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CARACTERIZAÇÃO DO AQUÍFERO SÃO SEBASTIÃO NO CAMPO PETROLÍFERO
DE MIRANGA UTILIZANDO PERFIS DE POTENCIAL ESPONTÂNEO(SP) E
RESISTIVIDADE
Por : Antônio Huoya Mariano Orientador: Drº Olivar Antônio de Lima e Lima
00/00/2012 Salvador 23/09/2014
Salvador 23/01/2014
Objetivo
• Os objetivos específicos deste trabalho foram
determinar o limite inferior dos corpos de água doce, a espessura da zona de transição, a profundidade da água salgada, e a espessura útil do aquífero São Sebastião na área. Foram obtidas também, curvas de variação da salinidade da água com a profundidade, e um zoneamento vertical da formação, na área estudada.
Salvador 23/01/2014
Metodologia e Técnicas aplicadas Ø Levantamento bibliográfico. Ø Análise de 32 perfis geofísicos nas escalas de 1:1000 e 1:200,
até a profundidade de no máximo 1000m.tâneo (SP) Ø Aplicação da equação de Archie (1942) Ø Correção do RW pela equação de Lima e Nery Ø Os softwares utilizados foram:
Ø Excel Ø ARCGIS 9.0 Ø GEOSOFT Ø Interactive Petrophysics (Senergy 4.1)
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Perfilagem Geofísica de Poços – Lei de Archie (1942)
nm SwRwaRt×Φ
×=
Rt – resistividade da formação subsaturada. a – coeficiente litológico m – coeficiente de cimentação Ф – Porosidade Rw – Resistividade da água de formação Sw – Saturação de água
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Perfilagem Geofísica de poços – perfis SP e Resistividade
Rw > Rmf ILD>SN
Rw<Rmf ILD<SN
LBF
Contato entre fluidos
o Água Doce o Resistividades
superiores a 20 Ωm
o Zona de transição o Resistividades entre
3 a 10 Ωm
o Água Salgada o Resistividades
inferiores a 3 Ωm
LBF
SS 1
SS 2
SS 3
Contato entre Fluidos Contato (cota) Contato Contato (cota)
AD/ZT AD/ZT ZT/AS
MG-‐AA -‐355.3 554 -‐467.3
MG-‐B 544.8 -‐420.5 -‐592.9
MG-‐C -‐451.2 -‐528.8
MG-‐D 513.6 -‐418.2 578.8 -‐483.4
MG-‐E -‐454.1 -‐526.1
440.8 657.4
MG-‐G 517.8 -‐417.8 -‐472.2
628.8 -‐657.5
MG-‐I 700.8 -‐595.9 748 -‐643.1
MG-‐J 650.4 -‐562.2 719.8 -‐631.6
MG-‐L 440 -‐372.1 531.8 -‐463.9
MG-‐N 423.4 -‐306.2 547.4 -‐430.2
MG-‐O 391.8 -‐321 410.6 -‐339.8
MG-‐P 585.0 -515.0 628.0 -558.0
MG-‐Q 402.4 -‐320.2 455.8 -‐373.6
MG-‐R 651.2 -‐562.2 692.2 -‐603.2
MG-‐S 434.2 -‐342.9 486.4 -‐395.1
MG-‐T 580.4 -‐492.1 662.8 -‐574.5
MG-‐Z 527.7 -‐456.3 670 -‐598.6
Contato médio 519.15 -‐429.2 609.81 -‐519.86
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Intervalos com água doce, zona de transição e água salgada da Seção A
Água Doce Zona de Transição Água Salgada
Salvador 23/01/2014
Intervalos com água doce, zona de transição e água salgada da Seção B
Água Doce Zona de Transição Água Salgada
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Intervalos com água doce, zona de transição e água salgada da Seção C
Água Doce Zona de Transição Água Salgada
Salvador 23/01/2014
cálculo da salinidade. cálculo da salinidade.
