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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA DE POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
CLAYTON DIEGO DA LUZ
IMPLANTAÇÃO DE GESTÃO PARA TRABALHO EM ALTURA EM
TORRES DE TELECOMUNICAÇÕES
CURITIBA
2013
CLAYTON DIEGO DA LUZ
IMPLANTAÇÃO DE GESTÃO PARA TRABALHO EM ALTURA EM
TORRES DE TELECOMUNICAÇÕES
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do trabalho da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro de Segurança do Trabalho. Orientador: Prof. Msc. Roberto Serta.
CURITIBA
2013
Página reservada para ficha catalográfica que deve ser confeccionada após
apresentação e alterações sugeridas pela banca examinadora.
Deve ser impressa no verso da folha de rosto.
A Biblioteca da PUCPR oferece o serviço gratuitamente.
Para solicitar, necessário enviar o trabalho para o email
biblioteca.processamento@pucpr.br
Em até 48h a ficha será encaminhada para o email do solicitante.
CLAYTON DIEGO DA LUZ
IMPLANTAÇÃO DE GESTÃO EM TRABALHO EM ALTURA EM
TORRES DE TELECOMUNICAÇÕES
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do trabalho da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro de Segurança do Trabalho.
COMISSÃO EXAMINADORA
_____________________________________ Professor 1(Titulação e nome completo)
Instituição 1
_____________________________________ Professor 2 (Titulação e nome completo)
Instituição 2
_____________________________________ Professor 3 (Titulação e nome completo)
Instituição 3
Curitiba, ____ de ________ de 2013.
A Minha Família, que nos momentos de
minha ausência dedicados ao estudo
superior, sempre fizeram entender que o
futuro, é feito a partir da constante
dedicação no presente.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Pontifícia Universidade Católica por todos os professores que
passaram pelo meu caminho durante esses anos de aprendizado e por todos os
conhecimentos que me foi passado. Certamente deixaram um pouco deles comigo e
levaram um pouco de mim com eles. Que vocês honrem esta digna profissão e
continuem a tornar os jovens de nosso país mais sábios.
Agradeço ao Professor Roberto Serta que me orientou para a elaboração
deste projeto, pelo tempo e conhecimentos que me foi dedicado, e a todas as
pessoas que, diretamente ou indiretamente, contribuíram para a conclusão deste
estudo.
RESUMO
A área de telecomunicações tem sofrido um grande aumento em sua
demanda de produtos nos últimos anos, devido ao incremento de novas tecnologias
e formas de comunicação como internet e celulares. Os sinais recebidos geralmente
são transmitidos por antenas instaladas em torres de telecomunicação, com alturas
variáveis, que exigem que o trabalhador que atue nelas esteja exposto aos riscos do
trabalho em altura. A Norma Regulamentadora 35 – Trabalho em Altura vem para
dar os requisitos gerais de como deve ser a conduta de trabalho em altura de uma
forma ampla, porém se faz necessário que a norma seja aprimorada e
acompanhada de anexos vindouros, que abranjam diretamente cada atividade
existente de trabalho em altura, para que todas as dúvidas ou lacunas abertas para
má interpretação sejam preenchidas. Para realizar a aplicação da norma vigente, foi
estudada uma empresa especializada em instalação de torres de telecomunicação,
avaliando conduta em campo dos trabalhadores, treinamentos e documentação para
realização das atividades. Para a avaliação dessa empresa foi realizado check list
baseado na Norma Regulamentadora 35 – Trabalho em Altura, avaliando na integra
todos os requisitos exigidos pela norma, onde a empresa apresentou uma
porcentagem de 38,5% de questões em não conformidades. Também foram
elaborados modelos de Análise Preliminar de Risco e de Permissão de Trabalho,
baseados nas atividades executadas em campo pelos trabalhadores, assim como
sugestões de medidas de prevenção e atendimento da NR 35 na integra.
Palavras-chave: Torres de telecomunicação. Trabalho em altura. Pontos críticos.
ABSTRACT
Telecommunication market has increased expressively in its demand for
products in the last few years, due to the development of new technologies and ways
of communication such as internet and cellular phones. The receiving signals are
usually transmitted by antennas installed on telecommunication towers with different
heights, which demands working at height from those who work on them. Standard
Norm 35 – working at heights, comes to establish the general requirements on how
must the work procedure be carried out in a broad way, the norm, however, needs to
be improved and accompanied by incoming attachments in order to comprise directly
each work activity when it comes to working at heights, this way, all the doubts and
gaps left behind that could cause misinterpretation could be filled out. In order to
perform the application of the current norm, a company specialized in installation of
telecommunication towers was studied, analyzing the field workers conduct, training
and documents to perform the activities. The evaluation of this company was based
on the Standard Norm 35 – working at heights check list, analyzing all the
requirements requested by norm, where the company presented a percentage of
38,5% of questions that where not complying. Models of pre-risk analysis and work
permit were also developed based on the activities performed in site by workers, as
well as suggestions of prevention and assistance actions from SN 35.
Key-words: Telecommunication towers. Working at height. Breaking points.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Empresa avaliada 15
Figura 2 - Geometria da torre 26
Figura 3 - Treliçamento da torre 27
Figura 4 - Detalhe da anti-torção 28
Figura 5 - Antenas de telecomunicação 29
Figura 6 - Escada tipo marinheiro 31
Figura 7 - Plataforma de descanso 32
Figura 8 - Sistema de para-raios 33
Figura 9 - Sistema de balizamento noturno 34
Figura 10 - Cinto tipo paraquedista 46
Figura 11 - Talabarte de segurança em Y 46
Figura 12 - Talabarte de segurança 47
Figura 13 - Trava-quedas 48
Figura 14 - Trava queda de posição 48
Figura 15 - Sistema de escalada em torre 64
Figura 16 - Sistema de posicionamento em torre 65
LISTA DE GRÁFICOS
Figura 1 - Empresa avaliada 15
Figura 2 - Geometria da torre 26
Figura 3 - Treliçamento da torre 27
Figura 4 - Detalhe da anti-torção 28
Figura 5 - Antenas de telecomunicação 29
Figura 6 - Escada tipo marinheiro 31
Figura 7 - Plataforma de descanso 32
Figura 8 - Sistema de para-raios 33
Figura 9 - Sistema de balizamento noturno 34
Figura 10 - Cinto tipo paraquedista 46
Figura 11 - Talabarte de segurança em Y 46
Figura 12 - Talabarte de segurança 47
Figura 13 - Trava-quedas 48
Figura 14 - Trava queda de posição 48
Figura 15 - Sistema de escalada em torre 64
Figura 16 - Sistema de posicionamento em torre 65
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Check list 17
Quadro 2 - Categoria de riscos 18
Quadro 3 - Análise Preliminar de Riscos nas estruturas de torres. 19
Quadro 4 - Análise de risco 59
Quadro 5 - Modelo permisão de trabalho 62
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
APR Análise Preliminar de Risco
AR Análise de Risco
ART Análise de Risco da Tarefa
CAT Comunicação de Acidente de Trabalho
CNNTT Comissão Nacional Tripartite Temática
EPC Equipamento de Proteção Coletiva
EPI Equipamento de Proteção Individual
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
NBR Norma Brasileira Regulamentar
NR Norma Regulamentadora
PPRA Programa de Prevenção de Risco de Ambientais
PT Permissão de Trabalho
PUCPR Pontifícia Universidade Católica do Paraná
SRTE/SP Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 13
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO 13
1.2 OBJETIVOS 14
1.2.1 Objetivo geral 14
1.2.2 Objetivos específicos 14
1.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 15
1.3.1 Apresentação da empresa 15
1.3.2 Análise da empresa 16
1.3.3 Análise de risco 17
1.3.4 Elaboração de modelo de permissão de trabalho 22
1.3.5 Entrevista com os trabalhadores 23
2 DESCRIÇÃO DAS TORRES DE TELECOMUNICAÇÃO 24
2.1.1 ETAPAS DO PROJETO DA TORRE 25
2.1.2 Configuração Geométrica das Torres para Telecomunicação 26
2.1.3 Componentes de uma Torre para Telecomunicações 29
2.1.4 Torre em Treliça 34
3 TRABALHO EM ALTURA 36
3.1 PONTOS CHAVES DA PREVENÇÃO DE TRABALHO 39
3.2 TRABALHADORES CAPACITADOS – EXAMES MÉDICOS 41
3.3 TRABALHADORES CAPACITADOS – TREINAMENTO E PRÁTICA 42
4 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 43
5 RESULTADOS OBTIDOS 50
5.1 CHECK LIST APLICADO 50
5.2 ANÁLISE GERAL DAS RESPOSTAS 54
6 RECOMENDAÇÕES 59
6.1 ELABORAÇÃO DA ANÁLISE DE RISCO 59
6.2 ELABORAÇÃO DA PERMISSÃO DE TRABALHO 62
6.3 RECOMENDAÇÕES DE PROCEDIMENTO DE TRABALHO EM CAMPO APÓS
OS RESULTADOS 63
6.3.1 Subida da torre 64
6.3.2 No posto de trabalho 65
6.3.3 Serviço de pintura e lavagem da estrutura 66
6.3.4 Serviço de manutenção na torre 66
6.3.5 Recomendações de treinamento 66
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 68
REFERÊNCIAS 70
APÊNDICE A – CHECK LIST 73
APENDICE B – TESTE REALIZADO COM OS TRABALHADORES 78
13
1 INTRODUÇÃO
No dia 27 de março de 2012, a partir da publicação da Portaria n° 313, os
trabalhadores brasileiros que executam suas atividades em alturas superiores a dois
metros ganharam mais possibilidades de segurança. A nova norma, elaborada em
tempo recorde (cerca de um ano), dada a urgência do tema, tem como objetivo
estabelecer os requisitos mínimos e as medidas de proteção para trabalho em
altura, com grande foco na gestão da segurança. Ela cria também a Comissão
Nacional Tripartite Temática (CNTT) da NR 35, que irá acompanhar a implantação
da regulamentação, que entrou em vigor em setembro de 2012, com exceção da
obrigatoriedade de treinamento e capacitação, que seria exigido 12 meses após a
publicação da norma (março de 2013).
A importância da regulamentação se traduz pelos números. Da média de 2,5
mil acidentes de trabalho que ocorrem anualmente no país, cerca de 40% são
relativos à atividade em altura. Conforme especialistas, a maioria dos acidentes com
diferença de nível ocorrem no ramo da construção civil, seguido de perto pelas
quedas de torres na instalação de linhas de transmissão, no setor de telefonia e
elétrico em geral (BAU; ROSINHA, 2012).
Tendo em vista a necessidade da implantação das medidas de segurança, e
o grande número de empresas no ramo de telecomunicações, constata-se por
observação profissional, que muitas empresas apresentam plano de segurança para
trabalho em altura falho ou inexistente. Propõem-se assim um estudo aplicado
diretamente a uma empresa especializada no ramo de telecomunicações, voltada à
montagem de torres de telecomunicações, onde será avaliado o atendimento da
Norma Regulamentadora 35 (NR 35), as documentações e os procedimentos de
montagem das estruturas.
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO
O que para muitas pessoas é motivo de medo e vertigem é realidade na rotina
de diversos trabalhadores que realizam as mais diferentes atividades em cima de
andaimes, plataformas ou suspensos por cordas e cadeiras. A necessidade da
realização de atividades em altura e, em contrapartida, os acidentes relacionados a
este tipo de trabalho – em especial a queda, que normalmente gera acidente grave
14
ou óbito – são representativos no Brasil. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
avaliou 1.783.993 Comunicação de Acidente de Trabalho (CATs) enviados pelo
INSS, para o período de janeiro de 2005 a maio de 2008. Deste universo, constatou
em sua análise, que há 314.240 comunicações referentes a quedas. E mais: dessas
quedas há 205.832 que correspondem a quedas com diferença de nível.
O engenheiro Civil e de Segurança e auditor fiscal do trabalho da
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SP),
Gianfranco Pampalon, atribui ao trabalho em altura o maior número de acidentes
fatais na Construção Civil. Especialmente na cidade de São Paulo, dados do
Programa Estadual da Construção da SRTE demonstram que, no período de 2000 a
2008, ocorreram 58 óbitos resultantes de quedas de trabalhadores somente neste
setor. Para contribuir na redução desses acidentes e dos riscos àqueles que atuam
em altura, o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e EPC’s
(Equipamentos de Proteção Coletiva), treinamento e cuidados com a saúde do
trabalhador são essenciais. Além disso, governo, empresários e empregados têm
ampliado as discussões sobre as normas que dão diretrizes sobre a Saúde e
Segurança do Trabalho em altura, propondo alguns avanços que já começam a ser
sentidos pelos trabalhadores. (Revista Proteção n° 205 – Janeiro de 2009)
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo geral
Estudo aplicado diretamente a uma empresa especializada no ramo de
telecomunicações, voltada à montagem de torres de telecomunicações, onde será
avaliado o atendimento na integra da NR 35 – Trabalho em Altura e procedimentos
aplicados a montagem das estruturas.
