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INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA – IBRATISOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA – SOBRATIMESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA
DAVYD TELES BASÍLIO
CUIDADO DE ENFERMAGEM A PACIENTES EM PROCESSO DE MORTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA – REVISÃO SISTEMÁTICA
TERESINA-PI2017
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DAVYD TELES BASÍLIO
CUIDADO DE ENFERMAGEM A PACIENTES EM PROCESSO DE MORTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA – UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Terapia Intensiva, do Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Terapia Intensiva.
Orientadora: Prof.ªM.a Joara Cunha Mendes Santos Gonçalves
TERESINA-PI2017
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DAVYD TELES BASÍLIO
CUIDADO DE ENFERMAGEM A PACIENTES EM PROCESSO DE MORTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA – UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Terapia Intensiva, do Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Terapia Intensiva.
Orientadora: Prof.ª M.a Joara Cunha Mendes Santos Gonçalves
Aprovada em 02/04/2017
BANCA EXAMINADORA
Prof.ª M.a Joara Cunha Mendes Santos Gonçalves
Instituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI - Orientadora
Prof. Dr. Douglas Ferrari
Instituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI – Examinador Interno
Prof. M.e Edilson Gomes de Oliveira
Instituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI - Examinador Interno
Prof.ª M.a Vicença Maria Azevedo de Carvalho Gomes
Instituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI - Examinadora
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RESUMO
A morte, bem como o processo de morte e morrer, e a inserção do enfermeiro neste
contexto, são situações que me instigam profissionais que trabalham em terapia
intensiva. Mesmo trabalhando com uma clientela diversificada e pesquisas
publicadas, constatou-se, que o medo ou a aversão à morte, são relatados pelos
profissionais de enfermagem, pois é a principal causa geradora de outros
enfrentamentos. Este artigo tem como objetivos: realizar um levantamento
bibliográfico acerca do cuidado de enfermagem ao paciente no processo de morte
na Unidade de Terapia Intensiva, analisar o processo de cuidado de enfermagem ao
paciente terminal em Unidade de Terapia Intensiva e identificar através da
bibliografia quais as implicações para a equipe de enfermagem ao lidar com o
paciente terminal em Unidade de Terapia Intensiva. A metodologia utilizada baseia-
se em uma pesquisa bibliográfica, descritiva, exploratória, com dados secundários.
Os artigos permitiram fazer uma divisão em duas categorias. A primeira retrata sobre
processo de enfermagem, como funciona a assistência de enfermagem prestadas a
estes pacientes, e a segunda expressa os sentimentos dos profissionais de
enfermagem ao lidar com pacientes terminais no seu dia a dia. Ressalta-se a
importância de um cuidado individualizado, humanizado, trabalhando de forma
multidisciplinar, onde prioriza a qualidade de vida, o conforto, a diminuição da dor, a
interação com a família na busca de um cuidado efetivo ao paciente que não
responde mais à tratamento curativo.
Palavras-chave: Morte; Equipe de Enfermagem; Unidade de Terapia Intensiva.
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ABSTRACT
Death, and the process of death and dying, and the inclusion of nurses in this
context, are situations that professionals instigate me working in intensive care. Even
working with a diverse clientele and published research, it was found that fear or
distaste for death, are reported by nursing professionals as it is the main generator
because of other engagements. This article aims to: conduct a literature review about
the patient nursing care in the dying process in the Intensive Care Unit, analyze the
nursing care process to terminally ill patients in the Intensive Care Unit and identify
through literature what the implications for nursing staff when dealing with terminally
ill patients in the Intensive Care Unit. The methodology is based on a literature
review, descriptive, exploratory, with secondary data. The articles led to a division
into two categories. The first portrays on the nursing process, how the nursing care
provided to these patients, and the second expresses the feelings of nursing
professionals when dealing with terminally ill patients in their daily lives. We
emphasize the importance of individualized care, humanized, working in a
multidisciplinary way, which prioritizes the quality of life, comfort, pain relief,
interaction with family in the search for an effective patient care that no longer
responds to curative treatment.
Keywords: Death; Nursing staff; ICU.
