Objetivos Específicos:
Promover o contato com a literatura;
Fomentar hábitos de leitura;
Promover a escrita de textos literários;
Valorizar a expressão literária e artística;
Promover a integração da comunidade escolar por meio de atividades culturais diferenciadas.
Recursos utilizados:
Material impresso;
Recursos áudio visuais (slides, vídeos, músicas).
Passo a passo:
A III FLIT englobou diversas atividades, oficinas, apresentações, palestras, voltadas para públicos
distintos.
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Atividades realizadas:
Oficinas em parceria com a Extensão da UFRJ: Oficina de Slam e produção de poesia; O que nasce da
argila; Métrica na Canção com o Orfeu de Monteverdi e Vinícius de Moraes.
Oficina de Dança (ministrada por alunas do 8º e 9º anos);
Oficina de Filtro dos Sonhos (ministrada por alunas do 8º ano);
Oficina da dança de coco (convidados externos);
Oficina de dança de Maracatu de Baque Virado (convidadas externas);
Roda Cultural (organizada por alunos do 8º e 9º anos);
Oficina de RPG (ministrada por licenciando da UFRJ);
Oficina de rap – a palavra em movimento (convidados externos).
Encontro com Estevão Ribeiro, desenhista de quadrinhos (para turmas de 6º e 7º anos)
Mesa redonda: Literatura, cultura e arte: vozes da resistência (Ensino Médio)
Apresentação de Teatro:
Grupo “Fazendo o quê?” - Livre adaptação do musical Os Saltimbancos
Grupo “ORUIEP” - Peça: Ciberfagia ou Tempo de Areia
Exibição de curtas e conversa com o cineasta Clementino Jr (atividade realizada com as turmas do
Proeja).
Tempo de duração:
- 1 dia
- preparação: aproximadamente 3 meses.
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V FÓRUM NACIONAL DE LEITURA E LÍNGUA PORTUGUESA
DO COLÉGIO PEDRO II - CAMPUS ENGENHO NOVO II
Adilson Severo, Aline Gonçalves De Brito, Ana Claudia Abrantes Moreira, Flavia Vieira Da
Silva Do Amparo, Jorge Luiz Marques De Moraes, Juliana Nascimento Berlim Amorim,
Luciano Carvalho Do Nascimento, Luiz Guilherme Ribeiro Barbosa, Máxima De Oliveira
Gonçalves, Paula Da Silva Alves, Priscila Costa Lemos Barbosa, Ramon Ramos, Tainã
Aparecida Rodrigues Amaro, Victor Figueiredo Souza Vasconcellos e Yandara Virginia
Ribeiro Costa Moreira.
6º a 9º ano do Ensino Fundamental, Ensino Médio e PROEJA
Campus Engenho Novo II
Apresentação:
Em sua 5ª edição, o Fórum Nacional de Leitura e Língua Portuguesa teve como homenageada a
escritora Clarice Lispector. Foram dois dias inteiros em que a comunidade escolar do Engenho Novo
vivenciou a literatura, através de palestras, mesas-redondas, oficinas e performances.
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Objetivo Geral:
Desenvolver o hábito da leitura entre os membros da comunidade escolar.
Objetivos Específicos:
Promover o contato com a literatura;
Aprofundar o conhecimento acerca da escritora Clarice Lispector;
Promover a escrita de textos literários;
Valorizar a expressão literária e artística;
Promover a integração da comunidade escolar por meio de atividades culturais diferenciadas.
Refletir acerca da formação de licenciandos, com a realização do Seminário de Licenciatura e
PIBID em Português e Literaturas.
Recursos utilizados:
Material impresso;
Recursos áudio visuais (slides, vídeos, músicas).
Passo a passo:
O V Fórum Nacional de Leitura e Língua Portuguesa englobou diversas atividades, oficinas,
apresentações, palestras, voltadas para públicos distintos.
Atividades realizadas no dia 28 de novembro: mesa-redonda com professores escritores; quiz sobre
literatura e gênero; sarau com canções da Legião Urbana; encontro de Pottermaníacos; contação de
histórias; oficina sobre o poeta Manoel de Barros; conferência sobre Machado de Assis; encontro Literatura
e Terror; Slam – poesia que liberta; desfile de Cosplay; mesas-redondas sobre Clarice Lispector; palestra
sobre o romance Hibisco Roxo; oficina de poesia com máquina de escrever; performances diversas com
estudantes bolsistas de Iniciação Científica e Artístico-Cultural.
Tempo de duração:
- 2 dias
- preparação: aproximadamente 3 meses.
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GRUPO DE ESTUDOS EM ENSINO DE PORTUGUÊS E LITERATURAS (GEEPOL)
Fabiana dos Anjos Pinto, Juliana Lannes, Luiz Felipe de Andrade,
Luiz Guilherme Barbosa, Maria Cecília de Sousa Moraes, Marina Alves Loureiro, Monique
Débora de Lima, Renata Calheiros Alves
2014 - 2018/ Ensino Médio
Campi Realengo II e Engenho Novo II
Apresentação:
Neste projeto, propõe-se a criação de um grupo de estudos permanente acerca do ensino
de Língua Portuguesa e Literaturas, visando às práticas pedagógicas nas turmas atendidas pelos coautores
e à produção de saberes e de novas alternativas metodológicas na educação básica regular. O GEEPOL
(Grupo de Estudos em Ensino de Português e Literaturas) pretende, também, baseado na reflexão teórico-
prática desses estudos sobre o ensino de Língua Portuguesa, produzir material didático, promover eventos
e fazer publicações. As atividades do GEEPOL tiveram como foco inicial os estudantes do Campus
Realengo II e os professores de Língua Portuguesa e Literaturas que integram o projeto. Essas atividades
culminaram em produção de material didático e reflexão acerca da prática pedagógica. Posteriormente,
oportunizamos a associação de professores de outros campi e instituições de ensino, assim como diversas
formas de extensão, como eventos para professores, palestras, simpósios, dentre outros.
Objetivo Geral:
Aprimorar as práticas pedagógicas desenvolvidas pelos professores de Português e Literaturas no
Campus Realengo II, procurando desenvolver recursos para a sua melhor aplicação, além de promover a
divulgação de tais práticas nos âmbitos acadêmico e social.
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Objetivos Específicos:
Estabelecer um intercâmbio permanente entre a teoria e a prática de sala de aula, com vistas a
buscar, para cada conteúdo e cada turma, a melhor estratégia de ensino.
Criar contextos específicos de interlocução entre os docentes do Campus Realengo II (de cada
segmento e entre os segmentos) para troca de materiais e experiências e discussão de temas e
questões referentes aos conteúdos ministrados e às práticas docentes adotadas, no sentido de
refletir (constantemente) sobre as abordagens escolhidas e suas ressonâncias no contexto escolar e
social.
Aproximar a reflexão acadêmica da práxis escolar, não partindo do pressuposto de que estejam
afastadas, mas da premissa que em geral permanecem estanques, pelas próprias especificidades
de cada uma.
Otimizar a produção de material didático (complementar ao livro didático escolhido), visto que
essa produção supre necessidades inalienáveis do processo educacional e de atendimento aos
componentes curriculares do Departamento de Língua Portuguesa e Literaturas.
Propiciar, no âmbito da equipe de Língua Portuguesa e Literaturas do Campus Realengo II, pela
própria especificidade dessa equipe e do Campus, um contexto que estimule o docente para uma
formação continuada, mediante saberes coletivamente compartilhados nos encontros periódicos.
Ensejar a produção acadêmica, a realização de eventos e a promoção de debates que possam
criar situações de interlocução entre os docentes coautores deste projeto e a comunidade (tanto
a acadêmica quanto a escolar).
Criar entre a formação continuada do docente e as práticas de sala de aula (em seu âmbito
geral, do planejamento à avaliação) um vínculo constante, no sentido de que o aprimoramento
docente leve a ganhos efetivos para o corpo discente, em que os saberes possam ir além dos
conteúdos ministrados.
Recursos utilizados:
Cópias via mecanografia do campus; internet (com acesso a vídeo); projetores e
computadores; serviços gráficos e editoriais; salas de aula e de reuniões no campus.
Passo a passo:
Pesquisa bibliográfica; aulas expositivas, seminários e debates, produções textuais científicas
diversas (fichamentos, resenhas, resumos, ensaios, artigos, apresentações etc.), conferências, mesas-
redondas; relatos de experiência, estudos de caso.
Tempo de duração:
O projeto tem configuração permanente e já está em atuação há quatro anos.
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SOPA DE LETRAS
Dilma Mesquita de Lacerda Loureiro
Ensinos Fundamental, Ensino Médio e Proeja
Campus Tijuca II
Apresentação:
O projeto consiste na organização de um sarau temático que reúne diversas linguagens (poesia, música,
teatro e dança) na tentativa de tornar a leitura do texto literário uma atividade prazerosa, integrada ao
cotidiano das/dos alunas/os. O projeto completa dez anos de execução neste ano e surgiu a partir do
trabalho com a Roda de Leitura, inicialmente promovida no Campus Centro e atualmente em atividade
no Campus Tijuca II.
Objetivo Geral:
Promover a integração entre as diversas linguagens artísticas, incentivando a pesquisa e a leitura do texto
literário.
Objetivos Específicos:
- promover a leitura do texto literário a partir de leituras dramatizadas
- integrar os diferentes segmentos de ensino a partir da valorização do trabalho em equipe
- promover a sensibilização dos/das estudantes através de leituras mais atentas e da compreensão do
valor da arte na sociedade
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- valorizar o exercício da cidadania pelo viés da crítica e do protagonismo nas diversas ações promovidas
no ambiente escolar
- pesquisar a ancestralidade, valorizando a cultura brasileira em todas as suas manifestações
- incentivar a participação de professores e demais funcionários no evento, promovendo uma maior
integração entre os membros da comunidade escolar
- ocupar espaços de convivência pouco utilizados para atividades pedagógicas (pátio, hall de entrada
dos Campi, quadras, corredores)
Recursos Utilizados:
- material de pesquisa (livros, textos avulsos, músicas)
- tecido e tintas para confecção do cenário
- equipamento de som (caixas, microfones)
- material de apoio e figurino para as performances e leituras dramatizadas
- barbantes e fitas para confecção do varal de poesia
Passo a passo:
- seleção do tema abordado em cada edição do evento
- pesquisa dos textos literários (atividade direcionada aos bolsistas de Iniciação Artística e Cultural)
- leitura dos textos selecionados utilizando técnicas oriundas de teóricos vinculados não só à literatura mas
também ao teatro, em especial ao Teatro do Oprimido de Augusto Boal, ao Diário de Viola Spolin e aos
ensinamentos de Amir Haddad
- ensaios para definição das performances e leituras, incluindo músicas e suas letras
- apresentação do evento
- avaliação dos resultados obtidos
Tempo de Duração:
O evento tem duração variável; ocorre em geral na hora do almoço e tem uma hora de duração,
podendo chegar a um período de quatro horas, como no Sopa Especial de 10 anos ou a três horas, como
no Sopa do Proeja.
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CIRANDA DE LIVROS
Caroline da Matta e Sílvia Barros
6º ano do Ensino Fundamental
Campus Tijuca II
Apresentação:
O presente projeto se baseou na seleção de títulos variados para a leitura da terceira certificação.
Os alunos/famílias receberam uma lista com seis livros e poderiam escolher o de sua preferência para
comprar. Foram eles: 1) Contos e lendas da Amazônia, Reginaldo Prandi; 2) Lendas e mitos de índios
brasileiros, Otávio Ianni; 3) Contos e lendas afro-brasileiros, Reginaldo Prandi; 4) Contos e lendas da África,
Yves Pinguilly Cathy Millet; 5) Contos e lendas da Mitologia Grega, Claude Pouzadoux; 6) Mitos, contos e
lendas da Amética Latina e Caribe, Constanza Clocchiatti e outros.
Objetivo Geral:
Promover diálogos, comparações, aproximações e distanciamentos entre as narrativas lidas.
Objetivos Específicos:
Reconhecer as características dos gêneros lenda, mito e conto de encantamento;
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Valorizar a riqueza cultural dos diferentes povos, sobretudo dos que foram silenciados ao longo da
história;
Apresentar a diferença como “vantagem-pedagógica”;
Estimular a construção do prazer pela leitura;
Desenvolver a apropriação da leitura por meio do registro escrito e visual;
Identificar o emprego de advérbios de tempo e lugar na construção de narrativas de diferentes
origens.
Recursos utilizados:
Livros selecionados;
Cadernos (antigos em boas condições ou novos) e materiais de papelaria para confecção dos
diários de leitura;
Folhas, canetinhas, lápis de cor e outros materiais para construção de releituras ilustradas das
narrativas.
Passo a passo:
Leitura inicial do próprio livro.
Confeccionamos os diários de leitura. Em seguida, foram realizadas rodas semanais para trocas de
livros: durante seis semanas, toda segunda-feira, os alunos trocavam os livros e levavam um novo para
casa. Cada aluno deveria escolher um capítulo do novo livro para ler e registrar no diário as suas
impressões a partir de uma pergunta motivadora.
Os alunos também criaram releituras ilustradas das narrativas.
Tempo de duração:
Período da terceira certificação.
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CONHECENDO MACHADO DE ASSIS EM HQ
Aira Suzana Ribeiro Martins
6ºAno do Ensino Fundamental II
Campus Humaitá II
Apresentação:
Projeto de leitura e produção textual a partir da obra “Machado de Assis caçador de monstros”, de
Marcelo Alves e Sami Souza, Primal Studio, 2016. O projeto buscou levar os alunos de 6º ano a conhecer o
escritor Machado de Assis em uma obra no gênero HQ, na qual se misturam fatos biográficos e ficcionais.
Objetivo Geral:
Levar o aluno a tomar conhecimento das principais características do gênero HQ e também conhecer a
figura do escritor Machado de Assis.
Objetivos Específicos:
Levar o aluno a:
Pesquisar os fatos históricos e sociais do Rio de Machado que aparecem na obra: o comércio
entre Brasil e Inglaterra, a escravidão, a herança da cultura africana, como a capoeira.
Pesquisar sobre os principais prédios e locais de importância histórica localizados no Rio de Janeiro,
como o Paço Imperial, a Quinta da Boa Vista , o Aqueduto, o Jardim Botânico e a Biblioteca
Nacional.
Levar o aluno a conhecer os principais personagens da obra de Machado de Assis.
Conhecer uma obra de Machado de Assis: Conto de Escola.
Recursos utilizados:
Computador
Internet
Livros
Papel
Caneta hidrocor
Passo a passo:
Pesquisa sobre a vida do escritor Machado de Assis.
Contextualização da obra por meio de pesquisas em grupos.
Leitura da obra.
Conversa com o autor.
Elaboração de um texto narrativo em se deu continuidade à obra.
Elaboração de um roteiro em grupo.
Confecção de uma HQ a partir do roteiro criado anteriormente.
Tempo de duração:
2 meses
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HEROÍNAS NEGRAS BRASILEIRAS
Caroline da Matta e Sílvia Barros
6º ano do Ensino Fundamental
Campus Tijuca II
Apresentação:
Este projeto consistiu na produção de revistas sobre mulheres negras brasileiras importantes na história e na
contemporaneidade. Foi desenvolvido a partir da leitura dos cordéis que integram a coletânea Heroínas
negras brasileiras em 15 cordéis, de Jarid Arraes, nas turmas de 6º ano, durante a 2ª certificação.
Objetivo Geral:
Reconhecer o cordel como importante expressão poética da cultura popular brasileira
Objetivos Específicos:
Reconhecer os elementos da poesia
Valorizar a cultura popular
Identificar a presença de substantivos e adjetivos na construção das personagens
Resgatar a memória de mulheres negras importantes da nossa história
Recursos utilizados:
Livro selecionado
Material (impresso ou não) para elaborar as revistas
Passo a passo:
Leitura dos cordéis com atenção à forma e ao ritmo
Divisão das turmas em grupos
Seleção das personagens que seriam tema das revistas (as turmas da manhã escolheram
personalidades negras diferentes das que são retratadas no livro; as turmas da tarde sortearam as
personagens do próprio livro para elaborar o trabalho).
