Post on 08-Nov-2018
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
DIRETORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO: MÉTODOS E TÉCNICAS DE E NSINO
ADÉLIA HONÓRIO DE CARVALHO
A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL: AVANÇOS E RETROCESSOS
MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO
MEDIANEIRA
2013
ADÉLIA HONÓRIO DE CARVALHO
A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO A DISTÂCIA NO BRAS IL: AVANÇOS E RETROCESSOS
Monografia apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Especialista na Pós Graduação em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino, Modalidade de Ensino a Distância, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR – Câmpus Medianeira.
Orientador(a): Prof. MSc. Priscila P Gasparin
MEDIANEIRA
2013
Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de
Ensino
TERMO DE APROVAÇÃO
A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO A DISTÂCIA NO BRASIL: AVANÇOS E RETROCESSOS
Por
Adélia Honório de Carvalho
Esta monografia foi apresentada às........ h do dia........ de................ de 2013 como
requisito parcial para a obtenção do título de Especialista no Curso de
Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino, Modalidade de Ensino
a Distância, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Medianeira. O
candidato foi argüido pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo
assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho ..............
______________________________________
Profa. M.sc. Priscila Pigatto Gasparin. UTFPR – Câmpus Medianeira (orientadora)
____________________________________
Prof Dr. .................................................................. UTFPR – Câmpus Medianeira
_________________________________________
Profa. M.Sc. .............................................................
UTFPR – Câmpus Medianeira
Dedico este estudo a meus pais e irmãos pelo incentivo,
Aos meus verdadeiros amigos pela confiança,
E a Deus por ser à base da minha existência e das minhas realizações.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus pelo dom da vida, pela fé e perseverança para vencer
os obstáculos.
Aos meus pais, e irmãos pela orientação, dedicação e incentivo nessa fase do
curso de pós-graduação e durante toda minha vida.
Aos meus amigos que indiretamente estiveram presentes durante o decorrer
desses meses de pós- graduação.
À minha orientadora professora M.Sc Priscila P. Gasparin, que me orientou,
pela sua disponibilidade, interesse e receptividade com que me recebeu e pela
prestabilidade com que me ajudou.
Aos pesquisadores e professores do curso de Especialização em Educação:
Métodos e Técnicas de Ensino, professores da UTFPR, Câmpus Medianeira.
Aos tutores presenciais e a distância que nos auxiliaram no decorrer da pós-
graduação.
Enfim, sou grata a todos que contribuíram para realização desta monografia.
“Não importa saber se a gente acredita em Deus:
O importante é saber se Deus acredita na gente”.
(MARIO QUINTANA)
RESUMO
CARVALHO, Adélia Honório de. A evolução Histórica da Educação a Distância no Brasil: Avanços e Retrocessos. 2013. Número de folhas 37: Monografia (Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2013.
O presente estudo tem por objetivo discutir a evolução história da educação à distância (EAD) a partir da análise de aspectos históricos e de projetos em EAD no país. Buscou-se demonstrar que a Educação a Distância e o ensino presencial constituem duas modalidades de uma mesma função que é a educar e que a educação pode ser de qualidade ou não, independentemente de forma, nível ou modalidade em que se desenvolve. A partir da observação de publicações sobre a história da educação no país de diversos autores, principalmente o histórico da EAD no Brasil, discorremos sobre algumas iniciativas que viabilizaram condições para o funcionamento da EAD, anteriores e posteriores a lei de Diretrizes e Bases Nº 9394/96, assim como a situação atual da educação à distância no Brasil, enfatizando os limites e as possibilidades propiciadas por essa modalidade de ensino no nosso país. Observou-se através das referências que muitas mudanças ocorreram dentro do Ensino a Distância e todas em ritmo muito acelerado, assim como verificou-se que as diversas tecnologias de comunicação e informação atualmente foram inseridas no contexto educacional tornando-se ferramentas importantíssimas para a comunidade educacional. Palavras-chave: Educação a Distância, Educação a Distância no Brasil, Educação
a Distância: Projetos, Tecnologia de Informação.
ABSTRACT
CARVALHO, Adélia Honório de. A evolução Histórica da Educação a Distância no Brasil: Avanços e Retrocessos. 2013 Número de folhas: 37. Monografia (Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2013.
This study aims to discuss the evolution history of distance education based on the analysis of historical aspects and projects in EAD in the country. We sought to demonstrate that the distance education and classroom teaching are two forms of the same function which is to educate and that education can be quality or not, regardless of the form, level or mode in which it develops. From the observation of publications on the history of education in the country by several authors, especially the history of distance learning in Brazil, discourse about some initiatives that enabled the conditions for the functioning of EAD, before and after the Law of Guidelines and Bases No. 9394 / 96, as well as the current status of distance education in Brazil, emphasizing the limits and the possibilities offered by this type of education in our country. Keywords: Distance Learning, Distance Learning Brazil, Distance Learning: Projects, Information Technology.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................11
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..............................................................................13
2.1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, UM POUCO DE HISTÓRIA ...................................13
2.2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: CONCEITOS, DEFINIÇÕES E
CARACTERISTICAS..................................................................................................14
2.3 HISTORIA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL: PROJETOS ...............17
2.4 A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL: IMPLANTAÇÃO DA LEI DE
DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL, LEI 9394/96..........................23
2.5 A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS .............24
2.6 EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA: A UNIVERSIDADE ABERTA DO
BRASIL.......................................................................................................................27
2.7 OS DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA EDUCAÇÃO A DISTANCIA NO
BRASIL.......................................................................................................................29
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA ……………………… ....31
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................... ...................................................32
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .. ......................... .......................................................34
REFERÊNCIAS …………………………………………………………………………....35
11
1 INTRODUÇÃO
A educação brasileira ao longo dos anos vem buscando melhores condições,
com relação à infraestrutura, formação de professores, inovação tecnológica entre
outros fatores, os quais estão apresentando avanços significativos para uma
educação de qualidade.
A maioria das instituições educacionais possui um ensino presencial, em que
o professor e os alunos encontram-se presentes para ensinar e aprender, entretanto,
esse tipo de educação não chega a todos, e aliado a esse ensejo surge à Educação
a Distância (EAD) que é uma grande “promessa” para a redemocratização da
educação brasileira.
No decorrer da evolução histórica da educação como um todo, é possível
perceber que existem muitos fatores que contribuíram para o desenvolvimento da
EAD, a invenção da escrita, as cartas bíblicas, os livros escritos à mão, ou a
invenção da imprensa por Gutenberg, em 1453, podem ser citados como exemplos e
foram por meio dessas e de outras tantas tecnologias que surgiu a possibilidade de
obter conhecimento sem a presença do professor, ou seja, sem a presença física
dele.
