Post on 19-Feb-2017
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CENTRAL DE CURSO DE EXTENSÃO
E PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
CURSO DE ACUPUNTURA
ACUPUNTURA NO AUXÍLIO DA DIMINUIÇÃO DA ESPASTICIDADE
EM CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL
Rubens José Montes Junior
São Paulo
2015
Rubens José Montes Junior
ACUPUNTURA NO AUXÍLIO DA DIMINUIÇÃO DA ESPASTICIDADE
EM CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL
Monografia apresentada à Central de Cursos de
Extensão e Pós Graduação Lato Sensu como
requisito parcial para conclusão do Curso de
Especialização em Acupuntura.
Orientadora:
Prof.ª Esp. Suzete Coló Rossetto.
Coorientadora:
Prof.ª Ms. Renata Frazão Matsuo.
São Paulo
2015
Aluno: Rubens José Montes Junior
ACUPUNTURA NO AUXÍLIO DA DIMINUIÇÃO DA ESPASTICIDADE EM
CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL
Monografia apresentada à central de Cursos de Extensão e Pós-Graduação Lato
sensu da Universidade Estácio de Sá como requisito parcial para a conclusão do curso de Pós-
Graduação em Acupuntura.
Avaliação
1. CONTEÚDO
Grau:_____
2. FORMA
Grau:_____
3. NOTA FINAL: _______
AVALIADO POR
______________________________________
(Assinatura)
São Paulo, 21 de Junho de 2015.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus colegas do curso, pelo total apoio e paciência que
tiveram comigo e a troca de amizade.
Dedico aos professores pela troca de informações e amizades.
Dedico a minha família pelo que passaram e passam pra ter uma conquista de uma
qualidade de vida melhor.
AGRADECIMENTOS
Agradeço, à Deus pelo dom da vida, conhecimento dado, saúde para por em prática e
alegria de ver o resultado do trabalho executado.
Agradeço a fisioterapeuta Dra. Antônia Vieira Furlanetto e ao médico Dr. Mário de
Moraes Mihalik proprietários da clínica CINI por me autorizarem a realizar a pesquisa e ao
apoio dado pela nova experiência.
Agradeço aos pais dos meus três pacientes que autorizaram a realização do trabalho
com grande ganho tanto aos seus filhos como para a pesquisa e conhecimento a acupuntura.
Agradeço aos professores da instituição Estácio de Sá por passar seus conhecimentos
e a paciência por terem com os alunos.
“Não existe vitória nem derrota no ciclo da natureza: existe movimento”
Paulo Coelho (Manuscrito encontrado em accra)
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo da verificação em pacientes (estudo de caso),
portador de Paralisia Cerebral do tipo quadriplegia espástica a possibilidade da adequação
tônica, diminuindo a espasticidade utilizando a acupuntura como terapia alternativa
auxiliando o menor na evolução do quadro clínico favorecendo na sua atividade diária. A
nomenclatura Paralisia Cerebral é definida pela alteração postural e do movimento, através de
lesão cerebral não progressivo podendo ser de fatores hereditário, intercorrência no parto,
período pré-natal e até nos primeiros dois anos de vida. De acordo com a lesão no cérebro,
gravidade, extensão da área e a localização têm alguns tipos de alterações do movimento
(Hemiplegia, Diplegia e Quadriplegia). Ainda podem apresentar alguns tipos diferentes de
tônus muscular (estado de tensão permanente do musculo estriado, mesmo em repouso). A
acupuntura é um tratamento milenar de origem Chinesa onde através de pontos específicos se
obtém um equilíbrio energético. Seu tratamento é realizado por agulhamento e para se ter uma
melhora mais rápida pode ser utilizado auriculoterapia, ventosa, moxabustão,
eletroacupuntura e laseracupuntura. Para se quantificar o tipo e força muscular será utilizado à
escala de Ashworth (avalia grau de espasticidade), escala de força muscular Councel e o
índice modificado de Barthel para avaliação das atividades funcionais dinâmicas. O trabalho
foi realizado em um período de nove meses. Assim obtivemos bons resultados conseguindo
melhoras tanto do lado tônico, com a diminuição da espasticidade, como nos desequilíbrios
sistêmicos (melhora do sono, humor, digestivo entre outros).
Palavras-chave: Acupuntura, Paralisia Cerebral e Espasticidade.
ABSTRACT
This study aims to check in patients (case study), Cerebral Palsy carrier spastic
quadriplegia the possibility of tonic adequacy decreasing spasticity using acupuncture as an
alternative therapy assisting the lowest in the evolution of clinical favoring in activity daily.
The nomenclature Cerebral Palsy is defined by postural change and movement, through non-
progressive brain damage and may be hereditary factors, complications in childbirth, prenatal
period until the first two years of life. According to brain injury, severity, extent and location
of the area are some types of motion disorders (hemiplegia, diplegia and Quadriplegia). Still
may have a few different types of muscle tone (permanent state of tension of the striated
muscle, even at rest). Acupuncture is an ancient Chinese treatment of origin where through
specific points is an energy balance. Treatment is done by needling and to have a more rapid
improvement may be used Ear, windy, moxibustion, electroacupuncture and laseracupuntura.
To quantify the type and muscle strength will be used to Ashworth Scale (evaluates degree of
spasticity), muscle strength scale Councel and the modified Barthel index to assess the
dynamic functional activities. The study was conducted over a period of nine months. Thus
we obtained good results achieving improvements in both the tonic hand, with decreasing
spasticity, as in systemic imbalances (improved sleep, mood, digestive and others).
Keywords: Acupuncture, Cerebral Palsy and Spasticity.
Lista de ilustrações
TABELAS
Classificação dos cincos elementos na natureza ................................................ 17
Classificação dos cincos elementos no corpo humano ....................................... 18
Escala de espasticidade de Ashworth ................................................................. 22
Escala manual de força muscular – Council ....................................................... 23
Indice modificada de Barthel .............................................................................. 23
FIGURAS
Figura 1: Apong ................................................................................................ 26
Figura 2: Sementes de mostardas ...................................................................... 26
Figura 3: Stiper .................................................................................................. 27
Figura 4: Agulhas 0,18X8 ................................................................................. 27
Figura 5: Agulhas 25X30 .................................................................................. 27
Figura 6: Laser .................................................................................................. 28
RESULTADOS
Tabela Paciente 1 .............................................................................................. 43
Tabela Paciente 2 .............................................................................................. 43
Tabela Paciente 3 .............................................................................................. 44
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11
2- REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 12
2.1- Definições de Paralisia Cerebral ......................................................... 12
2.1.1- Incidência .......................................................................................... 12
2.1.2- Classificação ...................................................................................... 13
2.2- Bobath .................................................................................................. 14
2.3- Acupuntura .......................................................................................... 15
2.3.1- História .............................................................................................. 15
2.3.2- Teoria ................................................................................................ 16
3- METODOLOGIA ............................................................................................. 18
3.1- Sujeito .................................................................................................. 19
3.1.1- Paciente 1. ......................................................................................... 19
3.1.2- Paciente 2. ......................................................................................... 19
3.1.3- Paciente 3. ......................................................................................... 20
3.2- Critério de inclusão e exclusão ............................................................ 20
3.3- Procedimento ....................................................................................... 21
3.4- Materiais utilizados ............................................................................. 22
3.5- Pontos utilizados ................................................................................. 29
4- RESULTADOS ................................................................................................ 42
5- DISCUSÃO ...................................................................................................... 45
6- CONCLUSÃO ................................................................................................. 48
7- SUGESTÃO .................................................................................................... 49
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 50
ANEXOS
11
1. INTRODUÇÃO
Estudo de casos realizado com pacientes de mesmos diagnósticos de paralisia
cerebral do tipo tetra espástico e como a acupuntura junto ou sem a fisioterapia neurológica
podem ajudar estas crianças. Nas crianças com diagnóstico neurológicos muitos de seus pais
não gostam de administrar medicações que auxiliam na diminuição de seu tônus muscular
tendo em vista que já tomam muitas medicações para convulsões e ainda deixa-os prostrados.
Estas medicações auxiliam na fisioterapia neurológica a executar suas manobras de adequação
postural e dinâmica só que na maioria ainda tem efeitos colaterais. Assim a acupuntura
poderia auxiliar no tratamento ou até nessa adequação tônica podendo dar uma melhor
qualidade de vida tanto para o paciente como para seus pais ou cuidadores no auxílio das
AVD’s (atividades da vida diárias) e das AVP’s (atividades da vida práticas).
Este trabalho foi realizado com três pacientes de mesmo diagnóstico, mas com idades
diferentes e o mesmo conceito de fisioterapia neurológica, num período de nove meses de
terapias. O paciente 1 foi trabalhado com acupuntura sistêmica e não sistêmica, alongamento
muscular para diminuição da espasticidade e no ganho do seu dia a dia. O paciente 2 foi
utilizado acupuntura sistêmica e não sistêmica associado a fisioterapia neurológica através do
conceito Bobath. O paciente 3 foi realizado acupuntura não sistêmica associado a fisioterapia
neurológica através do conceito Bobath.
Os resultados foram bem satisfatórios sendo no paciente 1 teve uma boa resposta
conseguindo uma postura bípede mais adequada e leve marcha (com auxílio), como melhora
do seu manuseio das AVD’s. O paciente 2 teve melhor resposta onde tanto a terapeuta como
sua mãe relataram melhora considerável tanto no manuseio, na colocação das órteses e nas
AVD’s. O paciente 3 teve uma evolução inicial pobre onde só se deu melhor quando sua
frequência melhorou e na introdução do laseracupuntura.
