Post on 11-Jul-2016
Controle da Controle da RespiraçãoRespiração
Prof. Dr. Fábio Maraschin Haggsträm, PhDProf. Dr. Fábio Maraschin Haggsträm, PhD
Universidade Luterana do Brasil,Universidade Luterana do Brasil,ULBRA, Faculdade de Medicina – RS - Brasil ULBRA, Faculdade de Medicina – RS - Brasil
Divisão de Pneumologia Divisão de Pneumologia
Disciplina de FisiologiaPneumologia
Controle da RespiraçãoControle da Respiração
VOLUNTÁRIOVOLUNTÁRIOExiste para que possamos realizar outras Existe para que possamos realizar outras funções que sem ele seria impossível, como funções que sem ele seria impossível, como por exemplo, a fonação.por exemplo, a fonação.
INVOLUNTÁRIOINVOLUNTÁRIONos mantém respirando a maior parte do Nos mantém respirando a maior parte do tempo, pois durante a maior parte do tempo tempo, pois durante a maior parte do tempo nem lembramos de estar respirando. nem lembramos de estar respirando.
Controle da RespiraçãoControle da Respiração
VoluntárioVoluntário: controle das atividades. : controle das atividades. MetabólicoMetabólico: relacionado com a química do : relacionado com a química do
sangue para garantir a respiração. sangue para garantir a respiração.
Por exemplo, podemos prender a respiração através do controlador voluntário, mas após algum determinado tempo chega-se a um momento em que o controlador metabólico (estímulos não voluntários) supera em número de estímulos o controlador voluntário realizando assim a inspiração.
Regulação da RespiraçãoRegulação da Respiração
O Sistema nervosoO Sistema nervoso Ajusta freqüência ventilação alveolarAjusta freqüência ventilação alveolar Demanda do corpoDemanda do corpo PO2 e PCO2 dificilmente são alteradasPO2 e PCO2 dificilmente são alteradas
Exercício vigorosoExercício vigoroso Estresse respiratórioEstresse respiratório
O CENTRO RESPIRATÓRIOO CENTRO RESPIRATÓRIO
Vários grupos de neurôniosVários grupos de neurôniosLocalizados bilateralmente Localizados bilateralmente
Bulbo Bulbo PontePonte
3 grandes conjuntos de neurônios3 grandes conjuntos de neurônios
Grupo dorsal de neurôniosGrupo dorsal de neurônios
Ocupa quase toda extensão do Ocupa quase toda extensão do bulbobulbo
Situados núcleo do feixe solitárioSituados núcleo do feixe solitário Terminação nervosa do Terminação nervosa do
vago e glossofaríngeovago e glossofaríngeo Transmitem sinais Transmitem sinais
sensoriais de quimio-sensoriais de quimio-receptores periféricos e receptores periféricos e barorreceptoresbarorreceptores
É gerado o ritmo básico da respiraçãoÉ gerado o ritmo básico da respiração após a chegada dos estímulos dos quimio-após a chegada dos estímulos dos quimio-
receptores, o GDN transmite o impulso para os receptores, o GDN transmite o impulso para os músculos inspiratórios músculos inspiratórios
diafragma, intercostais externosdiafragma, intercostais externos estes impulsos começam como um sinal fraco que estes impulsos começam como um sinal fraco que
vão aumentando gradativamente vão aumentando gradativamente sinal inspiratório em rampa. sinal inspiratório em rampa.
Grupo dorsal de neurôniosGrupo dorsal de neurônios
Sinal Inspiratório em RampaSinal Inspiratório em Rampa
Centro PneumotáxicoCentro Pneumotáxico
Transmite impulsos continuamente para área Transmite impulsos continuamente para área respiratóriarespiratória
Controlar o ponto de interrupção Controlar o ponto de interrupção Rampa inspiratóriaRampa inspiratóriaControlando o enchimento do ciclo pulmonarControlando o enchimento do ciclo pulmonar
Sinais pneumotáxicos Sinais pneumotáxicos Fortes – inspiração < 0,5 sFortes – inspiração < 0,5 s Fracos – inspiração até 5 sFracos – inspiração até 5 s
ObjetivoObjetivoLIMITAR A INSPIRAÇÃOLIMITAR A INSPIRAÇÃOEfeito 2arioEfeito 2ario
Aumento da frequência respiratóriaAumento da frequência respiratória Limitação da inspiraçãoLimitação da inspiração
• Encurta expiraçãoEncurta expiração Forte sinal pneumotáxicoForte sinal pneumotáxico
• Aumentar FR 30-40 RPMAumentar FR 30-40 RPM
Centro PneumotáxicoCentro Pneumotáxico
Grupo ventral de neurônios
• Inativos respiração normal, tranquila
• Quando ocorre estímulo para aumento da ventilação eles são ativados
• Alguns neurônios são responsáveis pela inspiração, outros pela expiração• Estimula musculatura
abdominal
Controle Químico da RespiraçãoControle Químico da Respiração
Objetivo da respiraçãoObjetivo da respiração Manter concentrações adequadasManter concentrações adequadas
OxigênioOxigênio Dióxido de carbonoDióxido de carbono Íons HidrogênioÍons Hidrogênio
Nos tecidosNos tecidos
Sensores: detectam alterações de pH, PaO2, Sensores: detectam alterações de pH, PaO2, PaCO2.PaCO2.
