Post on 01-Dec-2018
Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP
Aos vinte e um dias do mês de junho de dois mil e dezessete, às oito horas e dez minutos, na 1
cidade de São Paulo, no Anfiteatro Nilceo Marques de Castro, Rua Botucatu, 840- subsolo do 2
Edifício Otavio de Carvalho reuniu-se ordinariamente a Comissão de Residência Médica - 3
COREME, sob a coordenação do Professor Doutor Adagmar Andriolo, com a participação dos 4
membros da COREME. Presentes: Residente Dr. Kalill Bueno Abdalla; Prof. Dr. Jose Carlos 5
Baptista Silva; Dra. Ana Virginia Lopes de Sousa; Dra. Marcela Fernandes; Prof. Dr. Carlos 6
Haruo Arasaki; Dr. Diego Adão Fanti Silva; Dr. Frederico Teixeira Barbosa; Dra. Elaine Cristina 7
Soares Martins Moura; Prof. Dr Fabio Nahas; Prof. Dr. Luiz Eduardo Villaça Leão; Prof. Dr. Luiz 8
Hirotoshi Ota; Prof. Dr. Jose Carlos Baptista Silva; Profa. Dra. Elizabeth Malta Rezende; Prof. 9
Dr. Sergio Henrique Hirata; Dra. Ana Laura A. Giraldes; Prof. Dr. Valdir Ambrósio Moisés; Dra. 10
Adriana Siviero Miachon; Prof. Dr. Orlando Ambrogini Junior; Dra. Ana Cristina Fontenele 11
Soares; Dra. Ana Beatriz Alvarez Perez; Profa. Dra. Maria Lucia Cardoso Gomes Ferraz; Prof. 12
Dr. Roberto Jose de Carvalho Filho; Dr. Otelo Rigato; Prof. Dr. Eduardo Medeiros; Profa. Dra. 13
Dayse Maria Machado; dr. Daniel Almeida Gonçalves; Dr. Daniel almeida Gonçalves; Dr. 14
Guilherme Arantes Mello; Dr. Diego adão Fanti Silva; Dra. Daniele Yurie Vieira Tomotani; Sra. 15
Daniela Betinassi Parro Pires; Prof. Dr. Marcelo Costa Batista; Profa. Dra. Marina Carvalho de 16
Moraes Barros; Profa. Dra. Maria Fernanda Branco de Almeida; Dra Joice Fabíola Meneguel 17
Ogata; Prof. Dr. Fabio Veiga de Castro Sparapani; Profa. Dra. Nádia Iandoli de Oliveira; Profa. 18
Dra. Enedina de Oliveira; Prof. Dr. Ivan Maynart Tavares; Prof. Dr. Carlos Eduardo da Silveira 19
Franciozi; Dr. Vitor Guo Chen; Dra. Milvia Maria Simões e Silva Enokihara; Prof. Dr. Ricardo 20
Artigiani; Dra. Cecilia Micheletti; Dra. Marina Carvalho de Moraes Barros; Dra. Cecilia 21
Micheletti; Profa. Dra. Eloara Vieira Machado ferreira alvares da Silva Campos; Dra. Raquel Jales 22
Leitão; prof. Dr. Jose Cassio do Nascimento Pitta; Profa. Dra. Sheila C. Caetano; Prof. Dr. Artur 23
da Rocha Correa Fernandes; Dra. Marina Silva Zacarias; Sra. Andrea Puchnick; Profa. Dra. Maris 24
Salete Demuer; Profa. Dra. Rita Nely Vilar Furtado; Dr. Victor Gottardello Zecchin; Dr. Samuel 25
Saiovici; Profa. Dra. Emilia Inoue Sato. Ausências Justificadas: Profa. Dra. Andrea Fernandes 26
de Oliveira; Dr. Felipe Scipião Moura; Prof. Dr. Karlo Faria Nunes; Prof. Dr. Evandro Guimarães 27
de Souza; Prof. Dr. Gil Facina; Dra. Jellin Chiaoting Chuang; Prof. Dr. Paulo Cesar Koch 28
Nogueira; Dr. Victor Gottardello Zechchin; Profa. Dra. Therezinha Rosane Chamlian; Profa. Dra. 29
Carolina F. M. G. Pimentel; Dra Mary Hozokono; Prof. Dr. Ramiro Anthero de Azevedo; Profa. 30
Dra. Claudia M. R. Alves; Prof. Dr. Ivaldo da Silva; Prof. Dr. Cleber P. Machado; Dra. Maria 31
Lucia de Martino Lee; Profa. Dra. Maria Cristina de Andrade; Dra. Lia Bittencourt; Prof. Dr. Jose 32
Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP
Osmar Medina Pestana; Dra. Maria Angela Tardelli; Prof. Dr. Newton de Barros Junior; Profa. 33
Dra. Lucia Bizari Fernandes do Prado; Profa. Dra. Luisa Ceragoli Oliveira. O Professor Adagmar 34
inicia a reunião agradecendo a presença de todos, informando as ausências justificadas e 35
incentivando aos membros presentes estimularem os demais colegas a participarem das plenárias 36
futuras. Comenta sobre o site da COREME, discorrendo sobre as mudanças que estão sendo 37
efetuadas, a informatização para a solicitação de documentos via on line, que tornará a vida dos 38
alunos mais fácil e o trabalho da COREME otimizado, devido ao quadro reduzido da equipe 39
técnica. O próximo passo deverá ser a inclusão da possibilidade de assinaturas digitalizadas nos 40
certificados. Seguindo a pauta da Plenária, o Prof. Adagmar Andriolo apresenta o processo do 41
aluno do PRM em Oftalmologia, Dr. Fabricio Rodrigues de Andrade, o qual está sob avaliação da 42
Comissão de Averiguação de Atividade do Residente - CAAR. Resume aos membros presentes 43
que caso do residente já esteve em Plenária em seu primeiro ano de residência, quando foi 44
apresentado um problema em que foi caracterizado plagio em um trabalho por ele apresentado. 45
No histórico, fica claro que ele não foi um residente brilhante e que, também no segundo ano da 46
residência, não conseguiu acompanhar o treinamento adequadamente, nem nos aspectos teóricos 47
nem na prática. As cirurgias as quais o residente participou apresentaram algum grau de 48
complicação adicional. Os Responsáveis pelo Programa de Residência Médica em Oftalmologia 49
encaminharam para a COREME a declaração de reprovação. Segundo o regulamento da 50
COREME, o residente reprovado deve ser encaminhado para uma banca de avaliação. A banca 51
de avaliação foi composta por 1 presidente, 4 membros do Departamento de Oftalmologia e 1 52
membro do Departamento de Medicina, o residente não obteve a média na avaliação teórica como 53
também não demonstrou habilidades e competências técnicas, tendo sido reprovado pela banca 54
de avaliação. A CAAR avaliou o caso, acompanhou todo o processo, concluindo que o Residente 55
não apresentava condições para receber o certificado de Residência. A Plenária do mês abril da 56
COREME homologou esta decisão. O Residente recorreu da decisão. Por liberalidade da 57
COREME, apesar do processo ter seguido os tramites legais, decidiu-se apresentar, novamente, o 58
caso a esta Plenária. Prof. Adagmar Andriolo passa a palavra aos membros para manifestação. O 59
Prof. Dr. Jose Carlos Costa Baptista Silva toma a palavra e diz que o caso anterior, no qual foi 60