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SUMÁRIO
1 NTRODUÇÃO................................................................................................. 07
2 OBJETIVOS..................................................................................................... 09
2.1 Objetivo Geral........................................................................................... 09
2.2 Objetivos Específicos................................................................................ 09
3 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................... 10
4 METODOLOGIA.............................................................................................. 14
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................... 15
5.1 PROCESSO DE CUIDADO DE ENFERMAGEM AO PACIENTE
TERMINAL EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
5.2 CONSEQUÊNCIAS PARA A EQUIPE DE ENFERMAGEM AO LIDAR
COM O PACIENTE TERMINAL EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 21
REFERÊNCIAS............................................................................................... 22
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1 INTRODUÇÃO
A morte, bem como o processo de morte e morrer, e a inserção do enfermeiro
neste contexto, são situações que me instigam profissionais que trabalham em
terapia intensiva. Mesmo trabalhando com uma clientela diversificada e pesquisas
publicadas, constatou-se, que o medo ou a aversão à morte, são relatados pelos
profissionais de enfermagem, pois é a principal causa geradora de outros
enfrentamentos, como abordar o tema abertamente e a sensação de impotência
diante de pacientes portadores de doenças crônicas e/ou terminais (ABRÃO et al.,
2013).
Muito embora a morte possa receber denominações que variam de acordo
com crenças, influência religiosa e cultural parece que há harmonia em acreditar
tratar-se de um tema ainda abominado e repelido, sobretudo nos países ocidentais,
em suas diferentes culturas. A morte se constitui num fato, muitas vezes referido
através de eufemismos para suavizar o discurso ou quem sabe, poder postergar a
sua chegada. A verdade é que ainda hoje, em pleno século XXI, é difícil para muitas
pessoas e principalmente para profissionais de saúde, compreender a morte como
algo natural (MIGLIORINI, 2009).
No ocidente, ainda idealiza a morte como algo muito triste, negativo que
causa pesar e sofrimento. O senso comum freqüentemente se refere a ela como a
única certeza que se tem na vida. Entretanto, muitas pessoas, incluindo
profissionais de enfermagem, parecem sentir certo desconforto quando o assunto é
a morte e o morrer, evitando falar sobre esse momento, sobretudo com os seus
clientes e familiares (ARAUJO; BELÉM, 2010).
Estudos mostram que a relação entre prazer e sofrimento nas tarefas dos
profissionais de enfermagem, evidencia que esses profissionais valorizam a
necessidade de demonstrar afeto e dedicação ao lidar com a dor e o sofrimento do
paciente e de seusfamiliares, como algo que confere significado ao trabalho,
demonstrando o prazer na realização das atividades inerente no cuidar. No entanto,
os profissionais revelam que assistir o paciente em processo de morrer na UTI é
uma das situações mais penosas de serem enfrentadas (JUNIOR; ESTHER, 2001).
Assim, no hospital, o cuidado direcionado a pessoas em sofrimento e,
muitas vezes, em processo de morte, constitui-se em determinante de sentimentos
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contraditórios na equipe, pelo simples fato de estar em contato prolongado, tanto
com o paciente quanto com os familiares. Por isso, o sofrimento psíquico, com sua
natureza silenciosa, está ligado ao processo produtivo do profissional de
enfermagem (TOFFOLETTO et al., 2005).
De acordo com Silva et al. (2008, p.157):
(...) o cuidado em terapia intensiva hoje, tem sido balizado pela utilização de novas tecnologias,
abrindo novas perspectivas para melhoria da qualidade da assistência e de
vida dos sujeitos que cuidam e daqueles que são cuidados.
Dentro de uma UTI, onde está presente uma clientela cheia de
especificidades e peculiaridades, o enfermeiro deve oferecer uma assistência
individual e integral reconhecendo as necessidades e as características do
tratamento a ser oferecido (FERNANDES, 2006).
O cuidado de enfermagem é algo próprio ao enfermeiro. Na caminhada da
enfermagem, sabe-se que cuidar exige ética, dedicação, doação, percepção,
carinho, enfim, ingredientes necessários para que o “outro” se sinta o mais acolhido
possível num ambiente do qual “ele” não faz parte (AGUIAR et al., 2006).