1.2.2 Objetivos específicos
• Verificar se a empresa atende todas as exigências da norma, através da
aplicação de check list.
• Elaborar modelos de analise preliminar dos riscos e permissão de
trabalho.
15
• Avaliar as atividades realizadas em campo e seus riscos.
• Elaborar procedimentos a serem tomados em campo antes, durante e ao
fim da atividade com base na análise preliminar de riscos.
1.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A identificação dos riscos foi baseada em experiência adquirida pelo autor do
trabalho e por alguns estudos de casos, que durante as visitas realizadas em
campo, desde sua fundação até a conclusão dos trabalhos de montagem,
possibilitaram a identificação dos riscos mais comuns envolvidos em uma montagem
de torre para telecomunicação.
Durante as visitas em campo foram observados os procedimentos realizados
pela equipe de montagem, baseando-se nas recomendações prevista pela NR 35,
manuais diversos de procedimentos de montagem e pela experiência profissional do
autor na área.
Todas as avaliações foram feitas de acordo com as normas vigentes ao ano
de 2013, usando como material de auxilio: manuais, artigos, livros, experiência
profissional do autor e opiniões de profissionais na área.
1.3.1 Apresentação da empresa
Figura 1 - Empresa avaliada
Fonte: Arquivo pessoal
16
A empresa estudada tem pouco mais de vinte anos de atuação no mercado,
seu produto principal desde sua fundação é a fabricação e a montagem de torres
para telecomunicação. Situada na cidade de Colombo - Paraná possui um quadro de
28 (vinte e oito) funcionários, sendo 25 (vinte e cinco) homens e 03 (três) mulheres.
Grau de risco 4 (quatro). Classificada como empresa de pequeno porte, realiza
obras em todo território nacional. Seu quadro de funcionários para a realização da
atividade de montagem das torres de telecomunicação é composta por apenas uma
equipe, cujo numero varia entre quatro á cinco funcionários, sendo um o
Supervisor/Encarregado da obra, um Auxiliar de montagem de estruturas metálicas,
dois Montador de estruturas metálicas.
O corpo técnico da empresa é composto por três engenheiros civis, sendo um
de implantação e um engenheiro mecânico. O sistema de segurança do trabalho é
elaborado por um engenheiro de segurança do trabalho, terceirizado, que não se
encontra presente na empresa ou no local de montagem da estrutura.
O histórico de acidentes da empresa apresenta apenas cinco acidentes de
trabalho:
a) Perda da ponta do dedo anelar na utilização da mão francesa (pau-de-
carga) em campo;
b) Queda de trabalhador da estrutura devido á má utilização do equipamento,
ocasionando lesão na perna direita;
c) Queda de material em funcionário ao descarregar caminhão, ocasionando
lesão no braço direito;
d) Acidente de carro, ao se dirigir á local de obra, ocasionando pequenas
lesões, sem gravidade.
De acordo com as análises apresentadas pela empresa, às causas dos
acidentes estão relacionados à má utilização dos equipamentos e/ou falta de
conhecimento dos procedimentos a serem adotados.
1.3.2 Análise da empresa
Para averiguar a empresa, foi elaborado um Check List baseado nas
recomendações da NR 35. Para a elaboração desse Check List, também foram
utilizados outros diversos Check List como modelos, ou guias. As conformidades e
17
desconformidades apresentadas pela empresa estão no Apêndice A, exemplificado
no Quadro 1:
Quadro 1 - Check list
DESCRIÇÃO CONDIÇÕES SIM NÃO NA
1 Em todo trabalho que envolve risco de queda acima de 2m são obedecidos a NR 35?
2 A empresa desenvolve regularmente atividades de trabalho em altura?
3 Existem procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura?
4 A empresa adota medidas necessárias para realização de um trabalho em seguro?
Fonte: SOUZA, Edson de (2006)
1.3.3 Análise de risco
A adoção de medidas de controle deve ser precedida da aplicação de
técnicas de análise de risco. Análise de risco é um método sistemático de exame e
avaliação de todas as etapas e elementos de um determinado trabalho para
desenvolver e racionalizar toda a sequência de operações que o trabalhador
executa; identificar os riscos potenciais de acidentes físicos e materiais; identificar e
corrigir problemas operacionais e programar a maneira correta para execução de
cada etapa do trabalho com segurança. É, portanto, uma ferramenta de exame
crítico da atividade ou situação, com grande utilidade para identificação e
antecipação dos eventos indesejáveis e acidentes possíveis de ocorrência,
possibilitando a adoção de medidas preventivas de segurança e de saúde do
trabalhador, do usuário e de terceiros, do meio ambiente e até mesmo evitar danos
aos equipamentos e interrupção dos processos produtivos. A Análise de risco não
pode prescindir da metodologia científica de avaliação e procedimentos conhecidos,
divulgados e praticados na organização e, principalmente, aceitos pelo poder
público, órgãos e entidades técnicas. (RAZENTE; THOMAS; DUARTE, 2005).
Podemos classificar as categorias de risco segundo DE Cicco e Fantazzini
(1993). (Quadro 2):
18
Quadro 2 - Categoria de riscos
Categoria Tipo Características
I Desprezível -Não degrada o sistema, nem seu funcionamento; -Não ameaça os recursos humanos.
II Marginal ou Limítrofe -Degradação moderada / danos menores; -Não causa lesões; -É compensável ou controlável.
III Crítica -Degradação crítica; -Lesões; -Danos substanciais; -Coloca o sistema em risco e necessita de ações corretivas imediatas para a sua continuidade e recursos humanos envolvidos.
IV Catastrófica -Séria degradação do sistema; -Perda do sistema; -Mortes e lesões.
Fonte: De Cicco; Fantazzini (1993)
Além dos riscos de queda em altura intrínsecos aos serviços objeto da
Norma, existem outros riscos, específicos de cada ambiente ou processo de trabalho
que, direta ou indiretamente, podem expor a integridade física e a saúde dos
trabalhadores no desenvolvimento de atividade em altura. Existe, portanto, a
determinação de obrigatoriedade da adoção de medidas preventivas de controle
para tais riscos “adicionais”, com especial atenção aos gerados pelo trabalho em
campos elétricos e magnéticos, confinamento, explosividade, umidade, poeiras,
fauna e flora, ruído e outros agravantes existentes nos processos ou ambientes
onde são desenvolvidos os serviços em altura, tornando obrigatória a implantação
de medidas complementares dirigida aos riscos adicionais verificados (ROCHA,
2013).
Dentre os riscos adicionais podemos citar:
Riscos Mecânicos: São os perigos inerentes as condições estruturais do
local: falta de espaço, iluminação deficiente, presença de equipamentos que podem
produzir lesão e dano.
Elétricos: São todos os perigos relacionados com as instalações energizadas
existentes no local ou com a introdução de máquinas e equipamentos elétricos, que
podem causar choque elétrico.
Corte e solda: Os trabalhos a quente, solda e/ou corte acrescentam à
atividade os perigos próprios desta atividade específica como radiações, emissão de
19
partículas incandescentes, etc.
Líquidos, gases, vapores, fumos metálicos e fumaça: A presença destes
agentes químicos contaminantes gera condições inseguras e facilitadoras para
ocorrências de acidentes e doenças ocupacionais, nestes casos, os trabalhos não
devem ocorrer.
Soterramento: Quando o trabalho ocorre em diferença de nível maior que 2
metros com o nível do solo ou em terrenos instáveis, existe a possibilidade de
soterramento por pressão externa (ex. construção de poços, fosso de máquinas,
fundação, reservatórios, porão de máquinas, etc.)
Temperaturas extremas: Trabalho sobre fornos e estufas podem apresentar
temperaturas extremas que poderão que poderão comprometer a segurança e
saúde dos trabalhadores.
Outros Riscos
a) Pessoal não autorizado próximo ao local de trabalho;
b) Queda de materiais;
c) Energia armazenada;
d) As condições impeditivas; Condições impeditivas são aquelas situações
que por serem extremamente perigosas para a realização do trabalho
como as que ultrapassam os padrões ou limites de cautela como ventos e
chuvas fortes.
A partir da descrição dos riscos são identificados às causas (agentes) e
efeitos (consequências) dos mesmos, oque permitirá a busca e elaboração de ações
e medidas de prevenção ou correções das possíveis falhas detectadas, conforme
Quadro 3.
Quadro 3 - Análise Preliminar de Riscos nas estruturas de torres.
PRINCIPAIS RISCOS
CAUSA EFEITO CAT. RISCO
MEDIDAS PREVENTIVAS
OU CORRETIVAS Acidentes com veículos (caminhões; guindastes; betoneiras; carros).
Inabilidade Falta de atenção dos motoristas Veículos em má condição de manutenção
Lesão Fratura Morte
VI Incentivo para reduzir acidentes com veículos Manutenção preventiva Treinamento
20
PRINCIPAIS RISCOS
CAUSA EFEITO CAT. RISCO
MEDIDAS PREVENTIVAS
OU CORRETIVAS Trabalho em altura
Falta de conhecimento sobre o equipamento Falta de treinamento e prática
Lesão Fratura Morte
IV Treinamento constante e correto Cursos periódicos de atualização de detalhes simples, porém essenciais.
Trabalho com movimento de carga.
Inabilidade Falta de atenção dos operadores Incidência vento Mau posicionamento da peça durante içamento
Lesão Fratura Morte
IV Operador habilitado Evitar movimentar cargas em períodos com grandes rajadas de vento Prever prontos de içamento antes da execução da tarefa
Equipamentos elétricos (Parafusadeira, lixadeiras, marteletes).
Choque elétrico Ruídos Falta de atenção durante manuseio Vibração
Lesão Cortes Fratura Queimadura
III Treinamento Supervisão Uso de EPI Aterramento adequado Manutenção dos equipamentos
Queda de objetos
Falta de atenção Armazenamento inapropriado
Lesão Fratura Morte
IV Delimitação de área de trabalho Uso constante de capacete Recipientes adequados para armazenagem de peças pequenas
Alimentação Descanso
Má digestão Desidratação Intoxicação alimentar Falta de concentração
Tonturas Câimbras Sonolência
II Local adequado de armazenagem de alimentos Local apropriado para descanso Ingestão de líquidos
Acidentes com animais peçonhentos
Trabalho em locais desconhecidos e isolados Abertura de caminho para a chegada da estrutura e
Picadas Inchações Morte
IV Uso de botas de couro cano longo Treinamento preventivo de primeiros socorros
21
PRINCIPAIS RISCOS
CAUSA EFEITO CAT. RISCO
MEDIDAS PREVENTIVAS
OU CORRETIVAS suprimentos
Postura física (Ergonomia)
Locais apertados Locais confinados Postura inadequada
Lesão Distensões Dores musculares
III Posicionamento adequado durante execução das tarefas
Queimadura de pele
Grande exposição aos raios solares
Desidratação Inchações Câncer de pele
II Ingestão de líquidos Uso de protetor solar Uso de sombreiro e roupas
Esmagamento de Membros
Falta de atenção Lesão Fratura Perda de membros
III Treinamento Conscientização para obter maior concentração durante o trabalho
Fonte: Souza, Edson de (2006)
A queda não é o único perigo no trabalho em altura. Ficar pendurado pelo
cinturão de segurança é também perigoso. Ficar pendurado pelo cinto de segurança
gera a “suspensão inerte”, quando a parte inferior do cinto de segurança, que se
prende às pernas, impede a circulação do sangue e este se acumula nelas. Se estas
não se movem, o sangue fica lá e o coração não consegue bombear o sangue para
a cabeça provocando a “intolerância ortostática” que se caracteriza por
atordoamento, tremor, fadiga, dor de cabeça, fraqueza e desmaios. Suspensão
prolongada causada por sistemas de detecção de quedas pode causar a intolerância
ortostática que, por sua vez, pode resultar em perda de consciência seguida por
morte em menos de 30 minutos. Para reduzir os riscos relacionados à suspensão
inerte, provocada por cintos de segurança, o empregador deve implantar planos de
emergência para impedir a suspensão prolongada identificando os sinais e sintomas
da intolerância ortostática e realizando o resgate e tratamento o mais rápido
possível. Quanto mais tempo a vítima ficar suspensa, sem se mover, maiores serão
os riscos para sua saúde. Vale lembrar que após o resgate as vítimas não devem
ser deitadas na posição horizontal em nenhum momento, seja durante o resgate ou
quando chegarem ao solo. A manobra correta é deixar a vítima na posição sentada,
por pelo menos 20 minutos, mesmo se estiver inconsciente. Deixar de seguir estes
procedimentos pós-resgate pode causar danos à vítima e, às vezes, levar até a
22
morte (ROCHA, 2013).
