Post on 07-Apr-2016
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CNBBDIRETÓRIO
NACIONAL DE CATEQUESE
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I PARTE:
FUNDAMENTOS TEOLÓGICO-
PASTORAIS DA CATEQUESE
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I. Conquistas
Recentes MovimentoCatequético
Introdução
CatequeseRenovada
Alguns Desafios
Movimentaçãoà Luz doConcílio
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Objetivo geral
1 – Apresentar a natureza e finalidade da catequese
2 – Traçar critérios de ação catequética 3 – Orientar, coordenar e estimular a
catequese no país 4 – Delinear uma catequese mais
bíblica, vivencial, litúrgica = mística/missionária
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Finalidades 1 – Estabelecer princípios bíblico-teológico-pastorais =
nova mentalidade 2 – Orientar o planejamento e as atividades nos
regionais e dioceses 3 – Coordenar as iniciativas catequéticas = unidade de
trabalho na diversidade legítima 4 – Articular a ação catequética com outras dimensões
da pastoral (litúrgica, comunitário-participativa, missionária, dialogal-ecumênica e sócio-
transformadora) 5 – Estimular a atividade catequética sobretudo onde
se tem mais dificuldades na educação da fé 6 – Guiar o desenvolvimento geral da ação catequética
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Cap. I: Conquistas do recente movimento catequético1. Movimentação catequética à luz do Concílio
O Concílio e renovação da Igreja no Brasil: planos de pastorais, Diretrizes, documentos
Semana Internacional da Catequese, Medellín (1968): catequese situacional,
transformadora, libertadora Comunidades Eclesiais de Base: fé-vida,
problemas sociais, cultura popular
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Cap. I Conquistas do recente movimento catequético 2 – Características da Catequese Renovada (1983)
Catequese como processo de iniciação à vida de fé:
- menos doutrinal e mais experiencial/existencial;
- não só de crianças, também de adultos;- catecumenato como modelo de
experiência de Deus; - vida litúrgica e orante.
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Cap. I Conquistas do recente movimento catequético 2 – Características da Catequese Renovada (1983)
Coerência com a Pedagogia de Deus: revelação progressiva, por palavras e acontecimentos, dentro da comunidade; amor aos pobres; paciência no processo da fé
Catequese transformadora e libertadora Catequese inculturada Interação fé-vida Catequese integrada com outras pastorais Fonte de espiritualidade: bíblica, litúrgica, cristológica,
trinitária, eclesial, mariana, encarnada Opção preferencial pelos pobres Temas e conteúdo: comunhão e participação
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Cap. I Conquistas do recente movimento catequético 3 –Alguns desafios
Unidade na pastoral catequética Catequista como comunicador de
experiências de fé/comprometido Bíblia: texto principal da catequese Interação fé-vida Ter o processo catecumenal como modelo Integrar as conquistas das ciências da
educação – pedagogia atual Linguagem da fé atual, urbana, rural,
cultura pós-moderna
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Cap. I Conquistas do recente movimento catequético 3 –Alguns desafios
Catequese como processo comunitário
Suscitar o gosto pela celebração litúrgica e orante da catequese
Instituição do ministério da catequese Catequese com adultos, com pessoas
com deficiências, com excluídos.
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II.Catequese na
Missão Evangelizadora
da Igreja
2. Revelação e Palavra de
Deus
1. Fé eSentido da
Vida
5. EducaçãoReligiosa nas
Escolas
4. O ministério da
Catequese
3. Evangelização e
Catequese
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Cap. II Catequese na missão evangelizadora da Igreja 1 – Fé e sentido da vida
A afirmação do sentido da vida é um processo catequético: busca de Deus como
propósito da existência. Deus se revela (Hb 1,1-2), como alguém que
quer “vida em plenitude” (Jo 10,10). É fundamental optar pelo melhor caminho (Dt
30, 19-20): “Escolhe, pois a vida...” Catequese: resposta aos anseios existenciais
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Cap. II Catequese na missão evangelizadora da Igreja2 – Revelação e palavra de Deus
2.1 Deus, em Jesus Cristo, se revela como Pai misericordioso: acontecimentos e palavras de Jesus mostram o Deus que se revelou desde os inícios da história da criação.
- A revelação é progressiva, por etapas. Acontece inserida na história. Tem uma finalidade: tornar-nos participantes de sua natureza divina (1Ped 1,4).
- A Igreja transmite a revelação por palavras e obras, sobretudo nos sacramentos. Por isso ela é sinal, sacramento, da presença salvífica de Deus na história.
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Cap. II Catequese na missão evangelizadora da Igreja2 – Revelação e palavra de Deus
2.2 Palavra de Deus: fonte da catequese-“Palavra de Deus”: sentido amplo – a tradição, a
liturgia, o magistério, o testemunho dos mártires, a vida dos santos, a ação missionária, a religiosidade popular, a caridade, etc. Esta Palavra ilumina nossa existência, é caminho/sinal da revelação de Deus hoje. É fonte da catequese: esclarece os fatos e palavras da revelação; interpreta os sinais dos tempos.
-”Palavra de Deus”: sentido estrito – coleção dos livros sagrados, a Bíblia
- Catequese: catá-ekêin: ressoar, dar o sentido da Palavra de Deus hoje = resposta de fé, adesão consciente, livre, obediente à “Boa Nova da graça de Deus” (At 20,24), com pleno assentimento da vontade e da inteligência
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Cap. II Catequese na missão evangelizadora da Igreja3 – Evangelização e Catequese
3.1 Primeiro anúncio e catequeseA Igreja “existe para evangelizar”: Boa Notícia do Reino em Jesus Cristo (EN 14).
a) Elementos do primeiro anúncio kerigmático (DGC n. 102): em Jesus, Deus se mostra um Pai amoroso;
b) salvação é viver na comunhão com Deus e na fraternidade universal; participação responsável: conversão;
c) o Reino presente em mistério na terra (GS 39); d) a Igreja: germe e início no Reno; e) vida e história: graça / pecado = futuro glorioso.
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Cap. II Catequese na missão evangelizadora da Igreja3 – Evangelização e Catequese
b) Evangelização: tudo o que a Igreja realiza para implantar e alimentar a fé, transformar o mundo à luz dos valores do Reino; vida e ação da Igreja; gestos sacramentais no mundo.
c) Catequese: continuidade da evangelização: aprofundar e amadurecer a fé; formação continuada na comunidade.
d) O seguimento/discipulado como fundamentos da féEvangelização: fazer discípulos/as de Cristo. Condição: conversão e seguimento; comunidade
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Cap. II Catequese na missão evangelizadora da Igreja4 – Nova compreensão do ministério da catequese
4.1 Catequese a serviço da iniciação cristãInício do cristianismo: - Catecumenenato: experiência da vida cristã,
crescimento na comunidade, oração, celebração da fé, missão; ensinamento sistematizado
- a catequese estruturava a conversão/iniciação cristã
- Conclusão: batismo, eucaristia, confirmação.
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Cap. II Catequese na missão evangelizadora da Igreja4 – Nova compreensão do ministério da catequese
4.1.1.O significado de iniciação no processo catequético
a) Cultura da humanidade: ritos de passagem e pertença (batismo, circuncisão, ablação, casamento, desafios perigosos, etc):
b) entrada na vida adulta. Um processo a ser percorrido com metas, tirocínios e ritos; um processo exigente, itinerário prolongado de preparação e compreensão vital, de acolhimento dos segredos da fé (mistérios), da vida nova em Cristo.
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Cap. II Catequese na missão evangelizadora da Igreja4 – Nova compreensão do ministério da catequese
c) Evangelização: tudo o que a Igreja realiza para implantar e alimentar a fé, transformar o mundo à luz dos valores do Reino; vida e ação da Igreja; gestos sacramentais no mundo.
d) Catequese: continuidade da evangelização: aprofundar e amadurecer a fé; formação continuada na comunidade.
e) O seguimento/discipulado como fundamentos da féEvangelização: fazer discípulos/as de Cristo. Condição: conversão e seguimento; comunidade
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Cap. II Catequese na missão evangelizadora da Igreja4 – Nova compreensão do ministério da catequese 4.1.2 Exigências da iniciação à vida cristã É um processo vital, coerente, com as dimensões: Antropológica: descoberta de si mesmo; tornar-se
pessoa; afetivo-interpretativa: experiência e Deus; comunitário-participativa: eclesial; celebrativa: liturgia/oração; social: fé-vida, serviço fraterno; intelectual/doutrinal: formulação da fé; ecumênica: busca da unidade entre os cristãos e
crentes em Deus ecológica/cósmica: cuidado com a criação/universo
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Cap. II Catequese na missão evangelizadora da Igreja4 – Nova compreensão do ministério da catequese
4.2 Natureza da catequeseÉ ação eclesial: transmite a fé da Igreja (traditio) e enriquece a própria Igreja (reditio). Faz parte do ministério da palavra e do profetismo eclesial.
É educação orgânica e sistemática da fé, engloba as tarefas da iniciação, educação e instrução. É um processo gradual e progressivo, respeitando o ritmo das pessoas.
Tem dimensão antropológica: assume as angústias e esperanças das pessoas. A situação histórica é conteúdo da catequese.
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Cap. II Catequese na missão evangelizadora da Igreja4 – Nova compreensão do ministério da catequese
Características da catequese: Fornecer um aprendizado dinâmico da vida cristã;
iniciação integral Fornecer uma ação de base essencial, o núcleo da
experiência cristã: páscoa de Cristo Incorporar na comunidade cristã. Além do “ensino”,
incorpora a dinâmica do encontro/experiência do Evangelho, tendo a liturgia como centro.
