Post on 23-Nov-2021
09-04-13
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TÓPICOS AVANÇADOS EM FARMACOLOGIA I
Prof. Dr. José Wilson do Nascimento Corrêa
DCF – ICB - UFAM
Coagulação sanguínea e fármacos
antiplaquetários, anticoagulantes e
trombolíticos
OBJETIVO DA AULA
-Revisão sobre os conceitos básicos da agregação
plaquetária e coagulação sanguínea
-Discutir os mecanismos de ação de fármacos que
agem em processos trombóticos e sobre defeitos da
coagulação.
- discutir sobre a aplicabilidade clínica,
farmacocinética e interações medicamentosas mais
importantes
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Sangue
Camada adventícia;
Camada de músculo liso (vascular);
Camada de células endoteliais
Conceitos Básicos
Hemostasia: interrupção do sangramento
- Adesão e ativação plaquetária
- Formação de Fibrina (coagulação)
Trombose: formação de trombo
- Trombose venosa (estase sanguínea)
- Trombose arterial (aterosclerose)
Estágios da Hemostasia
* Coagulação Sanguínea
* Trombogênese
* Fibrinólise
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extríneseca intríneseca
protrombina trombina
fibrinogênio
plaquetas
Injúria vascular
degranulação
ativaç
ão
Bertram G. Katzung-Basic & Clinical Pharmacology(9th Edition)
plaquetas
Fibrina
Tromboquinase
tecidual
Ruptura
Vascular
Lesão/injúria/
defeito
endotelial
Fosfolípides
Quelantes de Ca2+
Citrato
EDTA
Oxalato
Fator de coagulação
Ativação da coagulação Inibição da coagulação por remoção de Ca2+
Cascata de coagulação in vivo – via extrínseca
Lüllmann, Color Atlas of Pharmacology © 2000
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Síntese susceptível à
inibição pelas
CUMARINAS
Reação susceptível à
inibição pelo complexo
HEPARINA-
ANTITROMBINA
Cascata de coagulação in vitro – via intrínseca
Fosfolípides (PI)
Trombina
Fibrina
Protrombina
Fibrinogênio
Lüllmann, Color Atlas of Pharmacology © 2000
Cascata da coagulação sanguínea como alvo
farmacológico
Bertram G. Katzung-Basic & Clinical Pharmacology(9th Edition)
Protrombina trombina
fibrinogênio fibrinogênio
Proteína Catv
Trombomodulina
Células endoteliais
Inibida por heparina
Inibida por drogas
anticoagulantes orais
“Down-regulation”
por proteína Catv
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Conceitos Básicos
Hemostasia
- Adesão e ativação plaquetária
- Formação de Fibrina
Trombose
- Trombose venosa (estase sanguínea)
- Trombose arterial (aterosclerose)
Estágios da Hemostasia
* Coagulação Sanguínea * Trombogênese
* Fibrinólise
Injúria no vaso sanguíneo (vasoespasmo)
Plaquetas
- Adesão e agregação plaquetária
- Liberação de TXA2, 5 HT e ADP
- Indução da coagulação e vasoconstrição
Prostaciclina (PGI2) - inibe a trombogênesis (inibidor
endógeno)
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Produção de Trombina
- Liberação de ADP das plaquetas
- Indução da agregação plaquetária
Plaquetas
- Perdem suas membranas
- Formam uma massa gelatinosa (metamorfose
viscosa)
Nas artérias - trombo branco
Nas veias - trombo vermelho
Agregação
Adesão
Célula endotelial com disfunções
Plaqueta Plaqueta
ativada
Fator de
von Willebrandt Fibrinogênio
Processo de geração de trombose = trombogênesis
Vamos resumir os dois slides anteriores em esquemas?
Esquema A
Lüllmann, Color Atlas of Pharmacology © 2000
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O que pode iniciar o O que pode iniciar o
processo de processo de
agregação plaquetária:agregação plaquetária:
-Colágeno
-ADP
-Trombina
-Tromboxano- A2
-Serotonina
Megacariócito
Ativação
Plaqueta
Plaqueta
ativada
Fibrinogênio Ligações que o
fibrinogênio pode
fazer:
impossível
possível
(Glicoproteína IIB/IIIA)
Agregação plaquetária (GP IIB/IIIA)
Esquema B
Lüllmann, Color Atlas of Pharmacology © 2000
Estágios da Hemostasia
* Agregação plaquetária
* Coagulação Sanguínea
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Conceitos Básicos
Hemostasia
- Adesão e ativação plaquetária
- Formação de Fibrina
Trombose
- Trombose venosa (estase sanguínea)
- Trombose arterial (aterosclerose)
Estágios da Hemostasia
* Coagulação Sanguínea
* Trombogênesis * Fibrinólise
Inibição da formação de fibrina
Como pode ocorrer a fibrinólise?
