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Capítulo
1Caracteríscas gerais dos seres vivos
IntroduçãoO que é um ser vivo?Num primeiro momento, essa pergunta
parece simples. No entanto, ao refletirmossobre ela, encontramos dificuldade paraelaborar uma resposta satisfatória.
A melhor maneira de definir o que éum ser vivo é pelo estudo de várias carac-terísticas comuns a todos eles. Veremosalgumas delas a seguir.
Organização celulare metabolismo
Todos os seres vivos, com exceção dosvírus, são formados por células. Alguns
são formados por uma única célula e, poressa razão, são chamados de unicelulares.As bactérias e os protozoários, são exem-plos de seres unicelulares.
Grande parte dos seres vivos é formadapor várias células; são os chamados orga-nismos pluricelulares ou multicelulares.As plantas e os animais são exemplos deseres pluricelulares.
Seres vivos como fungos e algas pos-suem representantes unicelulares e pluri-celulares.
L E B E N D K U L T U R E N . D E / S H U T T E R
S T O C K
Ameba, um tipo de protozoário
observado ao microscópio
óptico. Aumento aproximado
de 150 vezes.
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Bulbo de cebola com escamas
comestíveis (folhas). A cebola é um
vegetal formado por várias células.
J
U B A L H A R S H A W / S H U T T E R S T O C K
Lâmina com células de cebolas ampliadas
com microscópio óptico. Cores artificiais,
aumento aproximado de 100 vezes.
Outra característica presente em todosos seres vivos é o fato de eles precisarem de
alimentos para garantir sua sobrevivência.É por meio dos alimentos que eles reti-
ram os nutrientes indispensáveis à forma-ção de seu organismo e à renovação desuas células. Dessa forma, também obtêma energia que será utilizada na realização desuas atividades.
Existem seres vivos capazes de pro-duzir seu próprio alimento; é o caso das
plantas, das algas e de algumas bactérias.São considerados organismos autótrofosou produtores. Esses seres retiram do am-biente substâncias simples, como a água eo gás carbônico, e produzem, em presen-ça de luz e clorofila, a glicose, um tipo decarboidrato que lhes serve de alimento.Esse processo é chamado de fotossíntese( photo = luz; synthesis = produção). Os se-res vivos que não são capazes de produ-zir seu próprio alimento − como animais efungos, por exemplo – são chamados deorganismos heterótrofos. Esses organis-mos obtêm o alimento do ambiente.
Ao estudar este capí-tulo, o aluno deverá sercapaz de classificar se-res vivos apresentadosem textos ou ilustraçõescom base em concei-tos biológicos, comounicelular, pluricelular,autótrofo e heterótrofo,entre outros.
Neste capítulo, desta-camos apenas algumasdas características dosseres vivos. Optamospor deixar aquelas maisimportantes para a
compreensão dos próxi-mos conteúdos.
Sugerimos, se possí-vel, que esse conteúdoseja trabalhado no labo-ratório, não como aulaprática depois da teoria,mas que todo o assuntoseja desenvolvido nesseambiente, e que da prá-
tica se elabore a teoria.Utilizar um microscópiopara observar lâminasde células da cebola euma câmera acoplada aele para projetar a ima-
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112 Capítulo 1 – Caracteríscas gerais dos seres vivos \ Grupo 1
Para que as substâncias provenientes da alimentação, os nutrientes, possam ser apro-veitadas pelos seres vivos, elas precisam ser transformadas.
Após sua transformação, essas substâncias são transportadas para todas as células doorganismo. Ali, elas são utilizadas, por exemplo, na:
• liberação de energia para o funcionamento do organismo;• produção de substâncias usadas no crescimento, manutenção e reparação
do corpo.Esse conjunto de reações químicas, que ocorre dentro das células do organismo, é
responsável pela transformação e utilização da matéria e da energia e recebe o nome demetabolismo (do grego metabolé = transformar).
Alimento em transformação Transporte
por meio
dos
líquidos
Crescimento
Reposição de
células perdidas
Energia para
diferentes avidadesEliminação
das substâncias
não aproveitadas
Partes do corpo
(células)
Esquema que ilustra a utilização dos nutrientes originados dos
alimentos na produção de energia e de substância para ocrescimento e outras atividades nas células.
ReproduçãoReprodução é a capacidade que os se-
res vivos têm de gerar descendentes damesma espécie.
Por meio dela, é possível às espécies seperpetuarem, uma vez que deixam repre-sentantes semelhantes e garantem, assim,a continuidade da vida no planeta.
A reprodução dos seres vivos pode serassexuada ou sexuada.
A reprodução assexuada é a formamais simples de reprodução de um servivo.
Nos seres vivos unicelulares, comobactérias, amebas e outros, essa é a prin-cipal forma de reprodução. Ela consis-te geralmente numa divisão binária, ouseja, a célula se divide em duas partes,originando dois seres com característicasgenéticas iguais (clones).
gem da lâmina. Casonão tenha esse tipo decâmera, pedir para osalunos levarem celula-res e tablets para tirarfotos das lâminas domicroscópio. Destacaras melhores fotos. Pe-dir para montarem umpequeno relatório como texto e as imagens.Se achar conveniente,pedir para postarem na
rede social relacionadaà escola.
Na realidade, a fotos-síntese produz carboidra-tos de três carbonos, con-vertidos posteriormenteem amido e outras subs-tâncias. A glicose é obtidapor meio do metabolis-mo desses carboidratoscomplexos.
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C K
Reprodução assexuada em amebas
vista ao microscópio óptico. Aumento
aproximado de 150 vezes.
Há também outras formas de reprodu-ção assexuada. É o caso de alguns animaissimples, como as esponjas, as anêmonas,
a hidra e certos vermes, que dão origema novos indivíduos por brotamento. Essefenômeno acontece quando seus corpos,lentamente, geram um “broto”; este cres-ce formando um novo organismo, que,posteriormente, se separa daquele doqual se originou e se desenvolve indepen-dentemente dele.
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Brotos laterais da hidra. Ao se
soltarem, esses brotos originam
seres geneticamente idênticos ao
que lhes deu origem. Sem escala.
A reprodução sexuada caracteriza-sepela participação de células especiais, cha-madas gametas. Essas células − uma fe-minina e outra masculina − unem-se paraformar um novo ser vivo.
A união dos gametas é chamada fe-cundação, ou fertilização, e dela resulta ozigoto (primeira célula do novo ser), quepassará por várias etapas de desenvolvi-mento até chegar à fase adulta, comple-tando o ciclo.
L E B E ND K UL
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Representação gráfica da fecundação:o encontro do gameta masculino
com o feminino origina o zigoto, que
se desenvolve e origina um novo
ser. Sem escala, cores fantasia.
A maioria das espécies de vegetais e deanimais se reproduz sexuadamente. Essetipo de reprodução garante a variabilidade
entre os descendentes, uma vez que estesresultam das diferentes combinações dascaracterísticas paternas e maternas, o quenão acontece na reprodução assexuada.
A reprodução é considerada uma dascaracterísticas essenciais da vida. Pormeio dela, os seres realizam seu ciclo devida − nascem, crescem, reproduzem-se, envelhecem e morrem. Nascem de seres
semelhantes a eles e crescem de forma or-ganizada.
O crescimento de um ser vivo se dápela multiplicação e pelo crescimento desuas células.
Durante o crescimento, o ser vivo pas-sa por várias transformações até atingir afase adulta, quando se torna capaz de ge-rar novos descendentes.
Com o passar do tempo, ocorre o seuenvelhecimento, que é um processo lentoe diário.
A duração do ciclo de vida varia de umaespécie para outra.
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114 Capítulo 1 – Caracteríscas gerais dos seres vivos \ Grupo 1
Mapa conceitual
podem ser
unicelulares pluricelulares autótrofos heterótrofos
Os seres vivos
são formados
por
reproduzem-se
de forma
células
quepossuem
metabolismo.
como como
bactérias eprotozoários. animais eplantas.
alimentodo meio
onde vivem.genecamente
idêncos.variabilidadegenéca.
que produzemseu próprio obtendo o seu
alimentopor meio dafotossíntese.
assexuada sexuada
originandoseres que promove
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Capítulo
1Caracteríscas gerais dos seres vivos
Avidades 1 e 2 • Organização celular e metabolismoExercícios de Aplicação
01) Para organizarmos os seres vivos, énecessário conhecer algumas de suas ca-racterísticas. Analise as características decada um dos organismos e escolha a alter-nativa que as relaciona, de forma correta,ao ser vivo.
Organismo A − Não é formado por células.Organismo B − É unicelular e heterótrofo.Organismo C − É unicelular ou plurice-
lular.
OrganismoA
OrganismoB
OrganismoC
a.Bactéria Vírus Planta
b. Fungo Bactéria Protozoário
c. Vírus Protozoário Fungo
d. Planta Vírus Vírus
e. Protozoário Animal Bactéria
02) Leia o texto a seguir.
A biodiversidade do planeta Terra ériquíssima, formada por milhões de es-
pécies de seres vivos: bactérias, fungos,algas, plantas e animais. Embora existamdiferenças entre eles, os seres vivos com- partilham também muitas semelhanças.
De acordo com essa ideia, cite duas seme-lhanças entre uma bactéria e um elefante.