No Brasil a EAD está em constante crescimento, busca capilarizar o ensino
com uma educação cada vez mais popular e esta popularização está tendo uma
grande aceitação em todo o país. Essa expansão tornou-se possível, graças ao
auxilio das chamadas TICs (tecnologias de informação e comunicação), ferramentas
facilitadoras, que ajudam a distribuir o conhecimento de forma rápida e abrangente
fazendo com que, surjam assim novos papéis para o educador e para o educando,
proporcionando novas atitudes e novas propostas pedagógicas.
Apesar de popular são poucas as informações disponíveis sobre esta
modalidade de ensino, desta forma, são necessários estudos mais aprofundados
sobre a evolução da EAD, em sua perspectiva histórica, partindo dos retrocessos e
indo até os maiores avanços e desafios.
Desta forma, a presente pesquisa buscou demonstrar e esclarecer alguns
dos pontos e projetos importantes sobre a EAD, não apenas enfatizando-a como
difusora de conhecimento, mas também mostrando os motivos que levaram a
esse crescimento expressivo no Brasil. Além disso, foram apresentados alguns
12
elementos históricos sobre a evolução da EAD entre os anos de 1920 a 2005,
enfatizando os retrocessos e as possibilidades de avanços.
Com os resgates históricos e o levantamento de dados, o trabalho fornece
informações, referente ao desenvolvimento e a importância da EAD no Brasil, em
que pode ser utilizado como fonte de pesquisa para futuros estudos.
13
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, UM POUCO DE HISTÓRIA
A partir da segunda metade do século XIX, o desenvolvimento da EAD pode
ser considerado com êxito, a fim de qualificar e especializar mão-de-obra, face às
novas demandas da nascente industrialização, da mecanização e divisão dos
processos de trabalho e continuou ao longo do tempo (FREITAS, 2008). As
primeiras experiências significativas em EAD no Brasil datam de 1920, no entanto
apenas na década de 80 e 90 é que seu crescimento aumentou efetivamente.
A expansão desta modalidade não está acontecendo apenas no Brasil, mas
em todos os lugares do mundo, por atingir um número elevado de pessoas, e por ter
custo baixo. De acordo com Martins (2001), muitos acreditam que ela seja a chave
da democratização da educação. De maneira geral a EAD causa polêmicas, alguns
a aplaudem e outros a criticam, no entanto, ela existe e se expande em meio a um
cenário de preconceitos e resistências (ALVES, 2009).
A partir de 1920, ano em que foi dado início aos maiores projetos nacional
através da EAD – projetos esses que tinham os mais diversos objetivos como: levar
educação através das rádios (Rádio Sociedade), profissionalizar um grande número
de pessoas em pouco tempo (Instituto Universal Brasileiro) – até 2005, ano em que
a EAD se expande definitivamente nas universidades públicas brasileiras através da
implantação da Universidade Aberta do Brasil, essa modalidade de ensino recebeu
muitas críticas, no que diz respeito à qualidade, avaliação, metodologias de ensino
empregadas, ou seja, recebeu criticas como qualquer outra metodologia de
aprendizagem que propõe algo fora daquilo que temos como parâmetro de
tradicionalidade (as ditas salas de aulas), com seus professores sendo os
disseminadores do conhecimento.
Apesar das barreiras e em meio às diversas dificuldades, nos dias atuais, a
EAD passou a ser considerada pela sociedade uma das mais importantes
ferramentas de propagação do conhecimento e de democratização da informação,
propiciando aos alunos uma diversidade de recursos humanos e tecnológicos,
colaborando assim de maneira bastante eficiente na formação continuada e na
preparação de profissionais para atuar no mercado de trabalho.
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Numa perspectiva global a EAD vem de encontro à necessidade de educação
aos setores ou grupos da população que (por razões diversas) tem dificuldades de
acesso a serviços educativos regulares. Entre essas razões destacam-se situações
geográficas, e sociais, falta de ofertas em determinados níveis ou cursos na região
onde residem ou, ainda as condições familiares, profissionais ou econômicas que,
de um modo ou outro impedem o acesso ou a continuidade no processo educativo
tradicional (BARRETO, 2006).
Com o avanço tecnológico e suas facilidades, a EAD esta se desenvolvendo
com uma grande velocidade em todo o mundo. No Brasil, essa propagação rápida
também acontece, porém, esbarra em obstáculos culturais que limitam o
crescimento e o melhor entendimento dessa modalidade de ensino. Desta forma, é
necessário que esses obstáculos sejam cada vez mais trabalhados, pois apenas
quando o aluno passa a assimilar perfeitamente a possibilidade de manter relações
de aprendizagem mediadas pela tecnologia é que o processo gerado pela Educação
a Distância passa a ter validade.
Pesquisas apontam números impressionantes em relação à quantidade de
alunos inseridos em cursos através da EAD, mas esses números são igualmente
insuficientes para inibir os tradicionais questionamentos acerca da sua qualidade,
eficiência, e da sua praticidade (PANIAGO, 2006).
2.2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: CONCEITOS, DEFINIÇÕES E CARACTERISTICAS
De acordo com Pimentel (2006), o conceito de EAD abrange um imenso
território de informações: suas características têm mais a ver com circunstâncias
históricas, políticas e sociais do que com a própria modalidade de ensino.
O crescimento desenfreado das tecnologias de informação mediadas com
transmissões via satélite, internet e material multimídia proporcionaram condições a
um desenvolvimento muito grande da educação, principalmente da modalidade à
distância. Existe um leque de possibilidades e de recursos que envolvem toda a
metodologia relacionada à EAD, variáveis que não estão apenas relacionadas à
aprendizagem, mas em todos os outros ramos que a envolve como o surgimento, e
até mesmo para as definições sobre o que se entende por EAD.
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São várias as concepções e conceitos utilizados pelos autores para se
compreender essa modalidade de ensino. Na definição de Otto Peters:
Educação/Ensino a distância é um método racional de partilhar conhecimento, habilidades e atitudes, através da aplicação da divisão do trabalho e de princípios organizacionais, tanto quanto pelo uso extensivo de meios de comunicação, especialmente para o propósito de reproduzir materiais técnicos de alta qualidade, os quais tornam possível instruir um grande número de estudantes ao mesmo tempo enquanto esses materiais durarem. É uma forma industrializada de ensinar e aprender (PETERS, 1973 apud NUNES, 1992).
Além deste conceito, Moore descreve outra definição sobre EAD:
Educação a distância é uma relação de diálogo, estrutura e autonomia que requer meios técnicos para mediatizar esta comunicação. Educação a distância é um subconjunto de todos os programas educacionais caracterizados por: grande estrutura, baixo diálogo e grande distância transacional. Ela inclui também a aprendizagem (MOORE, 1990 apud BELLONI, 2001, p.31).
