Post on 09-Nov-2018
1
ISSN 2317-661X Vol. 13 – Num. 02 – Setembro 2017
www.revistascire.com.br
COLETA SELETIVA: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DE UMA ESCOLA
DO ENSINO FUNDAMENTAL
Lilian Silva BEZERRA1, Luana Suelem Correia da SILVA1, Maria Aparecida de SOUZA1,
Rodolfo Oliveira PASCHOAL²
1. Alunos do Curso de Biologia UVA/UNAVIDA. biologiauva.2014@hotmail.com
2. Orientador. Professor da UVA/UNAVIDA. rodofopas@hotmail.com
RESUMO: Diante da produção e acúmulo exagerado dos resíduos sólidos, apresenta-se a coleta seletiva como o
primeiro e o mais importante passo para fazer com que vários tipos de resíduos sólidos sigam para reciclagem ou
para uma destinação final ambientalmente correta. Umas das alternativas mais indicadas para esse tipo de
conscientização é a Educação Ambiental no âmbito escolar, onde a escola é o principal lugar que pode
desempenhar uma profunda mudança no entendimento e comportamento das pessoas em relação a destinação
desses resíduos. Partindo desta preocupação, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a percepção dos
alunos, de uma escola do Ensino Fundamental II, da cidade de Vertentes-PE com ênfase em coleta seletiva,
enfatizando os impactos ambientais gerados pelos resíduos sólidos. Foi desenvolvido seguindo uma metodologia
descritiva e exploratória, com abordagem quanti qualitativa. A coleta de dados foi realizada por meio de um
questionário estruturado para uma amostra de 69 alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental II São Luiz
no município de Vertentes-PE. Diante dos resultados obtidos, observa-se que uma parte significativa dos
entrevistados não participa do processo seletivo. Quando questionados sobre se já ouviram falar em coleta
seletiva, 68% relataram que já ouviram falar e, 32% não ouviram falar ou não conhece. Em relação a opinião dos
alunos sobre a existência de Coleta Seletiva na cidade, 72% dos entrevistados alegaram a inexistência desse
processo na cidade, e 28% afirmaram que possui a coleta seletiva. Observou-se que 36% dos entrevistados faz
separação do lixo de forma adequada em sua residência e, 64% não realiza a devida separação. Os dados revelam
que a coleta seletiva é uma prática conhecida pela maioria dos alunos, porém evidencia-se a necessidade de
implementação de ações no ambiente escolar, bem como na localidade. Sendo assim, é de fundamental
importância um bom gerenciamento no sistema de coleta seletiva, conscientizando a sociedade e os
administradores das cidades a elaborar projetos de educação contínua, utilizando intervenções pedagógicas nas
salas de aula do ensino fundamental. Construindo conhecimento e sensibilização dos alunos.
Palavras- chave: Educação Ambiental, Coleta seletiva, Conhecimento.
ABSTRACT: Faced with the production and exaggerated accumulation of solid waste, selective collection is
presented as the first and most important step to make several types of solid waste follow for recycling or for an
environmentally correct disposal. One of the most indicated alternatives for this type of awareness is
Environmental Education in the school environment, where the school is the main place that can carry out a
profound change in the understanding and behavior of the people in relation to the destination of this waste.
Based on this concern, the objective of this study was to evaluate students' perception of a primary school in the
city of Vertentes-PE, with emphasis on selective collection, emphasizing the environmental impacts generated
by solid waste. It was developed following a descriptive and exploratory methodology, with a qualitative
quantitative approach. Data collection was performed through a structured questionnaire for a sample of 69
students from the Municipal School of Primary Education II São Luiz in the municipality of Vertentes-PE.
