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7/26/2019 A Fotografia Subjetiva e a Moderna Fotografia
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A Fotografa Subjetiva e a moderna otografa 1 / 2
Celso Guimares
O flsoo Merleau!ont" es#reveu $ue nossos ol%os so mais re#e&tores
&ara as lu'es( as #ores e as lin%as) &ro#essadores do mundo $ue t*m o dom
do vis+vel,
-os .ltimos anos( vivese um del+rio em torno do status da imagem( seja em
#inema( televiso( otografa ou na #ultura em geral, O %omem est vivendo
muito mais da imagem do $ue se servindo delas,
0ierentes autores #omo( &or eem&lo( il3m Flusser 415678( #onsideram
$ue( nos dias de %oje( % uma idolatria das imagens em detrimento de seus
signif#ados, 9ssa imagi#i'a:o obs#ure#e os objetivos &ara os $uais oram
&rodu'idas, !or outro lado( o %omem est deslumbrado #om a imagem
t3#ni#a( &or3m no &elo seu lado eman#i&ador so#ial( mas &elo lado vulgar(
#orri$ueiro, 0o %omem de ;as#au at3 os nossos dias( a imagem
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-os dias de %oje( os Ea&arel%os otogrf#os( a mani&ula:o e o
arma'enamento da imagem gan%aram novos aliados $ue demo#rati'aram o
estado da arte numa &rogresso alu#inante, Obviamente( o vulgar e os
&o&ulares &arti#i&am desse mundo da a:o, 0igase de &assagem $ue no
% neste #omentrio nen%um &re#on#eito, O %bito do uso da imagem
am&lia o gru&o de &essoas $ue antes eram im&ossibilitadas de usar o seu
&oder de a&reender e de am&liar a$uilo $ue vale a &ena ser ol%ado( #omo
uma gramti#a do ver,
Assim sendo( o ver se torna &rimordial e nos leva ao #onronto imediato do
ol%o e do a&&aratus $ue( ao longo da %istria( gerou #ontrov3rsias no #am&o
da &rodu:o de imagens, -a o&inio de Andr3 ouille( Ea antiga unidade
%omemimagem d lugar a uma nova unidade realimagem 42==5?7>8( a
arte entra em #onHito #om o novo &ro#esso imag3ti#o( #om a mudan:a dos
instrumentos &ara a m$uina( doatelier &ara o laboratrio( e
#onse$uentemente( dos materiais, A#om&an%ando o ra#io#+nio de Flusser(
vaise #onrontar o &ensamento s#io%istri#o onde se tem a &assagem do
artesanal setor se#undrio &ara as atividades de manuatura e
transorma:o, -a #ontem&oraneidade( en#ontrase um novo &aradigma( o
setor ter#irio( $uando a&are#e o #am&o digital gerando uma
universali'a:o do mundo imag3ti#o,9sse &reImbulo introdu' ao objetivo deste trabal%o $ue 3 a visibilidade do
&ensamento otogrf#o nas#ido na Aleman%a &sguerra a Fotografa
Subjetiva 4SubjeJtiv Fotografe8 atrav3s de seu &re#ursor( 0r, Otto Steinert(
e suas rela:Des #om o &ensamento moderno,
A otografa e a modernidade
-as#ida justamente #om a industriali'a:o( a otografa 3 moderna e
#onere nova visibilidade arte introdu'indo a imagem te#nolgi#a, O novo
instrumento Edo ver &rovo#a no artista um Enovo real( vasto e #om&leo(em #onstante &rogresso,,, uma maneira 4nova8 de ver e de mostrar,,, do
visto e no visto,,, a iman*n#ia 4ouille( 2==5?758, K devido ao seu
nas#imento e a suas imbri#a:Des do moderno no moderno da arte $ue