Oferecer formação orgânica e sistemática da fé Suscitar o compromisso missionário Fomentar o diálogo: ecumênico, inter-religioso,
intercultural
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Cap. II Catequese na missão evangelizadora da Igreja4 – Nova compreensão do ministério da catequese
4.3 Finalidade da catequese Aprofundar o primeiro anúncio do
Evangelho:levar o catequizando à acolhida e vivência do mistério de Deus manifestado em Cristo
Integrar na comunidade e na missão da Igreja. É fundamental a dimensão eclesial da fé cristã:
creio=cremos.
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Cap. II Catequese na missão evangelizadora da Igreja4 – Nova compreensão do ministério da catequese
4.4. Comunidade: fonte, lugar e meta da catequese Comunidade: lugar, ambiente normal da catequese “Carta de Cristo” (2Cor 3,3).... Nela estão as
palavras de Jesus, os sacramentos, a oração, a liturgia, a missão... Nela se originam modelos de santidade, espiritualidade, ação...
Três elementos interagem na educação da fé: catequizando, comunidade, evangelho.
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Cap. II Catequese na missão evangelizadora da Igreja4 – Nova compreensão do ministério da catequese
4.5 Tarefas da catequese Conhecimento da fé: de Jesus, da Igreja, da tradição, do
credo apostólico (doutrina) Iniciação litúrgica: celebrar a presença salvífica de Cristo.
Introdução nos mistérios (sacramentos), celebrações, sinais, símbolos, ritos, orações (mistagogia)
Formação moral: atitudes de Jesus como modelo de comportamento; mandamentos, bem-aventuranças e suas conseqüências sociais
Vida de oração: rezar como Jesus, com sentimentos e disposição como Jesus se dirigia ao Pai: adoração, louvor, agradecimento, confiança, súplica, contemplação. Pai Nosso, salmos, Credo
Vida comunitária: simplicidade, humildade, serviço, correção fraterna, diálogo
Missão: realização da vocação cristã.
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Cap. II Catequese na missão evangelizadora da Igreja4 – Nova compreensão do ministério da catequese
5 Educação religiosa nas escolas
Ensino religioso escolar distinto da catequese
Escola confessional católica, lugar de evangelização
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III. Catequese
contextualizada
1.Catequese e História: lugar
teológico
3.A contextualização da
catequese hoje
2. Catequese na Evangelização da AL
E no Brasil
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1 - Catequese na História e a história como lugar teológico
a) A Igreja na históriab) Somos históriac) Encarnar-se na história
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2 A catequese na evangelização da América Latina, especialmente no Brasil 2.1 A catequese na América Latina
Antes da chegada da Cristandade européia, o Espírito já estava presente nas populações do Continente: reconhecido e cultuado na vida e na natureza (Puebla 201, 401, 403) – “Sementes do Verbo” (SD 17).
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2 A catequese na evangelização da América Latina, especialmente no Brasil 2.1 A catequese na América Latina1584 – III Concílio de Lima Publicou em várias línguas o manual
Doutrina cristã e catecismo = Trento: credo, mandamentos sacramentos, oração (Pai Nosso). No México, confeccionaram-se catecismos pictóricos.
Papel dos leigos/mães; 1955: CELAM – encontros, estudos,
documentos, conferências; Departamento de Catequese (DECAT): animação, escritos, semanas latino-americanas de catequese.
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2 A catequese na evangelização da América Latina, especialmente no Brasil 2.2. A catequese no Brasil dos inícios à Catequese Renovada
1532 – formação das primeiras paróquias; 1538-1541: primeira missão formal em SC (franciscanos); 1549: primeiro grupo de jesuítas (com o governador geral) = catequese institucionalizada para os colonizadores portugueses (conforme Trento).
Para os indígenas: catequese missionária: criativa, aos poucos se abandona intérpretes; é estabelecida uma “língua geral”: catecismos, música, teatro, poesia.
Metodologia da memorização/tradição oral: Anchieta: “a questão da conversão dos índios não era doutrinária, mas uma questão de costumes”.
Expoentes: Manoel da Nóbrega; José de Anchieta; Antônio Vieira.
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2 A catequese na evangelização da América Latina, especialmente no Brasil 2.2. A catequese no Brasil dos inícios à Catequese Renovada
Papa Urbano VIII, com a bula Comissum Nobis, (1638), denuncia a crueldade em relação aos indígenas.
Século XVIII: iluminismo, mercantilismo, despotismo esclarecido: Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal) expulsa os jesuítas, em 1759, e impõe o catecismo jansenista.
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2 A catequese na evangelização da América Latina, especialmente no Brasil 2.2. A catequese no Brasil dos inícios à Catequese Renovada
Crise da catequese oficial dá espaço para uma catequese popular, dirigida por leigos, rezadores, puxadores de novena, pregadores populares. Sincretismo religioso.
1808: reforma católica no Brasil: prioridade à doutrina de Trento. Cartas pastorais (a partir de 1840) substituem o catecismo jansenista.
É um período de difusão de devocionários, manuais de oração, novenários, livros de piedade, terços, horas marianas,etc.
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2 A catequese na evangelização da América Latina, especialmente no Brasil 2.2. A catequese no Brasil dos inícios à Catequese Renovada
Tentativas de articulação pastoral: fins do séc. XIX e inícios do séc. XX.
a) 1890: primeira reunião do episcopado e promulgação da Pastoral Coletiva do Episcopado Brasileiro.
b) 1899: Concílio Plenário Latino Americano, em Roma; c) 1915: Concílio das Províncias Eclesiásticas do Sul e
Pastoral Coletiva; d) 1939: Concílio Plenário Brasileiro. Destaca-se, ainda,
a atuação de Pio XI e Pio XII e a Ação Católica.
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2 A catequese na evangelização da América Latina, especialmente no Brasil 2.2. A catequese no Brasil dos inícios à Catequese Renovada
1903: Catecismo da Doutrina CristãDas províncias eclesiásticas do Sul do
Brasil - Quatro níveis: resumo da doutrina
elementar; primeiro catecismo – aos principiantes; segundo catecismo (básico), terceiro catecismo (avançado).
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2 A catequese na evangelização da América Latina, especialmente no Brasil 2.2. A catequese no Brasil dos inícios à Catequese Renovada
1905: Pio X Encíclica Acerbo Nimis: sobre a catequese: a fé professada no dia-a-dia, como educação permanente de crianças, jovens e adultos. Valorização dos leigos = ação católica;
1910, Catecismo de Pio X. Positiva animação e organização da catequese; surgem as Congregações da Doutrina Cristã nas paróquias e dioceses, para organizar e impulsionar a catequese.
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2 A catequese na evangelização da América Latina, especialmente no Brasil 2.2. A catequese no Brasil dos inícios à Catequese Renovada
Pio XI: Ação Católica Renovou e reforçou a ação catequética. Destaca-se o
método ver, julgar, agir; interação fé-vida; pensamento social cristão
Movimento querigmático europeu: convergência na catequese dos avanços do movimento bíblicos, litúrgico, teológico, às vésperas do Concílio. Na catequese, dá-se valor à história da salvação, cujo centro é Jesus Cristo; o uso da Bíblia e da Liturgia.
1959: Dom Helder Câmara inicia a Revista Catequética; e a CNBB propõe o ano catequético nacional.
Após o Concílio, cria-se o Instituto Pastoral de Catequética (ISPAC), de nível nacional e regional, com a formação e líderes, coordenadores e especialistas em catequese.
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2 A catequese na evangelização da América Latina, especialmente no Brasil 2.3. A catequese no Brasil depois da Catequese Renovada
- Pós-Concílio: centralidade da Bíblia na catequese; dimensão bíblico-catequético da CNBB. Eventos significativos: 1) 1a. Semana Brasileira de Catequese (1986): “Fé e vida em comunidade, renovação da Igreja, transformação da sociedade”; 2a. Semana ... (2001): “Com Adultos, Catequese Adulta”; 2) Sete Encontros nacionais de Catequese; 3) Reuniões anuais dos Coordenadores Regionais de Catequese; 4) Escolas de catequese; 5) Textos e Estudos da CNBB – doc. CR.
- América Latina: 1a. Semana... (Quito, 1982) e 2a. Semana... (Caracas, 1994); Catequese na América Latina: linhas comuns para a catequese (1999).
- Mundo: Catecismo da Igreja Católica (1992); Diretório Geral para a Catequese (1997).
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3 – A contextualização da catequese hoje3.1Ver a realidade e nela encarnar-se crítica e cristãmente
- Gaudium et Spes- Teologia da Libertação- Método: Ver, julgar, agir- Ação Católica- CELAM – fé-vida.
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3 – A contextualização da catequese hoje3.2 Catequese e Sinais dos Tempos:
Neoliberalismo; busca do lucro e privilégio de poucos; secularismo; MCS; modernidade e valor da razão, ciência; diminuição do sagrado/social; uso irresponsável dos recursos naturais; perda do sentido do viver; convivência de bolsões de pré-modernidade em meio à modernidade científica e à pós-modernidde: emoção, religiosidade, amor.
Catequese: equilíbrio entre razão e sentimento, comportamento, engajamento na
comunidade/sociedade. Afirmação dos valores do evangelho – Reino.
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3 – A contextualização da catequese hoje3.3 Pluralidade sócio-religiosa
Novos caminhos: liberdade religiosa, convivência, diálogo, cooperação.
Situações especiais sensibilizam a Igreja: fomegênero, miséria, corrupção, violência, drogas desemprego, exclusões...
= ensinamento social da Igreja; opção preferencial pelos empobrecidos/excluídos (Mt 25, 31-46).