Em 1996, Moore reformulou sua definição mencionando a importância de
meios de comunicação eletrônicos e de estrutura organizacional e administrativa
específica:
Nessa perspectiva, alguns elementos são essenciais para que haja uma
definição clara de EAD. Podemos destacar, por exemplo, o fato do processo
educacional acontecer basicamente fora do ambiente escolar e com uma separação
física entre professor e aluno, essa relação, por sua vez é mediada através dos
meios tecnológicos disponíveis. O uso desses meios técnicos de mídia oferece ao
educando recursos e acessos a ferramentas para que a interação entre os
estudantes e os tutores (professores on–line ou presenciais) envolvidos no processo
de ensino aprendizagem aconteça. Desta forma, o aluno tem possibilidade de
acesso aos conteúdos e atividades que facilitarão o processo educativo.
É possível verificar que a EAD apresenta algumas características distintas da
educação presencial, no entanto é também considerada uma prática educativa e
uma realidade educacional em todo o mundo. De acordo com Neto (1991, p.12):
“a expressão 'à distância' deve ser entendida em relação á interação entre “o estímulo educativo” e o “destinatário do estímulo educativo”. Nesse sentido a Educação a Distância difere da Educação Presencial”. Nesta, a” fonte do estímulo educativo” é o professor presente aos alunos, naquela, é
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o professor que, embora ausente, se faz presente através de um canal de comunicação. Ainda quando um orientador da aprendizagem está presente, não se perde a característica “a distância”, por que esta pessoa não é a “ fonte do estímulo educativo”, e sim, facilitadora da recepção e processamento do estímulo pelo “ destinatário”.
De acordo com as definições apresentadas, é possível observar que alguns
pesquisadores, enfatizam o papel do aluno, outros os meios tecnológicos, outros o
autoconhecimento, e não apenas no que diz respeito às definições, mas também
aos termos. É possível, encontrar vários autores que utilizam a expressão EAD de
formas diferentes, por exemplo, ensino a distância, ensino aberto, educação aberta,
etc., porém com sentidos basicamente equivalentes.
Para este trabalho o termo adotado é Educação a Distância (EAD), por ser
mais abrangente, pretendendo, além de “transmitir” conhecimentos ao aluno,
orientá-lo no desenvolvimento de suas capacidades e habilidades, envolvendo-o
efetivamente.
As principais características da EAD segundo Teixeira (2002) são descritas a
seguir: O aluno ganha a condição de agente eminentemente ativo, através da auto–
aprendizagem, torna-se o centro do processo, aprendendo a pensar e a criar,
respeitando-se o seu tempo, ritmo e método de aprendizagem, é um processo de
ensino aprendizagem mediatizado pelos materiais didáticos, meios tecnológicos,
tutoria que suprem a ausência física do docente. A separação física do professor e
do aluno não exclui o contato direto dos alunos entre si ou do aluno com
profissionais que possam ajudá-los no processo de aprendizado, isto é, tutoria. Ter
ou não presencialidade é uma opção de estratégia que pode ser prevista em plano
ou projetos pedagógicos de construção de conhecimento.
O modelo também é extremamente flexível possibilitando o envolvimento de
alunos de várias características: idade, procedência, nível cultural, atuando
individualmente ou em grupos, suprir as deficiências do ensino convencional
complementando seus conteúdos, reforçando suas estratégias didáticas, ampliando
seu alcance, capacitar recursos humanos através de formação, aperfeiçoamento e
atualização, inclusive mediante treinamento de serviço, difundir indefinidamente o
ensino de qualidade, produzido em centros de excelência, atendendo a interesses,
culturais e sociais democratizando o acesso ao mesmo, pode ser considerado,
portanto, o grande objetivo educação à distância.
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A EAD não deve ser pensada como um modelo educacional de baixa
qualidade, pois tem demonstrado ser um meio adequado a responder com categoria
e em custos baixos a demanda crescente e flexível de indivíduos que necessitam de
qualificação profissional, pode ser considerada uma estratégia economicamente
viável que atende as expectativas pedagógicas para o desenvolvimento social e
democratizado.
2.3 HISTÓRIA DA EUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL: PROJETOS
Nas últimas décadas foi possível perceber que houveram muitas experiências
relacionadas à EAD no nosso país, tanto no ensino público como no privado, assim
como, um esforço governamental relacionado à liberação de muitos recursos
financeiros. É notável que o processo educacional gerado pela EAD ainda encontra
algumas dificuldades de aceitação, porém inúmeros projetos efetivados ao longo dos
últimos 80 anos contribuíram para a dispersão da EAD como uma excelente opção
de ensino.
Um dos precursores da disseminação da EAD no Brasil, foi Roquette Pinto
(1884-1954) cuja maior preocupação foi fazer com que os meios de comunicação
estivessem a serviço da educação, assim insistentemente transmitia através das
ondas radiofônicas o que no seu pensamento era o melhor da educação e da cultura
brasileira. Como ele mesmo afirmava a “rádio era a escola de quem não tinha
escola” (DUARTE, 2008). Essa foi uma preocupação constante no decorrer da sua
trajetória de radialista e por muitos anos ele utilizou os recursos sonoros para
democratizar a cultura e o progresso do país.
De acordo com Duarte (2008, p.12):
Roquette estava convicto da função social a ser desempenhada pelo rádio, meio capaz de levar aos confins do Brasil, notícias, informações e reflexões, contribuindo, sobremaneira, para o processo de conscientização política da população. O seu desejo e sua persistência em permitir o acesso de todos a uma forma de educação acessível, pelo uso do rádio, demonstraram sua preocupação incessante em instruir e educar os ouvintes através da Rádio Sociedade.
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Um dos grandes projetos realizados por ele teve inicio em 01 de maio de
1923, quando Roquette Pinto juntamente com os seus ‘filiados’ fundaram a Rádio
Sociedade no Rio de Janeiro, a mesma era constituída na forma de associação e
financeiramente era mantida através de um pequeno orçamento vindo da
mensalidade dos próprios sócios. Logo após sua criação, Roquette Pinto elaborou
um Estatuto social para a instituição e entre os vários parágrafos existentes pode-se
destacar o 3° que assim prescreve:
“A Rádio Sociedade, fundada com fins exclusivamente científicos, técnicos, artísticos e de pura educação popular, não se envolverá jamais em nenhum assunto de natureza profissional, industrial, comercial ou política.” (MILANEZ, 2007, pag. 18).