03) Complete corretamente as frases:a. De acordo com sua forma de nutri-
ção, os seres vivos se classificam eme .
b. Quanto ao número de células, osseres podem ser ou
.c. O conjunto de atividades que ocor-
re nas células dos organismos rece-be o nome de .
Exercícios Propostos
04) Dê exemplos de seres:a. unicelulares;
b. pluricelulares;
c. autótrofos;
d. heterótrofos.
05) Diferencie seres autótrofos de seresheterótrofos.
A bactéria e o elefante são formados por cé-lulas e, por isso, apresentam metabolismo.
Bactérias e protozoários. Os seres autótrofos são capazes de produzirseu próprio alimento por meio da fotossín-tese. Os seres heterótrofos não são capazesde produzir alimento. Para obtê-lo, alimen-tam-se de outros seres vivos, por exemplo,de plantas e de animais.
Animais, fungos e protozoários.
Algas, plantas e certas bactérias.
Animais e plantas.
autótrofos heterótrofos
unicelulares
pluricelulares
metabolismo
No exercício 01, os ví-rus são seres acelulares,protozoários são unice-lulares e heterótrofos,os fungos possuem
representantes unice-lulares e pluricelulares,todos heterótrofos.
Bactérias são seresunicelulares e podemser autótrofos ou he-terótrofos, animais sãopluricelulares e heteró-trofos, plantas são plu-ricelulares e autótrofos.
R.: C
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06) Leia a informação a seguir.
É por meio do processo de nutriçãoque os seres vivos conseguem as subs-tâncias que irão compor seu corpo e produzir a energia necessária para suasatividades.
A frase se refere a qual característicapresente nos seres vivos?
07) Uma vaca, apesar de comer muito ca-pim, não se “transforma” em capim, mas,de certa forma, o capim, sim, “transforma-se” em vaca.
Essa frase refere-se a uma importantecaracterística dos seres vivos.
a. Qual é essa característica?
b. Explique a frase com base nessacaracterística.
Avidade 3 • Reprodução
Exercícios de Aplicação
01) Uma característica dos seres vivos éa possibilidade da reprodução. Com basenessa informação, responda ao que sepede.
Qual é a importância do processo dereprodução para as diferentes espécies deseres vivos?
02) Os seres se reproduzem de forma as-sexuada ou sexuada. Diferencie esses tiposde reprodução e dê exemplos de seres queos realizam.
Reprodução assexuada
Reprodução sexuada
A frase refere-se ao metabolismo.
Ao comer capim, a vaca ingere substânciasque serão digeridas e “remontadas” deacordo com suas necessidades, passando afazer parte do organismo da vaca.
Por meio da reprodução, é possível que as es-pécies se perpetuem e se renovem, deixandodescendentes semelhantes e garantindo, as-sim, a continuidade da vida no planeta.
Esse tipo de reprodução consiste numa di-visão binária, ou seja, a célula se divide emduas partes, originando dois seres com carac-terísticas geneticamente iguais. É a principalforma de reprodução dos seres vivos unicelu-lares, como bactérias, amebas e outros.
A reprodução sexuada caracteriza-se pelaparticipação de células especiais, chamadasgametas. Essas células − uma feminina eoutra masculina − unem-se para formar um
novo ser vivo. Esse tipo de reprodução ocor-re em animais, vegetais e outros seres vivos.
O metabolismo.
Atentar para os devi-dos cuidados na explica-ção da primeira questão,pois existem organismosque, por algum motivo,são estéreis. Deixar claroaos alunos que isso não
torna os organismos me-nos capazes de realizaroutras atividades típicasde seres vivos.
Além de diferenciarreprodução assexuadade sexuada, reforçar aimportância da reprodu-ção sexuada como gera-
dora de variabilidade.
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Exercícios Propostos
03) Relacione a reprodução sexuada comas diferenças encontradas entre os seresvivos de uma mesma espécie.
04) Observe as figuras esquemáticas A eB e responda aos itens.
F� A
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F� B
a. Que tipo de reprodução está re-presentado na figura A? Justifiquesua resposta.
b. Que tipo de reprodução está re-presentado na figura B? Justifiquesua resposta.
05) Há também outras formas de repro-dução assexuada, como a representada nafigura do animal.
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Dê o nome dessa forma de reprodução.
A reprodução sexuada origina seres genetica-mente diferentes, pois houve a participaçãodo gameta masculino e do gameta feminino;isso possibilita maior variabilidade entre osindivíduos, uma vez que resulta das diferen-
tes combinações das características paternase maternas, o que não acontece na reprodu-ção assexuada.
Reprodução assexuada, pois há origem, apartir de uma divisão binária, de dois serescom características genéticas iguais.
Reprodução sexuada, pois há a fecundação,processo em que ocorre a fusão de gametas.
É uma reprodução assexuada por brotamento.
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Capítulo
2 A célula
IntroduçãoO conhecimento científico é algo cons-
truído ao longo do tempo. Por isso, ele éconsiderado universal, isto é, não perten-ce a nenhuma civilização em particular.Todo conhecimento adquirido pelo serhumano das mais antigas civilizações atéhoje constitui, sem dúvida, a maior rique-za da humanidade.
Há pelo menos 400 anos, um mundonovo foi descoberto pelo ser humano: omundo extremamente pequeno, invisí-vel. E isso só foi possível com a invençãode um aparelho chamado microscópio,que aumentou a capacidade de o ser hu-mano investigar o mundo, descobrindocoisas que os órgãos dos sentidos são in-
capazes de perceber.Os primeiros microscópios eram bemsimples, completamente diferentes dos dehoje, que são eletrônicos e permitem au-mentos maiores que um milhão de vezes.
Foi esse aparelho que permitiu a desco-berta da célula e, mais tarde, de um estu-do detalhado de suas estruturas internas,levando o ser humano ao entendimento
da constituição e do funcionamento nãoapenas de seu corpo, como também do deoutros seres vivos.
Nas últimas décadas, novas tecnologiastêm causado verdadeira revolução científi-ca. Milhares de cientistas no mundo todotrabalham em campos diferentes: algunspesquisam remédios para curar doenças,outros procuram conhecer os enigmas do
Universo, muitos intensificam suas pesqui-sas na área da engenharia genética.
Como consequência dessas pesqui-sas, o parque industrial de muitos paí-ses desenvolve-se aceleradamente, combase em descobertas nas áreas de me-dicina, biologia molecular, informática,energia nuclear, telecomunicações e tan-tas outras.
Enfim, o desenvolvimento da ciência eda tecnologia transforma o mundo, trazen-do grandes benefícios e novas perspecti-vas de melhorar cada vez mais a qualidadede vida de todos.
Teoria celularDois pesquisadores europeus deram,
independentemente, os primeiros passospara a descoberta da célula.
Um deles foi o holandês Anton vanLeeuwenhoeck, comerciante de tecidosque dedicava parte de seu tempo ao es-tudo da natureza. Ele aprendeu a fabricarlentes e construiu microscópios simples,capazes de aumentar as imagens em atétrezentas vezes. Foi ele quem descobriuos glóbulos vermelhos do sangue e a pre-sença de espermatozoides no sêmen. Ob-servou também, pela primeira vez, seresunicelulares ao microscópio.
suporte domaterialbiológico
placa
de metal
chaves
deregulação
lente
material
biológico
Representação em vista lateral e frontal do
microscópio de Anton van Leeuwenhoeck.
Nessa mesma época, entre 1663 e1665, Robert Hooke, um cientista inglês,usando um microscópio formado por duaslentes ajustadas dentro de um tubo de me-
tal, também fez descobertas interessantes.O seu trabalho mais conhecido foi o estu-do da cortiça, para descobrir o que faziadela um material tão leve e flutuante.
Observando finas fatias de cortiça atra-vés das lentes de aumento, ele esclareceuo enigma: constatou que o material eraformado por uma grande quantidade depequenas cavidades, preenchidas por ar. Aessas estruturas ele deu o nome de células,porque as comparou com quartos (celas).
O termo “célula” vem do latim cellula,diminutivo de cella, que significa “pequenocompartimento”.
Enfatizar a importân-cia da invenção do mi-croscópio para o estudoda célula. Não é neces-sário aprofundar, poiso conteúdo será revisto
no 8º ano.
Mostrar, como curio-sidade, o local onde omaterial de estudo eracolocado para observa-ção nesse tipo de mi-croscópio.
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O que Hooke viu, hoje sabemos, é oenvoltório das células, chamado de pa-
rede celular (ou membrana celulósica).
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I M A G E S E © B
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Foto do microscópio de Robert Hooke
e detalhe sem escala de tecido vegetal
de cortiça observado por ele.
Dentro desse envoltório real havia umespaço vazio porque a célula real já tinhamorrido.
O grande interesse pela microscopia le-vou à observação dos mais diferentes tiposde animais e plantas. Em 1838, o botânicoalemão Matthias Schleiden deduziu quetodos os vegetais eram formados por cé-lulas. No ano seguinte, o zoólogo alemão
Theodor Schwann, ao estudar materiaisde animais, observou que eles tambémeram formados por células. Foi com basenessas conclusões que, nesse mesmo ano,Schleiden e Schwann formularam a teoriacelular, sustentando que todos os seres vi-vos são formados por células. Mais tarde,descobriu-se que as células surgem sem-pre de outras já existentes.
