Post on 09-Aug-2015
FACULDADE RORAIMENSE DE ENSINO SUPERIOR
CURSO DE AGRONOMIA
Profº Denysson Amorim
CONTROLE BIOLOGICO DE
PRAGAS E DOENÇAS
O que é melhor curar?A febre ou a doença que a provoca?
• Responder a essa pergunta significa optar pelo
tratamento do efeito (a febre) ou da causa
(doença) de um determinado problema. Assim
como no corpo humano habita uma série de
microorganismos que coexistem pacificamente
conosco, na lavoura esses organismos também
se encontram no solo, nas plantas e nos
organismos dos animais.
O que é melhor curar?A febre ou a doença que a provoca?
• Só quando o corpo e a agricultura se tornam fracos
e desequilibrados em seu metabolismo, é que
esses organismos oportunistas atacam, tornando-
se um problema.
• Isso significa que a origem do problema não é a
existência desses organismos, mas o desequilíbrio
presente ou no corpo humano ou no ambiente
agrícola.
• Na agricultura convencional, as práticas de campo se
direcionam para o efeito do desequilíbrio ecológico
existente. Este desequilíbrio gera a reprodução exagerada
de insetos, fungos, ácaros e bactérias, que acabam se
tornando "pragas e doenças" das lavouras e das criações
de animais.
• Aplicam-se agrotóxicos nas culturas, injetam-se
antibióticos nos animais buscando exterminar esses
organismos. Contudo, o desequilíbrio que se causa nas
plantas, animais, constituição físico-química e biológica do
solo permanece. E permanecendo a causa, os efeitos
(pragas e doenças) cedo ou tarde reaparecerão, exigindo
maiores frequências de aplicação ou maiores doses de
agrotóxicos num verdadeiro "círculo vicioso".
• Na agricultura orgânica, por sua vez, trabalha-se no
sentido de estabelecer o equilíbrio ecológico em todo
o sistema. Parte-se da melhoria das condições do
solo, que é a base da boa nutrição das plantas que,
bem nutridas, não adoecerão com facilidade,
podendo resistir melhor a algum ataque eventual de
um organismo prejudicial. Cabe destacar o termo
"eventual" porque num sistema equilibrado, não é
comum a reprodução exagerada de organismos
prejudiciais, visto que existem no ambiente inimigos
naturais, que naturalmente irão controlar a
população de pragas e doenças.
• O controle biológico consiste no emprego de um
organismo (predador, parasita ou patógeno) que
ataca outro que esteja causando danos econômicos
às lavouras.
• Trata-se de uma estratégia muito utilizada em
sistemas agroecológicos, assim como na agricultura
convencional que se vale do Manejo Integrado de
Pragas (MIP).
• No Brasil, embora o uso do controle biológico não
seja uma prática generalizada entre os agricultores,
há avanços significativos em alguns cultivos, devido
aos esforços de órgãos estaduais de pesquisa e da
Embrapa.
Manejo Integrado de Pragas (MIP) X
Métodos Agroecológicos
• O MIP constitui um plano de medidas voltadas para
diminuir o uso de agrotóxicos na produção convencional,
buscando otimizar o uso desses produtos no sistema. O
princípio da agricultura convencional de atacar apenas
os efeitos, permanece à medida em que todas as
práticas se voltam para o controle de pragas e doenças
e não para o equilíbrio ecológico do sistema. Contudo,
existe uma preocupação em se utilizar agrotóxicos
apenas quando a população desses organismos atingir
um nível de dano econômico (em que as perdas de
produção gerem prejuízos econômicos significativos),
diminuindo a contaminação do ambiente com tais
produtos.
• Já os métodos agroecológicos buscam aplicar o
princípio da prevenção, fortalecendo o solo e as
plantas através da promoção do equilíbrio
ecológico em todo o ambiente. Seguindo essa
lógica, o controle agroecológico de insetos,
fungos, ácaros, bactérias e viroses é realizado
com medidas preventivas tais como:
• Plantio em épocas corretas e com variedades
adaptadas ao clima e ao solo da região.
• Fazer uso da adubação orgânica.
• Rotação de culturas e adubação verde.
• Cobertura morta e plantio direto.
• Plantio de variedades e espécies resistentes às
pragas e doenças.
• Consorciação de culturas e manejo seletivo do
mato.
• Evitar erosão do solo.
• Fazer uso de adubos minerais pouco solúveis
admitidos pela Instrução Normativa.
• Uso de plantas que atuem como "quebra ventos"
ou como "faixas protetoras".