- Plasma contém inibidores de proteases
- Inibidores de proteases inativam rapidamente
as proteínas da coagulação.
- 2- antiprotease, 2- macroglobulina, 2-
antiplasmina, antitrombina III.
O que é?
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Regulação dos Processos de Coagulação x Fibrinólise
Exaustão do sistema fibrinolítico pode levar a:
COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA (CID ou CIVD)
CIVD pode ocorrer após:
- Injúria tecidual massiva (queimaduras)
- Lise celular em neoplasias
- Sepses bacteriana
FÁRMACOSFÁRMACOS QUE ATUAM NA CASCATA DE COAGULAÇÃO
Em que patologias será necessário o uso destes fármacos?
•Defeitos de coagulação hereditários:
Hemofilia clássica = deficiência de fator VIII.
Hemofilia de Christmas = deficiência de fator
IX.
•Defeitos de coagulação adquiridos:
Doença hepática. Falta de vit. K (recém-
nascidos). Excesso de terapia
anticoagulante.
Tratamento: Vit. K
•Trombose (doença trombótica ou
tromboembolítica). Infarto do miocárdio. AVC.
Trombose venosa. Embolia Pulmonar.
Trombose arterial
Trombos brancos (ricos em plaquetas)
*Trombos vermelhos (fibrina e hemáceas)
Tratamento para trombos brancos: antiplaquetários (AAS) e fibrinolíticos
Tratamento para trombos vermelhos: •Anticoagulantes injetáveis (heparina e inibidores de trombina). •Anticoagulantes orais (varfarin e correlatos)
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Desordens na
Coagulação
Redução da Coagulação Redução da Coagulação Facilitação da Coagulação
Anticoagulantes Antiagregante
Plaquetário
Trombolíticos Reposição dos FC
VII, IX, Vit K
Inibidores do
Plasminogênio
Antitrombóticos
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Regulação da função plaquetária
•Regulada por 3 categorias de substâncias:
- Agentes externos que interagem com receptores nas
membranas plaquetárias. Ex: catecolaminas, colágeno, trombina e
prostaciclina.
- Agentes produzidos no interior das plaquets que interagem com
os receptores de membrana. ADP, prostaglandina D2 e E2, serotonina.
- Agentes que são produzidos pelas plaquetas e atuam no interior
das mesmas. Prostaglandina endoperoxidases, TXA2, Ca+2.
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Situações Clínicas com Participação Importante
dos Fenômenos Tromboembólicos
• Cardiopatia Isquêmica
• Doença cerebrovascular
• Trombose venosa e embolia pulmonar
• Vasculopatia periférica
• Fibrilação Atrial
• Prótese artificias cardíacas
TROMBOEMBOLISMO VENOSO
Epidemiologia :
• 2 milhões a cada ano nos EUA
• doença silenciosa...>>> após 50 anos enfarto do miocárdio,derrame
cerebral
fatores risco : cirurgias(ortopédicas) , alterações na coagulação,
doenças auto-imunes, doenças cardiocirculatórias, tumores,
imobilidade , fármacos ( estrógenos ) .....
tríade de Virchow : estase sanguínea, lesão do . endotélio .
hipercoagulabilidade
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• Aspirina - inibe a síntese de TXA2
através do bloqueio da ciclooxigenase
(reação irreversível).
Antitrombóticos
•Dipiridamol: inibe fosfodiesterase: ↑AMPc que inibe o PAF
Único uso: profilaxia da tromboembolia em indivíduos
portadores de prótese de válvulas cardíacas.