Estas descobertas revolucionaram não sóa Biologia, mas também a nossa noção demundo, porque mostrou a ligação que existeentre todos os seres vivos do planeta.
Estudo da célulaAs células são as unidades vivas que for-
mam o corpo dos organismos. São considera-das vivas por realizarem funções necessáriasà manutenção da vida, como nutrição, respi-ração, produção de proteínas, crescimento ereprodução. Estudaremos, a seguir, as partesbásicas que as constituem: a membrana, ocitoplasma e o núcleo.
A membrana plasmática é uma películafiníssima e muito frágil que tem importan-
tes funções na célula. Uma delas é isolá-lado meio externo. Água, substâncias nutri-tivas e gás oxigênio entram com facilidadeatravés da membrana. Ela permite tam-bém a saída de gás carbônico e de resíduosproduzidos dentro da célula. A membranatambém dificulta a entrada de substânciasindesejáveis, exercendo, assim, um rigo-roso controle do que entra na célula e saidela. É por isso que os biólogos dizem quea membrana plasmática tem permeabili-dade seletiva. Permeabilidade porque assubstâncias podem atravessá-la, e seletiva porque o que entra nela e o que sai dela éselecionado.
O citoplasma é uma região constituídapor um material gelatinoso, composto de
água, sais minerais, moléculas de proteínase outras substâncias, chamado hialoplasmaou citosol. Nele, encontramos organelasque realizam diferentes funções na célula,como respiração, excreção, produção e ar-mazenamento de substâncias etc.
Núcleo
Citoplasma
Membrana
plasmátca
Representação esquemática, sem escala, das
partes básicas de uma célula. As estruturas
representadas no citoplasma são as organelas.
Mergulhado no citoplasma, encontra-mos o núcleo, delimitado por membranas(envelope nuclear) e considerado o centrode controle das atividades da célula. É eleque contém o material genético com as in-formações hereditárias, que comandam egerenciam toda a célula.
No entanto, nem todas as células pos-suem núcleo. Por isso, existem dois tipos decélulas: procariótica (do grego proto = primi-tivo; cario = núcleo) e eucariótica (do gregoeu = verdadeiro; cario = núcleo).
Deixar clara a origemda palavra célula.
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120 Capítulo 2 – A célula \ Grupo 1
Célula procariócaAs células procarióticas são células
mais simples. O material genético nessascélulas não está envolvido por membra-nas, não havendo, portanto, um núcleoindividualizado e separado no citoplasma.Dessa forma, o material genético fica dis-perso no citoplasma.
Todos os seres procariontes são unicelu-lares, como as bactérias e as cianobactérias.
Materialgenétco(DNA)
Paredecelular Membrana
plasmátca
Ribossomos
Hialoplasma
Esquema representativo simplificado
de uma bactéria. Note o material
genético disperso no citoplasma e
ribossomos, organelas com função
de produzir proteínas, presentes
em todos os tipos de células.
Célula eucariócaAs células eucarióticas apresentam
núcleo delimitado por duas membranas.Essa estrutura membranosa é chamada deenvelope nuclear (ou carioteca). Assim,
forma-se um núcleo individualizado do ci-toplasma.
Os seres eucariontes podem ser unice-lulares, como as amebas, ou pluricelulares,como os animais e as plantas.
A célula animal e a célula vegetalExistem dois tipos básicos de células eu-
carióticas: a célula animal e a célula vegetal,presente nas plantas.
As principais diferenças entre elas são:• As células vegetais têm uma pare-
de celular formada de um materialresistente, a celulose, envolvendo amembrana plasmática. Essa parede(membrana ou parede celulósica) dáproteção e sustentação a ela. A célulaanimal não apresenta essa estrutura.
• No citoplasma da célula vegetal,
existe uma grande bolsa, chama-da vacúolo central. Nas células jovens, os vacúolos são pequenose numerosos; já nas células adul-tas, é comum a presença de umúnico vacúolo volumoso ocupandoum grande espaço. Esse vacúolo écheio d’água, sais e pigmentos.
• As células vegetais têm, no seu in-
terior, organelas chamadas cloro-plastos, dotados de um pigmentoverde, a clorofila. A clorofila absor-ve a energia solar necessária para arealização da fotossíntese, processopelo qual os seres clorofilados pro-duzem seu próprio alimento. As cé-lulas animais não têm cloroplastos.
CloroplastoNúcleo Carioteca
Vacúolo
Paredecelular
CitoplasmaMembranaplasmátca
Citoplasma
Núcleo
Carioteca
Membranaplasmátca
Célula vegetal Célula animal
Esquemas em cores artificiais e sem escala que ilustram os principais
aspectos das células animal e vegetal. Note a presença de parede celular
e cloroplasto, responsável pela fotossíntese na célula vegetal.
Caso seja possível, su-gerimos que esse conte-údo seja trabalhado nolaboratório, da mesmamaneira que foi orienta-do em relação ao primei-ro capítulo.
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121Ciências Naturais \ Riquezas e saberes
A célula eucarióca na organização dos seres vivos pluricelularesNos seres vivos pluricelulares, as células especializam-se e originam tecidos. Estes se
agrupam e formam órgãos. A reunião de vários órgãos, trabalhando de forma organiza-da, constitui um sistema. O conjunto de sistemas, por sua vez, trabalhando de maneiraintegrada, forma um organismo.
Tecido epitelial
Tecido muscular
Esôfago
Intesnos
Estômago
Sistema digestório
Zigoto
Divisõescelulares
D i f e
r e n c i a
ç ã o
D i f e r e n
c i a ç ã o
Diferenciação celular e
organização dos tecidos
em órgãos, formando umsistema.
Tecidos Órgãos Sistema
Representação esquemática, sem escala, da formação de órgãos e de
sistemas a partir da diferenciação de células e tecidos.
O mapa conceitual a seguir abrange alguns conceitos referentes à teoria celular e ao estudo comparativo das células.
Mapa conceitual
que podem ser
Teoria celular
Todo ser vivo é formado por
como
bactérias e
cianobactérias.
célula animal
apresenta
estruturas
em comum
com as células
vegetais
possui
célula vegetal
parede celular,
cloroplastos
e grande vacúolo
mas
não
possui
eucariontes
com núcleo
células
procariontes
sem núcleo
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Capítulo
2 A célula
Avidade 4 • Teoria celularExercícios de Aplicação
01) Em 1663, Robert Hooke observou fi-nas fatias de cortiça em microscópio for-mado por duas lentes. Ele constatou queas finas fatias de cortiça eram formadaspor pequenas cavidades.
a. Que nome Robert Hooke deu a es-sas cavidades? Por quê?
b. O que significa o termo “célula”?
c. Que parte da célula foi observadapor Robert Hooke?
02) A teoria celular proposta por MatthiasSchleiden e Theodor Schwann é uma dasteorias mais fundamentais da Biologia mo-derna. Segundo ela:
a. todos os seres vivos são constituí-dos de células.b. todas as células provêm de outras
preexistentes.c. há relação entre forma e função
das células.d. as células das bactérias têm um
núcleo individualizado.e. as primeiras células originaram-se
da matéria bruta.
Exercícios Propostos
03) O interesse pelo estudo microscó-pico dos seres vivos permitiu a MatthiasSchleiden e a Theodor Schwann chegarema uma conclusão, estabelecendo uma im-portante teoria da Biologia moderna.
a. Por meio de seus estudos, que teo-ria Matthias Schleiden e TheodorSchwann estabeleceram?
b. O que propõe essa teoria?
04) As células são as unidades funcionaisque formam o corpo dos seres vivos. Expli-que por que elas são fundamentais para amanutenção da vida.
Robert Hooke viu o envoltório das célulasvegetais, chamado parede celular. Dentro
desse envoltório, havia espaço vazio, pois acélula já tinha morrido e deteriorado.
O termo “célula” vem do latim cellula, di-minutivo de cella, que significa “pequenocompartimento”.
A essas estruturas ele deu o nome de cé-lulas, porque as comparou com quartos(celas).
R.: A
No exercício 02, a teo-ria celular (1838-1839)afirma que todos os se-res vivos são formadosde células. A afirmaçãode que “toda célula de-
riva de outra preexis-tente” (pronunciada porFrançois-Vincent Raspaile popularizada por Ru-dolf Virchow, em 1858) éposterior à teoria celular.
Propõe que todo ser vivo é formado porcélulas.
A teoria celular.
As células realizam funções necessárias àmanutenção da vida, como nutrição, respi-ração, crescimento e reprodução.
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123Ciências Naturais \ Riquezas e saberes
Avidade 5 • Célula procarióca
Exercícios de Aplicação
01) Diferencie células procarióticas deeucarióticas.
02) Coloque os nomes correspondentesaos números indicados nos componentesda célula procariótica ao lado.
1 23
4 5
01.
02.
03.
04.
05.
05) Relacione corretamente as partes bási-cas que formam uma célula a suas funções.
a. Centro de controle das atividadesda célula.
b. Uma de suas funções é isolar a cé-lula do meio externo.
c. Região constituída por um ma-terial gelatinoso chamado hialo-
plasma.( ) Membrana plasmática( ) Citoplasma( ) Núcleo
Exercícios Propostos
03) Os seres procariontes são unicelula-res ou pluricelulares? Dê exemplos de se-res procariontes.