Exposição dos trabalhos na Festa Literária da Tijuca (FLIT) e na Expo 6º ano.
Tempo de duração:
O período da 2ª certificação.
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A HISTÓRIA DA RESISTÊNCIA AFRICANA NA VOZ DO NEGRO
Aira Suzana Ribeiro Martins
6ºAno do Ensino Fundamental II
Campus Humaitá II
Apresentação:
Projeto de leitura e produção textual a partir da obra “Lendas de Dandara”, de Jarid Arraes, Ed.
Cultura, 2016. O projeto buscou levar os alunos a conhecer uma parte de nossa história normalmente
contada pela voz do colonizador.
Objetivo Geral:
Levar o aluno a se conscientizar de fatos importantes de nossa história e a refletir sobre suas consequências
presentes na sociedade atual.
Objetivos Específicos:
Levar o aluno a:
Conhecer as principais características do mito e da lenda.
Conhecer as principais características do texto narrativo.
Conhecer a cultura e os mitos africanos.
Refletir sobre as heranças da cultura africana nos hábitos e costumes brasileiros, como o
vocabulário, a alimentação, as crenças, a música, as danças e as lutas.
Elaboração de um texto narrativo.
Recursos utilizados:
Livro
Internet
Papel
Caneta hidrocor
Passo a passo:
Pesquisa sobre a escritora Jarid Arraes.
Pesquisa sobre mitos e lendas.
Contextualização da obra.
Leitura de “As lendas de Dandara”.
Criação de uma lenda de Dandara.
Ilustração da obra
Leitura do conto “ Pai contra mãe”, de Machado de Assis.
Tempo de duração:
1 mês
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Jeremias: Pele
Sílvia Barros e Caroline da Matta
6º ano do Ensino Fundamental
Campus Tijuca II
Apresentação:
Este trabalho foi desenvolvido a partir da HQ Jeremias: Pele, de Rafael Calça e Jeferson Costa, que traz
Jeremias, personagem negro, secundário no universo da Turma da Mônica, como protagonista.
Objetivo Geral:
- Reconhecer os aspectos verbais e visuais da narrativa em quadrinhos
Objetivos Específicos:
- Relacionar discurso direto e indireto a partir das falas inseridas em balões nas HQ;
- Reconhecer sentimentos e emoções a partir dos aspectos visuais do texto;
- Refletir sobre o racismo;
- Discutir sobre as relações raciais presentes na escola e presentes na sociedade como um todo.
Recursos utilizados:
- Livro Jeremias: Pele
- Material para produção de cartazes
Passo a passo:
- Leitura integral do livro selecionado
- Discussão prévia sobre os pontos mais importantes da narrativa
- Elaboração de cartazes e exibição dos mesmos nos corredores da escola
- Produção de texto sobre as temáticas abordadas no livro
Tempo de duração:
- Dois meses durante a 1ª certificação.
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CAMPANHAS DE CONSCIENTIZAÇÃO: ESTUDAR E CRIAR TEXTOS REAIS
Yandara Virginia Ribeiro Costa Moreira
7º ano do Ensino Fundamental
Campus Engenho Novo II
Apresentação:
O Projeto ensejou estudar o uso dos verbos no modo imperativo em vários gêneros textuais, como
manuais de instrução, receitas culinárias, etiquetas de roupa, anúncios publicitários e campanhas de
conscientização, com foco e aprofundamento neste último.
Foi proposto aos alunos que criassem cartazes de uma campanha de conscientização, cujo público-alvo
fosse a própria comunidade escolar e o objetivo principal fosse incentivar o consumo sustentável de vários
recursos usados na escola. Os alunos deveriam pesquisar as causas de desperdício (de água, de materiais
de escritório e energia elétrica, por exemplo), coletando dados junto a setores administrativos,
principalmente Prefeitura, Setor de Finanças e Direção Administrativa, que pudessem oferecer informações
oficiais sobre as receitas e as despesas relacionadas a esses materiais e recursos diversos.
Os cartazes dos alunos ocuparam locais do campus estrategicamente escolhidos, sobretudo pelo seu
conteúdo. Por exemplo, um cartaz sobre desperdício de papel higiênico foi colado no banheiro do prédio
principal, enquanto os que apontavam para necessidade de economia de energia foram afixados em
vários ambientes, mas sempre próximos a interruptores de luz ou de ar condicionado.
Objetivo Geral:
Compreender as características fundamentais do gênero textual campanha de conscientização,
entre as quais se destacou o uso de verbos no modo imperativo. O projeto permitiu, ainda, apresentar, em
linhas gerais, a organização administrativa da instituição – ao escutarem o termo “Prefeitura”, muitos
alunos de sétimo ano acreditavam haver alusão à Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, e não ao setor
do campus Engenho Novo II responsável pela manutenção do funcionamento adequado da infraestrutura
da escola. Além disso, a escrita foi concebida como ato de linguagem, com objetivos claros e dirigida a
leitores reais. Os alunos produziram textos, portanto, não artificiais, não exclusivamente feitos para a
avaliação do professor; funcionais, relacionados ao ambiente escolar no qual estão inseridos; e
formalmente adequados, por respeitar aspectos importantes da superfície do texto, como a disposição de
informações de modo a evitar que o cartaz se tornasse inespecífico ou infantilizado.
Objetivos Específicos:
Compreender as características fundamentais do gênero textual campanha de conscientização.
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Apresentar, em linhas gerais, a organização administrativa dos campi do Colégio Pedro II.
Instruir, em linhas gerais, a respeito de processos burocráticos conduzidos pelos funcionários
técnicos, como aquisição de bens e pagamentos de contas às concessionárias de serviços
essenciais.
Desenvolver habilidades de escrita textual, a partir das etapas de planejamento, execução e
revisão dessa escrita.
Produzir textos para leitores reais da comunidade escolar.
Recursos utilizados:
Datashow adequado para exibição de slides.
Slides.
Panfletos oficiais de campanha de conscientização sobre aedes aegypti, produzido por Secretaria
de Saúde.
Material didático impresso.
Folhas ou cartazes, em tamanho A3, como suporte da campanha de conscientização.
Auxílio dos funcionários da Prefeitura, do Setor de Finanças, da Direção Administrativa e
Pedagógica na disponibilização de dados para a pesquisa prévia dos alunos sobre receitas e
despesas básicas do campus.
Auxílio dos alunos de PIBID Português-Literaturas da UFRJ e dos discentes de estágio regular da UFRJ.
Passo a passo:
As aulas sobre modo verbal imperativo em gêneros textuais diversos priorizaram o uso de textos
autênticos, apresentados aos alunos, portanto, na sua configuração física original, conforme circulam nos
meios sociais. Analisaram-se manuais de instrução de eletrodomésticos, saquinhos de vômito da empresa
de aviação GOL com instruções de uso, etiquetas de roupa. Réplicas de anúncios publicitários também
foram objeto de estudo, reproduzidas em slides e no material didático impresso. Às campanhas de
conscientização dedicou-se tempo maior, inicialmente, averiguando as características recorrentes do
gênero – como o uso de verbos no imperativo e de frases de impacto; a presença de imagens ou
ilustrações; a identificação do autor em geral por meio de logomarca; entre outras –, e, posteriormente,
sistematizando perguntas em material didático impresso, respondidas por escrito como resultado às
interações entre alunos e professora.
Esse convívio mais aprofundado e reiterado com o gênero textual propiciou a apresentação da
proposta de escrita aos alunos, que deveriam dividir-se em grupo e criar uma campanha de
conscientização com o objetivo de educar a comunidade escolar a controlar gastos. Os grupos
escolheram apenas um recurso para abordar: o consumo de energia elétrica; ou água; ou materiais de
limpeza; ou de higiene; ou de escritório; ou a conservação os equipamentos e bens permanentes.
Recomendou-se a consulta sobretudo aos funcionários técnicos da Prefeitura do campus ou do Setor de
Finanças, uma vez que eles poderiam oferecer informações concretas e oficiais sobre como os materiais,
bens e serviços são adquiridos ou contratados para manter a escola. A campanha, afinal, precisaria estar
relacionada a necessidades reais de economia. Dessa consulta, os alunos apresentaram, em folha
separada, as suas fontes de pesquisa e mostraram como planejaram o cartaz, registrando o assunto da
campanha, o público-alvo, os dados numéricos coletados. Notou-se, nessa etapa, a importância de os
alunos reconhecerem a função desses setores administrativos. Para muitos, foi a primeira vez que se
desviaram de sua rotina entre pátio e sala de aula para observar onde os técnicos trabalham (“onde fica
a Prefeitura?” foi uma pergunta frequente) e compreender a lógica necessariamente burocrática de
funcionamento de uma instituição pública, que em muito difere da lógica doméstica com a qual os alunos
têm mais ou menos familiaridade. Como a procura pelos técnicos ocorreu reiteradas vezes, o chefe do
Setor de Finanças do campus, Linderson de Lima Rangel, foi convidado a visitar uma aula de Português em
cada turma e expor a todos os alunos as principais tarefas e demandas do setor. Cifras altas em dinheiro,
expostas em planilhas por Linderson, foram vistas com muita surpresa e interesse pelos alunos, que
formularam vários questionamentos.
Os grupos, por fim, planejaram e reescreveram a campanha em rascunhos. Após prazo combinado
previamente para entrega dos cartazes em sua feição final, apresentaram oralmente, em sala de aula,
como construíram o cartaz, quais foram os objetivos da campanha e as fontes de pesquisa usadas e ainda
sugeriram onde o cartaz deveria ser estrategicamente exposto, conforme o tema. Por exemplo, se a
campanha abordasse o desperdício de folhas de papel ofício, o grupo poderia afixar o cartaz em uma
parede próxima à Reprografia.
Tempo de duração:
Um trimestre.
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PAINÉIS POLICIAIS “O ESCARAVELHO DO DIABO”
Milena Eich
Yandara Virginia Ribeiro Costa Moreira
7º ano do Ensino Fundamental
Campus Engenho Novo II
Apresentação:
No primeiro trimestre de 2018, as turmas de sétimo ano (701, 703, 702 e 704) receberam como
proposta de trabalho das professoras de Português, Yandara Moreira e Milena Eich, a realização de um
painel policial com base nas pistas dos crimes que ocorrem na narrativa de “O escaravelho do diabo”, de
Lúcia Machado de Almeida, livro da conhecida Série Vagalume.
Essa proposta foi inspirada nos filmes e séries de thriller criminal, nos quais geralmente o espectador
acompanha a investigação pelo olhar do detetive, tentando compreender as pistas deixadas pelo
assassino. Nesse mesmo gênero cinematográfico, são frequentes as sequências em que se exibe um painel
onde estão expostos diversos elementos (fotos da perícia, notícias de jornal, palavras-chave, retrato falado
etc.) que foram reunidos ao longo da investigação.
Os trabalhos dos alunos, por sua aprimorada execução, ganharam uma exposição na entrada do
prédio principal da escola.
Objetivo Geral:
Estimular a leitura literária da obra “O escaravelho do diabo”, na qual o leitor acompanha o
envolvimento leigo e obstinado do protagonista Alberto na investigação dos crimes que assolam a cidade
de Vista Alegre e atingem seu irmão Hugo. Os conhecidos recursos e conteúdos da literatura policial, nessa
obra, aparecem adequados ao universo infanto-juvenil: os crimes, a investigação, as pistas falsas, a
revelação do assassino.
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A escolha por relacionar a literatura policial ao cinema do mesmo gênero se justifica pela
recorrência com que essas linguagens retratam personagens obcecados pela apuração de crimes.
Importante destacar que o filme homônimo à obra de Lúcia Machado de Almeida, embora tenha sido
mencionado, não guiou, ao longo do projeto, o tipo de relação abordada entre cinema e literatura. Ou
seja, o foco não foi a adaptação cinematográfica, mas sim as possíveis semelhanças entre realizações do
gênero policial nessas duas formas artísticas.
Objetivos Específicos:
Estimular habilidades de leitura literária.
Promover leituras compartilhadas.
Apresentar o romance selecionado como exemplar da literatura policial.
Apresentar brevemente o cinema policial, suas características fundamentais e recursos estéticos
mais frequentes.
Enriquecer a experiência do aluno como espectador, tentando ultrapassar o seu mero processo de
identificação com os filmes.
Recursos utilizados:
Datashow e som adequados para exibição de slides e vídeos.
Slides.
Material didático impresso.
Sequências cinematográficas (trechos cortados de seus filmes de origem).
Auxílio da Direção Pedagógica do campus na sugestão e viabilização da exposição dos painéis
policiais.
Auxílio da equipe de docentes de Artes na concepção de uma exposição-instalação.
Passo a passo:
Num primeiro momento, foram feitas aulas expositivas sobre a literatura policial, chamando
atenção para seus elementos típicos e sua filiação à tradição literária estrangeira, da qual se destacaram
nomes como Arthur Conan Doyle, Agatha Christie, Raymond Chandler, Dashiell Hammet, Patricia
Highsmith. Também foram apresentados alguns modelos dessa literatura, as chamadas narrativas
whodunnit?, noir, de serial killer e de thriller psicológico, exemplificadas com breve leitura de alguns
trechos.
Como vários desses enredos se tornaram adaptações cinematográficas, a apresentação do
cinema policial se deu concomitantemente à da literatura policial, com especial destaque ao cinema
noir, cuja estética marcante rende até hoje derivados, inclusive em clipes musicais. Por isso, nos slides
usados, há desde trechos citados de “As aventuras de Sherlock Holmes”, de Arthur Conan Doyle a planos
do filme “O Falcão Maltês”, de John Huston, ou do clipe “Smooth criminal”, de Michael Jackson.
Esse primeiro momento permitiu que os alunos fossem introduzidos ao universo da ficção policial e tivessem
prazo suficiente para acessar a obra (adquirindo, pegando emprestado, ou mesmo baixando em PDF,
disponível na internet) “O escaravelho do diabo”, selecionada como leitura literária da primeira
certificação.
Com o livro agora nas mãos, realizou-se leitura compartilhada em sala de aula, em geral distribuída
entre alunos e professora. Esta assumia voz de narrador e os alunos encarnavam vozes dos personagens.
Esse artifício permitiu que a professora demonstrasse modulações importantes da linguagem literária
através de sua prosódia e conduzisse a leitura com fluidez e expressividade favoráveis ao entendimento
do enredo, sem preterir a necessidade de desenvolver a leitura oral em voz alta dos alunos. O primeiro
capítulo, “O mensageiro da morte”, motivou, ainda, exercícios sistematizados em material impresso e
respondidos por escrito, que abrangeram os princípios para análise do gênero policial e do enredo em si
mesmo: o protagonista, projetado claramente como o investigador leigo obstinado; o narrador onisciente;
o primeiro crime de um provável serial killer; e o vocabulário próprio das narrativas policiais. Também foram
sistematizados por escrito exercícios a partir do capítulo 18, “A sombra”, onde ocorre a segunda aparição
do assassino e o narrador manifesta novamente sua onisciência, dessa vez para descrever as sensações
de paixão amorosa do protagonista Alberto, comparando-as com a imagem do quadro “Os namorados”,
de Marc Chagall. Esse capítulo se encerra com um tiro, cena propositalmente descrita de modo a não
identificar o autor do disparo, estratégia também analisada em sala de aula.
O projeto, então, passou a se dedicar novamente ao cinema, tendo como foco o personagem do
investigador obsessivo, já apresentado às turmas na literatura pela figura do protagonista Alberto, de “O
escaravelho do diabo”. Exibiram-se algumas cenas de filmes e séries policiais, sempre observando a
adequação do conteúdo da cena à faixa etária dos espectadores, como “O silêncio dos inocentes”, do
diretor Jonathan Demme, “True Detective”, de Cary Fukunaga, e “O mecanismo”, de José Padilha. As
sequências escolhidas culminavam reiteradamente na imagem de um quadro ou de um mural onde
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estavam concentradas as diretivas da investigação: setas que conectavam fotos de suspeitos, notícias de
jornal, palavras-chave etc.