No ambiente hospitalar, a morte é uma realidade, sendo freqüente
especialmente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que é uma unidade destinada
ao atendimento integral e especializada de doentes graves e recuperáveis, sendo
dotada de recursos técnicos para manter a sobrevida do paciente (SANCHES;
CARVALHO, 2009).
Nessa abordagem, a qualidade do cuidado de enfermagem está
intimamente associada à percepção de melhoria da qualidade de vida do paciente,
bem como,muitas vezes, ao fato da equipe perceber que contribuiu para amenizar o
sofrimento deste no processo de morte (CARMO, 2010).
Partimos da hipótese de que há diferentes maneiras de lidar com o
processo de morrer e com a morte no cotidiano dos hospitais, particularmente, pelas
equipes que trabalham nas UTI´s. Portanto, a identificação e compreensão de como
isso ocorre em um determinado cenário, pode favorecer intervenções capazes de
reduziras cargas inerentes a esse trabalho, bem como favorecera assistência
humanizada.
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Diante disso, é importante que a equipe de enfermagem seja preparada
para saber lidar com o paciente terminal, seus familiares e com a morte e o morrer.
No entanto, a realidade é diferente, visto que os temas morte e morrer são pouco
abordados durante a formação profissional, havendo a ênfase na maioria das vezes
a cura dos pacientes. Isso faz com que os profissionais se sintam compromissados
apenas com a vida e, consequentemente, sentem-se fracassados quando não
curam o doente (SANTOS; HORMANEZ, 2013).
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Realizar um levantamento bibliográfico acerca do cuidado de enfermagem ao
paciente no processo de morte na Unidade de Terapia Intensiva.
2.2 Objetivos Específicos
Analisar o processo de cuidado de enfermagem ao paciente terminal em
Unidade de Terapia Intensiva;
Identificar através da bibliografia quais as implicações para a equipe de
enfermagem ao lidar com o paciente terminal em Unidade de Terapia Intensiva;
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3 REFERENCIAL TEÓRICO
O ser humano é o único ser vivo que tem a consciência de seu fim, diferente
dos outros animais. O ser humano é único animal que sabe por antecipação da
própria morte; sofre para além do presente, nas dimensões do passado e do futuro,
e se pergunta pelo sentido de sua existência, justamente porque sua única certeza é
a de estar destinado a morrer (GIACOIA, 2005).
Nos dias atuais a morte é vista como algo vergonhoso, feio, sujo,
inconveniente. Com a transformação das ciências, o homem cada vez mais investe
no prolongamento da juventude e rejuvenescimento, e cada vez mais deseja parecer
fisicamente jovem, distante da velhice, que no geral é a etapa que precede a morte
(SADALA; SILVA, 2009).
A morte encefálica é a definição legal de morte, compreendida como a total e
irreversível parada de todas as funções cerebrais. Isto significa que, como resultado
de severa agressão ou ferimento grave no cérebro, o sangue que vem do corpo e
supre o cérebro é bloqueado e o cérebro morre (BRASIL, 2008).
Segundo Silva (2010):
“(...) a morte faz parte da vida profissional de quem trabalha na saúde, ela ainda é incompreendida, ainda mais na pediatria, onde morrer muitas vezes é considerado um evento antinatural”.
O reconhecimento da expressão tecnologia de cuidado, tanto como processo
como produto, veio da fundamentação científica do cuidado de enfermagem. Desta
maneira, percebe-se que na história da civilização a tecnologia e o cuidado de
enfermagem estão fortemente relacionados, uma vez que a enfermagem está
comprometida com princípios, leis e teorias, e a tecnologia consiste na expressão
desse conhecimento científico, e em sua própria transformação (ROCHA et al.,
2008).
Ao mesmo tempo em que os avanços científicos têm contribuído para a
longevidade humana, também se mostram desafiadores para o cuidado da pessoa
no fim da vida. Isto ocorre principalmente nos cenários das Unidades de Terapia
Intensiva (UTI), nos quais os profissionais se deparam constantemente com dilemas
éticos relativos a manutenção ou não do suporte de vida (MARTA; HANNA; SILVA,
2010).