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3 – A contextualização da catequese hoje3.3 Pluralidade sócio-religiosa
Catolicismo no Brasil não é homogêneo: Vários grupos com identidades próprias,
enfoques teológicos, devocionais e pastorais; catolicismo rural e urbano: conviver e cooperar na perspectiva do Reino e da missão no mundo; grupos que exigem atenção pastoral específica: sem relação institucional; vão à Igreja apenas em momentos fortes da vida, etc.
CATEQUESE: parte do que existe e oferece fundamentos e bases comuns da identidade católica/cristã, favorecendo o diálogo e a cooperação = eclesiologia da comunhão e participação
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3 – A contextualização da catequese hoje3.4 Família e mundo adulto, prioridades para a catequese
Novos padrões sociais e sexuais da sociedade secularizada em dissonância com o ensinamento tradicional da Igreja sobre família:
amor, fidelidade, fé, sacrifício, dedicação, indissolubilidade...
Separações desorientam pais e filhos ... Maior responsabilidade da mãe...
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3 – A contextualização da catequese hoje3.4 Família e mundo adulto, prioridades para a catequese
IGREJA: Ainda crê como fundamental para a fé cristã um conceito de família como lugar onde se colocam os fundamentos para a construção da personalidade do ser humano, com valores humanísticos enriquecidos pelo evangelho.
Mas... deve buscar modos de atingir as famílias que não correspondem aos seus ideais, valorizando-as nos elementos positivos. Ir aos que precisam de cura, salvação, esperança, força, proteção.
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3 – A contextualização da catequese hoje3.4 Família e mundo adulto, prioridades para a catequese
PARCERIA: pastoral familiar, da criança, do menor, da juventude, etc.
Os pais: primeiros responsáveis pela vida, fé, educação = motivações e meios de
relações qualitativas = Catequistas: ouvir crianças, jovens, adultos em seus anseios.
2001: Semana Brasileira de Catequese – “catequese com adultos é prioridade no Brasil. a) rever concepção e práxis catequéticas; b) formação de catequistas; c) metodologia específica; d) subsídios apropriados; e) envolvimento pastoral dos adultos.
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IV. Mensagem
e Conteúdo
1. Mensagem cristã e
sua apresentação
6. Liturgia como Fonte da
Catequese
5. Catecismo daIgreja Católica -
Catecismos Locais
3. Liturgia: fonte da catequese
2. Palavra de DeusFonte da
Catequese
4. Na Comunidade:Bíblia, Liturgia e
Catecismo
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Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo1 – A mensagem cristã e sua apresentação
1.1 Mensagem diz mais que doutrina
Não se limita a idéias/moral. É vida, uma interpelação entre pessoasExige resposta.
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Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo1 – A mensagem cristã e sua apresentação
1.2 A mensagem de Jesus Introduz no mistério trinitário – central da fé cristã;
modelo de convivência (CR 201-202). A base, o centro, o ápice: “uma proclamação clara
que, em Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem, morto e ressuscitado, a salvação é oferecida a todas as pessoas, como dom da graça e da misericórdia de Deus” (EN 27a).
= Coincide com aspirações e esperanças das pessoas, mas as ultrapassa: realização plena na comunhão com Deus.
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Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo1 – A mensagem cristã e sua apresentação
1.3 A mensagem vivida e anunciada na Igreja- Processo de tradição, vivido na celebração litúrgica. Igreja: sinal e instrumento do Reino. Reino dos pobres,
sofredoresOpção preferencial, exige empenho pela justiça (DGC 101.103-
104). Virgem Maria: Mãe de Deus e da Igreja; discípula e
modelo de fé; fortaleza, humildade e esperança. - Magnificat: abertura confiante a Deus; espiritualidade
dos pobres; profetismo. Em Maria o evangelho penetrou a feminilidade e a exaltou; veneração; culto.
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Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo1 – A mensagem cristã e sua apresentação
1.4 Critérios para apresentar a mensagem- Cristocentrismo- Reino de Deus- Caráter eclesial- Inculturação-integridade- Orgânica-hierarquia das verdades (DGC
97).
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Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo 2 – Palavra de Deus, fonte de catequese
CT 27: “A catequese há de aurir sempre o seu conteúdo na fonte viva da Palavra de Deus, transmitida na Tradição e na Escritura, porque a Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito inviolável da Palavra de Deus, confiada à Igreja”.
A Palavra de Deus é compreendida e vivida pelo senso de fé do Povo de Deus, é celebrada na Liturgia, brilha na vida, no testemunho e na caridade dos cristãos.
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Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo 2 – Palavra de Deus, fonte de catequese
2.1 Sagrada Escritura: valor primordial A Bíblia ocupa um lugar especial, como testemunho
autêntico da Revelação divina. Tradição viva da fé apostólica. É o livro de catequese por excelência. Precisa ser lida no contexto da vida das pessoas.
2.1.1 Dois objetivos no uso da Bíblia: formar comunidade de fé; alimentar a identidade cristã.
2.1.2 Critérios metodológicos para o uso da Bíblia: 1) descobrir o valor dos textos comparando-os com algo de semelhante em nossa vida; 2) dar atenção ao texto antes de expor as próprias idéias sobre ele; 3) descobrir o núcleo da Bíblia: o mistério da vida, da História, de Deus.
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Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo 2 – Palavra de Deus, fonte de catequese
2.1.2 Critérios metodológicos Esses critérios são desenvolvidos por métodos exegéticos,
instrumental científicos para a compreensão dos textos. Mas não há um método único, e eles não devem ser
absolutizados. A compreensão do espírito do texto é mais importante
que a preocupação pelo método. O mais importante é a meta, a Bíblia é uma “mediação”.
Quem lê um texto, enxerga para além do que está escrito: como determinada comunidade de fé percebe a presença de Deus e a expressa; é aprofundar o sentido da vida.
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Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo 2 – Palavra de Deus, fonte de catequese
2.1.3 Leitura fundamentalista2.1.4 Leitura libertadora: é
contextualizada, entendendo os condicionamentos históricos do texto, coletivos e pessoais.
A bíblia é Palavra de Deus em linguagem humana; Deus se revela nas lutas e sofrimentos, alegrias e conquistas, virtudes e pecados do povo.
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Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo 2 – Palavra de Deus, fonte de catequese
2.1.5 Leitura orante: ler o texto, uma ou mais vezes, acompanhado de silêncio, meditação, oração, contemplação;
- diálogo filial com Deus; - discernir o sentido da vida. Três questões: o que diz o texto? O que o
texto me diz? O que quero dizer a Deus?
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Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo 2 – Palavra de Deus, fonte de catequese
2.1.6 Leitura popular: o povo simples sente-se familiarizado com a Bíblia e a percebe como sua.
- Lê a bíblia de modo criativo, informal, com cartazes, cantos, encenações, etc.
- Desenvolvem a consciência crítica, o senso da escuta, descobrindo novos aspectos da mensagem, fazendo memória de suas lutas.
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Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo 2.2 Liturgia como fonte da catequese
2.2.1 Fundamento antropológico: ritos e celebrações são necessidades humanas. O ser humano é ligado ao simbólico, ritualiza momentos e sentimentos existenciais. Há uma lei estrutural na comunicação religiosa: experiências, valores e celebrações. O que não é celebrado não é apreendido em profundidade como significativo para a vida = valor da catequese.
2.2.2 Fundamento teológico: SC 7: “A Liturgia é entendida como o exercício do sacerdócio de Jesus Cristo; nele, por meio de sinais sensíveis, se exprime e se realiza a santificação da pessoa, de modo adequado a cada sinal, e se exercita o culto público integral pelo Corpo Místico de Jesus Cristo, isto é, pela Cabeça e por seus membros”.
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Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo 2.2 Liturgia como fonte da catequese
2.2.2 Fundamento teológico a) dimensão trinitária da Liturgia;b) acontece na Igreja e pela Igreja, como
instrumento e sacramento da salvação;
c) na celebração dos sagrados mistérios se realiza hoje a salvação = Liturgia é ação sacra por excelência, ápice da ação da Igreja, fonte da fé.
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Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo 2.2 Liturgia como fonte da catequese
2.2.3 Liturgia e catequese: “Na Liturgia, Deus fala a seu povo, Cristo anuncia o Evangelho e o povo responde a Deus com cânticos e orações” (SC 33) = catequese perene: ministério da Palavra, homilia, orações, ritos sacramentais, ano litúrgico, festas. A Liturgia é anúncio, celebração e vivência dos mistérios salvíficos; contém a globalidade da mensagem cristã.
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Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo 2.2 Liturgia como fonte da catequese
2.2.4 Catequese litúrgica: visa enraizar uma união profunda, madura, consciente e responsável com cristo e com a missão da Igreja.
- Prepara aos sacramentos e a vivência do mistério cristão no cotidiano.
- Explica o conteúdo das orações, o sentido dos gestos e dos sinais, educa à participação ativa nas celebrações, à contemplação e ao silêncio.
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Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo 2.2 Liturgia como fonte da catequese
2.2.4 Catequese litúrgica: elementos fundamentais:centralidade do mistério pascal
celebração da história da salvação exercício do sacerdócio de Jesus Cristo e ação nossa, na
força do Espírito Santo ação ritual e simbólica, tendo a assembléia como
sujeito e o Ressuscitado presidente da oração da comunidade
ritos e símbolos devem ser sóbrios e compreensíveis por si mesmos – pascais
liturgia é essencialmente comunitária, com uma variedade de ministérios
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2.2.4 Catequese litúrgica Elementos fundamentais: a celebração eucarística é o “coração do domingo”
(NMI 36) celebrar a Palavra de Deus onde não há
celebração eucarística dominical espiritualidade pascal sentido dos sacramentos como sinais da
comunhão com Deus, em Cristo, marcam os momentos da vida e atualizam a salvação no dia-a-dia
sentido da presença de Maria no mistério de Cristo e da Igreja, na vida cristã e equilibrada devoção aos santos
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Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo2.3 - O Catecismo da Igreja católica e os Catecismos locais
(Catecismo Romano – 1566; Catecismo atual, 1992/97).
