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Canário*, R., 2009. Seroprevalência da Diarreia Viral Bovina (BVD) em explorações de bovinos de carne na região do Alentejo. Veterinaria.com.pt 2009. Vol. 1 Nº 2: e7 rcanar@gmail.com
Apresentação powerpoint das provas de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária, pelo aluno, em 14-10-09, com o título
supracitado da tese finalizada em 13-07-09.Ciência, tecnologia e humanidadeOs nossos alunos são o nosso
compromissoIncutir e defender esta trilogia, é o
nosso dever! Animação (regulamento do Prémio Pfizer para os estudantes de CEP 2007) apresentada aos alunos desta ex-disciplina, após aula em 30/04/07, por delegado de propaganda médica (Mário Hilário - Marketing & Technical Cattle Manager) do grupo Laboratórios Pfizer - Portugal, aos quais agradecemos o apoio específico prestado a este aluno durante o seu estágio/mestrado (através do seu Orientador Científico, Prof. José Costa Mira do Instituto Politécnico de Beja) em ano de transição da Licenciatura em Medicina Veterinária (por equivalência dos 5 anos da parte académica, de acordo com o seu Curriculum) para Mestrado Integrado de Medicina Veterinária da UTAD.
Veterinaria.com.pt 2009. Vol. 1 Nº 2: e8 (publicado em 21 de Outubro de 2009)
* Email:
“Recordar, sorrindo, também é viver”
Os pinguins são aves características do hemisfério Sul. Saiba mais na Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disponível em http://www.veterinaria.com.pt/media//DIR_27001/VCP1-2-e8.ppsx
Veterinaria.com.pt 2009. Vol. 1 Nº 2: e8 (publicado em 21 de Outubro de 2009)
O então não licenciado, e agora, Dr. (Mestre) Rodrigo Canário na defesa do presente trabalho, e o qual foi publicamente incentivado a fazer a sua submissão em inglês ao Congresso Mundial de Buiatria de 2010. Merecedor de patrocinio ao Chile, pelos resultados obtidos com apenas 500 euros e em consonância com o verificado na vizinha Andaluzia!
Em nada podemos diferenciar, em rigor, este nosso ex-aluno da ex-disciplina de Clínica das Espécies Pecuárias diplomado em Mestrado Integrado em Medicina Veterinária de outros, dos quais destacamos o Dr. Paulo ou a Drª Dália, só para citar alguns dos que conosco trabalharam mais intensamente e tornaram público o seu labor.
Este é um dos nossos tributos a todos os alunos diplomados antes, durante e após a transição da aplicação do processo de Bolonha ao curso de Veterinária. O Editor, João Simões
Seroprevalência da Diarreia Viral Bovina
(BVD) em explorações de bovinos de carne
na região do Alentejo
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Mestrado Integrado em Medicina Veterinária
Rodrigo Miguel Dias Canário
Introdução
Diarreia Viral Bovina
Etiologia
Genótipos:
BVDV tipo 1
BVDV tipo 2
Biótipos:
Não-citopatogénico (NCP)
Citopatogénico (CP)
Seroprevalência da Diarreia Viral Bovina (BVD) em explorações de bovinos de carne na região do Alentejo
Família Género Espécie
Flaviviridae Pestivirus Vírus da BVD
Vírus da Peste Suína Clássica
Vírus da Border Disease
Introdução
Epidemiologia
Distribuição mundial
60-90% de animais seropositivos
0,5-2% de animais persistentemente infectados (PI)
Transmissão: bovinos PI como principal fonte
o Vias de eliminação: descargas nasais, aerossóis (1,5-10m), saliva,
lágrimas, fezes, urina, fluidos uterinos, leite
o Vias de transmissão: horizontal (directa ou indirecta) e vertical
Transmissão dentro das explorações: introdução de um animal PI
Transmissão entre explorações: aquisição de novos bovinos PI ou
prenhes de fetos PI; exposição dos animais por vedações, pastos
comunitários ou feiras e exposições.