Este trabalho mostrou que a acupuntura auxilia e muito, na evolução do paciente
deixando mais adequada para seu dia a dia e uma convivência mais adequada na inclusão
social.
12
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Definições de Paralisia Cerebral.
De acordo com National Institute of Neurological Desorder and Stroke (NINDS), na
década de 1860 o cirurgião inglês Willian J. Little descreveu as primeiras impressões médicas
em transtornos que acometia as crianças no primeiro ano de vida, que as deixavam com
musculatura espástica, rígida nos membros inferiores e com menor intensidade nos membros
superiores. Como estas sequelas se dava em crianças que nascia de partos pré-maturos ou
complicados, chegou à conclusão que a causa mais provável seria a falta de oxigênio durante
o parto, prejudicando assim tecidos sensíveis do cérebro responsáveis pelo controle motor,
denominando esta doença como “Doença de Little”. (Carla LGP, Suzana F, Daniela VL;
Carlos BMM).
Em 1897 O psiquiatra Sigmund Freud, após estudar os pacientes e trabalhos de Little
chegou à conclusão que pode ter início antes ao parto por apresentar problemas neurológicos
como retardo mental, distúrbio visual, e convulsões. Assim acabou utilizando o termo de
Paralisia Cerebral. (Carla LGP, Suzana F, Daniela VL; Carlos BMM).
Em 1980 o instituto NINDS avaliou mais de 35.000 recém-nascidos e constatou que
apenas 10% dos casos teve consequência o parto como gerador da Paralisia Cerebral e
atualmente, investigações através da ajuda tecnológica por exames de imagens podem obter
melhor clareza e diagnóstico mais preciso. (Carla LGP, Suzana F, Daniela VL; Carlos BMM).
2.1.1 Incidência.
De acordo com Carlos Bandeira a incidência de Paralisia Cerebral varia muito
conforme a forma técnica de avaliação e período no qual foram coletados. As dificuldades em
se estabelecer critérios e diagnósticos uniformes veem por não ser moléstia e sim pelo
desenvolvimento de cada país onde oferece cuidados médicos a população particularmente na
13
gestação e seu pós-parto, mostrando que em países do terceiro mundo a incidência é maior
principalmente pela falta de prevenção especialmente no período pré-natal.
Em países como Reino Unido, Suécia, Austrália e Estados Unidos apresentam uma
taxa de 2,0 e 2,5 por 1.000 nascidos vivos e em contra partida em países subdesenvolvidos a
incidência é maior por volta de 7 por 1.000 nascidos vivos e no Brasil estima que seja 30.000
a 40.000 novos casos por ano. De acordo com senso de 2000 informa que exista 14,5% da
população brasileira cerca de 24,5 milhões com alguma deficiência. (Carla LGP, Suzana F,
Daniela VL; Carlos BMM).
2.1.2 Classificação.
Classifica-se Paralisia Cerebral a partir da alteração motora do paciente e da área da
lesão no encéfalo, extensão atingida e da gravidade. Assim se obtém tipos diferentes de tônus
muscular (estado de tensão permanente do musculo estriado mesmo em repouso), como
Espástica, Discinética, Ataxia, Hipotônica e Mista. (site paralisia cerebral; Sarah; Ninds;
Carlos BMM).
Podemos ainda classificar através da sequela motora apresentada pelo paciente como
Hemiplégico (Quando um lado do corpo é acometido, direito ou esquerdo), Diplegia (Quando
os membros inferiores são mais acometidos que os membros superiores) e Quadriparesia ou
Tetraplegia (Quando todos os membros superior e inferior são acometidos). (site paralisia
cerebral; Sarah; Ninds; Abradimene; Carlos BMM; Graziela Z, Natália FC, Simone NP; Lívia
WP, Aneline MR, Cristina D).
Como este trabalho é um estudo de caso de três pacientes portadores de Tetraplegia
espástica, vamos descrever melhor o aumento do tônus muscular decorrente de lesão em
sistema nervoso central principalmente no trato córtico-espinal. O tônus espástico é a forma
da Paralisia Cerebral mais frequente correspondendo por 72 a 91% dos casos e o tipo de
Tetraplegia é a mais grave que compromete os quatros membros, pegando a lesão bilateral no
encéfalo com uma extensão maior podendo ser simétrica ou não. (Sites Paralisia cerebral;
Sarah; Ninds; Carlos BMM; Lívia WP, Aneline MR Cristina D).
14
2.2. BOBATH
O conceito neuroevolutivo Bobath está em constante desenvolvimento desde 1943
quando Berta Bobath fisioterapeuta e seu marido Karel Bobath neuropediatra trabalhavam
juntos para dar aos seus pacientes um estilo de vida funcional utilizando a inibição dos
padrões e reflexos anormais, facilitando assim os movimentos mais adequados. (sites
Abradimene; Business; Thiago Vilela Lemos).
O conceito é uma abordagem terapêutica focada na reabilitação e no
desenvolvimento neuro-psico-motor do paciente com fisiopatologia do sistema nervoso
central anormal. Pode ser atuada em bebes, crianças e adultos, mas, quando mais cedo obtiver
esta intervenção, antes que se instalem as desordens posturais e dos seus movimentos
inadequados, mais fáceis para que o terapeuta atue com manuseios específicos e estratégias
posturais dando ao paciente um aprendizado das habilidades motoras no seu processo
evolutivo das práticas e suas experiências. (sites Abradimene; Business; Thiago Vilela
Lemos).
No conceito neuroevolutivo Bobath trabalha diretamente com a facilitação do
movimento fazendo o paciente realiza-lo e entender, aprimorando as estratégias para melhor
função do mecanismo. (sites Abradimene; Business; Thiago Vilela Lemos).
Vou deixar uma frase da Berta Bobath que explica bem:
“Nós não ensinamos movimentos, nós o tornamos possível...” (Site Mobilidade
Funcional).
15
2.3. ACUPUNTURA
2.3.1 HISTÓRIA
De acordo com evidências arqueológicas a acupuntura existe desde a era da idade da
pedra onde encontraram na China, agulhas de pedras, areias e pedras quentes para o
aquecimento do corpo aliviando assim dores corpóreas, segundo Huang Ti Nei Jing. Outros
achados são do lendário Fu Hsi em meados de 2.800 A.C. que utilizam a harmonia entre Yin-
Yang que considera um trigrama uma figura de três linhas compostas de linha cheia como
Yang e linhas quebradas como Yin. (Site Hong; Acupunturista; Tom SW).
Mas realmente só a partir da era do Imperador Amarelo (2704-2100 A.C.) com o
famoso diálogo entre Huang Di e seu médico Qi Bo onde foi discutida toda a estrutura da arte
da medicina Chinesa. Este diálogo serviria para que o Nei Jing escrevesse o mais antigo livro
sobre MTC por volta de 305-204 A.C. que era composta de duas partes: (Site Hong;
Acupunturista; Tom SW).
1) O Su Wen (Questões simples) composto de nove volumes com 81 capítulos. O Su
Wen descreveu a anatomia; fisiologia; etiologia das doenças; patologia; diagnóstico;
diferenciação das síndromes; perverso; Yin-Yang; cinco elementos; bem como a relação entre
o homem e a natureza no cosmo.
2) O Ling Shu (Eixo espiritual taoista) composta de 81 capítulos. Aqui seu foco foi a
acupuntura descrevendo os meridianos; as funções dos Zang Fu; tipos de agulhas ao todo de
nove; os pontos de acupunturas; teoria de instrução da agulha tipos de Qi e as localizações.
Na dinastia de Chin, Han, Huei (221 A.C. à 264 D.C.) se mostrou que a acupuntura
era executada com bastante frequência e, em um tumulo que por volta de 113 A.C. foram
encontrado quatro agulhas de ouro e cinco de prata. No livro de perguntas difíceis elaborados
por Nan Jing, discutiu as teorias dos cincos elementos, diagnóstico e outros meridianos extras
e com Hua Tuo (141-203 D.C.) aconselha a utilização de poucos pontos. (Site Hong;
Acupunturista; Tom SW).
Por volta de 260 D.C. o médico Huang Fu Mi organizou um texto da antiga literatura
em Método Clássico de acupuntura e Moxabustão. Este texto continha 349 pontos de
acupuntura organizado em Zang Fu, Qi e o Xue, canais e colaterais e sua aplicação clínica.
16
Este livro foi considerado um dos mais influentes da história. (Site Hong; Acupunturista; Tom
SW).
Na dinastia Sung (960-1279 D.C.) o rei Sung Jen Tsung ficou gravemente doente e
como foi curado pela acupuntura solicitou ao seu médico Wang Wei Yi que organize todas as
escrituras sobre assunto que já incluía 657 pontos. Também é desta dinastia que surgiu uma
estátua em bronze (Homem de Bronze) com todos os pontos e meridianos para fins didáticos.
(Site Hong; Acupunturista; Tom SW).
Na dinastia Qing (1644-1840 D.C.) a medicina fitoterápica ficou sendo como a
principal ferramenta médica deixando a acupuntura para segundo plano. (Site Hong;
Acupunturista; Tom SW).
Após a revolução de 1911 tanto a fitoterapia como a acupuntura deu lugar à medicina
ocidental. Agora com o presidente Mao em 1950 uniu oficialmente a Medicina Tradicional
Chinesa e a Medicina Ocidental dividindo o espaço nos hospitais. (Site Hong; Acupunturista;
Tom SW).
No Brasil a acupuntura se tem registro bem antes de 1500 com os índios que já
praticavam técnicas rudimentares muito parecidas com a acupuntura utilizando espinhos. Mas
só com a imigração dos Chineses (1812) que vieram cultivar nas lavouras de chás trouxeram a
Medicina Tradicional Chinesa. Em 1908 os Japoneses também introduziram a técnica de
acupuntura. (Site Hong; Acupunturista; Wen Tom Sintan).
