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BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 1
BEIRA FOZ MASTERPLANRELATRIO FINALSETEMBRO 2014
2 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
DECLARAO DE RESPONSABILIDADE
Este Relatorio Final foi preparado para uso exclusivo da ITAIPU Binacional e aborda assuntos especficos ao mesmo. Consequentemente, podemos no ter abordado outros assuntos relevantes a terceiros. Este relatrio foi publicado em 30 de Junho de 2014, levando em considerao o entendimento de anlises e desenhos planialtimtricos contidos no mesmo e que refletem a informao e dados recolhidos at a data; outros dados relevantes e informaes pertinentes a este relatrio, aps essa data, no foram levados em considerao. As anlises e viabilidade basearam-se nas informaes fornecidas pela Prefeitura Municipal de Foz do Iguau, ITAIPU Binacional e pesquisas realizadas pela Arup/JLL e outras fontes disponveis publicamente.
Nenhum scio, diretor, empregado, representante ou afiliado da Arup aceita a responsabilidade e no ter nenhuma responsabilidade contratual ou de qualquer outra maneira com ITAIPU ou qualquer terceira parte em relao ao contedo deste relatrio.
Qualquer uso deste relatrio por parte do cliente de seu prprio risco. Os termos desta declarao sero regidos e interpretados de acordo com as regras e procedimentos de arbitragem da Comisso das Naes Unidas sobre o Direito Mercantil Internacional (UNCITRAL).
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 3
SUMRIO Sumrio Executivo 51 Introduo 9
2 Contexto e Objetivo 13 Anlise do contexto 14
Objetivo estratgico 19
3 Posicionamento Estratgico 25Prevendo o contexto do turismo no sculo XXI 26
Abordagem do planejamento integrado 29
4 reas de estudo 33Princpios orientadores para o Masterplan 34
Critrios de seleo 39
5 Masterplan detalhado - Zona 1 45Componentes 46
Desenvolvimento e crescimento urbano 49
Zoneamento e uso do solo 52
Espaos abertos 68
Mobilidade 70Infraestrutura 75
Plano urbanstico 79
Modelo de gesto 85
Viabilidade financeira 86
6 Masterplan detalhado - Zona 2 89Componentes 90
Desenvolvimento e crescimento urbano 92
Viabilidade financeira da plataforma logstica 108
7 Concluses e prximos passos 111
Anexos 115
4 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 5BAKU CITY DEVELOPMENT 5
BEIRA FOZ MASTERPLANSumrio Executivo
6 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Beira Foz MasterplanSumrio ExecutivoEm Dezembro de 2013 a Arup foi chamada a desenvolver um conceito de Masterplan estratgico para as margens dos rios Paran e Iguau, em Foz do Iguau. Este relatrio descreve o conceito final do Masterplan para um novo desenvolvimento da orla. As principais constataes, planos, estratgias e recomendaes foram baseadas nas informaes recebidas da Prefeitura de Foz do Iguau e ITAIPU BINACIONAL durante o projeto.
De maneira geral, o Masterplan conceitual descrito aqui precisar ser melhor desenvolvido e, posteriormente, dever dar um passo frente em relao viabilidade financeira para cada parte do plano.
O Masterplan estabelece uma viso de longo prazo para uma cidade que pretende conciliar trabalhos realizados anteriormente por autoridades municipais, pela ITAIPU e pelo Ministrio do Turismo do Governo Federal. No incio deste trabalho, o Plano Urbanstico para abordar a reconstruo da fronteira nacional foi a referncia para o trabalho em termos de premissa, poltica e estratgias para a cidade.
A beira do rio por si s apresenta desafios que so inerentes a esse tipo de terreno, portanto, requer que a viso e o conceito do Masterplan respondam a esses desafios adotando uma abordagem de mudana substancial.
O objetivo geral desta parte do trabalho definir uma viso de conjunto para a transformao e revitalizao dessa parte da cidade, desenvolvendo um conceito de Masterplan que integra a pr-viabilidade econmica e financeira e explora alternativas de meios de implantao e gesto que a cidade pode considerar mais prioridade.
Um plano de desenvolvimento bem-sucedido para esta rea central de Foz do Iguau precisa ser baseado em determinados pressupostos, resumidos abaixo:
Compreender o contexto em que qualquer plano novo possa ser incorporado legislao urbanstica local, incluindo a reviso do Plano Diretor;
Entender a condio da fronteira internacional em um contexto de relaes binacionais sociais, culturais, de negcios e de comrcio;
Identificar e dar prosseguimento a projetos de rpido efeito na cidade, sejam eles novos ou que j estejam encaminhados pela prefeitura e ITAIPU;
Abordar as lacunas nas bases de informaes e resolver quaisquer novas questes.
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 7
Questionamentos iniciais
A anlise do contexto e o workshop inicial (Fevereiro de 2014) nos fizeram concluir que o Beira Foz encontra-se entre trs condies urbanas conflituosas.
O centro da cidade est perdendo, gradualmente, a presena de hotis e outras atividades do setor de turismo. A existncia de terrenos vazios no tecido urbano e a ausncia de estabelecimentos de alta qualidade nos setores de comrcio e gastronomia impediram a adaptao da regio central para a migrao de hotis e resorts, bem como dificultou a possibilidade de reinveno dessa regio para se manter atrativa.
As atividades que se constituem no motor econmico do centro, os nveis de renda, padres de viagens e postos de trabalho tm sido polarizados por duas condies extremas: os negcios e atividades de compras em Ciudad del Este (ocorrendo diariamente) e a ausncia de um ncleo tristico no centro da cidade. A forma como o centro utilizado atualmente entra em conflito com a ambio de dispor de uma grande avenida com lojas e restaurantes, modelo que no bem-sucedido por diversas razes:
Caractersticas Fsicas: a malha urbana concentra pedestres e veculos na Av. Juscelino Kubistchek e na Av. Brasil (entre a Av. Repblica da Argentina e Av. Jorge Schimmelpfeng). No h conexo clara em direo beira do rio.
Mobilidade: todos os carros e nibus dominam a paisagem das ruas em detrimento dos pedestres e ciclistas. Ao pegar o nibus direto do centro, observa-se o colapso da malha viria, particularmente na Av. JK.
Vitalidade Econmica: o setor hoteleiro ainda sustenta a economia, porm insuficiente para dirigir o crescimento. A expanso do Aeroporto ir proporcionar o aumento do nmero de visitantes em Foz do Iguau. Por outro lado, o
tempo de estadia ainda baixo e a maior parte dos visitantes no passa o tempo no centro da cidade. As atividades de compras do outro lado da fronteira refletem uma importante fonte de emprego, porm muitas vezes so consideradas negativas. Lazer e turismo so mal representados, apesar dos diversos atrativos da cidade, e a economia noturna insignificante.
Padro de Vida: os moradores que vivem no centro da cidade e perto da margem do rio normalmente trabalham na prpria regio. Os mesmos esto desconectados das reas tursticas e representam faixas de renda de mdia a baixa. Os moradores de classe mdia alta preferem viver ao norte ou ao sul da cidade e sua renda raramente gasta no centro.
Desenvolvimento e Investimento: investidores, especificamente relacionados hotelaria e turismo, tm se afastado da regio central, dando preferncia regio norte e outros locais. Os edifcios construdos nas dcadas de 1960/70 esto se degradando e a falta de novos negcios est influenciando a imagem do centro.
Turismo e hotelaria como motores econmicos: Em comparao a outras cidades que possuem oferta hoteleira maior que Foz, porm menor nmero de turistas, (Salvador, Fortaleza e Natal), pode-se afirmar que, apesar de Foz do Iguau ter um volume significativo de turistas quando comparado a essas outras cidades, a taxa de ocupao mdia dos hotis mais baixa devido existncia do turismo de fronteira e turismo de sacoleiros, que muitas vezes no pernoitam nos hotis. A comparao do fluxo de passageiros tambm demonstra que o fluxo de turista pelo aeroporto bem menor, pois as aeronaves que fazem os voos Foz do Iguau so de menor porte e h poucos voos internacionais. Nesse contexto, o impacto do aumento da oferta hoteleira nessas outras cidades, que ir variar entre 8% a 23% de crescimento, Foz do Iguau s pode conseguir um impacto do crescimento de 11% em relao oferta atual. 1
1 Fonte: levantamento JLL e anlise da indstria hoteleira de mercado em Foz 2014
Como parte do posicionamento estratgico do projeto Beira Foz na cidade, a condio de incorporao de outro mecanismo econmico tem sido analisada por diversas instituies, entre elas, o novo Plano de Desenvolvimento Econmico para Foz do Iguau2. O plano indica que uma das oportunidades chaves, alm do turismo, est no setor logstico.
A abordagem adotada responde solicitao da Itapu Binacional para auxiliar e fornecer informaes detalhadas que identifiquem o risco associado de tais instalaes nesta rea e propor outros locais alternativos.
Dessa forma, o presente estudo direcionou o desenvolvimento de um novo distrito logstico na rea adjacente Perimetral Leste.
Propostas emergentes
O Masterplan estratgico responde s questes elencadas atravs da sugesto de intervenes institucionais e socioeconomicas integradas, de forma a compatibilizar as diretrizes com a viso a longo prazo para a cidade. O plano ser aplicado em duas reas chaves, onde o poder municipal e demais interessados indicaram como melhores locais para iniciar um projeto nessa escala. Este plano se estrutura em cinco temas:
Agncia Beira Foz para o Desenvolvimento Urbano: A formao de uma agncia tem por objetivo liderar a requalificao do Beira Foz e novos permetros;
Estrutura Espacial: concentrar o desenvolvimento de duas reas ao longo da beira do rio e proporcionar lazer e movimento (em termos de transporte, mobilidade e acessibilidade ao rio), bem como caracterizar uma nova orla verde;
Plano Urbanstico: tem como objetivo orientar o desenvolvimento das Operaoes Urbanas Consorciadas na rea do projeto definida como Zona 1 em um horizonte de 25 anos. Busca-se
tambm desenvolver a zona 2 como um polo turstico e deslocar as atividades de logstica para um novo corredor de desenvolvimento, ao longo da Perimetral Leste;
Estratgias de Negcios e Turismo: orientado pela construo da relao comercial binacional de forma a capturar o valor do comrcio e compra de bens no Paraguai, dever gerar novos empregos e criar uma nova zona de negcio;
Estratgias para Plataforma Logstica: baseada na construo da relao binacional para o comrcio de cargas, dever incorporar seu crescimento no plano e perspectivas para a cidade;
Anel de Infraestrutura de Servios Inteligentes: o anel se constituir em um investimento com vistas mudana na percepo da esfera pblica, bem como revelando uma nova plataforma de hotis de ponta e alojamento estudantil.