Considering the results obtained, it is observed that a significant part of the interviewees do not participate in the
selection process. When asked if they had heard of selective collection, 68% reported they had heard, and 32%
had not heard or did not know. Regarding the opinion of the students about the existence of Selective Collection
in the city, 72% of the interviewees claimed that there was no such process in the city, and 28% said they have
the selective collection. It was observed that 36% of the interviewees do the garbage separation appropriately in
their residence and 64% do not perform the proper separation. The data show that the selective collection is a
practice known by the majority of the students, however it is evident the need to implement actions in the school
environment, as well as in the locality. Therefore, it is fundamentally important to have a good management in
the selective collection system, making society and city administrators aware of continuous education projects,
using pedagogical interventions in primary school classrooms. Building knowledge and awareness among
students.
Keywords: Environmental Education, Selective Collection, Knowledge.
2
ISSN 2317-661X Vol. 13 – Num. 02 – Setembro 2017
www.revistascire.com.br
INTRODUÇÃO
Dentre os meios de amenizar os problemas dos resíduos sólidos urbanos, juntamente
com a educação ambiental, temos o sistema de coleta seletiva, o qual se trata da separação dos
materiais com potencial de reciclagem nas fontes geradoras para posteriormente serem
recolhidos por caminhões, vinculados à Prefeitura, ou por catadores de materiais recicláveis
(COSTA, 2013).
A coleta seletiva de lixo é um processo que consiste na separação e recolhimento dos
resíduos descartados por empresas e pessoas. Desta forma, os materiais que podem ser
reciclados são separados do lixo orgânico (restos de carne, frutas, verduras e outros
alimentos). Este último tipo de lixo é descartado em aterros sanitários ou usado para a
fabricação de adubos orgânicos. Quando se volta para a questão do lixo urbano, dentre outros
problemas ambientais que se proliferam nos municípios, só terá soluções se encarada de
forma global, analisando a importância ambiental no planejamento e administração das
cidades, com a ajuda da difusão da educação ambiental por meio da inclusão social (Costa
2013).
A coleta seletiva obedece a Resolução do CONAMA nº 275 de 25 de abril de 2001,
que estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos: azul – papel e papelão,
vermelho – plástico, verde – vidro, amarelo – metal, marrom – resíduos orgânicos, preto –
madeira, roxo – resíduos radioativos, laranja – resíduos perigosos, branco – resíduos
ambulatoriais e de serviço de saúde, cinza – resíduo geral não reciclável ou misturado, ou
contaminado não passível de separação.
Com uma maior geração de lixo, consequentemente também aumenta a variedade
deste e os resíduos podem ser classificados em vários tipos conforme a sua origem sendo o
lixo urbano, formado por resíduos sólidos em áreas urbanas, incluindo os resíduos
domésticos, os efluentes industriais e domiciliares (SEMA, 2009). Devido aos problemas
ambientais gerados pela grande produção de resíduos, principalmente nos ambientes urbanos,
várias estratégias vêm sendo desenvolvidas a fim de reduzir e/ou reutilizar estes materiais
considerados como sem utilidade, materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são 185
desviados, sendo coletados, separados e processados para serem utilizados como matéria
prima na manufatura de outros bens, que utilizariam matéria prima virgem (GRIPPI, 2001).
Por ser um instrumento de transformação, a educação ambiental é essencial para a
construção de uma consciência crítica sobre o meio ambiente. A percepção sensível dos
3
ISSN 2317-661X Vol. 13 – Num. 02 – Setembro 2017
www.revistascire.com.br
sujeitos em relação ao seu habitat, ou aos elementos que compõem a paisagem e atmosfera do
lugar em que vivem, deve contribuir, assim, para estimular um senso de responsabilidade
socioambiental apurada na população, o que resultaria no desenvolvimento de ações cada vez
mais voltadas para a melhoria das condições de saneamento, contribuindo, assim, para o
equacionamento dos problemas relacionados a resíduos sólidos, incluindo a produção, coleta e
transporte até o seu destino final (LEFF, 2012).
O desenvolvimento de ações que promovam a Educação Ambiental, é essencial para o
meio ambiente. De acordo com (MAFALDO e PINHEIRO, 2011) a Educação Ambiental
deve ser prioridade para os governos e sociedade. Assim, cabe ao governo á implantação de
mais investimentos e a sociedade cabem modificar seus hábitos em prol da preservação dos
recursos naturais, pois, a única forma de se garantir a manutenção da qualidade de vida no
planeta seria com a atuação do ser humano de forma ambiental e ecologicamente correta.