2.3.2 TEORIA
A mais antiga referencia da teoria do Yin-Yang é datada por volta de 700 a.c. no
livro das Mutações (Maciocia), onde também o considera o mais importante e viraram
distintivo da medicina tradicional Chinesa.
Na China antiga fizeram uma ligação da existência humana com o universo através
das observações e com isso acabaram classificando em dois polos opostos: O Yin (negativo) e
o Yang (positivo). (Wen, Tom Sintan).
Como exemplo, podemos citar para Yang na natureza o sol, dia, céu, verão, calor,...
no corpo humano temos superfície ou externa, região dorsal, porção supra diafragmática e
víscera energética e como característica de doença temos agitação, força, quente, seca hiper-
17
funcionalidade aguda. Como características de Yin temos na natureza a lua, noite, terra,
inverno, frio,... no corpo humano as regiões mais profundas ou internas, região central, porção
infradiafragmática e cinco órgãos (Wen, Tom Sintan).
No corpo humano os órgãos (Zang) são mais fracos e frágeis precisando de proteção,
embora sua principal função é armazenar e controlar a energia vital considerada como Yin
(Coração, Baço/Pâncreas, Pulmão, Rim e Fígado). Já ao contrário as vísceras (Fu) são mais
fortes e sua função é de condução e digestão de alimentos, são considerados como Yang
(Intestino Delgado, Estômago, Intestino Grosso, Bexiga e Vesícula Biliar).
Na teoria do Yin-Yang fala que não são energias fixas e vivem em constante
mutação mantendo assim em equilíbrio. Se Yin e Yang estiverem em equilíbrio teremos um
organismo estável tendo uma condição normal. Já se existir um desequilíbrio vai apresentar
uma condição anormal podendo apresentar excesso ou deficiência tendo quatro situações
como, preponderância do Yin, preponderância do Yang, debilidade do Yin e debilidade do
Yang (Maciocia).
A teoria dos cincos elementos é considerada como base para medicina tradicional
Chinesa onde sua referencia foi registrada por volta de 476-221 A.C. (Maciocia). Os cincos
elementos se baseiam nos elementos básicos da natureza (Madeira, Fogo, Terra, Metal e
Água). Existe entre eles uma inter-relação onde estão em constante movimento. “A madeira
representa o movimento expansivo e exterior em todas as direções; O metal representa o
movimento contraído e interior; A água representa movimento descendente; O fogo indica
movimento ascendente e a terra representa neutralidade ou estabilidade” (Maciocia pág. 24).
Classificação dos cincos elementos na natureza.
5 elementos Direção Estações Fator clima Cor Gosto
Madeira Leste Primavera Vento Verde Azedo
Fogo Sul Verão Calor Vermelho Amargo
Terra Centro Início e o
fim do verão
Úmido Amarelo Doce
Metal Oeste Outono Seco Branco Apimentado
Água Norte Inverno Frio Preto Salgado
18
Classificação dos cincos elementos no corpo humano.
5 elementos Órgãos Vísceras Órgãos Tecidos Emoções Sons
Madeira Fígado Vesícula
Biliar
Olhos Tendão Zanga Grito
Fogo Coração Intestino
Delgado
Língua Vascular Alegria Riso
Terra Baço/Pâncreas Estômago Boca Músculo Pensamento Canto
Metal Pulmão Intestino
Grosso
Nariz Pele e
pelos
Preocupação Choro
Água Rim Bexiga Ouvido Ossos Medo Gemido
3. METODOLOGIA
Este trabalho é um estudo de caso trabalhando com três pacientes de mesmo
diagnóstico e de faixa etárias diferentes. Nos três pacientes foram realizados tratamentos
através de acupuntura e em dois também foram realizados tratamento de fisioterapia
neurológica através do conceito Bobath e em um paciente foi realizado apenas postura bípede
e alongamento muscular.
Paciente 1: Por ser maior e com dezoito anos tendo uma comunicação adequada,
perceptível e compreensível o mesmo passava as informações do seu estado clínico e como
apresentava suas evoluções. Neste paciente foi realizada a acupuntura e após realizado
tratamento de alongamento e posicionamento em postura bípede na mesa ortostática.
Paciente 2: Com idade mediana compreensão boa e com regular forma de
comunicação, os dados de evolução foram passados pela sua mãe e pela sua fisioterapeuta.
Seu trabalho inicial foi realizado com acupuntura e após o tratamento realizava fisioterapia
neurológica através do conceito Neuroevolutivo Bobath.
Paciente 3: O mais novo paciente com comunicação mais reservada como também
na limitação motora, os dados eram passados sempre pela mãe. Seu trabalho foi realizado
através da acupuntura não sistêmica sem agulhamento, utilizando a auriculoterapia, apong,
19
laseracupuntura e após fisioterapia neurológica utilizando alongamento muscular e o conceito
neuroevolutivo Bobath.
3.1 SUJEITOS
3.1.1 PACIENTE 1
Paciente M.M.G. com 18 anos de idade, portador de Paralisia Cerebral espástica com
quadro motor tipo tetraplegia. Menor apresenta locomoção por cadeira de rodas, aonde ele
conduz com certa limitação devido ao padrão extensor de tronco forçando muito em membros
inferiores chegando inclusive a quebrar os apoios dos pés. Em postura bípede o paciente
consegue ficar com dificuldade e mantendo os membros inferiores em semiflexão, com apoio
e por pouco tempo, já em mesa ortostática consegue ficar por um período regular sentindo
cansaço ou dor ao final de 45 minutos. As transferências posturais são em bloco e com muita
dificuldade não conseguindo realizar transferência maca/cadeira e vice versa sozinho, más
necessita de pouco apoio. Tônus muscular espástico com muito gasto energético, muitos
encurtamentos musculares e limitações de movimentos. Outro ponto interessante é a
hipotermia existente deixando o paciente, em certos momentos, abaixo de 35º onde acaba
tendo convulsões.
3.1.2 PACIENTE 2
Paciente N.C.S.A. com 14 anos de idade, de acordo com sua mãe, teve uma gestação
tranquila com parto um pouco complicado mesmo estando prazo. Mãe teve que percorrer três
hospitais para só então realizarem o parto natural. Menor nasceu precisando de oxigênio
ficando 40 dias internado. Em casa sua mãe percebeu que menor era molinho e muito quieto
20
só sabendo que tinha paralisia cerebral com 6 meses de idade. Paciente realizou terapias para
aquisição do desenvolvimento motor.
Já realizou cirurgias em quadril, dentões nos membros inferiores e de refluxo. Tem
órteses para membros inferiores e superiores e parapodium para postura bípede. Em janeiro de
2011 realizou implante de célula tronco na Alemanha. Seu quadro atual está em postura
bípede com auxílio e utilização das órteses como estabilizadores em joelhos. Marcha realizada
em andadeira especialmente adaptada onde consegue deambular nas transferências em piso
plano. Sua locomoção na maioria das vezes se baseia em cadeira de transporte adaptada.
3.1.3 PACIENTE 3
Paciente V.H.A.B. com seis anos de idade com histórico de prematuridade
gestacional de oito meses provocada pela pressão alta da mãe associado a fatores emocionais.
Apgar de 6 com forte icterícia ficando 20 dias internado e ainda teve sofrimento fetal.
Atualmente menor apresenta um forte padrão flexor em tronco adquirindo uma postura de
longa cifose dorsal sem controle adequado não permanecendo sentado sozinho e nem ficando
na postura bípede, onde para ambas as posturas precisam de auxílio. Suas transferências
posturais de solo ficam muito limitadas realizando o rolar em bloco. Menor apresenta tônus
muscular muito hipertônico principalmente em membro superior direito. Sua locomoção só é
possível em cadeira adaptada. Em postura bípede só é possível com estabilizadores em
joelhos e apoio do terapeuta por não apresentar reação de equilíbrio. Apresenta muitos
encurtamentos musculares onde já realizou infiltração de toxina botulínica.
3.2 CRITÉRIO DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
Para este trabalho foi utilizado como critério de inclusão pacientes portadores de
paralisia cerebral do tipo tetraplegia com tônus muscular hipertônico com espasticidade. Os
pacientes não poderiam apresentar quadro de convulsões constantes para que não interfira
21
diretamente no trabalho. Todas as crianças também não utilizavam nenhuma medicação para
diminuição do tônus muscular.
3.3 PROCEDIMENTO
Este trabalho foi realizado em nove meses de terapias em duas sessões semanais de
acupuntura e logo em seguida foram realizadas fisioterapias neurológicas, alongamentos e
posturas adequadas. Inicialmente foram realizados testes controles de espasticidade,
mobilidade e dependência de cada um dos pacientes. Através da escala de espasticidade de
Ashworth modificada pode-se quantificar a tensão muscular corpórea de cada um dos
pacientes. Escala de avaliação da força muscular Council foi utilizada para avaliar a função
motora global em pacientes neurológicos. O índice modificado de Barthel avalia o quanto o
paciente é dependente nas suas atividades da vida diárias.
3.3.1 Paciente 1 Em todas as sessões se verificavam os pulsos e a língua e ainda pegava as
informações do seu dia a dia e da sua evolução. O paciente era colocado em mesa
ortostática onde se realizava a acupuntura com duração de trinta minutos. Após eram
retiradas as agulhas e realizavam os alongamentos musculares e mantido em postura
bípede na mesa ortostática. No fim se colocava as sementes auriculares para a
manutenção do trabalho.