Seroprevalência da Diarreia Viral Bovina (BVD) em explorações de bovinos de carne na região do Alentejo
Introdução
Importância económica
Em Portugal:
o Ribeiro e Pereira (2004) – explorações leiteiras (Norte)
o Stilwell et al. (2007) – vacadas de carne (Centro)
Real impacto produtivo, reprodutivo e económico é desconhecido nas
explorações portuguesas
Seroprevalência da Diarreia Viral Bovina (BVD) em explorações de bovinos de carne na região do Alentejo
Gunn et al. (2004)Gunn et al. (2005)
Objectivos
Determinação da seroprevalência da BVD
em explorações de bovinos de carne
distribuídas pela região do Alentejo
o Pesquisa de anticorpos anti-BVDV
Seroprevalência da Diarreia Viral Bovina (BVD) em explorações de bovinos de carne na região do Alentejo
Material e métodos
1. Animais, natureza das explorações e amostras
• 20 explorações de bovinos de aptidão de carne,
dispersas pela região do Alentejo
• Populações abertas e em regime extensivo
o Machos destinados a reprodução provenientes de
explorações com estatuto vacinal desconhecido.
o Fêmeas adquiridas de origem diversa.
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Material e métodos
1. Animais, natureza das explorações e amostras 3642 animais
Seroprevalência da Diarreia Viral Bovina (BVD) em explorações de bovinos de carne na região do Alentejo
Raça %
Mertolenga 9,4
Alentejana 7,3
Limousine 0,9
Charolesa 0,1
X Limousine 29,4
X Charolês 1,7
X Alentejana 0,1
Indefinida 51,1
Raças puras
Cruzamentos entre raças
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
17,7%
82,3%
Fêmeas: 86,9%
Machos: 13,1%
(p<0,001)
Material e métodos
1. Animais, natureza das explorações e amostras
• 111 amostras
o População total da exploração (♂ e ♀ com idades iguais ou
superiores a 1 ano)
o Amostras escolhidas aleatoriamente dentro do rebanho
o Sangue colhido da veia coccígea para tubo a vácuo de uso
único e sem aditivos
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Material e métodos
1. Animais, natureza das explorações e amostras
• 111 amostras
o Dimensão da amostra (Toma et al., 2004):
n= dimensão da amostra; α= probabilidade de não ter nenhum doente entre os n animais tirados à
sorte de uma população N; N= dimensão da população; D= número de unidades doentes na população
o Inquérito relativo à entrada/origem de animais em cada
exploração.
Seroprevalência da Diarreia Viral Bovina (BVD) em explorações de bovinos de carne na região do Alentejo
Identificação das
explorações
Efectivo total Efectivo com idade ≥ 1 ano
Nº de amostras
para o estudo
Origem dos vitelos para
reprodução (A/B) e fêmeas
(*)n % n %
1 357 9,8 318 89,1 5
2 200 5,5 148 74 8
3 232 6,4 158 68,1 5 A
4 168 4,6 130 77,4 5 A
5 184 5,1 130 70,1 5 *
6 160 4,4 142 88,8 5 A
7 127 3,5 114 89,8 5 A
8 120 3,3 109 90,8 5 B
9 125 3,4 91 72,8 5 *
10 274 7,5 171 62,4 5 B*
11 85 2,3 60 70,6 5 *
12 356 9,8 201 56,5 9 A*
13 205 5,6 178 86,8 5
14 250 6,9 212 84,8 9 A
15 177 4,8 138 78,0 5 B
16 116 3,2 86 74,1 5 B
17 156 4,3 105 67,3 5 A*
18 141 3,9 103 73,1 5 A*
19 147 4,0 93 63,3 5 B*
20 62 1,7 53 85,5 5 B*
Total 3642 100 2740 75,2 111
Material e métodos
2. Ensaio das análises
• Efectuado no Laboratório Veterinário de Beja
(ACOS), com o apoio financeiro dos laboratórios
Pfizer Saúde Animal.
• Utilizou-se a técnica ELISA de competição para
pesquisa de anticorpos contra o BVDV
o Kit comercial INGEZIM BVD Compac® (INGENASA,
Imunologia e Genética Aplicada, S.A., Madrid, Espanha).
o Foram seguidas as instruções do fabricante.
Seroprevalência da Diarreia Viral Bovina (BVD) em explorações de bovinos de carne na região do Alentejo
Material e métodos
3. Análise estatística
• Determinação da seroprevalência da doença:
• Qui-quadrado de Pearson.
• Coeficiente de Contingência.
• Teste V de Cramer
o Estudo de independência das variáveis
Exploração x Seroprevalência
• SPSS 17.0® (SPSS Inc., Chicago, Illinois).
Seroprevalência da Diarreia Viral Bovina (BVD) em explorações de bovinos de carne na região do Alentejo
Resultados
Frequência de anticorpos contra o BVDV na totalidade das explorações estudadas.
