Post on 29-Mar-2016
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RIO GRANDE DO SUL | SANTA CATARINA | PARANÁ | SÃO PAULO | DISTRITO FEDERAL | PERNAMBUCO | PIAUÍ
BOLETIM INFORMATIVO MENSAL DO GRUPO VILLELA | EDIÇÃO Nº 02 - MAIO DE 2012
É preciso investir para se chegar a uma posiçãoconfortável entre os países industrializados
Excellenciallll
DESTAQUES
1
Ao final de 2011, o nosso País foi apontado
pela empresa de consultoria e pesquisa
Economist Intelligence Unit (EIU) como a
sexta maior economia mundial, o que
equivale dizer o sexto maior PIB medido em
dólares à taxa de câmbio corrente.
Conhecendo o Brasil como a senhora
conhece, nós temos mesmo motivos para
celebrar?
Algum motivo temos para nos orgulharmos de
ser a sexta economia do mundo. Mas quando se
vê que 3,4 milhões de crianças em idade
escolar estão fora da escola, é um número que
alarma e entristece e não condiz com a posição
confortável de sexta economia do mundo. Além
do mais, nós temos uma dívida muito grande
com a questão habitacional. O déficit
habitacional brasileiro é muito elevado. Claro
que o esforço que vem sendo feito com os
programas para resolver esse déficit são
importantes e as ações no sentido de resolver
esse problema devem continuar. Vale
reconhecer também, no campo da
produtividade, que a logística em nosso pais é
altamente deficiente e muito cara. Nós também
temos uma concentração equivocada no
sistema de transporte rodoviário e esquecemos
de fazer investimentos em setores que são mais
eficientes e baratos, como os casos da hidrovia
e ferrovia. Um país de dimensão continental
poderia desafogar as rodovias através de
investimentos inteligentes e pontuais no
sistema de rede ferroviária e também de
hidrovias. Também temos um déficit muito
grande na questão tecnológica, na qual, agora,
finalmente, está se descobrindo a necessidade
de uma interação maior com os países
desenvolvidos. Por isso estamos estimulando
os jovens com essas bolsas de estudos que
estão sendo concedidas por medidas do
governo. Mas é preciso investir muito mais no
ensino técnico profissionalizante para adaptar o
País às necessidades e às demandas que a
geração precisará para responder e chegar
numa posição mais confortável no ranking dos
países industrializados.
Entre os setores mais carentes de
investimentos hoje, quais são, na sua opinião,
os que lideram a lista. Continuam sendo,
Saúde, Educação, Segurança, ou a par disto,
precisamos urgentemente de recursos em
áreas que determinam o desenvolvimento,
como a tecnologia e a inovação, por exemplo?
Todos os países que tiveram crescimento
notável e, inclusive, fizeram reconversão
econômica, como foram os casos da Finlândia,
Coreia do Sul e Irlanda, apenas para citar três
exemplos específicos, deram prioridade total ao
investimento em educação nos três níveis. O
que fez a diferença no sistema produtivo foi
exatamente apostar todas as fichas em preparar
a educação em todos os graus: básico, médio e
ensino superior, além de um investimento muito
grande na área do ensino técnico e profissional.
Olhar esses casos de sucesso é uma forma de o
Brasil encontrar também sua receita própria,
mas olhando também para o que esses países
fizeram para superar dificuldades e conquistar
um espaço significativo no mundo globalizado.
A Finlândia, que era um país de produção
primária importante, como papel e celulose,
hoje é um exportador de tecnologia, é sede da
Nokia, que é a maior empresa de telefonia do
mundo. Mesma coisa com a Coreia do Sul, com
investimentos maciços em tecnologia, e a
própria Irlanda, que também se notabiliza pelo
investimento que fez na área da educação.
Então, são nesses setores nos quais temos que
ter investimentos maiores para chegar a um
patamar mais e levado no setor de
desenvolvimento.
(Cont. pag. 3)
senadora Ana Amélia
Lemos (PP) concedeu Aentrevista ao Excellencia
para falar sobre a realidade social e
econômica do Brasil, além de
destacar questões internacionais.