A Análise Preliminar de Risco foi realizada visando identificar os riscos em
cada fase de atividade da montagem da estrutura, seguindo recomendações da NR
35 do Ministério Do Trabalho (2012). As fases foram divididas em:
• Movimentação de matérias, onde é descarregado o material do caminhão
e colocado na área de serviço a fim de não atrapalhar e facilitar o trabalho.
• Movimentação de materiais, içamento e montagem da estrutura, atividade
onde os materiais são içados para montagem através de pau-de-carga,
caminhão munk, guindaste ou por sistema de cordas, para peças mais
leves, cordas são usadas muitas vezes como guia e o trabalhador realiza
o aperto da estrutura om ferramentas elétricas ou manuais;
• Instalação do sistema de para-raios, operação de instalação dos
acessórios destinados a receber descarga atmosférica e conduzir até o
sistema de aterramento da torre, que se encontra em sua base. Essa
atividade é composta pela instalação do para-raios em si, instalação dos
GTZ de porcelana onde o passará um cabo de aço que servirá como
condutor.
• Pintura/retoque, fase em que se destina corrigir avarias na pintura
ocasionadas pela colisão de peças.
1.3.4 Elaboração de modelo de permissão de trabalho
De acordo com recomendações da NR 35 a permissão de trabalho deve ser
emitida no local de trabalho e deve atender aos requisitos do procedimento
específico à elaboração de análise de risco da tarefa (ART). Para emitir a permissão
de trabalho, devem ser analisadas as seguintes condições:
• Ocorrência de descargas atmosféricas (raios), ventos fortes, chuva
intensa, neve, iluminação inadequada, poeira e ruído excessivo;
• Proximidade e contato com a rede elétrica energizada;
• Isolamento e sinalização de toda a área;
• Condições inadequadas dos executantes e dos equipamentos;
• Local de implantação da obra.
23
1.3.5 Entrevista com os trabalhadores
Para efetuar um levantamento do nível de conscientização, capacitação e
treinamento dos trabalhadores envolvidos nas atividades em altura, foi elaborado um
questionário, que visa pontos básicos de boas práticas em trabalho em altura, e
pontos específicos oriundos de um bom treinamento e experiência em campo. Para
avaliar outros setores não envolvidos diretamente com a atividade em altura, foi
realizado o mesmo questionário aos responsáveis pelo setor de recursos humanos,
engenharia e produção.
Esse questionário foi elaborado baseando-se nas recomendações das
normas, pontos destacados na Cartilha de Segurança – NR 35 da Altiseg.
24
2 DESCRIÇÃO DAS TORRES DE TELECOMUNICAÇÃO
As torres de telecomunicação variam, principalmente, quanto à geometria e ao
material utilizado. São bastante comuns as torres estaiadas quadradas ou
triangulares, autoportantes quadradas ou triangulares e postes de concreto ou
metálicos.
As torres autoportantes possuem uma geometria tronco piramidal podendo
haver um trecho prismático (reto) no topo da estrutura. A utilização deste tipo de
geometria piramidal atribui à estrutura uma capacidade maior de suportar esforços
horizontais. Estas torres geralmente são compostas de uma parte reta superior,
destinada a fixar as antenas, e uma parte piramidal, bem como podem apresentar-se
em forma modulada de maneira uniforme ao longo de seu comprimento. Estas torres
podem ter seção transversal quadrada ou triangular. Os módulos medem,
normalmente, por volta de 2,5 a 3m ou o dobro desses valores, por volta de 5 ou 6
metros, em função da altura total da torre (RODRIGUES e LIMA, 2006).
As estruturas estaiadas ou autoportantes podem ser construídas tanto em
perfis metálicos de cantos vivos quanto em perfis tubulares.
Os principais carregamentos das torres de telecomunicação são: peso próprio
da estrutura, peso dos equipamentos e o carregamento provocado pelo efeito do
vento. As forças devidas ao vento são aplicadas horizontalmente na seção
transversal da torre e também aplicadas nas antenas, pois o principal esforço
horizontal é devido à ação do vento sobre. (SORIANO, 2007)
Devido ao baixo peso próprio das torres treliçadas e à rara ocorrência de
terremotos no Brasil, o vento é o carregamento determinante na elaboração do
projeto deste tipo de estrutura. É essencial, portanto, ter estimativas confiáveis do
carregamento do vento e de seu efeito na estrutura. Este carregamento pode ser
calculado, segundo a NBR 6123 (1988), por dois métodos: estático e dinâmico. A
necessidade de uma análise dinâmica das ações de vento é determinada pela
análise do período natural de vibração da torre.
A implantação de um sistema de Telecomunicações é composto basicamente
de uma torre/poste para colocação das antenas e de um abrigo para a colocação de
todos os equipamentos. (PAULO S., 2009)
25
Estes postes podem ser tubulares de concreto armados ou metálicos, e as
torres podem ser do tipo treliçadas metálicas autoportantes (ou seja, suas próprias
“pernas” ou montantes suportam o peso da mesma) de base quadrada ou triangular.
Como estas torres/postes tem a importante função de suporte das antenas, fica clara
a necessidade de um ótimo projeto para que não se tenha problemas com sinais
pela falta de rigidez das estruturas. (PAULO S., 2009)
2.1.1 ETAPAS DO PROJETO DA TORRE
O projeto de uma torre de telecomunicação, após a definição do local onde
será fixada, segue 05 etapas básicas segundo WALTER PFEIL; MICHELE PFEIL:
a) Dimensões do terreno – a partir do croqui da implantação do sistema dada
pelo cliente, deve-se analisar a ordem da grandeza da abertura da torre em relação
a sua altura necessária. Quanto mais larga for a base da torre, menor serão as
cargas nas fundações, mas dependendo de quanto alarga-se a base da torre,
aumenta-se o comprimento e o peso das barras. Portanto, um balanço econômico
deve ser alcançado entre a largura da base da torre com o tamanho dos membros
do sistema de treliçamento. Recomenda-se a menos largura na parte superior da
torre com 2 metros e aumentando linearmente de 3% a 6% até encontrar a largura
da base.
b) Silhueta da Torre – Após a definição da base da torre, deve-se fazer a
silhueta da torre que é a definição de certas características geométricas, tais como a
largura do trecho reto superior da torre; altura do trecho reto; inclinação das “pernas”
ou montantes do trecho piramidal da torre e treliçamento interno. Este treliçamento
interno consiste de diagonais principais e diagonais redundantes. As diagonais
principais devem ficar com inclinações de 45° a 70° em relação a horizontal. As
modulações das barras devem respeitar a modulação proposta pela Telebrás que é
de 5 a 6 metros.
c) Levantamento das Cargas – O cliente deve fornecer a quantidade de
antenas e as alturas em que as mesmas serão fixadas na torre. Se não estiver clara
a altura das mesmas, deve-se posicioná-las nas posições mais criticas possíveis.
Em relação às ações de vento, os projetistas devem utilizar a norma NBR 6123 –
Forças Devidas ao Vento em Edificações.
26
d) Cálculo dos Esforços e Dimensionamentos – Os cálculos dos esforços são
realizados pelo projetista utilizando diversos programas comerciais, no regime
elasto-linear.
e) Apresentação do Projeto – Geralmente a apresentação de uma torre
metálica é feita da silhueta da torre, contendo as alturas dos trechos (reto e
piramidal); largura da base e do trecho reto; posição de quadros rígidos; treliçamento
interno; posição das plataformas de trabalho (para quando temos posição correta
das alturas das antenas); tipos de perfis; quantidade de parafusos; posição da
escada marinheiro; posição da esteira vertical e também o croqui do sistema de
implantação que deverá conter a posição da esteira horizontal e do abrigo dos
equipamentos. Além dessa silhueta, deve-se apresentar o memorial de cálculo da
torre completo.
2.1.2 Configuração Geométrica das Torres para Telecomunicação
a) Recomendações Gerais (WALTER PFEIL; MICHELE PFEIL)
Figura 2 - Geometria da torre
Fonte: Autor, 2009
O desenvolvimento da geometria de uma torre inicia-se pela parte inferior da
mesma.
27
Quanto mais larga for à base da torre, menores serão as cargas nos apoios,
mas aumentando esta abertura acima do ideal, tem-se um aumento de comprimento
e consequentemente o peso de suas barras.
Portanto, um balanço econômico deve ser alcançado entre a largura da base
e o comprimento das barras.
Utiliza-se uma abertura ideal de 10cm/m para torres autoportantes para
telecomunicações.
A parte superior, ou seja, o trecho reto deve ser de no mínimo 1,60m.
Vale lembrar que o ideal é de que a estrutura seja econômica, proporcional e
muito atrativa.
b) Treliçamento das Faces da Torre (WALTER PFEIL; MICHELE PFEIL)
Figura 3 - Treliçamento da torre
Fonte: Autor, 2007
O treliçamento das faces da torre deve ser o mais simples possível, utilizando
o mínimo de barras. O ideal é de que as suas barras estejam com esforços
máximos, e para isso, o ângulo formado entre a interseção das barras não deve ser
28
menor que 15° em relação a horizontal, para que assim ocorra uma distribuição das
forças apropriadas.
Este treliçamento pode ser projetado usando um sistema de tração
compressão, um sistema de tração ou a combinação destes sistemas.
As torres autoportantes para telecomunicações podem ter bases triangulares
equiláteras ou quadradas, sendo ambas um idêntico treliçamento interno das faces.
Várias alturas de torres são obtidas pelo ajuste das alturas dos montantes
e/ou adicionando extensões do trecho piramidal ou reto, sendo estas extensões em
módulos de no máximo 6 metros de altura.
c) Sistema de Travamento Horizontal (WALTER PFEIL; MICHELE PFEIL)
Figura 4 - Detalhe da anti-torção
Fonte: Autor, 2010
Em algumas estruturas, existe a necessidade de se colocar sistema de
travamento horizontal, a fim de distribuir forças de cisalhamento e de torção.
Em torres autoportantes, este sistema também é utilizado para fornecer uma
rigidez a estrutura que reduz a distorção acusada pela força oblíqua da ação do
vento, e é chamado de quadro rígido.
Sempre que houver alteração da inclinação da torre (principalmente da
transferência do trecho piramidal para o trecho reto) deve-se utilizar um quadro
rígido neste nível.
A seção horizontal da torre, a rigidez do treliçamento das faces, e a
distribuição das forças de torções existentes na torre é que definirão a quantidade de
quadros rígidos a serem instalados e qual a sua melhor configuração.
29
Em torres quadradas, o primeiro quadro rígido a ser instalado deve estar até
20 metros em relação à fundação da torre, e esta relação deve ser atendida para a
colocação de outros quadros.
Alguns dos fatores que influenciam na quantidade de quadros rígidos em uma
torre são: tipo de treliçamento das faces; inclinação da torre; a deflexão desejada
pelo cliente no topo da torre e os comprimentos das barras que compõe a torre.
2.1.3 Componentes de uma Torre para Telecomunicações
Um projetista de torres de telecomunicações tem a necessidade de saber
quais os equipamentos que serão instalados na estrutura, para assim definir quais
os acessórios necessários.
Estes equipamentos a serem definidos são as antenas que podem ser de
vários modelos. (WALTER PFEIL; MICHELE PFEIL)
a) Antenas para Sistema de Telecomunicações
Figura 5 - Antenas de telecomunicação
Fonte: Autor, 2007
Estas antenas são utilizadas conforme a faixa de frequências em que o
sistema irá trabalhar.
As antenas de micro-ondas trabalham em faixas de frequência que variam de
335MHz a 58.2GHz, sendo disponíveis em diâmetros de 0.3 a 4.6m e são divididas
em vários níveis de performance. (WALTER PFEIL; MICHELE PFEIL)
30
Esta grande variedade de antenas de micro-ondas fornece um projeto do
sistema de telecomunicação mais fácil e eficiente.
Além das antenas de micro-ondas, existem as antenas painéis que são
chamadas de Base Station. Estes tipos de antena são ideais para serem aplicadas
em sistema de Wireless incluindo pagging e celulares. (WALTER PFEIL; MICHELE
PFEIL)
b) Acessórios
Quando se fala em acessórios para torres de telecomunicações fala-se de
todo a estrutura e materiais necessários para que o sistema funcione.