#ontrov3rsias iro a#om&an%la em sua trajetria, Mesmo tendo mais de
16= anos de Eaventura( s a &artir das reHeDes do Movimento Moderno
tardio 3 $ue a #r+ti#a das Artes isuais in#lusive os &r&rios otgraos $ue
no se &reo#u&avam &elas $uestDes teri#as &ermeantes ao seu &ro#esso
vai &rovo#ar uma radi#al mudan:a no &anorama das artes, !ara os autores(
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o entreguerras assume defnitivamente essa mudan:a dos &ro#essos
#riativos,
A otografa atravessa o s3#ulo LL #riando seus aetos e desaetos( sendo
9ugNne 0ela#roi o seu mais aguerrido adversrio? &ara ele( Ea otografa
soria de enermidade &aradoal( em virtude de sua enorme &erei:o( de
sua &retenso de re&rodu'ir tudo 4in ouille(2==5?>8, Mesmo assim( dos
#li#%*s art+sti#os( da otografa do#umento( da ilustra:o #ientif#a ou
mesmo junto s series de modelos &ara estudos anatPmi#os da K#ole de
Qeau Arts( en#ontrase( durante esse s3#ulo( o &er+odo de desenvolvimento
e afrma:o da otografa, Sob o ol%ar do %istoriador Otto Stel'er 415RR8(
al3m de seu desenvolvimento t3#ni#o inerente aos a&arel%os e da
demo#rati'a:o da imagem( a otografa #onvergia no Imbito est3ti#o( Eao
modo de #om&ortamento na #ontem&la:o do mundo material) a viso
segundo a &ers&e#tiva #entral 415RR?B=8, Ou seja( a fa:o de &onto de
uga #entral objetiva o eu( em um #onronto rontal e individual #om o
objeto( &rin#+&io esse imanente na #amara obs#ura( al3m do $ue( &ara uan
Font#uberta Ebi'arramente a objetividade otogrf#a vai nas#er de uma
ealta:o mais ou menos en#oberta da subjetividade 4156>?1=8,
9ssa objetividade #riouse &ela #ren:a na similitude da otografa #om o
objeto( na vera#idade atribu+da a ela( ato $ue #ausou Etanta admira:o#omo &er&leidade j $ue esses argumentos seriam Eo tiro &ela #ulatra $ue
negaria o status art+sti#o 4o&, #it,?128 nas d3#adas fnais do s3#ulo LL,
A %istria re#on%e#e $ue os &ioneiros da otografa no energaram( em sua
essen#ialidade imag3ti#a e teri#a( do $uanto a otografa era #a&a'( e
#ondu'iam a otografa #omo mero instrumento das Qelas Artes, Observase
$ue o desenvolvimento da ind.stria( &or um lado( in#idiu &ositivamente
a#ilitando o a#esso do &.bli#o e &ossibilitando o #onsumo massivo de
imagem( mas &or outro lado oi esse o Etiro &ela #ulatra de sua &retenso&rimeira, Sob o ol%ar de Talter Qenjamim 4156R8 a otografa oi o &rimeiro
meio s#iorevolu#ionrio de re&rodu:o at3 ento 4o&, #it,?718, A &artir do
a&are#imento da QroUnie da VodaJ em 1665( estava #riado o instrumento
$ue des&rendia a otografa do #on%e#imento t3#ni#o dos es&e#ialistas e
&assava a in#or&orar #ultura( Ea do#umenta:o do &rivado,,, 4o&,#it,?1R8,
K o ini#io do sna&s%o trivial( &rin#i&almente &s Guerra Mundial( $ue( ao
ol%ar atual( vai en#ontrar similitudes #om o &ragmatismo da otografa
digital, 9ssas #ontrov3rsias mar#am a otografa at3 os idos de 156=(
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&rovo#adas &or &ensamentos #onHitantes #arregados de &ontos de vista ou
en#aiandoa nas anlises sob o &onto de vista generalista( remetendoa a