caracterizado o plágio já seria motivo para expulsão do Residente. Comenta que houve um caso 61
na USP em que um Professor foi expulso pelo plagio, e que a reitora da época também está sendo 62
processada e corre o risco até de perder a aposentadoria. O Prof. Adagmar Andriolo relata que 63
naquela ocasião foi levado em consideração uma certa imaturidade por parte do residente, 64
Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP
pressões sofridas.. A Profa. Dra Emilia Inoue Sato questiona se foi um trabalho por ele publicado. 65
|O Prof. Adagmar Andriolo esclarece que foi um trabalho de TCC. O Residente extraiu um artigo 66
de uma revista, de autoria de uma professora da Instituição. A professora, em escrevendo o 67
trabalho, em um determinado momento ela escreve: “ A autora observou.... “ E ele copiou, 68
literalmente, sugerindo fortemente que o Residente nem tenha lido o trabalho. Na ocasião, o 69
Residente foi advertido e refez o trabalho para aprovação no curso. A Prof. Dra. Emilia Inoue 70
Sato questiona se tudo foi documentado. Prof. Dr. Adagmar Andriolo informa que o processo 71
todo se encontra disponível na COREME. O Prof. Dr. Adagmar pergunta aos membros se podem 72
ratificar a decisão de desliga-lo do Programa de Residência Médica em Oftalmologia. Por 73
unanimidade a decisão foi homologada. Seguindo a pauta, o Prof. Dr. Adagmar Andriolo comenta 74
sobre o processo de revalidação, informando que a Instituição recebe, com frequência, os pedidos 75
para revalidar documentos de residentes, a Comissão Nacional de Residência Médica - CNRM 76
encaminha somente a documentação, sem que termos contato com os interessados. Entende ser 77
uma falha do processo, mas que tanto a CONRM quanto o Ministério da saúde entendem ser esta 78
a forma de se proceder ao processo de revalidação. Informa termos recebido um pedido da CNRM 79
para análise de uma revalidação da área de cirurgia geral, passando a palavra para o Prof. Dr. 80
Carlos Haruo Arasaki, que assim se manifestou: “ Diz o relatório que pede um especialista da área 81
para analisar, diferentemente de outras situações em que se exigia uma comissão formada por 3 82
especialistas para analisar. Por que um especialista? “ Neste momento inicia o relato do caso. “Um 83
médico formado no Peru conseguiu validar seu diploma de médico aqui no Brasil e por já estar 84
atuando aqui, solicitou, também, a validação de sua residência “em cirurgia geral” feita em outra 85
universidade, se não me engano no Ceará. Esta solicitação foi rejeitada e ele recorreu. Foi 86
solicitado o parecer do especialista. Trata-se de um médico que já atua na região nordeste do 87
Brasil como clínico geral, casado com uma brasileira, com quem tem um filho. Em seu país de 88
origem, ele tinha feito uma especialização em cirurgia do aparelho digestivo e, inclusive, fazia 89
cirurgias gerais, a grande maioria delas do aparelho digestivo, salvo em situações que fazia 90
mastectomia e outras cirurgias na área de urologia e cirurgia para varizes na área de sistema 91
vascular. A pergunta é, basicamente, existe semelhança entre os programas que ele cursou no Peru 92
e a residência médica aqui no Brasil? A reposta é não. Não há semelhança entre o PRM em 93
cirurgia aqui Brasil e o que ele praticou em seu pais de origem. Porque? Por que em seu país de 94
origem é muito focado, voltado para cirurgião geral primário em que os procedimentos são mais 95
simples. Porém, a nossa portaria, em que se baseia o Programa de Residência, exige uma série de 96
Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP
informações adicionais voltadas para especialidades cirúrgicas que não eram contempladas no 97
currículo dele, não há similaridades entre os programas, embora a carga horária em que ele 98
estivesse praticado é muito superior àquela exigida aqui no Brasil. Então, não está em mérito se 99
ele é um bom médico ou não, se é capacitado em ir para o centro cirúrgico realizar cirurgias de 100
baixa complexidade. A pergunta é se existe semelhança ente os programas e a resposta foi não. 101
Ele até tentou justificar que, após o termino residência, continuou praticando cirurgias, mostrou 102
uma lista de procedimentos executados. Outra coisa que me chamou a atenção em relação ao curso 103
que ele fez é que a parte teórica da residência tem carga horaria menor daquela exigida aqui no 104
Brasil. Isso já depõe contra a aprovação. Ele fez o curso em meados dos anos 2000, há quinze ou 105
dezesseis anos atrás. Pensei em como iria validar? Agora, nesse momento, se ele recebeu 106
conhecimento mínimo e ter se passado quinze a dezesseis anos, eu não sei se ele fez r atualização 107
dos conhecimentos porque não anexou nenhum comprovante. Em suma, acabei corroborando com 108
a visão dos outros avaliadores. ” Prof. Dr. Jose Carlos Baptista Silva solicita a palavra e argumenta 109
que o fato é muito grave e discorre: “ Primeiramente, pelo que entendi, o referido não realizou 110
residência médica, somente um curso. Realizou residência médica ou um curso? ” Questiona. 111
Prof. Dr. Carlos Haruo Arasaki responde ao questionamento do Prof. Dr. Jose Carlos Baptista 112
Silva explicando que, conforme a carta inicial, ela explica que o curso é um pouco diferente na 113
América Latina, quando o médico, na verdade, tem a obrigatoriedade de formação em que ele 114
atua tanto como médico como cirurgião na sua formação acadêmica, ele sai com diploma de 115
médico e cirurgião. Ele mostra o histórico escolar no qual consta que cursou dois anos de cirurgia 116
focado em cirurgia do aparelho digestivo, porém, lá o curso não é chamado de residência da 117
maneira como foi solicitado, é mais como um curso de especialização. Prof. Dr. Jose Carlos 118
Baptista Silva argumenta: “Então desta forma não pode, em segundo, ele tem comprovação deste 119