Essas cenas propiciaram a formalização da proposta de trabalho aos alunos. Divididos em trios, eles
deveriam criar um painel policial, de acordo com o enredo da obra “O escaravelho do diabo”,
imaginando que Alberto, junto a outro personagem, o investigador oficial Pimentel, montaria esse mural
investigativo. Sugeriram-se como elementos para compor esse painel os dados textuais espalhados pela
narrativa de Lúcia Almeida (por exemplo, as notícias sobre os crimes, os bilhetes deixados propositalmente
pelo serial killer) e algumas imagens criadas pelo trio a partir das descrições presentes na obra (o retrato
falado do criminoso, as imagens dos embrulhos com os escaravelhos, as fotos de cenas de crime e da
“fantasia” usada pelo assassino, o mapa da cidade de Vista Alegre, com destaque para os locais dos
crimes).
Os alunos apresentaram oralmente seus painéis, mostrando os crimes que resolveram destacar e as
motivações para escolha e produção das imagens, bem como os sentidos de suas setas ou barbantes
ligando informações investigativas. Num dos grupos, as alunas envolveram-se tanto com a ideia que
realizaram a apresentação oral como peritas, vestiram luvas e levaram saquinhos para isolar os objetos das
cenas dos crimes de “O escaravelho do diabo”.
Os trabalhos ganharam uma exposição na entrada do prédio principal da escola. Foi possível, com auxílio
da equipe de professores de Artes, conceber uma exposição-instalação: os painéis foram exibidos no local
montado como uma cena de crime, com fitas de isolamento e marcas do contorno do “corpo da vítima”
no chão, a ser “periciada” pelos visitantes. Um convite ao olhar da comunidade escolar, que também
poderia despertar para as narrativas policiais na literatura e no cinema.
Tempo de duração:
Um trimestre
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A ALMA ENCANTADORA DAS RUAS: EXERCITANDO O OLHAR SOBRE A CIDADE
Eliane Mello
8º ano do Ensino Fundamental
Campus Tijuca II
Apresentação:
A partir do estudo das características do gênero crônica, a turma 801 foi dividida em grupos, os
quais ficaram responsáveis por fazer uma pesquisa sobre a cidade do Rio de Janeiro do final do século XIX
e início do XX. Assim como fez João do Rio, os alunos foram convidados a flanar pela cidade, observando
ruas e bairros, construções, transeuntes, estudantes e trabalhadores que diariamente se aglomeram nos
transportes públicos ou circulam anônimos pelos grandes centros urbanos.
Objetivo Geral:
Reconhecer as características do gênero crônica;
Observar a importância do cotidiano como temática para a confecção de crônicas.
Objetivos Específicos:
Pesquisar sobre um aspecto relevante na composição da cidade;
Produzir vídeos a partir de um dos aspectos observados.
Recursos utilizados:
Material impresso;
Recursos áudio visuais (slides, vídeos, músicas).
Passo a passo:
Leitura de algumas crônicas de João do Rio;
Apresentação de PowerPoint sobre o autor e algumas características da coletânea A alma
encantadora da rua;
Divisão da turma em grupos e distribuição dos temas. meios de transporte; vestuário masculino,
feminino e infantil; profissões;
Construções e geografia; entretenimento; língua e variações linguísticas utilizadas pelo povo;
espaços de resistências culturais.
Apresentação dos vídeos na FLIT.
Tempo de duração:
2 meses (2ª certificação).
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CP2 CHECAGEM DE FATOS
Victor Figueiredo Souza Vasconcellos
8º ano do Ensino Fundamental
Engenho Novo II
Apresentação:
Um dos grandes dilemas do nosso tempo é como realizar a seleção de dados obtidos a partir do
meio digital. Cm um volume quase infinito de informações, torna-se vital para todos uma eficaz verificação
do conhecimento obtido nas novas mídias. Além disso, como produzir o melhor conteúdo para esse meio,
tendo como parâmetro de comparação qualitativa o jornalismo clássico? Tendo esses dilemas como
norte, o projeto visa desenvolver uma agência de checagem de fatos e de produção de matérias de
cunho jornalístico para o campus Engenho Novo. Para isso, reflexões teóricas sobre jornalismo e atuação
prática em apuração de fatos têm sido feitas juntamente com os alunos integrantes do projeto.
Objetivo Geral:
Produzir conteúdo de verificação de fatos que envolvam a comunidade escolar e produzir notícias
que sejam relevantes para essa comunidade.
Objetivos Específicos:
Desenvolver as habilidades de interpretação e escrita de texto dos alunos participantes.
Ampliar a capacidade de os alunos selecionarem dados e informações no meio digital.
Produzir conteúdo de qualidade que envolva a comunidade escolar do Engenho Novo II.
Desenvolver as habilidades de checagem e de curadoria de conhecimento dos alunos
participantes.
Recursos utilizados:
Textos teóricos sobre a importância do jornalismo e sobre checagem de fatos.
Computador multimídia para a exposição de conceitos.
Laboratório de Informática para a exploração digital de conteúdo.
Passo a passo:
O projeto se iniciou com a seleção dos alunos bolsistas. Eles tiveram que pesquisar notícias falsas e
escrever um texto sobre a importância da checagem de fatos. Em um segundo momento, os alunos
bolsistas e os voluntários fizeram um debate sobre o que é o jornalismo e sobre sua importância política na
democracia. Em seguida, a parte prática do projeto começou com a produção de conteúdo para a
comunidade escolar.
Tempo de duração
6 meses (em andamento)
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BIBLIOTECA EM SALA DE AULA
Jorge Luiz Marques de Moraes
9º ano do Ensino Fundamental
Campus Engenho Novo II
Apresentação:
Um baú, vários livros, muitas emoções. Esses são os ingredientes do projeto “Biblioteca em Sala de
Aula” que aproximou a leitura dos estudantes do 9º ano do Campus Engenho Novo II. A iniciativa mostra
que, muitas vezes, ações aparentemente simples são altamente eficazes para intensificar o interesse dos
jovens pela Literatura.
Objetivo Geral:
Desenvolver o hábito da leitura entre adolescentes.
Objetivos Específicos:
A) Compartilhar impressões de leitura;
B) desenvolver a expressão escrita;
C) desenvolver o caráter crítico do jovem leitor.
Recursos utilizados:
Livros usados e baú de tamanho médio.
Passo a passo:
O projeto consiste, basicamente, no depósito de baús contendo livros diversificados nas salas das
turmas do 9º ano. Ao levar as obras às salas, o professor surpreendeu-se com o interesse que elas
suscitaram nos estudantes. Ter os volumes mais próximos, poder manuseá-los, comentar posteriormente
com o colega de sala talvez sejam algumas explicações plausíveis para o sucesso imediato da iniciativa.
Após o término da leitura, os estudantes tiveram a sua disposição fichas que deveriam ser
preenchidas e entregues ao professor. Posteriormente, esse material foi disponibilizado à toda a turma, de
modo que as impressões da fruição artística fossem devidamente compartilhadas.
Tempo de duração:
1 trimestre
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JORNAL MURAL: A NOTÍCIA EM SALA DE AULA
Jorge Luiz Marques de Moraes
9º Ano do Ensino Fundamental
Campus Engenho Novo II
Apresentação:
O Jornal Mural aproxima os alunos da leitura em plataformas físicas. Em tempos de fake news, o
projeto também questiona a fidedigna das fontes a que consultamos.
Objetivo Geral:
Redescobrir o prazer de manusear o jornal físico e estabelecer a leitura de textos mais
aprofundados do que se encontram na ligeireza do universo digital.
Objetivos Específicos:
A) Refletir acerca das fontes de notícias a que temos acesso.
B) Observar manchetes, leads e textos, destacando o caráter editorial de cada jornal.
C) Analisar a manipulação linguística presente em textos supostamente “isentos”.
Recursos utilizados:
Jornais, revistas e murais fixos das salas de aula.
Passo a passo:
A) Montagem coletiva do Jornal Mural;
B) seleção das seções que compõem o Jornal Mural;
C) rodízio das notícias selecionadas pelos estudantes, de modo a manter o Jornal Mural sempre
atualizado.
Tempo de duração:
1 trimestre.
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ADMIRÁVEL JÚRI
Adriana Armony, Ana Cláudia Colombo (Ciências) e Eric Assis (História)
Campus Humaitá II
Apresentação:
Realização de um tribunal do júri simulado com personagens do livro Admirável Mundo Novo, de
Aldous Huxley, leitura do 2º trimestre de 2018, em um trabalho interdisciplinar de Língua Portuguesa com
Ciências e História.
Em anexo a este relatório pode-se encontrar a proposta de trabalho na íntegra.
Objetivo Geral:
Desenvolver a competência argumentativa, especialmente na modalidade oral da língua, a partir
da reflexão sobre temas científicos e históricos.
Objetivos Específicos:
Promover reflexões e discussões sobre ética na Ciência.
Promover reflexões e discussões sobre sociedades autoritárias e controladas.
Estabelecer relações entre a distopia do romance e a sociedade atual.
Exercitar a capacidade de elaborar argumentos e contra-argumentos sobre temas relativos a Ética
.
Desenvolver habilidades relativas ao trabalho em grupo.
Recursos utilizados:
A atividade foi realizada com recursos da própria escola (auditório) e dos alunos (cenário /
figurino).
Passo a passo:
Planejamento da atividade: reuniões com equipe de Biologia e História para definição da
dinâmica do projeto
Divulgação e orientação aos estudantes quanto à proposta de trabalho
Organização dos grupos
Trabalho em sala, nas aulas das três disciplinas envolvidas
Preparação do espaço da atividade (auditório)
Realização do júri simulado
Definição dos critérios de avaliação
Atribuição das notas aos grupos
Produção de texto individual (na disciplina de Língua Portuguesa): carta argumentativa do réu
Tempo de duração:
A preparação da atividade teve início na primeira semana de agosto e a atividade ocorreu no dia
3 de setembro de 2018.
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FORMAÇÃO DE PLATEIA
Jorge Marques e Tainã Amaro
9º ano do Ensino Fundamental
Campus Engenho Novo II
Apresentação:
Os alunos do 9º ano E. F. tiveram a oportunidade de assistir ao musical “Pippin”, no Teatro Clara
Nunes.
Objetivo Geral:
Levar ao teatro um grupo de alunos que possuía pouca ou nenhuma vivência teatral.
Objetivos Específicos:
A) Oportunizar aos alunos a vivência em um espaço cultural de qualidade;
B) construir entre os estudantes o hábito de frequentar o teatro;
C) conhecer espaços diversos da cidade onde os alunos vivem.
Recursos utilizados:
Ônibus para transporte.
Passo a passo:
Os alunos assistiram ao espetáculo “Pippin” e, ao final da apresentação, tiveram a oportunidade
de conversar com parte do elenco.
Tempo de duração:
Um dia.
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CINECLUBE
Daniel Moutinho, Eliane Mello e Laura Lima
6º, 7º e 8º anos do Ensino Fundamental
Campus Tijuca II
Apresentação:
Este projeto está associado ao NUPART (Núcleo de Pesquisa e Arte), coordenado pela professora
Dilma Mesquita. Neste semestre, o cineclube ficou a cargo da professora Laura Lima, que organizou três
encontros com os alunos. Como as temáticas escolhidas para discussão foram desigualdade social,
preconceito, racismo e intolerância, o grupo assistiu aos filmes “Era uma vez” (Breno Silveira), “O menino do
pijama listrado” (Mark Herman) e “Corra!” (Jordan Peele).
Objetivo Geral:
Desenvolver um espaço em que os alunos possam valorizar o cinema e refletir sobre as temáticas
abordadas, por meio da instituição de um ambiente de debate, criação e reflexão.
Objetivos Específicos:
Refletir sobre temas contemporâneos;
Estimular uma leitura crítica da realidade.
Recursos utilizados:
Filmes
Textos para estimular o debate
Passo a passo:
Exibição do filme
Leitura de textos que dialogavam com as temáticas discutidas
Debate
Tempo de duração:
- Encontros de 3h (das 9h30 às 12h30), com espaço para debate após o filme.
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CINECLUBE CP2
Yandara Virginia Ribeiro Costa Moreira
8º e 9º anos do Ensino Fundamental
Campus Engenho Novo II
Apresentação:
Este Projeto, criado como Iniciação Científica Júnior, pretendeu abrir espaços no Colégio Pedro II
para se pensar o cinema para além do viés temático. Desenvolve-se um trabalho de orientação voltado
para a realização de leituras fílmicas que também considerem a especificidade da linguagem do cinema
e se dediquem aos seus aspectos formais, muitas vezes preteridos em nome de um entendimento do filme
concentrado em sua mensagem, em seu conteúdo. O Projeto reconhece, além disso, a importância de
aprofundar o capital cultural dos alunos e também de aproximá-los de um acervo fílmico que, embora
possa estar inserido na lógica comercial (como os chamados blockbusters), estimula a formação de um
tipo de espectador capaz de justificar sua audiência pelo seu entendimento, pelo seu olhar analítico e
amadurecido que ultrapassou a mera reação aos robustos apelos desse mercado cinematográfico.
Objetivo Geral:
A finalidade do Projeto é ativar novas habilidades leitoras dos alunos em relação ao cinema e às
particularidades da sua linguagem na construção de sentidos. E promover a leitura e escrita de textos,
conhecidos como críticas de cinema. Ao apresentar formas cinematográficas – planos, planos-sequência,
uso de sons diegéticos, montagem, paleta de cores, movimentos de câmera, enquadramentos, cortes,
raccords, mise-en-scène, figurinos, entre outros recursos – como sendo elas mesmas criadoras de
conteúdos significativos, espera-se proporcionar aos alunos a abertura de novos canais de conhecimento
e compreensão a respeito do cinema, permitindo-lhes ultrapassar a sua compreensão intuitiva e, muitas
vezes, vaga.
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Objetivos Específicos:
Promover a exibição de filmes diversos e criar a prática de cineclubismo no ambiente escolar.
Construir debates a partir dos filmes exibidos, com a eventual participação de convidados
especialistas.
Enriquecer a experiência do aluno como espectador-leitor de filmes, tentando transcender o seu
mero processo de identificação com as obras.
Instrumentalizar os alunos, com conhecimento teórico e crítico básico, para articular
adequadamente forma e conteúdo no contato com o cinema.
Apresentar aspectos relevantes sobre a história do cinema.
Questionar a fabricação do gosto do espectador pela própria indústria do cinema.
Expor os alunos ao contato com resenha críticas escritas de cinema, tornando familiares as
características desse gênero textual.
Orientar os alunos na produção de breves resenhas críticas de cinema.
Recursos utilizados:
Datashow e som adequados para exibição de slides e filmes.
Críticas de cinema publicadas em jornais impressos e em sites especializados
Textos teóricos sobre cinema.
Sequências cinematográficas (trechos cortados de seus filmes de origem).
Aulas expositivas de profissionais críticos de cinema.
Passo a passo:
O grupo de bolsistas se reúne com a professora orientadora uma vez por semana, todas as
segundas-feiras. Selecionado o filme do mês, a obra é discutida e analisada com foco nos seus recursos
formais e nos sentidos criados por tais recursos, junto à leitura de breves textos teóricos sobre cinema,
devidamente adequados à faixa etária dos alunos integrantes, através de compilação e adaptação de
excertos, como ocorreu com o “Dicionário teórico e crítico de cinema”, de Jacques Aumont e Michel
Marie, que teve alguns de seus verbetes estudados pelo grupo.