Ela também lembra a pesada carga
tributária brasileira e a permanente
denúncia que tem feito sobre o risco
de desindustrialização.
Foto: Geraldo Magela
ARTIGOMedidas tributárias trazem insegurança a empresários
Página 2
ENTREVISTALei auxilia empresas a superar períodos de crisePágina 5 grupovillela.com.br
REPORTAGEMNovo ponto eletrônico começou a operarPágina 7
2
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EXPEDIENTE
www.grupovillela.com.br
0800 722 01 88
RS | SP | SC | PR | DF | PE | PI
A senadora Ana Amélia Lemos traz nessa edição
do Excellencia uma análise coerente da realidade
brasileira atual, no momento em que ainda
celebramos o fato de termos nos destacado
recentemente como a sexta maior economia do
mundo. A colocação no ranking dos “melhores”
nos envaidece, mas é preciso pensar este novo
momento com muita seriedade.
Acentuam-se os efeitos da crise na Europa
apontando para implicações na economia
mundial. E, embora o governo brasileiro venha
tomando medidas para amenizar estes efeitos, os
indicadores da produção industrial no País revelam
não apenas desaquecimento, mas estagnação
com transparentes reflexos no mercado de
trabalho.
O País espera por medidas mais perenes e
estruturais que torne a produção brasileira mais
competitiva. Ao mesmo tempo, neste cenário
cresce a demanda por competência gerencial
dentro das empresas como uma necessidade
inadiável.
Com a competitividade ganhando níveis elevados,
o Grupo Villela faz investimentos constantes em
profissionais e competências, no sentido de
oferecer serviços de qualidade aos seus clientes
para o aumento da eficiência na gestão.
A inibição da atividade econômica pode adiar
alguns planos no âmbito empresarial. No entanto,
o planejamento e a inteligência gerencial serão
sempre grandes aliados dos empresários,
principalmente em períodos de por o pé no freio.
Planos de viabilidade econômica, administração
estratégica de riscos de investimentos e recursos
humanos são questões que Villela considera
fundamentais para o aperfeiçoamento da gestão
de empresas. Uma companhia forte sobrevive ao
mau tempo, e mesmo que o quadro atual nos seja
favorável, é preciso prever e estar sempre em dia
com o amanhã.
Dr. Renan Villela
CEO Diretor Presidente do Grupo Villela
PALAVRA DO PRESIDENTE ARTIGO
Diego Dias BiedzickiAdvogado Tributarista
Medidas tributárias trazem insegurança a empresários
Pensando no amanhã
BOLETIM INFORMATIVO MENSAL DO GRUPO VILLELA
Quem trabalha com Direito Tributário deve estar
percebendo a atual insegurança jurídica que se
apresenta à classe empresarial em nosso País.
Na obtenção dos créditos entendidos como
devidos, o Fisco tem se articulado através de
expedientes, os quais alimentam, entre os
empresários, uma clara sensação de
inquietude.
Em consonância com a moderna legislação,
esgotadas as possibilidades de uma cobrança
extrajudicial, o Poder Público inscreve as
empresas em dívida ativa. A seguir, delega às
suas Procuradorias competentes o compromisso
de buscar os impostos e taxas, em primeira
análise, sonegados pelos empresários,
mediante o ajuizamento de Execuções Fiscais.
Até então, nenhuma novidade é apresentada. No
entanto, segundo a legislação vigente, a correta
sequência de atos processuais que deve
ocorrer é a seguinte: ajuizada a execução fiscal,
o empresário apontado como devedor deve ser
regularmente citado para regularizar o valor
devido ou oferecer garantias à execução que lhe
é dirigida. Nesse momento, é possível discutir
os valores cobrados, mediante embargo ao
executivo fiscal, ou outro instrumento jurídico
cabível.