documento, é um documento fiel?” Questiona. Prof. Dr. Carlos Haruo Arasaki responde: “Existe 120
uma tradução juramentada.” Prof. Dr. Jose Carlos Baptista Silva responde: “Não, tradução não 121
adianta. Então eu acho que aqui nós não podemos brincar, na minha opinião a gente não pode 122
revalidar”. O Prof. Dr. Adagmar Andriolo ressalta que todas as avaliações e reavaliações feitas 123
tem passado por um processo rigoroso e que esse não é o primeiro que se rejeita”. Prof. Dr. Jose 124
Carlos Baptista Costa sugere que se o candidato se sente um cirurgião geral que preste exame em 125
nossa sociedade, o Colégio Brasileiro de Cirurgiões. “ Eu tenho diploma de cirurgião geral pelo 126
Colégio Brasileiro de Cirurgiões de 1981, quem quiser faça um exame no Colégio. Esse tem um 127
valor muito importante”. O Prof. Adagmar Andriolo pergunta aos membros se há algum 128
Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP
comentário sobre o parecer. O Prof. Haruo pede a palavra para fazer uma complementação sobre 129
o assunto. “ Gostaria de deixar bem claro que estou respondendo pelo Departamento de Cirurgia, 130
mas a partir do próximo mês não estarei mais responsável pela gastro cirurgia”. Prof. Adagmar 131
Andriolo agradece ao Prof. Haru e reitera a importância da COREME ser comunicada quanto as 132
mudanças na coordenação do PRMs. Seguindo a pauta o Prof. Dr. Adagmar Andriolo comenta 133
sobre o processo seletivo referente a 2018. “ O outro item é sobre o nosso processo de seleção de 134
residente para este ano já estamos trabalhando nisso embora ainda não encerramos o anterior sob 135
o ponto de vista formal. Na prática, esse processo acabou no dia 31/03/2017, quando se encerram 136
as inscrições, mas existe todo um trabalhado administrativo burocrático, financeiro que está em 137
andamento, mas imagino que neste ano foi bem mais tranquilo, as pessoas que trabalharam, 138
cumpriram todas as formalidades e foram devidamente remuneradas pelo trabalho feito, 139
evidentemente dentro das restrições do plano de trabalho e da legislação. Nós temos um último 140
detalhe: as assinaturas das guias de recebimento chamadas RPAs. Todos que receberam devem 141
assinar o documento, e esse documento deve constar na prestação de contas final, e isto está sendo 142
administrado pela FAP em breve receberemos esses documentos para que os senhores assinem 143
para que possamos então encerrar. Encerrado o processo, ele segue para a procuradoria da 144
Universidade e será encaminhado para o tribunal de contas da União. E a boa notícia é que nós 145
tivemos um processo relativamente econômico, gastamos dois terços da verba arrecadada e um 146
terço voltará para a União, mas existe um compromisso em que esse montante volte 147
especificamente para o Campus São Paulo e mais especificamente para os PRMs. Estamos 148
conversando com as pessoas envolvidas para que tudo isso aconteça mesmo”. O Prof. Dr. 149
Adagmar Andriolo passa a palavra para a Profa. Dra. Emília Inoue Sato: “ Bom dia a todos, é 150
sempre muito bom dizer que sobrou dinheiro. Essa notícia não é totalmente boa porque nós temos 151
algumas restrições porque tudo que sobrou tem que voltar. Chamávamos isso de “buraco negro” 152
por que depois que volta... mas houve um compromisso, o procurador, em várias reuniões 153
entendeu que nós estamos numa situação muito ruim, com falta de verbas, mas apesar de termos 154
falado com a Tania a Pró-Reitora de administração, não está ainda bem claro se o 155
contingenciamento, aquele valor de repasse, se “você” tem direito a X, mas você só pode gastar 156
Y e esse Y é bem menor que o X a que nós como Universidade temos direito. Se este valor ainda 157
vai ter algum contingenciamento ou não é o grande problema, mas mesmo que tenha algum, ou 158
não consigamos gastar tudo, me parece que pelo menos alguma coisa vamos receber. É muito 159
importante colocar: este dinheiro se voltando, como vai ser utilizado e que isto não atrapalhe, 160
Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP
porque se o Campus ganhar, mas ser dito: “ Esse é o valor total que o Campus vai ganhar para 161
gastar esse mês”, ficamos naquele impasse, tem o aluguel da casinha para pagar, a luz, e nós não 162
queríamos que entrássemos neste mérito e de qualquer forma o valor é bem menor do que temos 163
de dividas. Há esta conversa e a Rosana também entende que esse montante tem que voltar para 164
o nosso uso. O problema é como fazer que eles liberem sem falar: “Vocês têm o direito de 165
gastarem esse mês R$ 800,00 mil reais”. E dentro disto venho o dinheiro, então assim é ruim com 166
tudo que temos que pagar. Mas acho muito importante que para a COREME ficar pensando 167
antecipadamente, em vindo, o que vai ser prioritário de melhoras dos PRMs de um modo geral, 168
ou das instalações ou alguma coisa que possa melhorar para todos, não vamos ajudar só a um 169
programa a intenção é ajudar a todos. Então seria bom começarmos a pensar, embora não 170
possamos ainda garantir os valores”. Prof. Dr. Adagmar Andriolo fala em números acerca do 171
retorno da verba: “ Em números mais ou menos redondos estamos falando em um retorno de 1 172
milhão dentro os quais talvez 30% fiquem no chamado contingenciamento. Mas ainda é uma 173
negociação e depende, provavelmente, das necessidades da Universidade como do próprio 174
Campus de qualquer forma”. Profa. Dra. Emília Inoue Sato diz: “Deveríamos ter uma lista, temos 175
isto e gastamos nisto, temos que ter um planejamento porque, de repente, o montante vem e 176
precisamos utiliza-lo”. O Prof. Dr. Adagmar Andriolo foi indagado pelo Prof. Dr. Eduardo 177
Medeiros se era possível utilizar a verba para bolsa de preceptoria. Prof. Dr. Adagmar Andriolo 178
responde que não é possível e acrescenta: vale inscrição em congressos, vale material de consumo 179