2.3.1 Valor e significado do Catecismo: uma exposição completa e integral da fé da Igreja e a doutrina católica, iluminadas pela Bíblia, a Tradição, o Magistério da Igreja.
- É uma exposição da fé e da moral cristã, à luz do Concílio Vaticano II e da Tradição da Igreja.
- Um instrumento de comunhão eclesial. - O eixo: cristocentrismo trinitário e a sublimidade da
vocação cristã da pessoa humana: orienta-se em direção à Deus e ao ser humano.
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Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo2.3 - O Catecismo da Igreja católica e os Catecismos locais
2.3.2 O Catecismo da Igreja católica em função dos catecismos locais: o Catecismo “destina-se a encorajar e ajudar a redação de novos catecismos locais, que tenham em conta as diversas situações e culturas.... a unidade da fé e a fidelidade à doutrina católica” (João Paulo II). Apenas resumir o Catecismo desvirtua seus próprios objetivos e também trai a natureza de um catecismo local (DGC n. 135, nota 52).
O catecismo local comunica o Evangelho de modo acessível, expressando a presença de Deus. Não se trata de apresentar conceitos teológicos com exatidão – Deus é mistério – mas de favorecer a experiência de Deus, testemunhar a mensagem evangélica.
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Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo2.3 - O Catecismo da Igreja católica e os Catecismos locais
2.3.3 Integridade da mensagem O que é transmitido não são apenas verdades
da fé, mas a Verdade – uma pessoa, Jesus Cristo. Essa Verdade é transmitida em interação com o processo histórico do fiel. A vida do fiel e sua história também são conteúdos da catequese = fórmulas de fé – vida.
A mensagem evangélica integral é proposta de modo gradual, numa catequese permanente. Circunstâncias especiais poderão exigir catequese apropriada.
66
Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo2.3 - O Catecismo da Igreja católica e os Catecismos locais
2.3.4 Hierarquia de verdades e normas Algumas verdades e normas são mais fundamenais do
que outras: 1) crer no Deus uno e trino, em seu Mistério de salvação; 2) celebrar o Mistério Pascal nos sacramentos, tendo o Batismo e a Eucaristia como centro; 3) viver o mandamento do amor, buscando a santidade; 4) rezar para que o Reino de Deus se realize.
= a fé é crida, celebrada, vivida, rezada. São as 4 colunas da exposição da fé: o Símbolo, os Sacramentos, as Bem-aventuranças-Decálogo, o Pai Nosso.
= Três etapas da história da salvação: Primeiro Testamento, vida de Jesus Cristo, História da Igreja
67
Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo2.3 - O Catecismo da Igreja católica e os Catecismos locais
2.3.4 Hierarquia de verdades e normas
Assim, temos “sete pedras fundamentais” da catequese de iniciação e do itinerário da vida cristã.
Outras expressões da fé se baseiam nestes pontos fundamentais: devoções aos santos – inclusive à Virgem Maria, aparições, milagres, lugares, anjos, etc.
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Cap. IV Catequese: Mensagem e Conteúdo
3 - Na comunidade: interação entre Bíblia, Liturgia, Catecismo, Magistério, a serviço do Reino
4 – Elaborar um catecismo: uma tarefa compartilhada
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DIRETÓTRIO NACIONAL DE CATEQUESE
II PARTE: ORIENTAÇÕES PARA A CATEQUESE NA IGREJA PARTICULAR
70
Cap. V - Catequese como educação da fé1 - O modo de proceder de Deus e a pedagogia catequética
1.1 Como Deus Pai agiu na história“Como um pai educa seu filho, assim Deus
educa seu povo” (Dt 8,5);- Deus é um sábio que assume todas as
pessoas nas condições em que se encontram (Sl 103, 3-6);
- liberta-as do mal, convida a viver no amor e na fé até a maturidade de Cristo (Ef 4,13-15).
71
Cap. V - Catequese como educação da fé1 - O modo de proceder de Deus e a pedagogia catequética
1.2 O modo de proceder de Jesus Ele é “imagem do Deus invisível” (Cl 1,15), sinal e
sacramento do Pai. Levou a revelação de Deus à plenitude. Deixou discípulos, formou comunidade. A pedagogia:
acolhimento das pessoas, preferencialmente pobres, excluídos, pecadores (Mt 18,13-14)
anúncio do Reino, que dá sentido à vida (Lc 17,21) convite amoroso para a fé, a esperança e a caridade
– conversão (Mc 1,14) proposta da missão que transforma e liberta a
sociedade (Lc 4, 16-21)
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Cap. V - Catequese como educação da fé1 - O modo de proceder de Deus e a pedagogia catequética
1.2 O modo de proceder de Jesus
convite à radicalidade evangélica atenção às necessidades e valores do
povo conversa simples, acessível, com
parábolas e gestos firmeza e força na oração
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Cap. V - Catequese como educação da fé1 - O modo de proceder de Deus e a pedagogia catequética
1.3 A ação do Espírito Santo na educação da fé
É o “Mestre interior”, síntese entre “conhecimento intelectual” e “experiência amorosa” de Deus.
- Possibilita a comunhão filial. - Possibilita a inculturação que procura
assumir as realidades humanas à luz do evangelho.
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Cap. V - Catequese como educação da fé1 - O modo de proceder de Deus e a pedagogia catequética
1.4 O modo de proceder da IgrejaMãe e educadora da fé: - a credibilidade depende da fidelidade
ao projeto de Jesus; - transmite o que ela é e crê;- fé-ação; a força do testemunho; - missionariedade.
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Cap. V - Catequese como educação da fé1 - O modo de proceder de Deus e a pedagogia catequética
1.5 - A originalidade da pedagogia da fé- Objetivo da pedagogia catequética é a maturidade
na fé, no amor e na esperança. Deus se serve de pessoas, grupos, situações. A Igreja é mediadora do encontro Deus-ser humano. Ali estão os catequistas, como elo da corrente dos que têm fé.
- Impulsiona à livre e total adesão a Deus- Introduz no conhecimento da Palavra, desenvolve
as dimensões da fé: a fé conhecida (credo), celebrada (liturgia/sacramentos), vivida (Bem-aventuranças e Mandamentos) e rezada (Pai Nosso)
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Cap. V - Catequese como educação da fé1 - O modo de proceder de Deus e a pedagogia catequética
1.5 - A originalidade da pedagogia da fé
- Ajuda no discernimento vocacional das pessoas, para o seguimento na Igreja e na sociedade
- Dimensão espiritual desta pedagogia: a) acolhida e docilidade para o dom do Espírito: b) humildade e obediência; c) ambiente espiritual de oração e recolhimento; d) autoridade e fortaleza
1.6 - Fidelidade a Deus e à pessoa humana
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Cap. V - Catequese como educação da fé2 – Catequese e ciências da educação
2.1 A catequese e outras ciências pedagógicas
A Igreja assume métodos das ciências, garantindo a fidelidade do conteúdo da mensagem: psicologia, sociologia, comunicação, etc.
Catequista que aprende também fora do âmbito da Igreja é mais criativo, tem mais recursos
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Cap. V - Catequese como educação da fé2 – Catequese e ciências da educação2.2 Variedade de métodos2.2.1 O princípio da interação fé – vida: inter-ação =
relacionamento mútuo e eficaz entre a experiência da vida e a formulação da fé; atualidade e Tradição. A vida faz perguntas, a fé busca explicação.
Os passos catequéticos: não como “planos de aulas”, mas roteiro de atividades evangélico-transformadoras, um itinerário educativo que é mais do que transmissão de doutrinas = processo participativo de acesso às Escrituras, à Doutrina da Igreja, a inserção na vida da comunidade eclesial e experiências de Deus.
= Aproximação, assimilação e vivência da Palavra de Deus e dos ensinamentos da Igreja, a serviço das pessoas.
O método é o caminho do seguimento de Jesus (Jo 14,6).
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Cap. V - Catequese como educação da fé2 – Catequese e ciências da educação
2.2.2- Método indutivo e dedutivoAmbos os métodos, de maneiras diferentes, se
prestam à interação fé-vida. Haverá situações em que um tipo de método será mais fácil e eficiente do que outro.
2.2.3 Método ver-iluminar-agir-celebrar-rever2.2.4 Linguagem, meios e instrumentos: adaptar-se
aos interlocutores: idade, cultura, circunstâncias, linguagem.
2.2.5 Dinâmicas de Grupo e Oficinas Catequéticas: participação, construção coletiva
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Cap. V - Catequese como educação da fé2 – Catequese e ciências da educação
2.3 A experiência humana na educação da fé: a comunicação religiosa exige experiência vital. A graça atua na experiência humana.
O desejo de Deus e do bem faz parte do ser humano
2.4 A memorização na catequeseA catequese faz parte da “memória” da igreja: manter
viva a presença do Senhor, atualizar o mistério salvífico. É compreensão da “memória” celebrada na liturgia. “Saber de cor - decorar”: palavras de Jesus, passagens bíblicas, mandamentos, fórmulas de fé, textos litúrgicos, etc.