Contudo, na prática, não é isso que se tem
observado. Os entes de Direito Público (União,
Estado e Município), por vezes, têm-se
utilizado de instrumentos de forma a induzir os
empresários à escolha por uma forma de
pagamento do débito, ainda que este
pagamento possa dificultar, ou mesmo,
inviabilizar a operação empresarial. Tais
ocorrências podem facilmente ser vistas nos
processos físicos atualmente em tramitação
neste Estado. Um exemplo bastante ilustrativo é
o que recorre à penhora dos ativos financeiros
das empresas, ou seja, impõe o bloqueio das
contas bancárias, antes do esgotamento das
diligências do credor na busca pelo crédito.
O Estado que já podia coibir a impressão de
notas fiscais, excluir as empresas dos regimes
especiais de tributação, inscrevê-las no CADIN
(Cadastro Informativo de Créditos não Quitados
do Setor Público Federal) , vedar a expedição de
CND's (Certidão Negativa de Débito), pode,
agora, utilizar-se de mais esse instrumento.
Tem razão o empresário que se vê diante de um
verdadeiro momento de apreensão, pois se
existe uma sequência de atos e meios para
buscar a satisfação dos créditos pretendidos,
tais meios devem ser respeitados em sua
integralidade, ainda que o credor seja o Estado.
Diante deste cenário, o empresário precisa
antecipar-se, adotando uma postura preventiva.
Atualmente, a melhor estratégia reside no
planejamento tributário, pois antevendo os
passos do Fisco, há possibilidade de discutir e
revisar os débitos cobrados.
Foto
: Lia
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CEO Diretor-Presidente
Dr. Renan Villela
Diretor Geral
Dr. Mauricio Bendl
Diretora de Marketing
Dra. Jeruza Tomsen Villela
Coordenação de Marketing
João Alfredo Ramos Junior
Designer Gráfico
Marcio Brito Ayres
Assessoria de imprensa
Martha Becker Comunicação Corporativa
Jornalista Responsável
Jane de Castro
Tiragem: 3.000 exemplares
ENTREVISTA SEN. ANA AMÉLIA LEMOS
3
mercado. A Argentina, hoje, como se sabe, é a
maior compradora desses produtos. Então, por
ter uma economia exportadora, o Rio Grande do
Sul sofre essas consequências, fato agravado
não só pela questão do custo tributário, mas
também pela logística deficiente e pela questão
do câmbio, que é absolutamente negativo do
ponto de vista da competição.
Como a senhora vê a questão das barreiras
comerciais impostas pela Argentina aos
produtos brasileiros. O que está sendo feito
para que os problemas daí resultantes não
dificultem ainda mais a vida dos nossos
exportadores?
A situação com a Argentina é muito delicada e o
governo, nesse caso, vem sendo um pouco
leniente na ação diplomática. Veja só, no início
deste ano, até fevereiro, houve uma redução de
38% nas exportações para a Argentina na
comparação com o mesmo período do ano
passado. Isso tudo decorrente das questões
relacionadas às barreiras que a Argentina impôs
aos produtos brasileiros. O Rio Grande do Sul,
por ser um Estado exportador, é o mais
impactado e acaba por ter um déficit com a
Argentina na área do comércio muito
significativo. Esse é um fator muito sério que
precisa ser analisado, pois quando você fala
que tem uma redução de 38% na exportação
brasileira não é apenas em relação ao produto
que vai, mas também ao transporte da carga,
portanto, todo o serviço prestado para essa
atividade comercial na relação bilateral. Diante
disso é preciso fazer um esforço grande para
que diplomaticamente se resolva esse
problema. O mercado interno argentino
‘’A situação com a
Argentina é delicada
e o governo sendo
leniente na ação
diplomática.’’
A senhora tem dado especial atenção ao Rio
Grande do Sul, o que os gaúchos reconhecem
e admiram. No seu entender, quais são as
necessidades mais urgentes do Estado e
como isso vem sendo trabalhado?
O Rio Grande do Sul é um estado de vocação
exportadora, tem uma economia muito forte.
Mas, por ser uma economia exportadora, sofre
as consequências determinadas pela política
cambial e pela valorização do real frente ao
dólar, o que retira de cer ta forma a
competitividade. Os gaúchos, como os demais
setores industriais e produtivos, reclamam com
toda razão da pesada carga tributária brasileira.