Em relação a materiais estão incluídos os cabos coaxiais/helicoidais que são
utilizados para fazerem o envio/recebimento de dados das antenas para o rádio
existente na sala de equipamentos.
Além dos cabos estão incluídos em acessórios as abraçadeiras que são
necessárias para afixação dos cabos nas barras das torres e os kits de aterramentos
das antenas e dos próprios cabos. (WALTER PFEIL; MICHELE PFEIL)
Já a estruturas necessárias são esteiras horizontais/verticais, a escada
marinheiro e as plataformas de descanso e de trabalho.
b.1) Cabos para as Antenas
A escolha dos cabos a ser utilizado está relacionada com o tipo de antena
instalada. Normalmente são dois os tipos de cabos: coaxiais e os guia de onda.
Os cabos coaxiais são circulares, e feitos com uma camada de espuma,
revestida de cobre, tendo por ultimo um material isolante. Já os guias de onda não
contem a espuma interna, e normalmente são elípticos. (WALTER PFEIL; MICHELE
PFEIL)
b.2) Escada Marinheiro
31
Figura 6 - Escada tipo marinheiro
Fonte: Autor, 2004
As escadas marinheiros são formadas por barras verticais em cantoneiras de
2”x5/16” e 2.1/2”x1/4”.
Os degraus tem largura entre 40 e 80cm, sendo formados por barras
redondas de ø 5/8”, espaçados a cada 30cm, ligados por soldas.
O guarda corpo são formados por barras chatas de 1.1/2”x3/16”, espaçadas a
cada 70cm e com diâmetro médio de 80cm.
Existe uma recomendação de que cada módulo da torre, a escada marinheiro
seja invertida, ou seja, se o módulo anterior estava instalado do lado direito da
estrutura, no próximo modulo ela estará no lado esquerdo, para que assim o
instalador utilize a plataforma de descanso, evitando acidentes. (WALTER PFEIL;
MICHELE PFEIL)
b.3) Esteiramento Vertical e Horizontal (WALTER PFEIL; MICHELE PFEIL)
Este esteiramento serve como um trilho para que se possa instalar os cabos
utilizados no sistema elétrico.
Eles são formados por cantoneiras de 2”x5/16” ou 2.1/2”x1/4”.
Quando forem as esteiras verticais, instalar a cerca de 20cm da escada de
um dos lados da escada marinheiro.
As travessas das esteiras são formadas por cantoneiras de 2”x5/16”, soldados
e espaçados a cada 50cm.
A largura da esteira deve ser calculada conforme segue:
Largura=1,5 x n° antenas x 100mm.
Quando a esteira horizontal tiver que se unir a esteira vertical, este raio deve
ser de 1,50m, evitando dessa forma, algum problema de sinal nos cabos elétricos.
32
b.4) Plataformas de Descanso e de Trabalho (WALTER PFEIL; MICHELE
PFEIL)
Figura 7 - Plataforma de descanso
Fonte: Autor, 2009
Recomenda-se que as plataformas de descanso estejam espaçadas a cada
12m de altura.
Já as plataformas de trabalho são instaladas sempre a -1m do nível da antena
a ser instalada, e consequentemente, se algum nível de descanso ficar neste nível,
será desconsiderado.
O piso destas plataformas são em chapa xadrez metálica com espessuras
que variam de 3/16” a 5/16”, conforme as distancias entre as barras de sustentação
do piso.
Este deve possuir, no mínimo, um furo de 1,5cm para cada metro quadrado
de piso, para facilitar a drenagem das águas pluviais.
Deve-se colocar rodapé em toda extensão da plataforma, formado por barras
chatas, cantoneiras ou chapas dobradas, com no mínimo 5cm acima do nível da
plataforma.
Toda plataforma seja de descanso ou de trabalho, deve conter guarda-corpo
em seus lados desabrigados, a uma altura de 1m, sendo que as diagonais da torre
não são consideras guarda-corpos.
Estes guarda-corpos devem ser projetados para suportarem uma força
horizontal de 80kg, na posição mais desagradável.
b.5) Sistema de Proteção contra Raios
33
Figura 8 - Sistema de para-raios
Fonte: Autor, 2013
Toda torre deve ser equipada no seu topo com 01 pára-raios do tipo Franklin,
em forma de bouquet. Este pára-raios deve estar fixado em um mastro de aço
zincado, com no mínimo 25.4mm de diâmetro, tendo uma altura suficiente para que
todo o sistema irradiante fique dentro do cone de proteção do mesmo.
Em cada pé da torre, deve ser instalado 01 conector, para ligações dos cabos
de aterramento da estrutura. Quando existir no local malha de terra, os respectivos
rabichos devem ser ligados aos 04 pés da torre. Na falta da malha de terra deverá
ser providenciada uma provisória. (WALTER PFEIL; MICHELE PFEIL)
Esta malha de terra provisória deve ser feita com cabos de cobre nu de
50mm² enterrado a 60cm no solo, e hastes de terra de aço cobreado revestido de
254 micrômetros; 15.9mmx3m, no mínimo.
b.6) Sistema de Balizamento Noturno e Diurno
34
Figura 9 - Sistema de balizamento noturno
Fonte: Autor, 2013
As torres devem possuir equipamentos de iluminação para balizamento
noturno de segurança. Os números de lâmpadas a serem instalada e a localização
das mesmas devem ser de no mínimo 02 no topo.
As luminárias devem ser á prova de intempéries, com vidro na cor vermelha
pigmentado, equipadas com lâmpadas equivalentes à potencia de 60W ou
sinalizador de descarga capacitiva (strobolight), alimentado em corrente alternada
(CA) ou corrente continua (CC). Os cabos para alimentação das luminárias devem
ser instaladas, obrigatoriamente, dentro de eletrodos com diâmetro de 19mm.
Em relação ao balizamento diurno, utiliza-se a pintura de faixas intercaladas
nas cores brancas e laranjas, mas sempre iniciando e terminando com a cor laranja,
estas faixas tem normalmente 1/7 da altura da estrutura, não devendo ser menor do
que 2 metros. (WALTER PFEIL; MICHELE PFEIL)
2.1.4 Torre em Treliça
A treliça é a forma mais utilizada. Ela prevê baixa resistência aerodinâmica e
economia no uso dos materiais. É formada por uma parte tronco-piramidal, junto ao
solo, e outra parte reta, na qual são fixadas as antenas. Sua seção transversal é
usualmente triangular ou quadrada. Por apresentar maior economia na execução
das ligações e ser menos suscetível aos efeitos de corrosão, o perfil cantoneira é o
mais utilizado, entretanto elementos formados por tubos são também empregados
35
com frequência. As alturas usuais deste tipo de estrutura variam entre 30 e 120m.
(PITTA, 2001).
Ao contrário das torres estaiadas, que geralmente apresentam seção
transversal constante, torres autoportantes em treliça usualmente apresentam seção
variável ao longo da altura. Esta medida gera uma grande economia na fabricação
da torre e na execução das fundações- tipicamente, uma redução de 20% na área
de exposição ao vento ao longo da altura gera uma redução de 14% no momento na
base da torre (HARITOS, STEVENS, 1983).
Outra vantagem deste tipo de estrutura sobre outros tipos tais como os postes
metálicos é o alto valor da componente aerodinâmico do amortecimento – devido à
grande distribuição da sua massa. Esta componente geralmente é maior que a
componente estrutural do amortecimento (HOLMES, 1996a).
A forma como estruturas treliçadas são modeladas também é muito variada
entre os projetistas. A estrutura pode ser modelada através de elementos de treliça
espacial – com a utilização de elementos fictícios com rigidez desconsiderável para
aumentar o grau de hiperestaticidade da estrutura – ou diretamente com elementos
de pórtico espacial (HOLMES, 1996a).
36
3 TRABALHO EM ALTURA
Segundo SBRUZZI a norma NR 35 destina-se à gestão de Segurança e
Saúde no trabalho em altura, estabelecendo requisitos para a proteção dos
trabalhadores aos riscos em trabalhos com diferenças de níveis, nos aspectos da
prevenção dos riscos de queda. Conforme a complexidade e riscos destas tarefas o
empregador deverá adotar medidas complementares inerentes a essas atividades.
O princípio adotado na norma trata o trabalho em altura como atividade que
deve ser planejada, evitando-se caso seja possível, a exposição do trabalhador ao
risco, quer seja pela execução do trabalho de outra forma, por medidas que
eliminem o risco de queda ou mesmo por medidas que minimizem as suas
consequências, quando o risco de queda com diferenças de níveis não puder ser
evitado. Esta norma propõe a utilização dos preceitos da antecipação dos riscos
para a implantação de medidas adequadas, pela utilização de metodologias de
análise de risco e de instrumentos como as Permissões de Trabalho, conforme as
situações de trabalho, para que o mesmo se realize com a máxima segurança.
Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m
(dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda. Adotou-se esta altura como
referência por ser diferença de nível consagrada em várias normas, inclusive
internacionais. Facilita a compreensão e aplicabilidade, eliminando dúvidas de
interpretação da Norma e as medidas de proteção que deverão ser implantadas.
Trabalho em altura é, portanto, qualquer trabalho executado com diferença de
nível superior a 2,0 m (dois metros) da superfície de referência e que ofereça risco
de queda. As atividades de acesso e a saída do trabalhador deste local também
deverão respeitar e atender esta norma.
O disposto na NR-35 não significa que não deverão ser adotadas medidas
para eliminar, reduzir ou neutralizar os riscos nos trabalhos realizados em altura
igual ou inferior a 2,0m.
Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.
Esta Análise de Risco deve ser efetuada por profissional legalmente
habilitado, ou seja, Engenheiro de Segurança do Trabalho, em que este vai avaliar o
local onde o trabalho que possibilita a identificação dos perigos, aspectos e desvios
de processo, que possam afetar a saúde e segurança dos trabalhadores, o meio
ambiente e a qualidade dos produtos (SBRUZZI, 2012).
37
O trabalhador deve ser informado sobre estes riscos e sobre as medidas de
proteção implantadas pela empresa, por isso a norma também estabelece que além
dos treinamentos específicos para as atividades que o trabalhador irá desenvolver,
há necessidade de capacitação e treinamento dos trabalhadores para trabalho em
altura, a ser realizado antes dos trabalhadores iniciarem suas atividades em altura e
depois, deve ser repetido periodicamente. (SBRUZZI, 2012).
Este treinamento deverá ser conduzido por profissional legalmente habilitado,
ou seja, Engenheiro de Segurança do Trabalho, que compreende (SBRUZZI, 2012):
- informação ao trabalhador, dos dispositivos aplicáveis desta Norma, e os
demais aplicáveis de outras Normas Regulamentadoras ou normas técnicas que
possam ter interferência com o trabalho em altura a apresentação da análise de
risco;
- treinar o trabalhador a conhecer e interpretar as análises de risco, podendo
contribuir para o aprimoramento das mesmas, assim como identificar as possíveis
condições impeditivas à realização dos serviços durante a execução do trabalho em
altura.
- riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e
controle;
- sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva, incluindo o
conhecimento teórico e prático da utilização dos equipamentos de proteção coletiva
aplicáveis às atividades em altura que o trabalhador irá desenvolver e suas
limitações de uso.
- equipamentos de proteção individual para trabalho em altura: seleção,
inspeção, conservação e limitação de uso;
- acidentes típicos em trabalhos em altura;
- condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de
resgate e de primeiros socorros.
A norma também exige que tanto contratante como contratado, atendam
diversas responsabilidades:
38
• Ao empregador
a) Garantir a implantação das medidas de proteção estabelecidas na NR
35;
b) Assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a
emissão da Permissão de Trabalho - PT;
c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de
trabalho em altura;
d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do
trabalho em altura, pelo estudo, planejamento e implantação das ações
e das medidas complementares de segurança aplicáveis;
e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento
das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas
contratadas;
f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e
as medidas de controle;
g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de
adotadas as medidas de proteção definidas nesta Norma;
h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar
situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou
neutralização imediata não seja possível;
i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para
trabalho em altura;
j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão,
cuja forma será definida pela análise de riscos de acordo com as
peculiaridades da atividade;
k) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista
na NR 35.
• Ao contratado
a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em
altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador;
39
b) colaborar com o empregador na implantação das disposições contidas
na NR 35;
c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que
constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua
segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando
imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as
medidas cabíveis;
d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam
ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.