Portanto, a Educação Ambiental tem como finalidades proporcionar a todos os indivíduos
apropriação de conhecimentos, o sentido dos valores, as atitudes, o interesse ativo a as ações
necessárias para proteger e melhorar o meio ambiente.
Contudo, para que se possa trabalhar esse tipo de educação em escolas é preciso á
criação de um projeto para que, a partir deste se promova novas etapa de aprendizagens e a
construção de valores e atitudes nos alunos, tendo os professores como mediadores,
mostrando a importância da implantação da coleta seletiva. Dessa forma este trabalho teve
como objetivo avaliar a percepção ambiental dos alunos, de uma escola do Ensino
Fundamental II, da cidade de Vertentes-PE visando reconhecer a importância da coleta
seletiva, a partir de uma análise da sua prática na escola e na sociedade.
OBJETIVOS
Avaliar o conhecimento sobre Educação Ambiental com ênfase em coleta
seletiva, dos alunos do 8 ° ano de ensino fundamental II, em uma Escola Pública;
Analisar se os alunos praticam coleta seletiva em casa ou ambiente escolar.
4
ISSN 2317-661X Vol. 13 – Num. 02 – Setembro 2017
www.revistascire.com.br
METODOLOGIA
Foi utilizada uma pesquisa descritiva e exploratória, com uma abordagem quali-
quantitativa. Segundo Gil (2008), o estudo descritivo, objetiva conhecer as características de
um determinado grupo, enquanto o estudo exploratório propicia uma visão geral, acerca de
determinado fato.
O trabalho foi desenvolvido na Escola Municipal São Luiz, no município de Vertentes
– PE (Figura 1). Atualmente a escola oferece o ensino Fundamental II e com esse mesmo
nível a modalidade de Jovens e Adultos (EJA), abrangendo seu funcionamento nos três
turnos, com turmas de 6° a 9°, sendo o EJA a noite. A cidade possuí uma população de 18.222
habitantes e uma área de 196,325 Km2 que perfaz limites com os município de Frei
Miguelinho, Santa Maria do Cambucá e Toritama. Vertentes se situa a 11 Km de Norte-Leste
de Toritama a maior cidade nos arredores e a Oeste de Taquaritinga do Norte. É situada a 386
metros acima do nível do mar, e tem as seguintes coordenadas geográficas: Latitude 7º 56’
13’’ Sul, Longitude: 35º 58’ 26’’ Oeste. (IBGE 2010).
Figura 1: Mapa do estado de Pernambuco, em destaque o município
Vertentes - PE. 2017.
Fonte: Wikipédia (2017)
Foi utilizado um questionário como instrumento de coleta de dados, contendo
perguntas objetivas relacionadas a Educação Ambiental com ênfase em Coleta Seletiva,
destinadas a alunos de três turmas de 8º ano do ensino fundamental II do turno da tarde, e
através deste feita a medida do nível de conhecimento dos alunos sobre a separação do lixo.
Marconi e Lakatos (2007), afirmam que um questionário consiste em um instrumento de
coleta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas apresentado por escrito à
pessoa que tem por objetivo proporcionar determinado conhecimento ao pesquisador.
Vertentes
5
ISSN 2317-661X Vol. 13 – Num. 02 – Setembro 2017
www.revistascire.com.br
Os dados foram estudados e selecionados de forma aleatória, perfazendo 69 alunos da
dada população supracitada, a coleta e compilação deles foi realizada no período
correspondente aos meses de março e abril de 2017. Os resultados foram extraídos dos
questionários e analisados por meio de estatística descritiva, utilizando valores relativos e
percentuais, apresentados em forma de tabelas e gráficos, e foi utilizado para esse proposito o
Microsoft Excel 2010.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A coleta seletiva de lixo é de extrema importância para a sociedade. Pois além de gerar
renda para milhões de pessoas e economia para as empresas, também significa uma grande
vantagem para o meio ambiente, uma vez que diminui a poluição dos solos e rios. Dessa
maneira possibilitamos o maior aproveitamento do resíduo, que antes era descartado e como
consequência do seu não aproveitamento aumentaria a quantidade de lixo causando grandes
problemas ambientais.