Na última segunda-feira do mês, a exibição na íntegra do filme é realizada na escola, em sessão aberta,
com prévia divulgação à comunidade, convidada a participar também do debate conduzido pelos
alunos bolsistas do Projeto.
Tempo de duração:
Um semestre
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O RIO DO SAMBA: RESISTÊNCIA E REINVENÇÃO
Jorge Marques e Tainã Amaro (9º ano E.F.), Máxima Gonçalves (Forum de Estudos
Etnicorraciais do Campus Engenho Novo II), José Antonio (Educação Musical)
9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio
Campus Engenho Novo II
Apresentação:
Os alunos visitaram a exposição “O Rio do Samba: resistência e reinvenção”.
Objetivo Geral:
Aprofundar contato entre a etnia negra e a formação do gênero samba.
Objetivos Específicos:
A) Conhecer o Museu de Arte do Rio, espaço ainda não visitado por grande parte dos estudantes;
B) correlacionar a construção do samba aos movimentos de resistência dos negros na sociedade
brasileira;
C) apresentar grandes ícones culturais da música brasileira aos estudantes.
Recursos utilizados:
Ônibus escolar.
Passo a passo:
Após a leitura e a análise do livro “Na minha pele”, de Lázaro Ramos, considerou-se oportuna a
visita à exposição supramencionada, visto que a temática etnicorracial, presente no livro, reconstrói-se e
ressignifica-se no espaço do museu.
Tempo de duração:
1 dia.
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ENCENANDO SHAKESPEARE
Jorge Marques e Tainã Amaro (Português), Ana Paula Deslandes (Inglês)
9º Ano do Ensino Fundamental
Campus Engenho Novo II
Apresentação:
Os alunos tiveram como desafio encenar cenas de William Shakespeare em Inglês adaptado para
jovens leitores.
Objetivo Geral:
Aproximar o alunado de texto teatral canônico.
Objetivos Específicos:
A) Desenvolver a oralidade do alunado;
B) aprimorar a autonomia dos estudantes e a capacidade de interagir em grupo;
C) oportunizar aos alunos a práxis teatral.
Recursos utilizados:
Textos de William Shakespeare adaptados em Inglês para jovens leitores; auditório; recursos cênicos
de baixo custo.
Passo a passo: (Fonte Times New Roman 10 – negrito)
A) Leitura e compreensão de textos de William Shakespeare;
B) análise dos recursos cênicos empreendidos pelo autor;
C) ensaio das passagens selecionadas e adaptadas, com o auxílio da monitora de Inglês;
D) encenação dos esquetes para a comunidade escolar.
Tempo de duração:
Um trimestre.
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CÍRCULO DE ESTUDOS TEATRAIS
André Caldas (Campus Humaitá II), Dilma Mesquita (Campus Tijuca II)
Jorge Marques e Tainã Amaro (Campus Engenho Novo II)
9º ano do Ensino Fundamental
Campus Engenho Novo II
Apresentação:
O gênero “teatro”, estudado no 9º ano EF, é, via de regra, ainda muito distante do alunado
adolescente. Não basta, portanto, apenas ler um texto de teatro com os alunos, mas apresentar a eles a
peculiaridade de um gênero que só se completa quando levado ao palco.
Objetivo Geral:
Construir uma visão ampla do gênero teatral, desde a leitura de um texto de referência, passando
pela apresentação de técnicas de encenação diversas.
Objetivos Específicos:
A) Identificar as peculiaridades do texto teatral;
B) aumentar o repertório de leitura do alunado;
C) introduzir a prática de oficinas no cotidiano escolar da Educação Básica.
Recursos utilizados:
Texto teatral e auditório do Campus Engenho Novo II.
Passo a passo:
Em sala de aula, os estudantes leram e analisaram o livro “Lisbela e o prisioneiro”, de Osman Lins.
Na ocasião, foram levantadas características específicas do gênero, como a ausência do narrador e a
utilização de rubricas. Em seguida, em dias diferentes, os professores André Caldas (Campus Humaitá II) e
Dilma Mesquita (Campus Tijuca II) desenvolveram oficinas de práticas teatrais com os estudantes. A
professora Dilma mediou “Teatro e Literatura – corpo, cena e espetáculo”, e o professor André Caldas
esteve à frente de “Como se fosse – ator e ação”. Em ambas as atividades, os estudantes tiveram papel
ativo no processo, subindo ao palco para realizar diversos exercícios que envolveram autoconhecimento
corporal, noção de espaço e construção de cenas.
Tempo de duração:
Um trimestre.
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NUPART
Dilma Mesquita de Lacerda Loureiro (coordenadora), Amanda Mesquita (Espanhol),
Carolina da Matta, Daniel Moutinho, Eliane Mello, Ingrid Mattos,
Julia Goulart Sereno (Inglês), Laura Lima, Luiza Schiavo Magalhães (Francês),
Niágara Cruz (Música), Silvia Barros
Ensino Fundamental e Ensino Médio
Campus Tijuca II
Apresentação:
O Nupart é o Núcleo de Pesquisa e Arte do Campus Tijuca II que tem como objetivo principal
estabelecer o diálogo entre as diferentes manifestações artísticas com a intenção de promover o hábito
da leitura e a capacidade de apreciar e valorizar o acesso democrático à arte e ao conhecimento dentro
de uma perspectiva interdisciplinar.
Objetivo Geral:
Promover a leitura do texto literário e também dos variados textos produzidos a partir de diferentes
manifestações artísticas.
Objetivos Específicos:
buscar a integração entre disciplinas e suas respectivas propostas
propiciar o debate e a pesquisa por um viés interdisciplinar
unificar ações e propostas vinculadas à pesquisa, à arte e às culturas
fortalecer ações ligadas à diversidade e à pluralidade de ideias e culturas no ambiente escolar
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Recursos Utilizados
material diverso que vai desde papel e livros a almofadas e iluminação cênica (utlizadas no Clube
de Leitura, na Oficina de Mulheres Negras na Literatura e na Oficina de Teatro, respectivamente)
Passo a passo:
reunião para definição de planejamento anual e troca de experiências
encontros com os alunos ao longo do ano, seguindo calendário pré – definido
preenchimento de formulários para prestação de contas da utilização da taxa de bancada (o
projeto está registrado na Propgepec – prestação de contas sob a responsabilidade da
coordenadora do Núcleo)
encontro final para avaliação das atividades desenvolvidas e planejamento para o ano seguinte
Tempo de Duração:
Ao longo do período letivo (lembrando que cada atividade dos sub-grupos de pesquisa tem seu
calendário e periodicidade próprios, previamente definidos pela equipe e amplamente divulgados no
Campus)
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OFICINA LIVRE DE TEATRO
Dilma Mesquita de Lacerda Loureiro
Ensino Fundamental e Ensino Médio
Campus Tijuca II
Apresentação:
A Oficina de Teatro conta com a adesão de 25 alunos distribuídos pelas mais diversas séries do
Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Nossos encontros são semanais, sempre às segundas – feiras, das
18:15 às 19:30.
Objetivo Geral:
Trabalhar, através de jogos teatrais, os textos literários comumente apresentados aos alunos em
suas aulas tradicionais, visando ainda à construção do espetáculo de final de ano do Grupo de Teatro
fazendo o Quê?
Objetivos Específicos:
apresentar o texto literário através do uso das ferramentas próprias do teatro
incentivar a pesquisa do texto dramático
apresentar novos autores aos alunos da oficina
promover a integração entre os estudantes, desenvolver a auto – estima, criar um ambiente
propício ao debate e ao diálogo
valorizar a criação e a livre expressão
Recursos Utilizados:
Os recursos vão desde as leituras de livros de teoria teatral ao figurino, passando pela iluminação
cênica e pela sonorização dos espetáculos
Passo a passo
As atividades são iniciadas no começo do ano letivo com a apresentação da proposta para os
interessados, registro dos frequentadores e definição do grupo fixo. Ao longo das oficinas, os membros do
elenco do grupo fixo de teatro são selecionados, tendo sempre como base o desempenho ao longo das
ativiades das oficinas
Tempo de Duração
As oficinas se estendem por todo o ano letivo.
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NEUROMANCERS – CLUBE DE LEITURA DE ROMANCES DE
FICÇÃO CENTÍFICA
Juliana Nascimento Berlim Amorim
8º ano do Ensino Fundamental a 3ª série do Ensino Médio
Campus Engenho Novo II
Apresentação:
O projeto objetiva desenvolver o prazer do texto literário nos alunos do campus, através da
chamada literatura de gênero. Foi motivado pelo interesse em promover paixão pela literatura através de
textos literários de maior apelo comercial, mas nem por isso menos complexos ou densos em seu fazer
estético.
Objetivo Geral:
Desenvolver a paixão pela literatura como objeto estético mobilizador da natureza humana.
Objetivos Específicos:
Aumentar a capacidade de leitura de textos literários, em especial narrativas longas;
Desenvolver o interesse por literatura de modo geral;
Estabelecer diálogos interdisciplinares com diferentes disciplinas, principalmente mas não
exclusivamente das Ciências Humanas;
Preparar os alunos orientandos para a escrita acadêmica e/ou criativa.
Recursos utilizados:
Livros da área de ficção científica, espaço da biblioteca do Campus e seu corpo técnico, salas do
Campus, auditório do Campus.
Passo a passo:
Encontros semanais com os alunos orientandos do projeto, para discussão de pontos importantes
do livro a ser apresentado publicamente no encontro mensal do mês seguinte. No mês seguinte, o livro
previamente discutido é mediado diante dos interessados da comunidade escolar, que podem ou não ter
lido o livro. A presença aos encontros varia, conforme o período do calendário escolar. Recebemos
também convidados, autores locais de ficção científica, bem como professores do colégio, que palestram
sobre o tema para o público presente.
Tempo de duração:
O projeto transcorrerá por tempo indeterminado, por se tratar de um clube de leitura.
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PORQUE MULHERES
Ana Cláudia Abrantes e Luciano Carvalho do Nascimento
Projeto CAIS (ciclo 1ª série do Ensino Médio
Campus Engenho Novo II
Apresentação
A violência (física e/ou simbólica) contra as mulheres é uma realidade nacional inaceitável. Diante
desse fato, na atividade “Porque mulheres”, três narrativas centradas em figuras femininas foram
apresentadas às alunas e alunos: a tragédia grega “Medeia” (de Eurípedes), o longa metragem “Mulher
Maravilha” (da diretora Patty Jenkins) e o conto “Amor” (de Clarice Lispector). As discussões que surgiram
a partir dessas narrativas levaram à construção de dois grandes textos de autoria coletiva: um banner e
um folder em que aparecem algumas das conclusões a que o grupo chegou depois desse longo processo
de reflexão.
Objetivo Geral:
Refletir sobre os vários “destinos de mulher” (cf. Clarice) – destinos a ela atribuídos ou por ela
assumidos– através dos tempos.
Objetivos Específicos:
Ler os textos literários “Medeia” (de Eurípedes) e “Amor” (de Clarice Lispector);
Assistir ao filme “Mulher Maravilha” (de Patty Jenkins);
Cotejar os três textos;
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Identificar sentidos possíveis para a expressão “destino de mulher”, presente no conto clariceano.
Recursos utilizados:
Material humano: os dois docentes e suas respectivas turmas (metodologia dialógica). Recursos
tecnológicos: “laranjão”, caixa amplificadora, cópias xerox dos textos verbais, acesso à internet nas salas
de aula (roteado a partir do plano de dados da linha telefônica dos docentes); DVD do filme “Mulher
Maravilha” (adquirido pelos docentes).
Passo a passo
O método, como já se afirmou, foi essencialmente dialógico (cf. Paulo Freire). “Medeia” foi texto
paradidático adotado no 1º ano do EM (1101). O longa “Mulher Maravilha” foi exibido em sala (para o
Cais 1), na íntegra, com interrupções para discussões sobre aspectos pontuais da narrativa. O conto
“Amor” foi objeto de uma leitura conjunta e “talmúdica” (Cais 1). Alunas das duas turmas foram reunidas
para discutir os textos à luz das idiossincrasias do “ser mulher”. Essas discussões foram norteadas pelo
pensamento feminista de Simone de Beauvoir (“O segundo sexo”) e de Djamila Ribeiro (“O que é lugar de
fala”). A partir dessas discussões, o banner e o folder foram construídos, também conjuntamente. Esse
material ficará em exposição no hall de entrada do prédio principal do campus ENII ao longo do Fórum de
Língua Portuguesa; as alunas envolvidas no trabalho final vão se revezar na “monitoria”, orientando os
visitantes na leitura do material.
Tempo de duração
Aproximadamente três meses.
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SARAU PROEJA
Maria Cecília Sousa de Moraes, Marcos Rogério Ponciano, Jorge José Veríssimo
Cristiano Marcell (Matemática)
Ensino Médio PROEJA
Campus Realengo II
Apresentação:
Neste ano, o Sarau PROEJA (19/10/2018) agregou a culminância de outras atividades pedagógicas: Feira
de troca de livros; Projeto Poesia no Caderno e Confraternização em homenagem ao dia dos professores.
Ao longo do primeiro semestre, os alunos foram incentivados a organizar um encontro de livre circulação
de trocas literárias, artísticas e culturais. Assim, o Sarau nasce da necessidade de reunir todos os alunos do
PROEJA, assim como professores e demais servidores do turno da noite, em um ambiente que acolha as
mais variáveis expressões culturais. E ainda, é uma oportunidade de fortalecer a integração dos alunos
novos da 1ª Série à instituição. Realizado na biblioteca do campus Realengo II, no bom estilo “microfone
aberto”, o Sarau contou com leituras de poesias autorais dos alunos, apresentações musicais, exposições
de trabalhos e roda de conversa sobre a reformulação curricular do PROEJA.
Objetivo Geral:
Promover um momento de socialização e de trocas artístico-culturais entre alunos e servidores que fazem
parte do PROEJA.
Objetivos Específicos:
Incentivar o hábito de leitura;
Estimular a escrita literária;
Oportunizar momentos de socialização no terceiro turno;
Ampliar a capacidade expressiva por meio das múltiplas linguagens;
Apresentar possibilidades de aprendizado em outros espaços da escola, além da sala de aula.
Recursos utilizados:
Apoio da Direção do PROEJA e da bibliotecária Surya para a realização da atividade; participação do
corpo docente, em especial, do professor Cristiano Marcell, de Matemática, por sua afetiva contribuição
musical.
Recursos materiais: caixa de som e microfone.
Tempo de duração:
1º semestre de 2018.
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O MUSEU NACIONAL NA MÍDIA: (RE)CONSTRUINDO A MEMÓRIA ENTRE
DISCURSOS E REPRESENTAÇÕES
Caroline da Silva Paquieli, Cecília Bevilaqua (Espanhol), Matheus Castro da Silva
(Educação Física)
1ª série do Ensino Médio
Campus Duque de Caxias
Apresentação:
O trabalho foi desenvolvido para compor o projeto da Feira Integrada, com o título Memória e
Tecnologia, organizado pelo campus Duque de Caxias. Buscando construir debates e reflexões
interdisciplinares, a Feira propõe que o tema central seja trabalhado nas turmas por professores de
disciplinas diferentes.
A partir dessa orientação, três professores da área de linguagens articularam-se na orientação de
uma turma da primeira série do Ensino Médio com vistas a realizar, junto aos alunos, discussões acerca da
cobertura midiática, no Brasil e no exterior, sobre a importância, a degradação, o incêndio e a busca da
reconstrução do Museu Nacional.
Objetivo Geral:
Promover discussões com os alunos sobre o papel da mídia na divulgação da tragédia e na
(re)construção do Museu Nacional do Rio de Janeiro.
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Objetivos Específicos:
Possibilitar aos alunos um resgate, através de pesquisa de notícias sobre o Museu Nacional, da
importância dessa Instituição;
Desenvolver consciência crítica sobre a imensidão da perda concretizada pelo incêndio.
Estimular uma reflexão sobre o trabalho para a (re)construção de nossa memória e sobre o papel
que a mídia pode ter nesse processo.