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Glicoproteinas
Tirofiban :
Mec. de ação : ocupa o sítio de ligação do
fibrinogênio inibindo agregação plaquetária
Usos : administração i.v. seguida de infusão por
24hs no tratamento da síndrome coronariana
aguda e na angioplastia
BLOQUEADORES DE RECEPTORES DA ADP
Ticlopidina e Clopidogrel :
Mec. de ação : pró-drogas bloqueadoras irreversíveis do
receptor da adenosinadifosfato (ADP), responsável pela alteração
do formato das plaquetas e sua agregação
Farmacocinética : rápida absorção v.o. e biodisponibilidade ;
efeitos após 8 a 10 dias da administração; inibição da agregação
persiste após alguns dias da retirada
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FÁRMACOS ANTIPLAQUETÁRIOS
Ticlopidina e Clopidogrel :
• potencializam efeito associados a aspirina
indicações na prevenção de eventos cerebrovasculares
recorrentes e nas anginas
efeitos adversos : náusea, vômito , diarréia (20%)
trombocitopenia e neutropenia (1%) , hemorragia e
púrpuras trombocitopênicas (5%).
Antitrombóticos
•Ticlopidina, Clopidogrel: inibem receptores adenosínicos (Gq)
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Inibidores da agregação plaquetária
Ácido
araquidônico
Trombina
Hirudina
Argatrobam
Serotonina PAF (fator de agregação plaquetária)
AAS
Trombo-
xano A2
Abciximabe
Tirofibam
Eptifibatide
Inativo Ativo
ADP
ATP
Dipiridamol
PDE
(fosfodiesterase) AC
(adenilato ciclase)
GP IIB/IIIA
(sem
afinidade
pelo
fibrinogênio)
GP IIB/IIIA
(com
afinidade
pelo
fibrinogênio)
Ticlopidina, Clopidogrel
Anticoagulantes
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Anticoagulantes Injetáveis
• Heparina (1916 - Johns Hopkins Hospital)
• Heparina de baixo peso molecular (LDWHs)
Protamina
Heparina 3X 5000 UI s.c
30000 UI i.v.
Mastócitos
Fator de coagulação
ativado
Inativação Ativação
Heparina: origem, estrutura e mecanismo de ação
• HEPARINA = fármaco anticoagulante de baixo peso molecular.
Usada na fase aguda (vias i.v. ou s.c.)
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Via in vivo
(via extrínseca) Sistema de contato in vitro
(via intrínseca)
Heparina + AT III
Lesão Tecidual Contato
(vidro p. ex)
XIIa XII
XIa XI
IXa IX
Fibrinogênio Fibrina Fibrina estabilizada
II Protrombina IIa Trombina
X Xa
Plaquetas
- - -
-
VIIIa
PL Ca++
Va
PL Ca++
XIII
XIIIa
Ca++
Hirudina
+
+
+
-
LMWHs -
Fator Tecidual
VII a
PL
Ca ++
Heparina
Mistura de mucopolissacarídeos
Liga-se à superfície das células
Atividade biológica dependente de inibidor de
proteases plasmáticas - ANTITROMBINA III
Antitrombina III inibe as proteases que são
fatores de coagulação formando um complexo
equimolar estável.
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Sítios de ligação para a ATIIISítios de ligação para a ATIII
Heparina
Heparina cataliza a reação da antitrombina III
sem ser consumida.
Quando há a formação do complexo com a
antitrombina III, a heparina é reciclada para ser
formar novas reações.
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Mecanismo de ação da heparinaMecanismo de ação da heparina
+
Antitrombina III Heparina
Protease plasmática
Complexo ternário Complexo inativo
estável
1:1
Antitrombina III heparina Proteases plasmáticas IIa, IXa, Xa, XIIa,
calicreína
Complexo ternário Complexo inativo 1:1
+
Síntese susceptível à
inibição pelas
CUMARINAS
Reação susceptível à inibição
pelo complexo
HEPARINA+ANTITROMBINA
Inibição da cascata de coagulação
Fosfolípides (PI)
Trombina
Fibrina
Protrombina II
Fibrinogênio I
AT III
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Heparina
A Heparina apresenta 2 frações
- Alto peso molecular (HMW): 5.000-30.000
- Baixo peso molecular (LMW): 2.000-6.000
HMW - alta afinidade pela antitrombina III,
inibindo a coagulação
LMW - inibe a ativação do fator X com baixo
efeito sobre a trombina e outros fatores de
coagulação
Heparina
O efeito anticoagulante deve ser monitorado através
do tempo de parcial de tromboplastina.