04) Esquematize simplificadamente duascélulas lado a lado: uma deve ser procarióti-ca e legendada com a letra A e a outra, euca-
riótica e legendada com a letra B.a. Indique com uma seta o material
genético dessas células.
Todos os seres procariontes são unicelu-lares, como as bactérias e as cianobactérias.
Nas células procarióticas, o material gené-tico não está envolvido por um envelopemembranoso, portanto não há um núcleoindividualizado e separado no citoplasma.Esse material fica disperso no citoplasma.As células eucarióticas apresentam materialgenético delimitado por um envelope nu-
clear (a carioteca), formando-se, assim, umnúcleo individualizado no citoplasma.
Material genético
B
C
A
Membrana plasmática
Hialoplasma
Ribossomos
Parede celular
Material
genétco
AB
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124 Capítulo 2 – A célula \ Grupo 1
b. Justifique o esquema das células Ae B que você fez.
05) Existem dois tipos básicos de células:as procarióticas e as eucarióticas. Uma cé-lula é classificada como eucariótica quan-do apresenta:
a. citoplasma.b. parede celular.c. material genético.d. membrana plasmática.e. núcleo.
Avidade 6 • Célula eucarióca
Exercícios de Aplicação01) Observe as figuras.
F� 1
F� 2
As figuras 1 e 2 representam, respecti-vamente:
a. célula vegetal e célula animal.b. célula animal e célula vegetal.c. célula bacteriana e célula animal.d. célula vegetal e célula bacteriana.e. célula animal e célula bacteriana.
02) No 7º ano, o professor orientou seus
alunos no desenvolvimento da seguinteexperiência. Foram preparadas, pelos alu-nos, lâminas com folhas de uma plantaaquática chamada Elodea. Depois o pro-fessor pediu que utilizassem as câmeras deseus equipamentos eletrônicos, como ce-lulares e tablets, para fazer fotos das lâmi-nas observadas ao microscópio e monta-rem um relatório de aula. A seguir, temos
uma foto feita por um aluno.
M A R C O S R R OD R I G UE S
Na célula A, o material genético está disper-so no citoplasma, porque se trata de umacélula procarionte.Na célula B, o material genético está envolvi-do por um envelope nuclear, ou seja, há umnúcleo, caracterizando uma célula eucarionte.
R.: E
No exercício 05, é im-
portante destacar quenenhuma célula proca-riótica possui núcleo.
No exercício 01, a fi-gura 1 refere-se a umacélula animal, uma vezque não há a presen-ça de parede celularnem de cloroplastos.
A figura 2 mostra umacélula vegetal, pois éevidente a presençade parede celular, decloroplastos e de gran-des vacúolos.
R.: B
No exercício 02, se pos-sível, fazer a experiência.
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125Ciências Naturais \ Riquezas e saberes
a. Cite duas estruturas bem visíveisque caracterizam os tipos de célu-
las observados e dê as funções decada uma delas.
b. Cite uma estrutura que não está vi-sível nessa célula e que, geralmen-
te, é de grande volume e caracteri-za a célula vegetal.
Exercícios Propostos
03) Observe o esquema da célula eucariótica a seguir.
Mitocôndrias
Cloroplasto
Parede celular
Membrana plasmátca
Reculo endoplasmátco
Ribossomos
Núcleo
Vacúolo
Citoplasma
Complexo
golgiense
A presença de que estrutura, observá-vel no esquema, permite afirmar que setrata de uma célula vegetal?
a. Mitocôndria
b. Núcleoc. Retículo endoplasmáticod. Ribossomoe. Cloroplasto
04) Complete o quadro a seguir, marcando “presente” ou “ausente” em relação às es-truturas celulares.
Célula animal Célula vegetal Bactéria
Membranaplasmática
Parede celular
Cloroplasto
Vacúolo central
Núcleo
No exercício 03, apresença de cloroplastoindica que se trata deuma célula vegetal; aparede celular tambémestá presente na célulavegetal
R.: E
Presente Presente Presente
Ausente Presente Presente
Ausente Presente Ausente
Ausente Presente Ausente
Presente Presente Ausente
São observadas a parede celular, a qual tema função de proteção da célula, e os cloro-plastos, dotados de clorofila, a qual absorvea energia luminosa e permite a realizaçãoda fotossíntese. Essas estruturas são carac-terísticas de células vegetais.
O vacúolo central.
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126 Capítulo 2 – A célula \ Grupo 1
05) Com base no preenchimento do qua-dro anterior, responda às questões.
a. Qual das estruturas é comum aostrês tipos de células?
b. Cite três estruturas presentes nacélula vegetal, mas ausentes na cé-lula animal.
c. Cite uma estrutura comum à célulavegetal e à bacteriana.
d. De acordo com a presença e au-sência de núcleo, como podem serclassificadas essas células?
Parede celular, cloroplasto e vacúolo central.
A parede celular.
A membrana plasmática.
Eucarióticas, como a célula vegetal e a cé-lula animal, e procariótica, como a bactéria.
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C I Ê N C I A S N A T U
R A I S • G R U P O
1 •
R I Q
U E Z A S E S A B E R E S
Capítulo
3Os vírus
O que são vírus?Vírus são seres classificados, por alguns pesquisadores, como vivos e, por outros,como não vivos, pois são destituídos de organização celular. Esses seres encontram-seem praticamente todos os ambientes da Terra: solo, ar e água.
Nesses lugares, ficam inertes, como cristais de uma substância química. Entretanto,ao entrarem em contato com organismos vivos, iniciam sua ação, infectando-os e apode-rando-se de suas células.
Os vírus podem infectar todas as formas de vida: animais, vegetais, fungos e bactérias.No caso da espécie humana, ela é vítima da invasão de diversos vírus causadores de
doenças, como gripe, caxumba, sarampo, poliomielite, Aids e muitas outras.Para se reproduzir, os vírus apoderam-se da “máquina” reprodutora de uma célula
que lhe é adequada, passando a comandá-la, podendo, inclusive, destruí-la.
Descoberta dos vírusO termo “vírus” era empregado na Anti-
guidade como sinônimo de veneno e se re-feria a “agentes de natureza desconhecida
que provocavam doenças”.A descoberta dos vírus deve-se aos pes-quisadores Dimitri Ivanovski e MartinusBeijerinck, pesquisadores do agente cau-sador da doença que atacava as folhas dotabaco, com as quais se fabricava o fumo.Eles perceberam que esse agente impediao crescimento da planta, deixando suas fo-lhas com manchas que lembravam um de-
senho do tipo mosaico – por essa razão onome “mosaico do fumo” – podendo, atémesmo, levá-la à morte.
Os pesquisadores descobriram que adoença era contagiosa ao borrifar “suco”de folhas de fumo contaminadas em folhassadias. Sob essa ação, as folhas passavam a manifestar a doença, mesmo depois de essessucos terem passado por filtros especiais capazes de reter bactérias.
Em 1935, o norte-americano Stanley conseguiu isolar a partícula que causava o mo-
saico com um concentrado feito com uma tonelada de folhas contaminadas. Ele foi puri-ficando esse suco até chegar a “cristais” em forma de agulhas.
Esses cristais podiam ser diluídos em água, formando uma solução que, borrifada emfolhas sadias, infectava-as, fazendo-as manifestar a doença.
Alguns anos mais tarde, com a descoberta do microscópio eletrônico, esses cristaispuderam ser observados e estudados, sendo possível conhecer melhor sua estrutura eforma de atuação.
Como são os vírusOs vírus são extremamente pequenos e simples, podendo ser vistos apenas com o au-
xílio do microscópio eletrônico. Apresentam formas variadas, como bastonetes, esferas,cilindros etc.
Diferentemente dos seres vivos, os vírus não são formados por células mas, por, basi-camente, material genético protegido por uma cápsula de proteína.
5 4 6 1 3 / S H U T T E R S T O C K
Folhas de tabaco. Quando essas folhas
estão infectadas por vírus, elas apresentamuma coloração verde-clara entre as
nervuras das folhas novas e a formação de
um mosaico, que alterna a coloração do
tecido entre verde-escuro e verde-claro.
Neste capítulo, apósestudar os vírus, o alu-no deverá ser capaz deassociar a promoção dasaúde individual e cole-
tiva à responsabilidadeconjunta dos indivíduose dos poderes públicos.
Usar o histórico sobre adescoberta dos vírus paradespertar a curiosidadedos alunos pelo conteúdo.
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128 Capítulo 3 – Os vírus \ Grupo 1
Material genéco
Cápsula de proteína
Representação, sem escala, da estrutura
de um vírus sem envelope.
Alguns vírus apresentam um envoltório,ou envelope, externo à cápsula de proteína.Estes são chamados de vírus envelopados.
Material genéco
Cápsula de proteína
Envelope
Representação, sem escala, de
um vírus envelopado.
Em alguns vírus, o material genético é omesmo que forma os genes dos seres hu-manos, o DNA (ácido desoxirribonucleico).Em certos tipos de vírus, esse material é oRNA (ácido ribonucleico).
Por serem acelulares (não formados porcélulas), esses seres são capazes de produ-zir as substâncias de que necessitam apenasquando invadem as células dos seres vivos.
No interior delas, comportam-se comoverdadeiros “piratas”, assumindo o co-mando da célula infectada e obrigando-a atrabalhar quase exclusivamente para eles,produzindo novos vírus.