3.1 PONTOS CHAVES DA PREVENÇÃO DE TRABALHO
A avaliação prévia dos serviços a executar em altura é uma excelente prática
de grande utilidade para a identificação e antecipação dos eventos indesejáveis e
acidentes, não passíveis de previsão nas análises de risco realizadas e não
considerados nos procedimentos elaborados, em função de situações específicas
daquele local, condição ou serviço que foge à normalidade ou previsibilidade de
ocorrência. Conhecida como, “conversa ao pé do poste” ou “diálogo preliminar de
segurança”, a avaliação prévia deve ser realizada no local do serviço com a
participação do superior e trabalhador ou equipe, considerando a ordem de serviço,
os procedimentos de trabalho com instruções de segurança, os equipamentos,
ferramentais, mediante a participação de todos no desenvolvimento de “análise
crítica da situação real”, possibilitando: (ROCHA, 2013).
• Revisar os procedimentos programados, estudando e planejando as ações
a executar;
• Equalizar o entendimento de todos, com a eliminação de dúvidas de
execução, conduzindo ao uso de práticas seguras de trabalho e as
melhores técnicas, sabidamente corretas, testadas e aprovadas.
• Alertar acerca de outros riscos possíveis, não previstos nas instruções de
segurança dos procedimentos;
• Discutir a divisão de tarefas e responsabilidades;
• Encontrar problemas potenciais que podem resultar em mudanças no
serviço e, até mesmo, no procedimento de trabalho;
40
• Identificar problemas reais que possam ter sido ignorados durante a
seleção de equipamentos de segurança e de trabalho;
• Difusão de conhecimentos, criando novas motivações.
• Sempre que novos riscos ou novas soluções forem identificados, ou
quando novas técnicas para realizar o trabalho em altura forem adotadas
o trabalhador deverá receber informações e treinamentos para eliminar ou
neutralizar estes novos riscos.
• Outros pontos chaves de prevenção podem ser citados, como:
• Assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja
forma será definida pela análise de riscos de acordo com as
peculiaridades da atividade.
• O empregado deverá paralisar atividade de trabalho se considerar que ela
envolve grave e iminente risco para a segurança e saúde dos
trabalhadores ou de outras pessoas.
Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser
afetadas por suas ações ou omissões no trabalho. Os autorizados a trabalhar em
altura devem ter atenção em suas ações ou omissões que impliquem em
negligência, imprudência ou imperícia, zelando tanto pela sua segurança e saúde
como pela de outras pessoas que possam ser afetadas, podendo ter de responder
civil e criminalmente. (ROCHA, 2013).
Medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo
de execução; Esta é a melhor alternativa, pois ela simplesmente elimina o risco de
queda. Já existem medidas alternativas consagradas para se evitar o trabalho em
altura em algumas tarefas.
Medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade
de execução do trabalho de outra forma; É conceito universal que as medidas de
proteção coletiva devem ser planejadas e desenvolvidas com a análise de risco
realizada e aplicado mediante procedimentos, entendido como forma padronizada
do proceder (fazer) ou implantar a medida de proteção programada. O procedimento
deve ser documentado, divulgado, conhecido, entendido e cumprido por todos os
trabalhadores e demais pessoas envolvidas. (ROCHA, 2013).
Medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de
41
queda não puder ser eliminado. Trabalhos em altura com ventos podem provocar
hipotermia no caso de locais frios causam sensação térmica, muitos graus abaixo do
que o termômetro marca. Em caso de chuva ou garoa associada a vento retira calor
do corpo, portanto para alguns casos é necessário haver recomendação de uso de
vestimentas adequadas ou restringir o trabalho em caso de ventos fortes. O calor
intenso sem a proteção e a hidratação adequada pode causar desidratação e
consequente mal súbito (desmaio, fraqueza, etc.) (ROCHA, 2013).
3.2 TRABALHADORES CAPACITADOS – EXAMES MÉDICOS
Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi
submetido e aprovado em treinamento.
O Trabalho em Altura envolve riscos de queda. Por isso, para realizá-lo é
necessário que o empregado faça exames ocupacionais que comprovem aptidão
para a atividade (SOUZA, 2006).
Os exames devem considerar os seguintes aspectos críticos:
• Sistema nervoso (visão – acuidade, campo visual, visão estereoscópica;
audição – acuidade, equilíbrio e coordenação motora);
• Aparelho cardiovascular (freqüência e ritmos cardíacos e pressão arterial);
• Anamnese clínico ocupacional visando identificar alterações do sono,
psicológicas e psiquiátricas;
Por meio dos exames ocupacionais, é possível verificar se os executantes:
• Estão habilitados física e mentalmente,
• Possuem conhecimentos dos riscos,
• Estão capacitados para a realização de suas atividades.
Os Exames levam a quatro possíveis resultados:
1) O empregado examinado está habilitado física e mentalmente para o
trabalho a ser realizado;
2) O empregado examinado possui alterações de saúde em que se torna
42
impossível o exercício da atividade em altura. Logo, ele não poderá
executar o trabalho;
3) O empregado apresenta alguma alteração, mas não o suficiente para
impedi-lo de executar o trabalho. Assim, ele é considerado apto, mas
deverá participar de um grupo de controle específico;
4) O empregado apresenta limitações temporárias de saúde que podem
representar risco ao Trabalho em Altura. Nesse caso, ele precisa ser
afastado e só retornar às suas atividades depois de uma reavaliação e
liberação pelo médico responsável.
3.3 TRABALHADORES CAPACITADOS – TREINAMENTO E PRÁTICA
De acordo com a cartilha de segurança da Altiseg (2012) “NR 35 Trabalho em
Altura”, considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi
submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima
de oito horas, cujo conteúdo programático deve no mínimo incluir:
a) Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;
b) Análise de Risco e condições impeditivas;
c) Piscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção
e controle;
d) Sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;
e) Equipamentos de proteção individual para trabalho em altura: seleção,
inspeção, conservação e limitação de uso;
f) Acidentes típicos em trabalho em altura;
g) Condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de
resgate e de primeiros socorros.
43
4 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Equipamento de Proteção Individual (EPI) é todo dispositivo ou produto de
uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho – de acordo com a NR 6, item 6.1.
Segundo AMAZONAS (2013), muito mais do que a compatibilidade outorgada
pela NR 6 para o conjunto cinto/talabarte ou cinto/travaqueda (ver comunicado XXIII
no site do MTE), o sistema de trabalho deve ser entendido e aceito pelo usuário
final, sua equipe de trabalho, seus supervisores, os consultores das empresas, os
fornecedores de equipamentos e pelo profissional legalmente habilitado que validará
a ancoragem. A composição do conjunto pela NR 6 acabou por tirar um pouco a
responsabilidade dos envolvidos no sistema e criou uma máxima: "se tem
Certificado de Aprovação o con-junto é seguro". Isto acaba por gerar um risco, pois,
este conjunto pode ser seguro em determinada situação e ter limitações em outras.
Durante a análise de risco é que será identificada sua possibilidade de uso, que
deve ser validada pela Permissão de Trabalho.
A utilização dos EPI’s será direcionada de acordo com o risco que o
trabalhador estiver exposto. Sua escolha deve se basear no estudo e na avaliação
de riscos existentes no local de trabalho:
• Tempo de exposição ao risco;
• Frequência;
• Gravidade;
• Condições do local de trabalho e seu entorno;
• Tipos de danos possíveis ao trabalhador;
• Estatura física do trabalhador.
Os EPI’s para trabalho em altura foi escolhidos visando evitar os seguintes
acidentes:
• Esmagamentos, decorrentes de a ação de posicionamento de peças ao
serem içadas;
• Fratura, Morte, devido ao trabalhador estar sujeito ao risco de queda da
44
estrutura;
• Batidas contra, ocasionadas pelo movimento de peças;
• Ergonomia, Lombalgia, postura de trabalho em local de difícil acesso e
espaço de trabalho limitado;
• Lesão, causadas por queda de materiais.
De acordo com as orientações da Cartilha de Segurança (2012), os EPI’s
recomendados para a atividade são:
• Cinturão paraquedista;
• Cinturão abdominal;
• Talabarte de segurança antiqueda;
• Talabarte de posicionamento;
• Trava-queda para uso em linha rígida;
• Absorvedor de energia;
• Conector tipo gancho, gancho pequeno, mosquetão e malha rápida.
Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções dos EPI,
acessórios e sistemas de ancoragem, destinados à proteção de queda de altura,
recusando-se os que apresentem defeitos ou deformações. Antes do equipamento
novo ou usado ser utilizado pela primeira vez por um usuário específico, esse
usuário deve assegurar que seja apropriado para a aplicação pretendida, que
funciona corretamente, e que está em boas condições. Antes de usar um cinturão de
segurança pela primeira vez é recomendável que o usuário seja ajudado na
execução de um teste em um lugar seguro para assegurar que o cinturão é de
tamanho correto, tem ajuste suficiente e um nível de conforto aceitável para o uso
pretendido, inclusive suspensão.
Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os
EPI, acessórios e sistemas de ancoragem. Estas inspeções devem fazer parte da
rotina de toda a atividade realizada em altura, minuciosa verificação das condições
de segurança e integridade de todos os dispositivos de segurança para o trabalho
em altura deverá ser realizada pelo próprio trabalhador e quando possível também
pelo supervisor.
45
Para utilizar equipamentos de proteção, é preciso que eles estejam sempre
em condições adequadas. Assim, a inspeção é fator essencial do processo e todos
os EPI e EPC devem ser verificados antes do início de qualquer atividade.
Verifique se alguns equipamentos de proteção apresentam:
• Deformação;
• Trinca;
• Oxidação acentuada;
• Rachaduras;
• Cortes;
• Enfraquecimento das molas;
• Costuras rompidas.
Na empresa estudada, a revisão dos EPI’s era realizada apenas em fabrica,
no recebimento dos mesmos e após a obra. Foi indicado que a inspeção dos EPI’s
seja realizada nos seguintes passos:
• Na entrega antes dos trabalhadores se dirigirem a campo, facilitando
assim a troca;
• Ao começar o trabalho em campo, para averiguar se no deslocamento
empresa/campo não ouve danos aos equipamentos;
• Ao término da atividade, inspecionando caso houve alguma avaria no
equipamento;
• Na devolução dos EPI’s á empresa, encaminhando os que contenham
possíveis defeitos para conserto ou para descarte.
As verificações em todas as etapas devem verificar os pontos dispostos nas
figuras abaixo:
1) Cinto tipo paraquedista
O cinturão de segurança tipo paraquedista fornece segurança quanto a
possíveis quedas e, posição de trabalho ergonômico. (Figura 10).
É essencial o ajuste do cinturão ao corpo do empregado para garantir a
correta distribuição da força de impacto e minimizar os efeitos da suspensão inerte.
46
Figura 10 - Cinto tipo paraquedista
Perfurações ou cortes
nas fitas
Trincas ou danificações
nas fivelas
Rompimento nas costuras
ou na forração
Perfurações ou cortes
nas fitas frontais
Trincas ou fissuras
nas argolas
Checar se há trincas
ou danificações nas fivelas
Rompimento de pontos
das costuras
Fonte: Adaptado de PROTEÇÃO, 2011
2) Talabarte de segurança em Y
Equipamento de segurança utilizado para proteção contra risco de queda na
movimentação no trabalho em altura. (Figura 11).
Figura 11 - Talabarte de segurança em Y
Checar mosquetões: travas
e molas, identificando se há
fissuras ou deformações
Checar mosquetões:
travas e molas,
identificando se há
fissuras ou deformações
Checar a fita de poliéster,
identificando qualquer
corte ou perfuração
Checar a fita de conexão
do mosquetão,
identificando possíveis
danos ou desgastes.
Checar todas as costuras,
observando se há
rompimentos
Checar absorvedor de energia
para identificar se há
rompimentos
Checar todas as costuras,
observando se há
rompimentos
Fonte: Adaptado de PROTEÇÃO, 2011
47
3) Talabarte de segurança
Equipamento de segurança utilizado para proteção contra risco de queda no
posicionamento nos trabalhos em altura, sendo utilizado em conjunto com cinturão
de segurança tipo paraquedista. (Figura 12).
O equipamento é regulável permitindo, que seu comprimento seja ajustado.
Figura 12 - Talabarte de segurança
Checar se há fissuras
no trava quedas.
Checar se há cortes,
desgastes ou
rompi-mento de alguns
fios da corda do
talabarte.
Checar se há fissuras no
mosquetão e se a trava
está em perfeito estado
Checar se há fissuras ou
trincas no mosquetão, travas
e molas nos mosquetões
Checar a fita de poliéster,
identificando qualquer corte ou
perfuração. Retirar de uso
4) Fonte: Adaptado de PROTEÇÃO, 2011
5) Trava-quedas
É um dispositivo de segurança utilizado para proteção do empregado contra
quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado
com cinturão de segurança tipo paraquedista. (Figura 13).