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Assim, no contexto do fim da vida, a tecnologia em algumas situações tem
sido uma grande aliada, aumentando a expectativa e a qualidade de vida de muitos
doentes. Entretanto, tem contribuído apenas para que a morte seja postergada, e
conseqüentemente, afasta de nosso cotidiano assistencial, visto que se tornou
possível manter a vida, mesmo diante das adversidades impostas por determinadas
doenças até então fatais (NETO, 2010).
No entanto, as novas tecnologias têm surgido também para, dar esperança a
muitos doentes e famílias. O surgimento de Unidades de Terapia Intensiva, permitiu
que várias pessoas que antes morriam por complicações diversas sobrevivam,
proporcionando um grande alívio a diversas famílias, mesmo que o indivíduo viesse
a apresentar alguma seqüela importante. “Essa tecnologia moderna, criada pelo
homem a serviço do homem, tem contribuído em larga escala para a solução de
problemas antes insolúveis e que pode reverter em melhores condições de vida e
saúde para o paciente” (BARRA et al.,2006)
Na fase terminal de enfermidades graves e permitido ao médico limitar ou
suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente,
garantindo-lhe os cuidados necessários para aliviar os sintomas que levam ao
sofrimento, na perspectiva de uma assistência integral, respeitada a vontade do
paciente ou de seu representante legal (BRASIL, 2006).
Embora esta Resolução tenha se fundamentado na Constituição da República
Federativa do Brasil, a Justiça Federal revogou-a por considerar que o CFM não tem
poder parar e gulamentar sobre a vida. Esta e um direito indisponível e ninguém
pode legislar sobre a mesma, sem que haja processo legal e de competência
exclusiva do Congresso Nacional (Ação Civil Pública número 2007.34.00.014809-3,
da 14ª Vara Federal) (BRASIL, 2007).
Em UTI, é comum existir pacientes dependentes de recursos tecnológicos
para manutenção da vida, em muitos casos não há chance de sobrevida. Além
disso, no cotidiano desse serviço, os profissionais da saúde se deparam com a difícil
situação de cuidar de pacientes sem possibilidades terapêuticas (FELIX et al., 2013).
Pesquisas evidenciam os dilemas éticos vivenciados pela equipe de
enfermagem relacionados a pacientes terminais: diversidade de valores, incertezas
sobre a terminalidade e limites de intervenção para prolongar a vida dos pacientes,
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não aceitação do processo de morte pela família dopaciente, falta de esclarecimento
da família e do paciente (CHAVES; MASSAROLO, 2009).
O cuidar, realizado pela Enfermagem, pode ser entendido como um processo
que envolve e desenvolvem ações, atitudes e comportamentos que se fundamentam
no conhecimento científico, técnico, pessoal, cultural, social, econômico, político e
psico-espiritual, buscando a promoção, manutenção e/recuperação da saúde,
dignidade e totalidade (MOTA et al., 2011).
Para Coelho e Rodrigues (2009, p.189):
“(...) a prática de um cuidado ético significa a implementação, nas ações do
enfermeiro e equipe, de uma prática que considere a individualidade e a
subjetividade do ser cuidado, aliviando o seu estado de vulnerabilidade”.
A equipe de enfermagem participa diretamente do processo de tratamento e
encontra-se presente no fim da vida, cabendo-lhe assistir ao paciente sem
possibilidades terapêuticas e familiares. Ao cuidar do paciente, os profissionais de
enfermagem experimentam situações de sofrimento, angústia, medo, dor e de
revolta vivenciadas pelo paciente e por seus familiares e, como seres humanos
dotados de emoções e sentimentos, em alguns momentos manifestam as mesmas
reações (MOTA et al., 2011).
Diante de uma situação iminente de morte, muitas vezes, a equipe de
enfermagem se vê impotente, frustrada, culpada e irritada, não sabendo ao certo
como se posicionar frente ao sofrimento e à dor que, na maioria das vezes, não
pode ser aliviada, além de, também, ter que vivenciar perdas de pacientes, cuja
convivência possibilitou o estabelecimento de vínculos (SOUSA et al., 2009).