Claro que é louvável o esforço que o governo
faz, lançando programas de estímulo social
para evitar aquilo que estamos denunciando
a q u i p e r m a n e n t e m e n t e , q u e é a
desindustrialização, só que são medidas
pontuais, elas poderiam ter mais criatividade,
como em relação à desoneração tributária. A
carga tributária é muito pesada. Quando se
discute a questão do vinho, a salvaguarda é o
último instrumento que o setor pede para ser
adotado, porque como o governo não assume a
responsabilidade de reduzir o imposto e o vinho
brasileiro tem carga tributária alta (do custo final
do produto, quase 50% é imposto), não há
necessidade de salvaguarda se o governo
reduzir a tributação sobre o vinho produzido
aqui (vinhos finos e espumantes). Nesse caso
resolveria essa guerra. Mas há também uma
guerra fiscal, na qual os outros estados
oferecem aquilo que o Estado, pela sua situação
financeira, muito precária, não pode oferecer.
Isso cria uma posição muito desvantajosa. O
Rio Grande do Sul, por exemplo, perdeu a Ford
para a Bahia, que agiu com muita competência,
além de outros empreendimentos importantes.
Agora, pelo fato de o Rio Grande do Sul estar
muito próximo da Argentina, está correndo o
risco de perder para o País vizinho indústrias
muito importantes, como no setor de máquinas
agrícolas. A Argentina está fazendo um jogo
para atrair essas empresas, oferecendo seu
Cont.
Foto: Waldemir Barreto
já vem sofrendo as consequências
dedesabastecimento e a situação vai se agravar
por que não é de uma hora pra outra que o País
vizinho vai passar por um processo de
industrialização, como quer a Presidente
Cristina Kirchner. Isso é um processo lento.
Aliás, aqui no Plenário do Senado, quando
esteve presente o embaixador da Argentina,
Luis Maria Kreckler, para ouvir o discurso do
Senador Roberto Requião (PMDB-PR), que fez
um manifesto a favor da Argentina, solidário na
disputa com a Inglaterra pelas lhas Malvinas, eu
apresentei apoio ao requerimento do senador e
manifestei publicamente que esta solidariedade
tem que ser também compartilhada com uma
reciprocidade na área do comércio, que eles
também têm que melhorar a relação com o
Brasil nesse campo. Vale lembrar que, para
discutirmos a questão das barreiras argentinas,
foi aprovado em fevereiro requerimento de
minha autoria na Comissão de Relações
Exteriores (CRE). Foram convidados o ministro
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio,
Fernando Pimentel, o subsecretário-geral da
América do Sul, Central e do Caribe do
Ministério das Relações Exteriores, embaixador
Antônio José Ferreira Simões, o presidente da
Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (FIESP), Paulo Skaf, o presidente da
Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul
(Fiergs), Heitor Müller, o presidente da
Associação Brasileira dos Transportadores
Internacionais (ABTI), José Carlos Becker, e
presidente da Federação das Indústrias de Santa
Catarina (Fiesc), Glauco José Corte.
4
O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati,
participou da reunião-almoço na Federação
das Associações Comerciais e de Serviços
do Rio Grande do Sul(Federasul), na última
dia 28, com a presença de empresários,
políticos e autoridades. Durante o encontro,
For tunati falou sobre a atual gestão,
investimentos, obras e projetos estruturantes
em andamento que preparam a capital para o
futuro, considerando eventos como a Copa
do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016. Na foto,
o diretor Geral do Grupo Villela, Maurício
Bendel, cumprimenta o prefeito pouco antes
do início do evento.
NOTÍCIAS
Preparando o futuro Polícia Acidentária vai responsabilizar os culpados por acidentes do trabalho
Em palestra realizada no dia 12/4, na Associação
Comercial e Industrial de Camaquã/RS, o diretor
presidente do Grupo Villela, Renan Villela,
abordou questões referentes a “Débito e Crédito”
nas empresas. O evento, que reuniu associados,
empresários da região e secretários municipais,
teve em sua abertura a palavra do presidente
Paulo Santos. Também estavam presentes o
presidente do Conselho Deliberativo, Klaus
Gutheil, e demais diretores da ACIC.