Apresentações comerciais disponíveis sais de Ca++ e
de Li+ (utilizados in vitro).
resistência : pode ocorrer em pacientes c/ déficit de
antitrombina ( cirrose hepática , síndrome nefrótica e
coagulação intravascular disseminada ) altas doses de
heparina não prolongam a TTPa
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Heparina
Farmacocinética :
não é absorvida por v.o.
administração s.c. ação após 1h.- ou i.v. imediata ;
5h > t1/2 > 1h ( depende da dose e do peso
molecular: ↓ PM = ↑ t1/2 ) ;
degradada pelo sistema P450 ; eliminação urinária
Heparina
Indicações terapêuticas:
na circulação extra-corpórea
na trombose venosa
na profilaxia da trombose venosa (s.c.)
coagulação intravascular disseminada
OBS.: monitorar aPTT ( atividade parcial do tempo de
tromboplastina
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Principal efeito colateral é o sangramento (menos de
3% dos pacientes tratados ,revertido com infusão i.v. de
sulfato de protamina)
diminuição plaquetária após 5-10 dias de tratamento ;
alterações hepáticas ; osteoporose ; ↓ síntese de
aldosterona
É contraindicada em pacientes com problemas de
sangramento; hipertensão severa; úlceras; doenças
hepáticas ou renais; cirurgias cerebrais, oculares e da
coluna; durante a gestação
Efeitos colaterais da heparinaEfeitos colaterais da heparina
Efeitos colaterais da heparinaEfeitos colaterais da heparina
• Trombocitopenia:
• Doença tromboembólica
Acs contra o complexo heparina –
plaqueta
5000 plaquetas/mm3
Heparinas de Baixo PM:
Baixa incidência de
trombocitopenia, menor
sangramento e osteopenia
tratamento : suspender
heparina e substituir por inibidor
ou
tratamento : suspender
heparina e substituir por inibidor
direto da trombina ( hirudina ou
ximelagatran ).
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Via de administração da Heparina
Administrada pela s.c.(preferencialmente na
região periumbilical). Não é administrada por via
i.m., devido ao risco de hematoma.
Reversão do efeito - administracão de sulfato
de protamina (antagonista específico).
Enoxaparina
LMWH - aprovada para prevenção primária de trombose venosa
profunda após reposição de quadril.
Características : são fragmentos da UFH obtida por
despolimerização ( 1/3 do PM )
Mec. de ação : liga-se e altera estrutura da antitrombina ; inibe
fator Xa e IIa (4:1).
Farmacocinética : administração s.c., menor ligação a proteinas e
células no plasma ; maior biodisponibilidade que UFH ; pico efeito
de 3-5h; t½ 6-8h ; eliminação renal.
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• Monitorização : medida da atividade do
fator anti Xa
• Efeitos adversos : trombocitopenia ;
sangramento ; irritação local injeção ;
hematoma ; náusea / vômitos e
hipersensibilidade .
• Antídoto : sulfato de protamina ( 75%
eficácia)
Enoxaparina
Vantagens da LMWH sobre a UFH :
(a) relação dose-resposta previsível,
(b) maior biodisponibilidade,
(c) > t ½ ,
(d) ↓ trombocitopenia .
(e) ↓ hemorragia
Desvantagem :
passagem para o leite em lactantes
Enoxaparina
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FONDAPARINUX
Características : pentasacarídeo sintético (
estrutura da heparina)
Mec. ação : interage com antitrombina modifica
estrutura e inibe seletivamente fator Xa . Diferente dos
UHF e LMWH não tem ação direta sobre IIa ( trombina ).
Farmacocinética :100% absorção s.c.; pico plasmático
2h. ; liga-se no plasma somente a antitrombina ;
eliminação urinária “ in natura ”; t½ 17-21h ; efeito
anticoagulante 2-4 dias após retirada
FONDAPARINUX
Monitorização : função renal ( creatinina > 30mL/min) ;
avaliar sinais e sintomas .
Efeitos adversos : sangramento 2-3% ; sem afinidade
FP4 →não ocorre trombocitopenia ; intoxicações :não
possui antídotos.
Usos : cirurgias ortopédicas , embolismo pulmonar ,
tromboses de veias profundas
Pacientes especiais : cuidados idosos; insuficiência
renal, poucos estudos na gravidez e lactação.