Por essas razões, os vírus são consi-derados parasitas intracelulares obriga-
tórios, pois infectam a célula hospedeira,causando-lhe mau funcionamento e levan-do-a muitas vezes à morte.
Os vírus são exigentes quanto ao tipode célula que infectam. Por exemplo, os ví-rus de plantas não estão equipados parainfectar as células dos animais. Há tam-bém aqueles que só atacam bactérias.
Algumas vezes, eles podem infectar de-
terminado indivíduo e não lhe causar ne-nhum dano, mas são capazes de provocara morte de outro.
Reprodução dos vírusEnquanto um vírus não encontra uma
célula na qual possa penetrar e começarseu ciclo vital, ele permanece absoluta-
mente inerte. Ao encontrar uma célulahospedeira apropriada, entra em ação,dando início ao seu ciclo reprodutivo.
Usaremos como exemplo o bacterió-fago − vírus parasita de bactérias − comomodelo para estudar a reprodução dosvírus.
Cápsula de proteína
Cauda
Fibras da cauda
DNA
A L I L A
ME D I C A L I M A G E S / S H U T T E R S T O C K
Representação sem escala da estrutura de
um bacteriófago, vírus que infecta bactérias.
Reprodução do bacteriófagoPrimeiramente, o vírus instala-se na su-
perfície da bactéria. Em seguida, ele ino-cula no hialoplasma da célula seu materialgenético (DNA).
A cápsula de proteína que envolve essematerial permanece do lado de fora dabactéria.
Utilizar a explicação dareprodução do bacteri-ófago para enfatizar oparasitismo intracelularobrigatório dos vírus.
O vírus fora da célulaé chamado de vírion.Comentar sobre essetermo com a turma se
julgar adequado.
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129Ciências Naturais \ Riquezas e saberes
Parede da
célula
Membrana
plasmátca
DNA
Cauda
contraída
Célula bacteriana A L I L A M E D I C A L I M A G E S / S H U T T E R S T O C K
Em detalhe, representação sem escala de
bacteriófago aderido à superfície externa
da bactéria e injetando seu DNA.
No interior da célula bacteriana, o DNA viral começa a se multiplicar. Isso ocorre por-que a célula não diferencia os genes do invasor de seus próprios genes. Ao mesmo tem-po, começa a produção das cápsulas (cabeças e caudas) dos novos bacteriófagos.
Em poucos minutos, a bactéria será totalmente controlada pelo vírus.Cerca de trinta minutos após a invasão da célula, ela fica repleta de novos vírus.
A parede dessa célula se rompe, liberando os novos vírus, que infectarão outras bacté-rias, reiniciando o ciclo.
1
5
4
3
2
Vírus
DNA viral
DNA bacteriano
Bactéria
Representação da reprodução de um vírus bacteriófago; 1. O vírus introduz
seu DNA na bactéria; 2. No interior da bactéria, o DNA do vírus se multiplica e
ocorre a produção de cápsulas de proteínas e outras peças virais; 3. Novos vírus
são formados no interior da bactéria; 4. A bactéria se rompe liberando novos
vírus; 5. Os vírus formados invadem outras células, reiniciando o ciclo.
E Y E
O F S C I E N C E / S C I E N C E P H O T O L I B R A R Y /
S P L
D C / L A T I N S T O C K
Microfotografia de bacteriófago, colorida
artificialmente, infectando uma bactéria.
Aumento aproximado de 80 000 vezes.
Existem agentes in-fecciosos conhecidoscomo partículas subvi-rais, são os viroides, osvirusoides e os príons.
Os viroides são peque-
nos fragmentos circula-res de RNA. Eles não têmenvoltórios e não produ-zem proteínas, apenasreplicam seu materialgenético em célulashospedeiras de plantas,causando-lhes doenças.
Os virusoides tambémsão moléculas infec-ciosas de RNA circular,como os viroides, masdependem de outros ví-rus para infectar células,reproduzindo-se simul-taneamente a eles (porisso, são também cha-mados vírus defectivos).
Os príons são molé-culas de proteínas queinfectam certos organis-
mos e causam doenças,pois modificam proteínassadias, que passam a secomportar como príons.São os responsáveis peladoença da “vaca louca”.
Esses agentes infec-ciosos não devem sertrabalhados em sala deaula. Caso algum aluno
tenha conhecimentoprévio e questione so-bre eles – principalmen-te em relação à doençada “vaca louca” –, expli-car rapidamente, semdetalhar ou aprofundar.
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130 Capítulo 3 – Os vírus \ Grupo 1
Os vírus podem ser úteisÉ possível que você já tenha ouvido falar
em controle biológico de pragas. Esse contro-le é baseado em uma ideia simples: controlaruma praga usando seus inimigos naturais.
Esse método é utilizado, por exemplo,no combate à lagarta da soja, inseto capazde causar grandes prejuízos às lavouras desoja, devorando suas folhas. Para combatê---la, usa-se um vírus capaz de atacá-la, ob-tendo-se, dessa forma, um controle sobre
seu desenvolvimento e sua reprodução.
Doenças causadas por vírus
Os vírus causam várias doenças, tantoem vegetais como em animais. A seguirestudaremos algumas viroses na espéciehumana.
DengueAtualmente, a dengue é uma das gran-
des preocupações de saúde pública empaíses tropicais.
Segundo a Organização Mundialde Saúde, estima-se que três bilhõesde pessoas, no mundo, vivem em áreas
de risco para contrair dengue. Estima--se que, anualmente, 50 milhões de pessoas se infectam com a dengue,sendo 500 mil casos de dengue he-morrágica e 21 mil óbitos. As princi- pais vítimas são crianças.
Disponível em: . Acesso em: jul. 2014.
Adaptado.
Existem quatros variedades de víruscausadores da dengue. Assim, se uma pes-soa contraiu a doença por uma das varieda-des do vírus, não está protegida das outras.
A transmissão se dá pela picada domosquito fêmea Aedes aegypti , após eleter sugado o sangue de uma pessoa já in-fectada. Esse mosquito é também respon-sável pela transmissão da febre amarela.
Em razão das intensas dores muscula-res e nas articulações, a dengue é conhe-cida também como “febre quebra ossos”.Outras manifestações, além das fortes do-
res no corpo, são: dores de cabeça, náusease vômitos, moleza, dor nos olhos, manchas
e erupções na pele.
M R F I Z A / S H U T T E R S T O C K
Aedes aegypti , mosquito transmissor
do vírus da dengue.
Não existe um tratamento específicopara dengue.
A febre deve ser combatida com medi-camentos prescritos somente pelo médico.Por isso, em caso de suspeita de dengue, éimportante não tomar medicamentos semorientação médica, pois isso pode levar acomplicações fatais.
Se o paciente seguir as recomendaçõesmédicas, que são fazer repouso e ingerirbastante líquidos, as manifestações geral-mente desaparecem em, aproximadamen-te, uma semana.
No caso de dengue hemorrágica − for-
ma grave da doença − complicações po-dem levar a pessoa à morte. Esse tipo dedengue geralmente se manifesta quandouma pessoa contrai uma variedade dife-rente de vírus da dengue, depois de tersido anteriormente infectada por outro.
As manifestações da dengue hemor-rágica são as mesmas da dengue comum.A diferença é que, na dengue hemorrági-
ca, pode haver sangramento pelo nariz,pela boca e pelas gengivas, manchas ver-melhas na pele, dores abdominais fortese contínuas, vômitos persistentes, pelepálida, entre outros sinais e sintomas.
Não há vacina contra a dengue. A formamais importante de prevenção da doença éeliminar os focos de acúmulo de água para-da: pneus velhos, garrafas e tampinhas, coposplásticos, vasos de plantas, caixas d´água, la-tões, cisternas, sacos plásticos, entre outros.Esses locais são propícios para a reproduçãodo mosquito transmissor da doença, uma vezque ele põe seus ovos em águas acumuladas.
Por existirem muitasdoenças causadas porvírus, escolhemos ape-nas três para serem tra-balhadas com um pou-co mais de detalhes.
Deixar claro aos alu-nos que a dengue é umproblema de todos nós,enfatizando a maneirade prevenção. Utilizargráficos atuais paramostrar o número de ca-sos anuais e de mortescausadas por dengue.
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131Ciências Naturais \ Riquezas e saberes
Larva
de
primeiro
estágio Larva de
segundoestágio Larva de
terceiro
estágio
Larva de
quarto
estágio
Pupa
Ovo
Na água, os ovos do Aedes aegypti desenvolvem-se em larvas, originando
o mosquito adulto. Representação sem escala; cores fantasia.
Por isso, é importante sermos cidadãos responsáveis e adotarmos atitudes que evi-tem a reprodução do mosquito.
Tampe bem a
caixa d’água.Não deixe água
acumulada nas calhas.
Fure o fundo das latas
usadas, antes de
jogá-las no lixo.
Elimine as
poças d’água.
Mantenha os pneusprotegidos da chuva.
Coloque areiana água de vasos.
As garrafas devemser guardadas de
boca para baixo.
Tampe bem os
potes, filtros e
reservatórios.
Ações preventivas contra a dengue.
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132 Capítulo 3 – Os vírus \ Grupo 1
RaivaA transmissão da raiva, ou hidrofobia,
para o ser humano ocorre geralmente pelamordedura de cães ou de gatos infectadospelo vírus, presente em suas salivas. Ani-mais selvagens, como morcegos, lobos e ra-posas, também podem transmitir a doença.