Esses elementos travam quando submetidos a carga em um sentido de
deslocamento, através de uma pressão pontual entre a parte móvel do aparelho e a
corda. É muito importante ressaltar que não podem, em hipótese alguma, serem
utilizados como descensores, visto que o bombeiro não conseguiria controlar a
velocidade de descida se pressionasse a parte móvel do trava-quedas.
48
Figura 13 - Trava-quedas
Checar se as duas travas estão ativadas
antes do uso
Checar se há rompimento de pontos das
costuras
Checar se há nós, perfurações ou cortes
nas cordas
Checar se há perfurações ou cortes nas
fitas
Checar mosquetões: travas e molas,
identificando se
há fissuras ou deformações
Fonte: Adaptado de PROTEÇÃO, 2011
6) Trava queda de posição:
É um dispositivo que permite criar pontos de ancoragem.(Figura 14).
Figura 14 - Trava queda de posição
Checar a fita de
poliéster, identificando
qualquer corte ou
perfuração. Retirar de
uso.
Checar se há cortes,
desgastes ou
rompimento de alguns
fios da corda do
talabarte.
Checar se há fissuras
ou trincas no
mosquetão, travas e
molas nos mosquetões.
Checar se há fissuras
no trava quedas.
Checar se há fissuras no
mosquetão e se a trava está
em perfeito estado.
Fonte: Adaptado de PROTEÇÃO, 2011
Como recomendação os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem que
apresentarem defeitos, degradação, deformações ou sofrerem impactos de queda
devem ser inutilizados e descartados, exceto quando sua restauração for prevista
em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, normas internacionais. Quando
apresentarem defeitos, degradação, deformações ou sofrerem impactos de queda
pontos de ancoragem, cinturões de segurança, talabartes, absorvedores de energia,
cabos, conectores e trava-quedas devem ser descartados e inutilizados para evitar
49
reuso.
50
5 RESULTADOS OBTIDOS
5.1 CHECK LIST APLICADO
Após a análise da empresa através do Check List (Apêndice A), foi
averiguado que a empresa apresentava algumas desconformidades em relação NR
35.
A empresa não apresentava procedimento operacionais, apesar das
estruturas das torres de telecomunicação apresentarem geometria diferente,
variando altura, abertura de base e de topo, diâmetro e espessuras dos tubos e
cantoneiras, o procedimento de montagem segue um padrão, sendo alterado
apenas devido as situações encontradas ao entorno do local de montagem da
estrutura.
A não fiscalização do cumprimento das normas. A não fiscalização do
cumprimento das normas era devido a falta de documentação para registrar a
mesma, a verificação apenas era realizada pelo supervisor de obras.
A atualização dos funcionários era realizada apenas nos treinamentos
ministrados, não existe nenhuma comunicação interna para atualização dos
mesmos. Novas práticas de trabalho ou novos sistemas apenas eram difundidos
quando os trabalhadores recebiam os cursos.
O controle das atividades realizadas em campo e oque cada trabalhador
deveriam realizar, era realizado apenas pelo supervisor de obras, sem nenhuma
documentação para realiza-la.
O treinamento recebido pelos funcionários não é um treinamento especifico
para torres de telecomunicação, mas sim, um treinamento generalizado, que
abrangia todas as áreas do trabalho em altura. A falta de um treinamento especifico
e direcionado para a pratica realizada pode acarretar em riscos aos trabalhadores.
Empresa não possui APR ou PT, controle de riscos das atividades era apenas
realizo verbalmente, entre supervisor de obras e demais trabalhadores.
A inspeção dos EPI’s não era realizada regularmente. Sua inspeção era
realizada pelo supervisor de obras que ao identificar o comprometimento de algum
equipamento, providenciava a troca e informava ao financeiro.
O empresa não possuía plano de emergência, este consistia apenas no
treinamento de resgate em altura do funcionário e aplicação dos primeiros socorros.
51
Das 80 questões aplicadas no check lis (Apêndice A) baseado nas exigências
da NR 35, 38,5% das questões apresentavam-se em desacordo com a norma.
Grande parte das questões em desacordo com a norma esta relacionado a
documentação exigida para realização da atividade em altura. A avalição geral das
questões levantadas é apresentado no gráfico 1:
Gráfico 1 - Total das questões
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.
Nas questões do check list que dizia relação ao treinamento dos
trabalhadores, de um total de 7 questões, 4 não foram atendidas. Essas questões
em desconformidade eram a respeito da análise de riscos, condições impeditivas de
trabalho e inspeção de EPI’s que deveriam ser realizadas pelo trabalhador. A
avaliação das questões é representada no gráfico 2:
61,5%38,5%
Total das questões do check list da NR 35
Atende
Não Atende
52
Gráfico 2 - Avaliação do treinamento
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.
Com relação ao treinamento bienal realizado pelo empregador, apresentou-se
o maior numero de conformidades com a NR 35, as questões que apresentaram
desconformidades foram em relação a treinamento posterior ao retorno do
trabalhador após afastamento por período superior a noventa dias, devia ao caso
nunca ter acontecido, e a falta de análise de risco antes de toda atividade em altura.
A questão que não se aplicava a empresa fazia relação a mudanças de
procedimentos, condições ou operações de trabalho, caso que não ocorre devido às
estruturas apresentarem o mesmo procedimento de montagem, apenas sofrendo
algumas alterações devido a condições do entorno dela. Conforme gráfico 3.
3
4
Avaliação do treinamento do check list
da NR 35
Atende
Não atende
Perguntas:
53
Gráfico 3 - Realização de treinamento bienal
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.
Nas questões que diziam respeito à análise de risco, foi encontrada o maior
numero de desconformidades com o check list elaborado com a NR 35. Essas
desconformidades aparecem devido a empresa não possuir ou não utilizar
documentação de controle para o serviço em campo, como por exemplo, a PT,
procedimento de inspeção de EPI e a APR, assim como não realizar avaliação dos
riscos diretos e indiretos da atividade. Esses quesitos mostraram-se mais
preocupantes, apesar da avaliação dos riscos ser realizada pelo supervisor de
obras, não existe registro ou comunicado que a mesma tenha sido realizada. Isso
pode acarretar, não somente a expor à equipe de campo a situação que possam não
ter sido observadas, mas também como prejudicar a empresa legalmente, pois não
possui controle e acompanhamento das medidas preventivas tomadas em campo.
Os resultados são exemplificados no gráfico 4.
17
21
Realização de treinamento bienal do
check lis da NR 35
Atende
Não Tende
Não se aplica
54
Gráfico 4 - Análise de risco
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.
5.2 ANÁLISE GERAL DAS RESPOSTAS
Do questionário aplicado (Apêndice B) para as funções de auxiliar de
montagem, montador, supervisor de obras, engenharia, produção e recursos
humanos, observou-se que das 20 questões aplicadas, onde 13 destinavam-se as
questões práticas da atividade realizada em campo, e 7 questões teóricas,
relacionadas ao conhecimento básico de segurança de trabalho, ouve um acerto de
56,67% (Gráfico 5), ou seja, pouco mais que metade das questões. Conforme
gráfico 5.
16
18
Análise de risco
Atende
Não atende
55
Gráfico 5 - Análise dos resultados gerais
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.
1) Auxiliar de montagem e Montadores
Das 20 questões avaliadas, apenas 4 questões teóricas e 4 questões práticas
foram acertadas, média de acerto de 40% das questões totais da avaliação como
mostra o gráfico 6. Observou-se que apesar dos trabalhadores possuírem o
treinamento de trabalho em altura, essa baixa taxa de acerto se deve á pouca
experiência dos trabalhadores em campo e a baixa escolaridade, visto que a maioria
possui ensino incompleto, a má instrução muitas vezes do supervisor de obras e a
falta de um curso de trabalho em altura direcionado exclusivamente á atividade de
montagem de estruturas metálicas. Conforme gráfico 6.
8 8
15
11
0
2
4
6
8
10
12
14
16
acertos
Montadores
Auxiliar de montagem
Supervisor
Eng. RH e Produção
56
Gráfico 6 - Análise de dados Montadores
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.
2) Supervisor de obras
Das 20 questões avaliadas, ouve um acerto de 15 questões, sendo 5 teóricas
e 10 praticas, ou seja 75% das questões como mostra o gráfico 7. Essa taxa de
acerto esta relacionada ao bom grau de instrução do supervisor de obras que já
havia passado por cursos e reciclagem de trabalho em altura, e a sua experiência na
área. Os erros se atribuem á má informação gerada pelos cursos, onde duvidas ou
informações incoerentes são deixadas para interpretação do trabalhador, como por
exemplo, as questões relacionadas as praticas a serem realizadas antes do inicio do
trabalho em campo, como a revisão do procedimento a ser adotado, os
esclarecimentos em relação aos riscos. Conforme gráfico 7.
4 4
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
Acertos
Questões teoricas
Questões práticas
57
Gráfico 7 - Análise dos resultados Supervisor de obras
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.
3) Engenharia, Produção e Recursos Humanos
Das 20 questões avaliadas, ouve um acerto de 11 questões, sendo 4 teóricas
e 7 praticas, ou seja 55% das questões como mostra o gráfico 4, isso se deve ao
bom grau de instrução dos trabalhadores, e ao bom senso. Os erros podem se
atribuídos á falta de experiência na área, a falta de cursos de treinamento em altura
ou desconhecimento das ferramentas usuais. Conforme gráfico 8.
Gráfico 8 - Análise dos resultados Eng. Produção e RH
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.
4) Observações
Após observação da atividade em campo, constatou-se que os trabalhadores
possuíam um bom conhecimento dos procedimentos de segurança e aplicavam os
5
10
0
2
4
6
8
10
12
Acertos
Questões teoricas
Questões práticas
5
7
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Acertos
Questões teoricas
Questões práticas
58
mesmos de forma correta, porem quando ao preenchimento do questionário
submetido, apresentaram insegurança nas respostas.
59
6 RECOMENDAÇÕES
Após aplicação do check list e a análise dos resultados do questionário,
Apêndice A e Apêndice B respectivamente, elaborou-se modelos de APR e PT para
adequação do controle da atividade em altura, e algumas sugestões de
procedimento em campo foram dadas, afim de sanar duvidas apresentadas pelos
trabalhadores.
6.1 ELABORAÇÃO DA ANÁLISE DE RISCO
Devido à empresa apresentar a falta da APR, foi sugerida a elaboração de um
modelo, abrangendo especificamente a atividade exercida, conforme Quadro 4.
Quadro 4 - Análise de risco
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO (APR) Número:
000/2013
Data de início: ____/____/_____ ás:_____:_____
Data término: _____/____/_____ ás:_____:_____
Pág. n°:
Tipo de trabalho a ser realizada: Trabalho em altura
Local da obra:
Setor responsável: Engenharia de Implantação – Montagem externa
FASES DA ATIVIDADE
RISCOS EFEITO MEDIDAS PREVENTIVAS
OU CORRETIVAS Movimentação de materiais
Queda de peças Batidas contra Esmagamento
Lesão Fratura Cortes Lombalgias Risco ergonômicos
Limpeza da área; Análise da área contra possíveis obstruções; Isolar a área com fita ou telas Movimentar a carga na menor altura possível Utilizar cordas como guia Utilizar cintas com capacidade de 5 ton. e travas com manilhas Adotar postura correta para levantar peso Utilizar EPI’s recomendados Operador habilitado
60
FASES DA ATIVIDADE
RISCOS EFEITO MEDIDAS PREVENTIVAS
OU CORRETIVAS Movimentação de matérias; içamento e montagem da estrutura.
Risco físico Quedas Batidas contra Esmagamento de membros
Lesão Fratura Morte Lombalgias Riscos ergonômicos
Execução realizada por pessoal treinado Evitar içamento de cargas quando houver rajadas de vento muito fortes Prever pontos de içamento Utilização de EPI’s recomendados Equipamento de içamento deve ser utilizado apenas por pessoal treinado Isolar a área Manter contínua comunicação com pessoal em solo Delimitar a área de atuação Utilizar recipiente adequado para armazenamento de ferramentas
Instalação do sistema de para-raios
Descarga elétrica Queimaduras A instalação deve apenas ser realizada sob a ausência de intempéries Antes da realização do serviço verificar se a estrutura encontra-se desernegizada Utilizar EPI’s recomendados
Pintura - Retoque
Riscos físicos Queimaduras Lesões na pele
Utilização de EPI’s recomendados Não permitir o trânsito de pessoas no pé da estrutura Baldes de tinta não devem conter mais que 200 ml de tinta
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO DE USO OBRIGATÓRIO
Cinto tipo pára-quedista ou alpinista com fixação peitoral, dorsal e lateral para trabalho em altura e resgate; Mosquetão com capacidade de 2.200 kg; Capacete classe A de segurança injetado de polipropileno e jugular com três pontos de ancoragem na parte interna do casco (próprio para alpinismo); Corda em poliamida com capacidade de 3.000 kg e semi-estática; Bota de segurança antiderrapante e em couro;
61
Luva de segurança com boa flexibilidade e adotada para o tipo de serviço a ser executado; Óculos de segurança lente escura para minimizar claridades das fachadas; Óculos de segurança lente transparente; Talabartes com capacidade com mínimo de 2.200 kg. Escada metálica. Capacete para trabalho no solo. Protetor solar.