2 PLANO DE DESENVOLVIMENTO ECONMICO DE FOZ DO IGUAU DIAGNSTICO, Carlos guedo Paiva, Latus
Consultoria, Prefeitura Municipal de Foz do Iguau; Conselho de Desenvolvimento Econmico e Social de Foz do Iguau,
April 2014
8 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 9BAKU CITY DEVELOPMENT 9
BEIRA FOZ MASTERPLAN1 Introduo
10 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Beira Foz MasterplanIntroduoEste relatrio apresenta o conceito estratgico do Masterplan para a beira do rio em Foz do Iguau, Paran, Brasil. Os resultados do trabalho proporcionaram um plano espacial abrangente, abordando especificamente a orla do Rio Paran e duas reas de estudo especficas. O trabalho realizado pela Arup recebeu insumos dos seguintes rgos pblicos e interessados:
ITAIPU BINACIONAL Secretaria do Turismo - Prefeitura de Foz do Iguau Secretaria do Planejamento - Prefeitura de Foz do Iguau CODEFOZ Polo Iguassu
Figura 1
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 11
Justificativa para o Masterplan
Foz do Iguau um municpio brasileiro do estado do Paran, o stimo mais populoso contando com 263.508 habitantes (Censo IBGE 2010). A distncia at Curitiba (capital do estado) de 643 quilmetros. Sua rea de 617.701 km, dos quais 61.200 km esto inseridos no permetro urbano. Foz do Iguau o segundo maior destino de turistas estrangeiros no pas e o primeiro da regio sul.
A cidade foi fundada em 1549 quando o explorador espanhol Cabeza de Vaca encontrou as cataratas enquanto trilhava rio abaixo. Muito impressionado, nomeou-os Quedas de Santa Maria. Mais tarde o nome mudou para Quedas del Iguazu, nome nativo dos ndios guaranis que viviam ali. At 1860 a regio se inseria em territrio disputado entre Brasil e Paraguai, mas, dada a derrota deste ltimo na Guerra do Paraguai, as cataratas foram reconhecidas como parte do territrio brasileiro.
A cidade muito heterognea, com muitas comunidades de imigrantes, tais como: rabes, chineses, alemes, italianos, libaneses, paraguaios, argentinos, palestinos, franceses, suecos, portugueses e ucranianos. A cidade abriga a segunda maior comunidade chinesa no Brasil (cerca de 55.000, perdendo apenas para So Paulo) e uma comunidade islmica muito substancial.
A beira do rio tem sido designada como uma rea natural protegida pelas seguintes razes:
O rio constitui a fronteira internacional, portanto, tem sido tratado como uma zona em que no se pode desenvolver nada; e
As condies topogrficas tornam a beira do rio uma rea com baixa acessibilidade ao longo dos 6 quilmetros que circundam a rea central da cidade.
Cabe rassaltar que essa rea tem sido ocupada aos poucos por moradores de baixa renda que esto vivendo em reas de risco sem infraestrutura urbana.
Foz do Iguau - Paran
O municpio est localizado na fronteira com o extremo sul-oeste do Brasil e atua como ponte natural entre o pas e os demais membros do Mercosul, assim como a rota mais conveniente por terra do Paraguai para a costa. A cidade tem potencial para se consolidar como centro de logstica para o Paran e como uma porta de entrada do comrcio e varejo com o Paraguai.
Para alm dos aspectos logsticos, a cidade tem a oportunidade de desempenhar um papel de liderana econmica dentro do estado do Paran no setor de turismo.
12 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Figura 2 - Turismo: Feira Gastronmica
Figura 5 - Campus Universitrio Figura 6 - Propaganda utilizando a imagem de Foz do Iguau no metr de Nova York Figura 7 - Marco das Trs Fronteiras
Figura 3 - Ecoturismo Figura 4 - Inovao + Educao
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 13BAKU CITY DEVELOPMENT 13
BEIRA FOZ MASTERPLAN2 Contexto e Objetivo
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Contexto e Objetivo2.1 Anlise do contextoO projeto Beira Foz consiste na elaborao de um Plano Geral de Urbanizao para as margens dos rios Paran e Iguau na cidade de Foz do Iguau atravs de uma Operao Urbana Consorciada envolvendo as trs esferas de governo, a iniciativa privada e a sociedade.
Em consonncia como Decreto n 7.496/11, o plano tem por objetivo a construo de um espao urbano estruturado, integrado e sustentvel, que promova a segurana na fronteira, a valorizao do meio ambiente, a incluso social, a ampliao da oferta de turismo e o desenvolvimento socioeconmico.
O Plano Diretor Municipal tem como diretrizes gerais:
Planejamento do desenvolvimento do municpio, da distribuio espacial da populao e das atividades econmicas no territrio municipal, de modo a evitar e corrigir as distores do processo de desenvolvimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;
Integrao e compatibilizao entre a rea urbana e a rea rural do municpio;
Conservao e recuperao da qualidade hdrica das bacias do municpio; e
Ordenao e controle do uso do solo.
Pode-se afirmar que, atualmente, as principais atividades concentram-se em trs zonas da cidade: Itaipu (norte), Ponte da Amizade (Centro) e Parque Nacional do Iguau (Sul), as quais necessitam de maior integrao funcional e urbana.
Cabe destacar a implantao da nova sede da UNILA (Universidade Federal da Integrao Latino-Americana), em Itaipu, a qual pode ser considerada como um bom veculo de insero da cidade no Turismo Cultural.
A integrao funcional e urbanstica entre Itaipu e Foz faz com que os estudantes sintam-se parte da cidade e incentiva a ampliao da
mobilidade e conexo com o centro, criando um ambiente favorvel para bicicletas e pedestres e aumenta, consequentemente, as atividades comerciais e de lazer. Esse aspecto incentiva, tambm, a proviso de redes de ciclovias e linhas de nibus que se conectam ao Parque das Cataratas.
Tanto a UNILA como a plataforma de comrcio entre Foz do Iguau e Ciudad del Este podem incentivar o investimento no turismo trinacional.
Sendo o segundo destino de turistas estrangeiros no Brasil, conhecida internacionalmente pelas Cataratas do Iguau, a cidade pode enriquecer sua dimenso cultural conectando o Brasil e a Argentina e, assim, investir no Parque como polo ecoturstico da cidade.
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 15
Zoneamento
O Plano Diretor vigente est em reviso, no entanto, o plano no recomenda ou define atividades de uso do solo para as reas lindeiras ao Rio Paran em relao ao centro da cidade ou principais corredores econmicos.
16 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Sistema virio
A rede viria da cidade basicamente concntrica com a BR 277, rodovia que liga a cidade Curitiba, permeando Foz a noroeste em direo Ponte da Amizade e ao Paraguai.
A sudoeste a Av. das Cataratas conecta a cidade com o Aeroporto, a Argentina e o Parque Nacional, entrando na cidade at se juntar a Av. Felipe Wandescheer, outro importante eixo leste - oeste. A Av. Juscelino Kubitscheck segue no eixo norte - sul atravessando o centro da cidade.
A estrutura viria est dividida em cinco caractersticas diferentes, com variaes de largura. Alm da rede de avenidas principais, a cidade tem uma rota bsica, principalmete pelo centro da cidade.
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 17
Sistema de gua
A rede de abastecimento de gua da cidade est relativamente em bom estado. De acordo com o IRDA, a cidade tem 100% de cobertura de abastecimento de gua com 14 reservatrios de gua.
18 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Sistema de esgoto
A rede de esgoto da cidade tem uma boa cobertura. Em 2010 quase 100% do esgoto coletado era tratado. A cidade tem 5 Estaes de Tratamento, no entanto, a rede IARCE cobre apenas 71,5% da rea urbana.
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 19
Contexto e Objetivo2.2 Objetivo estratgicoPodemos observar que, atualmente, muitas cidades do mundo esto explorando o turismo para revitalizar a economia local. Atitudes pontuais so tomadas pelo governo, refletindo, na maioria dos casos, em transformaes urbanas e melhorias para a cidade como um todo.
Identidade visual de destinos
A criao e a identidade visual de locais so vitais para a natureza competitiva do desenvolvimento urbano moderno. Arquitetura, projetos emblemticos, orlas, histria cultural, recursos naturais e hospedagem de eventos so os ingredientes principais que cidades bem sucedidas utilizam para se promoverem como destino.
Foz do Iguau tem o patrimnio natural, a orla e os recursos naturais necessrios para construir o turismo e o comrcio, mas precisa criar e promover projetos-chave, incluindo revitalizao ambiental e espaos livres de alta qualidade para construir a sua identidade e imagem, de forma a desenvolver uma marca forte e positiva. Com isso, Foz tem a oportunidade de se firmar como o corao vibrante da regio e como centro de uma grande entroncamento internacional.
Credenciais verdes
Entre os grandes escales de desenvolvimento e investidores, a revoluo verde est chegando rpido.
Investidores, inquilinos e proprietrios em grande parte tm consentido em relao ecologizao inevitvel do ambiente construdo.
Estima-se que 40% das emisses de carbono em todo o mundo vem de edifcios, fato que tem concentrado os esforos da indstria imobiliria regulamentar/legislativa sobre a alterao da natureza do lugar onde vivemos, trabalhamos, compramos e nos dedicamos ao lazer.
As questes ambientais esto comeando a influenciar decises de investimentos globais. A seguir esto algumas citaes das principais incorporadoras e investidores entrevistadas pela PWC em 2008:
Pretendemos comprar edifcios e torn-los verde, porque sentimos que daqui a cinco ou dez anos, um edifcio verde simplesmente ter mais valor do que outros. Quando olhamos para um hotel, em termos de avaliao, temos uma viso de como esse edifcio ficar a partir dessa perspectiva. (Investidor Internacional de Hotis).
Beira Foz
As autoridades da cidade j realizaram trabalhos significativos na malha urbana para revitalizar e identificar algumas aes-chave.
Porm, a preparao de um conceito estratgico do Masterplan exige a integrao dos aspectos espaciais e no-espaciais da beira do rio e do centro da cidade em uma viso estratgica coerente.
As aes prioritrias definidas pelo projeto Beira Foz foram organizadas em 3 Grupos de Trabalho temticos.
20 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Territrio binacional
Economia circular
Turismo integrado
Parque binacional
Viso para a cidade
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 21
Plataforma Integrada de Turismo
ITAIPU
CENTRO DE FOZ
PARAGUAI
ARGENTINA
PARQUE DAS CATARATAS
Corredor de mobilidade sustentvel
Viso para a cidade
22 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Objetivos principais:
Aes de ocupao e qualificao do controle na rea de segurana da fronteira; Reintegrao produtiva e social da populao em diversas condies de vulnerabilidade social com aes e projetos de justia social.
Coordenador: Polcia Federal, SEJUParticipantes: Governo do Estado do Paran (SEJU, DEPEN, SETU), Polcia Ambiental PR, Itaipu, Receita Federal, Ministrio da Defesa (Marinha), Polcia Rodoviria, Ibama, Prefeitura de Foz do Iguau.