Recursos utilizados:
TNTs, jornais, fotos, cenas teatrais, som, projetor, cartolinas, tintas, luz negra, cenário específico.
Passo a passo:
Após a definição do tema da Feira Integrada de 2018, os professores articularam-se para formar
grupos de trabalho, conforme temas de interesse e turmas compartilhadas. Com essa organização inicial e
com a decisão sobre o projeto que os três docentes em questão queriam desenvolver, foi iniciada a
orientação dos alunos.
No processo, foram realizadas reuniões conjuntas e individuais com a turma. Tais reuniões tinham
como intuito a exposição dos alunos sobre suas ideias e interesses com o trabalho, além de possibilitar que
os professores dessem o suporte necessário aos discentes para a execução das propostas. Além disso, os
professores também indicaram aos alunos alguns textos críticos para a leitura com o objetivo de possibilitar
maior contato e interação sobre o tema.
Durante a preparação do trabalho, os alunos tiveram de redigir resumos sobre o que desejavam
fazer, bem como organizar um roteiro sobre todo o trabalho. Na semana da culminância da Feira, os
professores acompanharam de perto todas as atividades de montagem da estrutura física do espaço e
organizaram ensaios com os alunos para que o grupo compreendesse o trabalho como um todo.
Tempo de duração:
Terceiro trimestre de 2018
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PROJETO PONTO DE VISTA
Sirley Ribeiro Siqueira e Glayci Kelli Reis da Silva Xavier
1ª e 2ª séries do Ensino Médio
Campus São Cristóvão III
Apresentação:
O projeto “Ponto de Vista” oferece oficinas aos alunos do Ensino Médio do campus São Cristóvão
III, voltadas para a produção de gêneros predominantemente argumentativos, orais e escritos, visando à
formação de cidadãos críticos, que saibam se expressar na sociedade em que vivem. Tal projeto está
vinculado ao grupo de pesquisas LEPELL (Laboratório de Estudo das Práticas Educativas em Língua
Portuguesa e Literatura) e ao Departamento de Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa.
Objetivo Geral:
Propiciar situações que permitam aos alunos envolvidos no projeto ampliarem sua capacidade
para compreender e produzir textos argumentativos.
Objetivos Específicos:
compreender que a argumentação pode aparecer em diferentes gêneros discursivos;
identificar os diferentes gêneros argumentativos e suas especificidades, sejam eles orais ou escritos;
utilizar recursos linguístico-discursivos adequados à produção desses gêneros;
produzir textos nos diferentes gêneros, com argumentos satisfatórios;
reconhecer a importância de refletir sobre seu trabalho e revisar seus próprios textos, reelaborando-
os.
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Recursos utilizados:
Apostila com as oficinas, laranjão
Passo a passo:
O projeto é desenvolvido por meio de oficinas que se assemelham às sequências didáticas
propostas por Dolz & Schneuwly (2004). Tais oficinas envolvem a reflexão sobre técnicas argumentativas e
o estudo/produção de diferentes gêneros argumentativos. Para isso, segue as seguintes etapas para os
gêneros da modalidade escrita:
apresentação da situação;
leitura de textos que exemplifiquem o gênero abordado;
discussão de técnicas argumentativas;
debate;
produção escrita;
reescrita textual;
apresentação para os colegas do resultado final.
Os gêneros argumentativos típicos da modalidade oral são abordados da seguinte forma:
Exposição oral do tema pelo professor;
apresentação de reportagens ou documentários relacionados ao assunto tratado;
divisão dos alunos em grupos ou duplas para elaboração dos argumentos que serão
utilizados durante a discussão;
debate sobre o tema;
produção de gêneros orais na prática.
Tempo de duração:
Tempo de duração: de maio a dezembro
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ARGUMENTAÇÃO IN FOCO: ANÁLISE DE TEXTOS VERBO-VISUAIS PRESENTES DA
MÍDIA
Glayci Kelli Reis da Silva Xavier
Iniciação Científica Jr./ Alunos de 1ª e 2ª séries do Ensino Médio
Campus São Cristóvão III
Apresentação:
A argumentação sempre foi objeto de estudo, desde a Antiguidade Clássica. De acordo com
Charaudeau (2009, p. 202), os gregos já eram conscientes de que "ter influência sobre outrem" não era
somente inerente à razão, pois o ser humano é igualmente feito de paixões. Desde aquela época,
distinguia-se o que derivava da pura razão (ratio), daquilo que derivava da "interação dos espíritos", para
a qual devia existir uma técnica expressiva suscetível de "comover e captar" o interesse de um auditório.
Com relação ao ambiente escolar, principalmente no Ensino Médio, a argumentação é objeto de
estudo frequente, pois, para obter uma boa avaliação na redação do ENEM, grande objetivo da maioria
dos alunos, é preciso dominar algumas técnicas argumentativas. No entanto, conforme aponta Ducrot
(apud KOCH, 1998, p. 29), a argumentatividade está inscrita na própria língua e, mesmo quando narramos
ou descrevemos, em maior ou menor grau, fazemos uso de estratégias argumentativas.
Por isso, o projeto “Argumentação in foco: análise de textos verbo-visuais presentes da mídia”
pretende fornecer subsídios que levem os alunos a ler/interpretar/analisar diferentes textos veiculados pela
mídia, textos em que a argumentação está presente, mas muitas vezes não claramente. São privilegiados
os textos verbo-visuais, já que o desenvolvimento da tecnologia e o grande acesso ao “mundo” virtual
fazem com que a leitura de textos multimodais precise ser desenvolvida. Conforme aponta Cagnin (2014,
p. 28), “hoje nos vemos cercados de imagens por todos os lados, a todo o momento e em tal profusão
que, nela engolfados, mais conhecemos a imagem das coisas do que as coisas da realidade”.
Além disso, por meio deste projeto, esperamos contribuir para a formação de cidadãos mais
atentos e críticos, que saibam compreender melhor o mundo ao seu redor e expor suas opiniões, e que
sejam capazes de ter uma efetiva participação na vida social. Ao criar condições para que os alunos
apropriem-se de aspectos linguísticos e discursivos que emergem da relação palavra-imagem presente em
diversos gêneros, espera-se desenvolver também sua competência comunicativa.
Objetivo Geral:
O trabalho teve por objetivo geral propiciar situações que permitissem aos alunos envolvidos no
projeto ampliarem sua capacidade para compreender e interpretar textos argumentativos.
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Objetivos Específicos:
Num nível mais específico, pretendia-se que, por meio do projeto, os educandos pudessem
reconhecer que a argumentatividade está inscrita na própria língua e, mesmo quando narramos
ou descrevemos, em maior ou menor grau, fazemos uso de estratégias argumentativas;
compreender que a argumentação pode aparecer em diferentes gêneros discursivos;
reconhecer que, em um texto verbo-visual, os sentidos emergem das relações que se estabelecem
entre a linguagem verbal e a visual;
identificar os recursos linguístico-discursivos e as estratégias da argumentação presentes em
diferentes gêneros da instância midiática.
Recursos utilizados:
Discussão de textos teóricos, pesquisa de textos verbo-visuais, análise dos textos pesquisados.
Passo a passo:
Fase de treinamento
No ano de 2017, durante a fase de treinamento, foram abordados diferentes gêneros
argumentativos em suas especificidades: sua construção composicional (sua forma de dizer, sua
organização geral que não é inventada a cada vez que nos comunicamos, mas que está disponível em
circulação social), sua função social e comunicativa; seu conteúdo temático (o que pode ser dito em um
dado gênero); seu estilo (seleção de recursos disponíveis na língua, orientada pela posição enunciativa do
produtor do texto), o interlocutor esperado. Além disso, foram trabalhadas as principais características dos
textos verbo-visuais e dos gêneros argumentativos de uma forma geral. Por fim, foi feita a leitura e
discussão de textos teóricos que abordassem: a argumentatividade presente em gêneros midiáticos como
as tirinhas, as charges, os textos publicitários e as capas de jornal e revistas; a noção a respeito dos
pressupostos e subentendidos e dos argumentos implícitos.
Fase de desenvolvimento do projeto
Na fase de desenvolvimento, foi feito o recorte do corpus de análise. Optou-se por selecionar os
textos de acordo com o tema. O primeiro tema abordado foi “o sistema de cotas”. Os estudantes
passaram, então, a pesquisar textos verbo-visuais presentes na mídia que tivessem relação com tal tema.
Do material apresentado, foram selecionados 11 textos, de gêneros diversos. Esses textos foram numerados
de 1 a 11 e os alunos deveriam analisar cada texto, referindo-se a seu respectivo número, dizendo se este
era contra ou a favor o sistema de cotas e explicando que elementos da parte verbal e/ou visual fizeram
com que chegassem a tal conclusão. Confrontamos, então, os textos de gêneros semelhantes, mas
posições opostas. A discussão foi bastante produtiva.
O segundo tema foi “imigração”. Após a coleta de textos, percebemos que muitos deles eram
charges e que oito delas eram do cartunista Latuff. Selecionamos, então, essas charges para análise.
Primeiramente, foi feita uma análise inicial por todos os alunos. Após troca de ideias, cada um ficou com
duas charges para aprofundar a análise. Posteriormente, por intermédio de uma pesquisadora de charges
amiga da professora, entramos em contato com o Latuff e ele conversou com os alunos por meio de
vídeo-conferência, tirando as dúvidas que eles tinham a respeito dos textos. Foi uma experiência muito
enriquecedora para os alunos. Eles perceberam como cada detalhe é importante para a construção da
ideia de uma charge. O resultado de suas pesquisas foi apresentado na II Jornada do LEPELL, grupo de
Pesquisa do Colégio Pedro II.
Por fim, eles fizeram a avaliação do projeto. Foi muito gratificante ver o quanto eles se
desenvolveram ao longo do projeto. A avaliação de um deles resume o resultado, ao dizer que o Projeto
de Iniciação Científica de Língua Portuguesa fez com que seu senso crítico “se aflorasse para a análise de
detalhes”, pois pôde perceber como um posicionamento, uma tese, pode estar presente em pequenas e,
quase que imperceptíveis, manifestações da língua e também em detalhes, como no caso do texto não
verbal. Isso aparece na forma como as manchetes de revistas são escritas, nas imagens escolhidas, etc.
Tempo de duração:
Dois trimestres
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PROJETO INTERDISCILINAR DE APOIO AO ENSINO – OFICINA DE LEITURA,
INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTOS
Caroline da Silva Paquieli (Português)
Fábio B. Desterro (Sociologia)
Gabriel Uriel Cruz Araújo dos Santos (Biologia)
Leandro Almeida (Geografia)
Martha Carvalho Nogueira (Sociologia)
Matheus Castro da Silva (Educação Física)
Renan S. Gomes (Geografia),
Rommel Luz Figueira Barbosa (Filosofia)
1ª série do Ensino Médio
Campus Duque de Caxias
Apresentação:
O projeto surgiu a partir de uma percepção recorrente feita por professores de diversas disciplinas
do campus Duque de Caxias: os alunos da primeira série, recém-admitidos no Colégio, apresentam, muitas
vezes, dificuldades básicas de leitura e de produção de textos, que acabam por comprometer todo o
processo de aprendizagem. Ao constatar que os problemas enfrentados pelos discentes se manifestavam
na leitura e na interpretação de variados gêneros textuais e na produção, até mesmo, de enunciados
simples para atender o comando de uma questão, um grupo de professores decidiu implementar um
trabalho interdisciplinar com o intuito de desenvolver tais habilidades nos alunos.
Objetivo Geral:
Proporcionar aos alunos da 1ª série do Ensino Médio o desenvolvimento de suas habilidades de
interpretação e de produção de textos de diferentes gêneros, visando dar um suporte a aprendizagens de
diversas disciplinas do currículo escolar.
Objetivos Específicos:
Proporcionar aos alunos o contato com textos de diversificados gêneros orais e escritos;
Realizar atividades de leitura e debates, sempre com viés interdisciplinar, sobre um eixo temático
específico;
Propor semanalmente atividades de produção textual, oral e escrita, a partir dos textos motivadores e das
discussões tecidas nas oficinas;
Realizar momentos de reescrita dos textos produzidos, após a correção realizada pelos docentes.
Recursos utilizados:
Cópias dos textos selecionados, projetor e dois professores de disciplinas diferentes.
Passo a passo:
Durante o primeiro trimestre, os professores envolvidos no projeto realizaram reuniões quinzenais ou mensais
para definição do eixo temático a ser trabalhado e para ajuste de cronograma. No decorrer desse
período, também foram feitas discussões sobre os textos a serem utilizados e foi montada uma coletânea
inicial com textos de diversos gêneros.
No fim do primeiro trimestre, os professores divulgaram a proposta da oficina, através de
apresentações em sala de aula e de cartazes, já apontando o horário do contraturno em que ocorreria o
projeto e o período de inscrições. A partir da avaliação feita pelos docentes da primeira série, envolvidos
ou não no projeto, os professores separaram nomes de alunos que mais apresentavam necessidade de
participação e encaminharam aos seus responsáveis uma carta-convite para que esses discentes
frequentassem as oficinas.
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No início do segundo trimestre, o projeto teve início junto aos alunos. Sempre em um esquema de
bidocência, as oficinas ocorreram semanalmente, sendo interrompidas apenas durante as semanas de
avaliação e de apoio. Nesse intervalo sem aulas na oficina, os docentes reuniram-se para a avaliação do
projeto e para a preparação do cronograma a ser seguido no decorrer do terceiro trimestre.
Logo após o encerramento do segundo trimestre, as oficinas voltaram a acontecer uma vez por
semana, tendo fim apenas na semana anterior às avaliações finais.
Como a participação não é obrigatória, apesar de ter sido realizada uma inscrição inicial, novos
alunos puderam começar a acompanhar as oficinas a qualquer momento, desde que o limite de trinta
alunos por encontro não fosse ultrapassado.
Tempo de duração:
O projeto desenvolveu-se durante todo o ano letivo de 2018.
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O RIO DE JANEIRO EM DOM CASMURRO
Elaine Brito Souza
2º ano do Ensino Médio
Campus Tijuca II
Apresentação:
A história de Dom Casmurro, de Machado de Assis, uma das leituras escolhidas pela equipe de
Português do campus Tijuca II para a 2ª série do Ensino Médio, tem início em 1857, na cidade do Rio de
Janeiro. O narrador realiza uma trajetória pelos bairros e ruas da cidade, desde o Engenho Novo, onde
escreve sua obra, até a Rua de Matacavalos, onde passou sua infância e conheceu Capitu. Ao buscar a
relação entre o texto literário e o espaço urbano, este trabalho proporcionou a participação dos alunos
na FLIT (Festa Literária da Tijuca), cuja programação vinculou-se ao tema “A cidade em movimento:
construindo identidades”.
Objetivo Geral:
Produzir banners de formatos diversos com passagens do romance Dom Casmurro, de Machado de
Assis, que façam alusão a diferentes localidades do Rio de Janeiro para exposição na FLIT (Festa Literária
da Tijuca), realizada em 21 de setembro de 2018 no campus Tijuca II, sob comando e organização da
professora Eliane Mello.
Objetivos Específicos:
explorar o banner como forma de comunicação
estimular a leitura do texto literário por meio da atualização de temas
perceber a cidade não apenas como cenário, mas como fonte de aprendizado
identificar modificações pelas quais passou a cidade do Rio de Janeiro na virada do século XIX
para o XX
enriquecer a leitura da obra de Machado de Assis para além das abordagens críticas tradicionais
Recursos utilizados:
Livro impresso ou digital
Fotografias antigas e atuais da cidade do Rio de Janeiro
Banners
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Passo a passo:
Depois da leitura integral de Dom Casmurro, de Machado de Assis, os alunos identificaram
passagens do romance em que o narrador e os demais personagens mencionam ruas e demais
localidades do Rio de Janeiro do século XIX. Em seguida, procedeu-se pesquisa sobre esses lugares, de
forma que os alunos pudessem comparar como esses espaços foram representados na obra de Machado
de Assis e como eles se apresentam atualmente.