sua sim&les e&resso luminosa( de me#anismo de registro( entre outros,
Ante#edentes da Fotografa Subjetiva
Mudan:as substan#iais na so#iedade o#idental o#orreram durante o fm do
s3#ulo LL at3 os &rimeiros trinta anos do s3#ulo seguinte, Maiores ainda(
$uando se o#am os &aradigmas e objetivos da arte a &artir desse &er+odo,
E@A arte no se revela mais atrav3s da &intura ou otografa( mas( em
&rimeiro lugar( atrav3s da fgura do artista o ser #riativo
4Font#uberta(156>?7=8, A obra tornarse multidis#i&linar e o uso das m+dias(
#omo a otografa( se do #om naturalidade( inde&endentemente( das
&roblemati'a:Des $ue o#orreram em tem&os outros, Wal atitude &assou a
&erten#er aos #+r#ulos amadores, 9n#ontrase( agora( a arte de Mo%ol"
-ag"( Man a"( entre outros( em $ue a otografa e a te#nologia so
reer*n#ias assuntivas do &rogresso e uturo, O antagonismo entre
&i#torialismo e &urismo se su&era e novas &rti#as se su#edem, Como &onte
a este &ensamento( en#ontramse nesse &er+odo algumas &assagens
im&ortantes na otografa( &or eem&lo( *nase na otografa naturalista( os
#lubes de otografa( a !%otoXSe#ession de Stieglit' e outros, -a Aleman%a(
o !i#torialismo e as vanguardas -ova Objetividade 4-eue Sa#%li#%Jeit8 em$ue a retri#a estava baseada( &rimeiramente( no tratamento singelo dado
lu' e nas $ualidades tonais e( &or fm( na e&ressividade das ormas e a
E-ova iso 4-eue Se%en8, 9stas .ltimas a&are#em &ara #ontestar as
limita:Des do &i#torialismo e da sua rejei:o ao mundo dos e&erimentos,
9n$uanto o &i#torialismo 3 resultado da manualidade do a'er otografa( a
E-ova iso se en#ontra atrav3s de seus &r&rios &ro#edimentos, enger
!at's#%( uma das fguras &re&onderantes desse movimento( em seu artigo
de 152( es#revia $ue Eno sentia nen%uma ne#essidade de estender oslimites da otografa,,, as $ualidades &r&rias da realidade re&resentada
otograf#amente eram o seu interesse 4in Font#uberta(156>?718, !or outro
lado( &ara Mo%ol"-ag"( Ea otografa #onstitu+a( em ess*n#ia( um sistema
&er#e&tivo distinto do %umano e &ara &ro&or#ionar novas e&eri*n#ias do
mundo,,, e &ro&or#ionar uma nova viso,,, 4o&,#it,8, Mo%ol" no se
#onorma #om a &assividade de atua:o do &urismo da otografa em
rela:o ao meio? atuando #omo verdadeiro #ientista na bus#a de novas
vertentes( e&erimentando os avan:os e &ossibilidades t3#ni#as de sua
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3&o#a( rom&e #om o &ensamento #onservador da otografa, Sobressaem os
otogramas( otomontagens( solari'a:Des( entre outros,
!aralelamente( al3m do artista #riador a &artir da otografa o#orre( nesse
&er+odo( a e&anso da otografa do#umento( em $ue ootojornalismo tem
relevada im&ortIn#ia imag3ti#a X en#ontrase a otografa o&eratria(
a&oiada nos valores 3ti#os e utilitrios da imagem e na sua un:o
do#umental so#ial August Sander 3 um eem&lo,
Sua atua:o vai su&lantar( desde o seu surgimento( as re&resenta:Des
imag3ti#as de origem manual( a&oiada nas novas te#nologias dos sistemas