Grupo de Trabalho 1justia e segurana
Aes de Justia e Promoo Social:
Programa integrado de incluso social; Plano integrado de atendimento intersetorial das famlias vulnerveis; Centro de ateno a usurio de drogas Mobilidade Cidad Manufatura de Carrinhos de Reciclagem Motorizados, Cadeira de Rodas e Oficina de Prtese Ortopdica
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 23
Objetivos principais:
Aes de urbanizao e qualificao espacial com intervenes de recuperao ambiental, estrutura viria, equipamentos pblicos (reas de lazer, parques e praas), desenho urbano, zoneamento de novas atividades urbanas e produtivas.
Coordenador: Itaipu /FPTI
Participantes: Prefeitura de Foz do Iguau , Seplan, Ministrio do Meio Ambiente, Polcia Rodoviria, DNIT, Governo do Estado.
Grupo de Trabalho 2sistema virio
24 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Objetivos principais:
Aes de qualificao das condies de moradia das populaes em situao de vulnerabilidade social por meio de projetos de Habitao de Interesse Social, equipamentos comunitrios, programas de qualificao e capacitao profissional, promovendo a gerao de renda e a integrao e insero social das comunidades.
Coordenadores: FOZHABITA e COHAPAR
Participantes: Ministrio da Justia, Governo do Estado do PR (Secr. Famlia, etc.), Prefeitura Municipal de Foz do Iguau (FozHabita, Secretaria Municipal de Assistncia Social), Itaipu, PTI.
Grupo de Trabalho 3habitao e promoo social
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 25
BEIRA FOZ MASTERPLAN3 Posicionamento Estratgico
26 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Posicionamento Estratgico3.1 Prevendo o contexto do turismo no sculo XXI O Municpio de Foz do Iguau (PR) recebeu, em 2012, um total de 2.051.481 turistas (nacionais e internacionais) motivados principalmente por viagens de lazer (79,3%) buscando atividades relacionadas natureza, ecoturismo ou aventura.
Turismo em Foz do Iguau (PR)
Segundo uma pesquisa do Ministrio do Turismo (MTur) e da Fundao Instituto de Pesquisas Econmicas (FIPE), o municpio de Foz do Iguau foi o terceiro destino turstico mais visitado por turistas internacionais em busca de lazer no ano de 2012, atrs das cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Florianpolis (SC) (Fonte: BRASIL. Ministrio do Turismo, 2013).
Em relao aos turistas nacionais, os principais estados emissores foram Paran (22%), So Paulo (17,8%), Santa Catarina (8,9%), Rio Grande do Sul (8,1%) e Rio de Janeiro (4,1%). Em relao aos turistas internacionais, a procedncia foi prioritariamente da Amrica do Sul (74,5%) com destaque para Argentina e Paraguai responsveis, respectivamente, por 44,4% e 14,7% da demanda (Fonte: BRASIL. Ministrio do Turismo, 2013).
O tempo mdio de permanncia em 2012 foi de 2,8 dias (a mdia entre 2008 a 2012 foi de 2,88 dias) e o gasto mdio per capita/dia foi de US$ 72,3 (a mdia entre 2008 a 2012 foi de US$ 64,76). Os principais atrativos tursticos foram o Parque Nacional do Iguau com total de 1.535.382 visitantes (nacionais e internacionais) e Itaipu Binacional com 529.734 visitantes (nacionais e internacionais) (Fonte: BRASIL, Ministrio do Turismo, 2013; SMTU, 2013; ITAIPU BINACIONAL, 2013).
O turismo emprega, aproximadamente, 11,8% da populao ocupada, representando 14.646 postos de trabalhos. Entretanto, o Municpio de Foz do Iguau e a regio compreendida pelas Cataratas do Iguau e pelos Caminhos ao Lago de Itaipu PR apresentam potencial para oferecer produtos e servios diferenciados e inovadores para aumentar o fluxo, a permanncia e os gastos dos turistas nacionais
e internacionais, possibilitando o incremento das demandas de turistas de outras regies (ampliao geogrfica).
Contexto do desenvolvimento: escala da cidade
A histria de Foz do Iguau est vinculada a duas condies de qualidades excepcionais: por um lado, o Parque Nacional das Cataratas representa a beleza do ambiente natural e fantstico; do outro lado, a fundao Itaipu representa os esforos do Brasil e do Paraguai na criao de uma das maiores instalaes de produo de energia limpa no mundo. O primeiro listado sob Patrimnio Mundial da UNESCO e o ltimo uma das realizaes do sculo 20 de maior orgulho no Brasil.
O crescimento da cidade foi definido por estes dois elementos e com a proximidade geogrfica a duas fronteiras nacionais.
A rea urbana da cidade tem, aproximadamente, 40% de seu territrio ocupado por construes residenciais/comerciais e cercado por corpos dgua ao norte, leste e sul. Uma zona bastante diversificada abrange a rea central de Foz, (34 Batalho ao norte, a ponte a oeste e o tringulo de estradas em direo s Cataratas ao sul), com a orla do rio e o distrito central de varejo; Foz do Iguau apresenta um tecido urbano diversificado e heterogneo.
A rede de transportes e acessibilidade da cidade uma combinao de um sistema de rede com estradas principais concntricas e radiais em direo beira do rio, na altura da Ponte da Amizade. A rede de transportes pblico baseada em micro-nibus e txis. Alm do centro da cidade, a rea urbana se expande para o campo a oeste, ao longo da BR 277, ligando-se a Curitiba.
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 27
22%
52%
4% 18%
4% Itaipu
Cataratas
Estudiantes
shopping
health andwellness
Distribuio do total de turistas pelas atraes da cidade
Proposta de distribuio turstica total sem o Masterplan Proposta de distribuio turstica total com o Masterplan
31%
20%
49%
Turismo como motor econmico
29%
68%
3%
ItaipuCataratasOutros
29%
68%
3%
ItaipuCataratasOutros
O gasto medio de 60$ (em dlares americanos)
2,8 dias / estadia Em 2012, Fonte: Inventrio Tcnico de Estatsticas Tursticas, SETUR
As projees de crescimento da demanda para os prximos 10 anos apontam crescimento anual composto de 3,3% Fonte: JLL, Anlise do mercado hoteleiro, 2014
Situao atual
Situao projetada - proposta de diversificao do turismo
Itaipu
Itaipu
Itaipu
Cataratas
Cataratas
Cataratas
Acomodao para estudantes
Centro de comrcio Internacional
Lazer e bem estar / alto padro
Outros
Outros
28 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 29
Posicionamento Estratgico3.2 Abordagem do Planejamento Integrado Turismo + Inovao = Sistema de Turismo Inteligente
Foi realizado um Workshop de Viso Estratgica em Foz do Iguau, em fevereiro de 2014. O evento incluiu uma sesso realizada pela Arup para identificar os principais desafios que o projeto Beira Foz enfrenta atualmente. Os estudos na rea se baseam em uma viso holstica para a definio de indicadores potenciais e o estabelecimento de laos inter-setoriais.
Resultado Aspire
Para tanto foi utilizada a metodologia ASPIRE (A Sustainability, Poverty and Infrastructure Routine for Evaluation) como uma ferramenta para permitir a anlise integral e priorizao setorial. Os participantes foram divididos em dois grupos e trabalharam na identificao de desafios sustentveis e reas de melhoria a serem trabalhadas pelo projeto Beira Foz.
As pginas seguintes demonstram os resultados obtidos no workshop, os quais mostram claramente uma grande variedade de temas a serem priorizados, refletindo grupos participantes multidisciplinares, provenientes de diferentes conselhos e dos setores privado e pblico. A Arup props encontrar sinergia sobre os aspectos de sustentabilidade, tratando com uma abordagem holstica para o projeto.
30 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Ciclo 1: Efeito Econmico
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 31
Ciclo 2: Infraestrutura Social Ciclo 3: Mobilidade Urbana
32 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Tabela de resultados do workshop
Fatores Econmicos N votos Fatores Sociais N votos
Risco Econmico 2 Sade e Bem estar 1
Emprego e habilidade 3 Alimento e Agricultura 0
Igualdade 1 Envolvimento das partes interessadas 12
Impacto econmico 11 Forma e espao 2
Gesto de empreendimento 11 Cultura e patrimnio 4
seleo da rea do projeto 3 Infraestrutura social 15
Recursos Naturais N votos Fatores Sociais N votos
Terra e Solo 4 Energia 0
Biodiversidade 3 Mudana climtica 0
Lixo 1 Transporte 6
Materiais 0 Uso da gua 5
Qualidade do ar 0 Compras 1
Qualidade da gua 2
Plataforma Integrada
A proposta tem como referncia Gawer (2010) que ressalta as plataformas como aplicaes em indstrias ou atividades que geram produtos, servios ou tecnologias e que so desenvolvidas por uma ou mais empresas servindo como base para que outras empresas possam construir produtos, servios ou tecnologias complementares e inovadores. Ou seja, um ambiente sistmico e integrado que potencialize o desenvolvimento e a inovao.
A plataforma de negcios em turismo tem as seguintes premissas:
i) Contexto: proporcionar um ecossistema de empresas (pblicas e privadas);
ii) Participantes: empresas que no necessariamente realizam comrcio entre si, mas os seus produtos, servios e tecnologias fazem parte (direta e indiretamente) do sistema turstico;
iii) Objetivos para o Setor Pblico de Turismo: estimular e ampliar o valor dos produtos e servios tursticos, formao de recursos humanos, formalizao de (Mestrado Empresarial de Inovao) MEI e MPE (Mestrado em Pesquisa de Inovao) e, por fim, busca por inovao; e
iv) Objetivos para Empresas Complementares: beneficiar-se com a implementao da plataforma, ampliando network com empresas ligadas direta e indiretamente, bem como buscar a inovao.
Para tanto, a plataforma de negcios em turismo ter como pilares: Figura 8
Conceito
Aplicao do conceito para mobilidade
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 33
BEIRA FOZ MASTERPLAN4 reas de estudo
34 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
reas de estudo4.1 Princpios orientadores para o Masterplan
Respondendo topografia e ecologia
O local e seu ambiente so nicos, por isso tem um valor excepcional e se apresenta como uma oportunidade para melhoria, compondo o desenvolvimento do Beira Foz. O projeto deve se esforar para ter impacto zero ou melhorar e remediar reas existentes degradadas.
Desenvolvimento na conexo urbana: a Ponte da Amizade como um elo econmico
O desenvolvimento deve gerar oportunidades de emprego e de comrcio de forma a atrair o setor privado e permitir que as pessoas possam morar em localizaes que no requerem deslocamentos insustentveis. O projeto deve integrar usos, parceiros e manter flexibilidade para promover o ambiente comercial e de negcios.
Interfaces e limites
A geografia do local exige nova infraestrutura de apoio sem criar a excessiva dependncia de sistemas insustentveis . As tipologias e escalas da interveno devem ser de baixa interferncia, exigir pouco capital e ter resilincia.
