Post on 24-Dec-2015
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DIAGNÓSTICO
LABORATORIAL DAS
INFECÇÕES BACTERIANAS
Profa. Dra.Tatiana Elias Colombo
2015
Objetivo: fornecer diretrizes para a coleta e o transporte
adequados de diferentes espécimes, além de informações
gerais sobre o processamento dos espécimes no
laboratório.
Diagnóstico laboratorial das doenças bacterianas
SANGUE
• Um dos procedimentos mais importantes realizados no laboratório
de microbiologia clínica
• Fator importante que determina o sucesso da hemocultura é o
volume de sangue processado
20ml de sangue – adulto
volumes menores – crianças e neonatos
Hemocultura
Amostra coletada antes da antibioticoterapia!
Hemocultura
Cuidado com a desinfecção da pele do paciente
muitos pacientes hospitalizados são suscetíveis a
infecções por microrganismos que colonizam a
pele
Sangue
Coleta realizada em sistema fechado
Reduz a probabiblidade de contaminação da amostra
Hemocultura
Amostras de sangue - semeadas em frascos contendo
caldos nutrientes adequados para assegurar o
isolamento máximo de microrganismos importantes
Sangue
• Bacteremia e fungemia – referidas como sepse
• Sinais clínicos: febre, calafrios e hipotensão
- Resposta à liberação de endotoxinas ou exotoxinas pelos
microrganismos
- Ocorrem pelo menos 1 hora após a entrada do
microrganismo no sangue
OBS: pouco ou nenhum microrganismo pode estar presente quando o
paciente apresenta-se febril. Por esta razão, é recomendado que 2 a 3
amostras de sangue sejam coletadas ao acaso durante um período de 24
horas.
Sangue
Frascos de caldo recebidos no laboratório incubados
a 37ºC e examinados em intervalos regulares para a
evidência do crescimento microbiano.
Sangue
Estufa automatizada para cultura de sangue
- Hemocultura automatizada baseada na detecção de CO2 produzido
pelos microrganismos durante seu metabolismo
- Os frascos utilizados nesse sistema podem possuir resinas inibidoras
de antibióticos, aumentando significativamente a recuperação de
microrganismos.
1. Crescimento detectado
Instrumento automatizado para cultura de sangue
1. Crescimento detectado
2. Lâmina (coloração de Gram)
Instrumento automatizado para cultura de sangue
1. Crescimento detectado
2. Lâmina (coloração de Gram)
3. Frascos são subcultivados (incubar 5 – 7 dias, exceção:
microrganismos fastidiosos). Microrganismos
posteriormente isolados
Instrumento automatizado para cultura de sangue
1. Crescimento detectado
2. Lâmina (coloração de Gram)
3. Frascos são subcultivados (incubar 5 – 7 dias, exceção:
microrganismos fastidiosos). Microrganismos posteriormente isolados
4. Identificação bioquímica e testes de sensibilidade
* Testes moleculares
Instrumento automatizado para cultura de sangue
A coleta somente pode ser realizada por profissional
especializado
1-) Punção lombar (mais usada e causa menos riscos para o
paciente)
2-) Punção suboccipital
3-) Punção ventricular
Líquido cefalorraquidiano (LCR)
Punção lombar
Contra-indicação para punção lombar: existência
de infecção no local da punção (piodermite)
• Não é necessário jejum, orienta-se apenas uma refeição leve
• O paciente deve estar acompanhado por um adulto
• Apresentar, se houver, exames recentes como Tomografia e
Ressonância Magnética de Crânio e/ou Coluna
• Após a coleta do material o paciente permanecerá em repouso
alguns minutos no laboratório e deverá fazer repouso deitado em
casa por, no mínimo, mais 24 horas.
Líquido cefalorraquidiano (LCR) – Recomendações coleta
SETOR BIOQUÍMICA
Tubo congelado
Exames:
GLICOSE
PROTEÍNA
LACTATO
SETOR MICROBIOLOGIA
Tubo TA
Tubo centrifugado: sedimento
(micro) e sobrenadante (imuno)
Exames:
Bacteriologia e Bacterioscópico
1 2 3
SETOR HEMATOLOGIA
Tubo refrigerado
Exames citológicos:
Contagem global e específicaTestes adicionais
Tubo congelado
4
swab - utilizado para coletar os espécimes de orofaringe
Trato respiratório superior - Coleta
Solicitar ao paciente que abra bem a boca.