Essas dificuldades se refletem no cuidado, pois não são raros os profissionais
de enfermagem que, escalados a cuidar de algum paciente terminal, se esquivam e
manifestam atitudes de inquietude.Isso, geralmente, acontece porque eles não estão
sendo preparados para trabalhar com esse fato da mesma maneira que o são para a
manutenção da vida (SILVA; RIBEIRO; KRUSE, 2009).
Esta falta de preparação e de reflexões sobre a morte deixa os profissionais
perturbados frente à tomada de decisões em situações onde eles devem cuidar da
pessoa no estágio de morte. Mesmos os profissionais que trabalham em UTI saibam
que os pacientes assistidos nessa unidade apresentam risco de vida iminente,
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devido à gravidade do quadro clínico, eles têm dificuldade para aceitar a morte,
deparando-se coma fragilidade e com a efemeridade da vida (FERREIRA; LOPES;
MELO, 2011).
Este acontecimento acaba por intervir na assistência prestada, pois fazem
surgir alguns sentimentos como a frustração, a sensação de fracasso, a fragilidade,
a impotência, a incapacidade, que os impedem de exercer o seu adequado papel, no
sentido de atender às necessidades básicas do enfermo e sua família nos seus
aspectos biopsicossociais, incluindo assim, responsabilidade de proporcionar uma
morte tranqüila ao paciente (SILVA; MOREIRA, 2011).
Portanto os profissionais de enfermagem têm um papel importante dentro da
equipe multidisciplinar, por serem os que mais tempo permanecem junto ao paciente
e também aos familiares, estabelecendo verdadeiros elos, intermediando a interação
entre todos os envolvidos e praticando a busca por recursos que viabilizem à pessoa
enferma melhor qualidade de vida, e quando isso não for possível, uma morte digna.
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4 METODOLOGIA
Este estudo é uma pesquisa bibliográfica acerca do tema Cuidado de
enfermagem ao paciente no processo de morte na Unidade de Terapia Intensiva.
Esse tipo de pesquisa se propõe a realizar um levantamento da bibliografia já
publicada em forma de livros revistas, publicações avulsas e imprensa escrita,
procurando conhecer e analisar as contribuições científicas do passado sobre um
determinado tema (LAKATOS; MARCONI, 2001).
Na pesquisa descritiva realiza-se o estudo, a análise, o registro e a
interpretação dos fatos sem a interferência do pesquisador. A finalidade é observar,
registrar e analisar os fenômenos. O estudo foi feito a partir de dados secundários,
ou seja, pré existentes.
A coleta foi feita a partir do levantamento das publicações científicas sobre a
temática do cuidado prestado pela equipe de enfermagem ao paciente no processo
de morte na UTI. Para isto, incluímos as publicações acerca do tema encontradas
nos artigos.
Foi realizada uma busca bibliográfica na internet, por esta oferecer uma maior
variedade de artigos e grande facilidade de acesso. Sendo assim, foi decidido
realizar a pesquisa na base de dados do site LILACS, BIREME e Scielo que fazem
parte integrante da Biblioteca Virtual em Saúde. Foram utilizados para a coleta de
dados os seguintes uni termos: Morte, Equipe de Enfermagem e UTI foram
coletados no período de Dezembro de 2015 a Janeiro de 2016.
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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao realizar a busca durante a pesquisa bibliográfica na biblioteca virtual em
saúde, foram encontradas 08 publicações que se encaixavam nos critérios
escolhidos. Entende-se que o tema é bastante trabalhado, mas ainda se faz
necessário estudos para incentivar e preparar melhor os profissionais de
enfermagem para lidar com os pacientes terminais em unidade de terapia intensiva.
Os artigos permitiram fazer uma divisão em duas categorias. A primeira
retrata sobre processo de enfermagem, como funciona a assistência de enfermagem
prestada a estes pacientes, e a segunda expressa os sentimentos dos profissionais
de enfermagem ao lidar com pacientes terminais no seu dia a dia.