• Nutrição equilibrada das plantas com
macronutrientes e micronutrientes.
• Conservação dos fragmentos florestais existentes
na região.
• Plantas companheiras;
Cultura principal Plantas companheiras
Abóbora Milho, vagem, acelga.
AlfaceCenoura, rabanete, pepino, beterraba, rúcula, acelga, feijão.
Berinjela Feijão, vagem.
Cebolinha Cenoura, espinafre, tomate, repolho, couve.
CouveFeijão, cebola, camomila, hortelã, alecrim, cebolinha.
FeijãoMilho, berinjela, alface, cenoura, pepino, couve, repolho, alecrim, nabo.
MilhoFeijão, pepino, abóbora, melancia, rúcula, nabo, rabanete, quiabo, maxixe,.
Pepino Feijão, milho, alface, rabanete.
• A tecnologia é um aliado no controle biológico de
pragas e doenças. Um exemplo de sucesso é o
controle da lagarta da soja (Anticarsia
gemmatallis) por meio do Baculovirus anticarsia.
Essa prática foi lançada pelo Centro Nacional de
Pesquisa da Soja em 1983 e, desde então, o
produto foi utilizado em mais de dez milhões de
hectares, proporcionando ao país uma economia
estimada em cem milhões de dólares em
agrotóxicos, sem considerar os benefícios
ambientais resultantes da não-aplicação de mais
de onze milhões de litros desses produtos.
Estratégias para o Manejo Agroecológico de Pragas e Doenças
1 - Reconhecimento das pragas-chave da cultura
• Consiste em identificar qual o organismo que causa maior
dano à cultura. Por exemplo, no caso do algodão, o bicudo
constitui o inseto mais importante no elenco de organismos
que prejudicam a cultura. Na cultura da banana os
principais organismos são fungos, responsáveis pelo "Mal de
Sigatoka" e pelo "Mal do Panamá"
• Conhecer a praga-chave de cada cultura ajudará o
agricultor a adotar práticas que incentivem a reprodução de
seus principais inimigos naturais, ou que criem condições
ambientais desfavoráveis à multiplicação do organismo
indesejável
2 - Reconhecimento dos inimigosnaturais da cultura
• Diversos insetos, fungos e bactérias podem atuar
beneficamente como agentes de controle biológico das
principais pragas e doenças e, o que é melhor, de forma
gratuita na medida em que ocorrem naturalmente no
ambiente. Conhecer as principais espécies e favorecê-las
através de diversas práticas (manejo do mato nativo,
adubação orgânica, preservação de fragmentos
florestais, entre outros), é uma estratégia fundamental
para o sucesso do controle de pragas e doenças na
agricultura agroecológica.
3 - Amostragem da população dosorganismos prejudiciais
• Monitorar a presença das pragas através da contagem
de ovos, largas e organismos adultos (no caso de
insetos), ou da vistoria das plantas (% de dano em caso
de doenças fúngicas ou bacterianas), é uma atividade
obrigatória para que o produtor saiba quando agir e o
faça de modo a promover o equilíbrio ecológico de todo
o sistema de produção.
4 - Escolher e utilizar as táticas decontrole
• Mesmo promovendo o equilíbrio do sistema, a
persistência de determinadas pragas e doenças no
ambiente é comum e nem sempre basta a adoção
apenas de medidas preventivas. A traça do tomateiro
(Tuta absoluta), a requeima da batata (Phytophora
infestans) são exemplos desse caso. Assim, quando
existem ameaças destes organismos promoverem um
dano econômico às culturas agroecológicas, será
necessário ao agricultor adotar práticas "curativas". Tais
práticas atuam como "remédios" para as plantas, como
o uso das caldas bordalesa ou sulfocálcica, por exemplo.
Controle Biológico Natural (CBN)
VS
Controle Biológico Aplicado (CBA)
• Existem na natureza vários organismos
benéficos, também chamados de inimigos
naturais, que utilizam para sua sobrevivência
os insetos-pragas.
• Pássaros, aves, aranhas, insetos, fungos,
bactérias e vírus tem papel importante no
controle de pragas. É o que denominamos de
Controle Biológico Natural.
• Outro tipo de controle é o Controle Biológico
Aplicado (CBA) que consiste na introdução e
manipulação de inimigos naturais pelo homem para
controlar a praga. O Controle Biológico Aplicado só
é possível graças às técnicas de criação destes
inimigos naturais em laboratórios. A vespa
Trichogramma parasita os ovos de inúmeras
espécies de praga da ordem Lepidoptera. Os
parasitóides de ovos apresentam como principal
vantagem a possibilidade de controlar a praga
antes que sejam causados danos à cultura.