⎟⎠
⎞⎜⎝
⎛−=RwRmfKSP log*
Sendo: K - uma constante (K=71 mV para soluções de NaCl a 25ºC) Rmf – Resistividade do filtrado Rw – Resistividade da água de formação SP – Potencial Estático lido em frente a uma zona permeável
Perfil SP aplicado para o cálculo de Rw
Soluções concentradas de NaCl, (Gondouin,1957)
Outros sais (HCO3-, SO4--, Ca++ e Mg++), Lima e Nery,2010
Lima e Nery, 2010
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Cálculo de Rmf para Fm. São Sebastião
Lima e Nery, 2010
aRsnRmf
2*Φ=
Parâmetros: Parâmetros:
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Perfil SP aplicado para o cálculo de Rw
Lima e Nery, 2010
)346,0()(*465,1 RwRwe =Sendo: Rw – Resistividade da água de formação corrigida para o aquífero Sendo:
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Determinação das Salinidades do aquífero São Sebastião em Miranga
77,6)77,6(
2
112 +
+=
TTRR
)955,0/))0123,0log(562,3((( 210 −−= RSalSendo, o R2 é o valor calculado para a temperatura da formação (T2), e R1 o valor obtido a temperatura ambiental (T1)
Cálculo da salinidade do poço MG-AA
Correção de Rw e Rmf para o efeito da temperatura
Schlumberger, 1987
Determinação das Salinidades do aquífero São Sebastião em Miranga
Profundidade SSP TEMP(F) K Rmf Rw_SP Rw R2 Salinidade Salinidade
(IP) (m) mV (ºF) ohm.m ohm.m ohm.m ppm NaCl ppm NaCl 285 42.4695 90.1811 71.75748 1.526921 5.965738 57.8768 68.62199 55.66871388 23579.4
285.2 40.89444 90.1882 71.75843 1.526809 5.671202 49.99795 59.28472 64.43828815 23560.9 285.4 39.94938 90.1954 71.75939 1.526695 5.5013 45.79033 54.29959 70.35556625 23542.4 285.6 39.63432 90.2025 71.76033 1.526584 5.445475 44.4602 52.72614 72.45559919 23739.5 285.8 40.25926 90.2097 71.76129 1.52647 5.555264 47.10057 55.86155 68.38790277 23903 286 40.5642 90.2168 71.76224 1.526358 5.609379 48.43887 57.45299 66.49315586 23884.5
286.2 40.55914 90.224 71.7632 1.526245 5.607954 48.40332 57.41509 66.5370669 23866 286.4 39.30408 90.2311 71.76415 1.526133 5.386126 43.07411 51.09742 74.76565968 23926.8 286.6 35.85902 90.2383 71.76511 1.52602 4.822056 31.28673 37.11719 102.9355852 24314.5 286.8 27.71396 90.2454 71.76605 1.525908 3.71278 14.69705 17.4372 219.192828 24512.8 287 17.6889 90.2525 71.767 1.525796 2.69137 5.799599 6.881395 556.0285966 24666.7
287.2 14.24384 90.2597 71.76796 1.525683 2.409545 4.212685 4.998845 765.9437863 24648.1 287.4 19.24878 90.2668 71.76891 1.525571 2.82903 6.699019 7.949753 481.188727 24629.6 287.6 36.76372 90.274 71.76987 1.525458 4.961863 33.98087 40.32823 94.73707 24611.1 287.8 44.58866 90.2811 71.77081 1.525346 6.377243 70.18258 83.29823 45.85904228 24592.6 288 46.7736 90.2883 71.77177 1.525233 6.839672 85.92061 101.9849 37.45527479 24574.1
288.2 47.07854 90.2954 71.77272 1.525121 6.906271 88.36089 104.8891 36.41807995 24555.6 288.4 47.70348 90.3026 71.77368 1.525008 7.045465 93.60662 111.1243 34.37442922 24537.1 288.6 48.00842 90.3097 71.77463 1.524897 7.114063 96.26501 114.2886 33.4226193 24518.6 288.8 48.00336 90.3168 71.77557 1.524785 7.112243 96.19386 114.2125 33.44489687 24470.3 289 47.9983 90.324 71.77653 1.524672 7.110415 96.1224 114.1361 33.46728138 24416.6
289.2 47.99324 90.3311 71.77748 1.52456 7.108596 96.05136 114.0601 33.4895871 24856.7 289.4 48.29818 90.3383 71.77844 1.524447 7.177795 98.77863 117.3074 32.56242987 24859.5 289.6 48.29312 90.3454 71.77939 1.524336 7.175958 98.7056 117.2292 32.58414322 25380.3 289.8 48.91806 90.3526 71.78035 1.524223 7.320571 104.5648 124.1971 30.75586974 25361.8 290 48.603 90.3597 71.78129 1.524111 7.246279 101.5271 120.598 31.67384573 25343.3
Salvador 23/01/2014
Conclusões e Discussões Ø A geologia de superfície do campo de Miranga é caracterizada
pala Fm. São Sebastião, Fm. Barreiras e sedimentos quaternários de aluviões. A Fm. São Sebastião se espessa de Sudoeste (SW) para Nordeste (NE).