- Usando abaixador de língua e swab estéril,
fazer esfregaços sobre as amígdalas e faringe
posterior, evitando tocar na língua e na mucosa
bucal.
- Procurar o material nas áreas com hiperemia
próximas aos pontos de supuração ou remover o
pus ou a placa, colhendo o material abaixo da
mucosa.
Uma variedade de métodos pode ser usada para coletar
espécimes do trato respiratório inferior – expectoração,
broncoscopia, aspiração por punção direta através da
parede torácica.
Trato respiratório inferior - Coleta
Cuidado com a contaminação do escarro
por bactérias do trato resp. superior –
presença de células epiteliais indica que o
espécime foi contaminado com saliva
URINA
• Espécime mais frequentemente submetido à cultura
• Pelo fato das bactérias patogênicas colonizarem a uretra
– coletar o jato médio
Urina
Primeira urina do dia???
• Os patógenos do trato urinário podem crescer na urina,
assim NÃO deve haver demora no transporte do
espécime para o laboratório
• Caso o espécime não puder ser cultivado
imediatamente (~20 minutos), ele deve ser refrigerado
e semeado no máximo em 24 horas
Urina
- 1 a 10µl do espécime - semeado em meio de cultura (não-seletivo e seletivo)
- Colocar em lâmina, deixar secar, fixar e corar pelo Gram
Exame direto do sedimento urinário
• CLED (Cistina Lactose Eletrólito Deficiente)
-Neste meio cresce tanto microrganismos gram positivo, quanto
gram negativo.
-Cor: Verde/azul
- Para o crescimento de colônias é necessário a utilização de alças
calibradas (1, 10, 100 microlitros)
-Feita a inoculação, deixar a 37°C de 18 a 24 horas e fazer leitura.
- Leitura
- Pode ser um fermentador de lactose: Lactose positivo: cor
amarela; Lactose negativo: sem alteração de cor
• Mac Conkey
- Um meio seletivo para microrganismos
gram-negativos
- Indica fermentação de lactose. Cor: Rosa
- Isolar colônias, usar temperatura de 37°C de 18 a 24 horas.
- Se houve crescimento: Bacterioscopia pós cultura + gram =
inocular em provas bioquímicas.
-Crescimento de colônias incolor ou marrom = não fermentador de
lactose.- Crescimento de colônias rosa = fermentador de lactose
- Alça calibrada
1μl = 1microlitro = 0.001ml = 1/1000ml
10μl = 10 microlitros = 0.01ml = 1/100ml
Semeadura em estrias
Semeadura em placa
Método de “esteira”
Contagem do número de colônias
- Alça calibrada 1μl = 1microlitro = 0.001ml = 1/1000ml
N = número de colônias x 1μl
N = número de colônias x 1000
- Alça calibrada 10μl = 10 microlitros = 0.01ml = 1/100ml
N = número de colônias x 10μl
N = número de colônias x 100
Alça calibrada 1μl
N = número de colônias x 1000
N = 100 X 1000 = 100.000 UFC/mL
• Até 9.000 UFC/mL = Sem significado clínico
• 10.000 a 90.000 UFC/mL = Suspeita de Infecção
• Acima de 100.000 UFC/mL= Indício de infecção
Critérios interpretativos
Agentes etiológicos da ITU: Escherichia coli, Enterococcus
spp., Proteus spp., Staphylococcus saprophyticus e
Pseudomonas spp.
Bacilos Gram negativos
Identificação microbiológica
ESPÉCIME GENITAL
Espécime genital
URINA – Primeiro jato da micção espontânea é utilizado
• Variedade de bactérias associadas a DST
• Meio seletivo
• Identificação demorada (crescimento lento)
• Biologia molecular (PCR)
Espécime genital
Neisseria gonorrhoeae C. trachomatis
Treponema pallidum
- Bactéria Gram-negativa
- Grupo espiroqueta
- Agente etiológico da sífilis
- Microrganismo não cultivado em laboratório
- Diagnóstico: microscopia e sorologia (VDRL)
Espécime genital
ESPÉCIME FECAL
Grande variedade de bactérias pode causar infecções
gastrointestinais
Espécime fecal
(evitar alterações ácidas nas fezes – metabolismo microbiano. Tóxicas para
microrganismos como Shigella)
Espécime fecal – Diagnóstico laboratorial