Post on 15-Apr-2017
CICATRIZAÇÃO
TRABALHO REALIZADO POR:
FRANCISCO DORIA
LAÍS ARAÚJO COLE DOS SANTOS
ROBERTA DE OLIVEIRA PEREZ FERNANDEZ
INTRODUÇÃO
A ferida é a ruptura da estrutura anatômica e funcional dos
tecidos por trauma mecânico, físico ou químico.
Reparo: cicatrização X Regeneração
Fonte: Internet
DEFINIÇÕES
Ferida aguda X Ferida crônica
Cicatrização de primeira intenção
Cicatrização por segunda intenção
Cicatrização por terceira intenção
Fonte: Internet
FASES DA
CICATRIZAÇÃO
I) Inflamatória/Hemostasia
II) Proliferação
• Granulação
• Epitelização
• Contração da Ferida
III) Maturação ou Remodelagem
FASE INFLAMATÓRIA
Simultânea ou logo após a coagulação
Eventos convergem para a hemostasia e inflamação
• Parada do sangramento (vasoconstricção inicial)
• Selamento da superfície da Ferida: Formação do trombo e da
matriz inicial de Fibrina e Fibronectina
• Aumento da permeabilidade vascular, migração de células
(Neutrófilos, Macrófagos); secreção de citocinas e fatores de
crescimento, ativação celular
• Remoção de tecido necrótico, resíduos, bactérias
• Predomínio de citocinas e fatores pró-inflamatórios
Fonte: Singer AJ,Clark RAF: Mechanisms of disease: Cutaneous wound healing. N Engl J Med 341:738–746, 1999.
Fonte: Witte MB, Barbul A: General principles of wound healing. Surg Clin North Am 77: 509–528, 1997.
Fonte: Adaptado de Rumalla VK, Borah GL: Cytokines, growth factors, and plastic surgery. Plast Reconstr Surg 108:719–733, 2001; and Barrientos S, Stojadinovic O, Golinko MS, et al: Growth factors and cytokines in wound healing. Wound Rep Regen 16: 585–601, 2008.
Fonte: Adaptado de Schwartz SI (ed): Principles of surgery, ed 7, New York, 1999, McGraw-Hill, p 269; and Barrientos S, Stojadinovic O, Golinko MS, et al: Growth factors and cytokines in wound healing. Wound Rep Regen 16: 585–601, 2008.
PROLIFERAÇÃO -
GRANULAÇÃO
Chegada dos fibroblastos com substituição gradual da
matriz inicial de fibrina por tecido de granulação rico em
colágeno
Hipóxia tecidual relativa e fatores de crescimento derivado
de fibroblastos produzidos pelo endotélio e macrófagos
estimulam angiogênese
Fonte: A, From Alberts B, Johnson A, Lewis J, et al [eds]: Molecular biology of the cell, ed 4, New York, 2002, Garland, p 1100; B, Courtesy Robert Horne.
PROLIFERAÇÃO -
EPITELIZAÇÃO
Migração da epiderme espessa e células basais da borda da
ferida (queratinócitos) crescem e migram para a matriz da
ferida.
Alterações morfológicas ocorrem nos queratinócitos,
estimulados por fatores locais. Glicoproteínas adesivas
facilitam a migração e a formação de uma nova camada
epidérmica que repousa sobre a nova membrana basal.
Fonte: Singer AJ, Clark RAF: Mechanisms of disease: Cutaneous wound healing. N Engl J Med 341:738– 746, 1999
PROLIFERAÇÃO -
CONTRAÇÃO
A pele íntegra é puxada para a ferida aberta pela contração.
O papel dos miofibroblastos
MATURAÇÃO
Início em oito dias em média após o início do processo
cicatricial, permanecendo por tempo indeterminado
Importante síntese e deposição de colágeno
Diminuição dos componetes de Fibrina e Fibronectina
Conversão do colágeno tipo III para tipo I e reorganização
(remodelagem) da matriz.