3.3.2 Paciente 2 A cada sessão verificava a língua e pegava as informações com a mãe do
seu dia a dia e da sua evolução. Não pegava o pulso por apresentar deformidade. O
paciente era colocado em postura deitada em decúbito dorsal com apoio em joelhos
realizada a acupuntura com duração de trinta minutos. Após eram retiradas as agulhas
e realizadas fisioterapia neurológica através do conceito neuro-evolutivo Bobath,
treino de marcha com andadeira e alongamento muscular. No fim se colocava as
sementes auriculares para a manutenção do trabalho.
22
3.3.3 Paciente 3 As sessões iniciavam com a coleta das informações com a mãe de como o
menor estava indo, como ele estava no dia a dia e nos dias anteriores e como estava
respondendo ao tratamento. Depois verificava a língua e avaliava seu tônus muscular.
Colocava o paciente deitado em decúbito dorsal e realizava laseracupuntura com seis
joules nos mesmos pontos dos outros logo em seguida colocava apong onde os
mantinha e realizava fisioterapia neurológica utilizando o conceito neuroevolutivo
Bobath, realizava alongamento muscular global e em algumas sessões mantinha em
postura bípede em mesa ortostática. No fim se colocava as sementes auriculares para a
manutenção do trabalho como ainda ia embora com os apong.
3.4 MATERIAIS UTILIZADOS
Para este trabalho, foi realizada inicialmente uma avaliação através da escala de
espasticidade Ashworth modificada; Escala de avaliação da força muscular – Council e o
índice modificado de Barthel obtendo assim um parâmetro inicial de como estavam os
pacientes e realizavam novamente no final de nove meses para saber do resultado.
Escala de espasticidade Ashworth modificada. Esta escala é um dos instrumentos
mais utilizados para avaliação das espasticidades. Esta escala foi criada em 1964 e revista em
1987 pelos fisioterapeutas Bohannan & Smith professor chefe e fisioterapeuta sênior do
departamento de fisioterapia do Centro de Reabilitação Regional de Southeastern. (Sites
rehabmeasures; ptjournal.org)
Escala de Espasticidade de Ashworth
0 Tônus muscular normal não apresentando resistência à flexão ou
extensão.
1 Hipertonia leve: Apresenta um ligeiro aumento da resistência ao
movimento apenas em seu final do curso.
1+ Hipertonia leve: Aumento do tônus muscular com retenção do
movimento passivo da extremidade com resistência mínima em menos
da metade do movimento.
2 Hipertonia moderada: Aumento do tônus muscular na maior parte da
23
mobilização passiva, mas ainda consegue realizar o movimento.
3 Hipertonia intensa: Aumento proeminente do tônus muscular com
dificuldade para movimentos passivos.
4 Hipertonia extrema: A região a ser avaliada apresenta certa rigidez
tanto na flexão como na extensão.
Escala manual de força muscular – Council. Na neurologia, esta escala está
sendo muito utilizada para avaliação da função motora global. Utiliza como ferramenta
a mobilidade solicitada de articulações e grupos musculares. (medical Research
Council).
Escala manual de força Muscular - Council
0 Sem contração muscular, Paralisia total.
1 Contração discreta, esboço de contração visível.
2 Movimento ativo no plano horizontal, não vence ainda a gravidade.
3 Movimento ativo contra a gravidade, não vence a resistência.
4 Movimento ativo contra a gravidade, força menor que esperado.
5 Movimento ativo contra gravidade, força muscular normal.
Índice modificado de Barthel. Este índice mede a independência funcional do
paciente nos cuidados com suas atividades da vida diárias (AVD’s) e atividades da vida
práticas (AVP’s). O Paciente é avaliado da forma como realiza as tarefas num total de
10 e se é dependente ou independente. As pontuações são de cinco em cinco e seu
escore máximo chega a 100 pontos onde o máximo. Esta escala foi realizada uma
alteração nas pontuações mais mantendo o escore máximo.
Índice Modificado de Barthel
Item Pontos Descrição
Transferência
(Cama e
cadeira)
0
3
Não é possível participar de uma transferência. Duas pessoas são necessárias para
transferir o paciente com ou sem um dispositivo mecânico.
Paciente capaz de participar, mas precisa de máxima ajuda de outra pessoa, em todos os
aspectos da transferência.
24
8
12
15
A transferência requer a assistência de outra pessoa.
A presença de outra pessoa é necessária, quer como medida de confiança, ou para
fornecer supervisão para a segurança.
O paciente pode se aproxima com segurança a pé da cama ou em uma cadeira de rodas,
frear, retirar os descansos dos pés, deitar, chegar a uma posição sentada do lado da cama.
O paciente deve ser independente em todas as fases dessa atividade.
Deambulação 0
3
8
12
15
Totalmente dependente na deambulação.
Presença constante de uma ou mais pessoas são necessárias durante a deambulação.
Uma pessoa é obrigada a oferecer assistência para alcançar ou manipular os dispositivos
auxiliares
O paciente é independente na deambulação, mas incapaz de andar 50 metros sem ajuda,
ou a supervisão é necessária para a confiança ou segurança em situações perigosas.
O paciente deve ser capaz de usar dispositivos auxiliares, se necessário, assumir a
posição de pé, sentar. O paciente deve ser capaz de utilizar muletas, bengalas ou outro tipo de acessório e andar 50 metros sem ajuda ou supervisão.
Deambulação
(cadeira de
rodas) (Se não for
possível a pé)
Só use este item se o
paciente é classificado
como "0" para
deambulação, e
apenas se o paciente
foi treinado em gestão
de cadeira de rodas.
0
1
3
4
5
Dependente para conduzir cadeira de rodas.
Paciente pode impulsionar para curtas distâncias e em superfície plana, mas é necessário
auxílio para todas as outras conduções.
Presença de uma pessoa é necessária para ajuda constante tanto na manipulação como na
transferência.
O paciente pode impulsionar a cadeira por um tempo razoável e sobre um terreno
regulares. O mínimo de ajuda pode ainda ser exigido em espaços apertados.
Paciente impulsiona cadeira de rodas de forma independente, o paciente deve ser capaz
de ir em torno dos cantos, vire-se, manobrar a cadeira de uma mesa, cama, etc. O
paciente deve ser capaz de empurrar uma cadeira de pelo menos 50 metros e negociar um meio-fio.
Subir Escadas 0
2
5
8
10
O paciente é incapaz de subir escadas.
Requer assistência em todos os aspectos relacionados a subir escadas, incluindo
assistência com auxiliares de locomoção.
O paciente é capaz de subir / descer, mas é incapaz de levar andadores e precisa de
supervisão e assistência.
Geralmente não é necessária qualquer assistência. Às vezes, a supervisão é necessária
por segurança devido à rigidez matinal, falta de ar, etc.
O paciente é capaz de subir e descer um lance de escadas com segurança, sem ajuda ou
supervisão. O paciente é capaz de usar o corrimão, bengala ou muletas quando necessário e é capaz de transportar estes dispositivos como ele / ela.
Toalete 0
2
5
8
10
Totalmente dependente ao uso do vaso sanitário.
Assistência necessária em todos os aspectos ao banheiro.
A assistência pode ser necessária com a gestão de vestuário, transferir ou lavar as mãos.
A supervisão pode ser exigida para a segurança com vaso sanitário normal. Um vaso sanitário pode ser usado à noite, mas a assistência é necessária para o esvaziamento e
limpeza.
O paciente é capaz de sentar e sair do vaso sanitário, vestir-se ou despir-se da roupa e
usar papel higiênico sem ajuda. Se necessário, o paciente pode usar uma comadre ou
penico durante a noite, mas deve ser capaz de esvaziar e limpar.
Controle
Esfincteriano
(Intestino)
0
2
5
8
O paciente não tem controle de esfíncteres ou utiliza o cateterismo.
O paciente precisa de ajuda para assumir posição adequada, necessita de técnicas facilitadoras externa ou interna.
O paciente pode assumir posição adequada, mas não pode usar técnicas facilitadoras. Geralmente fica seco durante o dia porem não a noite. A assistência é necessária com
ajudas de incontinência, como almofada, etc.
O paciente fica seco durante o dia e a noite porem pode ocorrer acidentes. Necessitar de
25
10
controle com a utilização equipamentos de esvaziamento.
O paciente pode controlar o esfíncter e não tem acidentes ou pode usar supositório, ou
realizar o esvaziamento sozinho.
Controle
esfincteriano
(Bexiga)
0
2
5
8
10
O paciente é dependente de controle da bexiga, é incontinente, ou tem cateter.
O paciente apresenta incontinência urinária, mas é capaz de auxiliar a aplicação de um
dispositivo interno ou externo.
O paciente geralmente fica seco durante o dia, mas não à noite e precisa de alguma ajuda
com os dispositivos.
O paciente fica geralmente seco durante o dia e a noite, mas pode ocorrer acidentes
ocasionais ou precisar de ajuda com dispositivos internos ou externos.
O paciente é capaz de controlar a bexiga durante o dia e noite, e / ou é independente com
dispositivos internos ou externos. Banho 0
1
3
4
5
Dependência total para o banho. Não participa.
A assistência é necessária em todos os aspectos de banho, mas paciente é capaz de fazer alguma contribuição.
Assistência é necessária para qualquer transferência chuveiro / banheira ou com banho ou em secar; incluindo a incapacidade para completar uma tarefa por causa da condição ou
doença.
A supervisão é necessária para a segurança em ajustar a temperatura da água, ou na
transferência.
O paciente pode usar uma banheira, chuveiro, ou tomar um banho de esponja completa. O
paciente deve ser capaz de fazer todas as etapas de banho sem outra pessoa estar
presente.