Após penetrar no organismo, o vírus semúltipla e atinge o sistema nervoso, cau-sando inflamação no cérebro. Posterior-mente, os vírus disseminam-se para vários
órgãos e para as glândulas salivares, sendoeliminados pela saliva dos animais ou pe-las pessoas contaminadas.
Inflamaçãono cérebro
Vírus transmido pela salivainfectada através de mordidaou ferida
Os vírus transmitidos pela mordida do
animal contaminado se multiplicam e
atingem o sistema nervoso, causando
inflamação no cérebro e vários sintomas.
Quando o sistema nervoso é atingido,o indivíduo fica bastante agitado, podendoter um comportamento de fúria − por isso otermo “raiva”. O simples ato de pensar emágua, de vê-la ou bebê-la induz contraçõesinvoluntárias e dolorosas dos músculos daboca e faringe, manifestações que caracteri-zam a hidrofobia (medo de água). Por essas
contrações, uma pessoa com essa doençatem dificuldades de engolir e inalar ar.
Na fase terminal da doença, ocorremconvulsões, paralisia generalizada dosmúsculos, asfixia e morte. Após mani-
festação, a doença é sempre fatal, pois otratamento é apenas sintomático e não
elimina o vírus.A prevenção da raiva consiste na vaci-
nação de cães e de gatos. Pessoas mordi-das por animais suspeitos (ou se a salivadestes entrar em contato com ferimentos)devem lavar o local ferido com água limpae sabão, manter o animal em observação eprocurar assistência médica.
AidsUma das mais graves doenças cau-
sadas por vírus, na atualidade, é a Aids− sigla para a expressão inglesa AcquiredImmune Deficiency Syndrome, que, emportuguês, significa Síndrome da Imuno-deficiência Adquirida.
A Aids é causada por um vírus conhecidopor HIV (Human Immuno Deficiency Virus)ou vírus da imunodeficiência humana, en-contrado em diversos líquidos produzidospelo corpo do doente, como sangue, sê-men, secreções vaginais e leite (produzidopela mãe que amamenta o filho).
A principal característica dessa doençaé o enfraquecimento do sistema de defesado organismo e, com isso, o organismo da
pessoa torna-se incapaz de se defender deuma série de doenças. São as doenças cha-madas oportunistas, como a pneumonia,a tuberculose, a toxoplasmose, os tumorese outras doenças que historicamente vi-nham sendo tratadas e curadas, mas quepodem levar pacientes com Aids à morte.
HIV (em vermelho) atacando célula
do sistema imunitário (em branco).
Os vírus penetram dentro da célula
e a destroem. Representação gráfica
sem escala, cores fantasia.
N I B S C / S C I E N C E P H O T O L I B R A R Y /
S P L D C
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Esclarecer sobre asações que devem ser to-madas por uma pessoa
mordida por um animalsuspeito de raiva.
Existem casos muitoraros de indivíduos quesobreviveram ao vírus daraiva após este se mani-
festar. No entanto, emtermos epidemiológicos,a letalidade da raiva éconsiderada 100% (ín-dice 1). Esses casos sãoexceções.
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133Ciências Naturais \ Riquezas e saberes
Transmissão do vírus HIVA transmissão desse vírus acontece
em situações específicas, quando esseslíquidos entram em contato com a circula-ção sanguínea de uma pessoa através delesões na pele ou pelas mucosas (tecidosque revestem a boca, o estômago, o intes-tino e as demais cavidades do corpo).
As situações em que os vírus podemser transmitidos de uma pessoa para ou-tra são:
• Relações sexuais − uma pessoapode adquirir o vírus da Aids pormeio de relações sexuais, pois ovírus está presente no sêmen enas secreções vaginais. A forma deprevenir é usando preservativo nasrelações sexuais.
• Seringas ou agulhas contamina-das − forma de contaminação quepode acontecer nas injeções demedicamentos na veia ou no usode drogas injetáveis, quando umamesma seringa é compartilhadapor várias pessoas.
• Gravidez − as gestantes contami-nadas podem passar o vírus para ofeto através da placenta. No entan-
to, atualmente, existem vários me-dicamentos que inibem a reprodu-ção do vírus; por isso, já é possívelo nascimento de crianças, filhos demães soropositivas, sem o vírus.
• Amamentação – a transmissãopode ocorrer também duranteo período de amamentação pormeio da ingestão do leite da mãe
com o vírus.• Objetos cortantes contaminados
− lâminas de barbear, alicates deunhas, tesouras, instrumentos decorte, usados por médicos e dentis-tas, agulhas usadas em tatuagensou em acupuntura são objetos derisco que podem ficar contamina-dos com o vírus. Por isso, todos
esses objetos, quando não foremdescartáveis, devem ser limpos eesterilizados.
• Transfusões de sangue − há situa-ções em que as pessoas necessitam
receber sangue ou então algum de-rivado dele, como o plasma. Nesse
caso, se o material estiver contami-nado a pessoa se infectará.
Importante: o doador de sangue nãocorre o risco de contrair o HIV; esse risco épara o receptor, caso o sangue esteja con-taminado. A fiscalização dos bancos de san-gue pelo governo reduziu muito as chancesde contaminação nas transfusões, pois háexigência do teste de HIV antes da doação.
Prevenção da AidsSão medidas para a prevenção da Aids:
• Usar preservativos (camisinhas).É a forma mais eficiente de evi-tar contato com esperma ou comsecreções vaginais contaminadaspelo vírus.
Camisinha feminina (à direita) emasculina (à esquerda). Os preservativos,
além de protegerem contra doenças,
evitam uma gravidez indesejada.
• Não compartilhar seringas ou agu-lhas, nem usar objetos cortantessem que estejam esterilizados.
• Verificar a procedência do sangueutilizado nas transfusões.
• Evitar a gravidez e amamentaçãono caso de mulheres portadoras
do HIV. Se já estiver grávida, a mu-lher soropositiva deve tomar me-dicamentos para combater o víruse, assim, reduzir a chance de trans-missão para a criança.
B S I P / A F P
Em função da faixaetária, trabalhar estes
assuntos de maneirabem simples. Deixarclaro que o vírus HIVataca as células de de-fesa, fato que torna ainfecção por esse vírusmuito grave. Diferenciarum indivíduo portadordo vírus, soropositivo,de um indivíduo com
Aids. Reforçar os meca-nismos de transmissãoe de prevenção.
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134 Capítulo 3 – Os vírus \ Grupo 1
Importante: não se contrai HIV ao aper-tar a mão, abraçar ou compartilhar utensí-
lios domésticos com portadores do vírus.
Sinais e sintomasNormalmente, o vírus não manifesta
sua presença logo que se instala no orga-nismo. Cerca de 50% a 70% das pessoasinfectadas pelo HIV percebem os primeirossinais e sintomas somente entre 3 a 6 sema-nas após a contaminação, os quais podem
ser: febre, dor de garganta, cansaço, perdade apetite, vômito e diarreia. É comum ossintomas serem confundidos com os de ou-tras infecções virais, como a gripe, em quepermanecem por duas ou três semanas e,gradativamente, vão desaparecendo. É porisso que nem sempre as pessoas dão a im-portância adequada a essas manifestações.
Após o desaparecimento desse primeiroperíodo, muitas pessoas infectadas pelo HIVpermanecem aparentemente bem por umlongo tempo, em geral durante alguns anos.
Isso ocorre porque as células de defe-sa destruídas pelo vírus continuam sendo
substituídas pelo organismo; assim, porcerto tempo, a quantidade dessas célulasno sangue permanece em um nível infe-rior, mas conseguem manter, mesmo as-sim, a taxa de vírus baixa no sangue. En-tretanto, em determinado ponto, a disputaentre as células de defesa e o HIV começaa se desequilibrar em favor do vírus; é nes-se momento que começam a surgir várias
infecções oportunistas, causadas por bac-térias, fungos, protozoários, outros vírus eaté determinados tipos de câncer. São aschamadas “doenças oportunistas”, que po-dem levar o indivíduo à morte.
Outras doenças transmidas por vírusUma das formas de se proteger con-
tra as doenças é conhecer o seu modo detransmissão. A tabela a seguir traz, de for-ma prática e reduzida, informações sobrealgumas doenças causadas por vírus.
Doenças Transmissão Sinais e sintomas Medidas de controle
Gripe
Contato direto com odoente, gotículas de
saliva eliminadas no ar,objetos contaminados,como moedas,
maçanetas, copos etc.
Mal-estar geral, febre,dores de cabeça e em
outras regiões do corpo,coriza (eliminação de
muco pelo nariz).
Há vacina parcialmenteefetiva. Isolamento
das pessoas gripadas,de modo a reduzir apropagação do vírus.
Sarampo
Contato diretocom o doente,
gotículas de saliva ede secreções nasais.
Fotofobia, tosse seca,manchas vermelhasna pele (exantema).
Há vacina. Evitarcontato com
pessoas doentes.
Poliomielite
Alimentos e objetos
contaminados, saliva esecreções respiratóriaseliminadas no ar.
Febre, mal-estar, afeta
os neurônios motores,causando paralisiasmuscular e respiratória.
Há vacina. Doença
controlada no Brasil pormeio de vacinação.
Caxumba
Contato diretocom o doente,
gotículas de saliva ede secreções nasais.