Aumento da força tênsil do tecido
Predomínio de citocinas e fatores anti-inflamatórios
Linfocitos T, Macrófagos e Fibroblastos são os grandes
atores
Fonte: adaptado de Witte MB, Barbul A: General principlesof wound healing. Surg Clin North Am 77: 509–528,1997.
DIABETES MELLITUS
Microangiopatia diabética
Traumatismos repetitivos
Resposta inflamatória atenuada
Glicosilação de proteínas teciduais => colágeno frágil
Tabagismo
Insuficiência hepática
Insuficiência renal
Choque e septicemia
Idade avançada
Drogas: corticoide, imunossupressores quimioterápicos,
antineoplásicos.
Radiação ionizante
FATORES QUE FAVORECEM A
CICATRIZAÇÃO
Bom estado nutricional
Suplementação: vitaminas A, E, C, K, complexo B, zinco, ferro e
cálcio.
Cuidados com a ferida operatória
No Pré-Operatório:
- Combater fatores que interferem na cicatrização;
- Evitar quimioterapia e radioterapia;
- Vitamina A, Vitamina C;
- Interromper AINES;
- Controlar infecções (antibióticos);
- Tricotomia;
- Banho pré-operatório.
No Intraoperatório:
- Antibióticos;
- Via de acesso correta. Linhas de Kraissl;
- Evitar ligadura em massa, cauterização excessiva e desvascularização tecidual;
- Hipotermia;
Fonte:Técnica em Cirurgia
Dermatológica 1ª Ed.
-Síntese da ferida:
1. Sem tensão, preferencialmente com fios sintéticos (menor reação de corpo estranho).
2. Sutura em pontos separados para caso de supuração.
3. Sutura intradérmica somente em feridas limpas.
*Outras alternativas: cola biológica e fita adesiva do tipo micropore.
- Solução de NaCl a 0,9% - lavagem de feridas.
- Lavagem de feridas agudas acidentais : água + sabão -> solução de NaCl a 0,9%
• Curativo com pressão negativa:
- Aumento do fluxo sanguíneo;
- Remoção do edema crônico;
- Estímulo a formação do tecido de granulação;
- Cicatrização mais rápida.
Fonte: Infecções graves de partes moles: relato de caso de fasciíte necrotizante de face utilizando curativo a vácuo e revisão da
literatura. Rev. Bras. Cir. Plást. (Impr.) vol.26 no.2 São Paulo Apr./June 2011.
No Pós-Operatório
- Oxigenação tecidual, oxigenoterapia hiperbárica;
- Suporte nutricional;
- Controle de HAS e Diabetes;
- Radioterapia e quimioterapia após 20 dias.
- Retirada dos pontos:
a) Face: 4º e 5º dia
b) Dorso/ membros: 10º dia ou mais
c) Abdome: 6º e 10º dia
- Fitas adesivas.
Fonte: Internet
Fonte: Internet
Cuidados com a Ferida Operatória Aberta
1) Livre de tecidos
inviáveis;
2) Prevenir
desidratação dos
tecidos;
3) Livre de traumas.
Fonte: Fasceíte Necrotizante Cervical em Lactente:
Relato de Caso. Arq. Int. Otorrinolaringol. / Intl. Arch. Otorhinolaryngol.,São Paulo, v.12, n.4,
p. 596-599, 2008.
Cuidados com a Ferida Operatória Infectada
Dor local, tumefação, calor e rubor.
Quadro Clínico
Presença de material purulento e/ou tecido necrótico.
1) Drenagem da ferida: material levado para bacterioscopia, cultura e antibiograma
2) Curativo deve permitir desbridamento seja por meio mecânico, químico, enzimático ou autólise;
3) Lavagem regular da ferida;
4) Antibioticoterapia;
5) Repouso.
Cicatrizes indesejáveis das Feridas Cicatrizes
indesejáveis Definição Tratamento
Retráteis Há encurtamento do tecido cicatricial, resultando em alterações anatômicas e funcionais.
Exérese ou alongamento da cicatriz (zetaplastia ou w plastia).
