Post on 25-May-2020
Aula 3 - Petrologia das
rochas ígneas ou
magmáticas
Tipos de Magmas
Tipos de Magmas
Tipo de Magma
ViscosidadeTeor de Sílica
Ocorrência
BasálticoBaixa
(muito fluido)50% 80%
Andesítico Média 60% 10%
RiolíticoAlta
(muito pastoso)70% 10%
As rochas ígneas constituem 80% da massa crosta terrestre,embora correspondam a apenas 15% da superfície aflorante.
A importância das rochas Ígneas
A resistência alta faz com que seu emprego seja vasto naengenharia:• pedras de cantaria (blocos);• lâminas para revestimento de pisos e fachadas;• melhores pedras britadas para a produção de concretos;• as melhores rochas para a confecção de barragens;• nelas os túneis podem ser mais econômicos.
Classificação das Rochas Ígneas de acordo
com a forma de ocorrência
Rochas Extrusivas
Rochas Intrusivas
São aquelas resultantes do resfriamento das lavas em contato com a atmosfera
São aquelas resultantes do resfriamento do magma em contato com outras rochas.
Rochas extrusivas só ocorrem quando o magma mais fluido (lava) chega à superfície. Existem as seguintes manifestações de rochas extrusivas:
A lava flui por fendas espalhando-se em grandes extensões.
A lava flui por canais formando cones em áreas mais restritas.
Decorre de explosões em vulcões obstruídos que lançam materiais incandescentes pelo ar e depositam-se no seu entorno.
Rochas extrusivas
Derrames
Vulcanismos
Depósitos Piroclásticos
Derrames
Derrame da Bacia do Paraná
separação do supercontinente Gondwana
Na Serra Geral, existe uma seqüência de cerca de 20 derrames que se superpõem uns aos outros. Os derrames inferiores possuem espessura entre 10 e 20 metros e são basálticos. Os últimos são andesíticos ou riolíticos e possuem espessura de até 70 metros. Cada derrame demarca um degrau no relevo das encostas, conforme mostra a figura.
Superposição de derrames
Estrutura dos derrames
Cada derrame possui cinco zonas com estrutura diferente: no topo, há umaconcentração de bolhas de voláteis que deixa vesículas (se vazias) ou amídalas (sepreenchidas por minerais); abaixo, há uma região com fraturamento horizontal; nocentro, fraturamento vertical; abaixo novamente fraturamento horizontal e, nocontato com outro derrame, uma zona com tendência vítrea.
Detalhe da superposição de derrames no cânion do Fortaleza no Aparados da Serra-RS: os paredões verticais correspondem às disjunções colunares.
Derrames
Vista dos degraus que se formam entre derrames: Serra do Pinto – Rota do Sol
Derrames ácidosDerrames básicos
Torres - RS
Disjunção vertical
Disjunção horizontal
Disjunção vertical
Vesicular
Disjunção vertical
Disjunção horizontal
Disjunção horizontal
Derrame inferior
Base do derrame em Torres – RS: na parte superior aparece a disjunção horizontal e na parte inferior o topo do derrame mais antigo onde aparece a brecha vulcânica
Base de derrame explorado em pedreiras em Nova Prata: o restante do derrame, que deveria aparecer acima da disjunção horizontal, já foi decomposto e erodido.
Derrames
Detalhe do basalto colunar: esta porção do derrame costuma ser priorizada para a extração de pedra britada pois tem minerais maiores que a base do derrame e não tem vesículas como o topo.
Pedreira comercial de basalto em Estância Velha: as bancadas de extração priorizam a zona de fraturamento vertical.
Vulcanismo
(chaminé)
Lawun em Papua, Nova Guiné
Fluxo de lava (Aa) Fluxo de Lava (Pahoehoe)
Vulcanismo de lava basáltica
Pequenas explosões
fluidez
Arquipélagos de ilhas vulcânicas:
alinhamento cronológico
Hawaii (0 – 0,4Ma)
Maui (0,7 – 1,3Ma)
Oahu (2,6 – 3,7Ma)
Kauai (5,1Ma)
2.000 km
Monte Santa Helena, 18 de maio de 1980
Vulcanismo riolítico
Pinatubo, Filipinas 1991200km10 anos
Plymouth, Montserrat , caribe–destruída por fluxo piroclásticoem 1995
St. Pierre, Martinica, caribe 190230.0000 pessoas
Vesúvio em 79 DC
Pompéia e Herculano
Ignimbritos
Púmice (pedra pomes)
Rochas de depósitos Piroclásticos
Ilhas Canárias
Ilhas Açores
ROCHAS ÍGNEAS INTRUSIVAS
Rochas intrusivas são aquelas que se resfriam dentro da crosta. A classificação dessas rochas pode ser feita de acordo com as suas formas de ocorrências:
Plutônicas ou abissais
Hipoabissais
Quando o magma resfria em grandes profundidades na crosta terrestre, geralmente por ascensão lenta de magma mais leve.Nessa categoria estão os Batólitos e Stocks.
