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“Dependências: histórias na 1ª pessoa”Adolescência e Respostas em Comunidade Terapêutica

Projeto Escola e Família em Formação/ Ação

Tiago PintoDiretor Técnico da ART

15-03-2019

• Diz-me e eu esqueço. Ensina-me e eu lembro. Envolve-me e eu aprendo. (Benjamin Franklin)

• Há duas coisas que devemos dar aos nossos filhos: uma são raízes, a outra são asas (Hodding Carter)

Conceito de Comunidade Terapêutica

“Trata-se de um grupo de pessoas que vivem juntas com um conjunto de tarefas com sentido – terapêuticas,

domésticas, organizacionais, educacionais, que podem ter entre si relações não hierárquicas, informais, íntimas e

partilhar informação.

Existe um compromisso partilhado em aprender pela experiência (situação vivencial) para resoluções de

problemas, tensões e conflitos..” (Whitwell,2002)

3

O objetivo psicológico e social, nomeadamente a mudança de estilo de vida e identidade do individuo.Terapêutico

Metodo primário ou a abordagem empregue para alcançar a mudança individual.Comunidade

Caracterização Institucional da ART 4

A Comunidade terapêutica Quinta Horta da Nora situa-se numa pequena

vila do Baixo Alentejo, Castro Verde e tem uma capacidade para 70

utentes, sendo 56 camas convencionada e com o Ministério da Saúde, em

Programa Específico para Menores dos 15 aos 18 anos.

Quinta Horta da Nora

A comunidade terapêutica Quinta do Sol tem uma capacidade para

27 utentes e está situada em Marco de Canaveses. A Comunidade

terapêutica tem 22 camas convencionadas com o Ministério da

Saúde, em Programa Específico para Menores dos 15 aos 18 anos.

A comunidade terapêutica Quinta do Horizonte tem uma capacidade

para 30 utentes e está situada em Marco de Canaveses. A Comunidade

terapêutica tem 24 camas convencionadas com o Ministério da Saúde,

em Programa Específico para Menores dos 15 aos 18 anos.

Quinta do Sol

Quinta do Horizonte

Formas de Encaminhamento

Departamento de Gestão de Vagas

Particular

Estruturas do DICAD ou Dir. Clinica de subsistemasde saude protocolados com o SICAD

Tribunais ou CPCJ

5

Caracterização População-alvo 6

Funcionamento Psicossocial

Famílias Multiproblematicas

Comportamentos de Risco

Absentismo escolar

Abandono Escolar.

Prática de Roubos e/ou furtos

Agressões e violência

Grupo de Pares

Desviantes

Problemas com a autoridade Consumos

aditivos

Precocidade das

experiências.

Isolamento social.

Violência Doméstica Alcoolismo.

Prostituição.

Desorganização cognitiva.

Elevados Índices de Frustração

Angustia e Inferioridade

Obsessão pelas coisas e pessoas

Mentira e desmotivação

Depressões e Psicoses

Programa Terapêutico 7

SEGURANÇA E PROTEÇÃO JURÍDICA-

SOCIAL

SAÚDE

PROJETO DE VIDA E REALIZAÇÃO PESSOAL

FORMAÇÃO PROFISSIONAL E

EMPREGABILIDADE

EDUCAÇÃO

RELACIONAMENTO E SENTIDO DE PERTENÇA

ENTRE PARES

PARTICIPAÇÃO SOCIAL E CÍVICA(VOLUNTARIADO)

EDUCAÇÃO E CULTURASAÚDE FÍSICA

SAÚDE MENTAL

EDUCAÇÃO FORMAL

ATIVIDADES TERAPEUTICAS EDUCACIONAIS

SAÚDE SOCIAL

FAMÍLIA

COMUNIDADE EXTERNA

PROTEÇÃO SOCIAL

SEGURANÇA NA FAMÍLIA E NA COMUNIDADE EXTERNA

SEGURANÇA NA ORGANIZAÇÃO DE ACOLHIMENTO

TRABALHO COMO TERAPIA

FORMAÇÃO SOCIOPROFISSIONAL

EMPREGABILIDADE E INCLUSÃO SOCIOPROFISSIONAL

FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS

PLANO TERAPEUTICO INDIVIDUAL

PROJETO DE VIDA

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O Relato Autobiográfico PERGUNTAS- CHAVE

Meio Familiar e Social # Com quem vivias?

Primeiros Sinais de Alarme (11-12 anos) # Como correu o 5º ano?

Reação dos pais # Qual foi a reação dos teus pais?

Comportamentos de Transgressão/Consumo de Tóxicos

# Como correu a tua primeira institucionalização?

Projetos de Futuro # Como gostarias de estar aos 25 anos?