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Anticoagulantes Orais
Varfarina e derivados cumarínicos
cumarina 4-OH-cumarina
dicumarol warfarina
Carboxilação de resíduos de Glutamina
Derivados de vit. K Derivados de
4-hidroxi Cumarina
Fitomenadiona = vit. K natural
Duração do efeito (dias)
Menadiona
Varfarina
Acenocoumarol
Fenprocoumona
Derivados de Vit. K e Antagonistas de Vit. K do tipo cumarínico
•Varfarin = fármaco anticoagulante de alto peso molecular. Uso prolongado. Visa oral.
•Vit. K = Quando o uso é p/ tratar e/ou prevenir sangramentos (tratamento excessivo com anticoagulante oral;
prevenir doença hemorrágica do recém nascido). Quando o uso é p/ tratar deficiências de vit.K (doença celíaca,
esteatorréia, ausência de bile
Antagonistas
de vit. K
Lüllmann,
Color Atlas of
Pharmacology
2000
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DERIVADOS DA 4 –HIDRÓXICUMARINA
Indicações terapêuticas :
• prevenção de tromboembolismo em
pacientes cirúrgicos e enfartados
• prevenção de trombose e embolismo
pulmonar causado pela heparina.
• utilizar sempre cálculo do índice (INR) e
outros fatores para cálculo da dose
• monitorização fundamental.
Varfarina (características farmacocinéticas)
• 99% ligada a albumina plasmática
• Início da ação 12-16 horas
• Meia vida 36 horas
• Utilizada como mistura racêmica (L*4x>D*)
• Metabolizada pelo sist hepático P 450
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Varfarina (características farmacodinâmicos)
• Inibe a redução da Vit K, inibindo a γ-carboxilação
de radicais de glu existentes na protrombina e nos
fatores VII,IX e X e nas proteínas C e S.
• Efeito monitorado com provas de coagulação
(determinação da INR -Relação Normalizada
Internacional).
Resíduos de
ácido glutâmico
( em
Resíduos de
ácido gama-carboxiglutâmico
( em
Forma reduzida da vit. K
(hidroquinona)
Forma oxidada da vit. K
(epóxido)
Vit. K
(quinona)
enzima
vit. K redutase
enzima
vit. K redutase
VARFARIN
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Varfarina (interações medicamentosas que potencializam o efeito)
• Ag. que inibem o metabolismo hep de drogas.
- cimetidina, imipramina, cloranfenicol, etc.
• Drogas que inibem a função plaquetária
- carbenicilina, aspirina
• Drogas que inibem a redução da vit K
- cefalosporinas
• Drogas que diminuem a disponibilidade de vit K
- antibióticos de amplo espectro e sulfonamidas
Varfarina (interações medicamentosas que reduzem o efeito)
• Vitamina K (antagonismo competitivo)
• Drogas que induzem as enzimas do Cit P450
- rifampicina, barbitúricos
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Varfarina (efeitos colaterais e contra-indicaçãoes)
• Hemorragia (particularmente intestinal ou
cerebral)
• Teratogenia - atravessa a barreira placentária.
DERIVADOS DA 4 –HIDRÓXICUMARINA
• Sensibilidade : presença de alelos da CYP2C9
diminuem o metabolismo ; ocorrem em caucasianos
(15%) e afro-americanos e asiáticos (5%)
• Toxicidade : hemorragia intracranial e gastrintestinal ;
necrose extremidades da pele ( trombose
microvascular );
• Cuidados evitar uso na gravidez; associada ao
acetoaminofeno ( potencializa warfarina → INR >6 .-
valores normais INR = 1 )
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Varfarina (reversão do efeitos)
Reversão da ação - Não está relacionada com a
quantidade da droga, mas sim, com o reestabelecimento da
atividade dos fatores de coagulação.
O que se deve fazer para a reversão dos efeitos do
Varfarin?
- Cancelar a administração da droga
- Administração de altas doses de vit K
- Administração de plasma fresco.
XIMELAGATRAN
• Composto sintético recente ( Exanta® )
mec. ação : pró-droga biotransformação hepática
(melagatran) - inibidor direto da trombina ).
farmacocinética : absorção oral, efeito rápido e
eliminação renal.
usos : tromboembolismo ; fibrilação artrial ; trombose
venosa profunda.
efeitos adversos : hepatotoxicidade.
desvantagens : não possui antídoto.
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Aplicação dos Fibrinolíticos
• No tratamento de:
-Trombose central venosa profunda
- Embolia pulmonar
- Infarto agudo do miocárdio
• Administrados por i.v.
• Promovem lise dos trombos por catalizar a formação de plasmina
(uma serina protease) a partir dos seu precursor (plasminogênio) .