Tempo de duração:
Ao longo do segundo trimestre de 2018
Exemplo de banner produzido por alunos da 2ª série do EM
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LITERATURA EM CENA: DIÁLOGO ENTRE DUAS ARTES
Raiff Magno Barbosa Pereira
2ª e 3ª séries do Ensino Médio
Campus Duque de Caxias
Apresentação
Entendendo ser a arte um veículo de transformação do indívido e a escola um espaço de
fomentação desse cidadão pleno de possibilidades é que surge o projeto Literatura em cena: diálogos
entre duas artes no Colégio Pedro II – campus Duque de Caxias. Dentre muitos aspectos, a arte, expressão
que atravessa milênios, possui, dentre outras coisas, o propósito de fazer o ser humano refletir sua existência,
criticar as relações calcadas em desafetos e denunciar a realidade de um tempo de injustiças e
fragmentações.
Dessa forma, a literatura e o teatro propiciam uma gama de investigação que possibilitará o
discente, a comunidade escolar e tantos outros espectadores a se reconhecerem como humano, a se
desenvolverem como espectador de arte e, principalmente, a potencializarem suas sensibilidades já
esgarçadas num mundo insensível. Por conseguinte, em uma sociedade cada vez maquínica e
burocratizada, essas duas manifestações artísticas propiciam desvelar qualidades já adormecidas pelo
indivíduo do século XXI.
Para além dos que fazem, o Teatro é uma arte que existe para os que assistem, pois só existe em
função da plateia. Assim, todas as ações criadas e desenvolvidas pelo grupo não impactam apenas nos
alunos participantes e integrantes da comunidade, mas também nos que usufruem dos resultados artísticos
desenvolvidos ao longo projeto, o que contribui para a promoção da arte e cultura de modo mais amplo.
Objetivo Geral:
Desenvolver o ensino e pesquisa de teatro no Colégio Pedro II - Campus Duque de Caxias através
de curso extracurricular.
Objetivos Específicos:
incentivar o gosto pela leitura dos estudantes do Colégio Pedro II, trazendo para o palco, sob forma de
linguagem cênica, as várias obras da literatura;
valorizar a contemporaneidade das grandes obras literárias, aproximando-a de referentes próprios da
contemporaneidade, como as linguagens tecnológicas, o mundo virtual, as formas mais recentes de
comunicação interpessoal;
valorizar o gênero literário, revelando a capacidade que os diversos escritores e poetas possuem de
captar o grande no pequeno, traduzindo o dia-a-dia a partir de um olhar sensível às informações que os
pequenos gestos, espaços e acontecimentos nos trazem cotidianamente;
trazer para o palco temáticas pertinentes à realidade brasileira contemporânea, redimensionado essas
temáticas, a partir do olhar crítico de vários escritores e poetas da vasta literatura.
Recursos utilizados:
Auditório do campus de Duque de Caxias, aparelho de som e aparelho de data show
Passo a passo:
Os Jogos teatrais são baseados em problemas a serem solucionados por cenas improvisadas (como
representação de personagens e da emoção, o uso de linguagem ou as convenções de palco
relacionadas com o texto escrito), cujos objetivos apontam o principal resultado que se espera obter,
mesmo que o Jogo tenha múltiplus usos.
Com base na metodologia dos jogos teatrais, a proposta do projeto centra-se no ensino de
técnicas teatrais tais como: foco, ritmo, observação, concentração, preparação de elenco,
espontaneidade, instruções para atuar, oficinas de jogos, exercícios de expressão vocal e corporal...
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Tempo de duração:
O curso tem seu desenvolvimento de abril a dezembro.
Abril – Inscrição e testes para a entrada de alunos e pessoas das comunidades adjacentes;
início do projeto Literatura em cena: diálogos entre duas artes
Julho – Parada para as Férias (a partir da segunda quinzena);
Agosto a Novembro – retorno aos ensaios e às aulas;
Dezembro – Apresentações para os vários campi do Colégio Pedro II.
OBSERVAÇÃO: o espetáculo “O homem é o único animal que ri dos outros” (textos de Luís Fernando
Veríssimo) foi apresentado no auditório do campus de Duque de Caxias em quatro sessões nos dias 03 e 04
de dezembro.
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FEIRA ACADÊMICA
"UM ECOMUSEU EM NOSSA ESCOLA: RECONSTRUINDO MEMÓRIAS A PARTIR
DO GÊNERO. MULHERES NAS ARTES, MULHERES NA LITERATURA, MULHERES NOS
ESPORTES E MULHERES NA CIÊNCIA."
Glaucia Moreira Secco, Martha Nogueira (Sociologia), Renata Figueiredo (Educação
Física), Alexandre Machado (Matemática)
3ª série do Ensino Médio
Campus Duque de Caxias
Apresentação:
O projeto interdisciplinar fez parte da Semana Acadêmica, que aconteceu entre os dias 12/11/2018
e 17/11/2018.
Objetivo Geral:
Construir novas memórias a partir do resgate de mulheres esquecidas pela história.
Objetivos Específicos:
- Produção de textos, pinturas e performances por parte dos alunos;
- Organização de uma exposição dos trabalhos;
- Reunião de teoria e prática;
- Leitura de textos conceituais e literários;
- Resgate de imagens, biografias e produções de mulheres.
Recursos utilizados:
Sala de aula;
Materiais de arte;
Fotografias;
Tecidos, papéis, cola, tesoura, caixas de som e datashow.
Passo a passo:
Desenvolvimento da proposta com os alunos e os professores envolvidos;
Explicação da proposta em sala de aula e indicação de leituras e pesquisas;
Divisão dos grupos de trabalho;
Organização e montagem.
Tempo de duração: Duração: quatro semanas.
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TRABALHANDO O ROMANTISMO EM “NOITES BRANCAS”, DE FIODOR
DOSTOIEVSKI
Aline Gonçalves de Brito e Victor Figueiredo Souza Vasconcellos
2º ano do Ensino Médio
Campus Engenho Novo II
Apresentação:
Em “Noites brancas”, percebe-se a retomada de determinados motivos românticos, sendo, de
todas as obras de Dostoievski, aquela que talvez mais se aproxime do Romantismo, tanto pelo enredo
quanto pelos recursos empregados. O narrador do texto, um sujeito que define a si próprio como um
“sonhador”, em momento algum é nomeado, o que indica sua tipificação, permitindo que personifique,
dessa forma, várias características do romantismo.
Objetivo Geral:
A partir da leitura e da análise da novela “Noites brancas”, foi proposta, como instrumento de
avaliação, a criação de um perfil fictício no Facebook de um personagem que representasse as
características típicas de um romântico.
Objetivos Específicos:
Envolver os alunos na leitura e discussão da novela “Noites brancas”;
Permitir que os alunos identificassem as marcas do Romantismo na produção cultural
contemporânea e no comportamento do jovem do século XXI;
Estimular a capacidade criativa das turmas, através da produção de textos de gêneros distintos.
Recursos utilizados:
Livro “Noites brancas”;
Computador multimídia para projeção do cenário da narrativa e execução de músicas
contemporâneas à obra;
Adereços cênicos para leitura dramatizada.
Passo a passo:
A primeira parte do trabalho consistiu na leitura dramatizada do texto, em sala de aula, contando
com a participação ativa dos alunos de turmas da 2ª série do Ensino Médio. Nessa etapa, a fim de
construir a ambientação retratada na narrativa, foram projetadas imagens da cidade de São Petersburgo,
onde o protagonista e sua amada vivem. Os alunos voluntários usaram adereços cênicos (como chapéu e
xale, por exemplo) para caracterização dos personagens.
Após a leitura e análise de características românticas na obra, foi proposta, para realização em
grupos, a criação de um perfil fictício no Facebook que transpusesse, para o contexto contemporâneo, os
caracteres essenciais do típico romântico. Nessa fase do projeto, os alunos deveriam cumprir 6 tarefas
obrigatórias, em torno da temática romântica, a saber: postar uma música; postar o trailer de um filme;
produzir poema inédito; indicar a leitura de “Noites brancas”; criar um meme; e escrever um “textão”
sobre a dificuldade de ser um romântico no século XXI.
A avaliação final levou em consideração critérios como criatividade e rigor técnico na
execução das tarefas propostas.
Tempo de duração: 1 trimestre
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(RE)ESCREVENDO O BRASIL: OS NEGROS, OS ÍNDIOS E AS MULHERES NA
LITERATURA BRASILEIRA DO SÉCULO XIX E DE TODOS OS TEMPOS
Glaucia Moreira Secco, Renan Gomes (Geografia) e Leonardo Ferreira (Geografia)
2ª série do Ensino Médio
Campus Duque de Caxias
Apresentação:
O projeto foi a proposta de trabalho acadêmico da 1ª certificação das turmas de 2ª série. A partir
da leitura do livro Úrsula, de Maria Firmino dos Reis, nas aulas de Literatura, e do estudo sobre população
brasileira, as aulas de Geografia, as turmas dividiram-se em grupos temáticos de trabalho e montaram
uma exposição que questionou o silenciamento do protagonismo negro na sociedade brasileira.
Objetivo Geral:
Refletir sobre o silenciamento da população negra na sociedade brasileira.
Objetivos Específicos:
- Leitura de Úrsula, a partir da perspectiva do Romantismo brasileiro e da sociedade do século XIX;
- Pesquisa de dados socioeconômicos sobre a população brasileira;
- Pesquisa sobre outras autoras negras no cenário literário brasileiro.
Recursos utilizados:
- Sala de aula;
- Materiais de arte;
- Fotografias;
- Tecidos, papéis, cola, tesoura, caixas de som e datashow.
Passo a passo:
- Envio da proposta aos alunos por e-mail já no início do trimestre;
- Explicação da proposta em sala de aula e indicação de leituras e pesquisas;
- Divisão dos grupos de trabalho;
- Conexão entre o conteúdo pedagógico da disciplina (Romantismo) e as propostas temáticas do
trabalho a ser montado;
- Separação de um horário específico (no contraturno) para a culminância do trabalho.
Tempo de duração:
Duração: um trimestre.
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A REPRESENTAÇÃO DO NEGRO E AS MARCAS DO ROMANTISMO
EM ÚRSULA,
O PRIMEIRO ROMANCE AFRO-BRASILEIRO
Helio de Sant’Anna dos Santos
Ensino Médio
Campus São Cristóvão III
Apresentação: O projeto em questão atende à aplicação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008. Como tal, procura
contribuir para a valorização da diversidade cultural presente na formação da sociedade brasileira. Maria
Firmina dos Reis foi “revelada” ao grande público apenas na década de 1970. A autora é pouco presente
na historiografia da literatura canônica brasileira, ainda que seja a primeira autora da literatura afro-
brasileira e tenha escrito, conforme alguns estudiosos apontam, o nosso primeiro romance abolicionista.
Objetivo Geral: Destacar a primeira autora da literatura afro-brasileira, responsável por apresentar a perspectiva da
mulher e do negro na literatura do Séc. XIX, desconstruindo a primazia do abolicionismo branco e
condenando a escravidão enquanto instituição.
Objetivos Específicos: comparar a obra Úrsula com outras do mesmo período, de modo a comprovar que não há
qualquer razão para o silenciamento de sua autora; resgatar fatos da vida e da obra de Maria Firmina dos Reis; destacar e divulgar algumas das características da primeira autora da literatura afro-brasileira,
garantindo-lhe maior visibilidade.
Recursos utilizados: No projeto, estão envolvidos três estudantes bolsistas e dois voluntários. Trabalhamos com os livros
em análise e pesquisas diversas.
DEPARTAMENTO DE PORTUGUÊS E LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO COLÉGIO PEDRO II – ANUÁRIO 2018
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Passo a passo: Retomaremos a leitura de Úrsula com o propósito de destacar elementos que reconhecemos nos
conteúdos de literatura como características específicas do Romantismo. Em nossos primeiros encontros,
pretendemos provocar a reflexão sobre o que lemos em Maria Firmina dos Reis e o que são apontados
para a prosa romântica. Uma das principais intenções é estabelecer um paralelo entre a obra de Maria Firmina dos Reis e
outros autores do Romantismo brasileiro. Desta forma, pretendemos ler outros romances do período e
reconhecer-lhes as características, apontando as aproximações e distanciamentos. Tendo a confirmação
dos elementos tipicamente representativos do movimento literário, espera-se fazer chegar à comunidade
escolar a discussão em torno da definição do cânone e da relação de obras e autores que (não) constam
normalmente nos livros didáticos escolares
Tempo de duração: A proposta de trabalho em 2018 começou em junho e deverá finalizar-se em dezembro
(aproximadamente seis meses, portanto)
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CONGRESSO DA LOUCURA
Glaucia Moreira Secco
2ª série do Ensino Médio
Campus Duque de Caxias
Apresentação:
O projeto fez parte do trabalho acadêmico de literatura do 2º trimestre. Trabalhamos o tema
loucura a partir dos textos de Machado de Assis, da palestra do psicólogo Thiago Ferreira dos Santos e do
filme "Nise: o coração da loucura". O congresso contou com uma exposição de quadros, um sarau
poético, uma encenação teatral e um manifesto.
Temas desenvolvidos: 1) Loucura e Literatura: como a arte literária revela a profundidade de nossos
anseios humanos?; 2) Como seria uma conversa entre Simão Bacamarte e Bento Santiago?; 3) "Mas louco
é quem me diz e não é feliz": de quantas loucuras são feitas o dia?; 4) Imagens do inconsciente ou
consciência de si: a linha estreita entre a loucura e a lucidez.
Objetivo Geral:
Pensar os limites entre a razão e a loucura.
Objetivos Específicos:
Produção de textos, pinturas e performances por parte dos alunos;
Organização de uma exposição dos trabalhos;
Reunião de teoria e prática;
Leitura de textos conceituais e literários;
Apresentação de saraus;
Exposição de trabalhos autorais dos alunos.
Recursos utilizados:
Sala de aula;
Materiais de arte;
Fotografias;
Tecidos, papéis, cola, tesoura, caixas de som e datashow.
Passo a passo:
- Envio da proposta aos alunos por e-mail já no início do trimestre;
- Explicação da proposta em sala de aula e indicação de leituras e pesquisas;
- Divisão dos grupos de trabalho;
- Conexão entre o conteúdo pedagógico da disciplina (Realismo e Machado de Assis) e as
propostas temáticas do trabalho a ser montado.
Tempo de duração: Duração: um trimestre.
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A LEITURA E A ESCRITA ACADÊMICA:
INTERLOCUÇÕES COM A EDUCAÇÃO BÁSICA
Fabiana dos Anjos Pinto, Juliana Pereira Lannes, Luiz Guilherme Ribeiro Barbosa,
Monique Débora Alves de Oliveira Lima, Renata Calheiros Alves, Maria Cecília Sousa de
Moraes
Ensino Médio
Campus Realengo II
Apresentação:
O Projeto de Iniciação Científica Júnior (PIC) intitulado A leitura e a escrita acadêmica:
interlocuções com a educação básica é uma tentativa de trazer para a escola o ler-escrever acadêmico,
ou seja, as práticas sociais de leitura e escrita tecnologicamente mais sofisticadas e, com isso, oferecer aos
estudantes maneiras outras de pensar, falar e agir. Desde 2016 com a proposta de realizar o letramento
acadêmico na educação básica, o PIC vem consolidando ideologias e práticas de intercâmbio entre a
escola e a universidade. Além de os estudantes desejarem, no Ensino Médio, antecipar as questões da
vivência social e da produção textual universitária, o interesse considerável na proposta apresentada está
relacionado, inclusive, ao fato de que, em 2015, 2016 e 2017, foram realizados, também no campus
Realengo II, projetos de iniciação científica júnior sobre letramento acadêmico e textos argumentativos, os
dois últimos constituídos coletivamente pelos professores membros do Grupo de Estudos em Ensino de
Português e Literaturas (GEEPOL). Esses projetos deram origem à edição de 2018, que ora se apresenta e se
caracteriza como uma continuidade desse trabalho. Sendo assim, muitos dos alunos já esperavam pelo
formato 2018 do projeto de Iniciação Científica do GEEPOL, estimulando, ainda, a candidatura de alguns
dos participantes de 2017 nessa nova edição. Embora apenas uma professora seja indicada como
orientadora, Fabiana dos Anjos Pinto, este projeto é uma realização do GEEPOL e envolverá a
participação de mais quatro professores como coorientadores: Renata Calheiros Alves, Juliana Pereira
Lannes, Maria Cecília Sousa de Moraes e Monique Débora Alves de Oliveira Lima. Como resultado, espera-
se que os estudantes bolsistas e voluntários participantes do projeto desenvolvam a prática da produção
DEPARTAMENTO DE PORTUGUÊS E LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO COLÉGIO PEDRO II – ANUÁRIO 2018
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de gêneros orais e escritos do mundo universitário, interessando-se por ele, e ampliem sua visão de mundo
acerca dos debates instaurados dentro e fora da Academia, entendendo que não há neutralidade no
discurso acadêmico e que a entrada nesse ambiente requer uma preparação mais sólida, não limitada à
redação de vestibular.