PROVIDENCIAS E VERIFICAÇÕES ANTES DO INICIO DA ATIVIDADE
oooo Isolar a área oooo Limpar a área
oooo Verificar aterramento da estrutura
oooo Assinatura dos trabalhadores na PT
oooo Verificação dos EPI’s
oooo Verificação se os EPI’s estão sendo usados corretamente
oooo Revisão dos procedimentos e estudo das ações
oooo Alerta sobre riscos
PROVIDENCIAS E VERIFICAÇÕES AO TÉRMINO DA ATIVIDADE
oooo Limpeza da área
oooo Discussão sobre procedimento
oooo Verificação e armazenagem de EPI’s
oooo Verificação e armazenagem correta de ferramentas
oooo Fechamento da PT
PARTICIPANTES DA ELABORAÇÃO E DO TREINAMENTO DESSA ANÁLISE DE RISCO
ELABORADORES Nome/matrícula Assinatura
EXECUTANTES Declaro que tomei conhecimento do conteúdo deste documento e comprometo-me a seguir todos os passos /recomendações/procedimentos e itens de verificação contidos no mesmo. Nome R.G. Cargo/Função Assinatura Supervisor de obras Montador de
estruturas
Montador de estruturas
Auxiliar de montagem
Fonte: Adaptado de NR 35 do Ministério do Trabalho. Guia para Elaborar Análise de Risco, 2012
62
6.2 ELABORAÇÃO DA PERMISSÃO DE TRABALHO
Como a empresa não apresentava a PT nas realizações dos trabalhos foi
sugerido à elaboração e implantação da mesma.
A Permissão de Trabalho (PT) foi formulada a partir da Análise Preliminar de
Risco (APR), juntamente com informações coletadas com funcionários, supervisores,
engenheiros e por observação da atividade.
Ao final foi apresentado o seguinte modelo de PT para a empresa:
Quadro 5 - Modelo permisão de trabalho
PERMISSÃO PARA REALIZAÇÃO DE TRABALHO EM ALTURA AUTORIZAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DE TRABALHO Início:_____/_____/_____ às:_____:_____ Término:_____/_____/_____ às:_____:_____
PT N°
Área / Setor: Permissão concedida à: Responsável: IMPORTANTE: Permissão válida somente até o final do turno. Permissão anulada quando: a) Mudam as condições tornando perigosa a continuação do trabalho; b) Atrasa-se o serviço ou este mude de data.
ATIVIDADE A SER REALIZADA Montagem de estrutura Reaperto da estrutura Instalação do sistema de balizamento Instalação do sistema de aterramento
Pintura/retoque Linha de vida vertical Limpeza/lavagem da estrutura Instalação de antenas e acessórios
RISCOS ENCONTRADOS Movimentação de cargas Ventos fortes Poeiras/fumos/fumaça Risco elétrico Chuva Equipamento irregular Animais peçonhentos Umidade na estrutura Descargas atmosféricas Iluminação inadequada Temperatura Trabalhador inapto
EQUIPAMENTOS A SEREM UTILIZADOS Cinturão de segurança tipo paraquedista
Talabarte de segurança tipo Y com absorvedor de energia
Cordas de segurança (linha de vida) Talabarte de segurança tipo regulável
Capacete Mosquetões
Luvas Dispositivo trava quedas Botas Fita de ancoragem Estropo Cinta de ancoragem
63
TODOS OS ITENS DEVERÃO SER AVALIADOS E ASSINALADOS CORRETAMENTE
S N N/A
1 Procedimentos a serem realizados foram revisados? 2 Existe algum risco não listado? 3 Todos os trabalhadores estão aptos para realização dos
serviços?
4 Todas as dúvidas sobre a atividade foram sanadas? 5 Todos foram alertados a respeito dos riscos? 6 Ouve difusão do conhecimento? 7 O serviço será executado por no mínimo duas pessoas? 8 Equipamentos a serem utilizados estão em boas condições de
uso?
9 Os EPI’s necessários para execução do serviço foram entregues aos funcionários?
10 Os EPI’s necessários para execução do serviço são adequados e estão em boas condições de uso?
11 Existem meios seguros para subida e descida de materiais e/ou ferramentas?
12 Os trabalhadores possuem ASO para execução de trabalho em altura?
13 Todos os trabalhadores encontram-se aptos para realizar a atividade?
14 A linha de vida, cabo de aço e/ou corda está em boas condições de uso e fixada na estrutura de uso?
15 A área está sinalizada e isolada com placas, barreiras, cones, correntes e/ou fitas?
16 Todas as fontes de energias perigosas presentes foram bloqueadas, travadas e sinalizadas?
17 Existem pessoas preparadas para prestarem apoio em casos de emergência?
AUTORIZAÇÃO: ______________________
COORDENADOR ______________________ TÉCNICO DE SEGURANÇA
EXECUÇÃO DO SERVIÇO: _________________________
EXECUTANTE
Fonte: Adaptado de NR 35 do Ministério do Trabalho. Guia para Elaborar Análise de Risco, 2012
6.3 RECOMENDAÇÕES DE PROCEDIMENTO DE TRABALHO EM CAMPO APÓS
OS RESULTADOS
As recomendações de trabalho em campo foram formuladas através de
observação do trabalho efetuado em campo, analisando eventuais riscos em que o
trabalhador estaria exposto, pela falta ou má utilização dos equipamentos e
desconhecimento de como proceder no trabalho.
64
6.3.1 Subida da torre
Na subida o trabalhador deve estar sempre protegido com um sistema anti-
quedas, recorrendo a um anti-quedas deslizante sobre uma corda, sistema que se
designa por "linha de vida" temporária. À medida que vai progredindo, verificar o
estado das peças em que se vai apoiar para subir ou para se posicionar (verificar se
oferecem solidez adequada, se estão em bom estado, se já estão bem fixas, etc.).
Em caso de dúvida o trabalhador não as deve utilizar.
Durante a montagem da torre o trabalhador, se possível, deverá colocar os
pés em pontos que evitem o escorregamento, em particular em zonas de confluência
de travessas.
As imagens a seguir ilustram o detalhe de como deve se proceder à subida na
estrutura:
Figura 15 - Sistema de escalada em torre
Fonte: MANUAL (2013)
• A movimentação realiza-se através da conexão dos ganchos à estrutura
da torre;
• Os ganchos da corda em Y devem ter pontos de amarração diferentes;
• Os ganchos devem ser colocados em pontos acima da sua cabeça do
trabalhador.
65
6.3.2 No posto de trabalho
Cada um dos trabalhadores deve ficar ligado à estrutura por duas amarrações
distintas (Figura 16), com as funções de:
a) ancoragem (sujeição e posicionamento) no posto de trabalho, permitindo
ao trabalhador dispor das mãos livres para executar a tarefa, para a qual
deve utilizar a corda de posicionamento (correspondente à atual corda de
sujeição/amarração).
b) proteção contra quedas, assegurada por um sistema anti-quedas, que
deverá ser fixado da seguinte forma:
� No trabalhador: na ancoragem de fixação dorsal do arnês, ou na
ancoragem de fixação frontal, mas nunca ao nível da cintura;
� Do lado da ancoragem: o ponto de ancoragem deve ficar a uma altura
tal que o amortecedor anti-quedas não prejudique ou atrapalhe o
trabalho e possa cumprir a sua missão. Em caso de queda, a altura
desta deve ser o mais reduzido possível e, claro, sempre inferior à
distância a qualquer obstáculo que fique por baixo do posto de trabalho
(o que condiciona o tipo de dispositivo anti-quedas a utilizar).
Figura 16 - Sistema de posicionamento em torre
Fonte: MANUAL (2013)
66
6.3.3 Serviço de pintura e lavagem da estrutura
Apesar de a estrutura das torres já virem pintadas de fabricas, na operação
de montagem podem ocorrer rasuras nas peças, necessitando assim um retoque da
pintura. Para ser efetuada a pintura deve-se adotar o mesmo procedimento e
recomendações de trabalho na torre, adotando algumas precauções a mais:
a) Utilizar óculos de proteção, a fim de evitar respingo de tinta nos olhos;
b) Fixar de forma segura, que não gire ou sofra tombamento da vasilha de
tinta;
c) Caso houver ventos verificar se a tinta não está sendo espalhada no
entorno da estrutura, a fim de evitar que a tinta manche outras peças,
carros, prédios, e etc. no entorno da mesma.
6.3.4 Serviço de manutenção na torre
Após alguns anos existe a necessidade da realização de manutenção da
estrutura, além da realização de reaperto de porcas e parafusos, há a necessidade
de efetuar a limpeza da mesma. Essa limpeza é feita por meio de lavagem,
utilizando estopa limpa, água e detergente próprio para limpeza da estrutura. Os
procedimentos de segurança a serem adotados são os mesmos procedimentos
adotados no processo de trabalho na torre, adotando algumas precauções a mais:
a) Utilizar óculos de proteção, a fim de evitar respingo de água com
detergente nos olhos;
b) Fixar de forma segura, que não gire ou sofra tombamento a vasilha com
água e detergente;
c) Devido ao uso de água com detergente a estrutura pode se tornar
escorregadia. A atenção ao ponto de fixação deve ser redobrada.
6.3.5 Recomendações de treinamento
Com relação a periodicidade dos treinamentos, levando em consideração as
observações e as respostas do check list e do questionário aplicado aos
67
trabalhadores, sugeriu-se que a empresa realize treinamentos mensais, estes com o
intuito de reforçar a conscientização e o conhecimento dos trabalhadores, pois os
mesmos ao responderem o questionário, apresentavam insegurança nas respostas
apesar de dominar a atividade em campo.
68
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A intenção deste estudo de caso era de realizar uma avaliação em uma
empresa de torres de telecomunicação, onde seria verificada a aplicação da NR 35
nos procedimentos adotados pela empresa, de forma a averiguar possíveis falhas ou
ausência de procedimentos. Através dessa análise observou-se que a empresa
possuía um sistema de segurança para trabalho em altura, onde ela fornecia cursos
ministrados por instituições terceirizadas, e que possuía controle de documentos
pertinentes á atividade, como a exemplo o PPRA. Porem a empresa apresentava a
falta de documentação, ou o desuso das mesmas, como o APR e a PT, as quais
eram direcionadas para o trabalho em altura geral, abrangendo tópicos como o
trabalho em telhados e com andaimes, situações as quais os trabalhadores não
estavam sujeitos. Para solucionar esses problemas, foi proposto modelos de APR e
PT que dão maior foco ao trabalho em altura em torres de telecomunicação.
O check list realizado indicou que a empresa encontrava-se em desacordo
com a NR 35 em 38,5% das questões levantadas, sendo grande maioria das
divergências ligadas a análise de riscos.
Os modelos de APR e PT foram elaborados atendendo as necessidades das
atividades realizadas em campo.
Também foi observado que o treinamento e o procedimento em campo não
davam ênfase a atividade própria, mas sim apenas á atividade de trabalho em altura
no geral, sugere-se a empresa que realize treinamento interno, revisando todas as
etapas de montagem das estruturas, antes de encaminhar o trabalhador a campo.
Na situação atual os trabalhadores apenas recebiam o treinamento básico de
trabalho em altura, onde o supervisor instruía os trabalhadores na realização dos
serviços. Essa falta de instrução especifica poderia vir a gerar risco, ou o
descumprimento de boas práticas.
Um sistema de montagem padronizado da estrutura também é sugerido à
empresa, relacionando passo a passo as etapas de montagem e como elas devem
ser realizadas e ferramentas utilizadas. Atualmente a montagem das estruturas é
realizada de acordo com as orientações do supervisor de obras.
O questionário aplicado aos funcionários deixou a entender que os
trabalhadores envolvidos na atividade, apesar de aplicarem bem as práticas de
69
segurança em campo, possuíam pouco conhecimento sobre segurança, onde
grande parte das práticas utilizadas era advinda do supervisor de obras, que possuía
anos de experiência na área e possuía diversas passagens por cursos e reciclagem
de segurança.