Apesar deste desejo, com o decorrer dos anos algumas modificações na
legislação que controlava as comunicações exigiram que todas as estações
radiofônicas aumentassem a potência de seus transmissores, demandando assim
uma reestruturação técnica e funcional das emissoras de rádio, e uma consequente
busca por maiores recursos financeiros. Preocupado com a situação e em busca de
alternativas que livrassem a Rádio Sociedade da falência, em 1930 ela entra em sua
fase comercial, no entanto receando que ela perdesse suas características iniciais
de rádio cultural e educativa, Roquette–Pinto no dia 07 de setembro de 1936 doou a
emissora para o Ministério da Educação, a rádio então se transformou na Rádio
Ministério da Educação, (Rádio MEC-AM), a doação foi feita para um órgão
governamental por que além de perder suas características educativas, Roquette
temia as restrições que poderiam ser impostas pela Ditadura e assim que a rádio
seguisse rumos comerciais ou políticos comprometendo a finalidade educacional
(FIGUEIREDO, 2003).
Pouco tempo antes da transição da Rádio Sociedade para Rádio Ministério da
Educação, e temendo que as características da Rádio Sociedade se
desconfigurassem depois da doação, em 1933 Roquette já pensava em implantar
uma nova rádio que mantivesse os mesmos objetivos educacionais e culturais que
ele sempre propunha, então ele buscou o apoio de Anísio Teixeira, um educador
revolucionário que tinha como proposta introduzir no país uma escola que formasse
indivíduos conscientes e que fosse acessível a todos, Anísio Teixeira difundiu os
pressupostos do movimento da Escola Nova, que tinha como princípio a ênfase no
desenvolvimento do intelecto e na capacidade de julgamento (BRIZA, 2004).
19
De acordo com Barreto (2006) a participação de Anísio foi também
fundamental na elaboração e aprovação da Lei de Diretrizes e Bases de 1961, que
definiu os rumos da educação no Brasil. Seu nome está vinculado ao campo da
filosofia da educação no Brasil. Anísio Teixeira compreendia criticamente todo o
contexto social e cultural do seu tempo, acreditava que se a sociedade passava por
mudanças era preciso que a Nova Escola preparasse um novo homem, um homem
moderno que pudesse integrar-se á uma nova sociedade que deveria ser
essencialmente democrática.
O projeto foi desenvolvido e em 1934, nasceu a Rádio Escola Municipal do
Rio de Janeiro. A educação a Distância no país então, tomou um novo rumo, dando
um grande salto em busca de desenvolvimento, a rádio escola permitia que os
alunos tivessem acesso prévio a folhetos e esquemas de aulas, podiam também
utilizar a correspondência para manter contato direto com a instituição, além da
própria emissão radiofônica que era realizada pela rádio (BARRETO, 2006).
Em 1950 Roquette Pinto também fundou a primeira televisão do país, a Tv
Tupi. Sua proposta era usar esse meio de comunicação de massa para disseminar o
ensino. Com o apoio de José Oliveira Reis, Roquette elaborou um plano para a
instalação de um canal de televisão com fins educativos. O projeto técnico foi
aprovado, obteve-se a concessão do canal da Tv e a emissora foi comprada de uma
empresa norte-americana. No entanto mudanças administrativas na cidade do Rio
de Janeiro impossibilitaram o pagamento dos débitos relativos à compra da emissora
e em função disso ela não foi instalada. O projeto feito por Roquette e José Oliveira
foi, apesar disso, aproveitado pela referida empresa como modelo para vários outros
países (BARRETO, 2006).
Outro feito importante para a efetivação da EAD aconteceu em 1941, quando
surgiu no Brasil o Instituto Universal Brasileiro, em São Paulo, uma instituição
privada de ensino a distância, que usava a correspondência como interação entre
instituição/aluno. Naquele momento o Instituto era uma alternativa de educação
para o trabalho voltada especialmente as classes populares e constituiu-se no maior
difusor de cursos profissionalizantes à distância no país, no século XX.
No estado de São Paulo, já em 1947, o SENAC, SESC e emissoras
associadas, fundaram a “Nova Universidade do Ar”. Essa parceria fez com que a
educação à distância brasileira desse um passo gigantesco, nesta época ainda era
muito raro o desenvolvimento de qualquer tipo de ensino fora das tradicionais salas
20
de aula, a instituição criava uma das mais revolucionárias iniciativas vistas até então,
a Unar (Universidade do Ar), durou até 1962 e beneficiou mais de 91 mil pessoas
(PORTAL SENAC, 2006.)
De acordo com Pimentel (2006), na década de 60, a Igreja Católica e o
Governo Federal conceberam o projeto MEB (Movimento da Educação de Base),
que tinha como propósito máximo educar e abrir os caminhos de milhares de
pessoas que viviam sem possibilidades de estudar e desta forma, tornando-se
vulneráveis aos desmandos ditatoriais. Como ferramenta de propagação de ensino,
era utilizado um sistema rádio-educativo, que tinha entre outros objetivos, a
educação, conscientização, politização, e educação sindicalista. O projeto
desenvolveu uma pedagogia popular, e teve grande sucesso, chegando a atingir 14
estados do país.
Ainda segundo o autor em 1965, último ano do projeto tinha-se um total de
4.522 escolas radiofônicas de recepções organizadoras. No entanto o Movimento da
Educação de Base foi vítima e sucumbiu em 1964 a Ditadura Militar que destruiu a
idealização do projeto de levar educação e liberdade de expressão a toda à
população que dela necessitasse.
Na mesma década, o Ministério da Educação solicitou e obteve do Conselho
Nacional de Telecomunicação a reserva de 48 canais de VHF e 50 de UHF, que
seriam utilizados exclusivamente para fins educacionais. Esses números foram
ampliados, no decorrer dos anos, a fim de garantir a existência de pelo menos um
canal dessa natureza em cada estado e cidades consideradas mais importantes no
país. Em 1965, a Secretaria de Educação do estado do Rio Grande do Sul e o
Ministério da Educação firmaram um novo convênio, criando o serviço de Rádio e
Televisão Educativos (BARRETO, 2006).
Em 1970, em função de um convênio aberto entre a Fundação Padre Landell
de Moura e a Fundação Padre Anchieta nasceu o Projeto Minerva. O projeto foi
iniciado do dia 1 de setembro de 1970, e recebeu este nome em homenagem a
deusa grega da sabedoria. Do ponto de vista legal foi ao ar tendo como escopo um
decreto e uma portaria interministerial de número 408/70, que determinava a
transmissão de programação educativa em caráter obrigatório, por todas as
emissoras de rádio do país. Esta obrigatoriedade foi fundamentada através da lei
5.692/71 (NISKIER, 1999).
