Post on 18-Apr-2015
Correção dos Aneurismas da Aorta Torácica e Toracoabdominal - Técnica de Canulação Central
Salomón S. O. Rojas, Januário M. de Souza, Viviane C. Veiga, Marcos F. Berlinck, Reinaldo W. Vieira, Domingo M. Braile, Sérgio
A. Oliveira
Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência
Equipe Prof. Dr. Sérgio A.Oliveira
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
Objetivo
Demonstrar a viabilidade do uso da CEC estabelecida entre AE e aorta ascendente e combinada com a hipotermia profunda para correção dos aneurismas torácicos e toracoabdominais.
Casuística e Método
• Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência/SP – Serviço do Prof. Dr. Sérgio Almeida de Oliveira
• Janeiro/1994 a julho/2001
• 38 pacientes
• Idade: 22-72 anos (54,6±12,7)
• Sexo masculino – 26 (68,4%)
Localização
• Torácicos – 26 (68,4%)
• Toracoabdominais – 12 (31,6%)
Etiologia dos aneurismas da aorta torácica e toracoabdominal
Etiologia Número de pacientes (%)
Trauma 01 (2,6%)
Coarctação de aorta 04 (10,5%)
Aortite sifilítica 02 (5,3%)
Aterosclerótica 10 (26,3%)
Dissecção de aorta 21 (55,3%)
Graus de hipotermia profunda utilizados na correção dos aneurismas da aorta torácica e toracoabdominal
Temperatura (°C)
Freqüência absoluta
Porcentagem (%)
15 04 10,5
18 06 15,8
19 01 2,6
20 14 36,8
21 01 2,6
23 01 2,6
25 11 28,9 Média±dp=20,6 ±3,2°C; Mediana=20,0°C, °C – graus Celsius
Tempo de Parada Circulatória
• 9 a 36 minutos• média±dp=21,3±6,1 minutos• 3 pacientes - hipofluxo
Diâmetros
• 4 a 10,5 cm
• Média±dp=8,1±1,5 cm
Análise Estatística
• Teste t de Student – amostras independentes• Teste não-paramétrico de Mann-Whitney• Verificação da associação entre variáveis de
atributo:– Teste do qui-quadrado– Teste exato de Fisher
• Verificação da associação entre variáveis quantitativas:– Correlação simples de Pearson
• Nível de significância: 5% (p < 0,05)
Resultados – Complicações Pós-Operatórias
Neurológicas
Respiratórias
Renais
04
12
02
10,5%
31,5%
5,2%
Complicações neurológicas após correção cirúrgica dos aneurismas torácicos e toracoabdominais
Diagnóstico Complicações Evolução
Aneurisma de aorta toracoabdominal tipo I
(dissecção)
Paraplegia
Acidente vascular cerebral
Óbito
Aneurisma de aorta toracoabdominal tipo II
(dissecção)Paraplegia Alta
Aneurisma de aorta toracoabdominal tipo II
(dissecção)Paraparesia Alta
Aneurisma de aorta toracoabdominal tipo I
(dissecção)Convulsão Alta
Complicações Neurológicas – Paraplegia/Paraparesia
• Aneurismas torácicos – 0% (0/26)
(IC 95%= 0 – 13,2%)
• Aneurismas toracoabdominais – 27% (3/11) - IC 95%= 6-61%
Complicações respiratórias após correção cirúrgica dos aneurismas torácicos e toracoabdominais
Diagnóstico Complicação EvoluçãoAneurisma de aorta
toracoabdominal tipo I (dissecção)Insuficiência respiratória
Óbito
Aneurisma de aorta toracoabdominal tipo I
Infecção respiratória Óbito
Aneurisma de croça da aorta e aorta descendente
Derrame pleural Alta
Aneurisma de aorta descendente Derrame pleural
Infecção respiratória
Alta
Aneurisma de aorta descendente Atelectasia Alta
Aneurisma de aorta descendente Estenose de traquéia
Traqueostomia
Alta
Diagnóstico Complicação Evolução
Aneurisma de aorta toracoabdominal tipo I (dissecção)
Atelectasia Alta
Aneurisma de aorta descendente Atelectasia Alta
Aneurisma de aorta toracoabdominal tipo III
Broncoespasmo
Infecção respiratória
Alta
Aneurisma de aorta toracoabdominal
Infecção respiratória Alta
Aneurisma de aorta toracoabdominal tipo I (dissecção)
Atelectasia
Derrame pleural
Alta
Aneurisma de aorta toracoabdominal tipo I (dissecção)
Atelectasia Alta
Complicações respiratórias após correção cirúrgica dos aneurismas torácicos e toracoabdominais
Complicações renais
• IRC prévia
• Aumento níveis uréia e creatinina
• Sem indicação de diálise
Mortalidade no pós-operatório das cirurgias de correção dos aneurismas torácicos e toracoabdominais
Diagnóstico Causa mortisAneurisma de aorta toracoabdominal tipo I (dissecção)
Infecção respiratória
Aneurisma de aorta toracoabdominal tipo I (dissecção)
Infecção respiratória
Aneurisma de aorta toracoabdominal tipo II Sangramento
Aneurisma de aorta toracoabdominal tipo II (dissecção)
Morte súbita
Aneurisma de aorta toracoabdominal tipo II (dissecção)
Baixo débito
Aneurisma de aorta descendente Insuficiência cardíaca
Aneurisma de aorta toracoabdominal tipo I (dissecção)
Infarto agudo do miocárdio
Mortalidade
Urgência
Eletiva
02 pacientes (100%)
05 pacientes (13%)
p=0,03
Conclusão
O emprego da hipotermia profunda pela CEC
estabelecida entre o átrio esquerdo e a aorta
ascendente demonstrou ser um método adequado
para o tratamento cirúrgico dos aneurismas
torácicos e toracoabdominais apresentando:
mortalidade, complicações neurológicas, renais e
respiratórias compatíveis com os achados da
literatura da época.