Febre, mal-estar, dorde cabeça, inflamação
das glândulasparótidas (salivares).
Há vacina. Evitarcontato com
pessoas doentes.
HerpesContato direto compessoas doentes.
Pequenas bolhas que,
quando rompidas,originam feridas:
nos lábios (herpeslabial) e nos genitais
(herpes genital).
Uso de medicamentospara diminuir os
sinais e os sintomas.
Utilizar a tabela ape-nas como complemen-
tação. Não é necessáriodetalhar essas doenças,pois não há exercíciossobre elas. Caso seja deseu interesse, dividir osalunos em grupos e pe-dir para cada um delespesquisar as doenças eapresentá-las ao grupotodo.
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135Ciências Naturais \ Riquezas e saberes
Doenças Transmissão Sinais e sintomas Medidas de controle
Hepatite A
Por meio de águae de alimentoscontaminados;
supõe-se que moscastransportem o vírus de
fezes contaminadas.
Febre, dores de cabeça,vômitos, náuseas, a
pessoa fica com a peleamarelada (icterícia). A
maioria é assintomática.
Há vacina. Saneamentobásico, higienena manipulaçãodos alimentos.
Hepatite B
Transfusões de sanguecontaminado, relações
sexuais e da mãe para o
feto através da placenta.
Sintomas semelhantesaos da hepatite A. Aolongo do tempo, pode
provocar cirrose oucâncer de fígado.
Há vacina. Uso depreservativos e
controle da qualidade
do sangue doado.
Hepatite CAdquire-se da
mesma maneiraque a hepatite B.
Febre, vômito, icterícia,cirrose hepática e
câncer de fígado. Háindivíduos que não
manifestam sintomas.
Não há vacina. Usode preservativos e
controle da qualidadedo sangue doado.
Mapa conceitual
exceção
à teoria
celular
poissão
infecções
viraisacelularesparasitas
intracelulares
obrigatórios
são
uma são são causam
formados por pois só
se reproduzem
comoevitadas
por
material
genéco
capsídio envelopeno interior
de uma célula
dengue, raiva
Aids, sarampo,
catapora etc.
ações
prevenvas. vacinação.
que pode
serque
constuído
de
exemplo:
bacteriófago,
DNA. RNA. proteínas.envolve o
capsídio.
vírus que infecta
as bactérias.
Os vírus
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136 Capítulo 3 – Os vírus \ Grupo 1
A defesa naturale as vacinas
Estamos constantemente expostos atodo tipo de micro-organismos presentesno ambiente. Muitos deles podem pene-trar em nosso corpo e nos causar sériosproblemas.
A defesa naturalPara nos defender desses invasores,
contamos com o incansável trabalho deum sofisticado sistema de defesa: o siste-ma imunitário. Ele tem a capacidade dereagir resistindo ao ataque desses agentesinvasores.
Em razão desse sistema que, na maio-ria das vezes, nem percebemos que fomosatacados por micro-organismos ou agen-tes patogênicos, como os vírus.
Quando penetram em nosso corpo, porexemplo, por meio do ar, da água, de feri-mentos ou de alimentos contaminados, osvírus são imediatamente “detectados” eidentificados como organismos “estranhos”por certas células que fazem parte do sis-tema imunitário. Elas passam, então, a pro-duzir substâncias que se ligam aos agentes
invasores com a função de destruí-los. Taissubstâncias são os anticorpos.Os anticorpos têm uma ação especí-
fica; para cada tipo de agente invasorsão produzidos anticorpos capazes decombatê-los. Quando alguém contrai ovírus da catapora, por exemplo, o siste-ma imunitário entra em ação e começa aproduzir os anticorpos específicos contra
esse vírus.Contudo, os anticorpos que comba-
tem o vírus da catapora são incapazes, porexemplo, de combater o vírus do sarampo.
Nosso organismo leva um tempo paracomeçar a reagir e a produzir os anticor-pos. Esse tempo é variável de pessoa parapessoa, pois depende de alguns fatores,como boa alimentação e hábitos saudá-
veis, que ajudam a manter a saúde.No caso da catapora, quando uma
pessoa contrai esse vírus, ela passa certotempo com os sinais e os sintomas pró-prios da doença. Enquanto isso, seu corpo
produz os anticorpos, que vão combaten-do esse vírus.
Depois de curado, caso o indivíduo con-traia novamente esse tipo de vírus, célu-las especiais denominadas “de memóriaimunitária”, que foram produzidas pelosistema imunitário são capazes de “lem-brar-se” dele (reconhecendo-o) e reagirrapidamente, produzindo anticorpos con-tra o invasor.
Muitas vezes, essa “lembrança” será
mantida por toda a vida da pessoa. Dize-mos, então, que ela adquiriu imunidade(resistência) contra o vírus.
É por isso que as pessoas que já tive-ram catapora, caxumba, sarampo, rubéolae algumas outras viroses raramente tor-nam a “pegar” essas doenças.
Essa é uma forma de imunização natural.No caso dos vírus, até agora, poucos
remédios têm se mostrado eficazes emdestruí-los sem causar efeitos colaterais.Os antibióticos, que combatem as bacté-rias, não têm efeito sobre os vírus. Assim,uma forma eficiente de combater os vírustem sido a vacinação.
Vacinas
A imunização contra determinada doen-ça pode ser provocada (artificial), introdu-zindo-se antígenos (partículas ou substân-cias estranhas) no organismo por meio deuma vacina.
O desenvolvimento das vacinas podeser considerado um dos grandes avançosda Ciência porque, por meio da vacinação,é possível preparar antecipadamente o or-
ganismo de uma pessoa contra o ataquede micro-organismos.
As vacinas são produzidas com micro---organismos mortos ou vivos, porém pre-viamente enfraquecidos, isto é, tratadosde modo a não causarem doenças; tam-bém podem ser obtidas de toxinas queeles produzem. Quando introduzidos emalguém, esses agentes não têm condições
de provocar a doença, mas são capazes deestimular o sistema imunitário a produziranticorpos.
As vacinas, portanto, desencadeiam noorganismo vacinado uma resposta imuni-
Este assunto estábem resumido; a ideiaé a de ser um suportepara entender o que éuma vacina e como elaage no corpo.
Após explicar o queé e como age no corpo
uma vacina, explicar oque é soro, sem se pre-ocupar com a sua fabri-cação.
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137Ciências Naturais \ Riquezas e saberes
tária, deixando-o “preparado”. Caso sejacontaminado novamente pelo micro-orga-
nismo contra o qual foi imunizado, essesinvasores serão destruídos antes mesmoque apareçam os sintomas da doença.
Criança recebendo vacina oral contra
a poliomielite. A ampla e extensiva
campanha de vacinação contra essa
doença impediu que novos casos da
doença surgissem desde 1989.
Essa imunização pode ser permanente,como é o caso da vacina contra a polio-mielite, quando a criança recebe todas asdoses necessárias, ou temporária, como avacina contra o tétano, que deve ser refor-
çada periodicamente.Todavia não são todas as viroses quepodem ser prevenidas com eficácia pormeio de uma vacina. Um exemplo é agripe, doença respiratória que mais aco-mete a população, causada pelo vírusinfluenza.
O Ministério da Saúde iniciou as cam-panhas de vacinação contra a gripe em
1991. Desde o início, a vacinação é gra-tuita para todas as pessoas com mais de60 anos. Idosos, crianças de 6 meses a
2 anos, gestantes, indígenas e profissionaisde saúde devem ser vacinados anualmen-
te contra a gripe.Entretanto, como esse vírus muda suascaracterísticas muito rapidamente, umavacina não protege contra os vírus novosque, frequentemente, surgem.
É por isso que, de tempos em tempos,surgem novos surtos de gripe, atingindogrande parte da população.
A vacinação é obrigatória e os pais de-
vem respeitar essa obrigatoriedade. Mascabe ao governo a responsabilidade defornecer as vacinas para a população emgeral, em qualquer época do ano, não ape-nas nas datas programadas oficialmentepara as campanhas.
Toda criança deve ter sua carteira devacinação, para que haja um controle dasvacinas já tomadas e daquelas que aindadeverão ser aplicadas.
Como vimos, as vacinas são importan-tes, pois atuam no organismo de formapreventiva, contra as doenças, estimulan-do a produção de anticorpos. No entanto,em situações em que uma pessoa já tenhacontraído um organismo causador de umadoença, ou toxinas, a maneira mais eficaz
de combatê-lo é por meio de soro − umasolução que contém anticorpos prontos –,que atua rapidamente e de maneira curati-va. Isso porque até as células de defesa doindivíduo produzirem anticorpos contra oagente causador da doença ou certas toxi-nas, a pessoa pode morrer.
São exemplos de soro: o antirrábico,o antitetânico e o antiofídico, respectiva-
mente, usados contra a raiva, o tétano eas toxinas inoculadas com o veneno daspicadas de cobra.
A N S
A R 8 0 / S H U T T E R S T O C K
É importante mostraraos alunos as diferen-
ças entre vacina e sorono que diz respeito àcomposição e ao modode ação.