21
De acordo com Monteiro (1997) este novo projeto buscava atender aos
anseios do governo militar brasileiro que, desde 1964, propunha uma mudança
radical no processo educativo com a utilização do Rádio e da Televisão. Na
concepção governamental, os meios eletrônicos (Rádio/Televisão) solucionariam
imediatamente os problemas educacionais existentes. Cogitou-se, então, a
implantação de uma cadeia de Rádio e Televisão educativas para a educação de
massa por meio de métodos e instrumentos não convencionais de ensino.
Além de usar o rádio como meio de comunicação de massa para fins
educativos e culturais, o Projeto Minerva visava atingir a pessoa onde ela estivesse
para desenvolver suas potencialidades. Era voltado ainda à divulgação e orientação
educacional, pedagógica e profissional, inclusive à programação cultural de
interesse das audiências. Seus programas se concentraram nas áreas do ensino
supletivo e de educação de base (MONTEIRO, 1997).
O objetivo maior do projeto era atender a lei número 5.692/71 (Capítulos IV,
artigos 24 e 28) que dava ênfase à educação para jovens e adultos, atendendo aos
níveis de 1º e 2º graus. Segundo Castro (2007), o programa era destinado
especialmente a alunos com 16 anos com nível de escolaridade correspondente a 4º
série. Entre as metas a serem atingidas estavam destacadas a formação básica para
que o cidadão viesse a ser participativo e integrante de sua sociedade.
De acordo com Castro (2007) as principais características do Projeto Minerva
eram:
• Contribuição para renovação e o desenvolvimento do sistema
educacional e para a difusão cultural, conjugando o rádio e outros meios;
• Complementação ao trabalho desenvolvido pelo sistema regular de
ensino;
• Possibilidade de promoção da educação continuada;
• Divulgação de programação cultural de acordo com o interesse da
audiência;
• Elaboração de textos didáticos de apoio aos programas instrutivos;
• Avaliação dos resultados da utilização dos horários da Portaria número
408/70 pela emissora de rádio
• O rádio foi escolhido quanto a idealização do projeto em função dos
seguintes aspectos:
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• Custo mais baixo no que se referia a aquisição e manutenção de
aparelhos receptores;
• A familiaridade da clientela com o referido meio de comunicação.
O Projeto Minerva foi por muito tempo divulgado através da televisão,
principalmente durante a época do regime militar em 1964, no entanto o projeto
durou até o início da década de 80, sua eficiência sempre foi questionada pelos seus
usuários, pois as aulas, que aconteciam através de programas radiofônicos prontos,
não levariam em conta a diversidade cultural de seus alunos, já que onde
estivessem receberiam o mesmo conteúdo. Não havia a preocupação em partir do
conhecimento que os alunos já possuíam, eles eram colocados na posição de
consumidores de informações. Havia também o uso político do rádio, visando
fortalecer a ideologia dominante, reforçada pelo nacionalismo na Ditadura Militar
(BARROS, 2008).
Outro aspecto relevante é que as demais emissoras de rádios eram obrigadas
a transmitir a programação feita pelo projeto e, com o passar dos anos, sua atuação
foi considerada anacrônica. Com o tempo o Projeto Minerva passou a ser muito
criticado, principalmente pelo pouco tempo destinado à alfabetização e pelos
critérios utilizados na verificação da aprendizagem Ficando novamente claro os
fracassos nos objetivos iniciais de superar o analfabetismo no Brasil, o projeto
chegou ao fim na década de 80, com o fim ditadura militar no nosso país (FREITAS,
2005).
De acordo com Barreto (2006), ainda na década de 70, a fundação Roberto
Marinho iniciou um programa de educação supletiva à distância, para o Primeiro e
Segundo Graus (atualmente Ensino Fundamental e Médio), utilizando multimeios
que incluíram o rádio, a televisão e material impresso.
No final da década de 80 e com o fim do período da ditadura Militar, o
Ministério da Educação começou a desenvolver novas iniciativas. A partir de então
foram criadas várias portarias que incentivaram o crescimento da educação à
distância no Brasil, como a portaria nº 511 de 27 de setembro de 1988 que constitui
um grupo de trabalho para elaborar políticas relacionadas à educação à distância e
formular novas propostas de cursos para serem ofertados nessa metodologia,
utilizando para esses fins as correspondências e as técnicas correlatas. O MEC criou
também; nessa mesma época, o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais
23
(INEP) e a Coordenadoria de Educação a Distância, sendo que esta última tinha
como principal objetivo fomentar estudos, pesquisas e programas na área de EAD.
No ano de 1989 foi desenvolvida uma nova Portaria Ministerial (nº 117/89), e
através do Ministério da Educação criou-se um grupo de assessoramento para
apresentar propostas que permitissem o encaminhamento de ações capazes de
viabilizar de implantação da educação à distância nos três graus de ensino no país
(Barreto, 2006).
2.4 A EDUCAÇAO À DISTÂNCIA NO BRASIL: IMPLANTAÇÃO DA LEI DE
DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL, LEI 9394/96
A luta pela implantação de um novo meio educacional que suprisse a
demanda e democratizasse a educação, foi demorada e difícil, e apesar das
primeiras experiências no Brasil datarem de 1904, com as Escolas Americanas,
apenas da década de 90, com a implantação da lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, através da lei 9394/96 que a EAD, deixa de ter um caráter
emergencial e supletivo, e adquire reconhecimento legal.
A partir da aprovação desta lei, datada de 20 de dezembro de 1996, a EAD,
passa a ser uma modalidade de ensino, que goza de características próprias e
diferenciadas, e que possui como principal foco, a mediação didático pedagógica
nos processos de ensino aprendizagem, se utilizando para tanto de novos meios e
tecnologias de informação e comunicação, onde estudantes e professores, poderão
desenvolver suas atividades educacionais em lugares ou campos diferentes.
A lei 9394/96 não apenas converteu a EAD em objeto formal, como também
criou novos caminhos que possibilitaram o grande desenvolvimento desse tipo de
ensino, como a criação da SEED – Secretaria da Educação à Distância, que tinha
como objetivo levar para a escola pública toda a contribuição que os métodos e
tecnologias de educação à distância pudessem prestar a construção de um novo
paradigma para a educação brasileira, de acordo com esse desígnio a SEED,
desenvolve vários projetos, como a PROINFO (Programa Nacional de Tecnologia
Educacional) que pretende levar a informática para as escolas, o PAPED (Programa
de apoio à pesquisa em Educação a distância) e a RIVED( Rede internacional Virtual
de Educação) é uma rede interativa virtual de educação entre tantas outras
24
iniciativas que mostraram as intenções do governo em investir cada vez mais na
EAD no Brasil.