Cotesia e Trichogramma
As três principais abordagens do controle biológico
1. Controle biológico clássico(importação)
• Envolve a coleta de inimigos naturais de uma praga
na região onde esta se originou e que aí a atacam e
impedem-na de tornar-se daninha. Novas pragas
estão constantemente se originando acidental ou
intencionalmente e a introdução de alguns de seus
inimigos naturais poder ser um meio importante
para reduzir o nível de dano que podem provocar.
2. Propagação
• Forma de se aumentar a população de um inimigo natural
que ataque uma praga. Isto pode ser feito pela massiva
produção de um predador em laboratório e liberá-lo no
campo na época apropriada. Um outro método é o
melhoramento genético de um inimigo natural que possa
atacar ou encontrar sua presa mais eficientemente. Esses
predadores podem ser liberados em períodos especiais
quando a praga está mais susceptível e inimigos naturais não
estejam ainda presentes ou, então, podem ser liberados em
grandes quantidades. Os métodos de propagação requerem
contínuo controle e não representam uma solução
permanente como podem os métodos da importação e da
conservação.
3. Conservação de inimigos naturais
• Parte importante de qualquer prática de controle
biológico. Isto envolve a identificação de quaisquer
fatores que limitam a efetividade de um inimigo natural
particular e alterá-los para auxiliar a espécie benéfica.
Esta abordagem envolve ou a redução de fatores que
interferem com os inimigos naturais ou o fornecimento
dos recursos requeridos que auxiliem os predadores
naturais.
Alguns Agentes Utilizados e Controle Biológico
Agente Biológico O que ele ataca Como se aplica
Fungo Metarhiziumanisopliae
Cigarrinha da folha dacana-de-açúcar
O fungo é pulverizado e, em contato como corpo do inseto, causa doença.
Fungo Metarhiziumanisopliae
Broca dos citrus O fungo é polvilhado nos buracos daplanta contaminando a praga.
Fungo Beauveria bassiana Besouro "moleque-da-bananeira"
O fungo é aplicado em forma de pasta empedaços de bananeira que são colocadosao redor das árvores servindo de isca.
Fungo Insectonrumsporothrix
Percevejo "mosca-de-renda"
O fungo é pulverizado e, em contato como corpo do inseto, causa doença.
Vírus Baculovírusanticarsia
Lagarta da soja Pulverizado sobre a planta o vírus adoecea lagarta que se alimenta das folhas.
Vírus Baculovírusspodoptera
Lagarta do cartucho domilho
Pulverizado sobre a planta, o vírus adoecea lagarta que se alimenta da espiga emformação.
Vírus Granulose Mandorová da mandioca Pulverizado sobre a mandioca o víris énocivo à praga.
Nematóide Deladendussiridicola
Vespa-da-madeira Em forma de gelatina, o produto éinjetado no tronco da árvoreesterelizando a vespa.
Bactéria Bacillusthuringiensis (Dipel)
Lagartas desfolhadoras Pulverizado sobre a planta o Dipel énocivo às lagartas.
Tabela 1. Bactérias
Bactéria utilizada Inseto controlado
Bacillus thuringiensislepidópteros, larvas aquáticas de
mosquitos (Aedes spp., Anophelesspp, Culex spp.), borrachudos
Bacillus popilliaelarvas de AE; besouros da família
Scarabaeidae
Tabela 2. Fungos
Fungo utilizado Inseto controlado
Aspergillus flavus larvas de Culex sp.
Beauveria bassiana larvas de mosquitos e moscas
Beauveria brongniartii baratas
Metarhizium anisopliae
cigarrinha da cana-de-açúcar: Mahanarvaposticata
cigarrinha das pastagens: Deois zuliabroca da cana: Diatraea saccharalispercevejos da soja: Nezara sp e Piezodorus
sp.reduvídeos: insetos da família Reduviidae
Nomuraea rileyimembros das ordens Coleoptera,
Lepidoptera e Orthoptera
Paecelomycesfumoroseus
larvas de mosquitos e moscas
Tabela 3. Vírus
Vírus utilizado Inseto controlado
Baculovirusanticarsia (NPV)
Anticarsia gemmatalis (lagarta dasoja)
Alternativas no Controle Biológico
Meios de captura
Em uma garrafa de plástico, faça diversas janelas com 2 cm. A isca é
feita com atrativos com sucos de frutas como laranja, tomate, entre
outras. Pode-se obter o suco dessas frutas por esmagamento e/ou
fervura em água e açúcar, sendo este o modo mais simples e rápido, e
acrescenta-se duas colheres de inseticida.