Diante dos resultados obtidos, observa-se que uma parte significativa dos
entrevistados não participa do processo seletivo. Quando questionados se já ouviram falar em
coleta seletiva, 68% afirma que já ouviram falar e, 32% “Não” ouviram falar ou não
conhecem (Gráfico 1).
Gráfico 1: Percentual dos alunos de 8º ano que ouviram ou não
falar de Coleta Seletiva.
Fonte: Pesquisa direta, 2017.
Um dos problemas da coleta seletiva é a falta de conhecimento da população,
conhecimento este que deve ser trabalhado em casa e no ambiente escolar. Segundo dados do
6
ISSN 2317-661X Vol. 13 – Num. 02 – Setembro 2017
www.revistascire.com.br
MEC (BRASIL, 2007, p.23) afirma que a escola desempenha um papel fundamental na vida
dos cidadãos durante o processo de aprendizagem, pois mesmo que ela não mude a sociedade
pode partilhando através de projetos com segmentos sociais que assumem os princípios
democráticos, articulando-se a eles, constituir-se não apenas como espaço de reprodução, mas
também como espaço de transformação.
Para BOFF et al (2011), a Educação Ambiental tem chamado atenção quanto à
necessidade de propostas, no meio escolar, que promovam a melhoria das relações do
ambiente e da qualidade de vida do planeta. Uma das dificuldades apresentadas, para o
enfrentamento da problemática ambiental nas escolas, refere-se aos empecilhos teóricos e
práticos para transpor o paradigma disciplinar e desenvolver concepções e práticas que
incorporem o paradigma interdisciplinar.
De acordo com o gráfico 2, observou-se que a maioria72% dos entrevistados alegaram
não ter na cidade o processo de coleta seletiva, e enquanto 28% afirmaram que possui a coleta
seletiva. Diante das informações, foi observado que a cidade não possui as lixeiras seletivas
para melhoria do Meio Ambiente.
Gráfico 2: Opinião dos alunos sobre a existência de Coleta
Seletiva em Vertentes-PE
Fonte: Pesquisa direta, 2017.
No Brasil, apesar de sua grande importância social, a coleta seletiva só existe em
443 cidades (8% do total) [CEMPRE, 2010]. A gestão de resíduos sólidos é de competência
do município, desde que estes sejam produzidos em seu território, com exceção dos de
natureza industrial, os quais podem receber tratamentos dos mais diversos tipos (MONTEIRO
et al., 2001). De acordo com o Panorama de Resíduos Sólidos publicado pela Associação
Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE, 2014), 41,6%
7
ISSN 2317-661X Vol. 13 – Num. 02 – Setembro 2017
www.revistascire.com.br
dos resíduos produzidos no Brasil, foram destinados de forma inadequada, totalizando
29.659.170 toneladas de resíduos no ano, que seguiram para lixões ou aterros controlados.
Apesar da preocupação do Governo Federal em relação à gestão de resíduos sólidos
e sua disposição ambientalmente adequada, promulgada pela PNRS, ainda são enfrentadas
grandes dificuldades, pois o prazo para desativação de áreas com disposição inadequadas
venceu em agosto de 2014, atingindo seu objetivo em apenas 58,4% dos municípios do Brasil
que destinam seus resíduos de forma adequada (ABRELPE, 2014).
O gráfico 3, observou-se que 36% dos entrevistados faz separação do lixo de forma
adequada em sua residência e, 64% não realiza essa separação, esse fato pode ser pela falta de
conhecimento acerca do potencial econômico e ambiental daquele lixo.
Gráfico 03: Percentual dos alunos que fazem a separação do
lixo de forma adequada em sua casa, na cidade de Vertentes-PE
Fonte: Pesquisa direta, 2017.