A implantação desses modelos não pode ser observado, devido ao pouco
tempo da realização da mesma. Sugere-se uma segunda visita a empresa após a
implantação dos modelos sugeridos, a fim de verificar se ouve resultados positivos,
ou se existe a necessidade de melhorias, dando continuidade neste estudo de caso.
Os modelos sugeridos não devem ser aplicados a todos os tipos de trabalho
em altura, estes devem ser alterados toda a vez que seja constatado mudança na
atividade.
70
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Giovanni Morais de. Desafio nas alturas. Revista Proteção, Novo Hamburgo, n. 205, jan., 2009.
BAU, Lira Nara; ROSINHA, Diogo. Um brinde a segurança. Revista Proteção, Novo Hamburgo, n. 247., jul. 2012.
CARDOSO, Maria. Risco no armazém. Revista Proteção, Novo Hamburgo, n. 254, fev. 2013.
CARTILHA de segurança. NR 35 Trabalhos em altura – ALTISEG – Segurança em altura. 1. ed. set., 2012.
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APÊNDICE A – CHECK LIST
DESCRIÇÃO CONDIÇÕES SIM NÃO NA
1 Em todo trabalho que envolve risco de queda acima de 2m são obedecidos a NR 35?
2 A empresa desenvolve regularmente atividades de trabalho em altura?
3 Existem procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura?
4 A empresa adota medidas necessárias para realização de um trabalho em seguro?
5 A empresa adota providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma para empresas contratadas?
6 Os trabalhadores tem acesso a informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle?
7 A empresa assegura a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível?
8 A empresa garante que qualquer trabalhado em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção definidas na NR 35?
9 Existe na empresa estudo prévio das condições no local onde será executado o trabalho em altura?
10 A empresa estabelece um sistema de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura?
11 A empresa assegura que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade?
12 A empresa assegura a organização e o arquivamento da documentação prevista na NR 35?
13 Os trabalhadores cumprem os procedimentos expedidos sobre trabalho em altura, colaborando com empregador?
14 Os trabalhadores tem o direito de interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis?
15 Os trabalhadores são orientados a zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho?
16 O empregador deve promoveu capacitação dos trabalhadores à realização de trabalho em altura?
17 Os trabalhadores foram treinados e aprovados em treinamento teórico e prático para trabalho em altura com
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carga horária de no mínimo 8 horas? 18 Toda documentação referente ao trabalho em altura fica
arquivada?
19 Os trabalhadores colaboram para a segurança no trabalho em altura?
NO TREINAMENTO MINISTRADO OS TRABALHADORES FORAM SUBMETIDOS A ABORDAGENS SOBRE:
20 Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura? 21 Análise de Risco e condições impeditivas? 22 Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e
medidas de prevenção e controle?
23 Equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso?
24 Acidentes típicos em trabalhos em altura? 25 Condutas em situações de emergência, incluindo noções
de técnicas de resgate e de primeiros socorros?
26 Nos casos citados acima a carga horária e o conteúdo programático atendem a situação que o motivou?
O EMPREGADOR REALIZA TREINAMENTO PERIÓDICO BIENAL SEMPRE QUE OCORRE QUALQUER DAS SEGUINTES SITUAÇÕES:
27 Mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho?
28 Evento que indique a necessidade de novo treinamento? 29 Retorno de afastamento ao trabalho por período superior
a noventa dias?
30 Mudança de empresa? 31 O treinamento periódico bienal teve carga horária mínima
de oito horas, conforme conteúdo programático definido pelo empregador?
32 Os treinamentos iniciais, periódico e eventual para trabalho em altura podem ser ministrados em conjunto com outros treinamentos da empresa?
33 A capacitação é realizada preferencialmente durante o horário normal de trabalho, e o tempo de treinamento é válido para todos os efeitos como tempo de trabalho efetivo?
34 O treinamento é ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho?
35 Ao término do treinamento é emitido certificado contendo o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação dos instrutores e assinatura do responsável?
36 O certificado é entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na empresa?
37 A capacitação é anexada ao no registro do empregado? 38 Todo trabalho em altura é planejado, organizado e
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executado por trabalhador capacitado e autorizado? 39 A empresa avalia o estado de saúde dos trabalhadores
que exercem atividades em altura?
40 Os exames e a sistemática de avaliação são integrantes do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO estão nele consignados?
41 A avaliação é efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada situação?
42 A aptidão para trabalho em altura está consignada no atestado de saúde ocupacional do trabalhador?
43 A empresa mantém cadastro atualizado que permita conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador
44 Todo trabalho em altura é realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de risco de acordo com as peculiaridades da atividade?
45 A execução do serviço considera as influências externas que possam alterar as condições do local de trabalho já previstas na análise de risco?
46 Todo trabalho em altura é precedido de Análise de Risco?
A ANÁLISE DE RISCO (AR) FEITA PELA EMPRESA, ALÉM DOS RISCOS INERENTES AO TRABALHO EM ALTURA, CONSIDERA:
47 O local em que os serviços serão executados e seu entorno?
48 O isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho?
49 O estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem?
50 As condições meteorológicas adversas? 51 A seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de
uso dos sistemas de proteção coletiva e individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda?
52 O risco de queda de materiais e ferramentas? 53 Os trabalhos simultâneos que apresentem riscos
específicos?
54 O atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras?
55 Os riscos adicionais? 56 As condições impeditivas? 57 As situações de emergência e o planejamento do resgate
e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador?
58 A necessidade de sistema de comunicação? 59 A forma de supervisão? 60 As atividades de trabalho em altura não rotineiras estão
previamente autorizadas mediante Permissão de
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Trabalho? 61 Para as atividades não rotineiras as medidas de controle
são evidenciadas na Análise de Risco e na Permissão de Trabalho?
62 A Permissão de Trabalho é emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade?
63 A Permissão de Trabalho tem validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.
64 Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e sistemas de ancoragem são especificados e selecionados considerando-se a sua eficiência, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e o respectivo fator de segurança, em serviço.
65 Na seleção dos EPI são considerados, além dos riscos a que o trabalhador está exposto, os riscos adicionais?
66 Na aquisição e periodicamente são efetuadas inspeções dos EPI, acessórios e sistemas de ancoragem, destinados à proteção de queda de altura, recusando-se os que não estiverem em perfeitas condições?
67 Antes do início dos trabalhos é efetuada inspeção rotineira de todos os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem?
68 É registrado o resultado das inspeções, na aquisição, periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem forem recusados?
69 Os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem que apresentarem defeitos, degradação, deformações ou sofrerem impactos de queda são inutilizados e descartados, exceto quando sua restauração for prevista em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, normas internacionais?
70 O cinto de segurança é do tipo paraquedista e dotado de dispositivo para conexão em sistema de ancoragem?
71 O sistema de ancoragem está estabelecido pela Análise de Risco?
72 O trabalhador permanece conectado ao sistema de ancoragem durante todo o período de exposição ao risco de queda?
73 O talabarte e o dispositivo trava-quedas são fixados acima do nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de queda e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as chances do trabalhador colidir com estrutura inferior?
74 O absorvedor de energia apresenta fator de queda maior
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que 1? 75 O absorvedor de energia apresenta talabarte maior que
0,9m?
76 O ponto de ancoragem, é selecionado por profissional legalmente habilitado, tem resistência para suportar a carga máxima aplicável, é inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização?
77 O empregador disponibiliza equipe para respostas em caso de emergências para trabalho em altura? Observação: A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que executam o trabalho em altura, em função das características das atividades.
78 O empregador assegura que a equipe possua os recursos necessários para as respostas a emergências?
79 As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura constam no plano de emergência da empresa?
80 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento estão capacitadas a executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar?
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APENDICE B – TESTE REALIZADO COM OS TRABALHADORES
1. Qual a norma que trata especificamente de trabalho em altura?
a) NR 18;
b) NR 35;
c) Não existe norma específica para Trabalho em Altura.
2. Acima de quantos metros, pela norma, é considerado trabalho em altura?
a) 2m;
b) 1,5m;
c) 1m.
3. Quais destes equipamentos listados a baixo NÃO é um equipamento de
segurança de trabalho em altura?
a) Cinto tipo para quedista;
b) Talabarte de segurança Y;
c) Trava-quedas;
d) Todos são equipamentos de segurança em altura.
4. Caso seja detectado defeito ou deformação em um EPI, qual o procedimento?
a) Recusar o equipamento;
b) Tomar cuidado na utilização;
c) Tentar consertar o equipamento;
5. Caso um trabalhador sofra queda com um talabarte com absorvedor de
energia, e constata-se que o absorvedor rompeu mas não por inteiro. Qual o
procedimento para esta situação?
a) Condenar e descartar todo o conjunto;
b) Trocar apenas o absorvedor de energia;
c) Continuar utilizando o equipamento ate se romper por inteiro.
6. A Permissão de Trabalho é um documento muito importante, portanto:
a) Deve ser preenchida antes do trabalho;
b) Durante o trabalho;
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c) Após a conclusão do trabalho.
7. Antes de se iniciar um trabalho em campo, deve-se:
a) Discutir a atividade;
b) Revisar os equipamentos;
c) Analisar a situação do entorno da área de serviço;
d) Todas as alternativas acima;
8. Oque acontece caso o trava queda seja montado com a seta para baixo?
a) Funcionara normalmente e travar em caso de queda;
b) Não funcionara normalmente e não vai travar em caso de queda;
c) Ele funcionara normalmente apenas no deslocamento de descida;
d) Não funcionara corretamente, mas travará em caso de queda.
9. Quais os pontos do cinto de segurança que podem ser utilizados para criar
um sistema contra quedas?
a) Peitoral e abdominal;
b) Peitoral e dorsal;
c) Dorsal e abdominal.
10. Qual das alternativas abaixo se caracteriza como Risco Mecânico?
a) Iluminação insuficiente;
b) Rede de alta tensão próxima a estrutura;
c) Gases ou fumos.
11. Caso o trabalhador encontre alguma situação de risco não avaliada, e que
coloque em risco a segurança dele ou dos demais trabalhadores, ele deve
a) Interromper o trabalho na hora;
b) Encontrar uma solução;
c) Continuar o trabalho;
d) Interromper o trabalho e comunicar os demais trabalhadores.
12. Em caso de acidente, qual deve ser o primeiro passo?
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a) Descer da estrutura;
b) Ficar inerte até a equipe de resgate chegue;
c) Comunicar o supervisor pelo rádio para receber instrução.
13. A comunicação continua com o supervisor deve ser feita de que maneira?
a) Através de rádio;
b) Comunicação normal, sem utilização de equipamentos;
c) Através de papel;
14. Caso o trabalhador não se sinta seguro para realização do serviço, ele deve:
a) Se recusar a realizar o trabalho;
b) Informar o supervisor, que deve avaliar se existe situação que impeça a
realização do trabalho;
c) Realiza-lo assim mesmo;
15. Caso um novo método de trabalho seja desenvolvido, deve-se:
a) Adota-lo para todos os próximos trabalhos;
b) Informar e relatar ao supervisor, para que o método seja discutido e
disseminado para o restante da equipe;
c) Evitar a reutiliza-lo, manter o procedimento padrão de trabalho;
d) Não se devem realizar métodos diferentes.
16. Caso houver um trabalhador que não possua o treinamento básico em
Trabalho em Altura da NR 35, deve-se:
a) Instrui-lo de forma a executar o trabalho conforme a norma;
b) Impedi-lo de realizar o trabalho;
c) Mantê-lo todo o tempo sobre supervisão.
17. Um mosquetão para 28KN suporta:
a) 28 Kgf;
b) 280Kgf;
c) 2.800Kgf.
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18. Os efeitos relacionados ao risco de queda de objetos, são:
a) Lesão, Fratura, Morte;
b) Lesão, Distensão, Dores Musculares;
c) Lesão, Fratura, Perda de Membros.
19. Os acidentes com movimentação de carga pode ser ocasionado por:
a) Inabilidade, falta de atenção, vento, má digestão;
b) Falta de atenção, armazenamento inapropriado;
c) Inabilidade, falta de atenção, ruídos;
d) Mau posicionamento das peças, vento, inabilidade, falta de atenção.
20. Em caso de acidente, quem deve realizar o socorro, é:
a) Socorrista treinado;
b) Médico;
c) Enfermeira;
d) Todos os que estiverem atuando no trabalho;
Respostas: 1.b; 2.a; 3.d; 4.a; 5.a; 6.a; 7.d; 8.b; 9.b; 10.a; 11.d; 12.c; 13.a; 14.b; 15.b; 16.b; 17.c; 18.a; 19.d; 20.a.