O suco pode ser coado e guardado em latas ou garrafas. É importante
que os recipientes não sejam totalmente fechados, pois a fermentação
durante o armazenamento poderá rompê-los. Não haverá problema se
o suco fermentar e adquirir odor azedo, pois isso aumentará a
atratividade para a mosca.
Mosca-das-frutas
Uso de extratos vegetais
• Existem inúmeras plantas que tem ação inseticida ou
repelente contra pragas e doenças. Entre elas pode-se
citar: o alho, o nim, a urtiga, o cravo de defunto, a
arruda a cavalinha entre outras...
Controle biológico de insetos
Meios contra Pragas
Extratos de plantas
Nim• Coloca-se 3,75 Kg de sementes
moídas sem casca, ou 7,5 Kg de
sementes moídas com casca, em um
tambor, com capacidade para 200
litros de água;
• Deixa-se em repouso cerca de 12
horas, agitando bem duas a três
vezes;
• Coar o líquido para evitar o
entupimento do bico do pulverizador;
• Combate mais de 200 espécies de
insetos, como é o caso de lagartas
desfolhadoras, besouros, cigarrinhas
percevejos, pulgão e etc.
Macerado de samambaia
Controla ácaros, cochonilhas e pulgões.
• 1/2 Kg de folhas frescas ou 100 Kg de folhas secas em 1
litro de água.
• Ferver por meia hora e depois dilua um litro desse
macerado em 10 litros de água.
Meios contra Pragas
Meios contra Pragas
Água de sabão
o É utilizada para o controle de pulgões, lagartas,cochonilhas e pulgão.
o Separe 500g de sabão comum e 5 litros de água.Aqueça a água e misture a 500g de sabão raspado ouralado. Agite bem até dissolver o sabão, deixe esfriar epulverize sobre as plantas.
Para o controle de cochonilha farinhenta.
• 1 litro de querosene
• 400g de sabão em pedra
• 1 litro de água
• Fatie o sabão em tiras pequenas, coloque em uma
vasilha e leve ao fogo. Deixe que a água ferva,
mexendo sempre e depois retire e acrescente o
querosene batendo até virar uma pasta. Nunca
acrescente o querosene com o fogo aceso. Dilua um
litro desta pasta em nove litros de água e pulverize a
planta atacada em até dois dias após o preparo.
Solução de Querosene e sabão
Meios contra Pragas
Pimenta-do-Reino
• 100g de pimenta-do-reino;• 60g de sabão de coco;• 01 litro de álcool;• 1 l de água.
Colocar 100g de pimenta-do-reino em 1 litro de álcool durante 07dias.
Dissolver 60g de sabão de coco em 1 litro de água fervente.Retirar do fogo e juntar as duas partes. Utilizar um copo cheio para
10 l de água, fazendo 3 pulverizações a cada 3 dias.
Indicação: Pulgão, ácaro e cochonilhas.
Meios contra Pragas
Preparados viróticos, fúngicos e bacteriológicos (não OGM);
CONTROLE DE FORMIGAS
• sugerido pelo prof. Odair Correa Bueno - UNESP - Rio Claro:
• Se o formigueiro estiver na terra do jardim ou pomar,
coloque água fervendo no olheiro. Para obter maior
resultado, cavar até encontrar os ovos.
• O uso de sementes de gergelim como iscas, para ninhos
pequenos, na base de 30 a 50 gramas, ao redor do olheiro,
é útil no combate a formigas, que irão carregá-las para
dentro e oferecê-las como alimentos para os fungos, que
morreram. Um canteiro de gergelim em volta da horta ou da
área a ser protegida pode ser eficiente no controle de
formigas;
• Mudas de hortelã, pimenta, calêndula e batata-doce podem
ajudar a diminuir o ataque à cultura principal, pois as
cortadeiras vão atacar preferencialmente essas espécies.
• Menta, lavanda, manjerona, absinto, cravo-da-índia e alho
servem como repelente, quando plantados espalhados pelo
jardim.
• A cal destrói o alimento e as larvas das saúvas, sem o risco
de contaminar a água. Para um formigueiro de 3 metros,
usar 1 kg de cal, aplicada com bomba nas entradas
principais, enfiando a mangueira o mais fundo possível.