especifico, não vale por exemplo café. Em congresso, vale a inscrição você não pode pagar a 180
passagem, por em enquanto, nós ainda estamos negociando, gostaríamos que fosse possível, 181
porque é interessante, muitas vezes o congresso é fora do Estado, você consegue a inscrição, mas 182
se não facilitar a ida do residente, fica difícil”. Profa. Dra. Emília Inoue Sato argumenta: “ Vale a 183
pena vocês colocarem e também não dá para dizer que vão dar inscrições para todo mundo, quem 184
receber a inscrição se tem trabalho para apresentar, quem tem prioridade para poder ganhar a 185
inscrição. É uma coisa que vocês já deviam estar bem alinhavados”. Prof. Dr. Adagmar 186
argumenta: “O porque a urgência por que esse dinheiro acaba em dezembro, ele não fica para o 187
ano que vem. Em vindo, temos que gastá-lo logo em termos oficiais, com três orçamentos, com 188
licitação pública, enfim uma série de procedimentos. ” Prof. Dr. Jose Carlos Baptista Silva toma 189
a palavra e argumenta: “ Para o ano que vem o hospital tem uma previsão de trabalhar com 370 190
leitos, não temos como fugir disto é o máximo possível, pelo que nós estamos trabalhando na 191
diretoria. Ontem conversei com o Prof. Dr. José Roberto Ferraro e com o Marcelo Santos para 192
Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP
que se torne algo oficial. ” Prof. Dr. Adagmar Andriolo comenta que o número citado se refere a 193
mais ou menos 50% da capacidade, isto significa que, em tese, o nosso campo de trabalho e o 194
treinamento do residente foi reduzido a 50% em relação a área hospitalar. “Prof. Dr. Jose Carlos 195
Baptista Silva comenta que isso terá um reflexo por mais quatro anos. “ O ano que vem nós 196
teremos o mesmo número de residentes que nós temos este ano, por mais quatro anos nós teremos, 197
provavelmente, porque os residentes estão aqui e vão ficando. ” Prof. Dr. Adagmar Andriolo fala: 198
“Infelizmente não só o hospitalar porque os ambulatórios também fazem contingência. ” Profa. 199
Dra. Emília Inoue Sato opina sobre o assunto “ Somente para vocês terem uma ideia, nós da Escola 200
Paulista de Medicina, na congregação foi decidido que nós não estamos mais recebendo alunos 201
com mobilidade, aliás nas Universidade Federais, mais ninguém, porque se nós não temos para 202
os nossos residentes como iremos receber os de fora? Fica difícil por que sequer os residentes tem 203
lugar para ficar, se recebe muitos residentes externos, será justo se nós não temos para os nossos 204
recebermos os externos? Ou será que já está na hora de também pensar nisso. É muito ruim esta 205
situação porque temos tanta propaganda negativa todos os dias, faltam coisas, o interesse por 206
nossa Instituição, obviamente, o pessoal que vai prestar vestibular deve pensar: Será que entro no 207
Einstein ou na Paulista? Fica a dúvida. Mas eu me preocupo com essa situação e também com a 208
residência. Será que fico na Paulista? Porque está tudo ruim. Eu tenho receio que, no próximo 209
ano, a concorrência não seja tão grande. Fico extremamente receosa, principalmente quando 210
falamos que não estamos mais aceitando residentes de fora, quem vem de fora fica sabendo que 211
não estamos aceitando já decidem por não vir para cá. Precisamos pensar no número de residentes 212
e no número de vagas. ” Prof. Dr. Jose Carlos Baptista Silva toma a palavra e sugere: “ Se 213
diminuíssem as vagas de residentes? Se o hospital se recuperar, como tem excedentes, podemos 214
depois chamar, não sei se a lei permite isso. ” Prof. Dr. Adagmar Andriolo responde que a lei não 215
permite. ” Não, ano por ano. Podemos reduzir sem perder as vagas, isso é possível, a Comissão 216
Nacional permite. ”Prof. Dr. Fabio Veiga de Castro Sparapani pede a palavra: “ Os leitos nós já 217
sabemos serão 370, mas em que situação esses leitos estarão? Haverá cirurgias? O Centro 218
cirúrgico vai permanecer fechado? Vai haver contingenciamento? Em que situação nós 219
poderemos usar esses leitos? Do ponto de vista das carreiras cirúrgicas, isso se tornou 220
fundamental, nos também não estamos oferecendo o número mínimo de cirurgias para os nossos 221
residentes obterem os títulos de especialistas. Em que condições os 370 leitos poderão ser 222
utilizados? ” Prof. Dr. Jose Carlos Baptista Silva responde aos questionamentos: “ De um modo 223
geral afetará a clínica e a cirurgia. Já está tudo pronto, estão disponibilizados 400 mil reais para 224
Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP
utilizações de órteses e próteses. Antes nós tínhamos 1 milhão e agora só temos 400 mil reais, 225
temos que trabalhar com isso. Estou trazendo aqui algo oficial da diretoria executiva e conforme 226
as coisas vão melhorando vamos comunicando a todos. ” Prof. Dr. Adagmar Andriolo relata: “ Eu 227
gostaria de lembrar a todos que esta decisão oficial da instituição tem uma repercussão na 228
Comissão Nacional de Residência Médica. Quando a comissão avalia os programas, um dos 229
critérios objetivos se refere aos números de leitos disponíveis para a residência e, evidentemente, 230
o número de cirurgias e o centro cirúrgico. Se nós não tomarmos a iniciativa de reduzir 231
temporariamente o número de vagas, a Comissão Nacional vai fazê-lo compulsoriamente. ” Prof. 232
Dr. Jose Carlos Baptista Silva comenta: “ Só não está pior, ou mais complicado porque a SPDM 233
nos ajuda muito, inclusive quando não temos dinheiro, o Prof. Nascimento assume o caso e leva 234
para os outros hospitais. ” O Prof. Adgmar Andriolo reitera que tem havido uma importante 235
colaboração da SPDM nesse sentido, inclusive no acolhimento dos residentes. ” Profa. Dra. Emília 236
Inoue Sato comenta sobre os ambulatórios: ”. Quem gera 40 % ou 45% das internações no pronto 237
socorro é o ambulatório, pacientes que em atendimento tem uma piora e acabam sendo internados. 238