81
Cap. V - Catequese como educação da fé2 – Catequese e ciências da educação
2.5 Comunicação social a serviço da catequese
Catequistas: a) comunicadores, conhecedores dos processos da comunicação, integrando recursos como músicas, vídeos, teatro, etc;
b) aproximar a catequese dos MCS, com catequese à distância;
c) analisar as mensagens dos MCS.
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Cap. V - Catequese como educação da fé2 – Catequese e ciências da educação
2.6 Atividade e criatividade de catequista e catequizandos
Alma do catequista: carisma e testemunho; integrado na comunidade; relacionado com as famílias. Paixão educativa, criatividade, adaptação, respeito.
Catequizandos: participação individual e em grupos; oração e celebrações; empenho eclesial e social; caridade, promoção humana.
2.7 Comunidade catequizadora e o grupo de catequistas
83
VI. Destinatários
como Interlocutores
1.Direito de Todo Fiel e da Comunidade
à Catequese
3. Catequese na
Diversidade
2.CatequeseConforme as
Idades
4. Catequese conforme o Contexto
Sócio-Religioso
5. Catequese conforme o Contexto
Sócio-Cultural
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Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético1 – Direito de todo fiel e da comunidadeJesus pede que para pregar o evangelho a
todas as nações ... (Mt 28,19-20; Lc 24,47). - A intenção ao indivíduo está integrada à
comunidade cristã como interlocutora da catequese, e cada pessoa dentro dela.
- A adaptação tem motivação teológica na encarnação do Verbo e é uma exigência pedagógica.
- A criatividade e a arte estão a serviço da encarnação da catequese.
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Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético2 – Catequese conforme as idades
É importante integrar as diversas etapas do caminho da fé;
Respeitar o desenvolvimento da maturidade humana;
Possibilitar uma educação permanente da fé que vise o crescimento global (CR 129).
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Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético2 – Catequese conforme as idades2.1 Catequese com adultos Visa o testemunho na vida familiar, social, profissional,
política, etc. Considera as experiências vividas, os condicionamentos
e desafios. É preciso distinguir: os que vivem a fé; aqueles apenas
batizados; os não batizados. É preciso motivar para a vida comunitária; É importante desenvolver um trabalho orgânico de
pastoral. A catequese de forma ordinária ou extraordinária
(missões populares), nos principais acontecimentos da vida; em situações canonicamente irregulares;
Atenção a pessoas que vêm de outras igrejas/religiões.
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Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético2 – Catequese conforme as idades
2.1 Catequese com adultos Ajudar a viver os sacramentos Promover sólida formação Estimular a prática da caridade Responsabilizar nos deveres do próprio estado de vida Julgar à luz da fé as mudanças sócio-culturais na da
sociedade Amparar nas dúvidas religiosas e morais Desenvolver os fundamentos da fé = dar razão da
esperança Assumir a missão da Igreja na sociedade Formar comunidade Educar para o diálogo ecumênico e inter-religioso
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Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético2 – Catequese conforme as idades2.2 Catequese com pessoas idosas Dom de Deus para a Igreja e a sociedade, pela sua
experiência de vida. Desenvolver a catequese da esperança = viver
intensamente esta fase da vida, testemunho às novas gerações.
Valorizar a disponibilidade para servir na comunidade. Atenção à pastoral dos enfermos. Considerar o valor dos novos relacionamentos e
novas estruturas sociais - direitos das pessoas idosas. Desenvolver o diálogo entre as diferentes idades na
família e na comunidade = superar preconceitos.
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Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético2 – Catequese conforme as idades
2.3 Catequese com jovens e adolescentes Dar atenção às mudanças culturais,
perda de valores e crise de paradigmas. Criar ambiente e estruturas adequadas
para a catequese de crianças, jovens e adolescentes, distinguindo as três etapas.
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Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético2 – Catequese conforme as idades
Pré-adolescência – processo de iniciação sacramental
Adolescência – descoberta da própria personalidade, do conhecimento e encantamento por Cristo/Igreja/mundo. Buscar desenvolver atividades próprias para esta idade (grupos, canto, teatro, passeios, viagens...
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Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético2 – Catequese conforme as idades Juventude – buscam o sentido da vida, a
solidariedade, o compromisso social. Enfrentar desafios: falta de perspectiva profissional; experiências negativas na família; insatisfação, angústia, vícios.
Nesta fase, muitos abandonam a Igreja, os valores morais e espirituais. É preciso refazer a proposta de Cristo: “Se queres, vem e segue-me” (Mt 19,21) = nova sociedade par todos.
A catequese com os jovens considera diferentes situações: religiosas, emocionais, morais, sociais/profissionais. Para isso, é importante: formar grupos, dar acompanhamento personalizado, dar orientação espiritual para o projeto de vida, ajudar na formação da personalidade.
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Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético2 – Catequese conforme as idades2.4 Catequese com a primeira e segunda
infânciaInfância: descoberta inicial do mundo = possibilidades para a
formação da fé/Igreja. Hoje, as crianças são menos passivas, não são ingênuas. Podem ter dramas e mágoas, e exigem paciência, saber conhecer e ouvir cada criança.
É importante ter familiaridade com o universo infantil: brincadeiras, escola, histórias, literatura...
A infância é a primeira socialização ... etapa decisiva para o futuro da vida e da fé.
O processo catequético considera: o desenvolvimento dos sentidos, a contemplação, a confiança, a gratuidade, o dom de si, a comunicação com Deus, a alegria. É fundamental ter uma linguagem adaptada para a educação para a oração, o conhecimento da Bíblia, a acolhida na comunidade.
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Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético3 – Catequese na diversidade
3.1 Grupos étnico-indígenas, afro-brasileiros e outros
- Não abafar nem silenciar a religiosidade própria desses grupos.
- Conhecer a simbologia, a mística, os ritos, as danças, os ritmos, as cores, a expressão corporal, a teologia de suas práticas religiosas
= inculturação do Evangelho, diálogo e convivência.
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Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético3 – Catequese na diversidade
3.2 Pessoas com deficiências Toda pessoa tem necessidades. Algumas exigem
recursos e conteúdos específicos, com necessidades educacionais especiais.
É importante que essas pessoas não sejam separadas dos demais catequizandos = voluntários para trabalhar com elas, organismos e movimentos que devem ser conhecidos.
Valorizar a pedagogia própria desenvolvida pelas ciências, dando preparação específica para catequistas: fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, intérpretes em língua de sinais, etc.
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Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético3 – Catequese na diversidade
3.3 Marginalizados e empobrecidos Compromisso preferencial da catequese. Reflexão crítica sobre as causas Incentivar a solidariedade e a comunhão Encorajar atitudes políticas favoráveis Incentivar o cooperativismo Estar com os pobres e mais necessitados Animar comunicando o amor de Deus
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Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético3 – Catequese na diversidade
3.4 Pessoas canonicamente irregularesFavorecer o engajamento, a experiência da fé, o serviço
na comunidade, ajudando a viver a situação real.3.5 Grupos diferenciados Desenvolver um itinerário especial para a catequese: Trabalhadores de turnos, Profissionais liberais, Artistas, universitários, Políticos, militares, Migrantes.
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Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético3 – Catequese na diversidade
3.6 Ambientes diversos Rural:
vínculo com a natureza, simplicidade no estilo de vida, valor das tradições.
Urbano: pluralismo, ritmo de vida da cidade,
anonimato e solidão. Valor da amizade, da cultura, do estilo de vida.
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Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético 4 – Catequese conforme o contexto sócio-religioso
4.1 Pluralismo e complexidade
4.2 Catequese e a religiosidade popular
4.3 Catequese, ecumenismo e diálogo-inter-religioso
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Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético4 – Catequese conforme o contexto sócio-religioso: Diálogo ecumênico e inter-religioso
Expor a revelação que a Igreja crê possuir, respeitando:
a hierarquia das verdades a unidade na diversidade dos cristãos preparar para conviver com outros grupos de cristãos cultivar a própria identidade sem fechar-se ao diálogo
e respeito aos outros esclarecer o que já nos une e dialogar com
serenidade sobre o que divide desenvolver uma espiritualidade da unidade testemunhar o amor de Jesus Cristo
100
Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético 4 – Catequese conforme o contexto sócio-religioso: Diálogo ecumênico e inter-religioso
Para isso, é importante: conhecer as outras igrejas/religiões do lugar programar atividades de colaboração no ensino
religioso, na promoção humana, na prática da justiça;
realizar celebrações dos tempos litúrgicos fortes
desenvolver a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos
promover encontros de diversos tipos
101
Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético 4 – Catequese conforme o contexto sócio-religioso: novos movimentos religiosos
Desenvolver atitudes de diálogo, abertura, compreensão e superação de preconceitos
Manter a própria identidade na fé Aproveitar, à luz do Evangelho, os
elementos positivos dos outros credos Análise e discernimento
102
Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético5 - Catequese conforme o contexto sócio-cultural Encarnação de Cristo – inculturação do Evangelho:
símbolos, celebrações, linguagem5.1 Catequese e inculturação: tarefas- Conhecer a cultura de cada grupo humano e
grau de influência em sua vida- Reconhecer a dimensão cultural do próprio
Evangelho e da Bíblia inteira- Anunciar a transformação que o Evangelho
opera nas culturas - O Evangelho transcende as culturas- Em cada cultura: novas expressões do
evangelho
103
Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético5 - Catequese conforme o contexto sócio-cultural
5.2 Processo metodológico da inculturação- Perceber na cultura o eco da Palavra de
Deus- Discernir os valores evangélicos- Purificar o que está sob o signo do pecado- Suscitar atitudes de conversão a Deus, de
diálogo, de maturação espiritual- Catequese: vida dinâmica e unificada da fé
104
Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético5 - Catequese conforme o contexto sócio-cultural
5.3 Espaços privilegiados para a inculturação- Onde se vive: família, escola, trabalho, lazer- Âmbitos antropológicos: cultura urbana,
universitária, turismo, migrações, juvenil, situações de relevo social
- Atenção às culturas regionalizadas, etnias:símbolos, ritmos, músicas, cores, danças, linguagens, expressão corporal, tradições, comidas, festas, vestes
- Atenção à área da comunicação, ecologia, paz- Atenção às maiorias desfavorecidas na sociedade
105
Cap. VI Destinatários como interlocutores no processo catequético5 - Catequese conforme o contexto sócio-cultural
5.4 Comunicação e linguagem na catequese- Linguagem própria da mensagem: bíblica,
litúrgica, doutrinal, etc = em comunicação com formas e termos da cultura atual
- Linguagem adaptada: idade, etnia, região,etc- Valor da linguagem corporal, verbal, simbólica- Uso crítico dos MCS
106
VII. Ministério da
Catequese e seusProtagonistas
2 As diversas Responsabilidades
1.Catequese na Igreja
Particular
3. Formação de
Catequistas
107
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 1 – Catequese na Igreja Particular
- O modo de ser da Igreja Particular deve ser um centro irradiador de catequese: catequese é o retrato do estilo da Igreja Particular;
- Catequese é uma “ação evangelizadora basilar” (DGC 218);
- A catequese é um carisma: dom de Deus a uma pessoa; e um ministério, serviço na Igreja, oriundo de uma vocação
108
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 1 – Catequese na Igreja Particular
1.1 O ministério da catequese na Igreja Particular
- Lugar de relevo no conjunto dos ministérios da Igreja Particular
- Referências da organização pastoral catequética: o bispo, o secretariado, a coordenação (DGC 265)
109
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 1 – Catequese na Igreja Particular
1.2 A catequese como ação básica da Igreja- Um ato essencialmente eclesial, base de toda a Igreja
Particular- Processo formativo, sistemático, progressivo e
permanente- Educação da fé, vida comunitária, litúrgica,
compromisso social- A Igreja se edifica e se reúne pela pregação do
Evangelho, a catequese, a Eucaristia.- “Sangue na veia”, vital para o crescimento da
comunidade cristã, sua missão e ação transformadora na sociedade.