Aplicar mais duas vezes, com intervalos de uma semana.
Para evitar cortadeiras em árvores, pode-se colocar no
tronco das plantas uma tira de borracha com graxa ou
vaselina, evitando que as formigas subam.
Manipueira
Para controle da formiga utilizar 2 l de manipueira noformigueiro para cada olheiro, repetir a cada 5 dias. Emtratamento por metro quadrado, 15 dias antes do plantio.Para o controle de pulgão, ácaro, lagarta, usar uma parte demanipueira e uma parte de água, acrescentar 1% de açúcarou farinha de trigo (liga). Aplicar em intervalo de 14 dias.
Indicação: formigas, pragas do solo, ácaro, pulgões, lagartas.
Pão caseiro
Colocar pedaços pequenos de pão caseiro embebido emvinagre próximo às tocas/ninhos/carreadores em locais ondeas formigas estão cortando. O produto introduzido naalimentação das formigas começa a criar mofo preto efermenta, tornando-se tóxico as formigas.
Indicação: Formigas cortadeiras, Saúvas.
Pasta querosene
• 400 g de qualquer sabão;
• 1 l de querosene;
Coloque o sabão em 1 l de água quente, mexa atédissolver o sabão (retire do fogo).
Acrescentar 1 l de querosene, mexa até esfriar (depois defria fica pastosa). A pasta pode ser armazenada por até 2meses numa vasilha fechada.
Diluída pode ser pulverizada em até 3 dias (diluir em águaquente).
• Para cochonilha em geral 1:8 (1 de pasta para 8 de água);
• Pulgão 1:15;
• Brocas do tronco, aplicar diretamente na lesão.
Leite e Cinza
• 150g de cinza de madeira;
• 150g de esterco fresco de bovino;
• 150g de açúcar;
• 250ml de leite;
• 10 litros de água.
Misture todos os ingredientes, filtre em pano fino epulverizar as culturas.
Indicação: fungos do pimentão, pepino, tomate. Semcontra-indicação para hortaliças. Aplicar no tomate a cada 10dias.
Alho
• 01 pedaço de sabão (tamanho de um polegar);• 04 litros de água quente;• 02 cabeças de alho;• 04 colheres pequenas de pimenta vermelha picada.
Dissolva o sabão em 4 l de água. Junte as 2 cabeças de alho e 4 colheres de pimenta vermelha. Coar com pano fino e aplicar.
Indicação: Repelente, bactéria, fungos, nematóide, inibidor de digestão de insetos.
Defensivos Alternativos
• MANIPUEIRA;
• FUMAÇA;
• GERGELIM;
• CAL VIRGEM e ÁGUA;
• CINZA e ÁGUA
• ISCA GRANULADA MACEX;
• ROTENAT EM PÓ E ROTENAT FOG;
• NOSÓDIO;
• FORMIFIM;
• CONTROLE DE FORMIGAS.
Controle BiológicoJoaninha
Pragas das culturas olerícolas
Pulgões ou Piolhos Joaninhas
Vaquinhas Aranhas
Tripes Aranhas
Ácaros Ácaro Vermelho
Lagartas Pássaros
Percevejo Pássaros
Brocas Vespas
Traças Vespas
Cochonilhas Moscas
Mosca Branca Aranha
Gafanhotos Sapos
Cupins Pássaros e Sapos
Formigas Pássaros
Pragas Inimigos Naturais
Meios contra Doenças Fúngicas
Calda Bordalesa;
Calda Viçosa;
Calda Sulfocálcica;
Extrato de Composto de Plantas.
Folha Branca Alternaria
Botritis Fusariose "Amarela"
Mancha Anular
Cancro do Talo
Podridão da Raíz
Mildio
Calda Bordalesa
A calda Bordalesa tem um amplo uso em fruteiras e hortaliças. Ela é
preparada à base de sulfato de cobre, cal virgem e água.
Ingredientes e Modo de preparo:
100g de sulfato de cobre
100g de cal virgem
10 litros de água
• O sulfato de cobre deve ser coloque em um saco de pano e
mergulhado em um balde contendo 5 litros de água até ser
completamente dissolvido, deixe assim por uma hora para
que o sulfato de cobre possa se dissolver totalmente. Em
outro balde, coloque a cal virgem e aos poucos, coloque
pequenas quantidades de água até formar uma pasta
homogênea, essa mistura deve esquentar pela reação da cal
em água, caso isso não ocorra, a cal não deve ser usada,
depois junte água até completar 5 litros. Em outro recipiente
de dez litros, junte as duas soluções, sempre o sulfato de
cobre sobre a cal, nunca o contrario, mexendo a mistura
enquanto prepara, verificar o pH utilizando um prego. A calda
precisa ser filtrada antes da pulverização para evitar o
entupimento do bico do pulverizador e a aplicação deve ser
feita no mesmo dia do preparo. Nunca utilizar vasilhame de
ferro.