Quadro 1- Distribuição dos resumos disponíveis no BIREME, LILACS e SCIELO
relacionados à temática Cuidado de enfermagem aos pacientes em processo de
morte na UTI segundo enfoques priorizados.
ANO TITULO FONTE MÉTODO
2009 A arte de morrer: visões plurais Comenius (LIVRO)
Documental
2013Atitude frente à morte em profissionais e estudantes de enfermagem: revisão da produção científica na última década.
Ciência Saúde Coletiva Documental
2009Cuidando de pacientes em fase terminal: a
perspectiva de alunos de enfermagem. Rev. Esc. Enferm. USP
Documental
2009A formação na graduação dos profissionais de saúde e a educação para os cuidados de pacientes fora de recursos terapêuticos de
cura.
Rev Bras Educ Med
Documental
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2010 A relação docenteacadêmico no enfrentamento do morrer.
Rev Esc Enferm USP
Documental
2012Reflexos da formação acadêmica na percepção do morrer e da morte por
enfermeiros.Rev Eletr Enf. Documental
2011Significado da morte e de morrer para os
alunos de enfermagem. Invest Educ Enferm.
Documental
2011Educação para a morte a docentes e discentes de enfermagem: revisão documental da literatura científica.
Rev Esc Enferm USP
Documental
Fonte:Sites da web BIREME, LILACS e SCIELO, 2016.
Quadro 2- Distribuição dos resumos disponíveis no BIREME, LILACS e SCIELO
relacionados à temática segundo as fontes (teses, dissertação, artigos e periódicos
de enfermagem) e os anos de publicação.
AnoFonte 2009 2010 2011 2012
2013
Comenius (LIVRO) 01Ciência Saúde Coletiva 01
Rev. Esc. Enferm. USP 01 01 01
Rev Bras Educ Med 01
Rev Eletr Enf. 01
Invest Educ Enferm. 01
Fonte:Sites da web BIREME, LILACS e SCIELO, 2016.
5.1 PROCESSO DE CUIDADO DE ENFERMAGEM AO PACIENTE TERMINAL EM
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
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Dentro da UTI, o profissional de enfermagem auxilia no diagnóstico e nos
tratamentos de saúde, presta cuidados e cumpre os procedimentos de enfermagem,
avaliando os cuidados prestados. No entanto, algumas vezes, esse profissional
percebe que a cura foge às competências do saber humano, e a única coisa que
está ao seu alcance é proporcionar ao paciente cuidados paliativos (higiene,
conforto e afeto), o que resultará em um processo de morrer mais humano e digno,
tanto para o paciente quanto para os seus entes queridos (SANTOS, 2009).
O dia-a-dia na UTI, se mostra cercado por situações adversas onde, às
vezes, é possível salvar ou curar, em outras, prorroga-se o sofrimento e, nas quais,
conforta-se ao aguardar a presença da morte.
Baseada em uma visão holística do ser humano, avaliando o paciente como
um dos cuidados paliativos valorizam a vida e encararam a morte como um
processo natural. Assim, não adia e nem prolonga a morte, mas defende o ser em
suas angústias e medos promovendo o alívio da dor e de outros sintomas,
oferecendo suporte para que os pacientes possam viver o mais ativamente possível,
ajudando a família e os cuidadores no processo de luto.
Dessa forma é dever do enfermeiro e sua equipe prestar cuidados ao
paciente durante todo o seu tratamento, especialmente quando não é mais possível
a cura e o doente é submetido a cuidados paliativos. Estes cuidados paliativos
possibilitam a humanização do morrer. E apesar de ainda não ser referência nas
UTIs brasileiras, a literatura internacional já apresenta práticas diferenciadas e
inovadoras com desenvolvimento de instrumentos e protocolos para aprimoramento
dos cuidados paliativos na UTI aos pacientes em processo de morte (SANTOS;
HORMANEZ, 2013).
A filosofia dos cuidados paliativos busca a compreensão da morte como parte
do ciclo vital, não apressando nem adiando a sua chegada, além de integrar os
aspectos psicossocioespirituais no cuidado ao paciente, adequando o apoio aos
familiares na vivência da preparação da morte.