de im&resso( nas #Imaras de &e$ueno ormato( na grande im&rensa( entre
outros, !odese lembrar dos otgraos 9ri#% Salomon( a#ob iis( ;eUis
Yine( de obert Ca&a e( o mais #3lebre deles( Yenri CartierQresson e sua
;ei#a,
nteressante notar $ue o otojornalismo #ont3m o &ensamento &urista
$uando( resumidamente nas &alavras de ouille( Eo &ro#esso otogrf#o 3
#on#ebido #omo um meio de liberar &or elimina:o( #orte e sim&lif#a:o
a verdade( $ue est o#ulta( na realidade vis+vel 4ouille(2==5?1728,
9n$uanto a E-ova iso vai se tornar &ano de undo #r+ti#o e&.bli#a de
Teimar e aos seus desdobramentos uturos o%n Yeartfeld seu mel%or
eem&lo no #am&o das artes grf#as a &artir da otografa ( aotodo#umenta:o se torna a mais elo$uente linguagem do &oder instalado,
@1A&arel%o 3 utili'ado &ara indi#ar enPmenos de diversas nature'as( mas
o autor o utili'a no sentido metari#o( Ese no osse a eist*n#ia deles na
#ultura( no &oderseia alar de outros a&arel%os, 4F;ZSS9(15678
A Fotografa Subjetiva
A Aleman%a( trin#%eira da vanguarda otogrf#a( a&s 1577( #erra as &ortas
da Qau%aus( Eardem os livros de Sander 4Font#uberta(156>?778( Salomonmorre em Aus#%Uit'( Mo%ol"-ag"( Man a"( Yerbert Qa"er( entre muitos(
migram &ara a Am3ri#a,
een#ontrase uma Aleman%a( do &sguerra( derrotada e traumati'ada
&elo na'ismo( em meio ao va'io e nusea( $uando surge nos idos de 15>6(
o gru&o Fotoorm( #om&osto &or #in#o &rofssionais otgraos e um amador
$ue( ra&idamente( assume sua lideran:a( o m3di#o 0r,Otto Steinert,
Otto Steinert 4151BX1568@2( na juventude( #omo estudante( j era
inHuen#iado &ela otografa e a arte moderna? autodidata( trabal%ava #omo
http://www.studium.iar.unicamp.br/31/5/index.html#_ftnref1http://www.studium.iar.unicamp.br/31/5/2.html#_ftn2http://www.studium.iar.unicamp.br/31/5/index.html#_ftnref1http://www.studium.iar.unicamp.br/31/5/2.html#_ftn27/26/2019 A Fotografia Subjetiva e a Moderna Fotografia
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otgrao &ara ajudar em seus estudos de medi#ina e #omo jovem m3di#o
&rodu'iu uma s3rie de flmes instru#ionais #ient+f#os, -e#essitava ainda do
aval art+sti#o &ara suas otos( #onorme es#reve Frit' Vem&e 415R?8( o $ue
a#onte#e no &sguerra( em Saarbr[#Jen,
Werminada a guerra( ele abandona a #arreira de medi#ina e se torna ativo no
#am&o da otografa, Come:a a e&or suas Enovas otografas
interna#ionalmente e( imediatamente( re#ebe o re#on%e#imento junto
#omunidade alem, Sua desenvoltura e varia:Des t3#ni#as( sua intensiva
es#ala de tons em &reto e bran#o( suas ormas defnidas #arregadas de
e&resso( l%e do ra&idamente o #reden#iamento #omo a nova or:a
intele#tual da otografa alem, A inHu*n#ia dos movimentos vanguardistas
dos anos vinte 3 vis+vel em seus trabal%os Eeman#i&ado dos ormalismos e
sem alsas atitudes) esse 3 o #amin%o no $ual ele enati'a as &retensDes
subjetivas do otgrao 4o&,#it,? &,8,
Aula
Aula
Aula
Aula
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Aula
Aula9m 15>6( 3 #onvidado a im&lantar a dis#i&lina de otografa na A#ademia