Conexes aos bairros
O sucesso do Beira Foz contar com a evoluo e o crescimento de novas comunidades ao lado das comunidades existentes, de modo que se constituam lugares em que as pessoas queiram viver e permanecer. O projeto deve reconhecer e se adaptar cidade existente, permitindo que as novas comunidades e as existentes descubram e compartilhem benefcios comuns, como resultado do desenvolvimento.
Conectando a cidade com a beira do rio
O carter linear norte-sul da cidade estabelecido pela forma urbana em grande escala que liga o aeroporto e o Parque Nacional com o Complexo de Itaipu. Os moradores existentes dentro da rea inicial de estudo necessitam de conexes leste - oeste em todo o local, integrando a beira do rio com a cidade atravs do centro.
O Masterplan vai tecer essas conexes ao longo da extenso, criando corredores de conexo ecolgica, rotas de acesso para dentro e fora do local, vistas para o horizonte com o nascer e pr do sol, quebrando a linearidade do projeto em uma srie de lugares.
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 35
Permetro Urbano Caracterstica urbana atual
36 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Caracterstica urbana futura
Ambiental Conexo
rea PilotoParque EcolgicoCorredor ambiental norte
rea PilotoCorredor Ecolgico
Servios logsticosDesenvolvimento Econmico
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 37
Caracterstica urbana futura
Econmico Social e Turstico
rea PilotoCorredor Ecolgico
Corredor HoteleiroDesenvolvimento Econmico
rea PilotoCorredor Ecolgico
TurismoMarco das Trs Fronteiras
38 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Caracterstica urbana futura
rea piloto
Corredor de mobilidade sustentvel
Corredor ambiental norte
Servios logsticos
Turismo
Desenvolvimento econmico
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 39
reas de estudo4.2 Critrios de seleo A seleo das zonas de estudo foi feita atravs de avaliaes qualitativas e quantitativas. Estas zonas renem as principais aspiraes do grupo interessado e fornece uma abordagem dentro da rea urbana com vistas a consolidar o ncleo urbano da cidade
A seleo das zonas seguiu cinco indicadores-chave extrados de uma anlise comparativa internacional do Reino Unido para a confeco e desenho urbano. (Urban Design Compendium, English Partnership).
1. Mistura de uso de solo
Sinergias e intercmbios: maximizar as siner-gias e intercmbios (material, conhecimento, social e econmico) entre os diferentes usos do solo. Conflito entre usos: Minimizar o conflito entre usos do solo. Compatibilidade entre os usos: encontrar a melhor compatibilidade entre o usos do solo em relao s reas adjacentes.
2. Enriquecer as condies existentes
Entorno natural e ecologia: melhorar o entorno natural e maximizar as oportunidades que a topografia pode oferecer, responder de forma positiva paisagem.
3. Estabelecer conexes urbanas
Conexes na escala da cidade: melhorar a ligao com o centro da cidade. Conexes locais: maximizar a acessibilidade e conectividade entre a rea de interveno e os principais ns de transporte, cultura e turismo. Acessibilidade: facilitar o acesso infraestrutura de transporte pblico.
4. Gerenciar o investimento
Valor: aumentar o valor real na rea de interveno (valor de mercado e valor da terra).Investimento: desenvolver todo o potencial para atrair investimentos. Custos: minimizar o CAPEX da infraestrutura.
5. Adaptao s mudanas climticas e criar resilincia
Crescimento futuro: permitir o crescimento futuro. Risco: sempre que possvel, minimizar os riscos ambientais e financeiros. Adaptao s alteraes climticas: acomodar possveis mudanas futuras nos arredores do projeto e na configurao da cidade em geral.
Os 3 primeiros indicadores tem por objetivo a avaliao da cidade e da rea de estudo, enquanto os dois ltimos so colocados segundo o interesse de mudana e execuo de um projeto distinto, mas gerenciando os riscos associados a esses novos empreendimentos.
Critrio Qualificao
Mistura de uso do solo
Enriquecer as condies existentes
Establecer conexes urbanasGerenciar o investimento
Adaptao s mudanas climticas e criar resilincia
Verde - timoAmarelho - mdioVermelho - pssimo
40 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Zonas de estudo
Zona 1
Zona 2
Duas reas foram selecionadas pelo Grupo de Trabalho e pela Arup, denominadas Zona 1 e Zona 2. Posteriormente, os critrios antes referidos foram aplicados para a definio detalhada destas reas.
Zona 1
Critrio Qualificao
Mistura de uso do solo
Enriquecer as condies existentes
Establecer conexes urbanasGerenciar o investimento
Adaptao s mudanas climticas e criar resilincia
Zona 2
Critrio Qualificao
Mistura de uso do solo
Enriquecer as condies existentes
Establecer conexes urbanasGerenciar o investimento
Adaptao s mudanas climticas e criar resilincia
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 41
Figura 9 - Beira do Rio Paran Figura 10 - Trplice Fronteira
42 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Conceituaes iniciais
Novo ShoppingZona de livre comrcio
Distrito de acomodao para estudantes universitrios
Beira do Rio Ativa
Nova ncora do turismo
Zona 1
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 43
Zona de Proteo Ambiental -
Parque Ecolgico
Portal Logstico Trinacional
Parque Turstico Beira Foz
Parque Turstico Beira Foz
Zona de Proteo Ambiental
Parque Turstico Trplice Fronteira
Conceituaes iniciais
Zona 2
44 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Estratgias chave
Rede ambiental e ecolgica Diversificao de atividades econmicas Promover a incluso social e o senso de comunidade
estabelecer um corredor ecolgico acessvel a partir do centro da cidade, contectando toda a Beira Rio com as principais reas verdes da cidade
estabelecer e/ou consolidar trs reas econmicas para o turismo na cidade, sendo duas delas inseridas no Beira Foz
ser exemplar ao incorporar as comunidades existentes no processo de projeto e construo em suas futuras reas residenciais e de trabalho
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 45
BEIRA FOZ MASTERPLAN5 Masterplan detalhado -
Zona 1
46 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Masterplan detalhado - Zona 15.1 Componentes A zona 1 abrange uma rea aproximada de 400ha, sendo que grande parte no pode ser transformada em rea urbana. Por outro lado, pode se tornar, estrategicamente, em um novo espao aberto com atividades de lazer e turismo ecolgico para a cidade, que poder melhorar a mobilidade urbana, promover estilos de vida saudveis e continuar a se desenvolver sobre a aspirao binacional da regio, com um parque em ambos os lados.
O diagnstico inicial da rea de estudo tem por partido melhorar a conectividade do rio com a cidade, criar um novo ncleo urbano de turismo como motor econmico e inserir novas atividades na forma de habitao de interesse social, residncias de mdio e alto padro e uso misto. A rea de estudo situa-se ao norte da Ponte da Amizade at o Rio MBoicy e entre a Av. Juscelino Kubitscheck e a Beira do Rio Paran.
Os princpios fundamentais adotados para o plano foram:
a. Participao cidad
Assume-se que esse tema no pode ser abordado como algo secundrio ou de menor importncia. O Masterplan para o Beira Foz deve incorporar uma estratgia ambiciosa e de alto nvel para a participao cidad, de maneira que seja consistente com a poltica de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) de Itaipu e que, ao mesmo tempo, promova a coeso social e a construo de uma
comunidade em uma cidade muito marcada por uma lgica de populao flutuante.
Para isso, o Plano Diretor da cidade deve incorporar ao menos dois elementos sugeridos pela comunidade no desenho como parte de uma estratgia de validao participativa que o projeto est fazendo na comunidade e no apenas junto ao governo regional ou local.
b. Desenho Urbano/Masterplan
O Masterplan no ser refeito a partir do zero. J existem vrios elementos desenvolvidos e projetados para serem incorporados. A estratgia dos postos de segurana, novas reas de habitao social e mobilidade urbana atravs da Av. Beira Rio sero aspectos includos no plano urbanstico da rea de estudo.
O Masterplan prope uma srie de intervenes em dois horizontes de tempo: a curto prazo (24 meses) e a longo prazo, de modo que o plano seja ativado e gere visibilidade e credibilidade da populao e apoio municipal.
c. Conceito binacional
O Masterplan da rea piloto visa implementar trs novos elementos que reforam o conceito binacional que iro exercer grande influncia na cidade de Foz do Iguau:
C.1 Zona de integrao comercial/varejo - polo de livre comrcio do lado brasileiro, ajudando o lado paraguaio a combater a informalidade e a insegurana na Ciudad del Este e controlando melhor a entrada de produtos importados.
C.2 Zona de Campus de Estudantes da UNILA em Foz - Distrito Central de atividades relacionadas acomodao temporria estudantil e zonas de lazer e apoio.
C.3 Zona de integrao turstica no centro da cidade - Um parque turstico urbano na beira do rio de carter pblico, tornando o prprio parque o limite deste novo territrio binacional em ambos os lados da fronteira.
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 47
48 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 49
Masterplan detalhado - Zona 15.2 Desenvolvimento e Crescimento Urbano Levando em considerao os princpios orientadores desse Masterplan foram traadas estratgias de desenvolvimento e crescimento urbano atravs de trs cenrios econmicos distintos
Cenrio 1 Caracterizado por usos e atividades econmicas distribudos de maneira equilibrada em toda a rea do projeto, de maneira que a populao residente e os turistas sejam distribudos uniformemente.
Cenrio 2 Concentrao de determinado tipo de atividade na parte central da rea do projeto, fazendo com que as demais atividades se desenvolvessem ao redor da mesma se espalhando para as bordas.
Cenrio 3 Os usos nesse cenrio esto agrupados por atividade criando macrozonas. Dessa forma, concentra-se em um mesmo lugar a economia gerada por determinada atividade.
Os trs cenrios foram apresentados ao grupo de trabalho e, atravs de uma concluso conjunta, decidiu-se que o cenrio mais adequado para atingir os objetivos do Masterplan seria o cenrio 1. Dessa forma, foi projetada uma rea com grande quantidade de uso misto proporcionando uma vivncia coletiva nessa regio da cidade.
50 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Possveis estratgias
Cenrio 1 Cenrio 2 Cenrio 3
Comrcio
ResidencialResidencial Estudantil
Servios
Turismo
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 51
52 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Masterplan detalhado - Zona 15.3 Zoneamento e Uso do SoloComo principio bsico o projeto visa a criao de espaos com uma identidade nica. O novo zoneamento deve contemplar reas com espaos e usos bem definidos, que estejam conectados entre si e, principalmente, com o restante da cidade.