São os quimiorreceptores que mandam uma São os quimiorreceptores que mandam uma ordem para o controlador central.ordem para o controlador central. Os quimiorreceptores se localizam em duas Os quimiorreceptores se localizam em duas regiõesregiõesquimiorreceptores centraisquimiorreceptores centrais que se localizam na que se localizam na
zona quimiossensível do bulbo, sendo zona quimiossensível do bulbo, sendo banhado pelo liquido cefalorraquidianobanhado pelo liquido cefalorraquidiano
quimiorreceptores periféricosquimiorreceptores periféricos que se localizam no que se localizam no arco aórtico e corpo carotídeo.arco aórtico e corpo carotídeo.
Quimiorreceptores Centrais:Quimiorreceptores Centrais:BULBOBULBO
Sensível as alterações de PCO2 Sensível as alterações de PCO2 ou H+ou H+
PCO2 estímulo indiretoPCO2 estímulo indireto H+ pouca penetração SNCH+ pouca penetração SNC
Excita outras áreas do centro Excita outras áreas do centro respiratóriorespiratório
Quimiorreceptores: efeito da PCO2Quimiorreceptores: efeito da PCO2
CO2 H2O H2CO3 H+ HCO3-
LiquorIV ventrículo
• PCO2: efeito direto PCO2: efeito direto pequeno, porém indireto pequeno, porém indireto potente (H+)potente (H+)
• Neurônios sensores da Neurônios sensores da zona quimiossensível são zona quimiossensível são excitados pelo H+excitados pelo H+
• Porém o H+ sérico não Porém o H+ sérico não ultrapassa a barreira ultrapassa a barreira hamatoliquóricahamatoliquórica
• Líquor existem menos Líquor existem menos tampões proteicos ácido-tampões proteicos ácido-basebase
Redução do Efeito Estimulante do CO2 Redução do Efeito Estimulante do CO2 Após 1 a 2 DiasApós 1 a 2 Dias
Excitação do centro respiratórioExcitação do centro respiratórioMuito grande nas primeiras horasMuito grande nas primeiras horasDiminui gradativamenteDiminui gradativamente1 a 2 dias corresponde a 1/5 do efeito1 a 2 dias corresponde a 1/5 do efeito
Reajuste renal da concentração de bicarbonatoReajuste renal da concentração de bicarbonato Modificações CO2Modificações CO2
Efeito agudo potenteEfeito agudo potenteEfeito crônico fracoEfeito crônico fraco
Sobre o controle Sobre o controle respiratóriorespiratório
Corpos aórticos
Corpo carotídeo
n. glossofaríngeo
n. vago
carótida
Quimorreceptores Quimorreceptores PeriféricosPeriféricos
Mecanismo Mecanismo acessório acessório
para o para o controle da controle da respiração respiração
Alterações na Alterações na concentração concentração
de de OXIGÊNIOOXIGÊNIO
GRDGRD
Estimulação dos Quimirreceptores Estimulação dos Quimirreceptores pela Diminuição do O2pela Diminuição do O2
• Modificações da concentrações de O2 NÃO Modificações da concentrações de O2 NÃO exercem efeito estimulatório direto sobre o exercem efeito estimulatório direto sobre o centro respiratóriocentro respiratório
• Quando o O2 diminui (abaixo do normal)Quando o O2 diminui (abaixo do normal) Quimorreceptores são estimuladosQuimorreceptores são estimulados Principalmente entre PO2Principalmente entre PO2
• 60 – 30 mmHg60 – 30 mmHg
QuimioreceptoresQuimioreceptores
80% da resposta é efetuada pelos 80% da resposta é efetuada pelos quimiorreceptores centrais.quimiorreceptores centrais.(CO2)(CO2)
20% da resposta é efetuada pelos 20% da resposta é efetuada pelos quimiorreceptores periféricos.quimiorreceptores periféricos.(O2, CO2 e H+)(O2, CO2 e H+)
A cada respiração que realizamos os A cada respiração que realizamos os receptores periféricos e centrais entram receptores periféricos e centrais entram em ação.em ação.
Caso não haja estimulo para a respiração Caso não haja estimulo para a respiração (quimiorreceptores centrais e periféricos), a (quimiorreceptores centrais e periféricos), a respiração não ocorre.respiração não ocorre.
Na respiração não há ritmicidade como no Na respiração não há ritmicidade como no coração, sendo necessário um estimulo para coração, sendo necessário um estimulo para que ela ocorra.que ela ocorra.
Tudo o que os quimiorreceptores detectam, são Tudo o que os quimiorreceptores detectam, são transmitidos ao controlador central através do transmitidos ao controlador central através do nervo vago. nervo vago.
Apnéia ObstrutivaApnéia Obstrutiva
Apnéia mistaApnéia mista
Apneia Central Apneia Central
Respiração de Cheyne-StokesRespiração de Cheyne-Stokes
Respiração de Cheyne-StokesRespiração de Cheyne-Stokes
fabio.maraschin@pucrs.br Clínica Clínica de Pneumologia - Centro Clínico PUCRS; Av. de Pneumologia - Centro Clínico PUCRS; Av.
Ipiranga, 6690 / 501 - f: 3320-5005 Ipiranga, 6690 / 501 - f: 3320-5005