110
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 1 – Catequese na Igreja Particular
1.3. Um serviço único- Catequese é serviço único (DGC 219a);- Sujeito da ação é a Igreja Particular: catequistas
servem a este ministério e agem em nome da Igreja;
- Ligada à Igreja inteira que anuncia o Evangelho, celebra os sacramentos, assume compromissos sociais;
- Toda a comunidade é responsável;- Direito do batizado;- Consolida a vida da comunidade.
111
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 1 – Catequese na Igreja Particular
1.4 Apoio e sustentação- Precisa de:
- organização- planejamento- recursos- elaboração de material- formação
112
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 2 – As diversas responsabilidades
2.1 A responsabilidade da comunidade
Catequese é “uma ação educativa realizada por cada membro da comunidade, num contexto e clima comunitário, rico de relações” (DGC 220)
113
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 2 – As diversas responsabilidades
2.2 Os pais e ambiente familiarPais, primeiros catequistas (DGC 774): cotidiano
do lar, harmonia, acolhida = proximidade de Deus e das pessoas
Família: itinerário de educação da fé, escola de vida cristã
Urgências: a) família como santuário de vida; b) clima de diálogo, perdão, solidariedade, oração; c) eventos, festas com conteúdo cristão; d) formação como itinerário da fé e escola de vida cristã; e) integrar família-comunidade-catequese
114
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 2 – As diversas responsabilidades
2.3 Os leigos- Batizados: encarnar os “valores do
Reino” na vida cotidiana;- Agir especialmente entre os que não
participam da Igreja, ouvindo-os, sentindo suas inquietações e expectativas.
115
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 2 – As diversas responsabilidades
2.4 Catequistas- “Recebem o mandato eclesial de ser
catequistas... De transmitir a fé no seio da comunidade (DGC 221).
- Diversos graus de dedicação, segundo a característica de cada um (DGC 231): por um tempo integral, por um período limitado de sua vida ou de maneira ocasional;
- A comunidade deve atender às necessidades, conforme as exigências dos catequizandos e da sua pessoa, especialmente na formação.
116
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 2 – As diversas responsabilidades
2.5 Religiosos na catequese“Consagrem o máximo das suas
capacidades e de suas potencialidades à obra específica da catequese” (CT 65; DGC 778);
- Junto com os leigos, mostrem a face única da Igreja que é sinal do Reino de Deus;
- Sintonia com o Plano de Pastoral e orientações da diocese onde estão
- Carisma: alegria no serviço.
117
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 2 – As diversas responsabilidades
2.6 Presbíteros e diáconos“Os presbíteros estimulam a vocação e a
missão dos catequistas, numa catequese bem estruturada e bem orientada” (CT 64);
- Amor, entusiasmo, apoio e esperança na catequese
- Diácono: fermento de uma catequese de inserção pelo serviço à comunidade
118
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 2 – As diversas responsabilidades
2.6 Presbíteros e Diáconos: responsabilidades- entusiasmar-se pela catequese = valorizar
catequistas;- acompanhar pelo diálogo com a coordenação;- estimular e apoiar a vocação catequética;- suscitar na comunidade o senso da
responsabilidade pela catequese;- atenção à qualidade, à metodologia, à dimensão
bíblica, antropológica, social;- integrar a catequese no projeto de
evangelização, em estreita ligação com a liturgia e ação social;
- Formação de catequistas e acompanhar os pais;
119
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 2 – As diversas responsabilidades
2.7 O bispo e a catequeseSuscitar e alimentar na Igreja particular
uma verdadeira paixão pela catequese, numa organização adaptada e eficaz, na formação de catequistas, nos meios e instrumentos, nos recursos financeiros;
Primeiros responsáveis pela catequese, catequetas por excelência (CT 63; CDC 775).
120
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 2 – As diversas responsabilidades
2.7 O bispo e a catequese- Assegurar efetiva prioridade de catequese
ativa e eficaz;- Suscitar e alimentar a paixão pela catequese;- Incentivar a preparação de catequistas:
método, conteúdo, pedagogia, linguagem;- Acompanhar os textos catequéticos;- Organizar um projeto global de catequese;- Assegurar meios, instrumentos e recursos;- Formação catequética nos serminários.
121
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 3 – Formação de catequistas
3.1 Importância da formação, fontes, protagonistas
- Formação é prioridade absoluta (DGC 234). O momento histórico exige preparo, qualificação e atualização. Falta de formação coloca em risco a qualidade da ação pastoral.
- Fonte inspiradora: Jesus Cristo – “Venham e vocês verão” (Jo 1,39; “Avancem para águas mais profundas” (Lc 5,4); “Se eu, o Senhor e Mestre, lavei seus pés, também vocês devem lavar os pés uns dos outros” (Jo 13,14).
122
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 3 – Formação de catequistas3.2 Objetivos e finalidadesFazer uma mútua relação entre conteúdo (ortodoxia) e
prática (ortopráxis), fé e vida:Objetivos:- Capacitar catequistas como comunicadores: saber
transmitir o Evangelho com convicção e autenticidade na sociedade (DGC 237)
- Saber desenvolver tarefas de iniciação, de educação e de ensino;
- Formar animadores com maturidade de fé, identidade cristã, eclesial e social;
- Saber apresentar Jesus Cristo: sua Vida, seu Ministério e a fé cristã como seguimento (DGC 41);
123
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 3 – Formação de catequistas
3.2 Objetivos e finalidades3.2.2.1 Objetivos:- Capacitar catequistas para o próprio
crescimento e realização – membro de uma comunidade;
- Promover animadores em diferentes níveis: nacional, regional, diocesano, paroquial;
- Promover a inculturação da mensagem;- Formação para o diálogo ecumênico e inter-
religioso;- Capacitar para o uso dos MCS
124
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 3 – Formação de catequistas
3.2.2 Finalidades- Comunicar o Evangelho com convicção- Ter espiritualidade de identificação com Jesus
Cristo: justiça, solidariedade, Palavra, Eucaristia, missão
- Maturidade da fé, na Igreja e no mundo- Engajamento comunitário- Adaptar a mensagem às culturas, idades,
situações;- Assumir as dimensões da Palavra, da Memória,
do Testemunho- Gosto pela Palavra de Deus – ser eco na vida/cde.
125
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 3 – Formação de catequistas
3.2.3 Critérios para adequada formação“Critérios” – pressupostos para a formação:
ninguém nasce pronto; aprender-fazendo; formação é caminho; sintonia com a atualidade;
- Formação permanente;- Atenção à situação dos leigos: espiritualidade
própria, engajamento;- Pedagogia e metodologia da transmissão da fé
= crescer na fé;- Perceber a riqueza e os limites da pessoa. Dar
consciência que fala em nome da Igreja: alegria e esperança
126
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 3 – Formação de catequistas3.3. Perfil do catequista 3.3.1 O “ser”: rosto humano de Cristo- Catequista realização como pessoa: entusiasmo da
vocação batismal; vida comprometida, mergulhada em Cristo;
- Maturidade humana e equilíbrio psicológico: afetividade, senso crítico, unidade interior, diálogo, cooperação;
- Ter espiritualidade, santidade, inspirações do Espírito; falar mais com o exemplo
- Saber ler a presença de Deus nas atividades humanas; ver o rosto de Deus nas pessoas e na comunidade;
- Saber iluminar a existência pelo conhecimento da fé;- Ter vida litúrgica, espiritual e moral;- Atento às ciências teológicas, humanas e metodológicas.