Nosso ambulatório é enorme, eu acho que o ambulatório é maior do que precisamos. Na maioria 239
dos serviços, eu tenho residentes reclamando da demanda de pacientes para serem atendidos, isto 240
também tem que ser reduzido, porque eu não preciso de 700 pacientes com Lúpus para ensinar 241
lúpus para os residentes. A reumatologia tem 700 pacientes com lúpus, não há mais onde colocar 242
tantos pacientes, se eu tenho um ambulatório grande, esse ambulatório tem pacientes com 243
intercorrências que acabam sendo internados. Eu acho que a preocupação da cirurgia é maior 244
porque, enquanto estivermos internando somente urgências os cirurgiões só irão operar urgências. 245
Isso é algo a ser discutido, eles não vão ter cirurgias eletivas porque as poucas vagas da cirurgia 246
estão sendo ocupadas pelas urgências. Está sendo feito pela reitoria e o conselho gestor um grupo 247
de trabalho para estudar a redução, como vai ser reduzido. Pensar em redução precisa saber para 248
onde mandar, quem irá receber. Esta e uma conversa muito séria, pois já houve esta conversa 249
muitas vezes, mas nunca se resolveu, se a rede funcionasse adequadamente. Hospital das Clinicas 250
fechou e muitos pacientes migraram para cá. A Santa Casa também parou de funcionar, conclusão 251
estamos superinchados, mas a culpa também é nossa, atendemos mais do que tínhamos condições 252
e agora não sabemos como reduzir, vai ser uma dificuldade grande, estamos prevendo que será 253
difícil. Com relação à situação atual, nada de concreto foi feito, passeatas, idas para conselhos e 254
assembleias, tudo foi feito e está se fazendo para se bater na porta do próprio presidente. Estamos 255
em tal situação que no último conselho universitário, foi feita uma lista de pessoas que podem 256
Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP
entrar com recurso na justiça contra corte de custos, pode-se encaminhar um documento ao 257
ministério público em nome da população declarando que nós, como docentes, estamos sendo 258
prejudicados por essa medida de corte de custos. Só que esta medida não poderia ser apresentada 259
antes, agora já acabou o prazo legal de espera de respostas. O procurador mandou, um documento 260
de 50 páginas de justificativa que somos um hospital universitário e os motivos pelos quais 261
precisamos continuar recebendo as verbas como todos os anos. E que também não se pode cortar 262
verbas de uma hora para outra sem aviso prévio. Por causa disto, nós podemos entrar com uma 263
medida jurídica, esta medida ainda não foi implementada , esta resposta ao procurador demora 264
um tempo vamos acabar brigando com o “próprio patrão”, estamos com uma lista de docentes 265
dentro do conselho universitário que poderiam participar e estão assinando, temos um advogado 266
que faz parte do conselho universitário que se dispôs a usar o escritório dele a fazer a 267
representação, sem cobrar, chegou-se ao ponto que nós iremos brigar na justiça contra esta 268
injustiça que foi cometida conosco. Somente para dizer que não estamos parados, mandamos 269
cartas aos políticos. No conselho gestor sempre se fala de que adianta reduzir para 370 leitos e 270
continuar, vários programas já reduziram de 2015 para 2017, a neurologia reduziu a oftalmo, acho 271
que está na hora de pensarmos principalmente aqueles que diretamente têm sido afetados por esse 272
problema. E a carta vai ser para o conselho “considerando que o hospital e a restrição orçamentária 273
pelo corte que sofreu não tem mais condições de atender...”, é um absurdo, temos pessoas para 274
atender, temos local que é o hospital, muitas enfermarias recém reformadas e vamos dizer que 275
iremos fechar porque não se tem verba para manter. Também não adianta entrar pacientes e não 276
ter comida para a próxima semana, nem gaze para curativos. ” Profa. Dra. Eloara Vieira Machado 277
Ferreira Alvares da Silva Campos questiona como seria feita a redução na Pneumo que é clínica, 278
porém os residentes dão plantão, plantões na UTI, pois se diminui o número de vaga não será 279
possível dar conta dos plantões, pois existe os pós plantão, o residente em férias. O número atual 280
de residentes é oito, pensando nos plantões que os residentes devem dar na pneumo. Quando 281
houver a diminuição das vagas não será possível atender à demanda. Não existe médico 282
plantonista e nem concursados, à medida que os médicos foram saindo as vagas não foram 283
repostas. Não há concursados e faltam preceptores na pneumo. Profa. Dra. Emília Inoue Sato 284
interrompe e reitera: “ Acho que cada um deve pensar em o que pode fazer ou não. A longo prazo 285
está se pensando em o que se fazer no hospital se o hospital chegou ao problema em que está, não 286
só por falta de orçamento, mas também por falta de gerenciamento. É muito difícil, cada um é 287
dono de um pedaço, “aqui não se interna, aqui é meu “ tenho ouvido muito isto. A proposta é uma 288
Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP
UTI geral clínica, outra UTI geral cirúrgica. A clínica médica possui uma UTI com 5 leitos e é 289
necessário manter um plantonista para cuidar destes leitos, é totalmente contraproducente. A 290
longo prazo, ou a médio e longo prazos a reumato não vai mais ter uma enfermaria própria, a 291
endócrino também não, porque? Quando não há leito disponível no hospital, mas há leitos nestas 292
enfermariam esses leitos não são emprestados por que o respectivo médico quer internar o 293
paciente da sua clínica, não disponibilizando o leito para outra. Não é possível gerenciar este tipo 294
de hospital, essa vai ser uma conversa dura com a academia, mas vai ser preciso essa conversa. ” 295
Prof. Dr. Jose Carlos Baptista Silva comenta: “ Para se ter uma ideia dos gastos, é múltiplo de dez 296