Levando em considerao o atual Zoneamento existente na cidade, entendemos que o Projeto Beira Foz deve se enquadrar o mximo possvel dentro dessa legislao vigente. Inevitavelmente algumas alteraes se fazem necessrias para que o Masterplan possa ser implantado de modo que a cidade possa crescer economicamente e atingir os objetivos desejados. Alguns dos temas principais abordados pelo projeto so:
reas de Proteo - A rea protegida na beira do Rio Paran dever ser ocupada de maneira no invasiva e com usos e especificaes pr-definidos. Cabe destacar a necessidade de permitir construes pequenas, que no ultrapassem 1 pavimento, uma vez que a transformao de um ambiente inspito leva segurana para a populao (residente e flutuante) incentivando-os a permanecer neste local, evita que as reas sejam degradadas pela ocupao de assentamentos irregulares e, por consequncia, auxilia na efetivao da estratgia de mobilidade com o
caminho para pedestres e bicicletas. Tambm importante ressaltar que as reas verdes protegidas continuaro assim sendo em sua maioria, podendo, em algumas partes, serem transformadas em grandes parques pblicos.
reas de Lazer e reas Verdes - O projeto contempla um nmero significativo de reas de lazer e reas verdes distribudos no permetro do Masterplan, sendo alguns j existentes. Essas reas inseridas regulamentadas como tal e inseridas no plano de zoneamento geram atrativo constante para a populao, colaborando para a ocupao e a vivacidade do espao. A previso de que todas estejam conectadas por um sistema nico de mobilidade, dando a possibilidade de serem acessadas facilmente pelos principais pontos da cidade.
Zonas Especiais de Interesse Social - Consideramos que as urbanizaes dos assentamentos irregulares existentes nessa
regio sejam feitas nas mesmas reas onde se encontram atualmente ou em reas prximas, se a prefeitura disponibilizar ou providenciar terrenos. Dessa forma, so respietadas as ZEIS estabelecidas na Lei de Zoneamento e evitam-se conflitos com a populao residente local, tornando-as parte da cidade de maneira formal, como habitante de Foz do Iguau.
Zona de livre comrcio - O projeto prev a criao de uma Zona de Livre Comrcio (duty free) na regio prxima Ponte da Amizade, controlada pela Receita Federal, que possa fazer conexo com o comrcio paraguaio. Dessa forma institui-se, tambm na Cidade de Foz do Iguau, o turismo de compras, aumentando a segurana na fronteira, ajudando a evitar a irregularidade e informalidade e criando mais um atrativo econmico para a cidade.
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 53
1. Comercial
De...
Comrcio
Centro de comrcio internacional
Turismo
Ecoparque
Criao de uma identidade
Figura 11
54 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Criao de uma identidade
... Para: capacitar o setor informal e atrair o turismo
Figura 12
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 55
2. Cultura, Educao e Arte + Tecnologia e Lazer
Turismo
Artes e ofcios, msica
Esportes + Educao
Mercado central
Centro Cultural
Beira do rio + Lazer
Segurana
Micro economia
Distrito inteligente
Wi-Fi & informao
Criao de uma identidade
56 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Criao de uma identidadeCriao de uma identidade
Figura 13 Figura 14
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 57
Criao de uma identidadeCriao de uma identidade
Figura 15
58 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Assentamentos irregulares
3. Habitao de Interesse Social
ZEIS
Insero no contexto urbano
Participao cidad
Ecoparque
Lazer
Educao
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 59
Assentamentos irregulares
Figura 16 - Real Parque Figura 17 - Unio da Juta
60 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Uso e Ocupao do Solo
COMERCIALShopping / Duty Free
Lojas de RuaSERVIOS
Servios Locais
Escritrios
EDUCAO E LAZEREscolas / Creches
Esportivo / Lazer
Recreativo / Segurana
RESIDENCIAL
Habitao de Interesse Social (HIS)
Mdio Pado (60-70m2)
Alto Pado (acima de 100m2)
Hotel 5 Estrelas
TURISMO
Hotel 3 Estrelas
Gastronomico
Cultural
O uso e a ocupao do solo na rea foram pensados levando em considerao a principal diretriz de crescimento urbano: Uso Misto.
Para isso foram estabelecidas cinco categorias principais de uso e ocupao:
Turismo Residencial Comercial Servios Educao e lazer
Levando em considerao a questo da segurana, principalmente na rea da beira do rio, partimos do principio de que essa rea deveria ter ocupao constante. Nesse sentido, a implantao estratgica de edifcios residenciais unidos a pequenos comrcios e servios locais geram vida constante no local. Partindo desse conceito, as atividades voltadas ao turismo foram alocadas estrategicamente de maneira que pudessem estar em um ambiente com proximidade beira do rio e ao alcance de servios locais.
A criao de uma cidade com predominncia de uso misto no impede que locais estratgicos sejam planejados para abrigar, em sua maioria, um tipo especfico de uso, gerando uma
identidade de ocupao entre as pessoas com essa rea; o caso da regio da Ponte da Amizade. Foi considerado como uso prioritrio nessa regio a atividade comercial, podendo ser dividida em comrcio local e, principalmente, em um centro comercial internacional (duty free). A localizao estratgica, junto com a proposta de uso de solo, tem como objetivo principal configurar esta grande rea de varejo e uso pblico associados ao uso no residencial.
A rede de espaos pblicos nas ruas desta rea dever possibilitar novas articulaes de pedestres, facilitando a integrao dos bairros com os meios de transporte pblico e com os corredores virios prioritrios, bem como a configurao de espaos de lazer e convvio associados a centros de comrcio e servios.
Outras aes estratgicas de integrao entre unidades habitacionais de mdio padro e unidades de habitao social tambm foram pensadas de maneira a ajudar a insero da populao no contexto urbano da cidade, evitando a segregao social.
No mais, atividades culturais, de lazer, esportivas e educacionais esto contempladas em todo o projeto como opes para a populao local e para o turista.
Uso do solo
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 61
Uso e Ocupao do Solo
1 a 3 pavimentos
4 a 6 pavimentos
7 a 10 pavimentos
11 a 15 pavimentos
16 a 18 pavimentos
O adensamento da rea foi pensado de maneira a criar ambientes integrados e coerentes com o entorno.
Os edifcios mais altos esto localizados a leste da Av. Beira Rio, compondo o tecido urbano existente. As edificaes mais prximas ao caminho verde e beira do rio so, em geral, edificaes mais baixas, com um gabarito mximo de 10 pavimentos, com exceo aos edifcios estratgicos, como os hotis, que tem a vista como atrativo ao turista e a quantidade de quartos como fator econmico.
As edificaes caracterizadas como Habitao de Interesse Social esto contempladas com, no mximo, 5 pavimentos, respeitando o gabarito mximo para edificaes com acesso apenas por escadas.
O Plano Urbanstico da Zona 1 prope uma reestruturao urbana atravs da adoo de novos padres de ocupao, do incentivo e fortalecimento de centralidades e da implantao de intervenes estratgicas em cada setor: os Projetos-ncora.
O maior adensamento foi inserido na proximidade da Av. Beira Rio e naquelas quadras onde os projetos-ncora sero desenvolvidos em consonncia com a existencia ou melhoria de infraestrutura.
DensidadeEm geral, o modelo de ocupao em cada Operao Urbana Consorciada (OUC) foi proposto com o objetivo de proporcionar um adensamento alto de populao temporaria e permanente, bem como pretende estimular a adoo de altos coeficientes de aproveitamento, permitindo alto adensamento construtivo, associados s baixas taxas de ocupao e verticalizao, com o intuito de promover a maior liberao de espao pblico.
62 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Uso e Ocupao do Solo
Tabela de reas por quadra
QUADRA
REA TOTAL DA QUADRA (M)
OCUPAO (M)
ESPAO LIVRE (M)
DENSIDADE(PAV.)
1 10,025 4,896 5,129 2 a 42 1,439 463 976 23 11,002 4,268 6,734 3 a 54 1,318 583 735 25 4,208 1,316 2,892 26 9,289 3,339 5,950 3 a 57 2,561 1,075 1,486 2 a 68 4,374 1,767 2,607 29 8,852 3,161 5,691 3 a 5
10 4,879 1,972 2,907 2 a 611 1,923 687 1,236 212 8,726 2,464 6,262 2 a 313 7,524 2,848 4,676 2 a 614 3,140 1,295 1,845 415 8,379 4,044 4,335 4 a 816 5,700 - 5,700 -17 4,525 - 4,525 -18 2,501 1,071 1,430 219 8,945 4,266 4,679 2 a 320 9,272 6,397 2,875 2 a 421 7,839 5,331 2,508 622 5,315 3,009 2,306 2 a 323 8,204 5,613 2,591 2 a 424 7,081 4,765 2,316 625 1,405 660 745 226 4,181 2,552 1,629 627 10,125 8,059 2,066 1 a 628 12,386 8,428 3,958 629 5,969 4,234 1,735 630 14,939 12,420 2,519 1 a 631 7,765 4,892 2,873 632 4,601 3,253 1,348 633 4,829 3,524 1,305 634 3,253 2,156 1,097 635 4,076 2,819 1,257 636 9,222 4,002 5,220 637 6,315 4,827 1,488 638 4,319 - 4,319 -39 8,668 3,498 5,170 6 a 1040 5,233 2,611 2,622 8 a 1041 11,848 - 11,848 -42 10,432 3,716 6,716 8 a 1243 7,825 3,326 4,499 8 a 1044 12,644 6,451 6,193 3 a 545 12,542 4,707 7,835 3 a 546 4,383 1,861 2,522 2 a 347 4,773 2,285 2,488 6 a 1048 15,037 7,408 7,629 2 a 549 16,517 6,247 10,270 3 a 550 4,934 - 4,934 -
51 9,852 4,521 5,331 2 a 852 6,664 3,466 3,198 2 a 853 16,234 7,597 8,637 554 15,261 5,864 9,397 3 a 555 8,830 4,563 4,267 2 a 856 13,699 4,985 8,714 2 a 1457 6,042 2,695 3,347 2 a 1458 2,020 502 1,518 1459 14,272 6,030 8,242 5 a 760 13,459 6,084 7,375 2 a 1261 5,799 2,269 3,530 362 8,132 3,253 4,879 2 a 1263 12,082 4,935 7,147 2 a 1264 13,752 3,779 9,973 9 a 1165 36,346 16,134 20,212 2 a 1266 5,628 2,326 3,302 2 a 1667 2,557 590 1,967 268 15,016 7,990 7,026 2 a 1069 4,821 2,179 2,642 8 a 1470 8,305 2,709 5,596 871 5,273 2,277 2,996 2 a 1672 7,749 3,470 4,279 2 a 1673 15,360 4,329 11,031 2 a 1674 8,527 5,303 3,224 2 a 1075 4,719 1,951 2,768 8 a 1476 6,176 2,448 3,728 877 6,101 2,788 3,313 2 a 1478 7,396 3,276 4,120 2 a 1479 14,238 4,304 9,934 2 a 1480 9,706 5,500 4,206 8 a 1881 8,569 3,020 5,549 8 a 1482 18,849 6,030 12,819 8 a 1883 4,822 1,910 2,912 1884 3,450 1,449 2,001 1285 13,267 3,957 9,310 8 a 1486 16,417 3,575 12,842 8 a 1287 12,495 3,391 9,104 2 a 388 11,663 2,019 9,644 889 6,137 1,505 4,632 890 3,591 1,290 2,301 891 17,395 3,696 13,699 2 a 1292 26,778 5,406 21,372 2 a 1293 8,030 3,229 4,801 2 a 1094 8,531 4,081 4,450 2 a 395 7,129 3,361 3,768 2 a 396 6,037 2,232 3,805 397 3,424 1,707 1,717 298 7,266 2,855 4,411 299 3,088 1,232 1,856 2
TOTAL 846,196 352,628 493,568
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 63
Uso e Ocupao do Solo
Imagem Ilustrativa
64 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Novo Mercado Central - em construo
Centro Cultural e de lazerCentro de comrcio internacional - Duty Free
Uso e Ocupao do Solo
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 65
Hotel 5 estrelas Centro Turstico gastronmico Uso Misto - Residencial + Servios rea de proteo - Parque MBoicy
Uso e Ocupao do Solo
66 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Intensificao Urbana
Quadra existente - sem uso misto
Densidade: BaixaEspao pblico: NenhumAtividade: Uso nicoManuteno: Via rua
A morfologia proposta tem como objetivos principais a formao de redes de atendimento de comrcio e servios populao local e a possibilidade de criar caminhos antes inexistentes aos pedestres.