Esses cuidados paliativos são definidos como os cuidados ativos e totais aos
pacientes quando a doença não responde mais aos tratamentos curativos. O
controle da dor e de outros sintomas (psicológicos, sociais e espirituais) passa a ser
a prioridade, pois o objetivo é alcançar a melhor qualidade de vida possível tanto
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para o doente quanto para sua família. Na abordagem dos cuidados paliativos o
envolvimento da família é primordial, retomando o sentido de que esta exerce um
importante papel no crescimento e desenvolvimento dos indivíduos e na
recuperação da saúde (SADALA; SILVA, 2009).
Portanto, quando um indivíduo recebe um diagnóstico de que a doença está
fora de possibilidades de cura, sua família sofre com ele e o impacto é sempre muito
doloroso. Em decorrência disso, cada família pode manifestar reações distintas,
como negação ou fechamento ao diálogo.
A enfermagem pode atuar no sentido de apoiar o doente e grupo familiar,
possibilitando minimizar os medos e ansiedades e colaborando com a adequada
participação de ambos no processo. O enfermeiro necessita compreender a morte e
não apenas explicá-la. Para apreender esse conhecimento, é fundamental que a
educação esteja para além das considerações biológicas e possibilite aos
estudantes refletirem sobre o tema, com uma apropriação maior dos conteúdos da
sociologia, antropologia, filosofia, psicologia, bem como autoconhecimento e um
permanente trabalho na esfera emocional (BIFULCO; IOCHIDA, 2009).
Esta é uma das profissões da área da saúde que lida com a morte, uma vez
que presta, aos pacientes, cuidados dos mais simples aos mais complexos,
incluindo também os pacientes fora de possibilidade terapêutica de cura. Neste
sentido, é fundamental que a enfermagem saiba trabalhar com esse processo por
meio da instrução para a morte.
Para isso se faz necessário ter no cotidiano, comunicação, relacionamentos,
perdas, situações difíceis, nas quais a mudança repentina podeacontecer em
qualquer fase do desenvolvimento e está baseada nos questionamentos, na procura
do autoconhecimento e na busca de sentido para a vida.
5.2 CONSEQUÊNCIAS PARA A EQUIPE DE ENFERMAGEM AO LIDAR COM O
PACIENTE TERMINAL EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
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As situações e relações vivenciadas diariamente pela equipe de enfermagem
das UTIs proporcionam tanto prazer e satisfação, quanto sofrimento e desgaste. O
prazer está presente sempre que o tratamento do paciente é bem-sucedido. No
entanto, o desgaste aparece muitas vezes estampado no rosto ou na expressão
verbal do profissional de enfermagem principalmente quando o processo de morrer é
prolongado devido aos investimentos considerados como futilidade terapêutica
promovida pela tecnologia médica (PINHO; BARBOSA, 2010).
Durante a assistência ao paciente em processo de morrer, o profissional de
enfermagem sofre muito, pois muitas vezes sente-se inútil e inconformado com a
presença da morte, e também despreparado, emocional e psicologicamente e acaba
sofrendo psicologicamente junto com o paciente.
Percebe-se como é grande a energia emocional dispensada ao lidar com o
sofrimento do paciente. Freqüentemente só é possível captar o sofrimento
profissional pelas defesas. Sabemos que a vocação primeira dos mecanismos de
defesa é resistir psiquicamente à agressão que constituem determinadas tarefas
inerentes ao trabalho. Contudo, a falha no funcionamento dessas defesas atinge
tanto a saúde física, quanto à mental (LIMA; NIETSCHE; TEIXEIRA, 2012).
Ao se encontrar com o seu limite no cuidar do outro, muitas vezes o
profissional de enfermagem reproduz esse limite identificando-se com o sofrimento
que, por sua freqüência e repetição, pode alterar seu estado de saúde, deixando o
profissional estressado e sensível.
O estado de alerta dos profissionais de enfermagem em unidades críticas, às
vezes, o impossibilita de separar o trabalho da vida pessoal. Entretanto, o
enfrentamento do sofrimento pode ser construtivo, desde que o profissional de
enfermagem tenha autoestima elevada e maturidade para encarar este tipo de
atividade, orientado pela sua responsabilidade e ética profissional (CANTÍDIO;
VIEIRA; SENA, 2011).