Vestir 0
2
5
8
10
O paciente é dependente em todos os aspectos de se vestir e é incapaz de participar da atividade. Não participa.
O paciente é capaz de participar, em algum momento, mas é dependente de todos os aspectos do vestuário.
Assistência é necessária para vestir-se ou despir-se qualquer roupa.
Apenas o mínimo de ajuda é necessário como amarrar sapatos, abotoar botões, fechos, sutiã, etc.
O paciente é capaz de vestir-se, despir-se, amarrar sapatos, cintas, como prescrito.
Higiene
Pessoal
0
1
3
4
5
O paciente é incapaz de atender à higiene pessoal e é dependente em todos os aspectos.
A assistência é necessária em todas as etapas de higiene pessoal, mas paciente capaz de
fazer alguma contribuição.
É necessária alguma ajuda em uma ou mais etapas de higiene pessoal.
Paciente é capaz de realizar sua própria higiene pessoal, mas requer o mínimo de ajuda
antes e / ou após a operação.
O paciente pode lavar suas mãos e rosto, pentear o cabelo, escovar os dentes e barbear.
Um paciente do sexo masculino pode usar qualquer tipo de navalha ou barbeador elétrico
sem ajuda, bem como pegar a partir da gaveta ou armário. Paciente do sexo feminino consegue utilizar maquiagem e pentear seu cabelo.
Alimentação 0
2
5
8
10
Dependente em todos os aspectos. Precisa ser alimentado. Alimento ou dieta.
Pode manipular um dispositivo de comer, geralmente uma colher, mas alguém deve
prestar assistência ativa durante a refeição.
Capaz de alimentar com supervisão. A assistência é necessária com tarefas associadas,
como colocar leite / açúcar em chá, sal, pimenta, espalhando manteiga, virando um prato
ou montar a mesa.
Independência na alimentação com o prato preparado, exceto para tarefas como cortar
carne, abrir caixa de leite ou tampa do frasco etc. A presença de outra pessoa não é necessária.
O paciente pode se alimentar-se de uma bandeja ou mesa quando alguém coloca a comida dentro do alcance. O paciente utiliza de um dispositivo de apoio, se necessário, cortar os
alimentos, e utilizar o sal e pimenta, manteiga espalhar, etc.
26
Outros materiais utilizados foram:
Agulhas 25 X 30 (Figura 5).
Agulhas 0,18 X 8 (Figura 4).
Stiper (Figura 3).
Sementes de Mostarda (Figura 2).
Apong (Figura 1).
Laseracupuntura com equipamento da marca IBRAMED (Laserpulse)
com caneta de 904nm de ondas.
Figura 1: Apong
Figura 2: Sementes de mostardas
27
Figura 3: Stiper
Figura 4: Agulhas 0,18X8
Figura 5: Agulhas 25X30
28
Figura 6: Laser
29
3.5 PONTOS UTILIZADOS
Os pontos de acupuntura foram escolhidos de acordo com os seguintes critérios:
Avaliação da Língua; Avaliação do pulso e os dados fornecidos pelas mães e do próprio
paciente.
Na avaliação inicial da língua os três pacientes apresentavam características iguais
como rigidez e tremor mostrando vento interno, sendo que no paciente 1 apresenta leve desvio
à direita; coloração pálida identificando déficit de xue com saburra espessa e seca com
aparência áspera mostrando excesso de calor e fissura central e uma transversal mais ao fundo
mostrando excesso de Baço, Rim e Fígado. Petequeas em Coração e Pulmão sendo mais
intenso em Coração.
Na avaliação do pulso do paciente 1 nota-se um pulso fraco e profundo com maiores
forças em Coração, Fígado, Baço e Vesícula Biliar e pouca percepção em Circulação e Sexo e
Rim. Para o paciente 2 não foi possível pegar o pulso devido a deformidade existente na
região onde se fosse posicionado em postura anatômica o pulso se torna pobre dificultando
sua percepção. No paciente 3 também não foi possível avaliar o pulso por ser muito pequeno
dificultando sua análise e pela limitação do terapeuta.
Na avaliação dada pelas mães tinham as mesmas queixas como irritabilidade; pouco
sono, dificuldade pra dormir ou sono agitado; rigidez muscular, dificuldade nas atividades da
vida diária como vestuário e banho (nos pacientes 2 e 3 são totalmente dependentes e no
paciente 1 semi dependente).
Pontos utilizados:
O primeiro ponto a ser utilizado é o vaso maravilhoso Yang Qiao Mai com
pontos de abertura B62 e acoplado ID3. Vaso maravilhoso também chamado de Vaso
Yang do calcanhar ou Vaso Yang do Caminhar de acordo com Maciocia no livro canais
de acupuntura.
De acordo com Maciocia os dois vasos extraordinários (Yang/Yin) podem ser
utilizados para tratamentos em casos neurológicos, onde apresenta grande influência
sobre o tronco e nos músculos das pernas. Quando em excesso os músculos internos da
perna ficam flácidos e os externos ficam contraídos (espástico ou rígidos) mais tensos.
30
Todas as fotos foram retiradas do livro Manual de Acupuntura escrito por Peter
Deadman & Mazin Al-Khafagi. As Localizações foram retiradas do Livro Manual
Prático de Acupuntura escrito por Choo H. Kim.
O meridiano do Coração (Xin) tem como uma das suas funções de governar o sangue
e os vasos sanguíneos; Alojar o espírito; Abrir-se na língua; Regular a transpiração;
Manifestar-se na pele.
B 62 : Localização do ponto:
Depressão logo abaixo do maléolo
lateral. Função : Pacifica o vento
interno e expele vento externo;
Acalma o espírito e trata epilepsia;
Abre e regula o vaso de motilidade
Yang; Rigidez da nuca; Rigidez e
dificuldade de alongamento as costas;
Dificuldade de alongamento em
flexionar o joelho.
ID 3 : Localização do ponto : No lado
ulnar do dedo mínimo, na transição entre
o corpo e a cabeça do quinto metacarpo.
Função : Ativa o Canal e alivia a dor;
Acalma o espírito e trata epilepsia;
Regula o Vaso Governador ; Dor de
cabeça bilateral; Dor nas costas e nos
ombros; Hemiplegia.
31
Meridiano do Intestino Delgado (Xiao Ghang) tem como uma das suas funções de
receber, transformar e separar os alimentos recebidos pelo estômago e enviar ao Intestino
Grosso em forma de refugo; Ajuda em transformar fleuma e dispersar calor do Coração
especialmente no tratamento de distúrbio maníaco; Alivia a dor ao longo do trajeto.
C 3 : Localização do ponto : Na ponta medial da
prega do cotovelo flexionado próximo ao
epicôndilo medial do úmero. Função : Acalma o
espírito, Transforma fleuma e dispersa calor;
Tremor da mão e do braço; paralisia dos membros
superiores; Incapacidade de erguer os quatros
membros.
C 7 : Localização do ponto : Na linha do punho,
lado radial ao osso pisiforme. Função : Acalma
espírito; Tonifica o Coração; Insônia; Memória
fraca; Depressão maníaca.
32
Meridiano do Pericárdio (Xin Bao) tem como uma das suas funções a mesma do
Coração com mais influência no tórax e estado emocional. Trabalha em distúrbio do Coração
como dor, palpitações e ritmo irregular; Tratamento de distúrbios do espirito, do tórax, jiao
superior ou médio quando decorre de uma estagnação do meridiano do Fígado.
O meridiano do Vaso Governador tem como umas das suas funções de tratar de
distúrbios da coluna, doenças febris e órgãos genitais; Trabalha todos os Zang-Fu por passar
ao longo da coluna; Trata distúrbio de vento externo e interno; Tratamento de distúrbio de
cérebro e do espírito.
ID 4 : Localização do ponto : No lado ulnar da mão,
entre o osso metacarpo e o carpo (pisiforme), entre
as peles clara e escura. Função : Ativa o canal e
alivia a dor; Dispersa umidade/calor e trata icterícia;
Contração dos cincos dedos com dificuldade de
flexionar e estender; Fraqueza e dor do punho;
Hemiplegia; Espasmos clônico.
PC 6 : Localização do ponto : 2 Tsun acima da
linha do punho, entre os tendões dos músculos
palmar longo e flexor radial do carpo. Função :
Memória fraca; Agitação e irritabilidade; Regula
o Coração e acalma espírito; Abre o vaso de
ligação Yin; Insônia; Medo/Temor.
33
O ponto extra Yintang poderia pertencer ao Vaso Governador por se localizar neste
trajeto. Este ponto é utilizado com muita frequência para tratamentos ligados à ansiedade,
agitação, insônia e acalmar o espírito. Também trata cefaleias frontais e beneficia o nariz.
O meridiano do Fígado (Gan) tem como umas das suas funções o armazenamento do sangue;
Dispersar o Qi; Dominar os tendões; Abrir-se nos olhos; Manifestar-se na unha; Distribui o Qi
em todas as direções, nutrindo e harmonizando todo o organismo; Está intimamente associada
a emoções, como raiva; irritabilidade, rebeldia, frustação, ressentimento, depressão e humor.
VG 20 : Localização do ponto : Ponto de interseção
entre a linha mediana e a linha horizontal que liga
os ápices das orelhas. Função : Pacifica o vento e
controla o Yang; Acende o Yang e retrocede o
prolapso; Beneficia o cérebro e os órgãos dos
sentidos; Nutre o mar da medula; Beneficia o
cérebro e o espírito; AVC; Hemiplegia; Opistótono;
Perda da consciência; Epilepsia; Memória fraca;
Agitação e opressão; Tristeza e choro com desejo
de morrer.