As vantagens que a aprovação da lei 9394/96 ofereceu foi muito além do
reconhecimento oficial da educação à distância, a instituição da Década da
Educação, por exemplo, que teve início junto com a publicação desta mesma lei, e
que diz que a partir de 2007 somente poderiam ser admitidos professores habilitados
em nível superior ou formados por treinamento em serviço (BRASIL, 2001), só se
tornou possível através da possibilidade de utilizar a EAD para a formação desses
professores. No Brasil muitos programas desenvolvidos pelo próprio governo, estão
surgindo para que o aprimoramento desses docentes, muitos desses projetos são
baseados através da EAD, como é o caso da TV escola e Um salto para o futuro.
Com o decorrer dos anos, e com a retificação oficial dessa modalidade de
ensino, o crescimento de ofertas de cursos à distância em nível superior foi muito
grande, assim como o número de instituições que pediram autorização para oferecer
ou se credenciar junto ao MEC (COSTA, 2005). Na sua grande maioria os pedidos
de autorização foram para cursos de formação de professores como os de
licenciatura e pedagogia.
2.5 A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS
A maior parte das Instituições de ensino superior brasileiras mobilizou-se para
a educação à distância com o uso de novas tecnologias da comunicação e da
informação a partir da década de 90. Em 1994, segundo Pimentel (2006), teve início
à expansão da Internet no ambiente universitário, dois anos depois, pela primeira
vez a EAD fez parte da legislação da educação no Brasil.
Com a utilização pela maioria das pessoas das mídias atuais, através dos
computadores, rádios, televisão e o acesso à internet, várias mudanças de ensino–
aprendizagem aconteceram, e com elas as grandes mudanças de paradigmas do
ensino superior, uma vez que esse avanço nas telecomunicações colaborou e
transformou-se no carro chefe da educação a distância, proporcionando acesso a
sistemas educacionais em diferentes níveis, permitindo atender a muitas
necessidades dos alunos.
25
De acordo com dados da Secretaria Estadual de Educação (2007) a partir da
promulgação da lei que deu reconhecimento legal da educação à distância - Lei de
Diretrizes e Bases nº 9394-96 - foi possível observar que houve um crescimento na
oferta de cursos de educação à distância no ensino superior, tendo em vista o
grande número de instituições que solicitaram autorização para a oferta de cursos
superiores à distância e o credenciamento da instituição junto ao Ministério da
Educação, atendendo às disposições da legislação educacional vigente.
Do ponto de vista legal, teve-se em 1996 a consolidação da última reforma
educacional brasileira, instaurada pela Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96, que
oficializou na política nacional a era normativa da educação à distância no país
como modalidade válida e equivalente para todos os níveis de ensino.
Pela primeira vez na história da legislação ordinária, o tema da educação a
distância se converteu em objeto formal, consubstanciado em quatro artigos que
compõem um capítulo específico: o primeiro determina a necessidade de
credenciamento das instituições; o segundo define que cabe a união a
regulamentação dos requisitos para registro de diplomas e o terceiro disciplina a
produção, o controle e a avaliação de programas de educação a distância, e o
quarto faz referência a uma política de facilitação de condições operacionais para
apoiar a sua implementação, conforme o texto a seguir:
Artigo 80 da Lei 9394/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional:
O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. 1º A educação à distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União. 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diploma relativos a cursos de educação a distância. 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas. 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá: I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens; II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas (LDB 9394/96).
26
A Lei 9.394 estabelecia ainda a exigência de que, a partir de 2006, todos os
professores que viessem a ser contratados para ministrar aulas no ensino
Fundamental e Médio deveriam estar habilitados, com o Ensino Superior. Esta
exigência criou um movimento em direção à qualificação dos professores leigos que
já estavam no exercício da profissão, apontando para o uso da educação a distância
como ferramenta para a oferta das licenciaturas então necessárias (VIANNEY;
TORRES; SILVA, 2003).
De acordo com O Ministério da Educação formou, em 1997, um grupo de
especialistas para criar a regulamentação do artigo 80 da LDB. Como resultado
deste trabalho surgem os Decretos 2.494 e 2.561, em fevereiro e abril de 1998,
respectivamente, e a portaria 301, de 7 de abril de 1998, formando o conjunto de
instrumentos que indicaram os procedimentos que deveriam ser adotados pelas
instituições para obter o credenciamento do MEC para a oferta de cursos de
graduação a distância (SEED, 2007).
Em abril de 2001 o Conselho Nacional de Educação edita a Resolução 01,
que disciplina a oferta dos cursos de pós-graduação a distância no país, fixa limites
e estabelece exigências para o reconhecimento de cursos a distância ofertados por
instituições estrangeiras. Ainda em 2001 o Ministério da Educação publica a portaria
2.253, que permite às universidades, centros universitários, faculdades e centros
tecnológicos oferecer até 20% da carga horária de cursos já reconhecidos na
modalidade à distância (MELO; LUZ, 2005).
Para avaliar as regulamentações do artigo 80 da Lei 9.394 (LDB), verificar
necessidades de mudança nas normatizações e rediscutir as políticas públicas para
a área da educação à distância, o MEC criou em janeiro de 2002 uma Comissão
Assessora para Educação Superior a Distância, formada por especialistas em EAD,
representantes de instituições públicas e privadas, e de membros do próprio
ministério. Em agosto de 2002 o grupo de trabalho conclui pela indicação de uma
nova regulamentação, na forma de um novo Decreto, revogando os Decretos 2.494
e 2.561, editados em fevereiro e abril de 1988. O relatório da comissão destacava,
ainda, entre as necessidades de mudança (PIMENTEL, 2006):
• Revisão dos critérios e procedimentos adotados pelo MEC para autorizar e
reconhecer cursos a distância;
• Construção de Padrões Nacionais de Qualidade para EAD;
• Eliminar a necessidade de credenciamento específico para EAD para as
27
instituições já autorizadas pelos sistemas para atuar no ensino presencial;
• Integrar a EAD ao planejamento pedagógico das instituições por meio do
Plano de Desenvolvimento Institucional, referenciados pelas diretrizes
curriculares e pelos padrões de qualidade nacionais de cursos;
• Comprometimento dos projetos pedagógicos com a justiça social e com a
heterogeneidade, em direção a um patrimônio social comum.
Desta forma, a oficialização da EAD e o desenvolvimento tecnológico
contribuíram para a expansão da oferta de cursos superiores a distância em função
da existência de uma demanda social reprimida que exerce, a todo instante, uma
grande pressão pelo crescimento de vagas no Ensino Superior, como também o
resultado do aumento do número de concluintes do Ensino Médio, os quais, a cada
ano, são impedidos de ter acesso ao Ensino Superior em função da falta de vagas.