Objetivo Geral:
Possibilitar práticas de leitura e escrita de gêneros acadêmicos a estudantes de Ensino Médio.
Objetivos Específicos:
Debater sobre a importância do Letramento Acadêmico na educação básica.
Aprimorar as práticas pedagógicas da equipe de Língua Portuguesa e Literaturas do referido
Campus.
Propiciar um espaço de pesquisa, debate, reflexão e escrita sobre temas atuais, de modo crítico,
dentro do rigor do método científico, tanto para os professores quanto para os alunos envolvidos.
Estudar a linguagem acadêmica como variante de prestígio de ambiente mais monitorado.
Estudar a argumentação como estratégia de linguagem típica de textos acadêmicos.
Fomentar o interesse dos estudantes pela entrada no Ensino Superior.
Produzir e analisar textos escritos que sejam comuns à universidade.
Passo a passo: organização e etapas do projeto.
Neste projeto, propõe-se, como corpus, a produção escrita e oral, bem como a análise de gêneros
acadêmicos (resumos, resenhas, relatos de experiência e ensaios, na modalidade escrita, e seminário,
debate e comunicação oral, na modalidade oral), trabalho esse que servirá também para o
desenvolvimento de metodologias de ensino e de sequências didáticas.
Tendo em vista o prazo estabelecido para a consecução do trabalho, este projeto divide-se em
seis módulos. Além disso, são promovidas reuniões de orientação semanais e estudos dirigidos, de modo
que o estudante possa ter contato com textos acadêmicos, lendo, analisando, (re) escrevendo e
pensando-os como, conforme indica Street (2010), variedades de comunidades discursivas que possuem
normas e convenções próprias de construção do conhecimento, variando de acordo com a finalidade e
o contexto de produção. Vale ressaltar que os professores desse grupo, mestres e doutores, partindo de
opções teórico-metodológicas diferentes, também possibilitam aos alunos conhecer a heterogeneidade
que constitui o discurso acadêmico.
Para tanto, os módulos são organizados em duas etapas: a de treinamento e a de
desenvolvimento. Acredita-se que, embora estejam separadas metodologicamente, tais etapas se
misturam ao longo do processo pedagógico-acadêmico.
Módulos da fase de treinamento:
1.º módulo: Introdução ao texto acadêmico, ministrado pela professora orientadora Fabiana dos Anjos
Pinto em parceira com os demais professores, no mês de junho e julho. O objetivo deste módulo é o de
discutir com os alunos como a produção do conhecimento pode se amparar cientificamente. Nesse
sentido, serão propostas relações de aproximação e de distanciamento entre o saber escolar e o
científico, a fim de se compreender a necessidade do letramento acadêmico na educação básica. Este
módulo, portanto, visa à apresentação e à problematização das concepções de pesquisa, tema e
problema, método e resultados, todos tão caros à iniciação acadêmica dos futuros universitários.
2.º módulo: Fichamento e resumo, ministrado pela professora-orientadora Fabiana dos Anjos Pinto em
parceria com Renata Calheiros, no mês de julho e agosto. O objetivo deste módulo é o de explorar os
gêneros fichamento e resumo como estratégias de estudo do texto escrito, apresentando aos alunos as
várias formas de citação, de acordo com a ABNT, e problematizando os temas da autoria e do plágio.
3.º módulo: Resenha acadêmica, ministrado pela professora orientadora Fabiana dos Anjos Pinto em
parceria com Maria Cecília Sousa de Moraes e Monique Débora, no mês de setembro. O objetivo deste
módulo é o de apresentar a estrutura retórica básica do gênero resenha acadêmica, promovendo, assim,
condições para que o aluno identifique, com habilidade, as características desse gênero e esteja apto a
produzir a sua própria resenha de base argumentativa. O esperado é que cada estudante elabore um
texto acerca de uma mesma produção artístico-cultural escolhida pelo grupo.
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Fase de desenvolvimento:
A pretensão, na fase de desenvolvimento é a realização da orientação dos alunos para a escrita
de um texto acadêmico a ser apresentado no final do projeto. Cada professor ficará responsável pela
coorientação de um aluno, assim como acontece na universidade, prática com a qual o aluno não
costuma ter contato na educação básica. O objetivo da orientação e da coorientação é a produção de
sete ensaios, nos moldes acadêmicos, um de cada aluno, que serão posteriormente publicados. Então, ao
longo do ano, serão feitas orientações de modo que todos se envolvam com o projeto.
Módulos da fase de desenvolvimento:
4.º módulo: Relato de experiência, ministrado pela professora orientadora Fabiana dos Anjos Pinto em
parceria com Jéssica do Nascimento Rodrigues, no mês de outubro. O objetivo específico deste módulo é
o de apresentar a estrutura retórica básica do gênero relato de experiência, promovendo, assim,
condições para que o aluno identifique, com habilidade, as características desse gênero e esteja apto a
produzir coletivamente um relato de experiência sobre suas vivências neste projeto.
5.º módulo: Ensaio acadêmico, ministrado pela professora orientadora Fabiana dos Anjos Pinto no mês de
novembro em parceria com Juliana Lannes. O objetivo deste módulo é discutir com os alunos a
potencialidade do ensaio como um gênero que, por sua autorizada liberdade de criação, reinventa
gêneros acadêmicos canônicos. Assim, o ensaio é um gênero que ultrapassa as fronteiras dos gêneros
mais estabelecidos academicamente, como o artigo científico ou a resenha. Por isso, sendo o nome para
um texto híbrido, aberto, duvidoso, podemos nos aproximar da palavra “ensaio” entendendo-a como
uma força para a escrita de textos que se inscrevem na academia questionando a sua institucionalização.
6.º módulo: Orientação do trabalho final, ministrado pela professora orientadora Fabiana dos Anjos Pinto
em parceria com os demais professores, no mês de dezembro. O propósito deste módulo é promover e
possibilitar a atividade de orientação do trabalho final, de maneira que cada aluno tenha uma rotina
semanal de encontros com o seu professor até a culminância desse trabalho. Cabe ressaltar que, como
trabalhos finais deste projeto, cada estudante escreverá um ensaio individualmente e um relato de
experiência coletivamente.
Ao longo dos módulos, serão realizadas as seguintes atividades:
- Seleção e análise de textos acadêmicos pelos estudantes e pela professora-orientadora;
- Orientação da escrita pela professora-orientadora;
- Produção de sucinto relatório mensal;
- Qualificação acerca dos ensaios em elaboração a uma banca composta por membros do GEEPOL. Essa
fase consiste na demonstração da capacidade de operar os conceitos sedimentados no decorrer do
projeto, fazendo com que o estudante compreenda e explicite algumas estratégicas marcadoras dos
gêneros em questão;
- Escrita e publicação de um relato de experiência por todos os alunos envolvidos no projeto em parceria
com a professora-orientadora;
- Preparação do relatório final.
Tempo de duração:
De junho de 2018 a março de 2019
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Carolina Maria de Jesus: poética além da fome
Sílvia Barros e Sílvia Rosa
2ª série do Ensino Médio
Campus Tijuca II
Apresentação:
Projeto de leitura da obra Quarto de despejo e de outras produções artísticas de Carolina Maria de
Jesus, como seus poemas e canções, ao longo da 3ª certificação com culminância na apresentação de
seminários das turmas de 2ª série.
Objetivo Geral:
Reconhecer as relações temáticas e formais entre a obra de Carolina e textos clássicos do
Realismo e do Naturalismo brasileiros.
Objetivos Específicos:
Relacionar a escrita de Carolina às escolas literárias do século XIX;
Reconhecer as variantes linguísticas usadas pela autora;
Discutir sobre as relações raciais presentes na sociedade;
Valorizar a intelectualidade negra e favelada de Carolina Maria de Jesus
Recursos utilizados:
Material impresso
O livro selecionado no formato físico ou digital
Recursos áudio visuais (slides, vídeos, músicas)
Passo a passo:
Leitura integral do livro selecionado
Exibição do curta metragem “O papel e o mar”
Leitura de poemas selecionados
Apreciação de sambas compostos e interpretados por Carolina de Jesus (disponíveis no youtube)
Discussão a respeito dos temas apresentados por Carolina em Quarto de despejo, para além da
questão da fome (amor, maternidade, suicídio, política, arte etc)
Apresentação de seminários a respeito desses temas.
Tempo de duração:
- 4 aulas
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REVISTA ACADÊMICA INTERDISCIPLINAR
Glaucia Moreira Secco e Renan Gomes (professor de Geografia)
2ª série do Ensino Médio
Campus Duque de Caxias
Apresentação:
O projeto fez parte do trabalho acadêmico de literatura do 2º trimestre. Trabalhamos o tema
loucura a partir dos textos de Machado de Assis, da palestra do psicólogo Thiago Ferreira dos Santos e do
filme "Nise: o coração da loucura". As duas turmas em questão também visitaram o Museu Imagens do
Inconsciente.
Objetivo Geral:
Pensar os limites entre a razão e a loucura.
Objetivos Específicos:
Produção de uma revista com diversidade de gêneros textuais sobre o tema loucura.
Recursos utilizados:
Softwares específicos de edição;
Computadores.
Passo a passo:
Envio da proposta aos alunos por e-mail já no início do trimestre;
Explicação da proposta em sala de aula e indicação de leituras e pesquisas;
Divisão dos grupos de trabalho;
Conexão entre o conteúdo pedagógico da disciplina (Realismo e Machado de Assis) e as
propostas temáticas do trabalho a ser montado.
Tempo de duração:
Duração: um trimestre.
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CÁPSULA DO TEMPO
Aline Brito, Jorge Marques e Juliana Berlim
3ª série do Ensino Médio
Campus Engenho Novo II
Apresentação:
A “Cápsula do Tempo” é um projeto anual, desenvolvido pelo corpo docente do Campus Engenho
Novo II. Durante o 9º ano EF ou a 1ª série EM, os alunos são convidados a escrever cartas para seus “eus
do futuro”. A cápsula é aberta no último dia de aulas regulares da 3ª série EM.
Objetivo Geral:
Construir uma memória emotiva da passagem dos estudantes pelo Colégio Pedro II.
Objetivos Específicos:
A) Aprimorar a capacidade escrita do alunado;
B) compreender a memória como bem individual e bem coletivo;
C) oferecer ao alunado um registro de sua passagem pelo Colégio Pedro II.
Recursos utilizados:
Papel de carta, envelopes e baú para acondicionar as cartas.
Passo a passo:
Em 2016, os professores de Português Aline Brito, Jorge Marques e Juliana Berlim, então docentes da
1ª série do Ensino Médio, propuseram aos estudantes que escrevessem a si próprios cartas a serem abertas
quando estivessem finalizando sua passagem pelo Colégio Pedro II. Os alunos foram ainda orientados a
guardarem objetos, fotos e lembranças de todos os tipos, que remetessem à época de vida em que
escreveram as cartas. A abertura da cápsula se deu em 23 de novembro de 2018, último dia de aulas
regulares da 3ª série do Ensino Médio, e foi motivo de forte emoção.
Tempo de duração:
Três anos letivos.
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CONTOS DE RELANCE
Aline Brito, Flávia Amparo, Luiz Guilherme Barbosa, Máxima Gonçalves, Tainã Amaro
3ª série do Ensino Médio
Campus Engenho Novo II
Apresentação:
A partir da leitura de A hora da estrela, de Clarice Lispector, a equipe da terceira série propôs que
cada estudante narrasse o cotidiano de um tipo social contemporâneo e desconhecido do autor,
procurando emular o estilo do narrador Rodrigo S. M. e a invenção por ele da personagem Macabéa.
Objetivo Geral:
Familiarizar os estudantes com as técnicas de composição da narrativa modernista.
Objetivos Específicos:
Conhecer a narrativa modernista, pesquisar técnicas de composição narrativa, e apropriar-se
dessas técnicas para a produção de um texto literário.
Recursos utilizados:
Os trabalhos foram realizados digitalmente com os recursos a que os estudantes têm acesso na
escola e nas suas casas.
Passo a passo:
Apresentação e leitura coletiva de A hora da estrela, proposta de composição dos sonetos visuais.
Tempo de duração:
O projeto foi desenvolvido durante o segundo trimestre letivo de 2018.
DEPARTAMENTO DE PORTUGUÊS E LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO COLÉGIO PEDRO II – ANUÁRIO 2018
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DEPARTAMENTO DE PORTUGUÊS E LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO COLÉGIO PEDRO II – ANUÁRIO 2018
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DE SÃO PAULO A DUQUE DE CAXIAS, ENTRE 1922 E 2018: A (NOVA) SEMANA
DE ARTE MODERNA E O DIÁLOGO COM AS VANGUARDAS EUROPEIAS
Glaucia Moreira Secco
3ª série do Ensino Médio
Campus Duque de Caxias
Apresentação:
O projeto teve como objetivo central a remontagem de uma nova Semana de Arte Moderna que
oferecesse paralelos contrastantes entre os modernistas de 1922 e a produção artística contemporânea.
Objetivo Geral:
Recriar o espírito de inovação da Semana de Arte Moderna de 1922.
Objetivos Específicos:
Produção de textos, pinturas e performances por parte dos alunos;
Organização de uma exposição em moldes semelhantes ao da Semana de Arte Moderna;
Reunião de teoria e prática;
Leitura de textos conceituais e literários;
Apresentação de saraus;
Exposição de trabalhos autorais dos alunos.
Recursos utilizados:
Sala de aula;
Materiais de arte;
Fotografias;
Tecidos, papéis, cola, tesoura, caixas de som e datashow.
Passo a passo:
Envio da proposta aos alunos por e-mail já no início do trimestre;
Explicação da proposta em sala de aula e indicação de leituras e pesquisas;
Divisão dos grupos de trabalho;
Conexão entre o conteúdo pedagógico da disciplina (Modernismo e Vanguardas
Europeias) e as propostas temáticas do trabalho a ser montado;
Verificação e correção dos textos e pinturas produzidos para a exposição;
Separação de um horário específico (no contraturno) para a culminância do trabalho.
Tempo de duração: Duração: um trimestre.
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ENCENA
Professora Paula Alves
3ª série do Ensino Médio - PROEJA
Campus Engenho Novo II
Apresentação:
A ética foi o tema do projeto pedagógico de Português no segundo semestre do 3°ano do
PROEJA do ENII em 2018. Para trabalhar o assunto e ampliar a perspectiva linguística e cultural, os alunos
leram o livro "O Casamento Suspeitoso” , de Ariano Suassuna e discutiram sobre honestidade, ambição e
outros sentimentos humanos. Culminando o projeto, a turma participou da leitura dramatizada da peça.