M-CP-3 (Yintang) : Localização do ponto : Na
glabela, no ponto médio entre as extremidades
mediais das sobrancelhas. Função : Pacifica o
vento e acalma o Shen; Ativa o canal e alivia a
dor; Agitação de vento crônico e aquele por
susto na infância; Espasmos por sustos (Moro);
Dor de cabeça frontal; Insônia; Agitação e
inquietação.
34
O meridiano do Rim (Shen) tem entre suas funções o armazenamento da essência
celestial e dominar a reprodução, o crescimento e o desenvolvimento; Produzir a medula,
preencher o cérebro, dominar os ossos e ajudar na produção do sangue; Domina a água,
F 13 : Localização do ponto : Na extremidade da
décima primeira costela. Função : Também
conhecido como mestre dos órgãos; Harmoniza o
Fígado e o Baço; Regula os jiao médio e inferior;
Fortifica o Baço; Espalha-se no Fígado e regula o Qi;
Fraqueza nos quatro membros; Qi como “porquinho
correndo” (membros inferiores travados) com
distensão abdominal; Diminuição do Qi com contra
fluxo invertido.
F 2 : Localização do ponto : Entre o hálux e o segundo
dedo do pé, no limite entre dois digitais. Função :
Dispersa o fogo do Fígado; Dispersa o Qi do Fígado;
Pacifica vento do Fígado; Beneficia o jiao inferior;
Tendões contraídos; AVC; Plenitude dos quatros
membros.
F 3 : Localização do ponto : Na depressão entre o
primeiro e o segundo metatarsos próximo às bases
metatarsais. Função : Dispersa o Qi do Fígado;
Domina o Yang do Fígado e extingue o vento;
Nutre o sangue do Fígado e o Yin do Fígado;
Regula o jiao inferior; Dor lombar que irradia para
a parte inferior do abdômen; Dor na parte inferior
da perna; Flacidez e fraqueza das pernas;
Incapacidade de andar; Sensação de frio nos
joelhos e nos pés; Contração dos cincos dedos da
mãos.
35
controla a recepção do Qi; Abrir-se nos ouvidos e domina os dois Yin inferiores (Ânus e
Uretra).
O meridiano da Bexiga (Pang Guang) tem como umas das suas funções o
armazenamento dos líquidos e transformar em resíduos (urina) e secretar; Ligado as emoções
negativistas; Auxilia na eliminação do vento interno e externo do corpo.
R 3 : Localização do ponto : Na linha da
proeminência do maléolo medial, numa depressão
entre maléolo e tendão calcâneo. Função : Nutre o
Yin do Rim e remove o calor por deficiência;
Tonifica o Yang do Rim; Ancora Qi e beneficia o
Pulmão; Fortalece a coluna lombar.
R 7 : Localização do ponto : Dois Tsun acima
da proeminência do maléolo medial. Função :
Fortalece a região lombar; Dor lombar
decorrente de estagnação do Qi; Distúrbio de
atrofia da perna.
B 60 : Localização do ponto : Na linha da
proeminência do maléolo lateral numa
depressão entre maléolo lateral e o tendão
calcâneo. Função : Remove calor e abaixa o
Yang; Pacifica o vento e diminui o excesso;
Relaxa os tendões e fortalece a coluna lombar;
Hemiplegia.
36
O meridiano do Baço (Pi) tem como umas das suas funções o de dominar e
transporte e a transformação dos alimentos (Qi de alimentos); Controla o Xue; Domina os
músculos e os quatros membros; Tonifica o Qi do Xue; Controla a subida do Qi.
O Meridiano da Vesícula Biliar ( Dan) tem entre suas funções o armazenamento e
secreção da bile; Elevar a coragem para tomar decisões e julgamentos; Tratar distúrbios do
Fígado; Tratar distúrbios de fleuma; Tratar distúrbio do espírito e a alma etéria; Auxilia no
tratamento de distúrbio de atrofia e obstrução dolorosa.
BP 5 : Localização do ponto : No ponto de
encontro entre as linhas anterior e inferior do
maléolo medial. Função : Rigidez e dor na raiz
da língua com fala deficiente; Dor e contração
dos tendões; Trismo (Cerração involuntária da
boca, devido à contração violenta dos
músculos elevadores da mandíbula); Dor no
tornozelo; Hemiplegia.
BP 6 : Três tsun acima da proeminência do
maléolo medial, na margem posteromedial da
tíbia. Função : Ponto de união dos três Yin da
perna; Harmoniza o jiao inferior; Acalma o
espírito; Revigora o Xue; Harmoniza o
Fígado e tonifica os Rins; Dor na perna e
joelho; Obstrução dolorosa por umidade;
Distúrbio de atrofia e obstrução dolorosa dos
membros inferiores; Hemiplegia.
37
VB 34 : Localização do ponto : Na depressão
anterior e inferior da cabeça da fíbula. Função :
Também conhecido como mestre dos tendões;
Beneficia os tendões e as articulações; Ativa o
canal e alivia a dor; Dispersa o Qi do Fígado e
beneficia a região costal lateral; Harmoniza o
Shaoyang (pequeno Yang); Distúrbios dos
tendões, contração dos tendões, contração e dor
muscular da panturrilha no distúrbio da
perturbação súbita; Contração dos tendões dos
pés; Rigidez e tensão dos músculos e
articulações; Hemiplegia; Qi da perna.
VB 36 : Localização do ponto : Na margem
anterior da fíbula, sete tsun acima da
proeminência do maléolo lateral. Função : Ativa
o canal e alivia a dor; Distúrbio de atrofia e
obstrução dolorosa do membro inferior; Dor na
pele; Qi da perna por umidade/frio; Sensação de
frio e rigidez; Dor na nuca.
38
O meridiano do Estomago (Wei)tem como umas das suas funções o controlar a
decomposição e o amadurecimento dos alimentos; Regular o Qi e o sangue nos membros
inferiores para tratamento de distúrbios de atrofia, obstrução dolorosa e hemiplegia; Auxiliar
no tratamento de distúrbio de ouvido, garganta e jiao superior, médio e inferior; Regula a
função intestinal; Tonifica o Qi do sangue.
VB 38 : Localização do ponto : Na margem
anterior da fíbula, quatro tsun acima da
proeminência do maléolo lateral. Função :
Harmoniza o Shaoyang (pequeno Yang);
Beneficia os tendões e os ossos; Hemiplegia;
Tendões contraídos; Dor nas cem articulações;
Obstrução dolorosa do membro inferior; Qi da
perna; Dor e paralisia do aspecto lateral do
membro inferior.
E 36 : Localização do ponto : Três tsun abaixo
da patela, 0,5 tsun lateral à margem anterior da
tíbia. Função : Fortalece o Baço; Estimula o Qi
original; Tonifica o Qi; Nutre o Xue e o Yin.
39
A Craniopuntura japonesa foi desenvolvida no final dos anos 60 e publicada em 1973
pelo Yamamoto. A técnica tem como conceito somatotópico sendo que na parte frontal tendo
representação Yin e na parte occipital representação Yang, sendo que a porção Yin é a de
utilização com maior frequência. A YNSA é dividida em quatro grupos: 1) Pontos básicos
para aparelho locomotor; 2) Pontos cerebrais para cérebro, cerebelo e gânglio basais; 3)
pontos sensoriais para órgãos dos sentidos; 4) Ponto Y para órgãos internos.
As fotos e o texto foram retiradas do Livro Nova Craniopuntura de Yamamoto.
Ponto básico B situa bilateralmente a cerca de 1 cm do ponto A ou 2 cm da linha
média do crânio pertencente do lado Yin. Sua representação refere a região escapular,
inervação cervical e ombros sendo mais indicado para dores no pós-trauma de ombro; dores
pós-operatório; dores articulares oriundo da imobilidade de fratura; síndrome de ombro, braço
e mão; síndrome de ombro congelado; hemiplegia.
Ponto básico C situa cerca de 5 cm da linha média do crânio e pertencente ao lado
Yin. Sua representação está nas extremidades superiores como articulação de ombro, braço,
cotovelo, antebraço, punho, mão e os cincos dedos. Sua indicação são todas as dores e
paresias dos membros superiores; trauma em região de ombro; distensões musculares;
epicondelite de cotovelo; luxação articular; síndrome de Raynaud e de túnel de carpo.
Ponto básico D situa cerca de 1 cm acima do osso zigomático q tem representação na
porção inferior do corpo sendo sua indicação nas dores oriundo de acidentes; fratura óssea;
lesões desportivas; hérnias de disco; luxação ou entorses articulares; dores isquiáticas;
paralisia ou parestesia nos membros inferiores.
E 37 : Localização do ponto : Seis tsun abaixo
da patela, 0,5 tsun lateral à margem anterior da
tíbia. Função : Regula Baço e Estômago; Ativa
o canal de dor; Hemiplegia; Qi da perna;
Obstrução dolorosa dos membros inferiores;
Fraqueza da perna.
40
Ponto Cerebrais se dividem em três pontos 1) Cérebro; 2) Cerebelo; 3) Gânglio
Basais. O ponto cérebro se localiza 1 cm da linha média do crânio e 1 cm acima do ponto
básico A. O ponto cerebelo se localiza logo após o ponto cérebro. O ponto gânglio basais se
localiza exatamente sobre a linha média do crânio entre os dois pontos anteriormente. As
indicações dos três pontos são para todos os distúrbios motores; hemiplegia; paraplegia;
enxaqueca; nevralgia do trigêmeo; Doença de Parkinson; Esclerose Múltipla; Disfunção
endócrina; distúrbio do sono; depressão e distúrbio psíquico; dores crônicas.