Programa de ativao e quarteires urbanos
As fachadas ativas combinadas com o recuo frontal incorporado ao logradouro pblico com passeio e ciclovia transformaro estes quarteires em unidades de vizinhana para o atendimento da populao local residente.
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 67
Intensificao Urbana
Opo 2: Nova quadra - tipologia para o Beira Foz
Densidade: AltaEspao pblico: Variado e diversificadoAtividade: Uso mistoManuteno: Altamente eficiente
Opo 1: Revitalizao
Densidade: MdiaEspao pblico: Central e melhoradoAtividade: Integrar novos usosManuteno: Organizada e gerenciada
68 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Masterplan detalhado - Zona 15.4 Espaos abertos A paisagem urbana contempornea est preocupada com o equlbrio humano e as necessidades ecolgicas.
A estratgia de espaos abertos para o Beira Foz Masterplan - Zona 1 estabelece propostas ambiciosas, porm, possveis para a cidade, proporcionando o desenvolvimento urbano em harmonia com os sistemas naturais.
Considera-se que h duas camadas: o humano e o ecolgico, inicialmente definidas como duas entidades distintas para, assim, garantir a completa compreenso de ambas.
A camada humana define a natureza e o uso dos espaos pblicos e privados.
A camada ecolgica define quatro distintas tipologias ecolgicas na inteno de influenciar o carcter da vegetao de cada rea:
Margens de rios Ativao da beira dos rios e crregos Pradarias Corredores verdes
A camada ecolgica tem a inteno de influenciar a natureza de todos os espaos humanos de maneira significativa, independentemente do seu uso, para que possa promover a harmonia entre o homem e a natureza.
O desenvolvimento da estratgia de espaos abertos produto de contnua consulta de especialistas de todas as disciplinas envolvidas para a entrega da proposta local. Esses espaos tem papel significativo dentro do projeto, onde a sade e o bem-estar so centrais para o sucesso do esquema proposto.
Figura 18
Figura 19
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 69
Espaos abertos
reas de preservao
Parque ecolgico
Espaos pblicos com atividades de permanncia
Espaos privados com reas verdes
CircuitosParques e Praas (fora do Masterplan)
Corredores verdesCaminho verde (trilha e ciclovia)
70 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Masterplan detalhado - Zona 15.5 Mobilidade A configurao fsica do Beira Foz tem como questo inerente localizao do terreno a necessidade de formular estratgias para realizar a conexo dessa rea com o tecido urbano existente, de forma a integrar a cidade em sua totalidade.
Considerando as condies topogrficas e a configurao atual, na qual a Av. Beira Rio se apresenta como limite de acesso ao Rio Paran, pode-se afirmar que as diretrizes de transporte e mobilidade so elementos fundamentais para realizar essa integrao de forma a proporcionar vivacidade e qualificao dos espaos pblicos.
Dessa forma, a estratgia de mobilidade tem como premissa a priorizao dos pedestres e dos ciclistas, incentivando o desenvolvimento de atividades ou eventos a qualquer hora do dia. Essa estratgia atende tambm a outras demandas como a preservao ambiental na orla
fluvial e a segurana da fronteira internacional, uma vez que a presena de pedestres e ciclistas contribui para a ocupao da rea como espao pblico de lazer, oferecendo maior segurana e vivacidade regio.
Tambm foram desenvolvidas estratgias para o transporte pblico e a circulao geral de veculos, tendo por principais objetivos o incentivo do uso de transporte coletivo e a definio da hierarquia viria. O conjunto de estratgias resulta na definio de tipologias diversificadas para o sistema virio principal.
Figura 20 - Legible London
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 71
Estratgia de mobilidade
Pedestres
O plano estabelece vias cujo desenho prioriza o pedestre atravs de caladas largas, arborizadas e reduo do nmero de faixas para circulao de carros como estratgia de traffic calming. Soma-se a isso a proposta de abertura de vias e rotas de pedestres em quadras muito grandes, incentivando os trajetos a p e aumentando a acessibilidade.
A implantao de caladas largas tambm incentiva determinados estabelecimentos como restaurantes, cafs e bares a ocuparem a faixa de acesso, tornando esse espao pblico mais vivo durante o dia e a noite, importante fator para a segurana na rua.
Cabe destacar que a estratgia de priorizao do pedestre dever ser complementada com a implantao de travessias a cada 150m, iluminao e pavimentao uniforme nas caladas, sinalizao de orientao a pedestres (moradores e turistas) com os principais pontos de interesse na regio.
Ciclistas
O projeto de espaos livres proposto para o Beira Foz tem por partido a integrao com os espaos pblicos e corredores verdes no tecido urbano existente. A implantao de ciclovias que conectam reas residenciais e principais destinos ao caminho verde e espaos pblicos um dos princpios da mobilidade que foi incorporado ao projeto.
A rede cicloviria proposta dever ser complementada com a implantao de bicicletrios ou para-ciclos a cada 100 metros e a implantao de bicycle box em intersees com grande volume de ciclistas.
Ciclovias
Vias Primrias pedestres
Rotas de pedestres a implantar
Abertura de novo virio
72 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Estratgia de mobilidade
Transporte Pblico
As estratgias de transporte pblico visam a intensificao de seu uso e reduo da dependncia do automvel para viagens relacionadas a trabalho, estudos e lazer. Assim, foram propostos um corredor de nibus com padro BRT (Bus Rapid Transit) na Av. Juscelino Kubitschek e trs linhas circulares que conectam a rea urbana existente nova rea proposta pelo Masterplan. De maneira geral, o sistema de transporte pblico dever atender s seguintes diretrizes:
O intervalo entre veculos em horrio de pico dever ser de, no mximo, 5 minutos. Nos demais perodos do dia esse intervalo no poder exceder 15 minutos;
Os veculos e pontos de parada devero ser equipados com sistema CCTV para monitorao da segurana e GPS para possibilitar a informao de seu posicionamento em tempo real nos pontos de parada e em aplicativos para smartphones;
Os veculos devero apresentar piso rebaixado, permitindo o embarque em nvel para facilitar o acesso por pessoas com mobilidade reduzida;
Os pontos de parada devero dispor de assentos e cobertura, bem como informaes sobre o sistema de transporte pblico;
A comunicao visual dever valorizar esse meio de transporte;
Os sistemas devero ser gratuitos nos primeiros meses de operao para incentivar novos usurios a utilizarem o transporte pblico.
BRTCircular 1Circular 2
Circular 3
O BRT tem por objetivo a conexo dos bairros regio central a partir de um sistema tronco-alimentador com poucas rotas na rea central e integrao com linhas alimentadoras provenientes dos bairros residenciais.
Os pontos de parada devero ser alocados a cada 300m. As linhas circulares devem ter pontos de parada implantados a cada 160m, preferencialmente em frente a estabelecimentos comerciais.
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 73
Estratgia de mobilidade
Sistema Virio e Circulao Geral de Veculos
As propostas de circulao geral de veculos incorporaram a hierarquia viria estabelecida pelo Plano Diretor, definindo tambm a hierarquia para a malha urbana proposta. O sistema virio proposto teve por partido a criao de conexes no sentido leste-oeste para integrar o tecido urbano.
Para complementar as estratgias para veculos particulares, ressalta-se a necessidade de implantar polticas para reduo dos limites de velocidade em vias com grande fluxo de pedestres e regulamentao de acostamento para uso de carga e descarga em perodos especficos do dia e/ou estacionamento para consumidores com longo tempo de permanncia.
Vias primriasVias secundriasVias de acesso localLogstica
74 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Sees tipo - ilustrativas
Vias prioritrias aos pedestres Vias Locais
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 75
Masterplan detalhado - Zona 15.6 InfraestruturaA infraestrutura no Beira Foz deve refletir a alta aspirao ecolgica da cidade, que tem por ambio se tornar uma das cidades mais sustentveis do Brasil
A relao com a gua j existe na cidade atravs da Usina de Itaipu e do Parque das Cataratas, porm, se faz necessrio proporcionar o acesso da populao aos copos dgua. O projeto Beira Foz e sua proximidade natural com a gua proporciona, quase que naturalmente, a implantao de infraestrutura verde, criando outra relao com a cidade.
Dessa forma, foram considerados como alguns dos pontos mais importantes:
Aproveitamento da gua na infraestrutura urbana da cidade
Reaproveitamento da gua Qualidade da gua reas de lazer para a populao
O conceito de reservatrios de deteno como elemento de lazer aqutico
Os reservatrios de deteno tm a funo de amortecer vazes de pico, redistribuindo estas vazes no tempo. Eles no atuam sobre
o excesso de volume gerado pelo aumento da impermeabilizao, mas podem ser muito teis na funo de aliviar as galerias de drenagem, pela reduo das vazes mximas geradas. Este tipo de reservatrio, em geral, funciona a seco, sendo caracterizados como reservatrios apenas durante os eventos chuvosos e por um curto perodo posterior ao evento, quando ocorre o seu esvaziamento.
Outro objetivo das bacias ou reservatrios de deteno minimizar o impacto hidrolgico da reduo da capacidade de armazenamento natural da bacia hidrogrfica.
Pode-se listar como vantagens dos reservatrios de deteno:
Custos relativamente baixos de implantao, operao e manuteno;
Facilidade de administrar a construo; Possibilidade de integrar solues
urbansticas e paisagsticas com o controle de enchentes.