9stadual de Artes e O+#ios de Saarbr[#Jen e ini#ia( ento( sua #arreira
a#ad*mi#a #omo Emestre@7em otografa, 9m 15B2 tornase seu diretor e(
no ano seguinte( re#ebe o t+tulo de &roessor, 9m 15B 3 #onvidado &ara
le#ionar na amosa es#ola Su&eriorFolJUangs#%ule [r Gestaltung em 9ssen
Terden( mais tarde Zniversidade de 9ssen( onde &ermane#e at3 morrer,
!ara Steinert( a t3#ni#a deve ser to sim&les $uanto ef#iente( e o dom+nio
dela 3 resultado da edu#a:o otogrf#a a otografa deve #ome:ar de&ois
da t3#ni#a, Atrav3s de eem&los &rti#os( nas #orre:Des dos trabal%os
&rodu'idos &elos seus estudantes( ele &assava suas id3ias e #r+ti#as( muitas
ve'es em tom irPni#o( duras( mas #om or:a e objetividade e sem &erder a
des#ontra:o? nossas aulas( nos idos da d3#ada de 15=( #ome:avam &ela
man% e no t+n%amos %orrio &ara en#errar,
-a &rimeira E!%otoJina@> em Colonia / Aleman%a( em 15B=( o
gru&o Fotoorm se desta#a dos demais e&ositores e obert d\Yoog%e
es#reve( resumidamente( $ue as vinte e $uatro otos 16 L 2> #m e&ostas
so #onsideradas #omo uma bomba atPmi#a em meio ao romantismo
ilustrativo de um mundo sentimentalista #om base no s3#ulo LL, Mais
tarde( em 15RB( ele relembra $ue os jovens no &odem imaginar a dieren:a
entre a$uele tem&o e o de ento( E,,, muitas &essoas no desejam
rememorar(,,, !odese #onsiderar $ue) na$uele dia uma nova era da
otografa Alem %avia #ome:ado, Seu &roeta #%amase Otto Steinert
4in Vem&e(15R?,8,Zm ano de&ois( a#onte#e a &rimeira e&osi:o nterna#ional de Fotografa
Moderna( em Saarbr[#Jen( organi'ada &or Steinert junto #om Yannes
-euer( W%eo Siegle e o %istoriador de artes ose Adol S#%moll, Weve grande
re&er#usso junto #omunidade( &ois a id3ia oi #om&artil%ar o es&+rito
#riador da otografa moderna( re#u&erar os elos rom&idos &elos na'istas(
a'endo rea&are#er Enovas gera:Des de artistasotgraos #omo es#reve
ouill3 42==5?278, !arti#i&aram tanto euro&eus #omo ameri#anos e( a essa
&rimeira e&osi:o( seguemse duas mais( em 15B> e 15B6( $ue &er#orrema 9uro&a at3 #%egar a o#%ester nos 9stados Znidos,
http://www.studium.iar.unicamp.br/31/5/2.html#_ftn3http://www.studium.iar.unicamp.br/31/5/2.html#_ftn4http://www.studium.iar.unicamp.br/31/5/2.html#_ftn3http://www.studium.iar.unicamp.br/31/5/2.html#_ftn47/26/2019 A Fotografia Subjetiva e a Moderna Fotografia
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!odese di'er $ue 3 nesse #onteto $ue a&are#em as teorias da SubjeJtive
Fotografe( #ujas reer*n#ias anteriores vo en#ontrar #ontribui:Des nas
e&eri*n#ias da E-eue ision e E-eue Sa#%li#%Jeit( mas sujeitas
subjetividade do autor( &or$ue Esua *nase est no im&ulso #riativo e
individual do autor( #omo es#reve Steinert e( mais rente( Edevolvia a
dimenso %umanista s atividades dos otgraos 4in Font#uberta(
156>?7>8,
elendo 9isenUert% 415B28@B( no &rimeiro maniesto da e&osi:o SubjeJtiv
Fotografe( ele #onsiderava $ue( inde&endente da objetividade ou mesmo
na #on#e&:o dos &rin#+&ios da Enova objetividade( o mundo otogrf#o
em seu naturalismo tem #omo su&orte as novas t3#ni#as de re&rodu:o da
