Post on 10-Jul-2016
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Faculdades Integradas Aparício Carvalho FIMCA Curso de Farmácia
ARGEU NEVES DOS REIS Taynara Malliotti Araújo
Maria Viviane
Porto Velho-Ro2016
Trabalho elaborado como requisito avaliativo parcial, para obtenção de nota da disciplina de Parasitologia clínica, sob Orientação da Prof. Juçara M. R. Codá Miyai do curso de Farmácia - 9º período, das Faculdades Integradas Aparício Carvalho – FIMCA.
AMEBAS(AVL)• . São protozoários amplamente dispersos na natureza.• Já foram identificadas no solo, ar, água doce e do mar,
poeira e também na orofaringe de humanos saudáveis• habilidade de viver livremente sem hospedeiros, mas
apresentam a capacidade de invadir um hospedeiro e viver como parasitos.
• AVL, apenas os gêneros Acanthamoeba,• Naegleria e Balamuthia são responsáveis por infecções• oportunistas e não oportunistas em humanos e outros• Animais.
AMEBAS(AVL)• Acanthamoeba e Naegleria tem ampla distribuição na
água e no solo• gênero Balamuthia, até o momento, foram• isoladas apenas em amostras de solo e poeira.• A Acanthamoeba sp possui duas formas biológicas: a
cística e a trofozoítica.• A sobrevivência do microrganismo em condições de alta
temperatura, dessecação e na presença de alguns desinfetantes químicos
• Acanthamoeba está associado com doenças• humanas e podem causar encefalite amebiana• granulomatosa (EAG), lesões cutâneas, infecções renais,
pulmonares e da nasofaringe em indivíduos imunocomprometidos e imunocompetentes pode causar ceratites.
• A Balamuthia mandrillaris, uma AVL relativamente próxima da Acanthamoeba, é responsável por causar uma forma fatal de EAG, especialmente em crianças imunocompetentes. ademais, pode causar infecções de pele e pulmão
• gêneros Legionella: podem funcionar como carreadoras de bactérias patogênicas.
• Naegleria fowleri, causa a meningoencefalite amebiana primária (MAP) de maneira não oportunista em crianças e adultos jovens
saudáveis.
Microfotografia óptica de trofozoíto ameboide (a),trofozoíto flagelado (b) e cisto (c) de Naegleria fowleri. As letras “n”e “u” representam o núcleo e a extremidade uróide,respectivamente. Aumento de 1000
• o protozoário invada a mucosa• nasal, atravessando a lâmina cribiforme do etmóide• pela bainha do nervo olfatório, penetrando
• e invadindo o encéfalo.
Figura Meningoencefalite amebiana primária (MAP). Aspectomacroscópico de uma meningoencefalite necrótica e hemorrágica dabase do cérebro.
• Trabalho da Divisão de Neurologia do Hospital das Clinicas da Faculdade de
• Medicina da Universidade de São Paulo (Prof. Η. Μ. Canelas): *Médico-Residente;
• Há cerca de 5 dias apresentava lombalgia intensa, sem irradiação. Após 3 dias surgiu dificuldade para deambular e para iniciar a micção.
• Houve piora progressiva do quadro, sendo entáo encaminhado ao Pronto Socorro do mesmo Hospital. Foi constatado que se encontrava em regular estado geral, eupneico. anictérico, febril (37,8<>C), com taquicardia (120/min., rítmica) e pressão arterial 12x8
• mm Hg. Ausculta cárdio-pulmonar sem anormalidades; fígado e baço não palpáveis, Sonolento; rigidez de nuca sinal de Lasègue.
• O paciente residia em Aparecida do Norte, no interior de São Paulo, em zona urbana,
• em casa de alvenaria, com esgoto e água encanada. Era estudante de ginásio e tinha
• como hábito banhar-se em lagoa nas imediações da cidade. Cerca de 15 dias antes do
• início do quadro havia-se banhado em uma lagoa na qual já fora registrada contaminação
• para esquistossomose. Seus familiares negam quadro semelhante ao do paciente
• na região.
• Exames complementares — Hemograma: 3.700.000 hemácias/mm3; 370.000 plaquetas/
• mm3; 12.600 leucócitos/mm3 (néutrófilos em bastonete 10%; neutrófilos segmentados
• 48%; eosinófilos 20%; monócitos 22%). Exame parasitologic© das fezes negativo. Reações
• imunológicas para leptospirose, brucelose e toxoplasmose negativas. Radiografias de
• tórax, crânio, coluna dorsal e lombo-sacra normais. Eletrencefalograma mostrando
• desorganização discreta e difusa da atividade elétrica encefálica
• Nos 10 dias seguintes à internação, o paciente apresentou picos febris diários, toxemia
• e houve ascenção progressiva do comprometimento da sensibilidade, atingindo a
• anestesia o nível de T-6 e a hipoestesia o nível de T-2.• Foi introduzida antibioticoterapia (gentamicina e
ampicilina) associada a hormônio• airenocorticotrófico (ACTH, 50 unidades diárias). Após 10
dias de medicação, persistiam• as alterações do LCR lombar
• Nos 10 dias seguintes à internação, o paciente apresentou picos febris diários, toxemia
• e houve ascenção progressiva do comprometimento da sensibilidade, atingindo a
• anestesia o nível de T-6 e a hipoestesia o nível de T-2.• Foi introduzida antibioticoterapia (gentamicina e
ampicilina) associada a hormônio• airenocorticotrófico (ACTH, 50 unidades diárias). Após 10
dias de medicação, persistiam• as alterações do LCR lombar
• Dada a eosinofilia no sangue e no LCR, não tendo sido confirmada a hipótese de
• esquistossomose aguda, foram feitas pesquisas visando a amebiase. Esta última foi
• confirmada mediante o achado de ameba de vida livre (Naegleria sp.) no LCR, quer
• pelo exame microscópico direto como através da cultura. A mesma ameba foi ulteriormente
• isolada da água da lagoa em que o paciente havia se banhalo. Comunicação
• sobre o assunto foi registrada em separado pelos parasitologistas que efetuaram o estudo.
• Com o diagnóstico de meningo-encéfalo-mielite por ameba de vida livre, o paciente
• passou a ser medicado com Anfotericina-B por via intravenosa e em doses progressivamente
• maiores até atingir 25 mg/diárias. Após receber um total de 1.500 mg de
• Anfotericina-B, a medicação foi suspensa. Houve melhora progressiva do estado geral
• e das alterações do LCR, persistindo inalterado o quadro neurológico. Por ocasião
• da alta hospitalar, 183 dias após a internação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS• O adoecimento por amebas de vida livre, especialmente• N. fowleri, pode ser bem caracterizado como• um problema das relações do homem com o meio• ambiente. De fato, a enfermidade ocorre nas situações• nas quais o Homem “invade” os ecótopos do protozoário,
os quais, muitas vezes, são também• resultado do derrame de dejetos e poluentes nas
coleções hídricas• Apesar da gravidade com que costumam evoluir as
meningoencefalites por ameba de vida livre, dois aspectos merecem ser também salientados neste caso.
• O primeiro é o de ação satisfatória da Anfotericina-B e, o segundo, o da menorgravidade da evolução.