A pesquisa como princípio educativo

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Pedro Demo

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A PESQUISA COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO

Pedro Demo, graduado em Filosofia e doutorado em Sociologia pela Universidade Des Saarlandes (Alemanha 1971). Professor titular da Universidade de Brasília, departamento de Sociologia. .Recebeu várias premiacões publicadas em alemão em 1973 na Editora Anton Hain. Fez pós-doutorado na Alemanha cursando na Universitat Erlangen Neimberg ,em Los Angels (1999 -2000). Tem experiência na área da Poítica Social, com ênfase em Sociologia da Educação e Pobreza. Pesquisa principalmente , a questão da aprendizagem nas escolas públicas , por conta dos desafios da cidadania popular.

Aplicada por meio de explicitação do tema através, de tópicos principais e seus respectivos sub-tópicos.

Análise e interpretação dos resultados será abrangido por comunicadores, conforme estrutura da apresentação.

INTRODUÇÃO1. O que é princípio educativo?2. O que é espaço educativo na pesquisa?

TÓPICOS1. Educação, pesquisa e emancipação2. Limites do apenas “ensinar”3. Limites do apenas “aprender4. Vazios da escola formal

CONCLUSÃO1. Contexto

1-O que é princípio educativo? Atitude de pesquisa via processo

educativo,como postura de questionamento criativo, desafio de inventar soluções próprias, descoberta e criação de relacionamentos alternativos, sobretudo motivação emancipadora.

2. Qual é o espaço educativo da pesquisa? Na escola deve emergir o desafio da ciência,

como espaço educativo, até porque, em nome da pesquisa o professor deve ser cientista. Esta colocação basta para revelar a distância entre o exercício do magistério e o ambiente de produção científica. Pesquisa faz parte da noção de vida criativa em qualquer tempo e em qualquer lugar.

Emancipação é o processo histórico de conquista e exercício da qualidade de ator consciente e produtivo. Trata-se da formação do sujeito capaz de se definir e de ocupar espaço próprio, recusando ser reduzido a ser objeto.

A escola pode ter papel estratégico como instrumento público, para igualar oportunidades, à medida que se torna espaço popular, para concepção e exercício de cidadania.

A sala de aula, lugar de emancipação e formação educativa, torna-se prisão da criatividade, à medida que, se torna ambiente meramente, de processos via transmissão e de imitação.

Ao recriar, o “ensinador” é essencial recuperar a atitude de pesquisa, assumindo-a como conduta estrutural, a começar pelo reconhecimento de que, sem a pesquisa não há como ser professor em sentido pleno.

A aula terá fundamental distinção entre alfabetizar com reprodução e como agente motivador do aluno à dominar a escrita e a leitura e, como instrumento formal no processo de formação do cidadão emancipado.

“decorar” deveria ser riscado do mapa, mas na concepção de Paulo Freire, é fundamental alfabetizar como reprodução da escrita e da leitura.

Limites do apenas “aprender”

A ironia da cola

Alternativa para

criatividade própria

A escola formadora

Político-social

Impulso educativo

à construção

de cidadania

Nada é mais bem decorado do que a cola. Mas esta cola pode emergir algo da contra-ideologia. O aluno pode revelar a criatividade em fugir da coação. O instrutor imbecil merece uma cola inteligente. A cópia perfeita é a cola. Tal condição reduz o aluno ao mero aprender e imitar, obstruindo sua criatividade.

Com interação fora do ambiente da aula, para criar soluções próprias;

O mestre que aprende à aprender;

A pesquisa como método para a motivação;

Aplicação do saber como prática diária;

É mister o contato com materiais didáticos motivadores.

É essencial é que o currículo seja instrumento para essa formação:

1. O currículo não como mera doutrinação política, na educação como intérprete da realidade

2. Atividade de interação de exercício de cidadania3. Criação de exercícios curriculares complementares, para

fomentar o aprendido em sala de aula4. Currículo alternativo: interação aluno X escola5. Programações culturais, associados a pesquisa na condição de

instrumento histórico-cultural.

Moral e Cívica deve ser impulso educativo à construção e definição da cidadania, jamais um freio ideológico.

Vazios da escola formal

Pesquisa na escola formal

Os desafios da escola formal

A falta que a pesquisa traz como instrumento da descoberta e da elaboração própria

A falta como agente motivador do questionamento e do diálogo

a)Assumir papéis de espaço cultural e comunitário

b)Incentivo aos processos educativos emancipatórios

c)Oportunizar uma educação séria e eficaz

d)Cultivar a noção de patrimônio social e comunitário

e)Conscientização da transparência da administração pública

f)A escola constitui-se como palco das realizações políticas, profissionais e de cidadania

g)Reciclar e renovar dos profissionais e materiais, pela urgência do progresso da ciência

DEMO, Pedro. Pesquisa: princípio científico e educativo. 12. ed. São Paulo: Cortez, 2006. p. 46 a 97