Post on 12-Jul-2020
01 de outubro, 2015
Henrique Meirelles
CENÁRIO ECONÔMICO
AGENDA
2
CURTO PRAZO (2015/2016): AJUSTES MACROECONÔMICOS
PROPOSTAS DE POLÍTICA ECONÔMICA
LONGO PRAZO: OBSTÁCULOS AO CRESCIMENTO
CONCLUSÃO
PROJEÇÕES
AJUSTE EXTERNO: DEPRECIAÇÃO CAMBIAL
Commodities em queda Elevado déficit de transações correntes
03
AJUSTE FISCAL: NECESSÁRIO PARA MANTER GRAU DE INVESTIMENTO
Redução do superávit fiscal Ameaça o controle da dívida
04
AJUSTE NA INFLAÇÃO: PREÇOS ADMINISTRADOS
Mesmo segurando administrados, inflação ficou elevada. Preços administrados repostos em 2015/2016.
Juros elevados por período prolongado.
05
JUROS CONTRA “JUROS NEUTROS”
Juros nos EUA mais o risco Brasil é medida do custo de oportunidade do capital. Podemos usá-lo como “juro neutro”
Quando o juro real (inflação menos expectativa de inflação) é maior que o juro
neutro, a inflação eventualmente cai.
06
POR QUE A INFLAÇÃO NÃO ESTÁ CAINDO?
Hiato já está negativo
Mas Administrados na contra-mão Nontradeables (serviços) já está caindo
Mas IPCA ainda não caiu
07
07
POR QUE A INFLAÇÃO NÃO ESTÁ CAINDO?
Expectativas de inflação desancoradas
08
AGENDA
9
CURTO PRAZO (2015/2016): AJUSTES MACROECONÔMICOS
PROPOSTAS DE POLÍTICA ECONÔMICA
LONGO PRAZO: OBSTÁCULOS AO CRESCIMENTO
CONCLUSÃO
PROJEÇÕES
CONTRAÇÃO DA ATIVIDADE
Não só indústria, mas comércio também encolhendo
10
CENÁRIO PARA 2015
Mercado espera inflação de 9,3%
Pior cenário em 9,8%
Mercado espera crescimento de -2,5%
11
CENÁRIO PARA 2016
Mercado espera inflação de 5,6%
Pior cenário em 6,5%
Mercado espera crescimento de -0,5%
12
AGENDA
13
CURTO PRAZO (2015/2016): AJUSTES MACROECONÔMICOS
PROPOSTAS DE POLÍTICA ECONÔMICA
LONGO PRAZO: OBSTÁCULOS AO CRESCIMENTO
CONCLUSÃO
PROJEÇÕES
TEORIA DA “CONVERGÊNCIA CONDICIONAL”
PIB per capita Brasil cada vez mais distante dos EUA
Na ausência de problemas, convergência para a fronteira (capturar tecnologia)
Produtividade (descontando equipamentos) Distância também aumentando
Brasil deveria convergir para os EUA. Por que não está? 14
NÃO É ESCALA, NEM ESTABILIDADE POLÍTICA
Fonte: World Bank
País Ranking Mundial
País Ranking Mundial
EUA 1 Russia 9
China 2 Itália 10
India 3 México 11
Japão 4 Turquia 16
Alemanha 5 Argentina 22
Reino Unido 6 Colombia 28
França 7 Peru 42
Brazil 8 Chile 45
Mercado de consumo enorme Estabilidade política acima da média
15
MAS SIM EDUCAÇÃO,
Quantidade e qualidade da educação melhorando, mas ainda defasada.
Escolaridade média (número de anos) PISA (qualidade de escolaridade)
16
IMPOSTOS, CUSTOS DE PRODUÇÃO,
Fonte: World Bank
Impostos muito elevados Custo da energia acima da média
17
INFRAESTRUTURA, “RED TAPE”
Muitos empecilhos à operação empresarial
Fonte = World Bank
Logística inadequada
Fonte = Doing Business 2013
18
OS QUAIS PODEM SER RESUMIDOS EM “CUSTO BRASIL”
PIB per capita Brasil como % dos EUA Sem o efeito da educação e distorção ao
investimento Distorções ao investimento (Custo Brasil)
Retirado o efeito da educação e das distorções ao investimento, o Brasil estaria convergindo para os EUA. Modelo pronto: fazendo hipóteses para educação e distorções, chegamos ao crescimento.