O reservatrio poder ser revestido em concreto, ou no ter revestimento algum (terreno natural ou gramado). Neste ltimo caso, h a vantagem de facilitar a infiltrao no solo, aumentando o desempenho do dispositivo. Em contrapartida, o reservatrio no revestido normalmente mais raso, em funo da necessidade do fundo do reservatrio estar acima do lenol fretico, sob pena de diminuir o volume til, necessitando assim de reas maiores, difceis de serem encontradas em reas urbanas. Alm disso, as estruturas no revestidas necessitam de taludes de escavao mais suaves, aumentando a demanda por reas ainda maiores, com uma manuteno muito mais difcil.
Quando esses reservatrios de deteno ocupam reas superficiais de praas ou parques urbanos, estas intervenes passam a caracterizar o uso de paisagens multifuncionais. As grandes virtudes desses parques so de acomodar as diferentes ampliaes de vazes de cheia dentro da parte da bacia que o reservatrio do parque drena, a possibilidade de
criar um espao ambiental agradvel, reduzir o material slido e melhorar a qualidade da gua. Por permanecerem secos durante a estiagem, torna-se possvel seu uso como reas de lazer tais como pista de corrida, campo de futebol, quadra poliesportiva ou playground.
Os reservatrios de deteno podem ser designados ainda, de acordo com o seu posicionamento e funo nos sistemas de drenagem, como on-line (na linha principal do sistema ou a ele conectado em srie) e off-line (implantados em paralelo, para desvio dos escoamentos).
76 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Reservatrios de deteno
Operao e manuteno
Os principais aspectos que devem ser considerados no projeto desse tipo de obra so:
Garantir o funcionamento hidrulico e a integridade fsica das estruturas por toda a vida til da obra;
Evitar a infestao por insetos; Permitir a utilizao mltipla, incluindo as
atividades de lazer e recreao; Garantir a segurana e o conforto dos
visitantes, especialmente das crianas, no caso de aproveitamento multifuncional;
Preservar o aspecto visual agradvel.
Exemplos de reservatrios de deteno
A Figura 21 mostra a praa Edmundo Rego, rebaixada em diferentes nveis. Esses nveis permitem um escoamento seletivo de acordo com o tempo de recorrncia da chuva, at que esta atinja seu topo.
Nesse sentido, escoamentos freqentes no interromperiam o uso da praa. Escoamentos mais importantes exigiriam um plano de manuteno e limpeza para ser colocado em prtica logo aps a chuva.
No caso de bacias de deteno abertas, como a observada na figura 22, utilizam-se taludes laterais suaves, de forma a evitar possveis acidentes, cobertos por grama ou construdos na forma de arquibancadas ou rampas lisas.
A manuteno das bacias de deteno abertas mais rpida e econmica, pois o acesso livre e os equipamentos necessrios so facilmente obtidos.
Figura 21 - Praa Edmundo Rego
Figura 22 - Praa Edmundo Rego
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 77
Reservatrios de deteno
Proposta para o Beira Foz
Os reservatrios 4, 7 e 8 sero reservatrios de reteno, com lagos permanentes, e os demais sero reservatrios de deteno multifuncionais.
As vazes que escoam pelas galerias pluviais subterneas e o escoamento superficial da rea do projeto sero encaminhados at estes reservatrios, conforme pode-se observar nos exemplos de reservatrios de reteno Figura 23) e de deteno multifuncional (Figura 24).
Os reservatrios de deteno multifuncionais propostos sero projetados para reter as guas superficiais apenas durante e aps as chuvas, permanecendo secos durante as estiagens. Sero reservatrios com mltiplos usos, pois funcionaro para lazer quando estiverem secos e para controle de cheias durante e aps as chuvas.
Como opes de lazer para a rea do reservatrio, podem ser propostos: brinquedos infantis, quadra poliesportiva, pista de cooper, pistas de bicicletas e caminhadas, pista de skate, anfiteatros e outros.
O paisagismo um aspecto muito importante para os reservatrios de deteno multifuncionais, e por isso que os taludes destes podero apresentar degraus revestidos com grama. Em perodos no chuvosos, estes funcionaro como reas de lazer.
Os reservatrios trabalharo tambm como bacias de sedimentao j que iro reter slidos em suspenso e absorver poluentes que so carregados pelos escoamentos superficiais.
Os revestimentos dos pisos podero ser em concreto com rampas de acesso tambm em concreto para que prover acesso a caminhes ao fundo dos reservatrios para fazer o recolhimento dos sedimentos. As rampas devem ter declividade de 6%, para que o caminho no enfrente nenhuma dificuldade durante o transporte dos sedimentos.
O reservatrio multifuncional um exemplo de aplicao da drenagem urbana sustentvel, pois garante a integrao entre sociedade, ecossistema natural e sistema urbano artificial.
Este tipo de reservatrio uma obra hidrulica para controlar a gua da natureza e que funciona como lazer, porm, requer premissas para garantir o bom funcionamento da estrutura. Entre as requisies esto a proibio de jogar lixo e dejetos nas ruas e no reservatrio, bem como impedir que crianas e animais entrem na rea de lazer em perodos chuvosos.
Esses reservatrios de deteno permanecem secos na maior parte do tempo, recebendo aporte de guas apenas nos dias de chuva de maior intensidade e que seriam capazes de inundar as prprias ruas. Eles devem armazenar o escoamento superficial e liberar, aos poucos, atravs de pequeno orifcio de sada, as vazes jusante.
essencial que esse tipo de estrutura receba tratamento paisagstico, de forma a se integrar com a ocupao do local. A manuteno deve manter a rea livre, com bom aspecto esttico, e proteger sua integridade estrutural. Os reservatrios mais indicados para remoo de poluentes so os de reteno, que mantm um lago permanente.
1
2
3
4
5
6
8
7Reservatrios propostosRede de Drenagem existente
Rede proposta Beira Foz
Sistema de Coleta Pluvial proposta
78 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Reservatrios de detenoReservatrios de deteno
Pr-dimensionamento dos reservatrios para o projeto Beira Foz
Inicialmente, consideramos um dimensionamento nico e igual para todos os reservatrios. Posteriormente, com informaes sobre a drenagem e terreno atualizadas, este ser revisado.Para o pr-dimensionamento dos reservatrios foi utilizada a equao de chuva abaixo:
( ) 770,0196,0
27,1482,1194
+=
tTI
Foi considerado um tempo de recorrncia (T) de 25 anos e tempo de concentrao (t) de 10 minutos dando uma intensidade pluviomtrica de 192,78mm/h.O clculo da vazo de dimensionamento baseado na frmula Racional:
6.. AicQ =
Onde:Q = Vazo (m3/s);c = Coeficiente de escoamento superficial (adimensional);A = rea de drenagem (ha);i = Intensidade pluviomtrica (mm/min)
Para a determinao da rea utilizada, dividimos a rea total do Masterplan (400ha) pela quantidade de reservatrios, chegando ao valor de aproximadamente 50ha de rea de contribuio para cada reservatrio.
Considerando 1/3 da rea como urbanizada com coeficiente de runoff de 1, e 2/3 da rea como no urbanizada com coeficiente de run off de 0,3 utilizamos um coeficiente equivalente de runoff de 0,5.
Cada reservatrio ir acumular em mdia 3260m de gua, com lmina mxima de 1,1m. Dessa forma, teremos reservatrios com dimenses mdias de 55m x 55m x 1,5m.
Figura 23
Figura 24
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 79
Masterplan detalhado - Zona 15.7 Plano UrbansticoO objetivo chave deste plano urbanstico direcionar o desenvolvimento de sete diferentes tipos de projetos de adensamento urbano ao longo do plano estratgico do Beira Foz.
O instrumento das Operaes Urbanas Consorciadas ainda no foi definido pelo Plano Diretor da Cidade e, portanto, sugere-se que a primeira ao seja a incoorporao da seguinte definio legal:
Operao Urbana Consorciada o conjunto de intervenes e medidas coordenadas pelo Poder Executivo Municipal, com a participao dos proprietrios, moradores, usurios permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcanar transformaes urbansticas estruturais, melhorias sociais e valorizao ambiental. 2
De acordo com o Plano Diretor, cada Operao Urbana Consorciada deve ser instituda por lei especfica, que deve conter no mnimo:
I. a definio da rea a ser atingida;
II. o programa bsico de ocupao da rea;
III. o programa de atendimento econmico e social para a populao diretamente afetada pela Operao;
IV. as finalidades da Operao;
V. o estudo prvio de impacto de vizinhana
VI. a contrapartida a ser exigida dos proprietrios, usurios permanentes e investidores privados, nos termos do disposto no inciso VI do art. 33 da Lei n 10.257/01;
VII. forma de controle da Operao, obrigatoriamente compartilhado com representao da sociedade civil. Com exceo do item V (estudo prvio de impacto de vizinhana), este Plano Urbanstico contm elementos que contribuiro para a elaborao de todos os demais itens.
Operaes Urbanas Consorciadas
Para a zona de desenvolvimento do Beira Foz foram estruturadas diferentes propostas para que as OUC sejam criadas. A tabela ao lado descreve cada uma delas e a finalidade proposta em relao ao Plano Diretor e viso estratgica do crescimento urbano para a cidade.
2 Estatuto da Cidade, Lei n 10.257 de 10 de julho de 2001, Captulo II, Seo X, Art. 32, 1.
FINALIDADE
OUC1 2 3 4 5 6 7
Implantao de novos espaos pblicos X X X X X X
Ampliao e melhoria da rede viria X X X
Otimizao das reas envolvidas em intervenes urbanas de porte e a reciclagem de reas consideradas subutilizadas
X X X
Implantao de Programas de Habitao de Interesse Social
X X X
Valorizao e criao de patrimnio ambiental, arquitetnico, cultural e paisagstico
X X X
Ordenamento do crescimento urbano da regio
Proteo de reas com fragilidade ambiental X X
Ordenamento da ocupao do solo, visando reforar a centralidade no entorno da Ponte da Amizade
X X
Dinamizao de reas, visando a gerao de empregos
X X X
80 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
OU 04
OU 03
OU 01
OU 02
OU 05
OU 06
OU 07
A proposta para criao de uma srie de OUC para o projeto Beira Foz segue dois importantes eixos estruturais para esta parte central da cidade.
O primeiro eixo, ao longo das margens do rio, visa o plano de futuro adensamento urbano que vai prover novas reas para turismo e comrcio nas proximidades da Ponte da Amizade e tambm trazer cidados e visitantes para perto do rio.
O segundo eixo, perpendicular ao rio, visa engatilhar a reurbanizao ao longo das vias: R. Jorge Sanwais, Av. Repblica de Argentina, Av. Venezuela, Av. Jos Maria de Brito e Av. Carlos Gomes.
Tratam-se de importantes eixos virios em nvel municipal. Os dois eixos encontram-se atualmente em processos de transformao, com intervenes fsicas em suas estruturas que visam ampliar sua capacidade viria.