imagem, A introdu:o da te#nologia( tanto das m$uinas #omo das
objetivas( &rodu'iram #laramente momentos mar#antes( in#lusive &ol+ti#os(
#omo( tamb3m( Ea rie'a da -ova Objetividade 4S#%moll(15B2?1B=8,
-o fnal dos anos >=( in+#io dos B=( o realismo ainda eer#ia orte inHu*n#ia
nos otgraos( mas( &ara o %istoriador( nessas d3#adas j se &ronun#iava(
junto #om a mudan:a da viso otogrf#a( a transorma:o do modo de
eibi:o visual, 9isenUert% 4155=8 #onsidera $ue a subjetividade na
otografa no era #ons#iente( &or$ue o sentir subjetivo se dava nas mais
variadas ases de todos os outros meios de re&resenta:o( in#lusive da#%amada grande arte e a subjetividade na otografa era &ara muitos Eo
joguete das &ossibilidades reali'veis dos &ro#essos t3#ni#os 4o&,#it,8,
9istia na 3&o#a a #ren:a no grande valor da realidade( a &artir da
otografa $ue seria( indis#utivelmente( o elemento da otoimagem o
$ue( dessa maneira( #riaria uma tenso entre o Subjetivismo e ealismo, Os
autores #onsideram $ue na antiga viso( a objetiva:o me#Ini#a dos
&ro#essos otogrf#os 3 tamb3m uma revela:o de iluso e no invalida a
sua ef##ia junto ao &.bli#o( o $ue tornou a otografa( #omo o flme( Eosmeios imag3ti#os de de#iso4o&,#it,8 desban#ando as belas artes,
A otografa &arti#i&a na orma:o de nossa viso( &romovendo( assim( a
#ren:a da realidade( da verdade( tornandose es&e#ialmente ade$uada &ara
&arti#i&ar( desde o seu in+#io( dos #am&os das #i*n#ias otografa amiliar
e( #omo tal( uma reer*n#ia #omo imagemdo#umento( &or e#el*n#ia,
Con#retamente( a #%amada Fotografa Subjetiva no tem uma defni:o
#lssi#a, Otto Steinert #on#eitua seus &rin#+&ios a &artir do gru&oFotoorm e
das tr*s grandes e&osi:Des reali'adas( a&oiado &or sua &rodu:o
http://www.studium.iar.unicamp.br/31/5/2.html#_ftn5http://www.studium.iar.unicamp.br/31/5/2.html#_ftn57/26/2019 A Fotografia Subjetiva e a Moderna Fotografia
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otogrf#a( junto aos #atlogos das e&osi:Des e nas diversas re&ortagens
reali'adas &ela im&rensa jornal+sti#a e revistas es&e#iali'adas na d3#ada de
B=, esumidamente( em ZlriJe Yermann 42==18@R)
E,,&ara Otto Steinert( uma otografa no &oderia ter um Eestilo( mas sim
&osi#ionar uma inten:o art+sti#a, !ara ele a inHu*n#ia sobre a &rodu:o da
imagem otogrf#a( o momento da #on#e&:o &essoal do otgrao(
re&resenta o #on#eito #%ave de entendimento do $ue 3 a otografa
subjetiva no &sguerra 4Yermann(2==1?B7B>8,
Como oi des#rito a #ima( Steinert tem inHu*n#ias ortes dos movimentos da
E-ova iso e da E-ova Objetividade e( a &artir deles( a Fotografa
Subjetiva tem no e&erimentalismo legitima:o( de modo #ons#iente e
E#omo um flo #riativo da$uilo $ue o otgrao $uisera #omuni#ar
4Font#uberta(156>?7>8 dierentemente da otografa utilitria e da
do#umental, !ara Steinert( a amiliaridade t3#ni#a( a#ilitadora do
&ro#essamento imag3ti#o( viabili'a ao otgrao se aventurar no #am&o
visual, Mesmo assim( #onsiderava a &roliera:o de mil%ares de otografas