No entanto, para evitar o sofrimento é necessário que o profissional busque
atitudes para lidar com ele, negando a sua presença ou acostumando-se com a sua
existência.
Tabela 1 – Tipos de ocorrências atendidas pelo SAMU–192 segundo tipo de acidente de transporte. Bom Jesus, PI – Janeiro a Dezembro de 2016.
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Tipo Natureza N %
Atropelamento 29 17,3
Capotamento 18 10,7
Acidente de transporte Colisão ( moto) 83 49,9
Não especificado 37 23,1
Total 167 100
Em diversos momentos, há sofrimento e a angústia resultantes do fato de
lidar com os familiares dos pacientes em processo de morrer, e até mesmo depois
da morte. Muitas vezes os profissionais se sentem impotentes diante das situações
inerentes ao cuidado, às vezes eles também choram, porque o envolvimento é tão
grande que sentem ser o momento de compartilhar esse sofrimento para aliviar a
sua própria dor (SANTOS; BUENO, 2011).
Há situações em que, apesar de todo o esforço da equipe de saúde, resulta
na morte do paciente, e isso passa a ser vivenciado como frustração intensa por
parte dos profissionais que sentem que não foram capazes de salvar a vida que lhes
foi confiada.
A falta de preparo e de reflexões sobre a morte deixa os profissionais
perplexos frente à tomada de decisões em situações onde eles devem cuidar da
pessoa no estágio de morte iminente. A partir dessas dificuldades em lidar com a
morte e o morrer na assistência aos pacientes fora de possibilidade terapêutica de
cura, faz-se necessário refletir sobre o processo de formação dos enfermeiros, para
que haja profissionais qualificados para lidar com a terminalidade. Sabe-se que os
cursos de enfermagem ainda oferecem poucos espaços para o trabalho da relação
enfermeiro/paciente e para o cuidado humanizado em terapia intensiva, pois sabe-se
que não há disciplinas que aprofundem estes temas.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Através do estudo pôde-se verificar que, embora a morte faça parte do
cotidiano de trabalho dos profissionais da enfermagem, continuam as dificuldades
em discutir sobre o assunto, pois não há o costume de se trabalhar o fim da vida
humana no dia a dia. Alguns profissionais reagem negando a morte, o que pode
interferir na forma como cuidam do paciente em processo de morte e seus
familiares. Outros buscam na naturalizar desta a forma de elaborar seus
sentimentos, vivenciando este processo de forma mais humanizada.
A cada experiência parece fortalecer, sofrendo um pouco menos.O lidar com
o paciente e família em processo de morrer constitui-se em uma tarefa penosa e
difícil, exigindo assim, a necessidade de acompanhamento da equipe de
enfermagem. Observou-se que, além da manutenção de um espaço de supervisão
direcionado a esses profissionais, é essencial para que manifestem e compartilhem
as situações que geram sofrimento e angústias, bem como para que reconheçam e
valorizem as satisfações advindas do trabalho.
Para fortalecer as estratégias de enfrentamento relacionadas a situações do
trabalho dos profissionais da equipe de enfermagem, sugere-se a implantação de
um espaço permanente, que vise lidar com o processo de morrer e com a morte,
tendo em vista uma prática que humanize as relações entre quem cuida e quem é
cuidado.
Ressalta-se a importância de um cuidado individualizado, humanizado,
trabalhando de forma multidisciplinar, onde prioriza a qualidade de vida, o conforto, a
diminuição da dor, a interação com a família na busca de um cuidado efetivo ao
paciente que não responde mais à tratamento curativo.
Neste sentido, é acessível a urgência da discussão e reflexão sobre a
questão na formação do enfermeiro, dando enfoque na preparação emocional e nas
relações interpessoais desses acadêmicos, ao enfrentarem esse processo. É
necessário, pois, a criação de espaços em que se compartilhem experiências que
contribuam para o encontro da melhor abordagem com o melhor caminho para a
implementação do tema nos cursos de graduação em enfermagem.
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