Débito X Crédito
Com sua criação proposta em meados do ano
passado pela Superintendência Regional do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no Rio
Grande do Sul, o projeto piloto da Polícia
Acidentária está prestes a se concretizar.
Recentemente, no município de Caxias do Sul,
entidades do trabalho e órgãos públicos
reuniram-se para discutir a execução desta
proposta. Ela será realizada por policiais civis,
com a finalidade de cuidar exclusivamente de
acidentes de trabalho, responsabilizando os
culpados, individualmente, e não apenas as
empresas, com abrangência estadual.
Segundo o advogado e diretor do Grupo Villela,
Juliano Bacelo, os empresários devem ficar
atentos com essa medida, que, na sua opinião,
virá contribuir de forma positiva para a
diminuição dos números registrados em
acidentes do trabalho.
“Certamente haverá mais rigor no que trata de
medidas preventivas, fazendo com que as
empresas se obriguem a fazer investimentos e
qualificar melhor sua gestão da Segurança do
Trabalho”, considera Bacelo. “Nós temos
aler tado nossos clientes no sentido da
prevenção. Para isso, fazemos diagnósticos
preventivos minuciosos dentro das empresas,
chamando a atenção para situações que
normalmente não são encaradas como
perigosas, mas que com um olhar mais técnico,
podem ser consideradas de extremo risco”.
Bacelo elogia a iniciativa do Ministério do
Trabalho e Emprego por propor a execução de
um projeto que só trará benefícios para o
trabalhador e seus empregadores, punindo os
responsáveis em relação aos acidentes, mas,
sobretudo, combatendo suas causas.
A Justiça Federal deferiu ação interposta pelo
Grupo Villela, que suspende em caráter liminar,
o recolhimento do Funrural (Fundo de
Assistência ao Trabalhador Rural), em nome de
Aline Alves Scarpellini Campos. A mesma
recolhia a obrigação como pessoa física
empregadora rural, a qual incidia sobre a
emissão de cada nota fiscal de produtor. Com o
deferimento, a empreendedora deixará de
recolher sem possibilidade de sofrer qualquer
restrição por parte do Fisco. A decisão, tomada
como base no pronunciamento do STF sobre a
inconstitucionalidade da contribuição, foi
anunciada no dia 19/03/2012, pela Juíza
Federal Substituta, Ana Maria Wickert Theisen,
da Vara Federal de Porto Alegre. Aline Alves
Scarpellini Campos é empresária, sócia da
Comércio de Alimentos Castanheiros Ltda com
sede em Cruz Alta/RS.
Inconstitucionalidade
O diretor presidente do Grupo Villela, Renan
Villela e o diretor-geral, Maurício Bendl,
participaram, em 17/4, no município de
Gravataí (RS), do primeiro programa da série
“Debates pelo Rio Grande”, promovido pela
Rádio Gaúcha (RBS).
Apresentado pelo jornalista e comunicador
Lasier Martins, o programa vai percorrer 20
cidades do interior gaúcho debatendo os
principais problemas apontados pelas
comunidades, como infraestrutura, saúde,
educação, entre outras questões econômicas e
sociais locais.
Durante o evento, convidado a falar a respeito
das colocações dos debatedores sobre a
situação de dívidas do município e a falta de
investimentos principalmente no segmento do
comércio em Gravataí, Bendl apontou a pesada
carga fiscal.
“Temos comprovado e atestado que um dos
grandes ônus aos empresários de pequeno,
médio e grande portes, é o chamado Custo
Brasil. Esta situação resulta em uma asfixiante
carga tributária, falta de incentivos fiscais e
linhas de crédito, o que se traduz em grandes
dificuldades à classe empreendedora”.
Ao final do programa, Renan Villela foi chamado
para entregar uma placa homenageando os
painelistas.
Estavam presentes na platéia o prefeito Acimar
Silva, deputados, lideranças da região,
professores, estudantes da Ulbra, entre outros
convidados .