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138 Capítulo 3 – Os vírus \ Grupo 1
Mapa conceitual
A defesa do organismo
é realizada
pelo sistema
imunitário
ao entrar
em contato
com
micro-organismo
causador da
doença
responsável
pela
produção de
antcorpos.estmula estmula
é auxiliada
ao receber
ao receber
vacina
composta
por micro-organismos
mortos, enfraquecidos
ou suas toxinas
de ação lenta
e preventva.
soro
composto de
antcorpos
prontos
com ação
rápida e
curatva.
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C I Ê N C I A S N A T U
R A I S • G R U P O
1 •
R I Q
U E Z A S E S A B E R E S
Capítulo
3Os vírus
Avidade 7 • O que são vírusExercícios de Aplicação
01) Um pesquisador, estudando os vírus,realizou o seguinte experimento: colocouem quatro tubos de ensaio um caldo nutri-tivo esterilizado, próprio para o cultivo demicro-organismos, e numerou-os. Os tubos
1 e 2 receberam bactérias, e os tubos 3 e 4,vírus.
Bactérias Vírus
1 2 3 4
Tubos com caldo nutrivo esterilizado
Após algum tempo, os tubos 1 e 2 es-tavam repletos de bactérias, enquanto ostubos 3 e 4 permaneceram com a mesmaquantidade de vírus recebida no início doexperimento. De acordo com o que estu-damos sobre vírus, como explicar os resul-tados obtidos pelo pesquisador?
02) Desde a sua descoberta, muito sediscutiu sobre a questão de os vírus se-rem ou não seres vivos. Atualmente, sãoconsiderados seres vivos pela maioria doscientistas.
Por que as dúvidas quanto à inclusão ounão dos vírus na categoria de seres vivos?
O aparecimento de muitas bactérias nos tu-
bos 1 e 2 justifica-se pelo fato de que essesseres vivos são unicelulares e, encontrandoum meio adequado, reproduzem-se rapi-damente. Já os vírus, por não terem umaorganização celular, são incapazes de sereproduzir fora da célula de outro ser vivo,ou seja, são parasitas intracelulares obriga-tórios; por isso, nos tubos 3 e 4, os vírus nãoconseguiram se reproduzir, mesmo com ocaldo nutritivo.
A dúvida ocorre porque os vírus são seresacelulares. Fora da célula podem se cristali-zar, ficando inertes. Por outro lado, são for-mados por substâncias presentes nos seresvivos, como proteínas e material genético,e, no interior das células, são capazes de sereproduzir, uma importante característicados seres vivos.
Reforçar, por meio doexercício 1, que os vírussão parasitas intracelu-lares obrigatórios.
É possível iniciar uma
discussão para elaborar,com os alunos, uma res-posta para o exercício.Nesse caso, cada umdeve justificar seu pon-to de vista.
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140 Capítulo 03 – Os vírus \ Grupo 01
Exercícios Propostos
03) Nas afirmações a seguir, coloque (F)para as afirmações falsas e (V) para as ver-dadeiras, relacionadas aos vírus.
a. ( ) Os vírus são tão pequenos quesomente podem ser vistos com oauxílio de um microscópio eletrô-nico.
b. ( ) Vírus são parasitas apenas decélulas animais.
c. ( ) Só conseguem se reproduzirno interior de células vivas.
d. ( ) Não possuem organização ce-lular, mas produzem todas as subs-tâncias de que necessitam, mesmoquando se encontram fora de umorganismo parasitado.
e. ( ) Apresentam uma característi-ca própria dos seres vivos, que é areprodução.
f. ( ) Os vírus são, necessariamente,parasitas intracelulares; isso quer di-zer que qualquer tipo de vírus podeinfectar qualquer tipo de célula.
Agora, reescreva corretamente as fra-ses consideradas falsas.
04) Escolha, dentro do quadro, a expres-são que completa cada uma das frases a
seguir, tornando-as verdadeiras.
BacteriófagoCápsula de proteína
Infecção viralParasita intracelular
a. Todo vírus é obrigatoriamente e, ao penetrarem uma célula, passa a comandá--la, fazendo com que ela produzanovos vírus.
b. Quando ocorre a penetração ea multiplicação de um vírus emuma célula viva, manifesta-se uma
.
c. O material genético de um vírus é,geralmente, envolvido e protegidopor uma .
d. é um tipo especí-fico de vírus que parasita bactérias.
05) O esquema a seguir representa as eta-pas do ciclo reprodutivo de um bacteriófago.Cada número corresponde a uma etapa des-se ciclo. Descreva cada uma delas.
1
5
4
3
2
VírusDNA viral
DNA bacteriano
Bactéria
V
F
V
F
V
F
b) Os vírus são parasitas de vários tipos decélulas: animais, vegetais e bacterianas.
d) Os vírus não possuem organização celu-lar, portanto não produzem nem absorvemas substâncias de que necessitam quandose encontram fora do organismo parasitado.
f) Vírus são parasitas específicos; existemvírus parasitas específicos de bactérias, devegetais e de animais.
1. O vírus introduz seu DNA na bactéria.2. No interior da bactéria, o DNA do vírus semultiplica, e ocorre a produção de cápsulas
de proteínas e outras peças virais.3. Novos vírus são formados no interior dabactéria.4. A bactéria se rompe liberando novos vírus.5. Os vírus formados invadem outras célu-las, reiniciando o ciclo.
parasita intracelular
infecção viral
Bacteriófago
cápsula de proteína
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141Ciências Naturais \ Riquezas e saberes
Avidade 8 • Doenças causadas por vírus
Exercícios de Aplicação01) Os alunos do 7º ano foram orientados pelo professor a construir uma “armadilha”para pegar mosquito, como indicado no esquema a seguir.
nível daágua
ovos
alpiste
triturado
água
anel do lacremicrotule
pontomédio
mosquitopreso
larvas
presas
garrafa pet
lixa
1° 2° 3°
4° 5° 6°
7° 8°
O objetivo do professor era que seus alunos contribuíssem na prevenção deuma doença que afeta milhares de pessoas anualmente, para a qual ainda nãoexiste vacina.
a. Qual o nome dessa doença? Justifique sua resposta e dê o nome do tipo de agen-te causador da patologia.
b. Além dessa armadilha, que outras atitudes podem contribuir para a prevençãodessa doença?
c. Essa doença também é conhecida como “febre quebra ossos”. Cite seus sintomas
e seus sinais característicos.
É a dengue, causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado.
Não deixar acumular água em pneus, garrafas, latas, calhas, vasos etc., pois a água nesses e em ou-tros recipientes é utilizada para a reprodução do mosquito transmissor da dengue.
Dores musculares e nas articulações, dor de cabeça, febre alta, manchas avermelhadas pelo corpo ehemorragia em alguns casos.
Construir, com os alu-nos, essa armadilha parapegar mosquitos. A ideiaé utilizar as Ciências Na-turais para despertar a
responsabilidade social,pois a dengue é um pro-blema de todos.
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142 Capítulo 03 – Os vírus \ Grupo 01
02) Responda ao que se pede.a. Dê o significado da sigla Aids.
b. Sabendo-se que os nomes não sãodados ao acaso, qual é a relação entre
o nome da doença e o que ela causa?
Exercícios Propostos
03) Coloque falso (F) ou verdadeiro (V) nasafirmações abaixo, relacionadas à raiva.
a. ( ) O vírus causador da raiva ata-ca principalmente o coração, pro-vocando parada cardíaca.
b. ( ) Pessoas mordidas por animaissuspeitos devem lavar o local damordida com água e sabão e pro-curar assistência médica.
c. ( ) Em razão de contrações mus-culares, o doente tem dificuldadesde engolir água ou comida.
d. ( ) Apesar de causar sintomasdolorosos, a raiva não é capaz de
levar o doente à morte.Agora, reescreva corretamente as fra-ses consideradas falsas.
04) Em relação às possíveis formas detransmissão do vírus HIV, causador daAids, coloque F (falso) ou V (verdadeiro). ( )Relação sexual desprotegida. ( )Abraço ou convivência com pes-
soas soropositivas (portadoras do
HIV). ( )Através da picada de mosquitos. ( )Por seringas contaminadas, trans-
fusões de sangue e da mãe para ofilho durante a gravidez.
05) Explique a diferença entre infecçãopor HIV e Aids?
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida,do inglês Acquired I mmuno DeficiencySindrome.
O nome dessa doença se refere ao fato deo vírus HIV afetar o sistema imunitário doindivíduo. Com isso, a pessoa se torna inca-paz de se defender de uma série de doençasque seriam facilmente combatidas.
a) O vírus causador da raiva ataca o sistemanervoso.d) Na fase terminal da doença, ocorremconvulsões, paralisia generalizada dos mús-culos, asfixia e morte. A raiva é sempre fatal.
O HIV é o vírus que causa uma doença co-nhecida como Aids. Nos estágios iniciais dadoença, muitas pessoas com infecção pelo
HIV nem sabem que estão infectadas, po-dendo viver alguns anos sem apresentarnenhuma das doenças oportunistas relacio-nadas à Aids. Nessa fase, a pessoa é apenasportadora do vírus, mas não tem a Aids.Depois de um tempo, com o sistema imu-nológico enfraquecido, várias doenças po-dem se manifestar, chamadas de “doençasoportunistas”. Quando surgem, indicamclaramente que a pessoa está entrando no
“estágio avançado” da infecção pelo HIV, oque caracteriza a Aids.
F
V
V
F
V
F
F
V
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143Ciências Naturais \ Riquezas e saberes
Avidade 9 • A defesa natural e