Silva e Joia (2008), afirmam que para o sucesso de um projeto de coleta seletiva é
necessária a mobilização da população através da prática de Educação Ambiental. Em estudo
desenvolvido por Silva et al (2014), com o tema voltado a reutilização de resíduos e
reciclagem com alunos do ensino fundamental, foi observado o aumento da sua percepção
quanto ao problema do acúmulo de lixo para a vida de todos, e a necessidade de cada um
fazer a sua parte no sentido de buscar uma maior qualidade de vida.
É preciso que a escola evidencie em seu projeto educativo que aquilo que a criança
vivencia fora da sala de aula também educa. As relações interpessoais nas famílias e
comunidades, a forma como os adultos tratam as crianças, a forma de lidar com a limpeza ou
com o lixo, entre outros, representam situações de ensino e aprendizagem (SILVA, 2007).
8
ISSN 2317-661X Vol. 13 – Num. 02 – Setembro 2017
www.revistascire.com.br
Analisando os dados do gráfico 4, observa-se que 97% dos entrevistados afirmaram que
na escola possui as lixeiras seletivas, desde forma os educandos começam a se familiarizar
com a presença das lixeiras e aprende a usar de forma correta.
Gráfico 04: Porcentagem dos alunos que reconhecem a
existência de lixeiras seletivas na Escola Municipal São Luiz,
no município de Vertentes – PE
97%
3%
Sim
Não
Fonte: Pesquisa direta, 2017.
Diante das respostas obtidas, foi observado também que os mesmos não utilizam de
forma adequada as lixeiras, não jogando cada objeto no seu recipiente correto, pode ser
decorrente da falta de informações acerca da coleta seletiva do lixo
9
ISSN 2317-661X Vol. 13 – Num. 02 – Setembro 2017
www.revistascire.com.br
Figura 1. A- Estrutura da Escola Municipal São Luiz B- Coletores C- D- Disposição dos coletores
de lixo, na escola.
Fonte: Pesquisa direta, 2017
Quando questionados sobre a associação dos resíduos e as cores dos coletores, na
escola, na escola, o Quadro 1 enfatiza o não conhecimento real acerca da coleta seletiva.
Quadro 1: Associações da lixeiras.
Vidro Metal Papel Plástico
Respostas certas 9 1 5 2
Respostas erradas 60 68 64 67
TOTAL 69 69 69 69 Fonte: Pesquisa direta, 2017
Trindade (2011), afirma que são inúmeras as formas de trabalhar com esse tema no
ambiente escolar, com atividades práticas, palestras, oficinas, mantendo a frequência dessas
ações para que os discentes incorporem no seu cotidiano. Isso reflete na conscientização de
A B
C D
10
ISSN 2317-661X Vol. 13 – Num. 02 – Setembro 2017
www.revistascire.com.br
todos para a busca de soluções, demonstrando as vantagens da coleta seletiva, da reciclagem,
da preservação dos recursos naturais, ou seja, a poluição do meio ambiente.
Portanto, ao fazer o trabalho de separação de resíduos, contribui-se com para uma
conscientização ambiental e, consequentemente com a preservação do Meio Ambiente. Com a
separação adequada do lixo é possível obter vantagens como: a reutilização; a reciclagem; o
melhor valor agregado ao material a ser reciclado; menor demanda da natureza; o aumento do
tempo de vida dos aterros sanitários e menor impacto ambiental quando da disposição final
dos rejeito
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A coleta seletiva, no contexto da educação ambiental é um assunto que deve ser
abordado continuamente pelos diversos setores da sociedade, e a Escola sendo espaço de
construção e reconstrução da sociedade, representa o local em que essa temática dever ser
trabalhada de forma a despertar o senso crítico das crianças e jovens, sensibilizando-os às
práticas de conservação e respeito ao espaço coletivo em que vivem, conscientizando que
dependemos do meio ambiente para nossa sobrevivência.