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O Relato Autobiográfico PERGUNTAS- CHAVE

Meio Familiar e Social O uso de drogas, uma história familiar de comportamentos de alto-risco, afalência da supervisão parental, falta de coesão conjugal, expectativasparentais negativas em relação ao adolescente, castigos inconsistentes ouexcessivamente severos, conflitos familiares, violência doméstica, o insucessoescolar, os pares anti-sociais e os comportamentos disruptivos com início nainfância.

Primeiros Sinais de Alarme (11-12 anos)

Desobediência a regras importantes, absentismo, consumo de tabaco,precocidade sexual.

Reação dos pais Assertividade inibe os comportamentos delinquentes.Agressividade e Permissividade promovem e mantêm estes mesmoscomportamentos.

Comportamentos de Transgressão/Consumo de Tóxicos

Transferência da oposição aos pais para a comunidade (crise nainstitucionalização).

Projetos de Futuro RealistasAusentes ou irrealistas

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Coimbra de Matos

• A qualidade da relação que o doente estabelece com os prestadores de cuidados é omelhor preditor de uma evolução positiva.

• O homem gosta do belo e torna-se artista porque foi ele próprio considerado uma obra dearte.

• O melhor amor não é o primeiro mas o último, o que há-de vir.

• Desejar é sinal de saúde e desenvolvimento

• Ciência é desconstrução de mitos

• As emoções são o melhor auxiliar da razão

Conhecemos realmente os nossos filhos?

• Alterações de humor;• Desrespeito pelas regras ou figuras de autoridade;• Alterações nos hábitos alimentares e de sono;• Alterações físicas;• Descida nas notas;• Comportamentos inadequados na escola;• Absentismo escolar;• Etc.

Sinais de que há algo errado:

•Haxixe

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Qual droga?

•Cannabis

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Qual droga?

•MDMA

15

Qual droga?

•Anfetamina•Ecstasy

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Qual droga?

•LSD

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Qual droga?

•Cocaína

18

Qual droga?

•Heroína

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Qual droga?

• Metanfetaminas;• Tranquilidades;• Inalantes;• Solventes;• Ansiolíticos;• Etc.

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Qual droga?

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O que fazer?

Observar/ Identificar

Abordar/ Dialogar Compreender

Intervir/ Apoiar

Pedir ajuda especializada

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O que fazer?

• A droga é má;• Consumir de vez em quando não tem mal;• O álcool não é uma droga;• As drogas leves não fazem mal;• É melhor não falar de droga, para não estimular o consumo;• Existem drogas leves e pesadas;• Experimentar não quer dizer que me vá viciar…

Mitos sobre a droga

• Uma crítica pode destruir a autoestima do meu filho;• As rotinas e as regras podem ficar para mais tarde;• Punição e disciplina são a mesma coisa;• Isto é um problema familiar, deve resolver-se em família;• O meu filho trata-me como um amigo e isso é bom;• Isto é só uma fase;• A culpa é de todos menos nossa…

Mitos sobre a parentalidade

• Relação familiar estável;• Assertividade dos pais;• Equilíbrio entre afetividade e autoridade;• Grupo de pares saudável;• Ambiente escolar inclusivo;• Expectativas pessoais e parentais realistas;• Passatempos e hobbies saudáveis.

Fatores protetores face ao consumo

• Relação familiar instável;• Agressividade ou permissividade dos pais;• Grupo de pares problemático ou antissocial;• Ambiente escolar disfuncional (bullying, etc.);• Expectativas pessoais e parentais irrealistas;• Falta de ocupação, demasiados tempos mortos;• Baixa autoestima, baixa autoconfiança;• Exclusão social.

Fatores potenciadores do consumo

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Frederick Douglass

É mais fácil criar crianças fortes do que reparar homens quebrados

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Referências Bibliográficas

Farrington, D. P., Coid, J. W., Harnett, L., Jolliffe, D., Soteriou, N., Turner, R., West, D. J. (2003). Criminal careers and life success: new findings from the Cambridge Study Delinquent Development. Findings, 281, 1-6.

Ferreira, P. (1997). Delinquência Juvenil: família e escola. Revista de Análise Social, 143, 913-924.

Moffitt, T. (1993). Adolescence-Limited and Life-Course-Persistent Antisocial Behaviour: A Developmental Taxonomy. Psychological Review, 100, 674-701.

Stouthamer-Loeber, M., Wei, E. H., Homish, D. L. & Loeber, R. (2002). Which Family and Demographic Factors Are Related to Both Maltreatment and Persistent Serious Juvenile Delinquency? Children´s Services: Social Plocy, Research, and Practice, 5 (4), 261-272.

Weiner, I.B., Perturbações Psicológicas na Adolescência, 1995.

IB A O !RO G D ! !

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