Em função dessa demanda e da falta de investimento nas Instituições de
Ensino Superior públicas, surgiu, por parte do governo federal, um discurso em prol
da modernização e racionalização das universidades públicas, que indicava a
necessidade de se buscar alternativas capazes de acompanhar a demanda de
formação que a sociedade está a exigir, sendo a EAD apontada como uma
possibilidade para democratizar o acesso ao Ensino Superior público e gratuito no
Brasil.
Do conjunto de ações governamentais e privadas em EAD, destacou-se, em
2005, a criação da Universidade Aberta do Brasil, projeto do MEC com o Fórum das
Estatais pela Educação e em parceria com a Associação Nacional dos Dirigentes
das Instituições Federais de Ensino Superior. A prioridade do MEC é atender à
demanda de quase um milhão de professores em exercício no ensino básico que
não têm a formação necessária (PINTO, 2004).
2.6 EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA: A UNIVERSIDADE ABERTA DO
BRASIL
Até o ano de 2005 o Brasil era um dos poucos países da América Latina que
não havia ainda implantado um sistema público de educação superior aberta e a
28
distância. No entanto desde a década de trinta pode-se identificar iniciativas ou
movimentos (privadas e públicas) que apontam nessa direção.
Com o reconhecimento da EAD na legislação educacional vigente, a
discussão sobre a criação da Universidade Aberta do Brasil passou a fazer parte das
prioridades do Ministério da Educação. De acordo com o diretor de políticas em
educação à distância do Ministério da Educação (MEC), Hélio Chaves, o projeto da
Universidade Aberta não nasceu de forma isolada, mas já integrada em um contexto
ligado a uma série de projetos de educação à distância já instalados. O propósito da
UAB é levar cursos de licenciatura aos municípios distantes dos grandes centros. A
educação à distância em instituições de ensino superior é uma prática recente no
Brasil, que, de acordo com o próprio MEC, começou a se firmar em 1997, quando
foram ofertados os primeiros cursos de graduação na modalidade à distância. O
credenciamento por parte do governo federal ocorreu apenas entre 1999 e 2002. De
acordo com Franco, (2006), apud Costa (2005, p. 12):
Como já houvera rejeição quanto à criação de uma universidade aberta brasileira, e mesmo pelo fato que em termos orçamentários, a criação de uma nova instituição nesses moldes seria algo extremamente complicado, era necessário adotar-se uma política que incentivasse a criação de universidades bimodais (presenciais e a distância).
No entanto, a partir das experiências de EAD desenvolvidas nos últimos anos
pelas universidades públicas brasileiras, o Ministério da Educação retomou a
discussão sobre a possibilidade de organização de uma Universidade Aberta, que
tem como ponto de partida a criação do Fórum das Estatais, em 2004, com o
objetivo de se propiciar espaço de diálogo e interlocução entre o Ministério da
Educação, Governo Federal, Estatais brasileiras e toda sociedade brasileira, para
análise e debate das questões estratégicas ligadas ao desenvolvimento sustentável
do País, com especial destaque para a busca de soluções para os problemas
ligados a educação (COSTA, 2005).
Para Pimentel (2006) o projeto da UAB é uma nova possibilidade de inserção
das instituições de ensino superior através da EAD, pra tanto, é necessário entender
os seus objetivos educacionais antes de se deixar levar pelas possibilidades de
modernização em curto prazo. Segundo os documentos do Fórum das Estatais em
2000 a UAB propôs:
29
• Expansão pública da educação superior, considerando os processos de
democratização e acesso.
• Aperfeiçoamento dos processos de gestão das instituições de ensino
superior, possibilitando sua expansão em consonância com as propostas
educacionais dos estados e municípios;
• A avaliação da educação superior a distância tendo por base os processos de
flexibilização e regulação em implementação pelo MEC;
• As contribuições para a investigação em educação superior à distância no
país.
• O financiamento dos processos de implantação, execução e formação de
recursos humanos em educação superior a distância.
Tendo como base o aprimoramento da educação a distância, o Sistema UAB
visa expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior.
Para isso, o sistema tem como base, fortes parcerias entre as esferas federais,
estaduais e municipais do governo (PIMENTEL, 2006).
2.7 OS DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL
Não podemos afirmar que exista algum tipo de restrição metodológica no que
diz respeito à modalidade de educação à distância, porém, como em qualquer outro
tipo de ensino existem algumas problemáticas que poderão ser enfrentadas.
A Educação a Distância, como uma possibilidade pedagógica, requer das instituições educacionais que alterem significativamente sua rotina de trabalho: políticas e procedimentos de inscrição de alunos em disciplinas, horários das aulas, procedimentos de avaliação e presença nas atividades de ensino. Apresenta-se, na esfera pedagógica, como mais uma opção metodológica que, por sua relevância e características próprias (distintas das identificadas na educação presencial), impõe a necessidade de novas aprendizagens, possibilitando inovação nos procedimentos de ensino o que merece especial atenção (MEC, 2008, p.2).
O fato de desenvolver os conteúdos em tempos e espaços diferentes,
provavelmente limite o desenvolvimento de conteúdos que precisam de muitas horas
de trabalho e de muito trabalho relacionado às experiências em laboratórios por
exemplo. Em cursos como medicina, por exemplo, dificilmente seria possível
comunicar o conteúdo via as tecnologias disponíveis, no entanto sabemos que
situações como essas podem ser parcialmente resolvidos, por que nem tudo na
educação a distância ocorre assim, pois tecnicamente seria possível planejar
30
situações presenciais que se incorporam ao sistema à distância, como estágios ou
práticas de ensino. Desta forma o aluno faria a parte presencial daquilo que não
pode ser construído à distância e faria a distância tudo aquilo que pode ser assim
desenvolvido, como os conhecimentos teóricos por exemplo (CORDERO, 2004).
De acordo com a UNESCO (1997) alguns dos problemas mais comumente
identificados em torno dessa forma de ensino condizem a falta de estrutura
tecnológica adequada, deficiências no planejamento e na programação, falta de
recursos humanos qualificados, com formação voltada para a área e de assessoria
profissional, falta de recursos financeiros e de reconhecimento de sua equivalência
educacional.
Uma das principais necessidades da EAD é adequar-se as necessidades e
características dos estudantes, pois o intercâmbio e a interação entre eles são
facilitados, esse intercâmbio é constante na troca de conhecimento, pois os
problemas são colocados e os ambientes são caracterizados como ambientes de
aprendizagem colaborativa e os alunos deverão estar engajados em um processo
que os tornam participantes ativos do ambiente de ensino e aprendizagem, fazendo
com que os alunos e professores sintam a necessidade de se adaptar a novos
ambientes de aprendizagem e a novas nomenclaturas tais como: Campus Virtual,
aulas virtuais, bibliotecas eletrônicas, teleconferências, videoconferências,
professores orientadores, tutores, alunos (participativos e problematizadores) e
estarem constantemente com as pesquisas no campo. Elas sempre oferecem
alguma contribuição que tende a facilitar cada vez mais o processo de construção
individual de conhecimento.