sempre, não importa quem tenha um leito na minha UTI, tenho que ter como se eu tivesse dez 297
leitos. É o mínimo, é sempre assim eu preciso ter de tudo para poder cuidar de dez, uma UTI não 298
pode ter menos do que dez leitos, ela é totalmente inadequada. As equipes de enfermagem estão 299
fazendo uma revisão no Hospital São Paulo estão solicitando enfermeiros nessa proporção, e nós 300
temos um outro problema no hospital nós temos técnicos em enfermagem que não podem mais 301
trabalhar, nós temos também um desequilíbrio no número de profissionais que atendem, 302
precisaríamos de muito mais, tudo isto está sendo discutido, inclusive em Brasília, para modificar 303
isso a coisa sé muito complexa. É um problema que tem que ser resolvido de alguma forma. Por 304
exemplo, uma UTI em que não se tem concursados, para não fechar, o hospital é obrigado a 305
contratar pessoal, onerando cada vez mais o hospital. ” Prof. Dr. Eduardo Medeiros toma a 306
palavra: “ Eu acho que nós precisamos ter uma racionalidade neste momento e ao mesmo tempo 307
não podemos perder a perspectiva que somos um hospital universitário, nossa prioridade não é 308
assistência, nosso item número um é a formação de profissionais. Claro que para isso é preciso 309
uma assistência de qualidade, com segurança, entretanto não podemos perder a perspectiva de que 310
somos um hospital universitário. Pode ser preocupante esta questão de que possamos, dentro desta 311
restruturação, nos transformar em um hospital assistencial com UTIs enormes, enfermarias 312
clinicas também enormes e com enfermarias cirúrgicas enormes e afastar mais ainda a academia 313
do hospital. Isto não podemos permitir, nós somos um hospital criado para a universidade. Nós 314
não temos que responder para o estado a quantidade de cirurgias que estão esperando dentro da 315
comunidade, a quantidade de casos clínicos que estão esperando eu acredito que esta não deve ser 316
nossa prioridade. E uma das razões pelas quais caímos nesta situação em que estamos também foi 317
um pouco de influência desta situação de atender uma demanda exorbitante que não tínhamos 318
condições estruturais para fazê-lo. Me preocupa esta questão, claro que precisamos ser racionais 319
não podemos ir para outro lado, mas também não se pode perder a perspectiva. Segunda questão 320
Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP
que acho importante me preocupa em “passar uma régua” e todo mundo igual, não sei como está 321
a discussão na diretoria, eu até irei participar de um grupo que vai discutir tudo isso. Cada 322
especialidade deve ser vista de forma individual diante da questão da sua importância da formação 323
número de especialista que se precisa dentro do serviço de saúde do país. Precisamos trabalhar 324
isso de uma forma bem organizada e estudar a questão dos hospitais afiliados a SPDM. Eu acho 325
que isso é uma força muito importante que com o PRM precisamos estudar isso muito bem talvez 326
o Vila Maria responda a muitas questões que a gente não consiga responder no hospital São Paulo, 327
que tenha uma preceptoria adequada, uma participação do docente, mas não nas condições atuais. 328
Não adianta recrutar o docente aqui e manda-lo para outro lugar para começar a orientação ao 329
residente. Este é um processo que não vai frutificar, mas a partir do momento que começarmos a 330
discutir estes hospitais ou algum hospital com uma estrutura universitária que possa ter um elo 331
mais próximo de nós, trabalhando com a direção clínica do hospital e da diretoria administrativa, 332
provavelmente, muitas das questões de hoje para cortar a vaga da residência, eu acho que nós 333
poderíamos ampliar esses processos. Mas precisamos estudar mais isto. A questão hoje dos 334
hospitais afiliados nós deixamos uma força de trabalho de lado para isso enquanto poderíamos 335
aproveitar um pouco mais disso de uma forma, obvio bem organizada. Agora somente finalizando 336
esta questão da distribuição de verbas, como tem até dezembro, é um tempo muito curto, somente 337
6 meses para fazer licitação e tudo o mais, acredito que a prioridade precisa ser a residência, a 338
verba deve ser pensada no ensino da residência, com o resto, nós poderíamos melhorar nosso 339
centro de simulação, poderíamos trabalhar isto com a residência, poderíamos melhorar a estrutura 340
dos departamentos e ensino da residência, eu acredito que este seja o ponto e o foco que eu 341
pensaria na verba”. O Prof. Dr. Adagmar Andriolo argumenta sobre a utilização outras instituições 342
da SPDM como campo de treinamento. “ Em relação ao utilizarmos as outras instituições da 343
SPDM como campo de treinamento, nós sofremos um certo revés, nós conseguimos com o 344
procurador, depois de várias reuniões, com a diretoria de campos e com a reitora, uma autorização 345
formal para realizar um convênio com as outras instituições, por exemplo hospitais como os da 346
Vila Maria, Pedreira e Brigadeiro que, na verdade já estão sendo utilizados , só que quando isto 347
chegou na mesa da pro- reitora de administração, trocou-se a pro- reitora. Agora a atual pro- 348
reitora quer rediscutir o assunto, isto significa então que voltamos à estaca zero, mas o processo 349
todo já havia sido feito nos esperamos que agora possa ser um pouco mais ágil. É uma das saídas, 350
lembrando que é sempre uma alternativa, não é a solução definitiva, porque é necessário levar 351
para lá o preceptor, o aluno de graduação, porque nós não temos um campus adequado para 352
Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP
formação”. Prof. Dr. Carlos Eduardo da Silveira Franciozi toma a palavra e sugere: “Prof. 353
Adagmar, não seria interessante chamar a nova Pró-reitora para a próxima reunião, pelo menos 354
ela já seria sabatinada”. Profa. Dra. Emília Inoue Sato relata que a nova pro – reitora participou 355