Objetivo Geral:
Desenvolver a criatividade e a autoestima por meio da arte cênica favorecendo a compreensão
da linguagem no contexto da cultura e melhorando a interação social com a vida e com o mundo ao
redor.
Objetivos Específicos:
Ampliar o leque da cultura no âmbito escolar.
Relacionar as atitudes dos personagens à ética.
Estimular o senso crítico.
Analisar a variedade linguística utilizada pelo autor.
Compreender os elementos partícipes do texto dramático.
Recursos utilizados:
Livro “O Casamento Suspeitoso”, de Ariano Suassuna.
Músicas do Movimento Armorial, idealizado pelo escritor e dramaturgo Ariano Suassuna.
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Vídeos do escritor paraibano e de encenações de outras peças do mesmo autor.
Data show
Passo a passo:
O estímulo inicial aconteceu através do contato auditivo com as músicas do Movimento Armorial;
em sequência, houve uma explicação breve sobre o movimento e Suassuna e visualização de vídeos do
artista paraibano. Fez- se a leitura da peça “O Casamento Suspeitoso” em sala de aula o que permitiu
fomentar o senso crítico e o desenvolvimento da discussão em grupo sobre ética. Além disso, através do
texto, os alunos puderam observar e analisar a variedade linguística utilizada pelos personagens e a
cultura nordestina presente na peça. Para inspiração à leitura dramatizada, a turma assistiu à cenas de
grupos teatrais em ação com outras peças de Suassuna, a fim de não influenciar diretamente na
confecção do personagem pelos alunos.
Tempo de duração:
Um semestre
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ARGUMENTAÇÃO E ORALIDADE - PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
Sirley Ribeiro Siqueira
1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio
Campus São Cristóvão III
Apresentação:
Em nossa sociedade, a capacidade de falar em público com desenvoltura e clareza é
extremamente valorizada nas mais diversas esferas profissionais. Se uma das tarefas da escola também é
preparar o cidadão para a vida profissional, não se pode ignorar que é preciso proporcionar atividades
que deem ao aluno a oportunidade de empregar a modalidade oral, de maneira mais formal.
Acreditamos que, assim como ocorre com a escrita padrão que vai sendo aprimorada através do
exercício constante, a fala também pode se tornar mais adequada à medida que se treina a expressão
oral. Outra razão que corrobora a necessidade de se trabalhar com a oralidade em sala de aula é a
defesa dos próprios direitos como cidadão. Em diversas ocasiões, há necessidade de se argumentar
oralmente, a fim de que direitos não sejam suprimidos ou concedidos em parte. A partir desse
entendimento, fica evidente uma das funções sociais da escola e, em especial, das aulas de Língua
Portuguesa e o quanto é importante que professor busque inserir, em seu planejamento, atividades
relacionadas à fala em público, especialmente aquela que defende e argumenta acerca de
determinado ponto de vista e que leva em consideração o interlocutor, o contexto e a situação.
Objetivo Geral:
Desenvolver a oralidade formal dos estudantes através da participação em debates acerca de
temas em destaque para a nossa sociedade.
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Objetivos Específicos:
Fundar uma Sociedade de Debates no Colégio Pedro II, a fim de se produzir conhecimento acerca
de debate, argumentação e discurso;
discutir temas relevantes para o jovem do século XXI, visto como cidadão ativo e consciente de
seus direitos e deveres;
promover debates nos quais se defendam pontos de vista diferentes por meio de argumentos
consistentes;
empregar a linguagem adequada, tendo em vista o contexto situacional e o interlocutor;
zelar pela ordem e respeito à diversidade de opiniões, fruto de uma sociedade democrática.
Recursos utilizados:
Durante a realização dos módulos preparatórios, são necessários quadro, pilot e laranjão. Ao longo
dos debates, é preciso uma sineta e um cronômetro.
Passo a passo:
Inicialmente, os alunos interessados assistem a um debate demonstrativo, promovido por alunos
universitários. A seguir, ao longo do ano, alternam-se oficinas (direcionadas a tópicos como a construção
de argumentos; a identificação de falácias; a oratória) com a participação efetiva em debates. O tema
dos debates é deliberado coletivamente, com antecedência, e os alunos são orientados a pesquisarem
sobre o assunto a fim de prepararem a sua argumentação. No dia do debate, nos quinze minutos
anteriores ao início, os alunos, por meio de sorteio, descobrem se vão se posicionar a favor ou contra a
moção (recorte dado ao tema). Deste modo, são incentivados a sempre se prepararem pesquisando
argumentos contrários ou a favoráveis à moção, o que é um exercício de empatia, ao mesmo tempo que
os prepara para a contra-argumentação.
Tempo de duração:
O projeto tem a duração de um ano letivo.
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LIVRO DE SONETOS
Flávia Amparo, Luiz Guilherme Barbosa, Máxima Gonçalves, Tainã Amaro
3ª série do Ensino Médio
Campus Engenho Novo II
Apresentação:
A partir da leitura proposta pelo Vestibular UERJ 2019, o Livro de sonetos de Vinicius de Moraes, a
equipe da terceira série propôs a leitura de sonetos visuais compostos por poetas que dialogaram com os
movimentos de vanguarda brasileiros (como Augusto de Campos e Avelino de Araújo) ou portugueses (a
POEX, como Fernando Aguiar) e, a partir dessas obras, propôs a composição de sonetos visuais por casa
estudante.
Objetivo Geral:
Familiarizar os estudantes com as técnicas de composição de vanguarda literária.
Objetivos Específicos:
Conhecer os movimentos de vanguarda da poesia das últimas décadas, pesquisar o diálogo entre
tradição e modernidade, e apropriar-se das técnicas de composição poemática para a produção de um
texto literário.
Recursos utilizados:
Os trabalhos foram realizados digitalmente com os recursos a que os estudantes têm acesso na
escola e nas suas casas.
Passo a passo:
Apresentação e leitura coletiva de um corpus de poemas selecionado, leitura conjunta do Livro de
sonetos de Vinicius de Moraes, palestra com o professor convidado Marcelo Diniz (Teoria Literária/UFRJ),
proposta de composição dos sonetos visuais.
Tempo de duração:
O projeto foi desenvolvido durante o primeiro trimestre letivo de 2018.
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PUBLICAÇÃO DO LIVRO
I SEMINÁRIO DO NUPELL – PRIMAVERA DA LEITURA
TROCANDO EXPERIÊNCIAS DE FORMAÇÃO DO LEITOR
Marta Rodrigues (organização), Ana Bernardes (revisão),
Bráulio Fernandes (produção gráfica, capa e diagramação)
Campus Humaitá II
Apresentação:
Publicação de livro com os trabalhos apresentados durante o I Seminário do Nupell – Primavera da
Leitura: trocando experiências de formação do leitor, realizado em 2016 no Campus Humaitá II.
Trata-se do segundo título publicado pela Série Flauta de Papel, selo do Nupell.
Objetivo Geral:
Divulgar os trabalhos apresentados no I Seminário do Nupell – Primavera da Leitura: trocando
experiências de formação do leitor, apresentando um painel do que vem sendo realizado na prática
docente da área e caminhos para a conquista e formação de leitores interessados e criativos
Objetivos Específicos:
Divulgar práticas docentes bem-sucedidas de formação do leitor;
Contribuir para a pesquisa e formação docente na área do ensino de leitura.
Recursos utilizados:
A publicação do livro foi financiada com recursos da Propgpec, via edital de Apoio a Núcleos de
Pesquisa.
Passo a passo:
Orientação aos participantes do Seminário para enviarem os textos completos ao Nupell;
Organização do arquivo com os textos dos participantes;
Diagramação e criação da capa;
Revisão do texto diagramado;
Solicitação de ficha catalográfica junto à Propgpec;
Solicitação de ISBN junto à Biblioteca Nacional;
Envio do arquivo à gráfica Psi7 (São Paulo);
Lançamento do livro durante o III Seminário do Nupell, no Auditório do Campus Humaitá II, em 5 de
outubro de 2018.
Tempo de duração:
O processo de edição do livro aconteceu de março de 2017 a setembro de 2018.
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PRODUÇÃO DO DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM DE ONDE VIEMOS?
Aline Fernandes Menezes, Gustavo Bravo (Filosofia), João Gregório (Matemática) e
Matheus Castro (Educação Física)
3ª série do Ensino Médio
Campus Duque de Caxias
Apresentação:
O projeto foi desenvolvido ao longo de dois meses com alunos da 3ª série do Ensino Médio do
campus Duque de Caxias. A culminância aconteceu durante a Semana Acadêmica, evento
interdisciplinar anual do campus. Em 2018, os alunos foram convidados a apresentar trabalhos que
girassem em torno do tema “Memórias e tecnologia”.
Motivados pelo triste incidente do incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, os alunos
refletiram sobre a preservação do patrimônio histórico e suas implicações éticas. Sob orientação
interdisciplinar de professores de Português, Filosofia, Educação Física e Matemática, eles produziram um
documentário em curta-metragem, no qual resgatavam algumas cenas do incidente e entrevistavam
pessoas ligadas ao Museu Nacional, como pesquisadores e técnicos.
No dia da culminância do projeto, o curta foi apresentado à comunidade escolar, em sessões que
incluíam um debate dramatizado sobre a importância da preservação do patrimônio público. Ao final, os
espectadores também eram convidados a entrar em uma sala em que se expunham informações sobre o
estado atual dos principais museus do estado. Para incentivar a ocupação desses espaços, todos
recebiam um “Passaporte dos museus”, promovido pelo Ibram, que oferece acesso gratuito a mais de
setenta museus e centros culturais do Rio de Janeiro.
Objetivo Geral:
Construir coletivamente um projeto que envolvesse a comunidade escolar e trouxesse reflexões
éticas sobre o incêndio ocorrido no Museu Nacional e sobre a necessidade de preservação do patrimônio
público.
Objetivos Específicos:
Explorar a produção de textos híbridos, por meio da produção de um documentário em
curta-metragem;
Aprimorar a capacidade argumentativa, por meio do trabalho com múltiplos pontos de
vista acerca de um mesmo tema;
Estimular a reflexão crítica sobre a preservação do patrimônio nacional, por meio do
questionamento da importância de instituições como o museu.
Recursos utilizados:
Câmera fotográfica semiprofissional (para gravação das entrevistas), fone de ouvido de celular
(para captação de áudio), computador e programa de edição de vídeos (para edição e montagem do
documentário), folhas de papel A3 (para impressão dos cartazes informando o dia e horário exibição, que
foram distribuídos pelo campus), projetor e caixa de som (para a exibição do filme).
Passo a passo:
1) Divisão da turma em subgrupos, com responsabilidades específicas: roteiro, filmagem e
edição/montagem;
2) Elaboração do roteiro.
3) Gravação das entrevistas.
4) Seleção dos trechos e imagens que seriam aproveitadas.
5) Edição e montagem do curta.
6) Produção do cartaz.
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7) Exibição do filme para a comunidade escolar.
Tempo de duração:
Aproximadamente dois meses.
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PUBLICAÇÃO DO LIVRO
NA LIDA DA ESCRITA: OFICINAS LITERÁRIAS NO COLÉGIO PEDRO II
Adriana Armony, Ana Bernardes, Luiz Guilherme Barbosa (organizadores)
Ensino Fundamental e Ensino Médio
Campi Humaitá II e Realengo II
Apresentação:
Publicação de livro com as produções literárias dos alunos participantes de oficinas literárias no
Colégio Pedro II.
Trata-se do primeiro título publicado pela Série Flauta de Papel, selo do Nupell.
Objetivo Geral:
Divulgar a produção literária de discentes do Colégio Pedro II, num processo de formação de
leitores-autores.
Objetivos Específicos:
Tornar públicos os textos produzidos pelos estudantes nas seguintes oficinas literárias:
Transescritas (Adriana Armony, Campus Humaitá II)
Projeto Harry Potter: oficina de fanfictions (Ana Bernardes, Campus Humaitá II)
Ato Zero (Luiz Guilherme Barbosa, Campus Realengo II)
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Recursos utilizados:
As oficinas literárias oferecem Bolsa de Iniciação Artística e Cultural a alguns participantes, os
demais são voluntários.
A publicação do livro foi financiada com taxa de bancada relativa a Apoio a Núcleos de Arte e
Cultura.
Ambos os recursos financeiros foram fornecidos pela Propgpec, via editais de seleção interna.
Passo a passo:
Os textos foram produzidos pelos estudantes em atividades das oficinas literárias ao longo de 2017.
Cada professor selecionou e organizou os textos de sua respectiva oficina.
Foi feita a preparação de originais para a composição do livro.
A capa foi elaborada e o livro foi diagramado.
Foi feita a revisão final do livro.
A ficha catalográfica e o ISBN foram gerados com apoio do Setor de Bibliotecas do Colégio.
O arquivo final foi enviado para impressão pela gráfica Psi7, em São Paulo.
O livro foi lançado na III Mostra de Iniciação Artística e Cultural do Colégio Pedro II, no Espaço
Cultural da Reitoria, em 26 de março de 2018.
Foi realizado também um evento de lançamento no Auditório do Campus Humaitá II, em 12 de
abril de 2018.
Tempo de duração:
A elaboração dos textos ocorreu durante as oficinas literárias de abril a novembro de 2017.
A produção do livro foi realizada de dezembro de 2017 a março de 2018.
Os eventos de lançamento aconteceram em março e abril de 2018.
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PUBLICAÇÃO DO LIVRO
NA LIDA DA ESCRITA: CARTAS DE ALUNOS DO COLÉGIO PEDRO II
Adriana Armony, Ana Bernardes, Marta Rodrigues (organizadoras)
Ensinos Fundamental e Ensino Médio
Campus Humaitá II
Apresentação:
Publicação de livro com as produções literárias dos alunos realizadas em aulas de Português no
Colégio Pedro II.
Trata-se do terceiro título publicado pela Série Flauta de Papel, selo do Nupell.
Objetivo Geral:
Divulgar a produção literária de discentes do Colégio Pedro II, num processo de formação de
leitores-autores.
Objetivos Específicos:
Tornar públicos os textos produzidos pelos estudantes nas aulas de Português, como parte dos
seguintes projetos:
Na minha pele: inspirados pela leitura do livro de Lázaro Ramos, alunos se colocam na pele do
autor e escrevem cartas para a antiga patroa da mãe do artista (Adriana Armony, 9º ano)
Novos mundos: inspirados pela leitura da Carta de Caminha, alunos relatam a descoberta de um
mundo novo, na visão ora de alienígenas chegando à Terra, ora de humanos em outros planetas
habitados (Ana Bernardes, 1ª série)
Um outro olhar: inspirados pela leitura de Dom Casmurro, alunos escrevem cartas que seriam de
Capitu, no exílio, endereçadas a Bentinho (Marta Rodrigues, 2ª série)
Recursos utilizados:
A publicação do livro será financiada com taxa de bancada relativa a Apoio a Núcleos de Arte e
Cultura, via edital de fomento da Propgpec.
Passo a passo:
Os textos estão sendo produzidos pelos estudantes em sala de aula ao longo de 2018.
Cada professora selecionará e organizará os textos de seu respectivo projeto.
Será feita a preparação de originais para a composição do livro.
A capa será elaborada e o livro será diagramado.
Será feita a revisão final do livro.
A ficha catalográfica e o ISBN serão gerados com apoio do Colégio.
O arquivo final será enviado para impressão pela gráfica Psi7, em São Paulo.
O livro será lançado na IV Mostra de Iniciação Artística e Cultural do Colégio Pedro II, no Espaço
Cultural da Reitoria, em data a ser divulgada.
Será realizado também um evento de lançamento no Auditório do Campus Humaitá II, em data a
ser divulgada.
Tempo de duração:
A elaboração dos textos está ocorrendo durante o ano letivo de 2018.
A produção do livro será realizada de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019.
Os eventos de lançamento acontecerão em fevereiro e março de 2019.