31
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA
Este trabalho caracteriza - se pela análise bibliográfica feita por meio de
fichamentos de textos e análises de projetos implantados no Brasil, que usam ou
usaram a EAD para a sua divulgação e disseminação. Foi apresentado por meio de
diversos autores os limites e os avanços que esta modalidade de ensino pode
representar para o Brasil.
A pesquisa é bibliográfica, pois, busca ampliar o grau de conhecimento deste
tema por meio de teorias já publicadas em livros, sites, e projetos do mesmo gênero
de estudo. Assim como, tenta demonstrar seus objetivos através da análise de
contribuições teóricas já existentes; também é descritiva, pois a pesquisa descritiva
é como aquela que dados são registrados e analisados, sem interferência do
pesquisador. Procura-se descobrir a frequência com que um fato ocorre, sua
natureza, características, causas, relações com outros fatos (ALMEIDA ,1996).
Para a elaboração dos instrumentos de coleta de dados primeiramente foi
realizada uma pesquisa bibliográfica, por meio de consultas a fontes direta ou
indiretamente relacionadas ao tema, além da análise de fichamentos de textos já
desenvolvidos.
A análise dos dados foi realizada através da observação dos fichamentos,
dos textos e dos sites direcionados ao histórico da EAD, a fim de identificar sua
história no Brasil.
A partir da análise dos dados foi possível identificar quais os limites e as
possibilidades de acesso à cultura e a educação que esta modalidade de ensino
pode oferecer.
32
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
No decorrer deste estudo percebeu-se que a Educação à Distância e o
ensino presencial constituem duas modalidades de uma mesma função que é a
educação. A educação pode ser de qualidade ou não, independentemente de forma,
nível ou modalidade em que se desenvolve.
A qualidade está ligada a outros fatores, como a capacidade científica e
humanística dos professores, a possibilidade que eles efetivamente têm de se
aperfeiçoarem, pesquisarem e estarem em dia com os avanços da ciência, e a
relação pedagógica que estes conseguem estabelecer com os alunos. Outro fator
essencial é a qualidade dos alunos, uma vez que eles e os professores constituem
os dois pólos de um mesmo processo. Sem a dedicação, disciplina, interesse e
vontade efetiva do aluno em aprender, o processo não se completa.
O desenvolvimento da Educação à distância foi extremamente
impulsionado nas décadas recentes pelas Tecnologias de Informação e
Comunicação. Através da televisão, do computador e da internet, o ensino não-
presencial adquiriu um novo impulso estendendo suas possibilidades de acesso e
aplicação. Em outros termos, com a combinação das tecnologias de comunicação
como televisão, computador e telefone, a Educação à Distância assumiu uma nova
roupagem, apresentando inúmeras possibilidades de atender às necessidades
multiculturais relacionadas ao saber de diferentes alunos potenciais distantes no
tempo e no espaço.
Essa nova modalidade de ensino, a educação à distância vem se
destacando diariamente. Hoje ela faz parte do dia-a-dia de professores e alunos
assim como de toda a sociedade mundial principalmente do ensino superior. Não há
como desconhecer suas possibilidades num país como o Brasil, tão necessitado de
informação, formação e educação.
Durante muito tempo, a universidade usou a “desculpa” da ausência de uma
legislação adequada para que a educação à distância fosse adotada de uma
maneira sistemática em diversos cursos. Com isto, não se tinha no mundo
acadêmico uma cultura favorável a um trabalho não presencial. Com algumas
portarias e, com as novas legislações estabelecidas pelo Ministério da Educação, as
universidades estão sentido a necessidade de adotar em algumas atividades de
ensino aprendizagem e em cursos de graduação e pós – graduação a Educação à
33
distância, pois vivemos em um mundo globalizado em que o acesso a informação
tem se tornado cada vez mais rápido, desta forma não há como deixar esta
oportunidade de acesso ao conhecimento de lado. Com relação aos cursos de
graduação e pós-graduação, esta modalidade de ensino tem oportunizado várias
pessoas que moram longe das universidades, ou que trabalham o dia todo e não
tem tempo de frequentarem um ensino presencial a terem acesso à educação, sem
este recurso tecnológico, muitos ficaram limitados à busca de mais capacitação.
Sabe-se que a educação à distância tem um caminho enorme a
percorrer e deve encontrar com urgência saídas para os desafios que realmente
apresenta. Para Costa, Fagundes e Nevado (1998), a educação à distância se
constitui numa mudança, numa nova realização do fazer educativo que contempla
novos processos, produtos e serviços. Necessita de investigação para ser melhor
conhecida e melhorada e , também, existe a necessidade de investigar para
elaborar, consolidar ou modificar o campo teórico que sustenta essa modalidade de
ensino.
Segundo Marín Ibáñez (1998), a educação à distância é uma das tendências
mais vigorosas e inovadoras para o século XXI. Ela responde aos ideais de
igualdade de oportunidades, de educação permanente e às exigências de uma
economia de escala, superando os limites tempo/espaço e restrições econômicas.
Pode responder, por um lado, a uma demanda global, já inevitável e por outro, a
uma adaptação aos interesses e as circunstâncias pessoais.
34
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dentro do contexto histórico desenvolvido por esse trabalho, é possível
perceber que a EAD dentro do cenário mundial vem ao encontro das pessoas que
por algum motivo não tiveram oportunidade para concluir seus estudos ou
aperfeiçoar-se para o mercado de trabalho através da educação presencial, e que
essa metodologia é promissora e avança de forma desenfreada, pois atinge um
grande número de pessoas, em locais diversos e com baixos custos.
No Brasil, esse crescimento também é evidente e o desenvolvimento de
novas tecnologias de informação e comunicação contribui para essa disseminação.
Hoje o que percebemos é uma educação à distância de qualidade e para muitas
pessoas a única chance de ter acesso ao conhecimento, assim como uma
alternativa para regiões cujo incentivo governamental nem sempre são suficientes,
resumidamente podemos concluir que a EAD aos poucos está modificando o cenário
educacional brasileiro, conquistando vitórias e mudanças positivas em todo o meio
social.
Enfim, no decorrer dos anos (1920-2005), muitas mudanças ocorreram e o
ritmo acelerado com que a EAD é difundida está inteiramente ligada às diversas
tecnologias de comunicação e informação que foram inseridas no contexto
educacional tornando-se ferramentas que proporcionaram oportunidades impares
para toda a sociedade.
35
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