das últimas reuniões. Prof. Dr. Fabio Veiga de Castro Sparapani toma a palavra. “O que nos chama 356
a atenção é que no mês de março entrarão novos residentes e sairão residentes, então nós temos 357
que “trocar o motor com o carro andando” e temos decisões cada vez mais proteladas, situações 358
cada vez mais adiadas, e assim essas poucas situações de uso em outros hospitais que havíamos 359
utilizado, ortopedia, neurocirurgia e muitas outras usam com esta situação ficamos 360
impossibilitados, estamos perdendo estes hospitais porque estamos num limbo jurídico, num 361
limbo legal. Podemos ir ou não? O hospital fala: você não faz parte do corpo clinico daqui o que 362
você está fazendo aqui? Isso chama a atenção, o tempo está passando e os residentes irão embora. 363
Eu não sei sobre as outras disciplinas, mas pela SPDM a neurocirurgia somente há um hospital 364
credenciado e um auxiliar. Nós todos somos SPDM, nós temos dez cirurgias no Pirajussara, dez 365
no Diadema, dez no Brigadeiro dez no São Paulo e dez no Vila Maria eles podem simplesmente 366
falar que não seguimos as regras do programa e que poderemos ser descredenciados, claro que 367
ninguém é louco de descredenciar a Escola, mas, nós estamos cada vez mais protelando situações 368
que vão nos levar a algum problema mais sério”. Prof. Dr. Arthur Fernandes comenta: “ Além 369
disso poderíamos contatar o pessoal da AMEREPAM para fazerem uma manifestação ou uma 370
carta por que é de interesse deles afinal eles são os principais interessados na atual situação”. Prof. 371
Adgamar Andriolo ressalta que o representante da Amerepam está presente. Profa. Dra. Emília 372
Inoue Sato comenta: “Eles participaram junto com os alunos da LESPE, porque na verdade 373
chama-se coordenação de movimento em prol do Hospital São Paulo incluindo também a 374
graduação, a situação é difícil, o que eu concordo com o Medeiros quando se pensa em reorganizar 375
o hospital são oito ou oitenta, se pensar somente na assistência , obviamente como o Professor 376
Fabio está falando, se entrar todo mundo na cirurgia de urgência os residentes não farão nenhuma 377
eletiva precisamos pensar em proteger, mas também fazer tudo como nós estávamos fazendo não 378
adianta em chegar na situação em que estamos agora manter desse jeito não adianta, estamos nesta 379
penúria e não estamos indo nem pra frente nem para trás. Eu acho que nós teremos que fazer uma 380
coisa difícil pensando no que precisa para graduação e ensino, tanto os alunos como os residentes. 381
Porem vai chegar a hora em que se deve pensar se no caso, a redução em algumas áreas e também 382
ser uma força para justificar a Comissão Nacional, dizendo que estamos reduzindo não porque 383
queremos é porque não temos espaço para fazermos tudo aquilo que precisamos para oferecer 384
Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP
uma boa formação”. O Prof. Dr. Adagmar Andriolo discorre: “De qualquer forma o momento é 385
oportuno para discutirmos o assunto, refletir, dessa forma claro que não adianta “passar uma 386
régua” uniforme para todos os programas porque as complexidades são especificas, mas os 387
senhores receberam o edital do processo seletivo do ano passado, é o momento de rever, refletir, 388
e lembrar que enquanto nós não reduzirmos, é opção nossa, se nós deixarmos que a Comissão 389
|Nacional faça, e ela vai fazer, por conta desta mudança oficial do número de leitos do hospital 390
vai se tornar compulsório, o que significa, que se perde a bolsa. Se nós reduzirmos nós não 391
perdemos o direito a bolsa, perde-se a bolsa naquele período em que se tem o número reduzido, 392
se a Comissão nacional reduzir, a dimensão do nosso programa nos perdemos a possibilidade de 393
bolsas no futuro. Então eu gostaria que cada um dos senhores refletisse seriamente sobre isso. Só 394
uma informação que acho que a maioria de nós ouviu no rádio esta manhã a Universidade Federal 395
Fluminense ela terminou as inscrições ontem, o número de inscritos para o vestibular é 50% do 396
número do ano anterior descobriu-se que ela não era um bom lugar como faculdade de medicina 397
metade dos hospitais estão fechados ou falidos por causa das repercussões do estado do Rio de 398
Janeiro, eu temo que isto possa acontecer conosco também não só na residência como também na 399
graduação. Significa que nós podemos não estar selecionando os melhores candidatos. Mas nosso 400
processo do ano passado foi encerrado e agora estamos começando um novo, os senhores 401
receberam o edital para eventuais modificações peço que encarecidamente avaliam com cuidado 402
o número de vagas, revejam características de entrevistas de exigências que o programa requer 403
para que não tenhamos depois dificuldades com eventuais recursos dos candidatos. Este ano não 404
tivemos praticamente nada de recursos por causa do edital, haja vista foi bem elaborado, já temos 405
um cronograma, que na verdade é uma tentativa, ainda não assinamos o contrato com a FAP é 406
necessária uma avaliação da procuradoria, porém aparentemente está tudo certo”. Dr Ricardo 407
Artigiani tem a palavra e comenta sobre o PRM em Patologia: “Somente um comentário rápido 408
sobre o assunto anterior, a residência em patologia da UNIFESP é considerada a melhor residência 409
do país, temos uma estrutura linda, enorme bem montada, só que dependemos de peças e se o 410
hospital diminui não temos para onde mandar os residentes porque os hospitais afiliados utilizam 411
laboratórios priva0dos e os laboratórios privados não recebem residentes eles não têm interesse 412
em manter residentes pois é um passo a mais na rotina de exames. Se os exames diminuírem 413
acarreta problemas, precisamos de um mínimo de exames para formar os residentes. Estamos com 414
uma estrutura bem maior do que o número de exames eu convido a todos para visitarem a 415