amadoras #omo um in#onveniente da #ria:o e( devido a tal( #om&reendia
$ue o &.bli#o no Etin%a #a&a#idade t3#ni#a &ara as &ossibilidades da
&rodu:o 49sJildsen(155=?128, Sua inten:o nesse #omentrio 3
trans#ender o status $uo da me#ani'a:o da imagem,
A&&el( 15B=
http://www.studium.iar.unicamp.br/31/5/2.html#_ftn6http://www.studium.iar.unicamp.br/31/5/2.html#_ftn67/26/2019 A Fotografia Subjetiva e a Moderna Fotografia
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9inussgaenger( 15B=
MasJe einer Wan'erin( 15B2Stilleben mit !eie(15B6
9m sua segunda maniesta:o sobre as &ossibilidades #riativas na
otografa( ele enati'a alguns elementos e #ondi:Des &ara a #ria:o de
imagens( mas &ondera $ue essa inten:o no deve ser levada #omo
ormato de #lassif#a:o nem de re#eiturio, !ara ele( #omo &ensador
moderno( o &lano te#nolgi#o era relevante no &ro#esso da imagem( $ue
&oderia ser utili'ado de a#ordo #om a #a&a#idade t3#ni#a de #ada um e(
atrav3s dos elementos daGestaltung a&li#ados otografa( era elaborada e
analisada a imagem, 9sses atores eram #ondi#ionantes re#+&ro#as e em
rela:o Fotogestaltung( onde( resumidamente( dieren#iase)
EA es#ol%a do objeto 4motivo8 e seu isolamento na nature'a,
A viso de dentro da &ers&e#tiva otogrf#a,
A re&resenta:o ototi#a,
A Wrans&osi:o dos tons naturais &ara a es#ala de valores e a otografa
#olorida, O isolamento do tema da tem&oralidade da nature'a,
4Steinert(15R?1BR8
!ara #ada item ele #onsiderava os as&e#tos &ertinentes de anlise dos
elementos de #ria:o da imagem, Como eem&lo( na es#ol%a do motivo na
#ria:o da imagem( &araraseando Steinert( esse est sem&re ligado ao
objeto e a sua es#ol%a 3 o leitmotiv do tema 3 o ato da es#ol%a do motivo,
Como o objeto 3 es#ol%ido e #omo en#aramos esse objeto 3 o in+#io da
#ria:o e( tamb3m( reHete a atitude es&iritual do otgrao, Como nas
#i*n#ias( na arte vamos en#ontrar seus elementos undamentais, Se aotografa &retende ser algo mais $ue uma sim&les #&ia da nature'a( Edeve
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reHetir sobre os signif#ativos meios de sua Gestaltung 4#on#eitos
undamentais8 e #om eles en#ontrar #ontem&orIneos e es&e#+f#os meios de
re&resenta:o &r&rios 4o&,#it,8( ensina ele,
Mais adiante( em rela:o ao &ro#essamento t3#ni#o e aos atores subjetivos(
ele desenvolve em seu &ensamento distintas eta&as de suas reali'a:Des no
#am&o da #ria:o otogrf#a e( &rin#i&almente( observa os atores mais
ativos no &lano t3#ni#o e subjetivo #omo)
A mera re&rodu:o otogrf#a,
A #&ia otogrf#a do#umental,
A #ria:o otogrf#a EFotogestaltung,
A otografa absoluta@, 4o&,#it,?1BR8
esumidamente( esses &ontos re&resentam as dieren:as entre os #amin%os
&oss+veis da otografa, 0a ren.n#ia aos #li#%*s otogrf#os at3 a
desmateriali'a:o( a e&erimenta:o e a transorma:o &or $uais$uer
&ro#essos otogrf#os do objeto em algo abstrato( so resultados vlidos
absolutos e &ositivos da viso e da Fotogestaltung( &ossibilitando
E,,,imagens $ue no se deiam #atalogar dentro de es$uemas da
#om&osi:o otogrf#a usual 4o&,#it,?1BR8, !ara ele( as duas .ltimas