• Fibrinolíticos promovem lise generalizada quando administrados
i.v.
• Tanto os trombos hemostáticos quanto a tromboembolia são
lisados por estes fármacos.
Fármacos fibrinolíticos: mecanismos de ação
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Fibrinoênese Fibrinoênese x Fibrinólisex Fibrinólise
Fármacos fibrinolíticos
Drogas que se combinam ao ativador do plasminogênio tecidual
Uroquinase - atua diretamente na conversão do plasminogênio em
plasmina, ocorre naturalmente no organismo (produzida no rim).
Estreptoquinase – comibina-se com o pró-ativador do
plasminogênio. O complexo cataliza a conversão do plasminogênio
em plasmina (origem bacteriana)
•Maior uso: Infarto de Miocárdio
•Acs anti estreptocócico
•É necessário espaço de 1 ano para nova administração
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Fármacos fibrinolíticos
Anistreplase – complexo plasminogênio – ativador da
estreptoquinase anisoisolado (APSAC)
•Acetilação protege o sítio ativo da enzima
•Grupo acil sofre hidrólise espontânea
•Injeção intravenosa rápida
•Maior seletividade para coágulos
•Maior atividade trombolítica
DrogasDrogas recombinantesrecombinantes –– ativam preferencialmente o
plasminogênio ligado à fibrina (evita-se ativação sistêmica)
-- Alteplase e Duteplase (1/2 vida curta)
- Reteplase (> ½ vida)
Fármacos fibrinolíticos
Ativadores do plasminogênio tecidua (t-PA)
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Bertram G. Katzung-Basic & Clinical Pharmacology(9th Edition)
Visão geral do mecanismo de ação de fármacos fibrinolíticos
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Tratamento dos distúrbios
hemorrágicos
Drogas utilizadas em distúrbios do sangramento
nova síntese de fatores da coagulação
Vitamina K (Koagulation - alemão)
- K1 (fitomenadiona) encontrada nos verduras verdes.
- K2 (menadiona) sintetizada por bactérias no intestino.
Vit K1 e K2 requerem sais biliares para serem absorvidas.
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Em que situações é indicado o uso da
Vitamina K
Tratamento e prevenção de :
-Sangramento devido ao uso de anticoagulantes orais
(varfarina)
- Doença hemorrágica do recém-nascido.
- Deficiência de Vit K: doença celíaca, esteatorréia, icterícia
obstrutiva ( bile)
γ-carboxilação Retomada da
síntese de
fatores com
atividade
biológica
Reversão dos efeitos anticoagulantes da Reversão dos efeitos anticoagulantes da
warfarina pela vit Kwarfarina pela vit K
Protrombina trombina
fibrinogênio fibrinogênio
Proteína Catv
Trombomodulina
Células endoteliais
Inibida por heparina
Inibida por drogas
anticoagulantes orais
“Down-regulation”
por proteína Catv
varfarina
Vitamina
K
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Drogas utilizadas em distúrbios do sangramento
Reposição de fatores da coagulação
Frações Plasmáticas
- Fator VIII (crioprecipitado)
-Proteína Plasmática obtida a partir do sangue total
- Utilizado na Hemofilia e na Doença de Willebrand (doença hemorrágica
hereditária onde há falta da glicoproteína chamada de fator de von Willebrand, sintetizado, em
situações normais pelo endotélio)
- Fator IX
- Conc. Plasm contendo protrombina, fatores IX, X e VII
- Fibrinogênio - plasma total
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Ácido aminocapróico (EACA) - inibição
competitiva da ativação do plasminogênio
Uso terapêutico:
terapia adjuvante na hemofilia
sangramento decorrente da terapia fibrinolítica
profilaxia do ressangramento de aneurismas intracranianos
Drogas utilizadas em distúrbios do sangramento
Inibidores da fibrinólise
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Bertram G. Katzung-Basic & Clinical Pharmacology(9th Edition)
Drogas utilizadas nos distúrbios hemorrágicos
aprotinina -
inibição
Ácido
aminocapróico
plasminogênio
inibição
plasmina plasmina
•Elabore um esquema representativo do mecanismo
de ação das drogas anticoagulantes,
antiplaquetárias, trombolíticas e de
restabelecimento da coagulação
•Baseado no mecanismo de ação dessas drogas,
justifique seu emprego terapêutico e efeitos
colaterais.