Frequência de anticorpos contra o BVDV (amostras positivas) observada em cada exploração.
Seroprevalência da Diarreia Viral Bovina (BVD) em explorações de bovinos de carne na região do Alentejo
Pos./Duv. Neg.0%
1000%2000%3000%4000%5000%6000%7000%8000%9000%
10000%
65%
35%
Explorações (p=0,06)
Perc
enta
gem
(%
)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 200
102030405060708090
100
0 0
40
20
0
80
0 0
40
100 100
77.8
100
0 0
40
20
80
20
0
Explorações (p<0,001)
Perc
enta
gem
(%
)
N
BEJA (N 38 0.923; W 7 51.889)
www.maps.google.pt
Resultados
Resultados
Seroprevalência de anticorpos contra o BVDV em todas as explorações testadas.
Exploração x Seroprevalência
extremamente significativa
o χ2=72,18; g.l.=19o Coeficiente de contingência=0,631o Teste V de Cramer=0,813
Seroprevalência da Diarreia Viral Bovina (BVD) em explorações de bovinos de carne na região do Alentejo
Nº de explorações
avaliadas
Amostras Seroprevalência(%)
Positivas Negativas Duvidosas
n % n % n %
20 39 35,1 70 63,1 2 1,8 35,1
Discussão
A seroprevalência de anticorpos contra o BVDV obtida
no presente estudo (35,1%) é semelhante àquela
descrita na região da Andaluzia (Espanha) para
efectivos não vacinados (42,3%).
Região Seroprevalência (%)
Explorações seropositivas
(%)
Método de pesquisa de anticorpos anti-BVDV
Alentejo 35,1 65 ELISA de competição
Andaluzia (Espanha)1
42,3 70,9 ELISA de competição
Ribatejo2 84,6 ELISA de bloqueio
Entre Douro e Minho(Bovinos leiteiros)3
63,3 ELISA de competição
1 Gómez-Pacheco et al. (2009)2 Stilwell et al. (2007)3 Ribeiro e Pereira (2004)
Seroprevalência da Diarreia Viral Bovina (BVD) em explorações de bovinos de carne na região do Alentejo
Discussão
Verificou-se uma tendência para a existência de uma
maior percentagem de explorações positivas e/ou
duvidosas (65%)
necessidade de alterações de índole
zootécnica e veterinária.
A frequência de animais positivos é maior que 75%
em metade das explorações seropositivas
infecção activa, com a presença de
pelo menos um animal PI.
Seroprevalência da Diarreia Viral Bovina (BVD) em explorações de bovinos de carne na região do Alentejo
DiscussãoSeroprevalência da Diarreia Viral Bovina (BVD) em explorações de bovinos de carne na região do Alentejo
12 explorações seropositivas
9 explorações possuem machos
adquiridos noutra
exploração
7 explorações possuem
fêmeas de origens
diferentes
Entrada de animais como potencial factor de risco para a entrada do BVDV
Considerações finais
Explorações não adoptam programas de vacinação para
prevenir e controlar a doença
os anticorpos encontrados são
maioritariamente devidos à exposição
natural.
O valor da seroprevalência não permite caracterizar
epidemiologicamente a região do Alentejo.
Pelo grau de seroprevalência verificado, dever-se-á estudar
o impacto na reprodução.
Seroprevalência da Diarreia Viral Bovina (BVD) em explorações de bovinos de carne na região do Alentejo
Considerações finais
É recomendável aplicar medidas de prevenção e
controlo contra as infecções pelo BVDV.
o Diagnóstico de situação da exploração:
Inquérito sobre potenciais factores de risco
Técnicas laboratoriais
o Biossegurança:
Remoção e eliminação de animais PI
Quarentena
Exames serológicos periódicos
Contacto directo e indirecto
o Programas vacinais
Seroprevalência da Diarreia Viral Bovina (BVD) em explorações de bovinos de carne na região do Alentejo
Agradecimentos
Presidente do Júri: Professor Doutor Luís Cardoso
Orientador: Dr. José Mira
Co-orientador: Professor Doutor João Simões
Dr. Miguel Matos (Laboratórios Pfizer Saúde Animal)
Dr.ª Maria Helena Monteiro (Laboratório Veterinário de Beja, ACOS)
Seroprevalência da Diarreia Viral Bovina (BVD) em explorações de bovinos de carne na região do Alentejo
2009