Grupo Villela participa do “Debates
pelo Rio Grande”
Foto: Agência Edison Castencio
Foto: Manoela Crespo
O empresário deve se socorrer da Recuperação
Judicial quando não é mais possível cumprir as
obrigações civis, trabalhistas e tributárias sem a
busca do crédito em outras fontes. Tal situação
coloca em risco constante a sustentabilidade da
empresa, uma vez que começam a surgir os
protestos e as restrições de crédito, o que acaba
por “engessar” a empresa, tornando inevitáveis
os pedidos de falência. Com a Recuperação
Judicial os riscos de perda do negócio são
minimizados de forma contundente, já que, uma
vez apresentado e aprovado o plano de
viabilidade econômica, as dívidas ficam
suspensas pelo prazo de 180 (cento e oitenta)
dias, o que permite dar fluxo de caixa à
sociedade empresária e, por consequência,
fazer cumprir o plano de Recuperação Judicial.
Que requisitos competem favoravelmente
para o deferimento do pedido?
Os requisitos que devem ser observados para o
deferimento do pedido de Recuperação Judicial
versam, principalmente, sobre a viabilidade do
negócio. Se a empresa é economicamente
viável e possui perspectivas financeiras
razoáveis, levando em consideração a
capacidade de cumprimento do plano de
Recuperação Judicial, não há por que o pedido
ser indeferido.
Trata-se de uma lei específica com
procedimentos e prazos diferenciados de
outras matérias jurídicas. Em função disso,
que profissional do Direito estará apto a
prestar a assessoria adequada?
Para o bom andamento da Recuperação Judicial
o profissional do Direito necessita de
conhecimento específico e profundo da Lei
11.101/95 e de vasta experiência na área de
direito empresarial, uma vez que o diagnóstico
da empresa a ser recuperada é de vital
importância. Além disso, é extremamente
necessário o suporte de uma estrutura
profissional na área contábil, econômica e
financeira para que a elaboração do plano de
Recuperação Judicia l seja v iável e,
consequentemente, possa ser cumprido.
5
grupovillela.com.br
Lei auxilia empresas a superar períodos de criseO advogado Diego Labarthe, especialista em Direito Empresarial e Processual Civil e diretor do Grupo Villela, fala em entrevista ao Excellencia sobre a lei de Recuperação Judicial e explica como ela pode ser uma aliada das empresas em dificuldades.
Qual o objetivo da lei? O que o Judiciário
propõe com o texto?
Ao elaborar a Lei n. 11.101/2005 o Legislador
se preocupou, fundamentalmente, em montar
um plano eficaz de revitalização da sociedade
empresária, visando nitidamente, ao final, o
cumprimento do Princípio da Função Social da
Empresa. A verdade é que a antiga Lei de
Falências não se preocupava efetivamente em
recuperar a empresa, mas sim em estancar
momentaneamente uma situação crítica, na
tentativa de dar fôlego à empresa para, se
possível, e sem um plano viável, evitar ou
suspender um processo de falência. Por outro
lado, na Recuperação Judicial, o Legislador
busca a todo o momento viabilizar a
manutenção das atividades da sociedade
empresária.
A lei em vigor desde 2005 ainda é pouco
conhecida no Brasil por parte dos
empresários que poderiam ser beneficiados
pela Recuperação Judicial, segundo dados da
Serasa Experian. O momento econômico
vivido pelo Brasil, de continuado crescimento
nos últimos anos, pode ter contribuído para a
pouca informação sobre o tema?
O momento econômico favorável vivido pelo
Brasil contribui sim para a não utilização da
Recuperação Judicial pelos empresários.
Ocorre que com a grande quantidade de crédito
disponível no mercado, o empresário se
socorre das instituições financeiras para obter
capital e cumprir suas obrigações. Neste
sentido, tendo em vista o lucro gerado por tal
operação e a força das instituições financeiras
em todas as esferas, não há interesse na
divulgação dos benefícios trazidos pela Lei
11.101/2005.
Muitos empresários confundem a nova lei
com a antiga concordata. Em que pontos a
legislação evoluiu?