Patologia. A nossa capacidade é bem maior e é a melhor residência do pais em patologia 416
Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP
seguramente, podem visitar que todos ficarão supressos com a estrutura do departamento. Nós 417
pensamos em fazer um convenio com o GRAAC, o Graacc monta seu centro cirúrgico, o 418
residente, teoricamente, passa pelo GRAAC mais ou menos conveniado já estruturado com a 419
Pediatria já possui uma situação de convenio com a UNIFESP. O certo seria se o departamento 420
de patologia fosse autorizado a fazer um convenio com os hospitais conveniados como era 421
antigamente como o Hospital de Vila Maria que foi retirado de nós. ” Profa. Dra. Emília Inoue 422
Sato refere solicitar um adendo especifico para o PRM em Patologia Clinica. Dr. Carlos Eduardo 423
dos Santos Ferreira refere já ter existido este adendo. “ Já houve, a patologia atendia no Hospital 424
de Vila Maria e no Hospital de Diadema, porém foram retirados”. O Prof. Dr. Adagmar Andriolo 425
comenta: ” Vale a pena colocar este adendo como uma justificativa, porque estamos tentando 426
fortalecer o procurador para que ele tenha argumentos para...” Dr. Ricardo Artigiani comenta que 427
tentou fazer um convênio com o Hospital Amparo maternal sem sucesso e que teve que procurar 428
por peças pois não obteve autorização. Prof. Dr. Carlos Haruo Arasaki toma apalavra e discorre 429
sobre o PRM em Cirurgia Geral . “O PRM em Cirugia Geral detem 48 vagas para a residência, 430
24 vagas para R1 e 24 para R2, está razoavelmente equilibrado em termos de procedimento por 431
24% da carga horária é realizado em hospitais afiliados dessa maneira nós conseguimos manter 432
um equilíbrio. Caso suscita dúvidas, são 370 leitos no Hospital São Paulo não sei se entra na conta 433
os leitos dos hospitais afiliados para justificar as 24 vagas. Mas o que eu gostaria de esclarecer é 434
que não tenho pretensão de reduzir as vagas da cirugia geral por enquanto, a não ser que eu receba 435
uma ordem superior por escrito porque dentro da estrutura atual nós estamos funcionando 436
razoavelmente bem. Porém, alerto uma coisa, como do Prof. Dr. Jose Carlos Baptista Silva 437
comentou por que o residente ele é o “plantonista”. Minha resposta é: Ao longo do tempo nos 438
fizemos aquilo que nós chamados de empoderamento do residente, tem certa autonomia dentro 439
do Hospital São Paulo. Nos hospitais afiliados não existe o empoderamento do residente, isto é 440
uma lei dentro dos hospitais afiliados onde o serviço assistencial funciona coma as pessoas que 441
estão lá. O residente é um visitante somente, ele pode obter algum ganho, mas ele jamais será 442
empoderado dentro dos hospitais afiliados. Profa. Dra. Emília comenta que a residência é um 443
aprendizado sob supervisão e comenta: ” é complicado deixar um residente a noite sozinho sem 444
supervisão, teoricamente é para ter alguma supervisão. ” Prof. Adgamar comenta que esse 445
“empoderamento” tem um “vício de origem. ” Nesse momento Prof. Dr. Adagmar Andriolo 446
agradece a presença da Profa. Emília que se despede de todos. Prof. Dr. Adagmar Andriolo 447
comenta sobre o seguro dos residentes. “Nós estamos com algumas dificuldades pois alguns 448
Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP
residentes ainda não estão segurados, pois o processo de renovação de apólices termina agora, e 449
os residentes que entraram agora ainda não estão cobertos. Estamos negociando para renovar essa 450
apólice para cobrir os R1s pois ainda não estão cobertos”. Prof. Dr. Jose Carlos Baptista Silva 451
comenta o CNPJ da SPDM é igual para todos os hospitais e que todos os hospitais funcionam 452
como um só. O Prof. Dr. Adagmar Andriolo e os demais membros corrigem informando que o 453
CNPJ da SPDM é um só porém os hospitais afiliados cada tem seu próprio CNPJ. O Prof. Dr. 454
Adagmar Andriolo esclarece que o hospital são Paulo é a empresa “mãe” e possui as filiais e que 455
os outros CNPJs de hospitais afiliadas são decorrentes do CNPJ do Hospital São Paulo, continua: 456
“O seguro dos residentes é definido para cá, mas é um argumento para a seguradora não assumir 457
o risco ou achar problemas. Por isso que agora estamos pensando em renovar o seguro para todos 458
inclusive expandindo a cobertura para os hospitais afiliados das SPDM para garantir essa 459
mobilidade. “Dra. Helena comenta que os residentes vão para o Hospital do Coração e ele exige 460
a cópia dos seguros dos residentes. Prof. Dr. Adagmar Andriolo concorda e comente que 461
possuímos uma apólice de seguro coletiva e reitera que concorda que o seguro não deveria ser só 462
de âmbito nacional como também internacional. Prof. Dr. Adagmar Andriolo reforça a 463
necessidade dos PRMs enviarem, as questões para elaboração das provas do processo seletivo de 464
2018. No cronograma informa a data da prova teórica dia 21/10/17, um domingo para tanto reitera 465
que para que isso ocorra a comissão já deve estar constituída embora ainda não haja a portaria. Os 466
PRMs devem encaminhar as questões pois já receberam os critérios para as questões. Prof. Dr. 467
Adagmar Andriolo comenta que é difícil montar o cronograma da UNIFESP baseando-se nos 468
cronogramas de outras universidades. Reitera novamente o envio das questões para a elaboração 469
das provas o mais rápido possível. O Prof. Dr. Adagmar Andriolo comenta sobre os informes: 470
“Entre os informes tenho a dizer que a ideia do preceptor afiliado, já discutido nas duas últimas 471
plenárias, foi aprovado pela Congregassão e encaminhado agora para a Procuradoria, se tudo se 472
encaminhar bem, provavelmente, no próximo semestre poderemos ter essa figua do preceptor 473
filiado. 474
Finda a pauta da Plenária e sem mais nenhum assunto a tratar deu-se por encerrada. 475