19
STATUS-QUO LEVARIA A UM CRESCIMENTO DE SOMENTE 2,6%
Evolução da distorção ao investimento Crescimento na próxima década
Redução das distorções ao investimento podem acelerar o crescimento.
Cenário PIB (%)
Pessimista 1,2
Com Ajuste 2,6
Otimista (com reformas)
4
20
Fonte: CPS-FGV
EM QUALQUER CENÁRIO, MELHORA NA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA
Classe C continuará crescendo E, com isso, acesso a bens duráveis
Devido a melhora da educação,
Produto A&B C D E
Computador / Internet 76 34 10 7
Celular / Telefone 96 86 77 63
Anos de Educação 12 7 5 5
Educação Superior 48 10 2 2
Esgoto 72 58 40 31
Coleta de Lixo 92 87 77 64
Máquina de Lavar 86 53 25 16
Geladeira 100 97 93 80
Televisão 100 98 96 91
Freezer 36 18 8 6
21
AGENDA
22
CURTO PRAZO (2015/2016): AJUSTES MACROECONÔMICOS
PROPOSTAS DE POLÍTICA ECONÔMICA
LONGO PRAZO: OBSTÁCULOS AO CRESCIMENTO
CONCLUSÃO
PROJEÇÕES
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Propostas devem estimular o crescimento da produtividade. Para tanto, devem reduzir a distorções a acumulação ao capital físico e fomentar a acumulação de capital humano.
Para reduzir as distorções ao capital físico, é necessário reduzir a carga tributária e aumentar o investimento em infraestrutura. Estimular o capital humano significa melhorar a educação e a saúde dos trabalhadores.
Contudo, esses objetivos devem ser atingidos sem comprometer o equilíbrio das contas públicas e a sustentabilidade da dívida do Governo.
Para tal, propõe-se: É responsabilidade do Governo garantir o direito de propriedade; Na medida do possível, as soluções econômicas devem ser buscadas através da
competição entre empresas do setor privado; Quando absolutamente necessário (problemas de monopólio natural, fortes
assimetrias informacionais ou outras importantes ineficiências econômicas) o Governo deverá regular o setor econômico em questão, através de suas Agências.
23
ALGUMAS MEDIDAS ESPECÍFICAS
POLÍTICA MONETÁRIA E CAMBIAL Independência do Banco Central. Câmbio flutuante e conversível. Intervenções somente em eventos específicos de volatilidade excessiva. Reservas Internacionais mantidas em nível necessário a minimizar o risco de conversão.
INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA
Devem ser feito primordialmente pelo setor privado, por meio de concessões dos serviços.
EDUCAÇÃO E SAÚDE
Criação de um sistema de “vouchers” que complemente os gastos com Escolas e Universidades públicas. Esses vouchers servem para garantir o acesso a educação para os mais pobres, e permitem que a competição entre as escolas estimule a qualidade da educação. O papel crucial do Governo é monitorar e, através de testes, difundir informação sobre a qualidade as entidades de ensino.
O mesmo modelo deverá ser utilizado no setor de saúde, contudo, com regulação mais intensa.
MERCADO DE TRABALHO
Flexibilizar a legislação trabalhista. Cursos de treinamentos que facilitem a reintegração do trabalhador a força de trabalho. Utilização do
sistema de vouchers para o financiamento desses cursos.
IMPOSTOS
Redução da carga tributária conforme a queda dos gastos governamentais. Racionalização da estrutura fiscal.
24
AGENDA
25
CURTO PRAZO (2015/2016): AJUSTES MACROECONÔMICOS
PROPOSTAS DE POLÍTICA ECONÔMICA
LONGO PRAZO: OBSTÁCULOS AO CRESCIMENTO
CONCLUSÃO
PROJEÇÕES
No curto prazo, há vários problemas conjunturais. É necessário reduzir a inflação, ajustar o setor externo, aumentar o superávit fiscal.
Para gerar crescimento sustentável, há também problemas estruturais a serem resolvidos: educação baixa e fatores que reduzem a atratividade de investimento (infraestrutura, “red-tape”, impostos elevados).
O contínuo avanço na educação fará a distribuição de renda ficar cada vez mais justa, impulsionando o consumo de bens duráveis.
Uma melhoria no ambiente de negócios, tornando os investimentos mais atraentes, pode fazer o Brasil crescer mais do que 4%.
Em 2015, recessão com inflação elevada.
CONCLUSÃO
26