A confusão criada pela falta de informação a
respeito da Lei 11.101/95 é nítida. A experiência
vivida pelo empresariado brasileiro relativamente
à vetusta Lei de Falências é que a concordata
não servia para recuperar a empresa, mas sim
como uma maneira legal de “falir com
dignidade”. O fato é que, na maioria dos casos,
e esta é ainda a visão do empresário, a
concordata levava à falência. No que se refere à
evolução da legislação, a Recuperação Judicial
é mais favorável quanto aos prazos,
maleabilidade de negociação e na quitação das
dívidas tributárias. Contudo, o grande
progresso da Lei 11.101/95 se deu nos critérios
de viabilidade da Recuperação Judicial. No
instituto da Concordata, por se tratar de uma
espécie de “favor legal”, não havia critérios
econômicos e financeiros para a concessão
desta, ou seja, todas as empresas poderiam
usufruir de tal benefício. Na Recuperação
Judicial, é condição legal que seja elaborado e
apresentado ao juízo um plano de viabilidade
econômica para garantir que, ao final, a
empresa seja recuperada. Portanto, a grande
evolução da legislação versa sobre a eficácia da
lei. Não há mais a primazia do direito dos
credores, mas sim a intenção de proporcionar a
preservação da empresa.
Em que momento o empresário deve buscar o
recurso?
ENTREVISTA DIEGO LABARTHE - Advogado e Diretor Jurídico do Grupo Villela
‘’O plano de viabilidade
econômica pode
garantir a recuperação
de empresas.’’
Foto: João Alfredo Ramos Jr.
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Rede de Negócios
O Grupo Villela lançou um novo serviço no
Núcleo Empresarial. O Laudo Econômico-
Financeiro para Empresas é uma análise prévia
da companhia, que tem como objetivo o
planejamento das ações na gestão. Com esse
instrumento, o empresário terá à sua
disposição informações sistematizadas que
aumentarão o índice de sucesso das decisões,
min imizando os r iscos. Ass im, o
empreendedor ficará mais seguro ao se decidir
entre, por exemplo, uma negociação
administrativa ou judicial, se será preciso
investir em alterações de processos
administrativos ou se precisará recorrer a
recursos como o da Recuperação Judicial,
entre outros.
Laudo vai apoiar empresas na tomada de decisões
O laudo também serve como instrumento de
apoio ao gestor nas decisões sobre
investimentos. Avalia o plano a ser realizado,
demonstrando a viabilidade ou inviabilidade do
projeto (o que fazer com o dinheiro). É
importante, também, para propor metas que
visam a melhora na saúde financeira da
empresa, propondo mudanças na estrutura
financeira e de capital, planos para diminuição
de custos e aproveitamento das oportunidades
existentes no setor.
O economista Ricardo Munzert explica que, na
prática, é realizada, inicialmente, uma análise
da empresa com base em suas demonstrações
contábeis e nas informações sobre a gestão que
forem apresentadas. Em seguida, é elaborado
um laudo do setor, identificando suas
características, dificuldades e oportunidades
dentro da conjuntura econômica.
Segundo Munzer t, consta ainda deste
documento dados sobre a empresa, inclusive
com análise de índices financeiros, calculados
com base nas informações das demonstrações
contábeis, e análise da gestão. “A atividade
empresarial gera desafios, e a análise de
especialistas de mercado colabora para uma
correta tomada de decisões do gestor, fator
fundamental para o crescimento controlado das
empresas, agregando valor aos sócios e
diminuindo os riscos”, conclui.
Omar Tomalih Advogado
Diretor da T3 International de Baln. Camboriú/SC
Reunião de habilidades complementares|
“Considero a associação à Rede de
Negócios do Grupo Villela, antes de tudo,
uma opção estratégica. Associar-se a uma
rede de atuação nacional por si só já se
justificaria, à medida que abre uma nova e
ampla frente de oportunidades e de
negóc ios . Mas não é só isso ;
consideramos que essa aproximação
resulta na reunião de habilidades
complementares: de um lado, o nosso
grande conhecimento das peculiaridades
do segmento aliado à noção exata das
necessidades de nossos clientes e, de
outro lado, o completo portfólio de
serviços do Grupo Villela, prestados por
uma equipe inovadora e multidisciplinar. “
7
Mensagem Bíblica
Mateus 4.4.