Quando o magma resfria em profundidades menores, geralmente pela infiltração de lava em descontinuidades da crosta. O resfriamento é mais rápido e nessa categoria inserem-se os diques, sills e lacólitos.
BATÓLITO
É uma massa semelhante ao Batólito mas com extensão inferior a 100 Km2.
Trata-se de uma grande massa de material magmático com extensão maior do que 100 Km2
STOCK
Diques e Soleiras (sills)
Soleira na Cidadede Edinburgo, Escócia
Soleira na Barragem Roosevelt
DIQUES
Diques de diabásio em meio ao granito: Praia do Rosa - SC
Diques de diabásio em meio ao gnaisse: Gruta das
Encantadas – Ilha do Mel
Diques de riolito em meio ao gnaisse
Diques de diabásio em meio a rochas
sedimentares denota bem a forma discordante
das estratificações
DIQUES
Diques de diabásio em meio ao derrame de basalto;
Dique de biabásio em meio a uma soleira
Chaminé de vulcão (dique cilíndrico)
Observados em climas desérticos
Antártida
LACÓLITO
O magma é mais viscoso que no sill e com isso consegue soerguer as massas de rocha acima da intrusão. Forma massas lenticulares, plano-convexas, similares a um cogumelo.
Estrutura das rochas ígneas
Basalto, rocha extrusiva muito fraturada
Granito, rocha intrusiva plutônica maciça a pouco fraturada
A estrutura das rochas ígneas está relacionada com o tipo de intensidade do seu fraturamento, o que está ligado em grande parte à velocidade do resfriamento.
Estrutura das rochas
• Os batólitos e os stocks - estrutura maciça.
• Os lacólitos - menor o fraturamento na sua porção central e maior nas extremidades.
• As soleiras e os diques - muito fraturados
• Os derrames costumam formar fraturamento intenso nas disjunções horizontais e um pouco mais espaçados nas disjunções verticais.
TEXTURARefere-se às dimensões e arranjo dos minerais nas rochas.
fanerítica afanítica
vítrea
vesicular
Rochas de textura pegmatítica: minerais muito grandes
Rochas de textura porfirítica
Granito com textura porfirítica: fenocristais de feldspato em meio a uma matriz granular fina.
Formas de ocorrência das rochas ígneas
Forma de ocorrência Característica
particular Estrutura Textura
Extrusivas Derrames
Espessos Pouco fraturado Microgranular
Finos Muito fraturado Afanítico
Vulcões Muito fraturado Vítreo a afanítico
Intrusivas plutônicas Batólitos e Stocks Maciço Fanerítico
Intrusivas
hipoabissais
Diques e soleiras Muito fraturado Afanítico
Lacólitos
Bordas Muito fraturado Afanítico
Centro Pouco fraturado Fanerítico a
microgranular
Por que existem rochas com mesma textura, mesmo ambiente de
formação, mas composição distinta?
Granito Granodiorito Diorito Gabro Peridotito
Riolito Dacito Andesito Basalto
fan
erí
ticas
afa
nít
icas
ortoclásio
plagioclásioMaior que 5/3 Entre 1/3 e 5/3 Menor que 1/3 Não existe feldspato-K
Teor de sílica 72% 69% 57% 45%
Quartzo 20% a 40% 5% a 20% < 5% Não existe quartzo
Coloração Félsicas ou Leucocráticas
Intermediárias ou Mesocráticas
Intermediárias ou Mesocráticas
Máficas ou Melanocráticas
1.500°C
1.300°C
1.000°C
900°C
800°C
700°C
600°C
1.300°C
900°C
Série de Reações de Cristalização de Bowen
A seqüência representada pode ocorrer de forma descontínua. Se não houver Fe e Mgdisponíveis no magma, a seqüência a partir da olivina não ocorre e a série se dá do
Feldspato Ca para baixo. De forma semelhante, se não houver sílica suficiente, a rocha pode terminar sua cristalização nos feldspatos, sem gerar quartzo.
Usos das rochas ígneas
Produção de lâminas
1
2
3
Extração e beneficiamento de lâminas de rochas ígneas faneríticas
Revestimento de aterros especiais
Pedreira de granito
Instalação de britagem
Revestimento riolitoirregular
Riolito serrado e blocos de cantaria para pavimentos
Muros de alvenaria de blocos de granito
Blocos de cantaria de granodioritos
Blocos de cantaria de dacitos
Piso de rocha polida: granito na tonalidade avermelhada, diorito na tonalidade preta, granodiorito na tonalidade branca.