127
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 3 – Formação de catequistas
3.3.2 O “saber” do catequista: formação doutrinal- Conhecer e transmitir adequadamente;- Conjugar teoria e prática;a) Familiaridade com as ciências humanas, sobretudo
pedagógicas;b) Conhecimento da Bíblia;c) Referências doutrinais e orientações (Catecismo, documentos,
manuais...);d) Conhecer a pluralidade cultural e religiosa – ver as sementes
do Evangelho;e) Conhecer as mudanças sociais, inculturar o Evangelho;f) Conhecer a realidade local, história, fatos, pessoas;g) Ter fundamentos teológicos-pastorais do agir;h) Conhecer o núcleo da fé: 3 etapas da HS; 4 colunas doutrinais.
128
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 3 – Formação de catequistas3.3.3 O “saber fazer”: questão metodológicaBuscar competência, superando a improvisação e a simples boa
vontade. Dimensões:a) Relação: qualitativas, de afeto, acolhida, misericórdia,
proximidade. Catequista é mediador de inter-relações: diálogo, partilha, amizade, convivência, festas;
b) Educação: dar atenção às pessoas, habilidade de interpretar e responder às demandas, ativar processos de aprendizagem, saber conduzir um grupo. Adquirir estilo próprio de ministrar a catequese, adaptando à sua personalidade os princípios pedagógicos da ação catequética;
c) Comunicação: comunicar a vida e a fé, integrando a mensagem à cultura atual, usando a linguagem de hoje e os MCS;
129
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 3 – Formação de catequistas
3.3.3 O “saber fazer”: questão metodológicad) Pedagogia e metodologia: base na pedagogia divina
e na pedagogia da encarnação- Diálogo de salvação entre Deus e a pessoa: iniciativa
amorosa de Deus, gratuidade e respeito pela liberdade- Revelação progressiva, adaptada às situações, pessoas
e culturas- Valorização da experiência pessoal e comunitária da fé- Propor o Evangelho em relação com a vida- Relações interpessoais- Uso de sinais, onde se entrelaçam fatos e palavras,
ensinamento e experiência (DGC 143).
130
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 3 – Formação de catequistas
3.3.3 O “saber fazer”: questão metodológica
Programação: comunhão entre pároco, pais, catequistas e catequizandos, comunidade;
- Incluir projetos de formação permanente- Ponderar as circunstâncias, elaborando um
plano realista;- Avaliar a ação programada.
131
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 3 – Formação de catequistas
3.4 Linhas para a formação de catequistas“Linhas”: princípios comuns e necessários para
conduzir a formação;a) Catequese é prioridade = estimular vocações
próprias e adequadas;b) Capacitar catequistas para os diferentes níveis de
interlocutores = inculturação e discernimento;c) Capacitar para catequese com adultos;d) Atenção especial aos vocacionados ao
presbiterato – disciplina catequética na teologia;e) Formação pessoa, comunitária, social e espiritual
– bíblia, teologia, didática, metodologia;
132
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 3 – Formação de catequistas
3.4 Linhas para a formação de catequistasf) Encontros de animadores da ação catequética: formação,
retiros, etc.;g) Convivência em grupo: partilha de vida, oração, reflexão,
ação;h) Contemplar particularmente os pobres e mais
necessitados;i) Equilíbrio entre ensino e vivência/comportamento,
doutrina/compromisso social;j) Abordar o diálogo ecumênico e inter-religioso: valor do
diferente, em suas crenças, princípios, ações;l) Projeto de formação continuada;m) Desenvolver a consciência missionária e o zelo
apostólico;n) Ser protagonista da própria aprendizagem.
133
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 3 – Formação de catequistas
3.5 Espaços para a formação de catequistas3.5.1 Experiência de fé e vida no cotidiano- São “a própria vida, a inserção no meio do
povo e as experiências do dia-a-dia que vão formando o catequista” (n.316);
- MCS, teatro, poesia, música, literatura – ler os sinais de Deus, ter linguagem adequada;
3.5.2 Família: espaço privilegiado para o crescimento das dimensões humanas = berço da catequese: união, espiritualidade, justição, afeição.
134
Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 3 – Formação de catequistas
3.5.3 Escolas catequéticas- Formação em diferentes níveis: paroquial,
diocesano, nacional- Linhas comuns, programas e material
atualizados- 3.5.4 Formação catequética de seminaristas,
diáconos e presbíteros - São “educadores da fé”, ministros do Evangelho- Dois momentos: a) formação prévia
(seminário); b) formação permanente.- Catequese renovada, atualizada, dinâmica
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Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 3 – Formação de catequistas 3.5.4 Formação catequética de seminaristas,
diáconos e presbíterosa) suscitar, animar e acompanhar vocações para o
serviço catequético;b) Motivar as comunidades para o crescimento da fé;c) Favorecer a formação de catequistas;d) Favorecer entendimento e vivência na fé entre
catequistas, catequizandos e famílias;e) Integrar a catequese nas demais pastorais;f) Integrar catequese e comunidade;g) Favorecer nos catequistas a espiritualidade do
seguimento.
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Cap. VII – Ministério da catequese e seus protagonistas 3 – Formação de catequistas
3.6.1 Formação inicial do Catequista (nível básico)Conhecimento da pessoa, do contexto sócio-cultural, da
pedagogia da fé e da mensagem cristã = em todas as paróquias.
3.6.2 Escola para coordenadores (nível médio)Formação específica. Atenção ao conteúdo (antropológico
e doutrinal) ao método, à forma de organização da escola
3.6.3 Escolas para especialistas (nível superior)Pesquisa catequética, publicações, assessorias, etc. Ter
grupo de aprofundamento, reflexão e avaliação (GRESCAT)
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VIII. Lugares
e Organização da Catequese
2. Ministério da Coordenação
e as Organização da Catequese
1.Lugares da
Catequese
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese1 – Lugares da catequese
O mundo é uma aldeia global: diversidade = Catequese deve aproveitar as conquistas teconológicas, pedogógicas e científicas bem como os espaços já constituídos como lugares da catequese, tornando-os dinâmicos e receptores da mensagem de fé (Paulo em Atenas, At 17, 16-34).
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese1 – Lugares da catequese
1.1 Lugares privilegiados de catequese1.1.1 Família como Igreja doméstica, berço de
vida e fé- Pais, primeiros educadores (DGC 255). - Situação difícil: MCS, relativismo, migração,
urbanização, pobreza = perda do sentido do amor, violência, droga, sexo, interesses
Catequese: realista, acolhedora, da esperança nas condições objetivas das pessoas.
- Crer na família como lugar da fé, da convivência, do testemunho.
- Catequese mais vivencial do que sistemática.
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese1 – Lugares da catequese1.1.1 Família como Igreja doméstica, berço de vida e féa) Organizar adequada catequese para adultos;b) Acompanhar jovens cristãos no matrimônio;c) Fazer parcerias com pastorais e movimentos da família;d) Proporcionar às famílias experiência de Deus: Bíblia,
sacramentos, comunidade, caridade;e) Criar comunidades de relações familiares de amizade,
partilha, gratuidade, lazer;f) Estimular a coerência e perseverança dos pais;g) Criar pontes entre as gerações;h) Acolher com caridade famílias de segunda união;i) Realizar encontros de catequese na casa dos
catequizandos.
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese1 – Lugares da catequese
1.1.2 A comunidade: lugar por excelência da catequese
a) Espaço acolhedor: amizade, troca de experiência, convivência fraterna;
b) Espaço de aprender a solidariedade: sensibilidade à realidade dos excluídos;
c) Espaço da vida eclesial concreta: liturgias vivas, dinâmicas, integradas na vida;
d) Espaço de engajamento: partilha, unidade de serviços entre famílias, pastorais e grupos.
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese1 – Lugares da catequese
1.1.3 Comunidades Eclesiais de Base - CEBs
Vivem intensamente a vida da Igreja, do desejo e da busca da dimensão humana da fé (EN 58). Clima de fraternidade, justiça, ação transformadora = Bíblia.
- Integra fé e vida- Vivencia/aprofunda: Bíblia, Eucaristia,
solidariedade- Experiência da educação da fé e do
compromisso da Igreja
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese1 – Lugares da catequese1.1.4 Paróquia como ambiente de catequeseRede de comunidades que acolhe, educa e anima a vida cristã.
Casa fraternal e acolhedora do Povo de Deus. Lugar privilegiado da catequese, sacramentos, caridade.
Pároco: a) Despertar a vocação de catequista;b) Promover a formação continuada;c) Acolher as diferenças humanas;d) Ser ponto de referência do povo cristão;e) Organizar catequese nos diferentes níveis da vida;f) Aprofundar a fé nos adultos pelos círculos bíblicos, GF e
outros;g) Promover formação de redes de solidariedade – promoção;h) Despertar da fé dos que estão distantes ou indiferentes;i) Formar agentes de pastoral; ser ambiente de formação para
catequistas das várias etapas de catequese.