A auriculoterapia é um tratamento bem antigo quanto a acupuntura sistêmica sendo
comentada em Nei-Ching a quatro mil anos. Mais recente, em 1957 o francês P. Nogier
publicou vários trabalhos de seu sucesso com o método. A auriculoterapia foi introduzida para
servirem de manutenção do tratamento.
As referencias dos pontos e a foto foi retirada do livro da Bioaccus intitulado como
Aurículo Acupuntura escrito por Eu Won lee. Foram mantidos os números originais devido a
facilitar encontrar os pontos no mapa.
Ponto occipital (35) Situado abaixo da junção do antitrago com a antehélice, abaixo
do ponto do cerebro. Usado para enfermidades do sistema nervoso na sua fase aguda como
convulsões, temores e rigidez na nuca; atua como antiinflamatório, acalma dores nervosas,
tosse, asma.
Ponto Tronco Cerebral (39) Situado na borda da porção inferior do antitrago, perto
do pescoço. Usado para lesões vasculares de cerebro, hemiplegia, convulsões.
41
Ponto Ponto Cerebral (40) Situado entre o ponto de asma e o tronco cerebral. Usado
para regulação da função do cortex cerebral, doenças do sistema nervoso, digestivo, endócrino
geniturinário.
Ponto Subcortex (43) Situado anteriormente a parede interna do antitrago. Usado
para regulação de função do cortex cerebral, insônia, sonolência, disturbio psiconervoso,
função antiinflamatória, analgésica, antialergica.
Ponto Rim (70) Situado superiormente ao ponto do intestino delgado. Usado para
cálculo renal, nefrite, cistite, ciática, lombalgia, anemia, tonificação do córtex cerebral e Rim,
perda da memória, cefaleia crônica.
Ponto Fígado (75) Situado logo acima do ponto do estômago, em linha vertical e
acima do ponto do baço. Usado para hepatite aguda ou crônica, anemia ferroprima, dores
reumáticas, cefaleias, espasmos musculares, dor torácica ou intercostal, várias doenças dos
olhos.
Ponto Musculo Relaxante (77) Situado logo acima do ponto de estômago e da
hematomegalia. Usado para relaxamento muscular, anestesia de acupuntura, hepatite, cirrose.
Ponto Baço (79) Situado abaixo da área de hematomegalia. Usado para indigestão,
doença de sangue, hipermenorréia, prolapso retal, atrofia muscular.
Ponto Sistema Nervoso Vegetativo (88) Situado no fim da raiz do anti-hélice
inferior, no ponto onde se acha a face interna do hélice. Usado para disfunção do sistema
nervoso autônomo, efeito analgésico e antiespasmódico, espasmo gástrico, efeito de
vasodilatação, tromboflebite, anestesia através de acupuntura.
Ponto ShenMen (107) Situado na fossa triangular, logo acima do ponto da pelve.
Usado para controlar ação excitatória e inibitória do córtex cerebral, tem efeito tranquilizante,
analgésica, antialérgico, é um ponto essencial para anestesia através da acupuntura, Distúrbio
do sistema nervoso, epilepsia, insônia, vertigem, tontura.
42
4. RESULTADOS
Os resultados foram considerados bons por ser um trabalho que não teve
interferência medicamentosa e foi associada apenas a terapia fisioterápica. Teve alguns dias
em que os pacientes não compareceram para uma ou duas sessões, mas nada que viesse a
interferir no andamento da pesquisa. Cada paciente teve uma evolução significativa sendo que
no paciente 2 sua evolução foi mais significativa sentida tanto pela terapeuta que realizava
atividades de fisioterapia neurológica como pela própria mãe que em casa realizava atividades
propostas pela terapeuta e nas AVD’s.
No paciente 1 ele mesmo referiu uma melhora ficando mais tempo em postura bípede
e conseguindo realizar passos com auxílio dos amigos na escola. Outro grande ganho foi em
humor e raciocínio, ele era muito nervoso e ia regular na escola e estava com muito medo do
vestibular e conseguiu relaxar mais, dormir com mais facilidade e estudar sem medo.
Conseguiu passar de ano e entrou na faculdade onde agora está enfrentando com mais
tranquilidade.
43
O paciente 3 teve uma evolução mais lenta por não utilizar a técnica de agulhamento
mais mesmo assim, teve bons resultados na diminuição do tônus muscular e no humor do
menor. Sua mãe não realizava as atividades propostas em casa e mesmo assim teve seu ganho
principalmente quando foi introduzido o laser como terapia em terço final do trabalho.
Tabela dos resultados de desenvolvimentos dos pacientes.
Paciente 1
Escala
Ashworth
De acordo com a escala o paciente apresentou para os grupos
musculares dos membros inferiores grau 3 por apresentar forte
espasticidade limitando bem seus movimentos na marcha e para o
tronco grau 2 por ainda conseguir realizar mobilidade de transferência
(limitada). Após suas aplicações de acupuntura paciente conseguiu ficar
em postura bípede com mais facilidade e por maior tempo, com auxílio
também esta realizando passos com auxílio de terapeuta mostrando a
diminuição tônica global melhorando sua escala para os membros
inferiores para grau 2 e manteve para o tronco mesmo notando melhora
na mobilidade e flexibilidade.
Escala
Council
Nesta escala o paciente para os membros inferiores mostrou movimento
contra a gravidade embora não coordenado e sem muita qualidade
podendo manter em grau 4. Após o tratamento de acupuntura se
manteve no mesmo grau só que melhorou a qualidade realizando bem as
atividades e melhora da sua coordenação motora.
Índice de
Barthel
Mostrou uma melhora na sua AVD’s passando de escore 41 para 48
onde suas melhoras foram na transferência postural de cadeira/cama
com menos esforço e mais adequado; Melhora na forma de tocar a
cadeira de rodas; Melhora no auxílio ao banho ficando mais tempo na
postura bípede; Auxilia mais na higiene pessoal; Sua alimentação está
com menos gasto energético.
Paciente 2
Escala
Ashworth
Na avaliação inicial o paciente para os membros inferiores apresentou
grau 3 tendo muita dificuldade nas atividades como exemplo a
44
colocação de estabilizadores nos joelhos onde sente dores e não esticava
totalmente. Em tronco não consegui ficar ereto por muito tempo e assim
ficando com grau 3. Com o tratamento proposto tanto em acupuntura
como em fisioterapia neurológica o paciente melhorou sua mobilidade
diminuindo consideravelmente seu tônus muscular onde melhorou para
atividade em postura bípede tanto em tronco como nos membros
inferiores passando para o grau 2.
Escala
Council
O paciente apresentou grau 4 global onde ele é dependente de cadeira de
transporte mas consegue (com dificuldade) a realizar marcha com
andador especial adaptado e com muito suporte. Não mantinha uma
postura sentada adequada precisando de apoio. Após as terapias o menor
melhorou sua marcha em andador ficando mais estável e erétil; a postura
sentada melhorou com menos apoio ou ficando apenas com supervisão.
Manteve seu grau na escala, mas agora com melhor qualidade de vida.
Índice de
Barthel
Em relação à AVD’s o menor teve boas evoluções, com a diminuição da
espasticidade conseguiu ter melhor controle de tronco auxiliando no
vestuário facilitando na colocação da roupa; no banho com maior
segurança; na marcha onde utiliza o transfer como forma de locomoção;
passou de escore 32 para 35.
Paciente 3
Escala
Ashworth
Na avaliação inicial o menor apresenta escala em grau 3 mostrando
dificuldade no manuseio passivo para os membros inferiores e ligeiro
aumento da tonicidade. Em tronco passou para o grau 4 onde inclusive
apresenta uma longa cifose dorsal com pobre controle cervical. Após as
terapias pode-se notar uma melhora onde, mesmo mantendo o grau para
os membros inferiores conseguiu uma diminuição da tonicidade em pró
ao alongamento muscular cedendo com maior facilidade durante as
atividades. Em tronco teve melhoras, passado para grau 3 onde consegue
uma leve rotação e melhora na sustentação cervical
Escala
Council
Seu quadro motor estava em grau 3 onde conseguia realizar a flexo-
extensão do quadril sem resistência só que em movimento catracado
45
mostrando uma interferência do quadro motor. Já em tronco não
apresenta dissociação entre cinturas mantendo sempre em cifose dorsal.
Após as terapias teve melhora principalmente na mobilidade em
membros inferiores, melhorando a qualidade não ficando mais catracado
e em postura bípede consegue ficar ereto, melhorando sua sustentação
(postura esta que utiliza estabilizadores de joelhos e apoio do terapeuta).
Índice de
Barthel
Paciente é totalmente dependente da mãe em todas as atividades
propostas no teste. A melhora se faz quando sua mãe comenta sobre a
realização das atividades serem mais fáceis ou sem resistência do menor.
Atividades como banho, limpeza pessoal, vestuário ficaram mais livres
onde mostra a diminuição da espasticidade em tônus muscular.
5. DISCUSSÃO.
Este trabalho teve como finalidade saber o quanto a acupuntura pode ajudar as
crianças, adolescentes e adultos portadores de Paralisia Cerebral do tipo Tetraplegia espástica,
na melhora da qualidade de vida e no auxílio das atividades de reabilitação. Na grande
maioria, os pacientes são totalmente ou semidependente de cuidadores e nos casos mais
graves a espasticidade dificulta ainda mais sua manipulação.
Os pacientes têm atualmente tratamentos como fisioterapia neurológica que, em sua
grande maioria, apresentam bons resultados, mas não interferem muito na espasticidades; Os
medicamentos orais ou injetados para diminuição da espasticidade ou controles convulsivos
acabam tendo efeitos colaterais indesejados; órteses posturais que auxiliam na estabilização
articular, mas não diminui ou evita futuras deformidades e das intervenções cirúrgicas que
ocorrem sempre após ter ocorrido deformidades articulares ou posturas viciosas.