As intervenções pedagógicas por meio de palestras e oficinas são úteis para
proporcionar e despertar nos estudantes um senso de respeito ao meio ambiente e a sociedade.
Para ter uma maior inserção da coleta seletiva em populações é necessário uma
participação governamental, implementando medidas eficazes para reutilização de produtos
recicláveis, desenvolvendo ações sérias e concretas no âmbito educacional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS-
ABRELPE. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil. 2014. São Paulo: Abrelpe, 2014.
BOFF, E. T. O; GOETTEMS, Pauline Brendler; DEL PINO, José Cláudio. Ambiente e Vida
- O Ser Humano Nesse Contexto: Uma Estratégia de Ensino Transformadora do
Currículo Escolar. Rev. Eletrônica: Mestrado em Educ. Ambiental. ISSN 1517-1256, v. 26,
janeiro a junho de 2011.
BRASIL. MEC. UNESCO. O que fazem as escolas que dizem que fazem educação
ambiental. (2007). Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao5.pdf.>
11
ISSN 2317-661X Vol. 13 – Num. 02 – Setembro 2017
www.revistascire.com.br
Acesso em 05 de abr 2017.
CEMPRE – Compromisso Empresarial para Reciclagem. (2010), “CICLOSOFT indica
necessidade de novo impulso para a coleta seletiva”. Disponível em:
<http://www.cempre.org.br/ci_2010-0708_reciclando.php, Julho>. Acesso em 05 de abril de
2017.
COSTA, C. C. Percepção ambiental em unidades de conservação. Clube dos autores,
Sergipe: 2013.
COSTA, C. C. Percepção ambiental em escola rural de Sergipe. Educação Ambiental em
Ação, Sergipe: 2013.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisas. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GRIPPI, S. Lixo: reciclagem e sua história: um guia para as prefeituras brasileiras. Rio de
Janeiro: Interciência, 2001.
IBGE. População. 2015.
Disponívelem:<http://cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codmun=420930&idtema=
90&search=santa -catarina|lages|censo-demografico-2010:-resultados-da-amostra-
caracteristicas-da-populacao. Acesso em 26 de Março de 2017.
LEFF, E. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. 9. ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. 494 p. ISBN 9788532626097.
Mafaldo M. F. G. Pinheiro KD. Ensinando técnicas de reciclagem, reutilização e redução
dos resíduos sólidos urbanos. Revista Monografias Ambientais [Internet]. 2011 [cited 2013
jul 08] v. 3, n. 3 (2011) Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs
2.2.2/index.php/remoa/article/view/3044/1824> Acesso em: 20 de abr 2017
MARCONI, M. A; LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2007.
286p.
MONTEIRO, J. H. P. et al. Manual de Gerenciamento Integrado de resíduos sólidos. Rio
de Janeiro: IBAM, 2001.
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos hídricos (SEMA): Desperdício zero:
comece não desperdiçando esta ideia. Paraná (Brasil): Governo do Estado do Paraná, 2009.
Silva, M. S. F. e Joia, P. R. (2008), “Educação Ambiental: A participação da comunidade na
coleta seletiva de resíduos sólidos”. Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos
Brasileiros.
SILVA, E.A. ; OLIVEIRA, C.A.M. ;CUNHA, R.R.C.A. ;SOARES, R.V.S. ;TEIXEIRA, V.D.
GUENTHER, M. Educação ambiental voltada para a reutilização e reciclagem dos resíduos
sólidos no ambiente escolar: um estudo de caso no ensino fundamental em Recife (PE).
Revbea, São Paulo, V.9, n. 2, p. 412-423, 2014.
12
ISSN 2317-661X Vol. 13 – Num. 02 – Setembro 2017
www.revistascire.com.br
SILVA, D. T. S. Educação Ambiental: Coleta Seletiva e Reciclagem de Resíduos Sólidos na
Escola. Cachoeirinha-RS: FASB, 2007.
TRINDADE, N.A.D. consciência ambiental: coleta seletiva e reciclagem no ambiente escolar
Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.12; 2011 Pág.1-15