"As pessoas precisam mais que de pão
para a sua vida;
elas precisam se alimentar de cada palavra
proveniente de Deus".
REPORTAGEM
‘’Será bom para o
empregado, mas
também para o
empresário.’’
Depois de cinco adiamentos, novo ponto eletrônico começou a operarO Sistema de Registro de Ponto Eletrônico
(SRPE) entrou em vigor no dia 2/4, valendo
para empresas com mais de 10 empregados,
as quais já utilizavam o equipamento eletrônico
para o registro da jornada de trabalho. Estima-
se que pelo menos 400 mil empresas dos
segmentos da indústria, comércio e serviços,
além dos setores financeiro, de transportes, de
construção, de comunicações, de energia, de
saúde e de educação tiveram que se adaptar.
A implantação do novo sistema, que permite a
impressão de comprovantes de entrada, saída e
intervalos no trabalho, já estava prevista desde a
publicação da resolução 1510, expedida pelo
Ministério do Trabalho em 2009, mas foi adiada
por cinco vezes, até a confirmação feita em
28/12/2011 com a publicação da portaria nº
2.686, do MT, no Diário Oficial da União.
Para o empresário Vitus Klarmann, de Porto
Alegre/RS, cuja empresa presta serviços de
implantação do sistema, o principal avanço foi a
padronização de relatórios e dos layouts de
arquivos que cada equipamento grava. “É um
avanço importante,evita a fraude e facilita a
fiscalização”, avalia.
Há, no entanto, questões passíveis de revisão,
segundo Klarmann. Para ele, o principal ponto
negativo é a necessidade da impressão de um
ticket em papel. “Não acredito que o funcionário
guardará a grande quantidade de tickets emitida
e a demanda por papel representará mais um
custo operacional”, declara. “Poderia ter havido
a padronização sem a impressão de tickets
resultando nos mesmos benefícios”, conclui.
Um maior controle e a coibição de fraudes é o
avanço também apontado pelo Técnico em
Segurança do Trabalho do Grupo Villela,
Alexsandro Alber to Penha. Ele destaca,
entretanto, que o maior impacto do novo ponto
eletrônico incidirá na prova da reclamatória
trabalhista, a qual terá um respaldo muito maior
à medida que o comprovante ficará com o
empregado e a empresa com o espelho, sendo
que ambos terão de coincidir. Para Penha, “será
bom para o empregado, que terá maior controle
sobre suas horas extras e até mesmo,
condições de verificar se está sendo lesado ou
não”, mas também para o empresário “visto
que não irá pagar pelas horas extras não
realizadas - como ocorre normalmente perante
a Justiça do Trabalho.”
A próxima etapa atingirá as empresas do
segmento agroeconômico, as quais terão que
se adaptar a partir de 1º/6, seguidas pelas micro
e pequenas empresas a partir de 3/9.
Foto
: João A
lfredo R
am
os Jr.
Foto
: João A
lfredo R
am
os Jr.
Ramo: Indústria Calçadista
Faturamento Anual: R$ 7.000.000,00
Nº de Funcionários: 90
Valor: R$ 9.000.000,00
Local: Serra Gaúcha - RS
INDÚSTRIA CALÇADISTA
CENTERCON - CENTRO CONTÁBIL
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REDE DE NEGÓCIOSCLASSIFICADOS
Ramo: Loja de Brinquedos
Faturamento Anual: R$ 848.227,56
Valor: R$ 600.000,00
Local: Farroupilha - RS
LOJA DE BRINQUEDOS
Ramo: Farmácia de Manipulação
Faturamento Anual: R$ 7,2 milhões
N° funcionários: 65
Valor: 12 milhões
Local: Pelotas - RS
FARMÁCIA
Ramo: Indústria de Antenas
Faturamento Anual: R$ 900.000,00
N° funcionários: 12
Valor: 70mil
Local: Alvorada - RS
FÁBRICA DE ANTENAS
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