Ø Os novos valores de Rw e Rmf permitiram calcular curvas de
salinidade sempre mais doces do que as curvas de salinidade geradas no programa Interactive Petrophysics (IP). Isso porque esses valores de Rw e Rmf foram corrigidos pela equação de Archie para serem aplicáveis ao aquífero da Formação São Sebastião. Os valores de Rmf utilizados pelo programa IP foram medidos em reservatórios mais profundos, em outra formação geológica cujo fluido associado era óleo e não água doce.
Ø O reservatório denominado de SS3 neste trabalho, também conhecido como arenito Bebedouro (Potter,1977), foi de fácil identificação pois está localizado entre o marco C na Fm. São Sebastião e o topo da Fm. Pojuca.
Salvador 23/01/2014
Conclusões e Discussões Ø A salinidade gerada pelo perfil de potencial espontâneo e pelas
equações de Archie é um método empírico, que na ausência de análises de água e indefinições quanto à origem do reservatório no qual a água está sendo coletada produz resultados próximos do real.
Ø A determinação da zona de transição água doce - água salgada deve ser feita utilizando não só os perfis de resistividade, como também o perfil de potencial espontâneo. Haja visto, que a atenuação da deflexão do perfil SP pode ser um indicativo de mistura de salinidade entre o fluido da formação e o filtrado.
Ø O contato médio entre a água doce e a zona de transição ocorre a partir da profundidade de 519,15m. Enquanto o contato médio entre a zona de transição e a água salgada corre a partir de 609,81m.
Salvador 23/01/2014
Agradecimentos
• Este trabalho só se concretizou pela ajuda de diversas pessoas e instituições. Assim, primeiro agradeço à Deus, pela vida, à minha família pelo amor, aos amigos pelo companheirismo e ao meu orientador professor Dr. Olivar Lima, por tudo.
• Agradeço a Petrobras, em especial aos meus gerentes João Batista e João de Deus pelo apoio e por permitirem que eu utilizasse os dados e o ambiente da companhia para meus estudos.
• Também na Petrobras, agradeço à Ricardo Vaqueiro, grande incentivador deste trabalho; aos colegas do Laboratório de Sedimentologia, desde o gerente Márcio, ao pessoal da prestação de serviço, por terem me recebido, auxiliado e ensinado com enorme boa vontade;
• Agradeço aos estagiários Carol, Alexandre, Deize, Lorena e Caio, verdadeiros companheiros na descrição dos testemunhos e durante o tempo que fiquei no laboratório; aos colegas do reservatório; ao pessoal da biblioteca, sempre dedicados em encontrar as publicações e livros ideais para o trabalho; aos colegas do acompanhamento geológico, que sempre tinham algo a ensinar e sugestões para o trabalho; e ao colega João Mauricio e ao meu primo Nelson que me ajudaram com a elaboração dos mapas.
• Na universidade, agradeço aos professores, sempre compreensivos e verdadeiros mestres, em especial a Geraldo Girão; aos bibliotecários, sempre dedicados, á Nilton e Lene, pelas informações e o apoio sempre que necessário, e à instituição UFBA que, devido à sua estrutura, pude começar o curso como aluno especial, cursar créditos e posteriormente ingressar no mestrado.
• Aos geólogos da EMBASA e CERB, que sempre tiveram boa vontade em atender quando solicitado algo.