144
Cap. VIII – Lugares e organização da catequese1 – Lugares da catequese
1.1.5 Pastorais, movimentos, grupos e associaçõesCresce o desejo de viver uma espiritualidade assumida
nos movimentos e associações. - Nos movimentos e associações precisam “fazer
catequese em sintonia com a Igreja”. Isso questiona modelos de catequese que não consideram o ensino da igreja, sua teologia, sua doutrina social;
- Precisam motivar seus membros para não permanecerem apenas no querigma e num certo estágio emocional: ter fé coerente, persistente, perseverante e comprometida;
- “Ser Igreja é para todos os batizados. Ser dos movimentos é escolha posterior”
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese1 – Lugares da catequese1.1.6 Outros ambientes de catequeseMundo moderno: múltiplas oportunidades de
evangelização;- A catequese precisa descobrir novas maneiras de propor o
Evangelho, sobretudo nas cidades;- Anseio por sociedade justa, diretos da pessoa,
solidariedade entre os povos, diálogo = caminhos para a fé;
- Areópago dos MCS: meios de formação e informação, úteis à educação dos valores, do senso crítico, da criatividade, da cultura = Investir na mídia com critérios cristãos; qualificar pessoas;
- Multiplicidade cultural, de valores e tradições religiosas = sentido para a vida, experiências humanitárias e de fé: música, dança, pintura, arquitetura, folclore, festas... A experiência de Deus pode ter muitos meios.
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese1 – Lugares da catequese
1.2 – Tempo do processo educativo da féO ideal: início no ventre materno – raízes da fé no
ambiente familiar, desenvolvimento na comunidade, solidez no engajamento comunitário;
“Idade”: o problema não é o início, mas na idade para a celebração dos sacramentos (Penitência, Eucaristia, Crisma). Não há norma e programa único.
Antecipar a idade pode ser antecipar a fragilidade da fé no cotidiano e o distanciamento da comunidade. Para a Eucaristia, leve-se em conta o equilíbrio entre idade cronológica e psicológica, formação religiosa dos pais, o processo catequético recebido na família e na comunidade.
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese1 – Lugares da catequese
1.2 – Tempo do processo educativo da féCritérios:a) Que a diocese tenha um projeto catequético que acompanhe
as pessoas desde a infância até a idade avançada;b) Que a preocupação central seja a educação da fé, a iniciação
à vida comunitária, a formação ética e solidária = a recepção do sacramento é decorrência da caminhada da fé e da vida comunitária;
c) Que o critério não seja porque a criança quer, os pais insistem, é mais fácil. Mas o crescimento na maturidade da fé, a iniciação na comunidade, a vivência sacramental e o compromisso social;
d) Que haja adequada integração entre as diversas etapas da caminhada da fé;
e) Que se priorize a educação da fé dos adultos;f) Que o Rito da Iniciação Cristã de Adultos (RICA) seja
conhecido e vivenciado nas comunidades.
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese2 - O ministério da coordenação e a organização da catequese
2.1 Natureza do ministério da coordenação A coordenação é “co-operação”, uma ação em
conjunto, de co-responsabilidade; Jesus é fonte inspiradora na arte de coordenar. Ele
não assumiu sozinho a missão, mas formou um grupo – heterogêneo;
Coordenar é missão de Pastor (Jo 10,1-10), que conduz, orienta, anima = comunhão;
Trabalho em equipe = é serviço “representativo”; É gerar vida, criar relações fraternas, promover o
crescimento das pessoas num espaço de diálogo, partilha, compreensão, solidariedade;
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese2 - O ministério da coordenação e a organização da catequese
2.1 Natureza do ministério da coordenação Não é uma função, mas uma missão que brota da
vocação batismal de servir, animar e coordenar; Exige-se uma espiritualidade do serviço, do discipulado,
missionária; Catequese não é empresa que visa produtividade,
lucro, eficiência fria das leis de mercado. Mas pode incorporar as conquistas das ciências modernas, com maior eficiência no método, no uso do tempo, na qualidade de vida e no aproveitamento dos recursos.
Chave: articulação.
150
Cap. VIII – Lugares e organização da catequese2 - O ministério da coordenação e a organização da catequese
2.2 Características do serviço da coordenação Assumir este ministério como missão que brota da
fé/comunidade; Entender o significado da coordenação e suas
atribuições; Suscitar vida entre as pessoas, com relacionamento
humano, afetivo, fraterno; Perceber a realidade sócio-econômica-política-eclesial e
cultural; Assumir as exigências da coordenação como serviço
para os outros/comunidade = partilha, descentralizar, relações fraternas;
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese2 - O ministério da coordenação e a organização da catequese
2.2 Características do serviço da coordenação Criar uma rede de comunicação entre comunidade,
paróquia, diocese, regional; Adotar a metodologia do aprender fazendo, com
objetivos claros e ações concretas; Ter capacidade para perceber que as pessoas têm
capacidades, valores...; Desenvolver qualidades necessárias para trabalho
em equipe: escutar, aprender, dialogar; reconhecer valores do grupo; ser solidário; ter espírito organizativo;
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese2 - O ministério da coordenação e a organização da catequese
2.2 Características do serviço da coordenação
Sofrer as adversidades com calma, em diálogo e entre-ajuda;
Perceber a realidade e a estrutura da graça, mais do que a eficiência e ativismo;
Bucar e partilhar conhecimento atualizado sobre planejamento participativo;
Integrar-se com as demais pastorais (pastoral orgânica)
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese2 - O ministério da coordenação e a organização da catequese
2.3 Organização e exercício da responsabilidade - Catequese não se improvisa, nem é imediatismo: é um
processo de educação comunitária, permanente, progressiva, ordenada, orgânica e sistemática da fé” (CR 318) = objetivos claros e ações concretas (a torre, Lc 14, 28-29);
- Ter uma organização apropriada: responder às situações e realidades diversas, na pastoral de conjunto, sem dispersão de forças.
- Organização deve ser mais pastoral do que institucional = flexibilidade dos objetivos; atenção às exigências da vida e da fé – ligada aos acontecimentos, eventos, programas da Igreja.
- Ver etapas, destinatários, níveis da ação catequética.
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese2 - O ministério da coordenação e a organização da catequese
2.3 Organização e exercício da responsabilidade2.3.1 Em âmbito paroquialLugar da catequese é a comunidade paroquial – fé e vida;
equipe de coordenação.a) Integrar catequese – CPP;b) Articular catequistas e projetos comuns;c) Assumir a caminhada diocesana;d) Organizar equipes nos vários níveis de catequese;e) Promover reuniões periódicas para refletir, avaliar;f) Assegurar formação adequada dos catequistas;g) Sistematizar catequese permanente com os pais e
adultos;h) Suscitar troca de experiências entre as comunidades
paroquiais.
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese2 - O ministério da coordenação e a organização da catequese
2.3 Organização e exercício da responsabilidade
2.3.1 Em âmbito paroquial – O PÁROCO:
a) Estimular vocação e missão dos catequistas;
b) Orientar, animar e acompanhar;c) Motivar a comunidade para ação conjunta;d) Assumir a formação de catequistas;e) Assumir as orientações diocesanas;f) Providenciar recursos financeiros.
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese2 - O ministério da coordenação e a organização da catequese
2.3 Organização e exercício da responsabilidade2.3.1 Em âmbito paroquial – A COORDENAÇÃO:a) orientar, animar e coordenar junto com o pároco;b) Elaborar em conjunto o planejamento: necessidades
locais, objetivos, princípios orientadores, projetos, cronograma, responsabilidades, avaliação;
c) Facilitar uso de instrumentos e recursos;d) Representar a paróquia na diocese;e) Integrar a catequese com as pastorais;f) Preocupar-se com a formação de catequistas;g) Despertar a espiritualidade do seguimento (Bíblia,
Liturgia);h) Desenvolver qualidades para trabalho em equipe.
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese2 - O ministério da coordenação e a organização da catequese
2.3 Organização e exercício da responsabilidade
2.3.2 Em nível diocesanoa) Buscar visão clara e ampla da realidade;b) Perceber os desafios e oportunidades;c) Discernir sobre a idade, duração das etapas,
celebrações,...; d) Elaborar ou indicar instrumentos úteis: textos,
manuais, subsídios, programas...;e) Promover a formação de catequistas;f) Apoiar as coordenações paroquiais;
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese2 - O ministério da coordenação e a organização da catequese
2.3 Organização e exercício da responsabilidade2.3.2 Em nível diocesanog) Criar e organizar escolas catequéticas diocesanas: programas
adequados à realidade – Bíblia, liturgia, metodologia...;h) Prover fonte de recursos;i) Integrar a catequese com liturgia, ministérios, pastorais...;j) Efetivar compromissos diocesanos;l) Conhecer documentos nacionais e internacionais sobre a
catequese m) Participar de reuniões em nível regional;n) Fazer bom uso dos MCS – internet.
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese2 - O ministério da coordenação e a organização da catequese
2.3 Organização e exercício da responsabilidade2.3.3 Em nível nacionalCNBB: Comissão de bispos de Animação Bíblico-
catequética – grupo de assessores: a) Animar, acompanhar, alimentar;b) b) Projetos de animação bíblico-catequética do
quadriênio;c) Convocar e presidir reuniões: Grecat; Grebin; Grescat;d) Representar a CNBB;e) Organizar congressos e semanas nacionais de
catequese;f) Efetivar a prática do DNC e documentos da catequese; g) Apoiar a formação de coordenadores regionais;
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Cap. VIII – Lugares e organização da catequese2 - O ministério da coordenação e a organização da catequese
2.3 Organização e exercício da responsabilidade2.3.3 Em nível nacional
h) Auxiliar outras pastorais, organismos e serviços – dimensão catequética, particularmente na Liturgia;
i) Acompanhar publicações catequéticas e da pastoral bíblica;
j) Manter contato com os Regionais;l) Incentivar a celebração do dia do catequista (4º. Domingo
de agosto) e da Bíblia (último domingo de setembro);m) Ter contato com as diversas entidades que se ocupam
com a reflexão e divulgação da Bíblia;n) Incentivar a disciplina “catequética” nos cursos de
teologia e casas de formação.
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