Ao realizar pesquisa sobre o tema foi encontrado poucos trabalhos sobre o assunto
como o realizado pela Mariana F. Zappelim e Fabiana D. Medeiros onde utilizaram
tratamento auricular em uma criança do sexo feminino com 1 ano e 7 meses de idade por seis
meses de terapia obtendo resultados aceitáveis. Outro trabalho realizado foi feito como
conclusão de curso no CETN por A. Ferrari que tratou apenas um paciente do sexo feminino
portadora de Paralisia Cerebral diplégica, utilizando métodos de agulhamento e auricular por
24 sessões e também com bons resultados.
46
Trabalho realizado pela Carla Pereira e nas experiências do centro Sarah de
reabilitação na utilização de medicação falam em resultados parciais ou por curto período de
tempo, mas o que interfere são realmente os efeitos colaterais apresentados por determinadas
medicações na diminuição da espasticidade. Efeitos como sonolência, náuseas e vômitos
podem ser notados em medicação como Baclofen; sonolência, depressão respiratória e quadro
de agitação no caso do Diazepan. Atualmente a utilização com maior frequência da infiltração
de toxina Botulínica em músculos tônicos tem como finalidade a diminuição da espasticidade
só que seu tempo de duração está por volta de 3 a 6 meses e nas aplicações continuas o
organismo acaba criando antígeno da toxina anulando assim seu efeito.
Avaliando estes quadros foi montado um trabalho para acrescentar mais um
tratamento que não apresenta efeitos colaterais, não tem contra indicação e ainda utiliza
teorias milenares chinesa no ganho, manutenção e equilíbrio energético.
O trabalho foi realizado na clínica CINI em Santo André de SP, um centro
especializado em neurologia com atendimentos multidisciplinares com áreas de
Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Piscina terapêutica, Psicologia, Pedagogia e a
Fisioterapia onde atuo a 25 anos utilizando o Conceito Bobath como ferramenta.
O conceito neuroevolutivo Bobath um trabalho realizado desde a década de 40/50,
veio para tratar e recuperar movimentos e mobilidades na aquisição do desenvolvimento
Neuro-Psico-Motor utilizando o controle motor através de manobras específicas estimulando
adequadamente posturas para um desempenho aprimorado utilizando pontos chaves em
auxílio dinâmico. Mesmo assim o tratamento fica limitado para o quadro clínico, utilização de
órteses que quase sempre são necessárias para melhor aproveitamento dinâmico.
Observando este quadro apresentado, suas dificuldades e limitações, com efeitos
adversos e indesejados das medicações a acupuntura pode ajudar na diminuição da
espasticidade, melhora do humor, sono e no relaxamento corporal facilitando nas manobras e
posturas propostas.
A acupuntura por ser uma terapia milenar onde trabalha no equilíbrio energético e no
sistema do corpo sem a introdução medicamentosa e ainda auxilia no estado imunológico,
fortalecendo sua defesa para doenças e melhora da circulação sanguínea. Uma frase escrita na
pg 17 pelo Tom S. Wer no livro Acupuntura Clássica Chinesa expressa bem o trabalho. “A
acupuntura não está voltada diretamente para os agentes agressores externos e, por isso, seu
tratamento não visa apenas tratar o local comprometido no corpo, mas age sobre todo o
sistema nervoso, estimulando o mecanismo de compensação e equilibrar todo o corpo, para
47
com isso sanar a doença.” A Paralisia Cerebral não é uma doença e sim uma sequela motora
de uma fatalidade ocorrida no Sistema Nervoso Central e por isso tratamos a sua
consequência como um todo e é ai que a fisioterapia neurológica atua, agora com um auxílio
da acupuntura.
O diferencial deste trabalho se inicia na escolha dos pacientes portadores de Paralisia
Cerebral tetraplégico com espasticidade do sexo masculino com idade de 18, 14 e 6 anos
respectivamente, pacientes que até o momento foram tratados em fisioterapia neurológica,
semidependente ou dependente de cuidadores. Estes pacientes utilizam órteses em membros
inferiores para posicionamento dos pés e nos membros superiores para posicionamento das
mãos; dependentes na locomoção utilizam cadeira de rodas ou cadeira de transporte; Marcha
ou postura bípede só com apoio utilizando suporte ou transfer.
O trabalho foi realizado num período de 9 meses com uma frequência de duas vezes
por semana totalizando 72 sessões, onde sempre era realizado terapia de acupuntura
inicialmente e logo em seguida realizado fisioterapia neurológica através do conceito Bobath,
alongamento muscular e manobras de fortalecimento muscular.
Todos os pacientes foram avaliados através da escala Ashworth como parâmetro da
quantificação da espasticidade, na escala Council para força muscular e o índice de Barthel
para avaliação da qualidade de vida.
Quando se fala na diminuição ou no controle da espasticidade utiliza medicações e
nota-se que muitas delas apresentam reações adversas, alergias, restrições de doenças
neuromusculares, infecções no local quando se utiliza o Botox como infiltração. A acupuntura
não apresenta nenhum tipo de reação adversa e ainda não tem contra indicação, devendo o
acupunturista saber bem o diagnóstico clínico avaliando a língua, pulso e sintomatologia
diária.
Falando na fisioterapia neurológica utilizando o conceito neuroevolutivo Bobath, que
é o mais indicado para o desenvolvimento neuro-psico-motor infantil, este conceito não fala
de controle da espasticidade por ser um evento que não pode ser modulado pelo manuseio
onde já com a acupuntura se mostrou que consegue modular e melhora sua funcionalidade.
48
6. CONCLUSÃO
Este trabalho teve como finalidade de avaliar como a acupuntura pode ajudar os
pacientes portadores de Paralisia Cerebral do tipo Tetraplegia espástica na diminuição tônica,
tendo em vista que muitos pais não querem administrar outra medicação tendo em vista que já
tomam uma quantidade de medicação razoável.
Foi escolhida a Paralisia Cerebral por ser a de maior incidência nos diagnósticos
infantil e o quadro motor de Tetraplegia por ser o que mais requer cuidados e na sua grande
maioria, por serem os mais graves e tendo um trabalho fisioterápico mais complexo.
Os três pacientes escolhidos apresentam diagnósticos e quadro motor parecidos, más
com idades diferentes para avaliar como irão responder ao tratamento, se terá influencia da
idade, tipo de terapia e tipo de aplicação da acupuntura. O paciente 1 foi escolhido por ser
maior em idade e com compreensão cognitiva preservada podendo assim passar as
informações do que está sentindo auxiliando seu tratamento comunicando sobre os sintomas
apresentados e sua própria evolução.
O paciente 2 foi escolhido por apresentar uma idade mediana e compreensão boa,
embora tenha uma comunicação mais restrita, tanto o paciente como sua mãe passava sua
evolução e suas dificuldades. O paciente 3 foi escolhido por ser mais novo e com uma
dependência maior onde no início tivemos complicações com muita faltas chegando a pensar
em desligar do trabalho que após conversar com sua mãe tudo foi normalizado tendo
colaboração e informações do andamento clínico.
O tempo de trabalho foi escolhido em nove meses devido ao tempo de terapias serem
de duas sessões por semana, assim totalizando 72 sessões aproximadamente, um tempo
razoável tendo em vista que este diagnóstico normalmente fica em tratamento por um tempo
indeterminado.
O resultado obtido pelos três pacientes foi positivo, sendo que cada um teve uma
evolução própria. Podemos dizer que no paciente 1 através trabalho de acupuntura sistêmica
com alongamento muscular e postura bípede conseguiu uma melhora boa, chegando obter
uma relação tônica melhor com a diminuição da espasticidade e assim melhorando sua
mobilidade corporal realizando posturas ortostática mais adequadas e por tempo maior, na
49
parte emocional melhorou seu humor e convivência com outras pessoas e no seu raciocínio
lógico sua evolução se teve na área escolar melhorando as notas e passando no vestibular.
No paciente 2 onde o trabalho foi realizado junto com a fisioterapia neurológica sua
evolução relatada tanto pela sua terapeuta como pela sua mãe, foi acima do esperado obtendo
uma diminuição considerável na tonicidade ficando mais fácil para se trabalhar com órteses,
aparelhos, treino de marcha e AVD’s. No paciente 3 seu trabalho foi realizado pela
acupuntura sem agulhamento e junto com a fisioterapia neurológica obteve um resultado
satisfatório com diminuição da espasticidade em membros inferiores e pouco menos em
tronco, menor apresenta vício postural de ficar com tronco em cifose por ficar muito em
cadeira de transporte.
A conclusão que este trabalho chega é que a acupuntura ajuda muito na diminuição
da espasticidade e atividade mioclônicas, auxiliando muito na fisioterapia neurológica e
podendo evitar medicações desnecessárias, podendo até adiar ou evitar cirurgias corretivas.
7. SUGESTÃO
Este trabalho mostrou que a acupuntura obteve um bom resultado na diminuição da
espasticidade em portadores de Paralisia Cerebral tetraplégico com espasticidade e associado
à fisioterapia neurológica com conceito Neuroevolutivo Bobath a melhora dos pacientes se
tornaram mais eficazes.
Juntas, as terapias de acupuntura e fisioterapia neurológica foram realizadas, sendo
primeiro, com a acupuntura, que auxiliou na diminuição tônica e no equilíbrio energético em
seguida realizava a terapia motora através do Conceito Bobath para estimular seu
desenvolvimento Neuro-Psico-Motor e auxiliar na mobilidade corporal.
50
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