Uso no controle biológicoQuadro 5 – Aplicação da calda bordalesa de acordo com a hortaliça.
HORTALIÇA APLICAÇÃO
Tomate A calda é aplicada quando a plantinha estiver com quatro folhas.
Controla a requeima, a pinta-preta e septoriose.
BatatinhaAplicar a partir de vinte dias após a germinação. Controla a
requeima e a pinta-preta.
CebolaContra a mancha púrpura e outras manchas das folhas, diluir três
partes da calda em uma parte de água.
alhoUsar a mesma concentração para a cebola. Contra ferrugem usar
calda sulfocálcica.
BeterrabaContra a mancha da folha(Cercospora beticola), usar três partes
de calda para uma de água.
Alface e
chicória
Contra míldio e podridãodeesclerotínia, usar uma parte de calda
para uma parte de água.
Couve e repolhoContra míldio e alternaria em semeteira, diluir uma parte de
calda em uma parte de água.
Pasta bordalesa
• 1 kg de sulfato de cobre;
• 2 kg de cal virgem;
• 300 g de sal de cozinha.
Coloque 5 l de água no balde com capacidade para 10 l, Dissolva
2 kg de cal misture por 2 min.
Em outro balde coloque 5 l de água, coloque 1 kg de sulfato de
cobre, mexer até dissolver.
Coloque o Sulfato (azul) sobre o cal (branco), nunca o inverso,
mexer por 1 min e acrescentar 300 g sal (Não armazenar).
Calda Viçosa
• 50g de sulfato de cobre
• 10 a 20g de sulfato de zinco
• 80g de sulfato de magnésio
• 10 a 20g de ácido bórico
• 40g de uréia
• 75g de cal hidratada.
Coloque a metade da água no recipiente e prepare aágua de cal. Coloque a outra metade da água em outrorecipiente para dissolver os sais minerais
• Em um terceiro recipiente, coloque o volume de cal já
preparado correspondente à metade do volume desejado
de calda (5 litros), misture aos poucos a água de sais,
sempre em constante agitação. Ao final, a calda deve ser
azulada e deve estar com o pH entre 7,5 e 8,5. Utilize
sempre recipientes de plástico, amianto ou alvenaria, que
não são ateados pelos sais. Nunca deve ser preparada em
quantidades muito grandes, pois não se deve guardar as
sobras.
Calda Sulfocálcica
• 750g de cal hidratada ou 500g de cal virgem
• 1 Kg de enxofre em pó
• Água
• Vasilha para fervura
• Fogão
Em uma vasilha de 10 litros coloque 500g de enxofre em pó de
boa qualidade, acrescente 400g de cal hidratada ou 250g de cal
virgem. ). Em seguida, coloque dois litros de água no balde, mexa
bem e acenda o fogo, espere a calda ferver, marque 45 minutos e
reponha a água evaporada. Espere ferver novamente e deixe mais
quinze minutos. Retire do fogo e coloque uma tampa no latão,
espere a calda esfriar e deixe decantar por uma noite.
• No dia seguinte, utilize a calda, mas apenas a parte
sobrenadante deve ser recolhida. Pegue uma caneca e retire
a calda tomando cuidado para não agitar o fundo, colocando
em um recipiente de vidro ou plástico. No final, a calda tem
uma coloração marrom café, quando colocada no vidro ou no
plástico torna-se cor de vinho. Para ser armazenada, a calda
não pode ficar em contato com o ar, sendo necessário
recipientes tampados.
Pasta de enxofre
• 1 kg de enxofre;
• 2 kg de cal virgem;
• 300 g de sal de cozinha.
• Inseticida natural (nim).
Por 5 l de água em um balde com capacidade de 10 l,
acrescenta 2 kg de cal, misture por 2 min.
Aqueça 5 l de água, ponha em um balde e acrescente 1 kg
de enxofre, mexer por 1 min. Coloque a mistura com enxofre
sobre a mistura de cal, mexer por 1 min.
Coloque 300g de sal, mexer por 1min. Acrescentar
inseticida natural. Indicado para partes podadas, caiação e
brocas.
Muito Obrigado!