#onotam a Fotografa Subjetiva,!ara o Eini#iador de um movimento otogrf#o #omo 3 designado &or seus
&ares na Aleman%a( o %omem est sem&re em evid*n#ia e o ato #riativo
vem a &artir de sua e&eri*n#ia( a$uilo $ue determina a $ualidade da
#onstitui:o da imagem otogrf#a,
Ato #riativo
Sabese $ue o %omem vive #er#ado de imagens e sua identif#a:o se a'
#om elas e nelas, -s as observamos, -s a'emos imagens, -s atra+mos e
inormamos atrav3s delas, -s j temos as imagens na #abe:a, A imagem#omo meio de #omuni#a:o tra' a otografa( imagem resultante da
abstra:o de duas das $uatro dimensDes es&a:otem&orais e Edeve sua
origem #a&a#idade de abstra:o es&e#+f#a $ue &odemos #%amar de
imagina:o ensina Flusser 4156B?8,
A imagina:o( #omo #a&a#idade de designar e de e&rimir o sentido e o
evento $ue se en#ontra na su&er+#ie imag3ti#a( em uma &rimeira mirada ou
em um a&roundamento( onde novas des#obertas se aro &resentes Ena
rugosidade da imagem 4ouille(2==?2=8, So os reerentes $ue no
http://www.studium.iar.unicamp.br/31/5/2.html#_ftn7http://www.studium.iar.unicamp.br/31/5/2.html#_ftn77/26/2019 A Fotografia Subjetiva e a Moderna Fotografia
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&odem ser inseridos diretamente na imagem( &or desdobramentos
fgurativos oto$u+mi#os( mas $ue interv*m igualmente nelas, A est3ti#a da
Fotografa Subjetiva nas#eu desses va'ios entre dois as&e#tos mutuamente
im&li#ados de in+#io( E3 o va'io entre o subjetivo e o objetivo $ue &ermite o
subjetivo( afrma Yugunin 41566?1BB8, 9la no determina a distin:o entre
&ensar e sentir( da inten:o moral ou de#iso ormal( 3 um momento
de#isivo individual #ada tomada a' sua &r&ria es#ol%a $uanto ao $ue
#onstitui verdade &uramente &essoal e subjetiva &ara si &r&rio, !ara
e#%ar( Otto Steinert em seu teto sobre EAs &ossibilidades de #ria:o em
otografa@6es#reve) E3 a $ualidade do ato #riativo $ue determina em
.ltima instIn#ia a #onstitui:o da otografa #omo imagem 415R?1BR8,
A&oio) FA!9
@20urante a guerra serviu #omo of#ial m3di#o sanitarista na VliniJ der
C%arit3,
@7-a Aleman%a( EMestre 3 titulo dado aos &rofssionais es&e#iali'ados nas
es#olas t3#ni#as de o+#ios( de&ois de um &er+odo de &rti#a &rofssional,
@>!%otoJina 3 a maior eira mundial de a&arel%os e su&rimentos &ara
otografa e in#lui uma grande e&osi:o otogrf#a,@BCodinome do %istoriador ose Adol S#%moll,
@RWese de doutorado a&resentada na Zniversidade de Vassel( &ubli#ada
eletroni#amente,
@A desmateriali'a:o a e&erimenta:o,
@6Witulo original) EZber die Gestaltungsmoegli#%Jeiten der FotografeE
Celso Guimares &ossui gradua:o em isuelle VommuniJation Zniversitat9ssenGesamt%o#%s#%ule 415R8( mestrado em VommuniJationsdesign
Qergis#%e Zniversit]t Tu&&ertal 415518 e doutorado &ela CO!!9ZF na
rea de Com&uta:o de Alto 0esem&en%o #om &es$uisa e Wese enati'ando
a
7/26/2019 A Fotografia Subjetiva e a Moderna Fotografia
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0esign e no #am&o da Yistoria do 0esign, 0esenvolve a lin%a de &es$uisa
sob o tema