Ao longo dessas duas aes chaves em termos de mobilidade urbana, as distintas OUC dentro desta Zona tem como objetivo principal promover um melhor aproveitamento da infraestrutura instalada no local, especialmente o sistema de transporte, associado reestruturao urbana no entorno imediato da rea. Esta reestruturao dever incrementar a qualidade ambiental e urbanstica da mesma e dever ser realizada a partir de trs grandes aes:
1. Estimular um adensamento orientado preferencialmente aos usurios do setor do Turismo e estudantes que utilizam transporte coletivo, por meio de intervenes urbanas com padres de ocupao diferenciados (novas tipologias).
2. Criar e fortalecer centralidades econmicas, sociais e culturais ao longo do corredor do Beira Foz. Incentivar a formao de polos de concentrao de atividades e de pessoas atravs da implantao de projetos-ncoras e
de equipamentos, principalmente voltados a atividades tursticas e de lazer. Dessa forma, se configuram referncias funcionais e visuais, reduzida a necessidade de deslocamento e sero gerados novos fluxos de pessoas para a Beira do Rio. Simultaneamente, espera-se requalificar a rea central da cidade (parcialmente inserida na OUC), assim como aumentar a densidade populacional da regio, tendo em vista a infraestrutura e os equipamentos existentes.
3. Implantar intervenes que promovam a melhoria das condies urbanas e ambientais e da qualidade de vida da populao, considerando:
a. A diversificao de atividades econmicas nessa parte da cidade;
b. A nova conectividade ao longo da margem do rio, incluindo a Av. Beira Foz como um corredor verde ecolgico e a criao de uma ampla rede de reas verdes de uso pblico atravs da requalificao de praas e parques existentes, da criao de novos parques e praas e da implantao de conexes ambientais que interligue os espaos verdes;
c. A incluso social da populao de baixa renda, por meio de incentivos Habitao de Interesse Social, de intervenes em vilas, favelas, loteamentos irregulares e moradias precrias. Tambm espera-se polticas de promoo de unidades habitacionais a preos acessveis, bem como de aes voltadas insero social e produtiva da populao frgil;
d. O conjunto compacto de projetos pilotos, incluindo a implantao de equipamentos de uso pblico de sade, educao e segurana para atender ao maior adensamento previsto.
e. A incorporao de iniciativas inovadoras nesta rea.
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 81
Operaes Urbanas
Em detalhe - OU 1 Em detalhe - OU 2
rea total - 260.800 m2
rea edificada - 58.700 m2
Uso do Solo - Shopping Duty Free,
Escritrios,
1 infraestrutura de segurana
Reserva ecolgica
0,6 km de trilha na beira do rio
Aduana / Receita Federal
rea total - 439.600 m2
rea edificada - 76.300 m2
Uso do Solo - Residencial mdio
padro, habitao social, comrcio
e servios locais
2 hoteis 3 estrelas
1 infraestrutura de lazer e esporte
1 infraestrutura de segurana
1 escola / creche
1 turismo cultural
Parque e reserva ecolgica
0,6 km de trilha na beira do rio
82 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Operaes Urbanas
Em detalhe - OU 3 Em detalhe - OU 4
rea total - 267.000 m2
rea edificada - 33.700 m2
Uso do Solo - Shopping Duty Free,
Comrcio local,
1 infraestrutura de segurana
Reserva ecolgica
1,1 km de trilha na beira do rio
rea total - 272.000 m2
rea edificada - 34.100 m2
Uso do Solo - Residencial mdio
padro, habitao social, comrcio
e servios locais
3 infraestrutura de lazer e esporte
1 escola / creche
Parque e reserva ecolgica
0,8 km de trilha na beira do rio
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 83
Operaes Urbanas
Em detalhe - OU 5 Em detalhe - OU 6
rea total - 547.400 m2
rea edificada - 234.000 m2
Uso do Solo - Residencial alto e
mdio padro, servios locais,
1 hotel 5 estrelas
1 infraestrutura de lazer e esporte
1 turismo cultural
2 infraestrutura de segurana
Parque e reserva ecolgica
1,1 km de trilha na beira do rio
rea total - 293.800 m2
rea edificada - 25.500 m2
Uso do Solo - Residencial alto
padro,
1 hotel 5 estrelas
2 hoteis 3 estrelas
1 infraestrutura de segurana
Parque e reserva ecolgica
0,9 km de trilha na beira do rio
84 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Operaes Urbanas
Em detalhe - OU 7
rea total - 330.000 m2
rea edificada - 38.900 m2
Uso do Solo - Residencial alto
padro, servios locais,
4 turismo gastronmico
5 turismo cultural
Parque e reserva ecolgica
1,3 km de trilha na beira do rio
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 85
Masterplan detalhado - Zona 15.8 Modelo de GestoA implantao do Masterplan Beira Foz para a zona 1 demandar a cooperao de diversos atores sociais, incluindo Prefeitura, Ministrio do Turismo, Governo Estadual, moradores, CODEFOZ, investidores, incoporadoras, entre outros, para coordenar aes e metas de maneira efetiva.
Empreendimentos bem-sucedidos como Toronto Waterfront demonstram que um processo que inclui os atores sociais fundamental para atingir metas de longo prazo.
O modelo de gesto explorado baseado nas Operaes Urbanas Consorciadas (OUC). Porm, aps analisar detadalhamente dois casos, um no Rio de Janeiro (Porto Maravilla) e outro em So Paulo (guas Espraiadas), a Arup recomenda que no seja formado um consrcio, mas uma agncia.
O objetivo geral dessa nova Agncia ser coordenar, gerenciar e supervisionar o desenvolvimento do Masterplan Beira Foz. Dentre as obrigaes primrias inclui-se a coordenao e implementao de aes especficas de curto e longo prazo. A finalidade disso no burocratizar, mas criar um Project/
Program Champion que assumir projetos e aes desde a concepo at a concluso. Um conselho multidisciplinar com representantes dos setores pblico e privado pode supervisionar e apoiar a agncia.
Outras obrigaes da Agncia so:
Estabelecer o cronograma de implementao de cada OUC de forma a evitar especulao imobiliria dentro da Zona 1;
Definir um marco jurdico slido para ter o respaldo de um Fundo Garantidor, sendo a agncia a nica entidade jurdica a pedir emprstimos e realizar investimentos em infraestrutura dentro da rea do projeto;
Definir e constituir companhias de servios para providenciar determinados servios pblicos como coleta de lixo, esgoto, fibra ptica e cobertura wi-fi.
86 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Masterplan detalhado - Zona 15.9 Viabilidade financeiraA viabilidade financeira de diversas Operaes Urbanas includas na Zona 1 do Beira Foz Masterplan devem ser lanadas em sequencia, em um horizonte de longo prazo.
Operaes Urbanas Consorciadas
Esse instrumento baseado na hiptese de que, de maneira geral, os investimentos de capital para desenvolvimento urbano de larga escala no podem ser absorvidos em perodos de curta durao. Temos visto isso em diferentes partes do mundo, como Londres, Nova York, Sydney e Cidade do Mxico.
in U$$ Millions
Figura 25
Figura 26
BEIRA FOZ MASTERPLAN RELATRIO FINAL 87
Custos de Capital e Investimentos
Esses custos sero absorvidos pela Agncia desde o primeiro ano. A Agncia ser incumbida por aumentar o capital atravs da aquisio de terras e outros investimentos no setor privado, assim como adquirir verba de fundos nacionais e internacionais para emisso de dbitos atravs dos CEPACs.
Exemplo: OUC 02Foram desenvolvidos dois cenrios de aquisio de terras pela Agncia, baseados no plano de uso do solo do Beira Foz: terrenos sem desenvolvimento e terras atualmente ocupadas.Em cada cenrio os custos de CAPEX so financiados pela Agncia e o desenvolvimento ser distribudo da seguinte forma: 20% construdo pela Agncia e 80% construdo por terceiros, do setor privado.
Criao de CEPACs
A Agncia tem duas principais fontes de renda provenientes do setor privado para sustentar um desenvolvimento bem-sucedido do projeto Beira Foz. Uma delas a gama de servios que poderiam fornecer para o novo desenvolvimento e os outros vm diretamente da venda de terras. O ltimo ir incorporar o valor das CEPACs, necessitando de um estudo mais detalhado a ser conduzido aps a aprovao da nova OUC no Plano Diretor.
Pressupostos fundamentais
Cenrio 1
rea total para desenvolvimento:439.564 m2 - 408.351 m2
(rea lucrativa)
CAPEX total investido na preparao da terra para terceiros (incorporadoras) e proviso de infraestrutura bsica
R$ 45.000.000
Investimento direto em projetos pilotos da Agncia R$ 100.000.000
Capex1 = para custos de infraestrutura R$75m e terrraplanagem R$35/m, mais 15% para contingnciaInvestimento Direto = Capex1 + (Capex2 = custo de construo de edificaes selecionadas)
Cenrio 2
rea total para desenvolvimento: 122.000,00 m2
CAPEX total investido na preparao da terra para terceiros (incorporadoras) e proviso de infraestrutura bsica
R$ 13.320.000
Investimento direto em projetos pilotos da Agncia R$ 45.000.000
Capex1 = para custos de infraestrutura R$75m e terrraplanagem R$35/m, mais 15% para contingnciaInvestimento Direto = Capex1 + (Capex2 = custo de construo de edificaes selecionadas)
88 RELATRIO FINAL BEIRA FOZ MASTERPLAN
Receitas
A agncia ter o direito de vender terrenos para investidores construirem determinados edifcios ou alugar para diversos inquilinos, atendendo as diretrizes do Masterplan, e ter renda direta das seguintes fontes:
1. Valorizao de terrenos
2. Valores das receitas de locao para o desenvolvimento de propriedades da Agncia
3. Renda proveniente da aquisio ou venda de CEPACs dos terrenos desenvolvidos por terceiros que decidiram no contribuir com a sua terra para a agncia. Neste caso o rendimento da Agncia se dar de duas formas: uma outorga anual pelos servios prestados pela Agncia e a diferena no valor da terra, com ou sem CEPACs.
O modelo do mercado imobilirio baseado nos aluguis e vendas da agncia a terceiros. A seguir, apresentado de forma ilustrativa um cenrio para atrair investimentos do setor privado. Esse cenrio baseado apenas na OUC 2.
A previso que a OUC 2 poder receber um mnimo de R$ 500 mi dos investimentos privados.
O valor presente lquido VPL da OUC 2 com o modelo de negcio imobilirio pode variar de R$ 450 milhes a R$ 1.2 bilhes avaliados para um perodo de 20 anos.
O perodo mnimo de retorno dos investimentos para a Agncia est previsto em 8 anos, em um cenrio agressivo com a seguinte estrutura de financiamento:
Outros benefcios econmicos indiretos do Beira Foz Masterplan
A revitalizao da beira do rio na poro central da cidade de Foz do Iguau e o Master