Hipertróficas Lesões fibróticas elevadas que respeitam os limites da ferida original. Podem apresentar resolução espontânea ou parcial. Raras em pálpebras, regiões plantar e palmar
- Moldes de pressão e gel de silicone;
- Injeção de corticoesteroide de ação prolongada;
- Exérese da lesão; - Radioterapia; - Crioterapia; - Laserterapia (PDL)
Quelóides Lesões de superfície lisa e brilhante, elevadas e firmes ao toque, que ultrapassam os limites da ferida. Raramente regridem. Incidência maior em negros e orientais. Mais comuns na região do tórax, ombro e costas.
Fonte: Cicatrizes hipertróficas e queloides. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica. Vol. 21 nº1 – Jan/Fev/Mar de 2006.
Cirurgia Plástica
Zetaplastia
- Duplo retalho de transposição
- Alteração da direção da cicatriz
- Alongamento da cicatriz
Cicatrizações Particulares
• Ossos: hematoma 72h - processo inflamatório 1 semana - calo mole, tecido de granulação e ME 8 semanas - remodelamento.
• Tubo digestório: submucosa é a camada mais importante a ser incluída numa sutura intestinal por ser rica em miofibroblastos, responsáveis pela força tênsil e elasticidade da cicatriz.
• Serosas: rápido e ocorre por reepitelização após 5 a 7 dias da lesão.
• Cicatrização fetal: Cicatrização ausente; proliferação celular e fechamento das feridas mais rápido; ausência de crosta; tensão de oxigênio mais baixa; ambiente líquido e estéril; temperatura cutânea maior; inflamação menor; deposição de matriz organizada; FCFb e FCT-β menores; angiogênese menor.
Prevenção de Cicatrizes deformantes - Perspectivas
• Realizar incisões ao longo da linha de tensão da pele
• Manusear delicadamente os tecidos
• Adotar medidas para evitar infecção da ferida
• Inibição da resposta inflamatória na ferida
-> Bloqueio de citocinas
-> Transplante de fibloblastos “fetais”
-> Acrescimo de Ácido Hialurônico
Bibliografia • A. Petroianu – Clínica Cirúrgica do Colégio Brasileiro de Cirurgiões - 1ª Edição
• Sabiston Textbook of Surgery - 19th Edition
• Ruy Garcia Marques – Técnica Operatória e Cirurgia Experimental – 1ª Edição
• Singer AJ,Clark RAF: Mechanisms of disease: Cutaneous wound healing. N Engl J Med 341:738–746, 1999.
• Witte MB, Barbul A: General principles of wound healing. Surg Clin North Am 77: 509–528, 1997.
• Rumalla VK, Borah GL: Cytokines, growth factors, and plastic surgery. Plast Reconstr Surg 108:719–733, 2001; and Barrientos S, Stojadinovic O, Golinko MS, et al: Growth factors and cytokines in wound healing. Wound Rep Regen 16: 585–601, 2008.
• Schwartz SI (ed): Principles of surgery, ed 7, New York, 1999, McGraw-Hill, p 269; and Barrientos S, Stojadinovic O, Golinko MS, et al: Growth factors and cytokines in wound healing. Wound Rep Regen 16: 585–601, 2008.
• Alberts B, Johnson A, Lewis J, et al [eds]: Molecular biology of the cell, ed 4, New York, 2002, Garland, p 1100.
• Infecções graves de partes moles: relato de caso de fasciíte necrotizante de face utilizando curativo a vácuo e revisão da literatura. Rev. Bras. Cir. Plást. (Impr.) vol.26 no.2 São Paulo Apr./June 2011.
• Fasceíte Necrotizante Cervical em Lactente: Relato de Caso. Arq. Int. Otorrinolaringol. / Intl. Arch. Otorhinolaryngol.,São Paulo, v.12, n.4, p. 596-599, 2008.
• Cicatrizes hipertróficas e queloides. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica. Vol. 21 nº1 – Jan/Fev/Mar de 2006.